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A única clínica de Curitiba EXCLUSIVA PARA HOMENS
Foto: Freepik
Diagnóstico e tratamento para HIV e DST, PrEP e PEP. Aberto de terça a sexta-feira 17h - 22h Rua Brigadeiro Franco, 1300 - Mercês
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#Editorial
Lições de uma pandemia C orona, para muitos, era apenas o nome de uma cerveja mexicana, ou o nome da cantora do hit “Rhythm of the Night” dos anos 90. O Covid 19, mais conhecido como Corona vírus, nos fez mergulhar em tempos de necessidade de afastamento social. Fecharam baladas, um dos poucos territórios onde a liberdade sexual é exercida. É uma lembrança que muitos não tem dos tempos de início da Aids. A população portadora do HIV, um a cada dez gays, é perigosamente vulnerável à infecção, assim como idosos, crianças e pessoas de baixa imunidade. É preciso ser solidário e estancar a proliferação do vírus antes que uma desgraça maior ocorra. Sabemos da fragilidade do nosso sistema de saúde e do excesso de carinho entre nós.
que reeditar a edição por conta do cancelamento do Festival de Curitiba e, com isso, uma matéria de oito páginas teria de ser substituída. A importância de abordar o tema foi crescendo e optamos por reescrever nossa mensagem do editorial e colocar ainda dicas de combate ao Corona vírus. Vamos ser solidários, nos expor menos e principalmente proteger os idosos e pessoas vulneráveis. É algo que já deveríamos estar fazendo. Se você tem um amigo soropositivo que não toma a medicação, é hora dele começar. Vamos cuidar uns dos outros.
Quando tudo voltar a ser como era antes, esperamos reencontrar nossos leitores e aproveitar as lições que estamos aprendendo. O vírus, assim como o do HIV, deve nos unir. Vamos aprender a lição Este editorial foi reescrito pois tivemos e nos importar mais uns com os outros.
#Índice
eDITORIAL
eNTREVISTA
MODA
COLUNA SOCIAL ENTRETENIMENTO DIREITOS SAÚDE CULTURAE GUIA LGBTI CURITIBA
REVISTA LADO A #77 Fev. Mar. Abril . de 2020 Tiragem 5 mil CONTATO REDAÇÃO contato@revistaladoa.com.br
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Capa: Karina Gallon Foto: Munir Bucair Filho
#Entrevista
Lute como a Karina.
A
designer curitibana Karina Gallon, formada pela PUCPR, é idealizadora da PEITA - marca com temática feminista que é ferramenta de enfrentamento contra a opressão do machismo, racismo, lgbtfobia, xenofobia e outras fobias discriminatórias. A marca ficou famosa pelas camisetas “Lute como uma garota”. Ela vem de uma família conservadora, evangélica e conta das dificuldades de diálogo em casa que a transforamaram em uma lutadora em mais uma entrevista exclusiva da Lado A.
Como surgiu a marca e o nome Peita? A marca-protesto, como nós chamamos a PEITA, porque enxergamos o potencial revolucionário dos diálogos que a gente promove, nasceu para ir às ruas na marcha de 8 de março de 2017. A proposta era trazer o cartazes das manifestações de rua para o dia a dia das pessoas. Levar a militância para outros espaços e proporcionar o diálogo sobre o sistema opressor.
O sucesso da Puta Peita foi planejado? Não imaginávamos um alcance tão grande em tão pouco tempo, mas o objetivo sempre foi esse: disseminar o feminismo em todos os lugares, para todas as pessoas de todo o mundo. O ‘sucesso’ só aconteceu porque houve representatividade e identificação das pessoas com a gente, com o nosso posicionamento, com a linguagem da comunicação e com as frases. Se não tivéssemos um propósito sincero e muito claro, precisaríamos convencer as pessoas do porque a Peita existe. Felizmente não foi preciso explicar, muito menos convencer.
