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Brasileiro Mister Universo 2014 em super ensaio
Cinema
Ricky Mastro indica 10 filmes LGBT imperdíveis
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REVISTA LADO A #53 Julho e Agosto 2014 EDITOR CHEFE Allan Johan COLABORADORES E COLUNISTAS Raquel Gomes, Paulo Cogo, Arthur Virmond de Lacerda Neto, Leandro Allegretti, Allan Johan, HaPoZa, Alecks Spake e Wladi. EXPEDIENTE Tiragem 5mil JORNALISTA RESPONSÁVEL Allan J. Santin DRT PR 8019 PROJETO GRÁFICO HaPoZa CONTATO REDAÇÃO contato@revistaladoa.com.br PARA ANUNCIAR contato@revistaladoa.com.br CORRESPONDÊNCIAS CP 10321 CEP 80730-970 Curitiba - PR As matérias assinadas não espressam a opinião editorial da Revista Lado A. Proibida a reprodução total ou parcial de conteúdo sem autorização prévia. CAPA Ator Klebber Toledo
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Editorial Como você pode ver, estamos com um novo projeto gráfico. O mundo mudou nestes quase 9 anos de Lado A e vamos seguindo com mudanças para nos mantermos atuais e modernos. Em breve, nosso site também sofrerá mudanças, acompanhando as tendências vigentes. Mas e você? O que você mudou nesta última década? Não apenas o cabelo, o corpo, mas e os seus pensamentos? Você se tornou uma pessoa melhor? A auto crítica é fundamental nos dias de hoje, em que o mundo a nossa volta se transforma rapidamente. Você encontrou o sucesso e a felicidade? Mas eles são conceitos muito relativos, por isso, precisamos traçar metas e objetivos claros. E nem sempre sucesso e felicidade andam juntos. Por isso, não se contente com pouco, tenha sempre novos objetivos. É preciso se reinventar, traçar novos rumos e não insistir naquilo que não nos muda. Pois se não mudarmos, não evoluiremos, estaremos parados no tempo, no passado. A mudança traz medo, porém ela é necessária. Se a vida está fácil, sem desafios, é sinal de que você estacionou. Pois viver é exatamente correr riscos calculados, ter a vontade de seguir adiante, de buscar o novo, o algo a mais, crescer. Não se deixe contaminar pelo marasmo, pela opinião alheia ou ainda pelo temor do fracasso. Cada dia é uma nova folha em branco para você escrever a sua história, consertar seus erros, passar uma borracha no que se foi. Seja você mesmo mas seja novo, surpreenda, tente e descubra que você pode ser muito mais. E tudo isso pode sim começar com um novo corte de cabelo...
Allan Johan Allan Johan, Editor Chefe
ÍNDICE 8
Entrevista Klebber Toledo
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Ensaio Vossa Majestade, Bruno Mooneyhan
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Coluna aLEatória Acorda pelo menos pra transar, fia!
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Coluna Social As melhores festas do Sul
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Para Pensar Ato obsceno e nudez
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Cultura Ricky Mastro e o cinema gay nacional
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Lado A Indica
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Pastel e seus amigos
ta s i v e tr
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O ator paulista Klebber Toledo, 27, foi o escolhido para viver o jovem Leonardo, um gato que tenta a vida de celebridade mas acaba se apaixonando por um homem mais velho e casado. Super polĂŞmica em ImpĂŠrio, a novela das 9 da Globo que estreou em Julho
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TV
KLEBBER TOLEDO Um sorriso branco, olhos azuis e barriga sarada, Klebber promete alavancar o Ibope da novela Império. Mas o personagem ainda não tem seu destino escrito e a aceitação de sua história será um grande desafio. Mas basta conversar um pouco com o simpático ator para perceber o seu carisma. Ele defende seu personagem e fala com sabedoria, muito mais do que um rapaz bonito e talentoso, Klebber é inteligente, fala bem e sabe o que fala. O ator esteve em Curitiba para o lançamento da novela e participou de uma coletiva de imprensa. A Lado A teve acesso aos atores e acompanhou um pouco do trabalho de divulgação em um mega evento organizado pela RPCTV na cidade.
