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out./nov.
www.revistaladoa.com.br
2011
Entrevista
Dra. Maria Berenice Dias
Moda
Primavera Ex贸tica
Especial
M茫es da Igualdade
Panorama
O enfrentamento da homofobia no Brasil
E muito mais...
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Horário: 23:59 4º avenida, nº 136, Centro, Balneário Camboriú - SC www.dledclub.com.br
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Editorial
Vamos eleger LGBTs em 2012 Chegou a hora. Ou os gays se unem ou irão em breve provar o que o preconceito é capaz. Não, não se trata de uma visão apocalíptica ou exagero. Tome como exemplo o cancelamento do programa Escola Sem Homofobia. A presidente Dilma, em maio, pressionada, foi lá e vetou a ação mais importante já organizada para diminuir a homofobia no Brasil do futuro. Chegou a ir à televisão e dizer: “não aceito propagandas de opções sexuais”. Nestas cinco palavras, ela deixou claro muitas coisas, entre elas, que gays devem se contentar com o armário em seu governo. Não adianta culparmos os evangélicos. Eles ocuparam um espaço que nós deixamos passar e exercem seu poder político, nada cristão, de fato, e prejudicam as demandas da comunidade LGBT. Mas onde estão os militantes, onde estão as pessoas inteligentes, o pink money, onde está a comunidade para pressionar e lutar por seus direitos? 2012 é ano de eleições, e se não elegermos candidatos, teremos que aguentar os outros segmentos organizados, como os evangélicos, tendo suas de4
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mandas conquistadas e nós não. Se não mostrarmos nas urnas, como eles, poder político, teremos que nos contentar com as migalhas. O que podemos fazer? Nos organizar. Evangélicos, em sua maioria, discordam dos direitos gays, infelizmente, e temos que ver que eles possuem redes de televisão, rádio, políticos eleitos, dízimo de milhões de pessoas para financiar as suas ações. E ainda a cada político eleito, eles colocam outros no poder, em cargos, e a máquina se fortalece. Desanimador, não? Mas não podemos enxergar os evangélicos como inimigos, muitos não o são, mas copiar o modelo de sucesso político deles e buscar o debate sadio, lembrar que nosso país é uma democracia, um país laico, e conquistarmos nas urnas o respeito que podemos ter. Falta pouco mais de um ano para as eleições, é hora de agir. Vamos debater política, vamos nos unir, vamos no ano que vem eleger ao menos um LGBT em cada cidade!
Allan Johan publisher
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Índice
Nesta edição 04 Editorial Vamos eleger LGBTs em 2012
28 Coluna Aleatória Sou (besha) má, rica e linda
06 Entrevista Dra. Maria Berenice Dias
30 Guia Cultural
11 Consumo
34 PR Guia GLS
13 Moda Primavera Exótica
36 SC Guia GLS
20 Panorama Enfrentamento da Homofobia 22 Especial Mães da Igualdade
32 RS Guia GLS
38 Nossa Arte Braulio Matias Delai 39 Pastel e seus amigos 40 Playlist Dj Leandro Baldi
24 Coluna Social
LADO A # 38 - out/nov 2011 Tiragem 5 mil Para anunciar: contato@revistaladoa.com.br J. Responsável Allan J. Santin - DRT-PR 8019 Jornalista Profissional Diplomado Editor Allan Johan Projeto Gráfico Dan Hapoza
Correspondências: CP 10321 CEP 80730-970 Curitiba - PR As matérias assinadas não expressam a opinião editorial da Revista Lado A. Proibida a reprodução total ou parcial de conteúdo sem autorização prévia.
