Revista Ladoa N° 45

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#44 | Dez. 2012/Jan. 2013

www.revistaladoa.com.br

Entrevista Paula Bencini

Exclusivo Felippe Braga

EstrĂŠia MaitĂŞ Schneider

revistaladoa.com.br






Editorial

Lado A chegando em São Paulo

Há 7 anos, o projeto inicial da Lado A era montarmos uma revista em cada uma das cinco regiões do país. Um projeto ambicioso demais. Cumprimos bem a missão na Região Sul. Não somos apenas a única revista LGBT do Sul do país, como a mais antiga de todo o Brasil, depois da G Magazine (que ficou light, seguindo a tendência que criamos). Agora

também era de Curitiba, embora tivesse distribuição nacional. O recado foi claro: Precisamos marcar presença. E aqui vamos nós.

é a vez de darmos mais um passo: em Abril, lançaremos a Lado A SP.

bacana, estamos terminando de montar nossa equipe paulista, mas as operações continuarão centralizadas em Curitiba. É um passo que damos com orgulho, principalmente por não deixarmos as nossas raízes de lado e estamos levando um pouco do Sul para São Paulo, em um fluxo cultural diferente ao qual estamos acostumados. Esperamos valorizar nossa produção e profissionais, para que todos ganhemos com mais essa conquista.

Optamos por uma edição única para o Estado de São Paulo apostando na regionalidade que fez tanto sucesso no Sul. Encaramos este desafio pois, infelizmente, se você não colocar uma bandeira no eixo Rio-São Paulo, o seu trabalho é diminuído. Em um recente livro pretensioso sobre a História da Imprensa LGBT no Brasil, ficamos de fora. A Revista Rose, primeira revista gay do Brasil, também ficou. A Rose

A Lado A Sul vai permanecer independente, o site vai incluir notícias e fofocas de São Paulo e as duas revistas continuarão disponíveis online. O projeto está bem

Allan Johan Publisher

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DIGA QUE VIU ESTE ANÚNCIO E GANHE UM SUPER BRINDE!


Índice 06 Editorial Lado A chegando em São Paulo 09 Entrevista Carlos Magno Presidente da ABGLT

Expediente LADO A #45 Fevereiro e Março 2013

12 Moda Bananarama

Tiragem 5 mil Jornalista Responsável Allan J. Santin DRT PR 8019

16 Coluna Social

Projeto Gráfico Dan HaPoZa

20 Comportamento 30 anos e sem crises

Colaboradores do site: Raquel Gomes, Arthur Virmond de Lacerda Neto, Beto, Paulo, Daniel, Leandro Allegreti, Allan C. Hansen e Wladi.

22 Ensaio Especial BoyBeleza

Contato Redação Para anunciar (41) 3027.6599 contato@revistaladoa.com.br

26 Consumo

Correspondências CP 10321 CEP 80730-970 Curitiba - PR

Fotografia: Herickson Laurindo Modelo: Jhow Araújo Produção Executiva: Lado A

E ai?

34 Guia GLS SUL Não combina PR, SC e RS

kkk...e Bem

Quero que me ajude a escolher 31 Alerta uma para Ketamina, umao droga nadaCarnaval! especial

As matérias assinadas não expressam a opinião editorial da Revista Lado A. Proibida a reprodução total ou parcial de conteúdo sem autorização prévia.

Capa

Vamos a loja de 28 Panorama Homofobia Direta Fantasias!!! e Indireta

E ... ?

com vc!! 38Muito HQ sexy!

Pastel e seus amigos

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Entrevista Carlos Magno

O novo presidente da ABGLT Nascido no Pará, o jornalista Carlos Magno Silva Fonseca, 42 anos, tem nome e determinação de imperador, mas é doce, inteligente e bem articulado. Atuante em Belo Horizonte, seu espírito de guerreiro da floresta e o jeitinho mineiro adquirido criam uma personalidade interessante e promissora. Seu bom trabalho o levou a presidência da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, a ABGLT, maior rede de organizações na luta pelos direitos desta comunidade no país. Ele assumiu a presidência da ONG no dia 27 de Janeiro deste ano, em Curitiba, após uma eleição que organizou uma chapa composta por 40 pessoas, após alterações no estatuto da organização e muitas negociações. Representante da diversidade racial brasileira, ele fala em um movimento LGBT mais aberto, unido e