Peita é uma gíria para camiseta, muito usada no meio do skate e do rap, dois espaços bem machistas (nossa, difícil dizer quais não são, né?). Ao mesmo tempo que vem de ‘peitar’ que é basicamente o que fazemos ao vesrtir A marca cresceu e hoje é uma renossas camisetas: peitamos o mundão ferência. O que a gente não vê da empresa? lá fora. Muitas pessoas não sabem que 70%
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das nossas frases são parceria com ONGs, instituições e movimentos sociais ou mulheres que estão no front da militância. Parte do lucro ou da produção é doado para que essas pessoas continuem na luta. Sabemos que a luta é um caminho sem volta, não é possível desver as injustiças e opressões do mundo. As peças da marca são super minimalistas, como são desenvolvidas? Usamos apenas tipografia nas estampas pra não tirar a atenção da mensagem. Sempre a mesma família tipográfica nas nossas frases mantém a unidade e a identidade da marca. O estilo da tipografia é o Slab, usado desde o começo da publicidade, em cartazes e lambe-lambe como intervenção urbana. Estas fontes não costumam ter contraste entre linhas grossas e finas e as serifas tendem a ser tão espessas quanto as linhas verticais. Isso melhora a leitura do observador que está a uma longa distância. Considerando isso, o layout das nossas frases é para que, ao usar a Peita, as pessoas sejam uns cartazes ambulantes. Como se a gente tirasse o cartaz das manifestações e os vestisse pra militar fora dos espaços de militância, levando a mensagem a ocupar esses diferentes espaços.
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Obviamente já existiam estampas nesse estilo, mas nenhuma com temática feminista ou aliada a algum movimento social ou ambiental, com
a função clara de gerar narrativas de incômodo, em ser ferramenta de expressão, representatividade e encorajamento. É a junção do design e propósito de marca que fazem a diferença. O que nos difere de um uma marca que vende feminismo é o posicionamento. É o protagonismo da mulher em todos os pontos da cadeia, é o compromisso em abordar o feminismo para além da academia e das manifestações ativistas. É chegar em pessoas que acreditam “não precisar do feminismo” e começar a militância ‘vira-voto’. É o compromisso em quebrarmos o ciclo de reprodução do racismo, abalar as estruturas de opressão e deixar machista desconfortável. É gerar uma autorreflexão para reconhecer nosso lugar de privilégio e entender que ele é completamente inacessível para a maior parte das mulheres. Como surgiu a adesão das celebridades? Nossa, falando assim parece que somos muito famosas. hehehehe. Mas assim, sempre comentamos: olha onde nossa rede de apoio nos leva. Por exemplo, a Alice Fraga recebeu uma peita através da parceria que fizemos com a distribuidora Olhar, que organiza o festival Olhar de Cinema em Curitiba, para o lançamento do filme Ferrugem. A Ângela Davis recebeu a peita das mãos da Anielle Franco, nossa parceria. O Roger Waters e a Nadya Tolokonnikova do Pussy Riot (e mais um monte de gente) recebeu a peita da Mônica Benício. Depois que a Manuela D’Ávila começou
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a usar também deu um boom. Enfim, algumas nós fomos fazendo contato, algumas vieram e pediram na caruda mesmo. Mas nosso foco nunca foram as famosas, enviamos peitas de presente para as mulheres que estão envolvidas no feminismo e com a luta contra o patriarcado, racismo e outras fobias. Por exemplo, a última que demos foi para a Joice Berth, escritora incrível do livro O que é empoderamento, da série Feminismos Plurais. Enviamos peita para a mana que escreve o blog Militância Materna. Tanto que é bem raro darmos camiseta de presente para influencers que não tratam do assunto. E assim, nossa rede vai aumentando cada dia mais.