Diagramação Idéia Prima Website Supermodular Colaboradores do site: Raquel Gomes, Arthur Virmond de Lacerda Neto, Beto, Wander Mosco, Paulo, Gregori Medeiros, Daniel e Julio Vieira. Contato Redação (41) 3027.6599 contato@revistaladoa.com.br
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Capa Foto: Herickson Laurindo Modelo: Vitor Mello (MN Management) Produção Executiva: Lado A Beauty: Thalia Vasconcelos (Jean Louis David - Curitiba)
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Entrevista
Maria Berenice Dias Uma mulher à frente do seu tempo Maria Berenice Dias é uma autora de sucesso, com nove livros seus e mais de 50 em parceria com outros autores. Ela é disputada para eventos, palestras ou também como uma das advogadas mais entendedoras e brilhantes no Direito dos LGBTs no país. Maria Berenice Dias é gaúcha, de Santiago, mãe de três filhos. Filha e neta de desembargadores, foi a primeira mulher a ingressar na magistratura do Rio Grande do Sul, em 1973. De uma família de juristas, ela também foi a primeira desembargadora gaúcha (Maria Berenice é casada com um desembargador aposentado e tem uma filha juíza). Aposentada desde 2008 da magistratura, ela é conhecida nacionalmente como precursora do estudo do Direito Homoafetivo no Brasil, termo qual criou. Atualmente, além de seu escritório, ela se dedica a diversos projetos, entre eles a criação das Comissões da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil. O grupo tem
um projeto revolucionário: o Estatuto da Diversidade Sexual, que pode acabar de vez com todo o déficit de direitos aos homossexuais e minimizar o preconceito contra LGBTs no país. Qual a sua motivação pessoal para entrar na luta pela cidadania homossexual de forma tão contundente, até mais do que muitos homossexuais? Foi exatamente esse fato (de ter sido a primeira mulher magistrada do Rio Grande do Sul). Eu fui muito discriminada pelo fato de ser mulher e querer entrar em um gueto masculino. Em função dis-
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so, eu fui abraçando todos os excluídos ao decorrer da minha carreira, não só a causa dos homossexuais, mas as questões femininas, do aborto, do negro, do portador do HIV... Como esse é o tema mais difícil, mais permeado de preconceito, acaba se sobressaindo mais. Mas se você for ver, as minhas bandeiras são multicoloridas. Quando você começou a prestar atenção nos gays em seus tribunais? Como eu me dei conta que as mulheres não eram discriminadas exclusivamente para entrar na magistratura, mas pela Justiça, na Justiça, bom, eu acabei me envolvendo, me identificando com o Direito de Família, que era onde as mulheres eram mais discriminadas pela condição de mulher. Me surpreendia que nas relações de família não estavam as uniões de pessoas do mesmo sexo. Eu fiquei muito surpresa ao ver que não havia nenhuma ação envolvendo a questão dos direitos dos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Eu fui ver onde elas estavam... e elas não estavam. As pouquíssimas que tinham, as uniões eram tratadas como uma sociedade de fato, fora do Direito da Família, lá nas varas cíveis, como se fosse uma relação de natureza obrigacional. Como se estivem se juntando para se fazer um negócio. E, sabe, esta era uma visão muito preconceituosa porque tira o caráter afetivo da união. A motivação de ordem afetiva não aparece.
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Como surgiu a criação do termo homoafetivo, inventado por você? Houve toda uma mudança no conceito de família (No Direito da Família). Não mais aquela família – casamento com fins procriativos, o homem e a mulher – mas um conceito de família plural, também veio esse nome: Direito das Famílias. O que marcou o conceito de família é o vínculo de afetividade. A união estável é uma família, sem nenhum vínculo jurídico. Se o afeto é uma realidade constituída com efeito de vínculo, as uniões do mesmo sexo tem a mesma característica afetiva, e não somente o aspecto sexual. E a palavra homossexual ela tem uma conotação já muito pejorativa. Ressalta muito o aspecto sexual que é exatamente o que causa uma repulsa nas pessoas. Eu quis ressaltar com essa expressão que o vínculo não é sexual, mas afetivo, daí o termo homoafetividade. Este termo minimiza a força do termo sexual e coloca sentimento na questão, dando outro enfoque, o da afetividade. Mas o uso dele em composições como Direito Homoafetivo não segmenta os gays, como se o direito dos gays fosse diferente ao dos outros? Toda a diferença precisa ser marcada. Até para ter um pouco mais de visibilidade. E isso não exclui, mas inclui. No fundo é uma ação afirmativa. Como o Direito do Idoso, também está estigmatizando o idoso, o Direito da Criança, do Consumidor. Então, todo segmento mais vulnerá7