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com maior diálogo nos próximos 4 anos. Como começou a sua vida como militante político, social e como ativista LGBT? Eu comecei minha militância em 1988, em Belém do Pará, na Igreja Católica. Eu fui do movimento jovem católico. Em 80, eu me filiei ao PT, até por influência dos padres e em 90 eu passei no vestibular em Engenharia Química, com 17 anos. Eu entrei no movimento estudantil, que foi onde eu mais aprendi mesmo. Em 96, eu fui pro PSTU, na época recém fundado, e em 2000 eu me formei jornalista depois de mudar de curso e fui viver em Belo Horizonte, onde iniciei a minha militância LGBT. Em 2002, junto com mais quatro pessoas, fundamos o Cellos, Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais,


que é uma das organizações mais importantes do estado de Minas. No ano passado, voltei ao PT. Eu participei de diversos espaços desde muito jovem, então isso me deu uma vivência de movimento social em vários campos. Ao seu ver, quais as primeiras mudanças na ABGLT que devem ser feitas? Nós já fizemos algumas das mudanças importantes no Estatuto. Agora nós temos secretarias temáticas e um conselho consultivo, com essa ampliação, várias temáticas vão ser incorporadas e a ABGLT se articula mais, com um maior número de grupos envolvidos. Ela resgata essa relação com pessoas que não estão diretamente na diretoria mas podem colaborar. Essa foi uma mudança fundamental que fizemos nessa assembléia. Foram fundamentais, tanto essa reforma do estatuto, a nova diretoria, envolvendo maior número quanto a Carta de Curitiba que aponta o que a ABGLT pretende fazer no próximo período. Há uma discordância clara entre as prioridades nas demandas da comunidade, enquanto a diretoria anterior insistia no tripé da cidadania, outros acreditam que deva se lutar pelo casamento gay e pela criminalização da homofobia. Como será administrado isso? Eu acredito que são táticas diferentes. Alguns grupos vêem essa prioridade e nós vemos a outra. Esta

gestão terá um esforço de dialogar com todos os grupos, com os parlamentares, para podermos montar um plano e construir em conjunto uma agenda. Tudo que venha a defender o nosso direito e combater a homofobia será incorporado pela ABGLT. Vamos nos esforçar para ampliar essa parceria com outras instituições. É uma questão tática, é um debate que não provoca ruptura. O departamento de AIDS sempre foi um aliado do movimento, hoje, como esta relação está afetada com a diminuição das verbas federais? Na verdade o departamento é um parceiro histórico do movimento LGBT, temos um dialogo muito aberto, agora, obviamente, a situação afeta não só o movimento LGBT mas também os outros movimentos sociais. Ocasiona algumas reflexões e isso não torna o departamento um inimigo, ele permanece um aliado e o movimento tem que fazer o papel dele, que é lutar cada vez mais por melhores condições. E que essa política de enfrentamento de reconhecimento mundial não tenha retrocesso e essa parceria com o movimento, que foi o diferencial, receba atenção e permaneça. Que o departamento veja a comunidade LGBT, com base nos dados epidemiológicos, e perceba que precisamos de uma política e ações que possam mudar esse quadro atual.

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Muitos grupos passam por dificuldades em razão do corte de verbas ao movimento, é possível sobreviver sem verbas públicas? Olha, a história do movimento sempre foi em parceria com o Estado. Hoje, nós precisamos recriar novas formas de sustentabilidade. Essa situação coloca o movimento social no seu real papel que não é fazer o papel do Estado, isso não significa que não teremos parceria, anular tudo que foi conquistado e construído. É preciso pensar em outras formas de sustentabilidade, esse é o nosso desafio atual para o próximo período. Como ficou o projeto Escola Sem Homofobia? Ele pode voltar? Vamos continuar exigindo do MEC projetos de combate a homofobia no ambiente escolar. Pode ser o Escola Sem Homofobia ou outro projeto como parcerias com as universidades, capacitação de professores, núcleos das pesquisas nas universidades, e ainda inclusão da diversidade sexual nos materiais educacionais, investimentos que possam dar uma resposta ao preconceito homofóbico nas escolas. A Educação é estratégica para mudar a realidade, é importante ter uma ação mais contundente nesta área. Quais as principais dificuldades enfrentadas pela ABGLT, interna e externamente? A grande dificuldade que se tem internamente é falta de estrutura