camiseta Meu corpo é político., que foi uma parceria com a Alice Riff, diretora do documentário de mesmo nome, tem também nas cores azul e rosa, mas não é por causa da Damares. Ela veio antes. A cada 50 camisetas vendidas nas cores branca, rosa ou azul, as cores da bandeira trans, doamos 10 peitas para a Casa Nem, que acolhe pessoas trans no Rio de Janeiro. Ah, o doc conta a história de quatro militantes trans e a dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
Também tivemos a peita branca escrito em rosa, que foi uma parceria com a Fundação Laço Rosa que doa perucas para mulheres que estão passando por tratamento e também oferece cursos A marca vende apenas online? de perucaria em comunidades, além de ter um dos portais com mais inforComo é esta logística de entrega? Além da venda online, vendemos mação sobre o assunto. aqui no putero (como chamamos o local onde estamos) e temos pontos Hoje tem a bag e produtos para bede revenda em São Paulo, Brasília, Ma- bês, pretendem ampliar a linha de naus, Porto Alegre, Nova Andradina e produtos? Buenos Aires. Entregamos via Correios Desde que ideia de um novo produpro Brasil todinho, e para Curitiba te- to continue ser uma ferramenta de mos a opção de retirada no estúdio da enfrentamento às opressões diárias, Peita ou entrega por moto (temos uma pensamos em novos produtos sim. mana parceira que presta esse serviço Produtos de menores preços pra que o acesso às nossas ferramentas seja o pra gente) mais inclusivo possível. A marca vai continuar usando apeComo seria a garota propaganda da nas preto e branco? Nós também temos algumas frases em marca? cinza e tivemos uma edição especial A mulher que luta. da Jogue como uma garota, em azul e amarelo, para a copa do mundo. A Qual o principal recado que a marca
quer passar para todos? Entendemos que nem todas as pessoas que são oprimidas se rebelam, a grande maioria não, mas quantas vezes peitamos o mundo diariamente? São várias! Gostamos dessa provocação, da força que a peita tem de subverter, de instigar a resistência e dar força pra quem a veste. A luta feminista só vai começar quando individualmente percebermos e aceitarmos que é sim preciso se posicionar e existe uma batalha pra lutar (e acho até que nem começamos a nos organizar de verdade pra essa luta). Temos que entender que somos muitas e somos diversas. Não estamos sozinhas, nos encontramos na militância. Nós entendemos que o empoderamento individual existe, mas não como tem nos sido colocado, de forma comercial e só relacionada a autoestima, emprego e qualidade de vida. Significa, que “o empoderamento individual ainda não representou uma mudança concreta na violência doméstica e sexual que as mulheres sofrem; não nos livra de ter os empregos e subempregos menos valorizados; não põe fim à tripla jornada de trabalho; nem, no caso das mulheres negras, faz com que elas deixem de viver em condições mais precárias do que todo o resto da população” como já escreveu Bruna de Lara, jornalista com foco em direitos
humanos e questões de gênero. O empoderamento é coletivo e precisa abalar as estruturas do sistema patriarcal, imperialista e racista. Ele é um processo, não um fim. Não existe esse negócio de eu empoderar alguém. Nós nos empoderamos. Como diz Joice Berth: “É o empoderamento um fator resultante da junção de indivíduos que se reconstroem e desconstroem em um processo contínuo que culmina em empoderamento prático da coletividade, tendo como resposta as transformações sociais que serão desfrutadas por todos e todas.” Ter uma marca com um produto que expressa essa ideologia e serve de ferramenta de enfrentamento para as mulheres, onde as pessoas envolvidas diretamente são mulheres e que 100% da sua renda vem desse trabalho, é ser resistência feminista dentro do sistema. Subvertemos o sistema de poder do capitalismo e fazemos com que o dinheiro circule entre as mulheres. Nos fortificamos e existimos quando criamos uma rede de mulheres em torno da marca, com produtoras, fornecedoras, prestadoras de serviço e colaboradoras. Na Peita a prioridade é sempre feminina. Enquanto desigualdade de gênero for uma questão, as mulheres são a nossa prioridade. A sede da Peita fica na R. Itupava, 810 - Fundos - Alto da XV. Saiba mais em: www.peita.me
#Moda
SONHOS DE CONSUMO (Um editorial surreal para tempos de dรณlar em alta)
DIOR
LOUIS VUITTON
DIOR
#ColunaSocial
Bwayne 20
Consulte a programação em nosso Facebook bwayne.cwb
bwaynecwb
Rua Almirante Barroso, 357 São Francisco - Curitiba - PR
#ColunaSocial
Verdant 22
#Entretenimento
Big Brother Brasil 20 dá continuidade à inclusão LGBT na TV Oedição,BBBe emchegou agora a sua vigésima sua trajetória o programa global contou com diversos integrantes da comunidade LGBTI.
Apesar de nunca ter rolado um romance entre homens (mas já teve casal de lésbicas), o bromance é constante. 24
Nesta edição, os participantes Felipe Prior e Daniel atiçaram a curiosidade do público com direito a momentos juntos e beijo roubado. Mas personagens LGBTI já estiviveram presentes em diferentes doses nas edições anteriores. Querendo ou não, o programa leva diversidade em sua veia.
André Gabeh foi o primeiro participante gay do reality, integrando a primeira edição. Desde então, os membros da comunidade vêm se destacando cada vez mais.