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vel, precisa ter mais intensidade, uma legislação própria, e eu não vejo isso como discriminatório. O direito homoafetivo busca exatamente assegurar todos os direitos concedidos aos heterossexuais. Então não é um ramo à parte. Por que é tão difícil para o Legislativo brasileiro entender as demandas da comunidade gay, sendo que parece que o Judiciário já compreendeu, conforme a decisão unânime do STF em maio, reconhecendo a união estável entre as pessoas do mesmo sexo? Na verdade por preconceito. O legislador, alegando questões de ordem religiosa, enfim, ele acaba desencadeando uma grande campanha homofóbica. E de uma maneira impune. Em geral, ele tem um medo de ser rotulado como homossexual. Para eles é uma ofensa ser considerado homossexual. Isso gera nas pessoas que ser homossexual ou ser confundido com homossexual é algo ruim. Eles pensam: “Se eu defender a causa, vão achar que eu sou” e como a maioria da população é heterossexual, ele pensa que isto estará comprometendo a sua reeleição. Já o Judiciário enxerga a realidade presente. Cada caso é um juiz, que tem o propósito de fazer Justiça, então ele não vai dizer que uma vida comum não existe. O juiz não tem essa onipotência de fazer isso sumir. A realidade está ali. O legislador não, tem que trabalhar com o hipotético.
“Se o afeto é uma realidade constituída com efeito de vínculo, as uniões do mesmo sexo tem a mesma característica afetiva, e não somente o aspecto sexual” Em outros países, gays movem ações coletivas milionárias contra empresas e entidades que promovem o preconceito. Por que no Brasil isto não é uma prática comum? Até existe, há algumas condenações da própria Justiça, na Justiça do Trabalho, por discriminação no ambiente de trabalho. Não temos uma legislação que criminalize a homofobia, então fica difícil de comprovar. Porque que então alguém vai atrás de um Direito, de um Direito que nem está na lei. É um número muito pequeno de ações na Justiça, a idéia é fazer um derrame de ações. A decisão de maio deste ano do STF ainda não foi publicada como acórdão? Por que da demora? Foi uma decisão muito tensa, muito longa, com votos muito significativos. Tiveram alguns ministros que votaram sem ter os votos por escrito, até acredito que algum deles alterou o voto em
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função do tempo. A falta do acórdão não tem significado maior pois foi dito no julgamento que tinha ficado decidido a partir daquele momento. Bom, já vale. Existe um pouco esta demora, pois são 10 votos, mas não influencia em nada. Você já esperava que com a união estável viria o casamento, já que a Constituição prevê que o Estado facilite a conversão de união em casamento, como está acontecendo na prática com vários casais gays casados no país? Com certeza. Durante o julgamento eu não disse isso. Em todas as entrevistas, houve essa preocupação de dizer que estavam aprovando a união estável. Não quis falar nisso. Depois que terminou o julgamento, eu disse: de fato, se a Constituição Federal permite a conversão da união em casamento... Essa decisão teve efeito vinculante, em razão disso, o juiz não pode não converter. Não tem como negar. Como a ação foi proferida sobre uma Ação Declaratória de Inconstitucionalidade, é uma decisão de mérito, nenhuma autoridade pública, nenhum agente do judiciário, pode negar a vigência desta decisão. Você tem um site com mais de mil jurisprudências e sentenças favoráveis sobre ações de direitos de gays no país, uma biblioteca aberta a todos. Como surgiu a idéia de montar este espaço? O uso dele é livre? Não existe um banco nacional de ju-
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risprudência, para qualquer tema. E os sites dos tribunais não tem disponíveis o acesso, não funcionam, são mal feitos. E juiz gosta de jurisprudências, então quando se faz um pedido é bacana dizer que teve a decisão tal, dá segurança. E eu comecei a fazer essa pesquisa (ao se aposentar como desembargadora, Maria Berenice abriu um escritório especializado em Direito Homoafetivo) e eu comecei a pedir e receber decisões. Primeiro pela dificuldade de trabalhar este tema fora do Rio Grande do Sul, pois eu só tinha jurisprudências do Rio Grande do Sul. Então eu resolvi disponibilizar. Se eu tenho essa dificuldade, todos tem.