material, nós não temos uma sede em Brasília. Como é uma entidade de atuação nacional, precisávamos ter funcionários. A nossa dificuldade externa é o fundamentalismo religioso que cresce no país e os conservadores que tem atuado contra as lutas da nossa comunidade, então nós teremos que nos estruturar melhor para dar conta de dar uma resposta a esse enfrentamento que esta tendo no nosso país. O que a comunidade deve fazer de fato para que tenhamos nossos direitos respeitados finalmente? Nós precisamos criar consciência do que é ser homossexual nesse pais. Nós temos uma sociedade homofóbica onde a homofobia se manifesta de várias formas e temos grupos organizados que tem atuado contra as garantias dos nossos direitos. E a comunidade LGBT, as pessoas aliadas, tem que ter essa consciência de que precisamos estar juntos para esse enfrentamento. Não precisa ser militante, nem todo mundo quer ser militante, mas precisamos nos posicionar contra declarações preconceituosas de políticos, e na hora das eleições. Quando um pastor evangélico faz uma declaração homofobia, poucos se manifestam, se a sociedade se mobilizasse para colocar a discussão da homofobia no debate público, todos ganhamos. Uma coisa é a ABGLT falar, outra coisa é ABGLT com um milhão de assinaturas. (A.J.)

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Moda

COM FELIPPE BRAGA foto ALLAN JOHAN produção lado a

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Coluna Social CURITIBA

CURITIBA

CURITIBA

Bar Code

Club 773

Black Box

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Coluna Social CURITIBA

FLORIANÓPOLIS

BALN. CAMBORIÚ

Cat’s

Conca

D.LED

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A FEIR A INT QU DO A B SÁ

A FEIR A T SEX O ING M DO UrA ErT ASA:. ABA c 1hS D 2

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Comportamento

30 anos, sem crises

(e bem melhor do que aos 20 anos) Espinhas, falta de dinheiro, falta de maturidade, indecisão, insegurança, esqueça tudo isso, aos 30 anos, os problemas são outros. Mas é melhor ter 30 ou 20 anos de idade? Fomos perguntar aos nossos leitores, inspirados em um convite de aniversário. O empresário de Laranjeiras do Sul, Raphael Jacob (foto), fez uma super festa para marcar seus 30 anos em seu badalado salão. Teve até presença da prefeita no evento que agitou a pequena cidade de 30 mil habitantes no interior do Paraná. “De repente 30” era o tema.

20

E que depois dos 18 os anos voam isso todo mundo sabe. Mas e o que se aprende entre os 20 e os 30 que faz a diferença lá na frente? Para o aniversariante Raphael, “Com mais experiência e maturidade, aos 30 você deixa de ser inconseqüente e consegue avaliar melhor todas as decisões, com uma visão mais critica e construtiva de tudo”. É fato, perdemos em quantidade e começamos a valorizar a qualidade. Também nos anos seguintes, essa equação fica mais evidente e verdadeira. Se come melhor, se escolhe melhor, saboreia-se a vida.


A pessoa começa a valorizar mais o presente com um planejamento para o futuro. Aos 20 anos não se pensa no amanhã, se vive intensamente o presente. Já aos 30 anos esta relação temporal é óbvia, até porque se colhe o que foi plantado na década anterior. Por isso, é preciso abrir os olhos aos 20, e mais ainda aos 30. O consultor de moda Chris Silva, tem 27 anos, e diz que agora começou a curtir a sua vida. “Eu me sinto muito melhor hoje do que quando eu tinha 20. Quando eu tinha 20, eu tinha que trabalhar em uma multinacional, fazer faculdade, já tinha meu namorado há 3 anos, então foi uma fase em que não aproveitei muito”, revela ele que mora em Curitiba. Os 30 anos prometem ser uma década de compromissos escolhidos, bem selecionados, com mais liberdade e grande vontade de vencer. Alexandre Vidal de Souza ou Ale Vidal, é de Florianópolis, tem 31 anos, e divide seu tempo entre ser agente de Turismo e a carreira de DJ. Ele diz que prefere ter seus 30 e é mais um que diz que se vive melhor agora. “Com 20 eu não aproveitava minha vida como aproveito agora. Eu dava muita importância para o que as pesso-