Jean Wyllys Na 5ª edição do BBB, Jean Wyllys ganhou notoriedade e se tornou deputado, sendo até hoje um dos maiores expoentes do movimento LGBTI no Brasil. Jean foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados em 2010, e nas eleições de 2014 foi reeleito, sendo o sétimo candidato mais votado, com cerca de 145 mil votos válidos.
Serginho Orgastic foi o mais jovem brother da comunidade gay, tendo participado da 10ª edição do programa. Antes de ser um BBB, ele já fazia sucesso nas redes sociais como influencer, e seu carisma natural o ajudou a conquistar o público com seu jeito e suas gírias gay. Na mesma edição, o maquiador paranaense Dicesar brilhou com sua drag queen Dimmy Kieer, na edição mais gay do reality até hoje.
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Ariadna Ariadna foi a primeira transexual a participar do programa, o que ajudou a levantar a relevância do tema para o Brasil na época. No entanto, a sister foi a primeira eliminada da edição de 2011, mostrando que o país ainda não estava pronto para reconhecer o seu brilho.
Mesmo com a eliminação precoce, a participação no reality contribuiu para sua trajetória pessoal: a ex-cabeleireira foi capa de diversas revistas famosas na época e hoje mora com o marido na Itália e atua com edição de vídeos, além de ter um canal no YouTube.
O casal Clara Aguiar e Vanessa Mesquita Na 14ª edição, as sisters Clara Aguiar e Vanessa Mesquita formaram o primeiro casal lésbico do programa. Clara era bissexual assumida antes de entrar na casa, mas Vanessa só revelou sua orientação durante o programa, alimentando a imaginação do público e dando o que falar.
Gabriela Hebling Participante da 19º edição do BBB, Gabi Hebling sintetizou o empoderamento feminino, se apresentando como feminista e homossexual assumida, além de ser negra. A sister chegou a debater assuntos polêmicos como a homofobia, o feminismo e o racismo com outros participantes.
Na edição atual, Marcela MC Gowan, se mostrou uma ativista das causas LGBTI: Além da médica ser bissexual, ela tem três irmãos, dentre os quais um é trans.
foi identificado com o sexo feminino no nascimento, passou por um longo processo até decidir pela transição de gênero. Hoje, o empresário Enzo Lins, de 26 anos, reconhece que teve apoio fundamental da irmã médica na deciA família da BBB é de Rancharia, in- são pelo processo de transição. terior de São Paulo, seu irmão, que 27
#Direitos
Você já fez a sua parte? N
este ano teremos novamente eleições e, para conter a onda conservadora que assola o país e o mundo, teremos que nos mobilizar mais. Nós LGBTI, e todos os que defendem as minorias e Direitos Humanos, vivemos tempos difíceis. Mais do que reclamar dos conservadores, que sempre existiram e existirão, precisamos fazer a nossa parte.
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A resistência deve ser diária, bem como a articulação política. É preciso muito trabalho de base para que a sociedade entenda a urgência dos nossos temas. Sem vitimismo e muito menos fake news. Sua parte neste momento deve ser estudar as ideias, os candidatos, a história da política, para que os erros não se repitam. O primeiro passo para as eleições regionais deve ser tirar ou transferir seu título. Você já fez isso? Depois, deve iniciar o debate sadio e buscar os melhores candidatos para apoiar.
