O valor da memória coletiva nos processos participativos dos PDM da Maia, Valongo e Gaia

Page 1

O valor da Memória Coletiva nos Processos Participativos dos PDM’s da Maia, Valongo e Gaia


O valor da Memória Coletiva nos Processos Participativos dos PDM’s da Maia, Valongo e Gaia


Processos Participativos Contexto

Participação formal

1º Participação preventiva, no início do processo de elaboração (antes de haver proposta de plano)

2.º Discussão Pública, durante o processo de elaboração (depois da proposta aprovada por todas as entidades internas e externas)


Processos Participativos Metodologia


A importância da Memória Coletiva O desafio A memória coletiva feita de narrativas individuais partilhadas em grupo. Narrativas recebidas, vividas e transmitidas.

A generosidade de partilhar memórias em grupo, contaminar e deixar-se contaminar por outras O desafio de “trazer uma fotografia lá e casa”. Experimentar, experimentar, experimentar.

“A narrativa, (…) é como que uma forma artesanal de comunicação. Não pretende transmitir o que há de puro “em si” nas coisas, como o fazem a informação ou o relato. (…)a narrativa tem gravadas as marcas do narrador, tal como o vaso de barro traz as marcas da mão do oleiro que o modelou”

Walter Benjamin


A importância da Memória Coletiva


A importância da Memória Coletiva A memória coletiva como “massa de lembranças comuns” de diversos membros de um grupo.

A sua reconstrução como estratégia para recentrar a discussão nas questões coletivas e relegar para segundo plano os interesses individuais.

A importância de apurar diagnóstico e propostas centrados no bem comum.

“No primeiro plano da memória de um grupo destacam-se as lembranças dos acontecimentos e experiências que concernem ao maior número dos seus membros (…) Quanto àquelas que a um pequeno número e, algumas vezes a um só dos seus membros passam para último plano.” Maurice Halbwachs


A importância da Memória Coletiva


A importância da Memória Coletiva A memória coletiva como potenciadora da invenção de uma linguagem comum entre decisores políticos, técnicos e cidadãos. O contributo para a quebra da barreira que o vocabulário técnico específico de um IGT impõe ao cidadão comum.

A importância do papel dos cidadãos-técnicos na mediação dos contributos dos cidadãos-não técnicos, facilitada se todos se sentirem membros de um grupo que se constrói pela partilha de memórias comuns.

“É preciso que não tenhamos perdido o hábito nem o poder de pensarmos e de nos lembrarmos como membros de um grupo (…) usando todas as noções que são comuns aos seus membros”

Maurice Halbwachs


A importância da Memória Coletiva Decisores Políticos


A importância da Memória Coletiva Técnicos municipais


A importância da Memória Coletiva Cidadãos


A importância da Memória Coletiva

“o nível de decibéis elevava-se ao patamar de um mercado de rua”, numa discussão feita “de perceções e desejos, sob a mediação dos elementos da UA, as achegas e esclarecimentos de algum pessoal do município, mas muito de igual para igual”


A importância da Memória Coletiva A memória coletiva narrativas de futuro.

como

construtora

de

Reconstruir o passado para entender o presente e projetar o futuro. Sabemos quem somos se conhecermos o percurso que nos trouxe até aqui.

“É possível construir uma comunidade pro-ativa e fazer dos campos da Maia novas centralidades urbanas”

Teresa Andresen

E aqui chegados, percebemos o que perdemos, o que ganhámos e para onde queremos ir.


A importância da Memória Coletiva


A importância da Memória Coletiva

A memória coletiva como geradora de pontes entre poder político e cidadãos. A construção de comunidades afetivas. A aproximação entre atores como facilitador do envolvimento do cidadão comum na governança da coisa pública.

“Que seria desse “eu” se não fizesse parte de uma “comunidade afetiva” de um “meio efervescente”? (…) A rememoração pessoal situa-se na encruzilhada das malhas de solidariedades múltiplas dentro das quais estamos engajados”

Jean Duvignaud


A importância da Memória Coletiva


A importância da Memória Coletiva A memória coletiva como valorizadora do papel do cidadão na construção do seu território comum. A valorização e registo das profissões e atividades dos antepassados comuns. Os pedreiros, os mineiros, os lavradores, as barqueiras, as lavadeiras, as leiteiras, as padeiras… A reconstrução dos laços intergeracionais que alicerçam a procura de novos modelos de construção do bem comum.

“Os grupos, no seio dos quais outrora se elaboraram conceções e um espírito que reinara algum tempo sobre a sociedade, recuam e dão lugar a outros que seguram, por sua vez durante certo período, o cetro dos costumes e que modificam a opinião segundo novos modelos”

Maurice Halbwachs


A importância da Memória Coletiva


A importância da Memória Coletiva O que fazer? Como devolver? “cada dialectograma mistura as memórias e experiências desses participantes numa obra de arte gráfica que ilustra a arquitetura social de um lugar.” Mitch Miller


A importância da Memória Coletiva O que fazer? Como devolver? Mapas de memórias como objetos visuais que, pelo texto e desenho podem contribuir para a “construção”da memória coletiva.

“O escritor parte da imagem visual para a sua tradução pela escrita, de modo a que o recetor a possa apreender como imagem. De modo contrário, o desenhador partirá da palavra, como ato originário para a sua transformação em imagem, que só ganhará sentido implicada na ideia que o recetor recolhe dela.” Graça Magalhães


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia

Todos os participantes ouvem as histórias partilhadas pelo que, e apesar da partilha ser individual, se estabelecem com frequência diálogos sobre memórias associadas a lugares ou pessoas.


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia

O ato de manuscrever o que está a ser narrado, e os tempos a que tal obriga é visível, e assumido como parte da dinâmica dos trabalhos. O rigor no registo das expressões idiossicráticas é fundamental.


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia

O Apesar da seleção dos registos a considerar nos mapas ser dinâmica e com uma forte componente intuitiva, há três critérios que prevalecem no momento da escolha: a sua riqueza narrativa (histórias interessantes); a sua relevância (histórias importantes), e o seu potencial caracterizador do território humano (histórias caraterizantes).


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia

Os mapas de memórias incluem texto e desenho, havendo lugar a sobreposições, interações e interferências entre si. O texto procura ser fiel aos registo.


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia Os mapas de memórias foram apresentados nas mesas de trabalho da fase de elaboração de propostas, em exposições em espaços institucionais e públicos, e publicados em jornais locais e publicações municipais.


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia





Os Mapas de Memórias Sub-metodologia


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia As memórias contribuíram para o lançamento da acção de concretização de um Museu de Memórias centrado em lugares, edifícios, profissões ou ofícios extintos ou em desaparecimento, e originaram narrativas valorizadas pelos media.


Os Mapas de Memórias Sub-metodologia


A Memória Coletiva

Imergir nas narrativas pelo texto e desenho…


Edifícios


Edifícios


Edifícios


Edifícios


Infraestruturas


Infraestruturas


Centralidades


Lugares


Espaço público


Espaço público


Espaço público


Infância


Infância


Infância


Infância


Infância


Infância


Infância


Infância


Adolescência


Juventude


Atividades


Atividades


Atividades


Atividades


Os rios


Os rios


Obrigado.

“A vida não é a que cada um viveu, mas a que recorda e como a recorda para contá-la”

Gabriel García Márquez


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.