“Durante o julgamento eu não disse isso. Em todas as entrevistas, houve essa preocupação de dizer que estavam aprovando a união estável” Já existem 50 Comissões da Diversidade Sexual nas OAB do país. Qual a importância desse movimento e qual a possibilidade do Estatuto da Diversidade criado pelo grupo, ao qual você preside, ser aprovado? Esse movimento começou no dia que eu recebi a carteira da Ordem. Eu peguei com uma mão e entreguei com a outra o 9
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requerimento para criação da Comissão (risos) da Diversidade Sexual, que não existia em nenhuma ordem. Hoje, já são 50, com muita dificuldade e com uma dupla finalidade: capacitar os advogados para trabalhar e fazer uma legislação, o Estatuto. Era para ser um trabalho mais demorado, mas em decorrência da decisão do Supremo, veio a necessidade de fazer isso de forma imediata. Primeiramente porque o Supremo desafiou o Legislativo a fazer e ninguém tem mais legitimidade do que os advogados. Então é importante ser uma iniciativa da própria Ordem, como Iniciativa Popular. E em segundo lugar, começou a haver um derrame de projetos contrários a decisão. Por temor de um retrocesso, então, a gente precisa blindar um pouco, por causa dessas propostas absurdas. O Estatuto é significativo e vai ser aprovado. Só não me pergunte quando. Você já foi indicada ao prêmio Nobel da Paz junto a outras 52 mulheres brasileiras, em 2005, já recebeu diversos prêmios. Foi precursora do direito de vários segmentos no país, é exemplo do Direito para as mulheres e para todos os segmentos que defende. Tem três livros de sucesso publicados sobre o tema do 10
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Direito Homoafetivo e outros tantos em co-autoria e também um escritório especializado no assunto. A pergunta final é: Como você espera ser lembrada na História? (Risos) Olha, eu vou receber uma homenagem em Brasília agora e achei muito legal: “Uma mulher além do seu tempo”. É uma coisa que me agrada e temos que estar sempre adiantados. As coisas andam muito rápidas. As uniões estáveis demoraram 70 anos para acontecer, as uniões gays foram em 10 anos. Fotos: Luiz Fernando Pereira da Rocha
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Consumo
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O pessoal do “projeto impossível” está causando furor entre os saudosistas. Eles recuperam peças antigas e vendem na internet. Esse modelo de 1972, da Polaroid SX-70 é um exemplo. Preço: US$ 350 na http://the-impossible-project.com
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Moda
Primavera Ex贸tica Camisa Polo Look, Rel贸gio Emp贸rio Armani, Bermuda Redley
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Camisa Xadrez Look, Camiseta Coca-Cola para Brique, Calça Quimono Redley para Airlab , Tênis Onitsuka Tiger para Airlab
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Camisa Arad, Gravata Arad, Calça Eros Arad
Foto: Herickson Laurindo Produção Executiva: Lado A Beauty: Thalia Vasconcelos (Jean Louis David - Curitiba) Modelo: Vitor Mello(MN Management) Agradecimento: Perverts Visuals (locação e cenário)
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Panorama
Enfrentamento da Homofobia Governo Federal não mostra seriedade
Apesar dos números alarmantes de assassinatos de homossexuais no Brasil – somente em 2011 já foram mais de 160 assassinatos até o final de setembro, segundo o Grupo Gay da Bahia – os programas para combater a homofobia no país não mostram resultados. Se não bastasse o panorama atual, com movimento enfraquecido e aumento da violência, o futuro não parece diferente, uma vez que programas importantes como o Escola Sem Homofobia ou mesmo uma campanha de massa contra o preconceito não saem do papel. Na última reunião do Conselho Nacional LGBT, realizada nos dias 30 de agosto e 1º de setembro, em Brasília, os representantes da entidade, formada por gestores e sociedade civil, discutiram fatos importantes que impactam diretamente nas políticas públicas que podem ajudar a diminuir a homofobia no país. O Plano Plurianual (PPA – 2012 a 2015), resultante