ENTREVISTA o personagem. Eu só não acho correto o rótulo, cada um sabe como se sente bem, como se sente feliz. Eu não quis rotular o meu personagem. Mas você acha que qualquer homem pode se apaixonar por outro homem? Isso pode acontecer?
Abaixo, algumas fotos e perguntas, algumas questões feitas por outros colegas jornalistas, para o ator
N
a abertura do evento, Klebber não falou que seu personagem era gay para o público presente. Leonardo será polêmico e ainda não se sabe a reação do público à história do rapaz mas tivemos certeza nesse encontro que o ator conseguirá, sem estereótipos, conquistar a audiência com o personagem.
Você disse em entrevistas que seu personagem é um “muso”, não é gay, como você explica isso? O Leonardo é único, ele é um cara que se apaixonou de verdade. O que eu quero é que cada um tire a sua conclusão, veja
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Claro que não, acho que é de pessoa para pessoa, seres humanos são completamente diferentes. Cada um sente uma coisa, vê a vida de um jeito, é preso à sociedade, aos seus ensinamentos. Por exemplo, tem gêmeos que recebem a mesma educação, são criados juntos, e cada um tem uma personalidade. E quem é o Leonardo? Ele é um cara que tentou, foi pra cidade grande, tentando ser uma celebridade, queria atuar em novela, aparecer, e sentiu a dificuldade da carreira. Passou por isso e conheceu um grande amigo e desta amizade nasceu este amor que dura 10 anos. Não é um flerte, é um relacionamento. Um relacionamento verdadeiro. Você fez em Caras e Bocas um personagem gay bem divertido, qual a diferença? Cada novela, cada história, vai ter uma
linha. Meu personagem em Caras e Bocas (o estilista gay Sid), uma novela das sete, que é geralmente um pouco mais leve. Era para ser uma coisa mais divertida, sem essa profundidade, sem relacionamento. Era até mais simples de se fazer, até por ser mais longe, mais brincalhão, um estereótipo. Embora a comédia seja difícil, é mais tenso, tem um timing que se não rolar, não convence. Já esse personagem tem muita coisa. É vivenciar uma situação que não é simples assim, é real. E como você vai lidar com a crítica da comunidade gay nas redes Sociais? Com vão abordar o fato de ele namorar um cara casado? A gente vai passar com verdade, com sentimento que existe entre eles. Não é uma brincadeira, é real e é isso que a gente quer mostrar. Natural, não é jogo, não é flerte, é real.
E como seria a comparação com o personagem Félix? Espera uma repercussão maior do que a deste personagem gay marcante? Quem me dera. Eu já trabalhei com o Mateus Solano, um ator brilhante. Esta novela tem muita gente boa. É um privilégio. O que eu espero é fazer o meu melhor que as pessoas vejam isso, verdade. É verdade que a apresentação dos personagens gays fez sucesso na festa de lançamento da novela? Sim. Fomos muito aplaudidos. E existe alguma limitação por parte da Globo do o que se pode ou não falar dos personagens? Não, não existe essa instrução, só não se pode entregar muito o futuro do personagem, senão perde a surpresa. Mas não há nenhuma proibição.
io a s n E yhan e
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O gato trilíngue viaja no próximo mês para compromissos internacionais do título mas nos deixa um ensaio de presente.
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Com 1,90m e um lindo sorriso, o gato encantou a todos na disputa do Mister Universo, realizada no dia 10 de junho, na República Dominicana. O moreno adora praia e surfar, é bem família e tem uma empresa de segurança e atua como modelo no seu tempo livre.
Bruno Mooneyhan, 23, engenheiro eletricista, natural de Natal, Rio Grande do Norte, trouxe para o Brasil o tĂtulo de Mister Universo 2014.