A democracia inclui a alternância de poder e devemos aceitá-la, bem como as opiniões divergentes. Se defendemos a diversidade e a pluralidade, temos que aprender a conviver com isso. Todavia, não podemos tolerar abusos e ataques a direitos e às minorias. Muito menos uma teocracia ou o fim do Estado laico. Ganhando ou perdendo, estamos todos
no mesmo barco. O clima insalubre de intolerância política que vivemos em nada colabora para uma cidade, um estado ou um país melhor. Enquanto brigamos entre si, políticos mal intencionados fazem a festa. Existem pessoas boas e más em todos os grupos e partidos políticos. O cidadão de bem é aquele que entende o direito do outro e o propósito do jogo político, que não joga sujo e muito menos apoia políticos despreparados ou mal intencionados. O voto é o exercício maior da Cidadania, mas ela vem com direitos e deveres. É um direito conquistado por muitas lutas e sangue derramado. Ao invés de dizer que odeia política, é hora de amarmos as eleições. Encorajarmos candidatos, de colocarmos a pauta LGBT no horário eleitoral de modo positivo e não mais com a polêmica que vem sendo usada para alavancar conservadores grotescos. É quase impossível que todos os LGBTIs pensem de forma igual, mas há alguns assuntos inegociáveis hoje: Como a pauta da mulher, sobretudo a negra, sobretudo a transgênera. A Educação, os direitos trabalhistas, a Saúde e a conquista do SUS são temas nacionais que devem ser observados nos candidatos. O que o candidato pensa é importante, mas o que ele já fez de real por nós? As ações e opiniões, mesmo
que fora da vida pública, mostram bem o caráter e como pensa o candidato. Conheça melhor em quem você vai votar. Tanto a Direita quanto a Esquerda abrem hoje espaço para o debate LGBTI. A Esquerda não é a dona da pauta mas historicamente sempre a colocou em discussão, embora tenha negociado muito com os conservadores em cima da polêmica que o tema traz. É preciso abrir o olho. A Direita entende a sexualidade como esfera privada e entre quatro paredes, que apenas a violência deve ser combatida. A Esquerda entende além, que o Estado deve promover ações afirmativas para promover a igualdade de Direitos. Ame seu coleguinha de Direita ou Esquerda e cheguem a um meio termo que deve exatamente contemplar o modo de pensar um pouco diferente do seu. Lembre que a política deve ter olho no futuro e que as suas demandas e frustrações já são passado. E a pauta LGBTI do futuro vai muito além de beijo em público, nomenclaturas, banheiro para trans, casamento, e outros temas já superados pelos adolescentes de hoje. O momento mostra que precisamos de leis, de política públicas sérias, de um legado que ainda não conseguimos, apesar dos avanços dos últimos 50 anos desde Stonewall. Viva Marsha! Viva Silvia!
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#Cultura
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Primeira Bienal Literária-Geek Lado LGBTI+ traz o diálogo entreAmundos
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m junho, Curitiba será palco de um dos maiores e mais inovadores eventos que a cidade já viu: a I Bienal LiteráriaGeek LGBTI+ (BILGBTI). E não haveria lugar melhor que o Museu Oscar Niemeyer (MON) para abrigar o acontecimento que já conta com a participação de Megg Rayara Gomes de Oliveira, Amara Moira, Rogerio Saladino, Fabricio Viana, Pedro Ambra e Rosa Maria Mariotto. A BILGBTI oferecerá, de forma gratuita, à capital paranaense e a todo o Brasil a possibilidade de prestigiar um evento cheio de diversidade e com uma programação intensa, com atrações para
todas as idades: serão palestras, debates, concursos, peças teatrais, música e outras atividades culturais, que ainda estão em fase de planejamento. A I Bienal Literária Geek LGBTI+ é realizada pela startup Impérios Sagrados e Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social do Governo do Estado do Paraná. Para o coordenador da Bienal, Cristian Abreu de Quevedo, “novos mundos são possíveis com o diálogo, pluralidade e diversidade. O diálogo da palavra e das letras da literatura, a pluralidade que encontramos no mundo geek e a aquarela da diversidade da população
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LGBTI+. Ainda teremos espaço para startups, empresas, sociedade civil, entidades e à comunidade como um todo para promover uma grande festa de inovação”.
Concursos do evento com inscrições abertas
Literário Objetiva premiar obras literárias inéditas no gênero “Romance” escritas em Português do Brasil. Entende-se por “Romance” uma narrativa ficcional longa enquadrada em qualquer subcategoria, como: fantasia, ficção científica, suspense, histórico, romântico, épico, auto-ficção que se relacionem a qualquer um dos temas propostos: literatura, geek e LGBTI+.