as falavam de mim”, confessa o DJ que aprendeu a valorizar a opinião das pessoas que ele gosta e a filtrar as fofocas. Mas a maturidade não vem com mágica aos 30. É preciso viver os 20 anos, errar, aprender, vivenciar experiências que vão moldando o futuro e o caráter aos 30 anos. Fazer 30 anos é um ritual de passagem. Talvez seja os novos 18 anos. Se antes sair da casa dos pais era algo a ser feito cedo, hoje o prazo foi esticado. O sucesso profissional também demora mais, as oportunidades são mais disputadas e é preciso se preparar mais. Serão os 30 os novos 20 anos? Não, os 30 continuam significando mudanças no corpo, na maturidade, na mente, na percepção existencial. Como diria o escritor Affonso Romano de Sant'Anna no livro “Mulher Madura”, no texto “Fazer 30 anos”: “Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar”. Talvez nada tão drástico mas com certeza é tempo de criar asas e voar! (A.J.)

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Ensaio Especial

Jhow AraĂşjo em:

BOYBELEZA por Herickson Laurindo

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BOYBELEZA Modelo: Jhow Araújo Fotos: Herickson Laurindo (www.herickson.com) Maquiagem: Ju Galvagni (41 ) 9733-0156 Produção Executiva Revista Lado A

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Consumo One Trip Grip

Quem mora sozinho sabe da dificuldade de ir para casa com todas as compras e sacolas. Para isso existe o One Trip Grip, um acessório que possibilita você carregar tudo, de uma só vez. A peça é confortável, ergométrica, tem em várias cores e ainda custa bem baratinho. Preço: US$5.99 na amazon. com Click and Grow

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??? Panorama

Homofobia Direta e Indireta Há diferentes graus de homofobia. Aquela que mata por meio de uma arma, golpes mortais deferidos por uma pessoa com sangue nos olhos e ódio por homossexuais, e outra, tão cruel quanto, que mata aos poucos, com palavras, com o silêncio, com a invisibilidade ao ser ignorado. Há também a homofobia causada pelo estigma, que coloca gays, lésbicas, transgêneros em situação de vulnerabilidade. Embora algumas pessoas acreditem que drogas, marginalidade, prostituição são escolhas erradas, nem sempre é assim. Há sempre um contexto de preconceito, de auto aceitação, de falta de estrutura que leva essas pessoas para um lugar mais perigoso, onde podem encontrar as suas mortes. A palavra homofobia foi criada para diferenciar o ódio por homossexuais do preconceito aos outros

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grupos. Assim como o racismo funciona para caracterizar as questões de cor de pele e etnias. A junção das palavras gregas homo (do mesmo) e fobia (medo ou aversão irreprimível) deu luz ao neologismo, usado pela primeira vez pelo psicólogo George Weinberg, em 1971. Assim como xenofobia, para caracterizar a aversão aos estrangeiros, o termo foi consagrado por seu uso. A homofobia pode partir de diversas fontes. Pode ser internalizada, quando o indivíduo é homossexual e não se aceita, reprime os sentimentos e pensamentos homossexuais, podendo se tornar um homofóbico. A homofobia também pode ser institucional, quando praticada por grupos governantes, empresas ou instituições. Mas como caracterizar a homofobia?


A homofobia é qualquer e toda manifestação que busca diminuir, desumanizar, contrariar, rotular como pejorativo, ou tratar diferente uma pessoa homossexual. E estes atos cruéis podem ser cometidos direta ou indiretamente.