VO S S A E D A T S E J A M
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pra transar, fia
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utro dia, após o almoço da firma, comentava com colegas do trabalho que o ser humano é difícil de entender. Não estamos felizes por estar solteiros, não estamos felizes por estar namorando. Nada basta. Nada é bom o bastante. Não sei até que ponto a culpa é nossa ou do mundo em que vivemos, pois as coisas deixam de ter valor rapidamente. Até as notícias duram milésimos de segundos, as fotos que nos representam nos perfis das redes sociais também. O que é imutável nunca foi bem visto, mas começo a pensar que atualmente as coisas andam rápido demais.
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Ontem era Natal de 2013, e o de 2014 já está aí. Hora de comer peru novamente, rabanada, enfim, comer muito e reclamar nas mídias sociais
de que essa época do ano engorda a gente etc... Por falar em insatisfações e em peru, e continuando o caso que abriu este texto, comentei com minhas colegas de serviço que, para mim, uma das coisas mais legais em namorar alguém é poder transar sempre. Todo dia. Três vezes ao dia, se possível. Elas ficaram horrorizadas com minha opinião, e disseram que quando namoramos a hora do rala e rola é muito feliz, mas quando se casa ou mora junto, isso fica mais raro. O dia a dia é realmente um brochante natural. E, segundo elas, há uma diferença entre homens e mulheres. Homens parecem estar sempre preparados para a hora H. Uma das meninas até comentou o caso de
Leandro escreve para o doqueosgaysgostam.com e espera um dia experimentar essa coisa de transar dormindo, uma vez só. Para não viciar.
uma amiga dela: em uma noite qualquer, a tal moça estava dormindo e resolveu mudar de posição na cama quando, sem querer, bateu a mão na região da felicidade do marido, que, aparentemente fica em estado de prontidão, pois acordou achando que a parceira queria transar de madrugada e partiu para a função. A moça continuou sonolenta, mas confessou que no fundo só queria dormir mesmo. Tudo não passou de engano. Meu comentário mental sobre isso foi: mundo injusto. Mundo cruel. Como dar valor para as coisas boas da vida se uma delas tem quem faça dormindo? Sei lá. Continuo achando que, pelo menos, já que sou homem e curto homem, quando rolar namoro, estaremos sempre a postos, preparados, com as armas em riste e, principalmente, bem acordados. Amém.
Leia A coluna dele no site da Revista Lado A em: revistaladoa.com.br/colunas/coluna-aleatoria
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Ato obsceno e nudez
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rês fatos ocorreram recentemente no Brasil: um sujeito perambulou desnudo, em Jaraguá do Sul (SC) e foi detido pela polícia, por ato obsceno; uma estrangeira desnudou as suas mamas, no areal da praia de Copacabana, ao que um policial instou-lhe para que as cobrisse; jogadores da seleção croata apresentaram-se despidos na piscina do hotel em que se hospedavam, em Salvador, ao que alguns brasileiros retiraram-se do local, “para proteger as suas famílias”. São fatos característicos da mentalidade de certos brasileiros, para quem há partes indecentes no corpo humano e para quem a nudez é imoral. Tal “ethos” acha-se consagrado no artigo 233 do Código Penal, que comina detenção de três meses a um ano, ou multa, a quem “praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”. É obsceno o ato de conotação sexual, o comportamento cujo conteúdo seja de sexualidade,
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que se pratique em lugar de acesso às pessoas em geral (praças, ruas), em recinto a que as pessoas possam aceder ou em lugar em que o autor do ato possa ser observado por terceiros (uma janela, por exemplo).
Este artigo é característico da moralidade repressora da sexualidade. Ele pune a manifestação de sexualidade, visível por outrem. Não se trata de punir manifestações quaisquer, senão as de natureza sexual: o valor
que se contém nesta norma é o da repressão da liberdade de manifestação especificamente dotada de conteúdo sexual. Não está em causa a liberdade, porém a censura à sexualidade.