das conferências das cidades, estaduais e nacional, não incluiu o tema LGBT. A temática LGBT não foi incluída na proposta enviada pelo Ministério do Planejamento ao Congresso, apesar do discurso do Governo Federal, entre quatro paredes, em priorizar o combate à homofobia. O tema não entrou nas linhas gerais e nem mesmo nos programas ministeriais, que foram enxugados com a desculpa de tornar o PPA executável e simplificado. Apesar da desculpa, há programas específicos destinados a outros segmentos como juventude, mulheres, negros, idosos, pessoas com deficiência, indígenas, entre outros. Agora, os gays precisam que parlamentares incluam o tema em suas emendas ao plano, ou mesmo com emendas no orçamento. Por falar em orçamento, o Governo Federal cortou significamente as verbas destinadas a comunidade LGBT para o próximo ano. A Lei Orçamentária Anual de 2012 só traz uma referência à temática homossexual, na Ação Orçamentária 8810 - Produção e Disseminação de Conhecimento LGBT, que prevê pouco mais de um milhão de reais para a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Apesar de um Conselho LGBT, Conferência LGBT e um Plano LGBT, na prática, não há previsão de verba para que as demandas da comunidade LGBT sejam executadas. Segundo o Plano, 18 ministérios deve-
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riam ter ações específicas de combate à homofobia. Para Julian Rodrigues, há um risco claro de retrocesso. “Não temos avanços reais esse ano e corremos o risco de ter retrocessos. Sem recursos, boa parte das políticas não se concretizam. É urgente retomar essa articulação no Parlamento”, sugere o militante e membro
do Conselho Nacional LGBT. Enquanto afirmam que não há dinheiro, o governo lança campanhas inócuas e de baixo alcance como a “Faça do Brasil um território livre da homofobia” que inclui 40 mil adesivos de peito, 5 mil adesivos de chão e 5 mil cartazes.
PLANO NACIONAL LGBT Lançado em 2009, a cartilha com mais de 40 páginas é um roteiro do compromisso do Governo Federal com a comunidade de Gays, Lésbicas, Bissexuas e Trangêneros do país. Resultado da I Conferência Nacional LGBT, em 2008, o texto traz 51 diretrizes e mais 166 ações previstas, de 18 ministérios, para diminuir a desigualdade e promover o combate da homofobia no país. Em Dezembro, entre os dias 15 e 18, será realizada a segunda conferência sobre o tema e a primeira tarefa será avaliar quantas dessas ações foram colocadas em prática. Não é preciso esperar para saber que em quatro anos o panorama não foi de progresso. Estimamos que pouco mais de 30% das ações foram de fato efetivadas, boa parte delas foram abordadas pelos Ministérios Responsáveis mas o projeto não ganhou total aderência dos Estados e Municípios. Entre as diretrizes do Plano estão: “Institucionalização da política e do plano de proteção e defesa dos direi-
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tos humanos de cidadãos e cidadãs LGBT”, “Desenvolvimento de ações e práticas de Educação em Saúde nos serviços do SUS e de Educação em Saúde nas Escolas com ênfase na orientação sexual e identidade de gênero”, “Implementação de ações de vigilância, prevenção e atenção a violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais”, “Inserção da temática LGBT nos meios e veículos de comunicação pública para promover a visibilidade dos direitos humanos e da cultura da(o)s cidadã(o) s LGBT, com uso de uma linguagem sem cunho discriminatório, que respeite as identidades de gênero, orientação sexual, raça e etnia, religião, ideologia, jovens, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência”, “Educação e informação da sociedade para o respeito e a defesa da diversidade de orientação sexual e identidade de gênero” e “Combate à homofobia institucional”. Neste último, a própria presidenta deu o mau exemplo. 21
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Especial
Mães da Igualdade Por Wander Mosco
Colunista da revista Lado A, Raquel Gomes, participa de projeto que surge da necessidade de uma nova visão familiar sobre a aceitação de filhos que assumem a homossexualidade.