Em homofobia direta estaria a agressão física, verbal, o bullying, impedir o acesso a certos locais, discriminar, expulsar um filho de casa, deixar de atender, falar contra a homossexualidade, negar direitos comuns aos outros indivíduos ou casais, proibir o afeto em público. E ainda dizer que a pessoa deve mudar, ameaçar bater ou expulsar, dizer que ela não presta por ser homossexual, atribuir valores como: pecador, corruptor de menores, promíscuo, portador de doenças, ou atacar a honra de uma pessoa por ela gostar de pessoas do mesmo sexo. Fazer perguntas ou comentários preconceituosos, piadas, mesmo que dissimuladas, entre outras formas de violência direta. A vivência da homofobia diariamente pode levar o indivíduo a uma segunda forma de homofobia, com fortes prejuízos na psique do indivíduo homossexual. O estigma surge depois de anos de rejeição, ou de se sentir desta forma. O

indivíduo pode desenvolver patologias, perder a referência moral, deixar de se importar com sua saúde e segurança. O estigma leva a desumanização, a marginalidade, ao autoflagelo, a depressão. São estes indivíduos que atentam contra suas próprias vidas, que vivem na marginalidade e podem vir a serem vítimas de crimes ligados ao tráfego de drogas, a prostituição, ou mesmo crimes passionais, cometidos por outros indivíduos em situação marginal semelhante. A homofobia, que inclui a falta de oportunidades iguais, levou estes a tal vida precária e à morte. Estas formas de homofobia não são bem compreendidas pela maioria das pessoas, principalmente por aquelas que buscam negar que a homofobia mortal é uma realidade triste em nosso país. No ano passado, o Grupo Gay da Bahia (GGB) contabilizou 336 assassinatos de LGBTs! Um a cada 26 horas! Entre as estatísticas recolhidas na mídia, logo subnotificadas, diversos crimes não cometidos por assassinos homofóbicos ou com requintes de crueldade. Mas todos, sem exceção, com a mão cruel da homofobia em uma sociedade que fecha os olhos para o problema. (A.J.)

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Seriam todos esses 338 assassinatos crimes homofóbicos? O Prof.Luiz Mott, do GGB é categórico: “99% destes homocídios contra LGBT têm como agravante seja a homofobia individual, quando o assassino tem mal resolvida sua própria sexualidade e quer lavar com o sangue seu desejo reprimido; seja a homofobia cultural, que pratica bullying e expulsa as travestis para as margens da sociedade onde a violência é endêmica; seja a homofobia institucional, quando o Governo não garante a segurança dos espaços freqüentados pela comunidade LGBT ou como fez a Presidente Dilma, vetou o kit anti-homofobia, que deveria ter capacitado mais de 6 milhões de jovens no respeito aos direitos humanos dos homossexuais.” Para o analista de sistemas Dudu Michels, “quando o Movimento Negro, os Índios ou as Feministas divulgam suas estatísticas, não se questiona se o motivo de todas as mortes foi racismo ou machismo, por que exigir só do movimento LGBT atestado de homofobia nestes crimes hediondos? Ser travesti já é um agravante de periculosidade dentro da intolerância machista dominante em nossa sociedade, e mesmo quando um gay é morto devido à violência doméstica ou latrocínio, é vítima do mesmo machismo que leva as mulheres a serem espancadas e perder a vida pelas mãos de seus companheiros, como diz o ditado, ‘viado e mulher tem mais é que morrer!’”

Fonte:

homofobiamata.wordpress.com Visite este precioso site para maiores informações e dados sobre a homofobia no Brasil!

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Alerta

Uma Ketamina: droga nada

Além do famoso K-hole, estado catatônico comum aos usuários experimentarem, o Special K, ou apenas key, está sendo cada vez mais associado a duas novas doenças: a síndrome da bexiga de cetamina e ainda cistite intersticial.

especial

A ketamina, ou cetamina, em português, ou ainda Special K, é uma droga que causa dissociação, encontrada em diversos medicamentos, principalmente em anestésicos veterinários. Criada inicialmente para fins anestésicos, foi retirada de uso em humanos depois que pacientes relataram sofrer visões após seu uso. Desde os anos 90, a droga se tornou freqüente nos clubes de música eletrônica. Ao lado do GHB (ácido gama-hidroxibutirato), além de diversos remédios, é usado para o golpe “Boa Noite Cinderela”. Identificadas e documentadas em 2007, por cientistas do Canadá e de Hong Kong, as nova doenças estão ligadas a jovens que fizeram

