Só Futebol Magazine #4

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ANO 1 • NÚMERO 4 • 2014 • R$10,00

ANO 1 • NÚMERO 4 • 2014 • R$10,00

Tribunal desportivo Presidente do TJD-PR fala sobre os desafios do cargo

Revista Só Futebol

CLICK Imagens marcantes

vistas pelas lentes de fotógrafos esportivos

Rádio eterno

Bate-papo com craques do microfone

Ela bate um

bolão

Fernanda Colombo e outras três figuras femininas do futebol contam a sua trajetória no esporte



Cerveja gelando e a Copa Kaiser esquentando na reta final. resultados e tabelas pelo site: www.copakaiser2014.com.br Promoçþes exclusivas nos bares dos campos participantes.


Agora tambĂŠm disponĂ­vel para download! facebook.com/revistasofutebol


EDITORIAL

E

ncerramos o ano com a quarta edição da Revista Só Futebol, junto com as últimas rodadas do campeonato brasileiro e de outros campeonatos profissionais e amadores pelo Paraná. Nesta edição, mostramos a garra de mulheres apaixonadas pelo futebol e que atuam em diferentes locais dos gramados. Nossa capa, a bandeirinha Fernanda Colombo, fala sobre preconceito e superação para estar cada vez melhor para o próximo jogo. Outro destaque é o paranaense Fernandinho, que começou sua carreira de jogador em Londrina e hoje conquista a admiração de torcedores ao redor do mundo, com sua atuação no Manchester City e na Seleção Brasileira. Os artilheiros dos times paranaenses também fazem história e se destacam no Brasileirão. Paulo Baier, hoje no Criciúma, já foi goleador do CAP e conta pra gente um pouco dos seus gols inesquecíveis. 2014 foi um ano importante para dois times do estado: o Coritiba inaugurou o setor Pro Tork, um sonho antigo de dirigentes e torcedores. Já o Londrina vem ganhando espaço no campeonato paranaense e também no cenário nacional. Conversamos com Claudio Tencati, técnico do time principal, e Pedrinho Maradona, à frente do time Sub-20 do clube. Nas próximas páginas você ainda encontra com bate-papo com craques dos microfones e que narram partidas históricas no rádio, e com o novo presidente do TJD-PR, além de uma matéria sobre a importância de manter o controle emocional dos jogadores, dentro e fora de campo.

Olik Comunicação R. Pamphylo D’Assumpção, 908 Rebouças | Curitiba – PR (41) 3209.3389 www.olikcomunicacao.com.br facebook.com/revistasofutebol

Coordenação de Conteúdo Fernanda Brun fernanda@olikcomunicacao.com.br

Jornalista Responsável Thais Vaurof – Mtb: 8270/PR thais@olikcomunicacao.com.br contato@olikcomunicacao.com.br

Colaboradores Mahani Siqueira, Rafael Falavinha, Ricardo Galeb, Thaisa Meraki e Priciane Crocetti

Revisão Thalita Uba (Lumos Traduções)

Projeto Gráfico e diagramação Lais Pancote

Para anunciar comercial@revistasofutebol.com comercial1@revistasofutebol.com (41) 3209.3389 Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.

Boa leitura!

• Revista Só Futebol •

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Sumário

ANO 1 • NÚMERO 4 • 2014 • R$10,00

38 ANO 1 • NÚMERO 4 • 2014 • R$10,00

tRibuNAl dESpORtivO Presidente do TJD-PR fala sobre os desafios do cargo

CliCK

Revista Só Futebol

Imagens marcantes vistas pelas lentes de fotógrafos esportivos

RádiO EtERNO

Bate-papo com craques do microfone

ElA bAtE uM

bolão

Fernanda Colombo e outras três figuras femininas do futebol contam a sua trajetória no esporte

NOSSA CAPA foto: Henrique Pereira PRODUÇÃO: Grazi Meyer

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Giro do Futebol

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Brasileirão

Tudo que aconteceu em quadras e nos campos pelo Paraná A trajetória dos times paranaenses no Brasileirão

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• Revista Só Futebol •

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Especial

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Campeonato Brasileiro

Londrina é destaque entre os times do interior

Imagens dos times paranaenses em jogos do Brasileirão

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Perfil

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Capa

Fernandinho, volante do Manchester City, é destaque no futebol inglês As mulheres estão cada vez mais atuantes nos gramados


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Estádio

52

Saúde

Couto Pereira passa a ter capacidade para mais de 40 mil torcedores

Pesquisas da FIFA prometem aumentar discussão sobre a saúde mental dos jogadores

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Papo cabeça

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Artilheiros

Presidente do TJD-PR fala sobre os desafios que irá enfrentar Times paranaenses formam artilheiros no Campeonato Brasileiro

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Imprensa

70

internet

Jornalistas craques do microfone falam sobre a era do rádio Siga os ídolos dos campos no Instagram

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© Miguel Locatelli

Giro do Futebol

Bola

rolando

Confira como estão as disputas nas quadras e nos campos do Paraná

Atlético campeão

Campeonato Paranaense Paranaense de Futebol Feminino Sub-17 Três times disputam o Campeonato Paranaense de Futebol Feminino. Após quatro rodadas, o Foz Cataratas lidera, com dez pontos. Na segunda colocação está o Assai, com sete, e na terceira posição, o Barec, que ainda não somou pontos.

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• Revista Só Futebol •

O time Sub-17 do CAP conquistou o Campeonato Paranaense, no estádio do Trieste, o último dia 29, contra o time do Paraná . O jogo teve o placar de 1 a 0, gol de João Pedro.


O maior

campeonato

de futebol amador

do Brasil

A bola não para na 6ª Copa Kaiser. A competição, que reúne 96 times, começou dia 12 de outubro e tem a grande final no dia 14 de dezembro, que premiará com R$ 5 mil reais os primeiros colocados. Ao todo, são 208 jogos distribuídos em 48 partidas semanais, que acontecem simultaneamente, em 24 campos de Curitiba e região metropolitana. O Mengão Lindóia defende o título de atual campeão. © Julia Abdul-Hak

Campeonato

Paranaense

2ª divisão

A vitória por 2 x 1, fora de casa, garantiu o título da Segunda Divisão do Campeonato Paranaense ao FC Cascavel. O clube reverteu a derrota em casa, por 1 a 0, e com gols de Maurício e William garantiu o título e a melhor campanha da competição. Com o vice-campeonato, o Nacional de Rolândia também garantiu acesso à elite do futebol paranaense. A campanha do Cascavel foi incontestável, liderando todas as fases. Em 19 jogos, foram 12 vitórias, três empates e quatro derrotas. O time marcou 23 gols e sofreu dez. Teve um aproveitamento de 68%. A dupla se une a Atlético, Coritiba, Paraná, Londrina, Maringá, J. Malucelli, Prudentópolis, Rio Branco, Operário e Arapongas na disputa do ano que vem.

Campeonato Paranaense

3ª divisão

O Andraus ganhou o título da terceira divisão do estadual. Na primeira partida da final, jogando em casa, o Pato Branco venceu o Andraus por 2 a 0. Na segunda partida, o Andraus conquistou o título nos pênaltis. Os dois times já garantiram vaga na Divisão de Acesso do Paranaense 2015.

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Seja lá qual for o campeão, ele está esperando há mais de 20 anos por isso

Dava para sentir a responsabilidade que cada um dos jogadores carregava junto do número em suas costas e ouvir a esperança nervosa dos torcedores. Não se trata de exagero, mas sim de duas décadas e dois anos de espera até que o Operário Pilarzinho, equipe tricolor que nasceu no começo da década de 1930 com trabalhadores do alto da Cruz do Pilarzinho e Abranches jogando num campinho onde hoje estão a Pedreira Paulo Leminski e a Ópera de Arame, chegasse aonde chegou neste ano: na final da Suburbana. Seu adversário é o União Nova Orleans (UNO), equipe verde e branca que começou a se formar em meados dos anos 1960 no meio de uma colônia polonesa e contabiliza vinte longos anos de jejum após o primeiro título no campeonato. O amor à camisa e a vontade de seguir adiante – características que faltam constantemente em muitos times de campeonatos profissionais

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• Revista Só Futebol •

União Nova Orleans

© Luana Kaseker/Gol de Pauta

Decisão histórica

© Heron Torquato

Giro do Futebol

Operário Pilarzinho

– fizeram com que as duas equipes eliminassem os enormes favoritos Iguaçu e Santa Quitéria em semifinais repletas de lama, chuva e algumas divergências em campo – nada que não fosse resolvido com quatro ou cinco minutos de acréscimo ao tempo regulamentar. Operário Pilarzinho e União Nova Orleans fazem, nos dois primeiros sábados de dezembro, uma decisão inédita. E essa é a graça maior do futebol. Se Nova Orleans levar a melhor nos confrontos, encontrará pela segunda vez o gosto de ser campeão. Se Pilarzinho se der bem, não só distribuirá lágrimas ao oponente como entenderá o que é levantar pela primeira vez a taça do melhor torneio amador do Brasil.


© Rivelino Castro

FUTSAL OURO

Ginásio da Neva Cascavel x Guarapuava

FUTSAL Série Ouro Futsal Masculino Também disputam a grande final Poker Guarapuava Garden Óleo Leve e Muffatão/Sol do Oriente/Cascavel. As equipes entram em quadra para definir o grande campeão.