Os embates ideológicos que agitaram nosso país na ultima década, se intensificando desde o fim das eleições presidenciais de 2010, impulsionaram assuntos inóspitos a grande parte da sociedade brasileira, a serem debatidos no dia-a-dia. Entre os principais temas estão vários assuntos que envolvem a comunidade LGBT: a utilização de nome social por parte de travestis e transexuais; a união civil entre pessoas do mesmo sexo; a criminalização da homofobia e se é possível a uma mãe ou um pai amar e sentir orgulho de seu filho ou filha a
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despeito de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A princípio, o último tema citado parecia dominado pela visão de que não existem pais que amem seus filhos a ponto de aceitá-los como são, mas o assunto ganha nova abrangência com o projeto Mães da Igualdade. O projeto, idealizado pela ONG AllOut (http://allout. org/pt), e auxiliado pelo mundialmente reconhecido e premiado fotógrafo JR do projeto InsideOut (http://www.insideoutproject.net), apresenta mães de LGBTs que, em fotos e testemunhos, expressam
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A transexual Carla Amaral e sua mãe, de Curitiba.
sem medo o imenso amor que sentem por seus filhos. As mães representantes do projeto são oriundas das mais diversas cidades e regiões brasileiras, desde Recife à Curitiba, passando por Maceió, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. As cidades participantes contarão com grandes eventos para as exposições fotográficas onde serão reunidas as Mães da Igualdade de cada região. Uma das primeiras par-
ticipantes foi Angélica Ivo, mãe de Alexandre Ivo, garoto de 14 anos que teve a vida ceifada pelo ódio em 2010. A frase de uma dessas destemidas mães, a também colunista da revista Lado A, Raquel Gomes, é exemplo de amor ao próximo: “Vamos nos colocar no lugar das outras pessoas, só assim saberemos como agir. Vamos fazer a eles o que gostaríamos que fizessem a nós.”.
Os coordenadores do projeto ainda buscam por mais mães que queiram expressar seu amor maternal, as interessadas podem enviar mensagem para maes@allout.org
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Coluna Social Curitiba Festa
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Coluna Aleatória
Sou (Besha) má, rica e linda! Por Leandro Allegretti
Um estudo feito nas Universidades de Edimburgo (Escócia), Barcelona e Madrid (Espanha) afirma que pessoas com rostos simétricos são mais egoístas, têm menos escrúpulos na vida e são mais bem sucedidas. Ou seja, acreditam que é preciso passar por cima dos outros para se dar bem e a pesquisa confirma essa teoria, já que considera os egoístas os mais bem sucedidos. As belezuras não vêem problema algum nisso, derrubam quem está em seu caminho feito uma avalanche, porque, afinal, são lindas e podem TUDO.
Tem mais: o estudo propôs jogos nos quais voluntários tinham a opção de cooperar com os outros jogadores (e terminar o jogo com um empate) ou passar a perna em todo mundo (e sair ganhando). Consegue adivinhar o resultado? Simples: as pessoas bonitas, por serem mais atraentes e saudáveis em aparência, foram as mais autosuficientes e as que menos cooperaram com os outros e/ou procuraram ajuda alheia. Por quê? Mais simples ainda: quem é bonito não precisa ser legal, porque consegue o que quer sozinho, sem quase nenhum
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esforço, e também, muitas vezes, acaba ganhando tudo de bandeja, justamente por ser assim... IRRESISTIVELMENTE LINDOS. Ao que tudo indica, os galãs e as “Bond girls” da vida, em geral, tendem a se dar muito bem, mesmo sendo um tanto “arrogantes e insuportáveis”. Aliás, em uma outra pesquisa feita nas universidades de Notre Dame e Cornell (EUA) e Western Ontario (Canadá), os participantes do sexo masculino (não necessariamente bonitos, mas tão chatos quanto) que cooperaram menos e eram menos queridos pelos colegas de trabalho, ganhavam 18% mais dinheiro anualmente do que os mais legais do escritório. Entre as mulheres, a coisa não foi tão gritante assim: as chatonas ganhavam apenas 5% mais por ano.
a primeira opção, mas disse que não seria tão mau! Contrataria alguém feio como assistente pessoal, para minimizar o karma depois. E disse mais: “é bom ter um feio por perto pra falar com os outros feios, porque não sou obrigado!”. Então tá, né? Pelo jeito dá pra perceber que a besha é má, rica pode até ser, agora, se é bonita... O primordial mesmo é acreditar. (não importa quantas pessoas você terá que pagar pra te dizerem “você é lindo” até te convencerem disso).