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uso abusivo da substância e apresentaram danos irreversíveis na bexiga, fígado, rim e até dano cerebral. O uso extremo de cetamina, acima de 5g ao dia, pode causar úlceras, necrose e fibrose no aparelho urinário. A bexiga diminui de tamanho e com isso a sua capacidade de armazenar líquidos. Sangramentos, alteração na pressão, cor e freqüência da urina, além de dor e incontinência são alguns dos sintomas registrados. Feridas na bexiga, cistos entre os tecidos, chamados de cistite de cetamina, aparecem em exames de imagem. O índice de incidência das síndromes em pessoas que usaram a droga com freqüência regular por alguns meses é alto, por isso, todo cuidado é pouco. Nos últimos anos, o uso da droga foi associado ao aparecimento de cânceres no baixo aparelho urinário e ainda com a disfunção erétil. No Brasil, essas doenças são pouco comentadas, mas na Europa, EUA e Ásia já existem estudos avançados e o diagnóstico e o tratamento são bem difundidos. Se você faz uso recreativo da cetamina, suspenda seu uso. Caso já tenha sentido algum dos sintomas descritos acima, procure um uro-

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logista. Outra vertente de estudos apontou no ano passado a cetamina como um eficiente antidepressivo de rápido resultado, e estudam seu uso para o tratamento de pacientes bipolares. (A.J.) (A.J.)oga feita em

Para saber mais sobre a cetamina e seus perigos: ketaminebladdersyndrome.com (em inglês) quedroga.com.br/toxicos/ketamina


A droga feita em casa Usuários de cetamina comumente produzem a sua própria droga ou possuem uma fonte próxima. O líquido anestésico contrabandeado de casas veterinárias é secado em um forno, muitas vezes microondas, até que vira uma fina camada de pó branco. Este cristal é consumido diretamente com canudos ou em aparelhos chamados de bullets. A droga é geralmente compartilhada, já que cada frasco de 100 ml rende droga suficiente para mais de cinco pessoas em um fim de semana, a um custo relativamente baixo. A cultura da ketamina é altamente difundida na comunidade gay. Além do argumento da pureza do que se está inalando, os usuários alegam que a droga não vicia e que raramente causa overdose.

O fato é que há danos imediatos como perda de memória e letargia e estes fazem parte do barato da droga. O efeito dura relativamente mais do que o de outras drogas estimulantes inicialmente mas esta tolerância vai diminuindo e a pessoa precisa de cada vez mais, e com maior frequência. Em excesso, o usuário pode permanecer minutos paralisado, no chamado buraco do K, ou K-hole. A experiência ganha vultos de momento íntimo e atrai pessoas que acreditam estar vivendo algo espiritual. Outros nomes que a droga recebe mostram a áurea do marketing enganoso que a rodeia: Super K, Vitamina K, Keyla (no Brasil), Kara, Super Ácido, Kit Kat, Cat Valium, entre outros apelidos. (A.J.)

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Guia GLS SC ???

FLORIANÓPOLIS

Pegação

Saunas Sauna Clube R. 2450, n° 86 - Centro

Bar do Deca Praia Mole (Último no sentido Galhetas)

Hunter Videoclub R. Padre Roma, 431 Últ. Andar BALN. CAMBORIÚ

Sauna Bianca R. Jamaica, 700 - Centro

Bares

Blues Velvet (F) R. Pedro Ivo, 147 - Centro

Bares Duo Lounge

Deny’s Bar R. João Grumiche, Trav. 437 Jivago Lounge R. Dep. Roberto Leal, 4

Boates Conca V.I.P.