Paranaense de Futsal Feminino

Aquárius e Associação Cianortense estão na grande final. Eles eliminaram Guairacá/Guarapuava e Londrina Futsal, respectivamente, e brigam pelo título de Campeão Paranaense.

Série Prata 2ª fase

Pelas semifinais da Série Prata, quatro equipes disputam a taça: Concrevalle/Dois Vizinhos x Caramuru/PlayBeck/ Castro e Itaipulândia Futsal x Unifil-EAD/Assaí.

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Brasileirão

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• Revista Só Futebol •


© Franklin Freitas

UFA! Atlético, tranquilo. Coritiba, salvo. E Paraná, com todas as dificuldades, sobreviveu

O

Campeonato Brasileiro de 2014 não vai deixar saudade para torcedores de Atlético, Coritiba e Paraná. Faltando uma rodada para o fim da competição, os clubes não empolgaram

seus torcedores, que têm mais preocupações do que alegrias. Desde o início do campeonato, em abril, 112 jogos foram disputados pelo trio, que mais perdeu do que ganhou. O placar está 43 a 38. As campanhas não decolaram.

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© Franklin Freitas

Brasileirão

AtLético A situação do Atlético é mais tranquila. O Furacão ocupa a 8ª colocação, com 53 pontos. Havia uma expectativa maior pelo torcedor devido à ótima campanha

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• Revista Só Futebol •

do ano passado, que rendeu uma vaga na Libertadores da América e consolidou Éderson como artilheiro da competição e Marcelo como revelação. Após a curta passagem

do técnico Doriva, a diretoria apostou na contratação do treinador Claudinei Oliveira, que deixou o rival Paraná. Sob o comando de Claudinei, foram 19 jogos: nove vitórias, dois


duas derrotas seguidas, para Coritiba e São Paulo, que deixaram o time, pela primeira vez no campeonato, próximo da zona do rebaixamento. E na gangorra do Furacão no Brasileiro, foram mais duas vitórias jogando em casa, contra

Figueirense (3 a 0) e Flamengo (2 a 1). Depois, o time melhorou o desempenho jogando fora de casa: venceu Criciúma, Botafogo e Bahia. Vitórias que deram tranquilidade para os jogadores na reta final do Brasileirão.

© Franklin Freitas

empates e oito derrotas. Uma campanha marcada por altos e baixos e que pouco motivou o torcedor atleticano. Foram poucos os bons momentos. Destaques para a vitória sobre o Corinthians, por 1 a 0. Na sequência, vieram

ATACANTE CLEO Artilheiro do furacão no brasileirão

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Zé Love e Joel comemoram

Coritiba O Coritiba lutou para reverter o péssimo desempenho que o acompanhou durante toda a competição. O time sobreviveu em um campeonato para ser esquecido. Foram poucas as rodadas fora da zona do rebaixamento, mas com o apoio da torcida nos jogos no Couto Pereira, o time mostrou poder de reação na reta final.

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O que pesa para a campanha ruim são os pontos não conquistados jogando fora de casa. Foram duas vitórias e seis empates: Chapecoense, São Paulo, Fluminense, Bahia, Corinthians e Vitória. Apenas nove pontos em todo campeonato. Desde que voltou ao Coritiba, o técnico Marquinhos Santos comandou o time em

© Franklin Freitas

Brasileirão

20 jogos e deu novo ânimo ao time. Foram oito vitórias, cinco empates e sete derrotas. Os bons momentos foram todos no Alto da Glória. Vitórias contra São Paulo, AtléticoPR, Botafogo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras tiraram o clube da lanterna. Faltando apenas um jogo, o Coxa conseguiu escapar do rebaixamento.


© Franklin Freitas

Obrigado, Alex! O Atletiba do dia 10 de outubro foi especial para o meia Alex, do Coritiba. Foi o último clássico da carreira do jogador, que anunciou aposentadoria no final do ano. Foram 19 partidas e o retrospecto é positivo: nove vitórias, quatro empates e seis derrotas. Umas das cenas mais marcantes

do Atletiba também envolve a despedida de Alex do clássico. Fã declarado do meia coxa-branca, Marcos Guilherme, do Atlético, pediu para trocar as camisas no intervalo. “Queria faz tempo uma camisa dele e vou guardar pra sempre. É um dos ídolos que tenho no futebol”, disse.

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Brasileirão Paraná

técnico Ricardinho, foram 17 jogos: seis vitórias, sete empates e apenas três derrotas. Uma das maiores frustrações foi o empate em 2 a 2 com

© Franklin Freitas

Único representante do estado na Série B, o Paraná não repete as boas participações que teve em anos anteriores, quando

disputou o acesso à Série A. Com altos e baixos, o Tricolor não tem mais chances de subir e apenas cumpre tabela nas rodadas finais. Após a volta do

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• Revista Só Futebol •


© Franklin Freitas

a Ponte Preta, jogando no interior paulista. O Tricolor abriu 2 a 0 no então líder da competição, mas não resistiu e cedeu o empate com gol aos 43 minutos do segundo tempo. Na sequência, depois de empatar em casa com o Oeste, o Tricolor encerrou uma série de seis jogos sem vencer. A vitória por 2 a 0 contra o Luverdense animou jogadores e torcedores. Mais duas vitórias tiraram qualquer chance de queda para a Série C. O triunfo contra a Portuguesa (1 x 0), na Vila e a vitória, fora de casa, contra o Icasa (2 x 1). No meio da tabela, com 48 pontos, e a 11 ª colocação, Ricardinho deve aproveitar estes jogos para projetar 2015.

Lucio Flávio

Símbolo paranista

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Especial

Domando o © Divulgação Karilu

tubarão Há mais de três anos no Londrina, Claudio Tencati prova que o trabalho a longo prazo dá resultado

TRAJETÓRIA

Desde 2011 no Londrina, Tencati ainda não tem planos de sair do time

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C

laudio Tencati chegou ao Londrina em abril de 2011. Hoje, ele é o treinador que há mais tempo está no comando de um clube entre as quatro principais divisões do futebol brasileiro. Aos 41 anos, ele é um dos técnicos de destaque da nova geração. Vive o melhor momento da carreira ao mesmo tempo em que ajuda na recuperação de um dos mais tradicionais clubes do Paraná. A trajetória como treinador do Londrina é impecável. Em 2011, comandou o time na volta à primeira divisão do Campeonato Paranaense. Dois anos depois, conquistou o Título do Interior. Mas foi em 2014 que Tencati escreveu o nome na história do clube. Sob seu comando, o Londrina voltou a ser Campeão Paranaense, após 22 anos, e também garantiu vaga na Série C do Campeonato Brasileiro de 2015. Em entrevista à Revista Só Futebol, Claudio Tencati falou das conquistas, da reformulação feita no Londrina e da expectativa para o futuro.

Revista Só Futebol: O trabalho a longo prazo é um dos segredos do sucesso do Londrina nos últimos anos? Claudio Tencati: Com certeza. É preciso ter tranquilidade para trabalhar no dia a dia. Dificuldades sempre vão existir, mas quando há confiança entre os setores, o resultado acontece. Tudo que planejamos para o Londrina está acontecendo. E a confiança da diretoria na comissão técnica faz parte desse planejamento. Revista Só Futebol: Sempre que há troca no comando técnico, principalmente nos times

"É preciso ter tranquilidade para trabalhar no dia a dia. Dificuldades sempre vão existir, mas quando há confiança entre os setores, o resultado acontece." de Curitiba, o seu nome é citado como opção. Como você vê esse reconhecimento? Claudio Tencati: Fico muito satisfeito por ser lembrado por outros times. Sinto-me feliz porque é reflexo do meu trabalho e mostra que os outros clubes também reconhecem tudo que está sendo feito aqui no Londrina. É sinal de que o trabalho está sendo bem feito. Revista Só Futebol: Você comandou o Londrina por mais de 100 partidas. Qual foi o jogo mais marcante? Claudio Tencati: Dois jogos são inesquecíveis. A virada contra o Atlético pela semifinal do Paranaense deste ano foi incrível. Levamos um gol, mas o time se superou e marcou quatro, garantindo a vaga na final. Outro jogo que não sai da minha cabeça foi o que nos deu a vaga da Série C. Apesar do empate com a Anapolina, garantimos a vaga jogando em casa e ao lado do nosso torcedor. Revista Só Futebol: Como você vê o resgate dessa força do interior que é o Londrina? Claudio Tencati: Acho que somos um exemplo para os outros times do interior. Mostramos que, com organização, é possível chegar lá. O estado

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Especial

"Acho que somos um exemplo para os outros times do interior. Mostramos que, com organização. é possível chegar lá."

do Paraná precisa de mais times fortes, brigando pelo título do Paranaense e vaga nas Séries D e C. Não podemos ter apenas os três da capital com força. Revista Só Futebol: Nos últimos anos, o Londrina revelou bons jogadores e também conquistou o título do Paranaense Sub-20. O que mudou na categoria de base? Claudio Tencati: Há pelo menos dez anos, o clube vem formando vários jogadores, que ajudaram o Londrina e agora defendem outros times. Posso citar o Bruno Henrique, que está no Corinthians; o Arthur, atacante do Flamengo;

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• Revista Só Futebol •

o Wendell Borges, que foi para o Bayer Leverkusen depois de passar pelo Grêmio; e o próprio Joel, que está no Coritiba. Tem que investir na base, não há outro jeito. São esses atletas que geram a receita que sustenta o clube. Nós temos uma política de priorizar a base, trabalhando bastante esses jovens e colocando-os para jogar no time profissional. Revista Só Futebol: A disputa da Série C vai proporcionar ao Londrina um calendário para o ano todo. O que muda no planejamento? Claudio Tencati: Eu falei para os nossos atletas que a principal

contribuição que demos para o Londrina foi um calendário definido para 2015. Isso é fundamental para o planejamento de qualquer time. A disputa da Série C dura quase todo o ano, começa em abril e vai até novembro, e esse calendário “cheio” é fundamental para o planejamento da diretoria. Revista Só Futebol: Você permanece no Londrina em 2015? Claudio Tencati: Eu tenho um acordo com o presidente para ficar. Saio apenas se vier uma proposta mais vantajosa para minha carreira. Caso contrário, permaneço no Londrina.