O concurso promoverá a visibilidade das pesquisas desenvolvidas nas Instituições de Ensino Superior a respeito dos temas da I Bienal Literária-Geek LGBTI+: BILGBTI, que são: literatura, Startups geek e LGBTI+. A competição visa incentivar o empreendedorismo e transformar ideias Cosplay O concurso será aberto a todas as inovadoras em negócios sustentáveis pessoas, independente de gênero ou e escaláveis, na qual os empreendedoorigem, inclusive a crossplays, com res vencedores vivenciarão as diversas homens interpretando mulheres e/ fases do desenvolvimento de uma ou situação inversa. As fantasias (cos- startup com a ajuda de mentores e plays) deverão remeter à personagens profissionais especializados. baseadas em animes, mangás, videogames, filmes, livros, quadrinhos O melhor dos três mundos ou seriados ou outra mídia de acesso Os três eixos temáticos terão atrações exclusivas, porém todas com o olhar público. focado na promoção do diálogo e na sinergia entre esses três universos. Drag Queen e Drag King O concurso fomenta o respeito, a in- SERVIÇO clusão e a valorização e espaço para os Evento: I Bienal Literária Geek LGBartistas que desejam concorrer perfor- TI+ (BILGBTI) mando com seus trabalhos de drags Quando: 6 e 7 de junho de 2020 queens, drags kings, drags queers, Onde: Museu Oscar Niemeyer - MON transformistas e demais artistas que (Mal. Hermes, 999 - Centro Cívico Curitiba/PR) atuam nessa linguagem. Contato: bilgbti@gmail.com WhatsApp (41) 98881-9429
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ou
PROGRAMAÇÃO BIENAL DA I BILGBTI:+ Sábado 6 de junho de 2020
Domingo 7 de junho de 2020
09:00 Abertura Oficial
10:00 Luzes do Brasil
11:00 Painel de Debate, Competição de Cosplay, Pitch de Startups
11:00 Painel de Debate: “A intermidialidade das vozes”
14:00 Apresentação de Trabalhos Literários, Round Literário
12:00 - 14:00 Competição de Cosplayers
16:00 Apresentação das Stands expositoras 17:00 Painel de debate, Storytelling e Narrativas no cenário atual 17:30 Competição de Drag Queens 19:00 Peça Teatral: Milênios de Solidão
14:00 Workshop: por coletive Mamilos Podcast 15:00 Competição de Drags Queens 17:00 Peça Teatral: Milenios de Solidão 19:00 Encerramento da BILGBTI+ 35
#Guia LGBTI de Curitiba BARES Odara Cafe - R. Conselheiro Laurindo, 373 Spot Bear - Al. Princesa Isabel, 704 Vu Bar - Av. Manoel Ribas,146 Vitto Bar - R. Treze de Maio, 960 CLUBES Bwayne - R. Almirante Barroso, 357 Verdant - R. Dr. Claudino dos Santos, 126 CWBears - R. Kellers, 39 James - Al. Carlos de Carvalho, 680 Paradis - R. Paula Gomes, 306 Your Club - Avenida Manoel Ribas, 656 SAUNAS 520 - R. Souza Naves, 520 - Cristo Rei Caracala - R. Alferes Poli, 1039 - Rebouças Club 773 - R. Ubald. do Amaral, 1664 Opinião - R. Amintas de Barros, 749 Cwb Bar e Sauna - R. Saldanha Marinho, 214 Très Chic - Rua Engenheiros Rebouças, 2645 PEGAÇÃO Odara Cafe - R. Conselheiro Laurindo, 373 Dragon Vídeo - R. Vol. da Pátria, 475
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Um bar com playground. (Proibido para menores de 18 anos)
Rua Conselheiro Laurindo, 373 - Sobreloja CENTRO - CURITIBA - PR
Aberto todos os dias: somente para homens. Consulte a programação no Instagram @odaracaffe
HAPPY HOUR ODARA CHEGANDO ENTRE 19 E 20H, VOCÊ REVERTE A SUA ENTRADA OU MEIA ENTRADA EM CONSUMAÇÃO (promoção válida para os meses de março e abril)
ESTRUTURA
Bar completo, sinuca, pebolim, sala de TV, labirintos, darks, cabines, guarda volume e atendimento perfeito. Tudo limpinho e perfumado para você. Em breve, mais novidades.
programação
SEGUNDA NOVINHOS - Entre 18 e 25 anos paga meia entrada até 22h. Aberto até 1h da manhã. TERÇA DOTADOS - >20cm paga meia, >24cm entra de graça até 22h. Aberto até 1h da manhã. QUARTA PELADOS - Meia entrada até 22h para quem curte um naturismo indoor. Aberto até 1h da manhã. QUINTA 2X1 - Cheguem em dupla ou casal e paguem apenas uma entrada até 22h. Aberto até 1h da manhã. SEXTA ZODÍACO - Signo do dia paga meia entrada até as 22h. Horário estendido até 3h. SÁBADO BLACKOUT - Das 22 a 1h, opção de open bar de vodca, whisky, energético, catuaba, vinho, caipirinhas, refris e águas. Abre 19h e horário estendido até 3h. DOMINGO KARAOKÊ - Vem cantar com a gente das 19h às 3h da manhã.