A exposição do corpo, em público, não constitui ato obsceno. O corpo nu, exposto em lugar público, à vista de toda a gente, seja em uma praça, em um parque público, na janela de casa, não passa disto mesmo: do corpo de alguém, destituído
de trajes. A condição de nudez não atribui, por si só, conteúdo sexual ao corpo exposto. A exposição dos seios nas praias, por exemplo, não é ato de natureza sexual; é, apenas, ato de exposição de uma parte do corpo. A exposição da genitália ou das nádegas, nas praias ou em praça pública, não é ato de natureza sexual; é, apenas, ato de exposição de uma parte do corpo.
É legítima e saudável a exposição do corpo, na
PARA PENSAR
sua totalidade, nas praias, em qualquer praia, à vista de toda a gente; é uma questão de liberdade individual e não é uma questão de moralidade. Só enxerga imoralidade na exposição dos seios, das nádegas, da genitália, perigo para as famílias e para as crianças quem incorporou tabus e preconceitos destituídos de qualquer sentido, completamente artificiais e que é momento de abandonar. A associação entre seios, pênis, nádegas, por um lado, e sexualidade,
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por outro, é artificial. Não há relação de inerência entre os primeiros e a segunda. Os seios, o pênis e as nádegas não são necessariamente sexuais; a sua exposição não é necessariamente sexual. O artigo 233 do Código Penal fundamenta-se em dois pressupostos, que não explicita e em uma mentalidade. Os pressupostos são os de que há relação de inerência entre certas partes do corpo e a sexualidade, e o de que a exposição delas é forçosamente
sexual. Tais pressupostos são falsos. É surpreendente que, no Carnaval, notadamente carioca, mulheres desfilam inteiramente nuas, como integrantes da beleza estética dos carros alegóricos. Décadas atrás, eu ouvia mulheres da geração da minha avó escandalizarem-se com a “pouca vergonha” das figurantes semi-nuas ou nuas: era reação típica de pessoas cujo modelo mental formara-se nos idos de 1920, ou seja, a cerca de um século atrás. Não faz sentido o policial intervir sobre a estrangeira que andou de mamas ao vento em uma praia da cidade do Rio de Janeiro, para que ela as cobrisse. Não faz sentido a polícia deter o sujeito que, em Jaraguá do Sul, perambulou nu. Não culpo a polícia, que apenas funciona como veículo dos consensos (?) sociais. Para que ela se abstenha de reprimir a exposição do corpo, formar consciência crítica, suscitar reflexão e debate acerca deste tema, educar para a liberdade, ao invés de manter também este preconceito, como por séculos se manteve o da homofobia, já hoje arcaico.
Confira este artigo completo na Coluna Para Pensar no site da Revista Lado A: revistaladoa.com.br/colunas/para-pensar
a r u t l Cu cinem o e r b o do s
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Sobre O paulistano Ricky Mastro é produtor, diretor e roteirista, formado em Drama pela Universidade de Washington (Seattle - EUA) e em Cinema (Fundação Armando Álvares Penteado-Brasil), fez seu mestrado sobre a “Identidade LGBTTTQ no Cinema” e começou sua carreira nos EUA, como ator de teatro. Depois, se tornou dramaturgo e estudou muito a cultura gay, ainda nos EUA. De volta ao Brasil, escreveu, produziu e dirigiu obras como a trilogia “Cinco Minutos” ,“A mais forte” e “Felizes para sempre” entre outras obras distribuídas em mais de 200 festivais internacionais e nacionais. Colunista do site Mix Brasil, seu último trabalho foi o longa metragem “Fucking Different São Paulo”, que reuniu cineastas gays falando sobre assuntos lésbicos e cineastas lésbicas falando sobre assuntos gays. O filme do Ricky aborda a longevidade de relacionamentos lésbicos através da história de suas personagens, Lú e Ligia, que estão juntas há mais de 30 anos.