Seguindo

o bom exemplo Assim como o time principal, o Sub-20 do Londrina também se destacou com Pedrinho Maradona no comando

O

ano do Tubarão, que já era bom, ficou ainda melhor. Depois de três vice-campeonatos consecutivos, os garotos do Sub-20 conquistaram o título de campeões paranaenses. O técnico Pedrinho Maradona falou com a Revista Só Futebol sobre essa conquista.

Revista Só Futebol: Qual o peso de um título como esse na formação de um jovem atleta? Pedrinho Maradona: É muito importante porque eles são formados como campeões, com esse sentimento bom da conquista. Isso dá muita

confiança para o início da carreira como profissional. Para o clube, também foi muito bom, pois não vencíamos nessa categoria há 20 anos. Revista Só Futebol: Você trabalhou no AtléticoPR, que é reconhecido por ter uma estrutura muito boa para a categoria de base. Como é a estrutura no Londrina? Pedrinho Maradona: Não deixa nada a desejar. É muito parecida com a do Atlético. Nós temos cinco campos de treinamentos, mais um em construção, além de uma academia que está sendo finalizada para uso exclusivo da base. Isso tudo se reflete no campo, pois se o atleta

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Especial

tem boas condições de trabalho no dia a dia, o resultado aparece nos jogos. Revista Só Futebol: Pelo menos sete jogadores que foram campeões do Sub-20 vão para o elenco profissional do Londrina em 2015. Como você avalia a sua participação nesse processo? Pedrinho Maradona: Quando eu cheguei no Londrina, esses atletas já estavam na base e o Tencati já observava os treinamentos. Tento passar minha experiência para que eles tenham calma e concentração nessa fase de transição. Costumo dizer que o Sub-20 é o vestibular do futebol, pois é a última categoria antes do profissional. Se o atleta se preparar e for bem, passa.

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• Revista Só Futebol •

Revista Só Futebol: Está nos seus planos assumir uma equipe profissional? Pedrinho Maradona: É meu principal objetivo. Ao longo dos anos, aprendi com todos os treinadores com que trabalhei. Aqui mesmo, no Londrina, o Tencati me ajudou muito. Estou preparado para isso e espero uma oportunidade. Se for no Londrina, será ainda melhor, mas respeito muito o Tencati e torço por ele.

"Ao longo dos anos, aprendi com todos os treinadores que trabalhei. Aqui mesmo, no Londrina, o Tencati me ajudou muito."



Publieditorial

UMA DOSE

DE ENErGiA Novo produto energético promete melhorar desempenho de atletas

M

ais energia. Quem pratica esportes sabe o quanto isso faz diferença, seja na hora de um treino ou de uma partida importante. Pensando nisso, o Vivamil se propõe a ser o novo melhor amigo de quem é adepto de atividades físicas. Importado dos Estados Unidos, sua proposta é

Como a cafeína melhora o desempenho de A cafeína é usada para potencializar a energia e é reconhecida mundialmente como o estimulante mais ingerido no mundo. No futebol, ela tem sido

colocar no mercado um novo conceito de energéticos. O produto não é um remédio, é apenas cafeína, pura e concentrada. Comercializado em comprimido ou líquido, possui dosagem única de 210 mg, atendendo, portanto, às normas da RDC 27/2010 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regulamenta o uso da cafeína em suplementos para atletas em até 420 mg/dia. Entenda um pouco mais sobre o produto!

um atleta do futebol? muito útil quando ingerida meia hora antes da atividade, pois ajuda no desempenho físico, retardando o cansaço e a fadiga.

indicação?

Qual é a indicação de uso? Há alguma contra Um comparativo útil é que os 210 mg do Vivamil equivalem a duas latas e meia de bebidas energéticas comuns, à base de taurina e guaraná. Portanto, o produto

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é indicado para qualquer pessoa com idade acima de 18 anos. Gestantes, nutrizes e hipertensos devem consultar o médico ou nutricionista antes de usá-lo.


de Esse produto possui certificado de qualida que ateste segurança ao consumidor? Sim. O Vivamil é fabricado nos Estados Unidos, dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade. O produto é microbiologicamente testado e a fabricação aufere os selos do GMP (Good Manufacturing Practices) e também do FDA (Food and Drug Adminsitration), o mais importante órgão regulador de alimentos e medicamentos americanos. Aqui no Brasil, o Vivamil está totalmente de acordo com as regulamentações da Anvisa.

duto? Qual o lugar mais prático de encontrar o pro

"O Vivamil está presente em 50% das quadras de futebol 7 de Curitiba e região metropolitana, totalizando mais de 30 bairros." Tiago Zella, Gerente Nacional de Operações da marca Vivamil no Brasil

O Vivamil está presente em 50% das quadras de futebol 7 de Curitiba e região metropolitana, totalizando mais de 30 bairros. O produto é encontrado nas lanchonetes das quadras, mas também é possível adquiri-lo nas principais redes de farmácias e lojas de conveniências.

Para quem é “jogador de final de semana”, o Vivamil também pode ser positivo? Com certeza. Os “jogadores de final de semana”, que não têm contato diário com exercícios físicos, podem ter melhor rendimento quando fazem uso da cafeína concentrada.

Que times aqui do Paraná já estão usando

o Vivamil?

Times da Copa Suburbana e, para o próximo Campeonato Paranaense, estamos fechando com duas grandes equipes. Estamos consolidando nosso pioneirismo no futebol e crescendo a cada dia.

efícios?

Para outros esportes, ele também tem ben

O Vivamil é adequado para todo e qualquer tipo de esporte e atividade física.

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Registros

do Brasileirão 28

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© Franklin Freitas

CAMPEONATO BRASILEIRO


© Franklin Freitas

Paraná valente na Vila Capanema

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Badi

Jovem talento do Atlético Paranaense

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© Franklin Freitas

CAMPEONATO BRASILEIRO


© Valquir Aureliano

Weverton recebe o apoio e carinho da torcida

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© Rodrigo Weinhardt

CAMPEONATO BRASILEIRO


© Rodrigo Weinhardt

Leandro Almeida comemora o gol feito no Galo

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perfil

Sucesso

por onde passa Atual volante do Manchester City, Fernandinho é ídolo em todas as equipes pelas quais passou. Na Ucrânia, ganhou até um documentário sobre a sua vida, tamanha a marca que deixou no país

U

ma pessoa calma e de fala mansa, mas que, em campo, é um guerreiro. Fernando Luis Rosa, o Fernandinho, está com 29 anos, é natural de Londrina e volante de um dos principais clubes do mundo, o Manchester City. Para chegar lá, a caminhada foi longa. Polivalente, iniciou como atacante, jogou de meia e lateral até virar volante. Iniciou na bola aos 13 anos de idade, na equipe do PSTC, de Londrina, na época parceira do Clube Atlético Paranaense. Quase parou de jogar por falta de dinheiro, mas foi ajudado por um observador técnico, o Ticão, que bancou sua permanência. Chamou a atenção do Atlético, que o convocou para ficar no clube. “Difícil sair de casa tão cedo e ir para uma cidade grande, com estilo, clima e pessoas bem diferentes. Era uma novo desafio para encarar o sonho de ser jogador, com a incerteza de se daria certo ou não. Mas eu tinha a vontade e a

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• Revista Só Futebol •

determinação de fazer dar”, relembrou o volante. O início no profissional foi muito rápido. Ficou apenas seis meses na categoria júnior do Atlético e já estreou no time principal, em um Brasileirão. O ano de 2003, o primeiro como profissional, serviu para adquirir experiência. “Em 2004, a diretoria montou um time muito forte. Fomos vice no Brasileiro. O time jogava bonito. Fui feliz em jogar vários jogos naquele ano. E sempre tive a felicidade de jogar em várias posições. Isso, sem dúvida, me ajudou na carreira”, comentou Fernandinho. Em 2005, atuando como meia, o atleta foi um dos remanescentes do ano anterior, que foi vice da América. “Acho que nenhum brasileiro acreditava naquele time. O Atlético era o time em que ninguém apostava. Mas, com muito esforço e com o apoio da torcida, chegamos lá. Foram dois anos que o Atlético realmente merecia”, destacou. Após o sucesso, veio uma proposta para jogar em um futebol não muito conhecido: o ucraniano.


© Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Fernandinho Volante da Seleção Brasileira

“Tenho convicção de que (a Copa) foi minha maior experiência profissional. Foi tudo espetacular. Mesmo com a derrota, vai ficar marcado para o resto da minha vida.”