“Quem é bonito não precisa ser legal, porque consegue o que quer sozinho, sem quase nenhum esforço, e também, muitas vezes, acaba ganhando tudo de bandeja”
As informações acima foram retiradas de um texto do site da revista Super Interessante. Só pra deixar claro, isso tudo que escrevi aí acima é fruto de pesquisas científicas, mas antes que elas sejam refutadas (ou não), responda: E aí, você prefere ser lindo, rico e mau ou ser feio, pobre e bonzinho? Um amigo confessou que ficaria com
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Sua confiança está meio abalada? Te ajudo com um mantra. Todos os dias ao levantar da cama, se posicione em frente ao espelho e diga: “espelho, espelho meu!”... brincadeira! Logo pela manhã seria maldade esperar que o espelho ficasse do seu lado e não contra você! Apenas repita, depois de chegar sorrateiramente em frente a ele: “Sou lindo e rico, sou lindo e rico, sou lindo e rico”. E não fique triste caso o mundo pareça não acreditar nisso tanto quanto você, tenha em mente que se às vezes as pessoas te tratam mal, não por você ser feio, mas elas podem estar tentando seguir o caminho da maldade para se dar bem, ou ainda, elas acreditam , de verdade, que são bonitas. Nada que o tempo não destrua... 29
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Guia Cultural Curitiba
Gaspar Gasparian
Teatro
Isso Te Interessa?
A premiada Companhia Brasileira de Teatro apresenta este drama, adaptação do texto “Bon, Saint Cloud” da dramaturga francesa francesa Noëlle Renaude. Com pitadas de humor, o texto questiona, por meio da convivência familiar e diversas gerações, a natureza humana e o poder da palavra. Quando: Até 16/10 – de qui. a dom., 20h; Onde: Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti, 1222 - São Francisco); Info.: (41) 3213-7525
Exposição
Curitiba(nós)
A exposição Curitiba (nós), em homenagem aos 318 anos da cidade, está desde março em cartaz e fica até o fim do ano. A pluralidade da cidade conta além de imagens, com vídeos e textos sobre os habitantes de Curitiba. “Curitiba na Mira do Fotógrafo” e “Curitiba Histórica – Uma Cidade em Construção” são os eixos da mostra, que reúne ainda dados oficiais da cidade. Quando: Até dezembro; Onde: Casa Romário Martins (Largo da Ordem, 30); Quanto: Entrada Franca
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Gaspar Gasparian – um fotógrafo traz imagens de um dos maiores nomes da fotografia brasileira. O autor nasceu, cresceu e morreu em São Paulo e escreveu com luz toda a história da capital paulista e seu processo que a tornou uma das maiores cidades do mundo. Quando: até 20/11/2011; Onde: Museu Oscar Niemeyer; Quanto: De R$2 a R$ 4; Info.: (41) 3350-4400
Florianópolis Humor
A Noviça Mais Rebelde Uma freira fervida e comunicativa é a personagem Wilson de Santos que interage com a platéia e abusa do improviso nesta comédia de sucesso. A peça tem supervisão artística do hilário Marcelo Médici e é garantia de boas risadas. Quando: 28 a 30/10 às 21h – dom. às 19h; Onde: Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) (Rua Marechal Guilherme, 26 – Centro); Quanto: De R$25 a R$50; Info.: (48) 3028-8070
Teatro
Baden Baden Baseado na obra de Bertolt Brecht ”A peça Didática de Baden Baden sobre o acordo”, alunos de Teatro da UDESC apresentam a história de quatro aviadores acidentados. Com uma investigação para saber qual dos homens deve ser
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ajudado, o texto discute o avanço da tecnologia, a culpa, a política, o medo da morte e as relações humanas.