Sábados e datas especiais, 23h59 Av. Rio Branco, 729 - Centro www.concordeclub.com.br (48) 3222 1981 Mix Café R. Menino Deus, 47 - Centro

Saunas Thermas Hangar R. Henrique Valgas, 112 Thermas Oceano R. Luiz Delfino, 231 - Centro

Qua. a Dom. (Durante o Verão) 22h30 R. 300, n° 120 - Centro www.duolounge.com.br (47) 9651 0933

JOINVILLE

Bares Alternative Lounge R. Getúlio Vargas, 29 - Centro

Sublime Café R. Alvin Bauer, 555 - Centro

Plug Bar Interativo

Boates

Quarta a Sábado 21h R. Inácio Bastos, 241 - Bucarein (47) 3026 6460

Levion Av. Brasil, 381 - Centro KAN Av. do Estado, 1008 (Itajaí - BnC) D.LED V.I.P.

Sábados e datas especiais, 23h59 4a Avenida, 136 - Centro www.dledclub.com.br (47) 3344 5314

Boates UP R. JK, 615

Saunas Thermas Joinville R. Independência, 721

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Um novo Direito para novos tempos

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34 das Famílias | Mediação | Direito do Trabalho | Direito Previdenciário Direito


Guia GLS RS PORTO ALEGRE

Cine Theatro Ypiranga Av. Cristovão Colombo, 772

Bares

Madam R. Plínio Brasil Milano, 137

Bahamas Café Bar Rua da Repíblica, 198 Capadócia Bar Rua da República, 180 Hangar Pub Rua da República, 191 Novo Era Uma Vez R. 18 de Novembro, 31 PasseFica Rua da República, 50 Venezianos PubCafé Rua Joaquim Nabuco, 397

Ocidente R. João Telles esq O. Aranha Refugiu’s Megadanceteria R. Marcílio Dias, 290

Thermas Point Sul Todos os dias das 13h30 as 22h30 R. Cabral, 468 - Rio Branco www.thermaspointsul.com.br (51) 3331 6324

Vitraux Club R. Conceição, 492

Floresta R. Dr. Valle, 88

Saunas

Plataforma R. Pernambuco, 2765

Arpoador R. Ivo Corsueli, 210

Thermas Mezzaninu R. São Salvador, 108

Barros Cassal R. Barros Cassal, 496

Pegação

Boates

Convés Sauna Club Av. Mauá, 1897

Eróticos Videos R. Alberto Bins, 786

Cabaret Indiscretus R. Ernesto Alves, 169

Coruja R. Comendador Coruja, 189


Guia GLS PR CURITIBA

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Bares

Side Caffe Qui. a Dom. 21h Al Cabral, 597 - Centro (41) 3222 7151

Bar Code Sextas 23h59 R. Jaime Reis, 310 - S. Fco. www.barcodecwb.com.br (41) 3027 4410 Blues Velvet (F) R. Trajano Reis, 134 CWBears Pç. Garibaldi, 39 Jack In (L) R. Lamenha Lins, 1540 Bar do Simão Av. Manoel Ribas, 640/656 Vu Bar (F) R. Manoel Ribas, 146

Boates Cat’s Night Club Al. Dr. Muricy, 949 - Centro New SPM R. Fernando Moreira, 185 Manhattan R. Augusto Stellfeld, 199 James R. Vicente Machado, 894

Pegação V.I.P.

Sáb. e véspera de feriados 23h59 Mateus Leme, 585 - Centro www.box-club.com (41) 3027 4410

Saunas Sauna 520 Todos os dias 16h R. Sen. Souza Neves, 520 www.sauna520.com.br (41) 3262 4582

Dragon Video Box Segunda a Sexta 11h30 as 22h R. Vol. da Pátria, 475 conj. 708 www.dragoncwb.com.br (41)3225 1496 Peppers Swing Club R. Mal. Floriano Peixoto, 2223

LEGENDA ambiente externo

Club 773 Bar Sauna

bar V.I.P.

Terça à Sábado 18h as 24h Domingo 16h as 24h R. Ubaldino do Amaral, 1664 (41) 3225 3690

camarote cozinha computadores dark room fumódromo

Thermas Saldanha

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Todos os dias 15h R. Saldanha Marinho, 214 www.termasaldanha.com.br (41)3014 0066

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Vamos a loja de Fantasias!!! Quero que me ajude a escolher uma para o Carnaval! E ... ?

Não combina com vc!! Muito sexy!

E ai?

Não!! Muito careta!

kkk...essa é boa! Bem gay!!!




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