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Bate-pronto Ídolo: Meu pai Passatempo preferido: Assistir a filmes Melhor jogador de todos os tempos: Romário Clube de futebol da infância: Santos Com quem gostaria de ter jogado: Zé Roberto Melhor treinador com que trabalhou: Mircea Lucescu Gol mais bonito: Atlético x Criciúma em 2003

Um time em ascensão, que apresentou um projeto ousado ao jogador. Fernandinho comprou a ideia. Foram oito anos no Shakhtar Donetsk. Seis títulos nacionais, algumas copas e supercopas e o título mais importante da equipe, o da Copa UEFA. O jogador marcou tanto o clube que ganhou um documentário, Fernan7, em sua homenagem. “Legal você ter

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o trabalho reconhecido. Ainda mais longe da sua casa. Fui surpreendido, em 2012, com esse documentário sobre a minha vida. Fiquei muito feliz. Sensação de dever cumprido e de trabalho bem realizado. Tenho muito carinho pelo clube”, afirmou o volante. Mas um novo desafio surgiu, e Fernandinho trocou Donetsk por Manchester, na Inglaterra. Ídolo do Manchester City, em

Melhor lembrança que o futebol deu: Os amigos Comida preferida: Lasanha bolonhesa Filme preferido: Gladiador Lugar preferido: Londrina Fernandinho: Um cara busca seus objetivos

© Celio Messias/VIPCOMM

perfil


Já se vão quase dez anos de Europa, que serão completos em 2015. Nesse período, Fernandinho levou o nome da cidade de Londrina e do Paraná com orgulho para os quatro cantos do mundo. Mas a saudade aperta e voltar para a terra natal não está descartado pelo jogador. “Já pensei bastante em voltar. Isso passa pela minha cabeça. Viver em Londrina ou Curitiba. Mas vai depender do que farei no meu pós-carreira. Mas sem dúvida, independentemente disso, essas duas cidades estarão sempre em meus roteiros de viagem. Gosto muito das duas”, concluiu.

© Celio Messias/VIPCOMM

seu primeiro ano já foi campeão e conquistou a torcida. Mais um pedaço de seu sonho realizado. “Não realizei tudo ainda, não. Quero mais. Tinha o desejo da Copa do Mundo e de jogar em um grande clube da Europa, mas ainda quero mais”, destacou. E por falar em Copa, jogar no Brasil pela Seleção é uma das grandes recordações do jogador. “Tenho convicção de que foi minha maior experiência profissional. Foi tudo espetacular. Mesmo com a derrota, vai ficar marcado para o resto da minha vida. Uma realização pessoal e profissional”, comentou o volante.

SONHADOR

De Londrina para a seleção brasileira, Fernandinho já conquistou vários objetivos, e ainda sonha com mais

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Capa

REPÚBLICA FEMININA DA BOLA

Apaixonadas por futebol, quatro mulheres contam como se aproximaram do esporte e como pretendem continuar ligadas aos campos e às quadras 38

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© Henrique Pereira

C

aroline descobriu o futebol nas brincadeiras com o pai e o irmão dentro de casa. Para Thais, a intimidade com a bola se desenvolveu graças ao pai, que trabalhava em uma escolinha. Fernanda foi incentivada por um treinador de atletismo. Já Sandra só se aproximou dos gramados graças a uma aposta firmada com um amigo, árbitro profissional. As quatro personagens principais desta matéria têm, cada uma a seu modo, uma história que as levou para o meio de campo, para a cabeça de área ou até para o lado de fora

– junto à linha lateral. Apesar de episódios de preconceito aqui e ali, dificuldades para encontrar um time ou atraso na profissionalização do futebol feminino, nenhuma delas jamais cogitou se afastar do esporte depois que ele passou a ser tão fiel companheiro. Fernanda, Carol, Thais e Sandra se encantaram pelo futebol de maneiras diferentes e não dependem só do esporte para sobreviver. Com a bola nos pés ou com a bandeirinha em mãos, as quatro exercem uma atividade que pode não ser um meio de sustento financeiro, mas alimenta uma paixão que já superou obstáculos e até pesou na hora da escolha das profissões.

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Capa BOLA PRA FRENTE Personagem principal de uma das maiores polêmicas do ano no futebol brasileiro, a auxiliar Fernanda Colombo já deixou para trás o episódio em que foi duramente criticada por jogadores e dirigentes do Cruzeiro após uma falha no clássico contra o AtléticoMG. Ela não se esquece dos comentários maldosos e machistas

que acompanharam a repercussão do caso, mas prefere focar os esforços no futuro e no sonho de, um dia, integrar o quadro internacional de árbitros da FIFA. “Para nós, que trabalhamos com arbitragem, o próximo jogo é sempre o mais importante. É o próximo jogo que vai definir os próximos para os quais seremos escalados e cada desafio é

fundamental para a carreira que construímos. Depois da falha naquele jogo, eu passei por um período de reciclagem em partidas menos importantes, mas sempre encarei com a mesma seriedade”, afirma Fernanda. Apaixonada por futebol desde criança e auxiliar de arbitragem desde 2009, quando foi incentivada a encarar o desafio no

"Para nós, que trabalhamos com arbitragem, o próximo jogo é sempre o mais importante. "

© Henrique Pereira

Fernanda Colombo

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contato com a bola. A falta de times profissionais no Paraná e a vontade de começar uma carreira como fisioterapeuta (sempre de olho no futebol, é claro), acabaram afastando a atleta dos gramados. Nada, no entanto, que a faça se arrepender.

“Eu adoro jogar futebol e sou muito feliz por tudo que vivi. Fiz grandes amizades e tive várias oportunidades graças ao esporte." Caroline Scharamm © arquivo pessoal

futebol por um treinador de atletismo, ela trabalhou em jogos amadores e de futebol de base antes de chegar à primeira divisão do futebol brasileiro. Os episódios de preconceito sempre existiram isoladamente, mas chegaram ao seu ápice no Brasileirão deste ano. Perguntada sobre o que mais a deixou chateada na história – que envolveu até um dirigente cruzeirense dizendo que ela deveria posar para a Playboy –, ela afirma que foi a forma como o caso repercutiu. “Eu acho que o caso é a prova de que realmente ainda existe muito preconceito e machismo no futebol. Erros como esse que eu cometi acontecem o tempo inteiro, mas nunca a proporção e os comentários foram tão evidentes quanto aconteceu comigo. Mesmo árbitros mais experientes já erraram de forma muito mais grave, mas não sofreram tantas críticas. Infelizmente, acho que isso acontece por eu ser mulher e ainda ser muito jovem”, reflete, entristecida, a auxiliar, que tenta não se abalar e, claro, já se prepara para o próximo compromisso.

DOS CAMPEONATOS MISTOS À SELEÇÃO

© arquivo pessoal

Quando começou a jogar futebol, com cerca de 11 anos, Caroline Schramm teve que se juntar a poucas meninas e formar times mistos com meninos para disputar os campeonatos da escola. Mal sabia ela que, poucos anos depois, estaria vestindo as camisas da seleção brasileira de base, com direito a títulos e experiências ao redor do mundo. Carol já jogou futsal pelo Coritiba e pelo Paraná Clube e defendeu as camisas de Vila Fanny e Novo Mundo nos gramados. Com 18 convocações para as seleções de base, a zagueira disputou campeonatos mundiais em Trinidad e Tobago e no Japão, além de ter sido campeã sul-americana sub-17 e sub-20 (com vitória sobre a Argentina na final, em pleno Couto Pereira). Hoje com 21 anos, Carol estuda Fisioterapia e continua jogando futsal para manter a forma e o

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Capa

Foi em uma certa quinta-feira de 2010 que Thais Andrade sofreu uma lesão na clavícula. No dia seguinte, o nome dela estava na convocação para a seleção brasileira de futebol feminino para um período preparatório. Na época, a meio-campista defendia o time do Novo Mundo e, por um fatídico acidente, teve que abrir mão da primeira e última convocação da carreira. Nem a dolorida frustração foi capaz de afastar a atleta do futebol. Formada em Educação Física e cursando Fisioterapia, ela se orgulha de ter defendido Paraná Clube, Vila Fanny e Novo Mundo em diversas competições. Hoje, contudo, ela prefere o posto de treinadora de times

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futsal. Estou fazendo o curso de Fisioterapia, que funciona como um complemento, e quero fazer pós-graduação na área”, finaliza Thais.

"Pretendo realmente me especializar na função de treinadora para poder trabalhar com futsal." Thais Andrade © arquivo pessoal

CLAVÍCULA INIMIGA

de futsal, função em que pretende ficar por bastante tempo. “Pretendo realmente me especializar na função de treinadora para poder trabalhar com

© arquivo pessoal

“Eu adoro jogar futebol e sou muito feliz por tudo que vivi. Fiz grandes amizades e tive várias oportunidades graças ao esporte. Mas, hoje, estou apaixonada pelo meu curso e pretendo seguir minha carreira na fisioterapia e ficar próxima aos campos ou às quadras por conta desse trabalho. Para jogar em um clube, a proposta teria que ser muito, mas muito boa mesmo”, completa, com a certeza de que não será preciso calçar as chuteiras para viver próxima ao futebol.