CULTURA
A
tualmente Ricky está em pré-produção com seu primeiro longa metragem “Jogos de mente”, que discute o que o Ricky chama de “comunidades dos invisíveis”, grupos de pessoas portadoras HIV+ que não são vistas, e nem querem ser, pela sociedade, além de abordar o processo necessário para se retirar o coquetel antirretroviral. No Festival de Cannes desse ano, Ricky integrou o júri do prêmio Queer Palm, que avalia as qualidades artísticas e a abordagem às questões LGBTT dos filmes. Desde 2010, o Festival de Cannes conta com esse prêmio independente. Confira a entrevista exclusiva que fizemos com o cineasta:
Podemos dizer que existe uma “cultura gay”? Existe uma cultura gay desde que o mundo é mundo. Claro que desde Stonewall vivemos uma
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ação afirmativa dessa cultura, o que é ótimo!
Como criar a identidade de uma comunidade tão diversificada, sem cair no clichê? A nossa comunidade cada uma das várias letras LGBTTTQ possuem a sua própria identidade e tendo como o discurso de “Como somos vistos,” “Como queremos ser vistos” e “Como devemos ser vistos” fica difícil cair no clichê.
O cinema retrata hoje melhor o homossexual do que no passado? Pergunta difícil de responder, porque o cinema tem tido grandes personagens que possui uma identidade sexual única desde a sua invenção, personagens muito ricos. É claro que o gênero LGBTTTQ cresceu nos últimos anos trazendo para as telas a nossa cultura.
Confira na próxima página os filmes LGBT que Ricky indica
CULTURA Captar fundos, mesmo com incentivos, é complicado, filmes com temática “homo” sofrem mais no Brasil? Não chamaria os filmes como temática “homo.” O que seria isso? Qualquer tipo de filme, apresenta a sua dificuldade de viabilização que para todos os cineastas é maior na distribuição do que na pré-produção, mas temos filmes como o do cineasta Daniel Ribeiro (Eu Quero Voltar Sozinho) que conseguiu arrecadar um orçamento digno e está fazendo sucesso na bilheteria. Qual a comparação em número e em qualidade dos trabalhos deste segmento no Brasil e lá fora? O cinema e os realizadores de produção LGBTTTQ não deixam nada a desejar para os cineastas lá de fora, ganhamos o Teddy Bear em Berlim esse ano (Eu Quero Voltar Sozinho) e muita coisa bacana está por vir.
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Como começou a sua identificação com o cinema e como você decidiu segmentar para o cinema LGBT? Conto história desde que me conheço como gente. Brincava disso com os meus irmãos e primos na infância. Sempre fui um contador de histórias e na realidade, só mudei a maneira de contá-las. Quando entrei para a faculdade de Cinema na FAAP (São Paulo) decidi que queria contar as histórias da nossa comunidade e assim tendo sido. O que falta no cenário nacional para fortalecer estas produções? Quanto mais incentivo tivermos, melhor é para o nosso cinema. Hoje, é possível um cineasta viver apenas do cinema GLS? Claro se você pensar em todas as possibilidades na carreira de cineasta LGBTTTQ pode ter, por que não? O que vem por aí para o próximo ano, quais as surpresas que estão sendo criadas que irão dar o que falar? Tem bastante gente fazendo muita coisa boa, estou ansioso para ver o Beira-Mar, do Filipe Matzembacher e Márcio Reolon e, é claro, o meu!
Não esqueça de assistir!
Quais os filmes LGBTs que você considera indispensáveis para um gay assistir? Para um gay assistir? Tem muita coisa bacana por aí.
6-Shelter (Jonah Markowitz)
Vamos lá para uma listinha de 10 títulos – e é só para os meninos entre 16 a 20 anos de idade:
7-Estranho no Lago (Alain Guirade)
1- Hoje eu quero voltar sozinho (Daniel Ribeiro)
8- Crazy (Jean-Marc Valliée) 9-Brokeback Mountain (Ang Lee)
2- Plano B (Marco Berguer) 3- A bolha (Eytan Fox) 4- Os sonhadores (Bernado Bertolucci) 5- Eu quero matar a minha mãe (Xavier Dolan)
10- O clube de Dallas (Jean Marc Vallée)
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