Porto Alegre
Quando: Até 10/10 de qui. a dom. às 19h; Onde: Espaço 2 Centro de Artes/Udesc (Av. Madre Benvenuta, 1907 – Itacorubi); Quanto: Gratuito; Info.: (48) 3321-8300
Bibelô
Exposição
18o Floripa Teatro
Entre os dias 8 outubro 2011 e 16 outubro 2011, 30 espetáculos de oito estados se apresentam na cidade com peças de diversas propostas em vários locais. Os espetáculos foram selecionados pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC) entre 276 inscritos.
A artista Carol W. cria diversos mimos lúdicos a sua infância por meio da técnica de papel maché, pinturas, ilustrações e xilogravuras, apresentadas em pequenas instalações fantásticas. Quando: Até 10/10; Onde: Microgaleria do StudioClio – Instituto de artes e humanismo (Rua José do Patrocínio, 698 - Cidade Baixa); Quanto: Gratuito; Info.: (51) 3254-7200
Quando A Palavra Escuta
Quando: 18º Floripa Teatro; Onde: Por toda a cidade; Quanto: Valores ainda não divulgados; Info.: (48) 3324-1415 - http:// www.floripateatro.com.br/
Show
Simone
Simone traz a Floripa a turnê Em Boa Companhia, de 2009, e canta com seu bom humor sobre amor, paixão e desejo. Com surpresas, o show conta com abertura da cantora Renata Swoboda. Quando: 15/10 às 23h; Onde: Floripa Music Hall (Henrique Valgas, 113 - Centro); Quanto: De R$50 a R$100; Info.: (48) 3222-8416
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14 pinturas inéditas, um manuscrito de 700 páginas e ilustrações do artista e arquiteto francês Michel Pochet estão presentes na exposição que traz ainda trabalhos de outros artistas locais. O ônibus do projeto Circuito da Leitura e um livro lounge sobre Armindo Trevisan, Michel Pochet (Adeus às Andorinhas, Cartas à minha neta, Como apreciar a Arte, Menor que um Grão de Mostarda, O rosto de Cristo, O Sonho nas Mãos, Vamos aprender Poesia) e Chiara Lubich completam a programação. Quando: Até 12 outubro 2011; Onde: NT de Cinema e Cultura (Rua Marquês do Pombal, 1111 – Auxiliadora); Quanto: Gratuito; Info.: (51) 3361 3111
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Nossa Arte
Um outro olhar
O curitibano Braulio Matias Delai se especializou em fotografar casamentos e este ano resolveu colocar seu olhar de profissional e heterossexual sobre os casais gay. Ele fotografou os casais Bruno e Rodrigo, Carlos e Paulo, ambos de Maringá, em cenas descontraídas, parte de uma coleção chamada “Um Clique Sobre As Alianças” em que vem trabalhando. Saiba mais: www.brauliodelaifotografia.com.br
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Vc precisa ficar forte?
Como vc está forte?
Mas vc superou bem!!!
Sim!! Mas temos de combater...
Sim... sofri bulling na infância!
Aceita um bule de café?...rsrs
Bule pódiiii
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Playlist
DJ Leandro Baldi Leandro despertou para sua paixão pela música eletrônica na adolescência e, desde 2006, passou a se apresentar em festas de amigos e festas privadas da capital gaúcha. Hoje, ele é residente do clube Madam, onde toca quinzenalmente. Dentista por formação, esse porto alegrense mostra na pista seu gosto variado que passa pelo progressivo, house e tribal. Revelação entre os DJs gaúchos, ele já se apresenta em outros estados e surpreende a cada nova apresentação.
Top 10 01. Juanjo Martin ft. Rebeka Brown - Millenium 02. Nadia Ali - Pressure 03. Romullo Azaro ft. Juliana Feliciano - Twice 04. Alexis Jordan - Good Girl 05. Zoe Badwi - Free Fallin’ 06. Randy Garcia, Ruben Moran & Magic Solutions - Wet Dreams 07. Lady Gaga - Judas (DJ NEjtrino & DJ Baur Booty Mix) 08. J.LO - I’m Into You 09. Martin Solveig ft. Dragonette - Hello 10. Beth Ditto - I Wrote The Book
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Qua e Qui das 19h até as 4 da madrugada, Sex das 19h até as 10 da manhã, Sáb das 21h às 10h e Dom das 21h às 4h
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