O Couto Pereira estava lotado e a árbitra auxiliar Sandra Maria Dawies marcou um impedimento que evitou o gol que daria a vitória do Irati contra o Coritiba. A decisão se mostrou correta nos replays e fez com que a partida ficasse marcada na memória da bandeirinha, que atua na função desde 2004, quando se formou no curso da Federação Paranaense de Futebol. A vida de árbitra, que começou com uma aposta entre amigos, já dura dez anos, com reciclagens anuais e frequentes testes físicos. “Eu tirei sarro de um amigo árbitro que havia errado em um lance. Ele me desafiou para que eu visse que não é tão simples assim. Aceitei e me apaixonei pelo trabalho. Sempre gostei de futebol, mas não gosto muito de jogar. A função como assistente acabou sendo a opção perfeita”, comenta Sandra, que hoje tem 41 anos e espera aproveitar ao máximo seus últimos quatro como bandeirinha, já que 45 anos é a idade máxima permitida para o trabalho. Enquanto não chega a hora de pendurar a bandeira, a funcionária pública continua sendo figurinha carimbada em jogos profissionais, amadores e nos

cursos de reciclagem. Apesar de já ter trabalhado em inúmeras partidas, ela termina a conversa com um aviso para quem quiser

se aventurar: “O próximo jogo é sempre o mais importante”, completa, torcendo para que ainda venham vários próximos.

© Henrique Pereira

APOSTA DURADOURA

" cada desafio é fundamental para a carreira que construímos" Fernanda Colombo • Revista Só Futebol •

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ESTテ.IO

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© Divulgação

CORITIBA INAUGURA SETOR PRO TORK Couto Pereira passa a ter capacidade para mais de 40 mil torcedores

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m sonho antigo do torcedor coxa-branca virou realidade. No dia 3 de outubro, foi entregue pelo presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, o novo setor Pro Tork, empreendimento que “fecha” o estádio, com camarotes e cadeiras cobertas na Rua Mauá. As obras iniciaram em 2013 e foram entregues no prazo. A cerimônia de inauguração, realizada no novo espaço, contou com a presença de diretores do clube, conselheiros, torcedores e representantes da empresa. “É um dia muito importante, pois é a realização de um sonho de 37 anos. Essa diretoria deixa um legado para a história do Coritiba”, comentou o presidente do

Coxa ao apresentar a placa de inauguração da obra. O dirigente destacou que o maior mérito do empreendimento foi a participação da nação coxa-branca: “Nosso maior orgulho foi o envolvimento dos torcedores que ajudaram a viabilizar essa construção.” E acrescentou, "O Setor Pro Tork é a realização de um sonho de 40 anos, que nós construímos juntos com o maior parceiro de negócios de todos os tempos do Coritiba Foot Ball Club. E apesar de ser um negócio grandioso, pode ser só o começo de um projeto ainda maior e de longo prazo, que passa pela revitalização das sociais, da cobertura da arquibancada, entre outros. Construímos com a PRO TORK uma relação de confiança e credibilidade sem precedentes no futebol brasileiro, cuja continuidade está em nossas mãos.”

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ESTÁDIO

“É um dia muito importante, pois é a realização de um sonho de 37 anos. Essa diretoria deixa um legado para a história do Coritiba.”

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Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba

Os R$ 16,6 milhões investidos na obra vieram da parceria do clube com a Pro Tork, maior fábrica de moto peças da América Latina. Por contrato, 50% do que for arrecadado com as bilheterias e os sócios do novo setor irão para a empresa até que o valor investido seja quitado. “Nossa expectativa é de recuperar o montante aplicado na obra em seis anos”, afirmou Marlon Bonilha, diretor da Pro Tork. Torcedor coxa-branca, Bonilha comenta como o negócio foi estruturado. “Esse investimento é baseado em três pilares. O primeiro é o amor pelo clube. O segundo, a viabilidade do negócio, pois a diretoria do Coritiba nos trouxe um


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ambiente de negócio seguro. E o terceiro é que nós estávamos em busca de uma nova área de atuação, saindo do nosso mote.” A paixão pelo Coritiba foi fator decisivo na hora de fechar o acordo. “Juntou a fome com a vontade de comer. Sou de uma família de torcedores apaixonados e não tive empecilhos ao optar em investir no clube. Esta obra é a realização de um desejo antigo de muitos torcedores.

Sou de família de torcedores do Coritiba, amamos este clube.” Fundado há mais de 80 anos, o Couto Pereira passou por diversas obras no decorrer dos anos. Na década de 1960, obteve a forma arquitetônica atual, com arquibancadas e coberturas de concreto. A área da reta da Mauá, contudo, era a única que estava incompleta. A conclusão da obra, que completaria o desenho original do

estádio, era um desejo antigo de dirigentes e torcedores. São 4 mil metros quadrados de área construída, distribuídos em três pavimentos. O setor possui 38 camarotes, 14 localizados no primeiro anel e 24 no segundo, com capacidade para 456 torcedores. No setor inferior, são 4.300 cadeiras sociais cobertas, proporcionando conforto e protegendo os torcedores do clima instável da cidade.

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ESTÁDIO

“Esta obra é a realização de um desejo antigo de muitos torcedores. Sou de família de torcedores do Coritiba, amamos este clube.” Marlon Bonilha, diretor da Pro Tork

Para melhor atender ao público, também foram instaladas sete lanchonetes exclusivas, lounge, banheiros com total acessibilidade para portadores de necessidades especiais e crianças, além de dois elevadores. Com o novo setor, a capacidade do estádio Couto Pereira aumentou para 40.310 lugares.

CAMAROTES Os 38 camarotes são divididos em três planos: central, no valor de R$ 90 mil por ano cada um (12 camarotes com 12 lugares

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cada e três vagas no estacionamento); intermediário, de R$ 80 mil por ano (12 camarotes com 12 lugares cada e duas vagas no estacionamento); e lateral, custando R$ 72 mil por ano (14 camarotes com 12 lugares cada e uma vaga no estacionamento).

CADEIRAS As cadeiras do setor são personalizadas e escolhidas no ato da assinatura do contrato de sócio. As 4.300 cadeiras são iguais e a mensalidade custa R$ 199. Até a data do lançamento

do setor, cerca de 800 cadeiras já haviam sido adquiridas pelos sócios. Para Vilson Andrade, a comercialização é satisfatória e espera-se que, depois da inauguração, mais torcedores se associem. “Esse número pode crescer agora que o setor começou a funcionar. O torcedor vê que a obra está pronta e passa a ter mais interesse”.

NOVOS INVESTIMENTOS Durante a cerimônia de inauguração, o diretor da Pro


© Divulgação © Divulgação

Vilson Ribeiro de Andrade

Com a família Bonilha

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ESTÁDIO Tork, Marlon Bonilha, admitiu que novas obras no estádio podem ser realizadas. “Temos que ver o retorno desse primeiro empreendimento para pensar em um novo.” Viabilizando as novas obras, Bonilha aponta os próximos passos. “A ideia é mexer em três setores. Primeiro, as cadeiras das sociais; depois, a arquibancada onde fica o placar eletrônico; e, por último, uma reforma da área externa do estádio. Mas isso, por enquanto, é um estudo”, ressaltou o diretor.

"Temos que ver o retorno desse primeiro empreendimento para pensar em um novo."

SOBRE A PRO TORK Fundada em 1988, na cidade de Curitiba, a Pro Tork iniciou na produção artesanal de escapamentos para motos importadas. Com práticas empreendedoras, a empresa identificou uma oportunidade de negócio ao analisar as necessidades do mercado e passou a desenvolver novos itens, investir em tecnologia e na capacitação dos profissionais. Em 1993, mudou-se para Siqueira Campos, onde construiu a primeira fábrica de motos do sul do país. Hoje, a Pro Tork possui oito unidades, que somam 250 mil metros de área construída e mais de 4 mil funcionários. É líder mundial na produção de capacetes, além de ser a maior fábrica de moto peças da América Latina. Está presente em 72% do mercado nacional, tendo pelo menos um item da marca a cada dez motos em circulação no Brasil. No exterior, distribui seus produtos para 56 países.

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Marlon Bonilha, diretor da Pro Tork

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Saúde

Mente sã, corpo são Pesquisas da FIFA prometem aumentar discussão sobre a saúde mental dos jogadores

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ema ainda pouco discutido entre jogadores e clubes de futebol, a saúde mental – tão importante quanto a do resto do corpo – não é abertamente conversada e causa danos nas equipes e em seus atletas. Essa é a justificativa usada pela FIFA para iniciar pesquisas na área da saúde mental. Para um bom rendimento do jogador em campo, são realizados treinos exaustivos com o objetivo de prepará-lo tecnicamente para resistir às partidas e aumentar suas habilidades. Mas e o lado psicológico? Já foi provado que fatores psicológicos contribuem para o risco de sofrer lesões esportivas. E para quem está “ruim da cabeça”, ficar “doente do pé” é só uma questão de tempo. De acordo com Luis Fernando Funchal, médico responsável pelo Departamento Médico do clube Avaí, a realidade não é exatamente essa. O profissional não concorda que exista ausência de discussão

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nos times. “A psicologia esportiva é muito discutida e focada no esporte. Não é diferente no futebol. O que eu acredito e que podemos comprovar com essa atitude da FIFA é a inadequação da forma de lidar com essa ferramenta”, argumenta. Para garantir que o assunto deixe de ser tabu, principalmente com relação aos jogadores de elite, a FIFA lançou, em 2014, uma nova área de pesquisa chamada “Saúde Mental e Esporte”. Devido à falta de dados ou registros científicos relacionados ao tema, a federação desenvolveu o projeto que tem à frente Birgit Prinz – já eleita três vezes melhor jogadora do mundo da FIFA e, atualmente, psicóloga esportiva. Birgit destacou, através do site da FIFA, que o condicionamento mental é tão importante quanto o físico para o bem-estar dos jogadores dentro e fora de campo, mas que há uma falsa ideia de que eles são todos mentalmente sãos. Parte da população brasileira credita, por exemplo, à falta de preparo psicológico o


“Acredito que a frustração da derrota ou a incapacidade de administrar o sucesso sejam as piores causas para influenciar uma carreira.” Astrid Junge

Jogadores não estão fora das estatísticas A pesquisadora-chefe do Centro de Pesquisa e Avaliação Médica da FIFA (F-MARC), Astrid Junge, afirmou, através do site da FIFA, que uma em cada quatro pessoas desenvolverá pelo menos um transtorno mental ou de comportamento no decorrer da vida. Nada assegura que jogadores estejam

© Alceu Atherino/Avai F.C.

famoso 7 a 1 entre Brasil e Alemanha na Copa do Mundo. Funchal, contudo, não concorda que o Brasil tenha perdido por não ter preparo psicológico. “Realmente não acredito que tenha sido isso. Nenhum time, nenhum atleta se torna campeão em um determinado momento. A vitória é a consagração de um trabalho longo e árduo. Ninguém está preparado para perder por 7 a 1”, afirma.

CUIDADOS

Além da atenção no preparo físico, a psicologia esportiva é fundamental

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Saúde

fora dessa estatística. Ao contrário disso, esse tipo de atleta sofre com pressões, níveis altíssimos de estresse – gerado pela expectativa de seu desempenho –, sobrecarga de treinamento e relações conflituosas de competitividade entre os colegas. “Questões psicológicas são importantes, mas isso não é o único fator de influência. A preparação de

A FIFA realizará três pesquisas diferentes:

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altos e baixos durante e após a carreira no futebol profissional

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fatores de risco e a prevenção de problemas de saúde mental

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efeitos do esporte na saúde mental de atletas amadores

Os resultados devem estar disponíveis no segundo semestre de 2015 e prometem abrir a discussão sobre a saúde mental entre os jogadores de futebol. © Alceu Atherino/Avai F.C.

© Alceu Atherino/Avai F.C.

© Alceu Atherino/Avai F.C.

“A psicologia esportiva é muito discutida e focada no esporte. Não é diferente no futebol.”

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um atleta competitivo passa por várias etapas, até a psicológica, mas ela não é a única, nem a mais importante ou menos importante, é apenas uma das etapas. Acredito que a frustração da derrota ou a incapacidade de administrar o sucesso sejam as piores causas para influenciar uma carreira”, exemplifica Funchal.



Papo cabeça

O novo

"homem forte" do futebol paranaense Paulo César Gradella Filho é o novo presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná e cumprirá dois anos de mandato

N

os dias de hoje, o futebol não chama a atenção somente dentro das quatro linhas. Os bastidores da bola ganharam força nos últimos anos, principalmente no âmbito jurídico. O julgamento de penas a atletas, clubes e torcidas tem sido frequente nos tribunais desportivos do Brasil e, em alguns casos, pode decidir o futuro de uma equipe, como ocorreu em 2013, com a permanência do Fluminense na Série A e o rebaixamento da Portuguesa. Os torcedores já brincam que um departamento jurídico é fundamental para uma equipe. Mas e do outro lado, quem manda? Quais as suas versões? Em julho de 2014, o advogado Paulo César Gradella Filho, de 40 anos e especialista em processos civis, assumiu a presidência do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná.

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Recente no cargo, o novo “comandante” conversou com a revista Só Futebol. Revista Só Futebol: Você é o novo “homem forte” do futebol paranaense, já que, ultimamente, muitas coisas se decidem nos tribunais e não no campo? Paulo César: Não me coloco nesse posto. Eu só presido a corte, não julgo. O julgamento é feito pelos auditores e a decisão é do colegiado. Esse poder é relativo. Como são várias pessoas a votar, fica difícil dizer qual a influência que eu tenho. Revista Só Futebol: Como você avalia o trabalho desenvolvido pelos tribunais, de maneira geral e especificamente do desportivo, no Brasil? Paulo César: O tribunal tem como função resolver conflitos, basicamente essa é a ideia. Eu penso que sempre é possível aprimorar, qualificar mais


© RBuhrer

os julgamentos, ter decisões tecnicamente perfeitas e evitar a desproporcionalidade, para que não exista diferença de penas em casos parecidos. Considero bom, mas pode melhorar. No caso da justiça desportiva, tem que ter mais condições. Veja a do trabalho, que, até meados do século passado, não existia e, atualmenet, tem uma grande estrutura. Hoje, não temos força. Não temos, por exemplo, poder de polícia. Precisa evoluir mais.

“O julgamento é feito pelos auditores. A decisão é do colegiado.”

Revista Só Futebol: Quais as suas principais funções como presidente do Tribunal de Justiça Desportiva e o que pretende fazer no seu mandato? Paulo César: Meu mandato é de dois anos, vai até julho de 2016. Tenho basicamente duas metas principais na minha gestão: a primeira é uma melhor qualificação dos membros. Buscaremos qualificar os auditores, que compõem as comissões, o pleno e a procuradoria, que também fazem parte do tribunal, cujas denúncias quem oferece é o Ministério Público. E a outra é investir na estrutura do tribunal. Dar melhores condições para os membros poderem desempenhar o seu trabalho da melhor forma possível. A minha função é coordenar toda a estrutura básica do tribunal, pois fazemos isso quase como hobby. Eu, como presidente, e os auditores não recebemos nada para estar lá.

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Papo cabeça Revista Só Futebol: Por que nem sempre as penas são cumpridas? Paulo César: Toda pena é passível de recurso. Se a primeira comissão, por exemplo, dá uma pena de cinco jogos a um atleta, cabe recurso da procuradoria, para aumentar a pena, ou do clube, para diminuir. O solicitante nunca pode ter a pena agravada. Mas depois de transitado e julgado, o cumprimento da pena é obrigatório.

"Buscaremos qualificar os auditores, que compõem as comissões, o pleno e a procuradoria, que também fazem parte do tribunal" Entenda como funciona o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná © RBuhrer

Revista Só Futebol: Qual a diferença do TJD-PR para o STJD? Quando cada caso é julgado em cada tribunal? Paulo César: O julgamento ocorre de acordo com quem organiza a competição. Se for a CBF, órgão nacional, os julgamentos se fazem pelo STJD, nas mesmas ordens que o nosso tribunal (vide box). Se a competição for regional, organizada pela Federação Paranaense, por exemplo, quem julga é o pleno do tribunal local.

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O tribunal é formado por três comissões. Cada uma delas possui cinco auditores, que julgam os casos que lhes cabem. Além disso, existe o pleno, que tem como função revisar as decisões das comissões. Nesse caso, a mesa é composta por nove auditores. Todo julgamento feito pelas comissões é passível de recurso ao pleno, como se fosse um segundo grau de jurisdição. É possível, ainda, mais uma forma de recurso, que é encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, em última instância.


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O estado dos

artilheiros Times paranaenses construíram, no decorrer da última década, a tradição de formar os artilheiros do Brasileirão

A

rtilheiro. Qual torcedor não gosta de ver um jogador do seu time no posto de maior goleador de uma competição? Apesar de não terem levado nenhum título nacional desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, os times paranaenses já “emplacaram”, em quatro oportunidades, jogadores no topo da artilharia. Washington, Josiel, Keirrison e Ederson consolidaram o estado do Paraná como celeiro de goleadores. Das 11 edições do Brasileiro disputadas em turno e returno, quatro tiveram um artilheiro paranaense.

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Entre eles, Paulo Baier. Apesar de não ter sido o goleador em nenhuma edição, o meia, jogando com a camisa do Furacão, marcou o centésimo gol em Brasileiros e se tornou o maior artilheiro da história dos pontos corridos. Hoje no Criciúma, o jogador de 40 anos balançou 102 vezes as redes. Na edição deste ano, apenas Douglas Coutinho, do Atlético, chegou a ficar entre os principais artilheiros no início do campeonato, mas não manteve o fôlego e permanece com sete gols. Já o atacante Cléo, também do Furacão, cresceu na artilharia nas últimas rodadas e chegou a 9 gols. Quem divide a ponta do Brasileirão, até a 36º rodada, é Fred, do Fluminense, Henrique, do Palmeiras e Ricardo Goulart, do Cruzeiro, com 15 gols cada um.

© FreePIK.com

artilheiros


© Site do Coritiba

Mas se for levada em conta a média na artilharia, é grande a chance de termos um goleador vestindo a camisa de um dos times da capital paranaense nos próximos campeonatos nacionais.

MAIOR GOLEADOR EM UMA EDIÇÃO Foi com a camisa do Furacão que Washington fez história. No Brasileiro de 2004, o atacante marcou impressionantes 34 gols e ajudou o Rubro-negro a chegar ao vice-campeonato e conquistar uma vaga na Libertadores da América.

Uma das partidas que mostraram o faro de gol do atacante foi a vitória, de virada, por 2 a 1 contra o Flamengo, na qual Washington marcou os dois gols. Em apenas dois anos, o Coração Valente, como ficou conhecido, tornou-se ídolo da exigente torcida atleticana. Entre 2003 e 2004, foram 49 jogos e 44 gols, média de quase um gol por partida. Washington voltou a ser o maior artilheiro no Brasileirão de 2008. Com a camisa do Fluminense, ele marcou 21 vezes. Pendurou as chuteiras em 2011 no clube carioca.

ARTILHEIRO TRICOLOR Os 20 gols feitos por Josiel em 2007, quase metade dos 42 marcados pelo Paraná, não foram suficientes para livrar o clube do rebaixamento para a Série B. Mesmo assim, o atleta ficou na história do Tricolor. Desconhecido, o atacante chegou do Brasiliense-DF com 27 anos, longe de ser uma promessa. Mas a fama de artilheiro era grande no time do Planalto Central. Apesar do rebaixamento, o Paraná fez ótimas partidas naquele ano. Destaque para dois jogos fora de casa. Na vitória por 4 a 2 sobre o Cruzeiro,

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todos

© Site Oficial do CAP

artilheiros

no Mineirão, Josiel marcou duas vezes. Também fez os gols quando o Tricolor venceu, por 2 a 1, o Flamengo, no Rio de Janeiro. O artilheiro deixou saudades na Vila Capanema e é, até hoje, o único a atingir o topo da artilharia do Brasileirão com a camisa Tricolor. Hoje, Josiel joga pelo Inter de Santa Maria-RS.

O faro de gols despertou, no ano seguinte, o interesse do poderoso Barcelona, que o contratou. Foram várias as equipes de peso em que Keirrison atuou, apesar da pouca idade, 25 anos: Palmeiras, Benfica, Fiorentina, Santos e Cruzeiro. Em 2012, voltou ao Coritiba.

K9, A REVELAÇÃO COXA

No ano passado, mais uma vez o Furacão apresentou ao Brasil um artilheiro. Os 21 gols que marcou no Brasileirão renderam a artilharia logo no primeiro Brasileirão da Série A que disputou. Ederson ajudou o Furacão a garantir a terceira colocação e uma vaga na Libertadores, apesar das dificuldades de não jogar na Arena da Baixada, que estava em reforma para a Copa do Mundo. Destaque para a última partida, em que marcou três gols na vitória por 5 a 1 contra o Vasco, em Joinville. Durante toda temporada, Ederson balançou as redes 25 vezes – quatro pela Copa do Brasil, competição de que o Furacão foi vice-campeão. Em 2014, o atacante foi para o Al Wasl, dos Emirados Árabes.

O ano de 2008 foi atípico na artilharia do Campeonato Brasileiro. Três jogadores empataram em número de gols. Kleber Pereira (Santos), Washington (Fluminense) e Keirrison (Coritiba) balançaram as redes 21 vezes cada um. Mas o campeonato foi inesquecível para o jovem atacante alviverde, que também foi eleito a maior revelação. Foram vários gols que deixaram o Coritiba próximo às primeiras colocações durante todo o campeonato. Um terço dos gols de Keirrison foi marcado em confrontos com o Santos. Foram incríveis sete gols em duas partidas. No Couto Pereira, o Alviverde ganhou por 5 a 1, e Keirrison marcou 4 vezes. No jogo na Vila Belmiro, o K9 fez os três da vitória por 3 a 1.

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EDERGOL


ARTILHEIRO DOS PONTOS CORRIDOS Gaúcho de Ijuí, Paulo César virou Paulo Baier, saiu da lateral direita, foi para o meio e, com 17 anos de carreira, tornou-se o

Saldo de gols de Paulo Baier 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2013 2014

9 gols 15 gols 8 gols 10 gols 13 gols 14 gols 8 gols 10 gols 5 gols 10 gols 4 gols

Criciúma Goiás Goiás Palmeiras Goiás Goiás Atlético Atlético Atlético Atlético Criciúma

maior artilheiro da história dos pontos corridos do Brasileirão. Desde 2003, quando o campeonato passou a ser disputado nesse formato, Baier já marcou 112 vezes, por cinco times diferentes. Defendeu Criciúma, Goiás, Palmeiras, Sport e Atlético Paranaense. A primeira vez que balançou as redes foi em 2003, com a camisa do Tigre, justamente contra o Furacão. E foi durante a passagem pelo Rubro-negro que ele marcou pela centésima vez, pela 32ª rodada do Brasileiro de 2013. Paulo Baier jogou de 2009 a 2013 pelo Furacão e marcou 31 gols nos Brasileiros. Foram oito gols em 2009, dez em 2010, cinco em 2011, e oito em 2013. A qualidade no toque na bola, a liderança em campo e os gols marcaram o nome do veterano na história do clube. Em entrevista à revista Só Futebol, Paulo Baier, que hoje está no Criciúma, falou da marca que deixa no futebol do Brasil. Revista Só Futebol: Você começou na lateral direita e depois foi para o meio campo. Por que houve essa mudança? Paulo Baier: No Palmeiras, eu comecei a atuar no meio e quando voltei ao Goiás, em 2007, o Paulo Bonamigo me manteve na

posição. Fiquei mais próximo do gol, mas na lateral eu já marcava vários gols, pois apoiava bastante. Sempre chegava pra finalizar. Revista Só Futebol: Como você explica o fato de um meia ter marcado mais gols do que um atacante? Paulo Baier: Fiquei honrado e surpreso quando soube que sou o maior artilheiro dos pontos corridos com tantos bons atacantes jogando no Brasil. Eu me adaptei bem no meio, fico próximo do gol e vou aproveitando as chances que tenho. Revista Só Futebol: Que gol você destacaria pela beleza ou importância? Paulo Baier: Marquei gols inesquecíveis por todos os times pelos quais passei. Mas o centésimo, pelo Atlético Paranaense, foi um dos mais bonitos da minha carreira. Um chute forte, de fora da área. E também foi o de número 100. Revista Só Futebol: O Paulo Baier joga mais quantos Brasileiros? Paulo Baier: Não tenho uma data para parar. Enquanto eu estiver me sentindo bem fisicamente e motivado, vou continuar. Quero marcar mais uns golzinhos (risos).

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imprensa

gooooooooollll!

E

Emoção e improviso, o rádio faz bem à imaginação do povo

m um domingo de outubro de 2010, Carneiro Neto deu algumas voltas em um parque curitibano de manhã, voltou pra casa, almoçou, tomou dois copos de uísque e pensou em dar uma cochilada antes de assistir ao Atlético. Então, naquele momento, se lembrou de que ainda era narrador de futebol na CBN e, ao invés de acompanhar o jogo no sofá, teria de ir ao estádio fazer a transmissão. Depois do gol do Atlético, convertido por Madisson, ele decidiu que havia acabado ali sua carreira esportiva na rádio, que já contabilizava 34 anos. Narrou até o fim do Brasileirão e deixou sua relação com o esporte que tanto ama e entende ficar nas letras impressas de sua coluna na Gazeta do Povo, onde permanece diariamente com grandes histórias e críticas dentro e fora das quatro linhas. O esquecimento de Neto foi repentino, mas refletiu seu descontentamento com as mudanças no jornalismo esportivo. Sem arrependimentos, diz que viveu seu momento – e muito bem. O cronista, tão conhecido nas ondas de rádio por seus comentários ácidos e suas frases e tiradas rápidas e criativas, ganha saudosismo

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sobre a preparação dos clubes e procurando por notícias de última hora. Finda a peleja, a transmissão continuava. E era um dos momentos mais curiosos e interessantes do futebol. “Colocávamos mães de jogadores cumprimentando os filhos pela vitória e terminávamos fazendo entrevistas com jogadores dentro do vestiário”, destaca Neto ao fazer um contraste com as atuais coletivas,

em que o número de perguntas é limitado. “Além disso, tem muito atleta que não quer falar, pede pro repórter ir conversar com o assessor de imprensa. Ficou muito ruim”, reclama.

De concurso de beleza à COMPETIÇÕES DE TURFE O tempo romântico da rádio esportiva paranaense protagonizado por Neto foi de meados

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em sua fala e brilho em seus olhos quando relembra sua época de cronista esportivo. Em decisões de campeonatos ou em Atletibas, a equipe de uma única rádio era formada por pelo menos quatro repórteres. Os 90 minutos de cada jogo, fosse ele à noite no meio da semana ou numa tarde de domingo, começavam ao meio-dia, com um jornalista em cada concentração informando

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© Jorge Mariano

imprensa

Josias Lacour

Um pouco da história da Rádio esportiva em páginas O jornalista Josias Lacour é autor de “80 anos de gooooollllll, a história do rádio esportivo no Paraná” (Editora Instituto Memória), livro que revela, em suas 350 páginas, o surgimento do rádio no Brasil, registra a primeira transmissão de um jogo no Paraná, em setembro de 1934, apresentando depoimentos, fotos históricas, curiosidades e todo o legado que o esporte

dos anos 60 até final dos anos 90. O cronista passava por todas as hierarquias – começando com radio-escuta e, depois, alcançando novas posições – e editorias na rádio, o que resultou não só em experiência, mas também em histórias que ele guarda com devoção. Em 1966, colocaram o jovem Carneiro Neto (que já completava dois anos como cronista futebolístico em rádio) no

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e o radiojornalismo deixaram em terras paranaenses. Tanto esta publicação quanto a frase “Um pouco de teatro, um pouco de religião, o Atlético faz bem à alma do povo”, famosa na voz de Carneiro Neto, inspiraram o início desta matéria.

Jockey Clube para enviar informações sobre o Grande Prêmio Paraná (principal competição de turfe do estado). Em meio a entrevistas com competidores e donos dos animais, sem saber muito bem o que estava fazendo, ouviu o narrador lhe chamando ao vivo e perguntando onde ele estava. Neto automaticamente falou: “Estou aqui no vestiário dos cavalos.”

Ele também recorda quando sua equipe – formada na época por Durval Leal e Gilberto Fontoura – foi cobrir uma edição do Miss Paraná. Durval Leal foi entrevistar a vencedora do concurso e começou a fazer uma série de perguntas: – Quantos anos você tem? – Dezoito. – Você estuda? – Sim, estudo. – Você tem namorado? – Tenho, estou noiva. Ao ouvir tal resposta, Leal automaticamente se inspirou na pergunta que já era comum entre os jogadores que entrevistava, e


A invenção e A morte de J. Batista Josias Lacour, jornalista que trabalhou durante décadas com Carneiro Neto, também resgata uma curiosa passagem de quando ingressou como cronista esportivo na rádio. O ano era 1976, Vasco e Londrina se enfrentavam no Campeonato Nacional em São Januário, no Rio de Janeiro. Na Rádio Clube, Carneiro Neto estava narrando e Josias Lacour era, na verdade, o repórter J. Batista, enviando notícias de dentro do campo. Para ter tal acesso, os jornalistas trocavam suas credenciais por uma tarjeta que colocavam no

braço. Depois, devolviam as tarjetas e pegavam de volta suas carteiras de jornalista. No meio da disputa, Orlando Lelé, lateral do Vasco, cometeu uma entrada dura em Claudinho, ala do Londrina. Foram segundos para que o campo se transformasse em terra de ninguém. Juiz, bandeirinhas e jogadores à flor da pele tentando bagunçar ainda mais a confusão ao lado de repórteres amontoados que tentavam entender e repassar para os narradores o que acontecia. Neto chamou J. Batista para que ele explicasse a situação. Nesse momento, o repórter falou, em um tom de voz alto o suficiente para quem estivesse ao redor não só escutasse, como também ficasse ainda mais irritado: “Esse Lelé é um açougueiro, mau caráter, atropelou o Claudinho!” Ao ouvir a declaração, o mais próximo e indignado dos jogadores vascaínos, Roberto

© Jorge Mariano

metralhou, sem nenhuma cerimônia (há quem afirme que ele estava rindo por dentro): – Quer dizer que você vai casar... E quando é que você vai entrar pro rol das mulheres sérias?

Paulo Mossiman

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© Jorge Mariano

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Dinamite, pisou no cabo do microfone do jornalista. A urgência de uma reação não permitiu que J. Batista tivesse tempo de olhar pra trás para verificar quem tentava interromper seu trabalho. Ele pegou o microfone e, por cima dos ombros, tacou o objeto para trás, deixando Carneiro Neto solitário e confuso na transmissão. Os jogadores vascaínos saíram correndo atrás de Batista enquanto ele corria pra se esconder no vestiário do Londrina. “Manda aquele 'papa-goiaba' paranaense vir buscar a credencial dele comigo”, bradou o presidente do Vasco, Agathyrno da Silva Gomes, minutos depois do término do jogo. “Aquela credencial era do J. Batista mesmo, obviamente eu não ia enfrentar o cara, fui embora”, conta Lacour. Foi esse episódio que enfim decretou finalmente o declínio da era J. Batista, pseudônimo que nunca foi de muito agrado do jornalista mesmo. Para Neto, a rádio esportiva perdeu o fôlego no começo dos anos 2000 e vive com dificuldades, principalmente pela perda de patrocinadores, e diz que o futuro desse meio de comunicação no esporte é incerto. Paulo Mossiman, outro ex-companheiro de transmissões de Neto, indica que o futuro da

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Carneiro Neto

rádio esportiva existe, mas precisa ser inovado, principalmente porque “os brasileiros não vivem sem rádio, mas os ‘brasileirinhos’ e as ‘brasileirinhas’, sim”. Segundo ele, a inovação conta com duas palavras-chave: FM e interação. O jornalista afirma que, para sobreviver, a rádio precisa conectar as ferramentas que os jovens não se cansam de descobrir e usar, como WhatsApp e redes sociais.

Trabalhar a mentalidade dos dirigentes de rádio e a cultura do futebol, encantando os ouvintes de antigamente, e utilizar ferramentas modernas, fazendo com que os jovens também se sintam motivados a ouvir rádio. “A Transamérica, por exemplo, já inovou, colocando a voz do ET. Foi bacana. Tem de haver humor, mas não podemos perder o bom senso, se não vira desrespeito”, finaliza.


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internet

Curtida obrigatória Siga os seus ídolos do futebol nas redes sociais Leandro Almeida @leandroalmeida4 O zagueiro, que está no Coritiba desde 2013, compartilha na sua conta do Instagram momentos dos treinos, dos jogos e em família. O nascimento da filha Alice também foi registrado na rede social e com frequência ela aparece por lá, assim como recados apaixonados para a esposa Camila.

Contratado pelo CAP no início de 2014, o lateral-direto do time está presente na sua página pessoal no Instagram com imagens da rotina de jogos e de treinos, sempre com uma frase de motivação ou de inspiração para usar como legenda.

Há pouco mais de três meses no Paraná, o atacante compartilha seus momentos nos campos e na vida pessoal, especialmente com a esposa. Futebol, frases motivacionais e declarações apaixonadas fazem parte da página do jogador. As fotos do perfil são privadas, por isso, para ter acesso, o jogador precisa aceitar seu pedido de amizade.

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Sueliton Pereira @sueliton22

© Divulgação

Tiago Alves @alvestiagoo


Marcos Serrato

@marcosserrato As selfies estão sempre presentes na página do meio-campista do Paraná Clube, que compartilha imagens de jogos, treinos e dos momentos de lazer com a família e os amigos. Ele também posta registros de viagens e dos finais de semana na praia. As fotos do perfil são privadas, por isso, para ter acesso, o jogador precisa aceitar seu pedido de amizade.

Drausio

@drausiogil No Atlético Paranaense desde 2013, o zagueiro Drausio compartilha quase que diariamente imagens da sua participação nos jogos do time. Entre postagens de treinos, jogos e com os companheiros de equipe, vez ou outra aparecem algumas fotos de momentos com a família e com os amigos.

Zé Love

© Divulgação

@zelove7

O atacante coxa branca tem mais de 21 mil seguidores no Instagram. Na sua página, além de fotos dos jogos e dos resultados do Coritiba, fazem sucesso as postagens com seu cachorrinho, o Love, um pug recém-chegado na casa do jogador e que já arranca suspiros dos apaixonados não só por futebol, mas pelos animais também.

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onde jogar

Onde jogar Rua Dr. Bronislau Ostoja Roguski, 150 Jardim das Américas - Curitiba/PR Fone: (41) 3266-2585 www.starksports.com.br

Pioneira na locação de quadras em grama sintética no Paraná, a Stark Sports é referência quando o assunto é futebol 7. Há mais de 20 anos no mercado, seu amplo e moderno complexo esportivo já foi palco de grandes finais de competições estaduais e nacionais como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro de Futebol 7. Além de uma quadra de grama sintética coberta com medidas oficiais, fazem parte do Complexo Esportivo da Stark Sports: uma quadra de grama sintética descoberta, 4 quadras de futsal, além de completa academia de ginástica e artes marciais.

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Av. Ayrton Senna da Silva, 2700 Pinhais (próx. ao Autódromo) Fone: (41) 8828-8499 facebook.com/camisa9futebol

Inaugurado em março de 2014, o Camisa 9 começa a se tornar uma referência em quadras de grama sintética na região de Pinhais. A ideia de agregar às quadras, academia, lojas, escolinha de futebol com marca própria e salão para eventos tem agradado tanto o público final como o corporativo. São mais de 3.500 m2 de área coberta para dar conforto pra quem joga, pra quem torce e pra quem só quer se divertir. Camisa 9 - A pelada reinventada.

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Cruzadinha PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Personagem criado por Cervantes (Lit.)

Placa usada pelo professor em explicações Monograma de "Alberto" Ronaldo Fraga, estilista mineiro

© Revistas COQUETEL

Tipo de rã Temperatura sentida comestível pelo corpo humano, Fazer Floresta diferente da real preces boreal

Dispositivo que imobi- Dona de liza o pescoço (Med.) uma Pergunta de quem não conta de e-mail entendeu o que foi dito

Embarcadouro Louco, em inglês

Estado que abriga o Cabo Canaveral (EUA)

Clássico do Cinema japonês Poxa!

A laranjada-terra, pelo seu gosto

Purificar (a água da piscina)

Seu, em espanhol Autoridade como Hitler (Hist.)

(?) da Silva, jogador que inventou a "bicicleta" (fut.) Vida, em francês

Cosmético aplicado em peles secas Animal do corpo do centauro (Mit.)

Beneficiário da linguagem de sinais

(?)-mate, base do chimarrão Inútil Licença exigida de lojas

Post-(?), adesivo para recados

(?) duro: trabalhar muito (bras.) Imposto que incide sobre imóveis (sigla) "(?) o Homem": Ecce Homo (Bíblia)

Steve (?), guitarrista Cidade na- de rock Muito tal de Ari (red.) Barroso Lagoa do (?), atração de Florianópolis

Pena de fantasias carnavalescas Planta cujo óleo é rico em caroteno Situação constrangedora (gír.)

2/it — su. 3/mad — ran — vie. 5/taiga. 6/buriti. 8/leônidas. 13/colar cervical.

BANCO

Tipo de leite obtido por ordenha manual

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Solução P H L D

J Q U I X U S A E U C A M A O R A R N I D A A M E A B R A T A V A L O V A I M A P U R I T I A J U

S O T E R A N A I S R G A A Ç S Ã U D O I T N T E A D R O M E R I I C S T A

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C O M L O A R F C L E O R R V I I D C A A L U B S A

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