Revista Só Futebol
ANO 1 • NÚMERO 5 • 2015 • R$10,00
ANO 1 • NÚMERO 5 • 2015 • R$10,00
EDITORIAL
A
primeira edição de 2015 da Revista Só Futebol traz um guia completo dos times que vão disputar o Campeonato Paranaense. Jogadores que são as promessas da competição, a opinião da imprensa especializada sobre cada equipe, mudanças e apostas para o estadual. Conversamos com o novo técnico do Paraná, que contou as expectativas do novo cargo e como pretende colocar o time em uma posição de destaque nas disputas da nova temporada. Rogério Bacellar, eleito presidente do Coritiba, também bateu um papo com nossos repórteres sobre a nova diretoria e as perspectivas para o clube, agora sob sua gestão. Nas próximas páginas, você também encontrará uma entrevista com o goleiro Neto, que foi destaque no Atlético Paranaense e foi recém-contratado pelo Juventus, da Itália. A Copa São Paulo de Futebol Júnior apresenta novos jogadores para as equipes de todo o Brasil, e não poderia ser diferente com os times paranaenses. Fizemos uma pequena retrospectiva dos times do estado na Copinha e os destaques de cada um deles. 2015 começa com novidades também nos negócios no futebol. A TIM apresentou uma proposta de novos patrocínios para Coritiba e CAP e nós mostramos o que essa parceria pode trazer de bom para os torcedores.
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Coordenação de Conteúdo Fernanda Brun fernanda@olikcomunicacao.com.br
Jornalista Responsável Thais Vaurof – Mtb: 8270/PR thais@olikcomunicacao.com.br contato@olikcomunicacao.com.br
Colaboradores Bruna Bill, Mahani Siqueira, Priciane Crocetti, Rafael Falavinha, Ricardo Galeb e Thaísa Meraki
Revisão Thalita Uba (Lumos Traduções)
Projeto Gráfico e diagramação Lais Pancote
Para anunciar Bazar de Mídia – Mário Jorge Ribeiro (41) 9581-2056 | (41) 3209-3389 Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.
Uma boa leitura!
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Sumário
ANO 1 • NÚMERO 5 • 2015 • R$10,00
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ANO 1 • NÚMERO 5 • 2015 • R$10,00
NOSSA CAPA Ilustração: Pedro, Pastel & Besouro
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Giro do Futebol
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entrevista
Os destaques da última temporada
O goleiro Neto, do Juventus, conta um pouco da sua trajetória
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capa
Guia do Campeonato Paranaense
Saúde
Os cuidados com o coração dos atletas
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Papo Cabeça
Novo presidente do Coritiba fala sobre as perspectivas para o clube
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Treinador
Paraná tem novo técnico e novas perspectivas
Copa São Paulo de Futebol Júnior
Os times paranaenses não chegaram às finais, mas algumas promessas se destacaram
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Imprensa
Cristian Toledo encara um novo desafio no jornalismo esportivo
46
58 12
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ELEIÇÃO
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Torcida
Chapa da oposição propõe mudanças na FPF
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Patrocínios
70
Internet
Clubes e empresas apostam em novas estratégias de marketing
Imagens das torcidas dos times paranaenses
Acompanhe seus ídolos on-line
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Onde Jogar
Quadras para jogar com seus amigos
ERRATA
Na edição 04, não demos o crédito para as fotos da matéria Especial, do Londrina. Os créditos são da Assessoria de Imprensa Londrina Esporte Clube.
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Giro do Futebol
Brilha
© Ricardo Chicarelli
muito!
Veja quem se destacou nos gramados na última temporada
Jogo das
Estrelas De um lado, a turma de Jadson e Bruno Henrique, ambos do Corinthians; do outro, a de Rafinha (lateral-direito do Bayern de Munique e capa da edição 3 da Só Futebol) e Dirceu (zagueiro do Londrina). Eles se reuniram no domingo de 21 de dezembro, no Estádio do
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Café, para uma partida beneficente em comemoração aos 80 anos da cidade londrinense. Com a presença do volante Henrique (campeão brasileiro pelo Cruzeiro), do atacante Joel (ex-Londrina, ex-Coritiba, atual Cruzeiro), Robinho (ex-Coritiba), Bidia (Londrina), do goleiro Danilo (Chapecoense), Deivid (Atlético-PR) e Vandinho (ex-Flamengo e Avaí), a entrada era 1 kg de alimento e a arrecadação foi doada para o Hospital do Câncer de Londrina e a ONG Viver. O goleiro alemão Manuel Neuer, colega de time de Rafinha no Bayern, doou uma camisa autografada. O item foi leiloado e os fundos, revertidos para as duas instituições. Aproximadamente 3,5 mil pessoas foram ao jogo, que terminou 4 a 3 para o time de Jadson e Bruno Henrique.
© Luana Kaseker/Gol de Pauta
© Heron Torquato
Duas décadas
© Lening Abdala
depois
A finalíssima da Suburbana, um dos melhores campeonatos amadores da América Latina, foi realizada no fim de 2014 na Vila Capanema. Emocionante e duramente disputado até o último segundo, o jogo terminou empatado em 1 x 1 no tempo regulamentar e foi decidido por tiros de pênaltis. Após 20 anos de espera, o União Nova Orleans superou o Operário Pilarzinho e levantou, pela segunda vez, a taça de campeão. Apesar de nunca ter sido campeão, o Pilarzinho ganhou um belo título no ano passado, a de torcida mais apaixonada da Suburbana. A temporada 2015 do campeonato começa em 6 de junho.
Ninguém
segura!
O título de campeão da Copa Kaiser 2014 foi definido no estádio Couto Pereira. O Juventus Campo Comprido atropelou o Real Futebol Clube Tatuquara por 4 x 2, carimbando uma das melhores campanhas em todo o torneio, com 26 gols marcados e a artilharia do atacante Marlon Cley Moreno. A 6ª edição da Copa contou com 208 jogos, sendo 48 confrontos realizados a cada semana desde outubro, simultaneamente, em 24 campos de Curitiba e região, envolvendo 96 equipes e mais de 2 mil atletas amadores.
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Giro do Futebol
© Marco Oliveira
Joia do Sub-20
Em 2014 foi a primeira vez que o Atlético-PR chegou à final do Campeonato Brasileiro Sub-20, que até então só conhecia finalistas mineiros ou gaúchos. O Corinthians acabou derrotando o rubro-negro por 1 a 0. Além do vice-campeonato, o time paranaense acabou levando outro importante reconhecimento: com cinco gols, o atacante Crysan, de 18 anos, foi o artilheiro da competição. O menino, agora, foi promovido ao time sub-23, que disputará o campeonato estadual.
Tudo azul!
Da base para o profissional Com a ida de Ricardinho para o Santa Cruz, o treinador Luciano Gusso, que já estava como auxiliar na comissão técnica do time principal desde 2013, quando chegou no Tricolor da Vila para treinar os meninos da categoria de base, foi promovido a treinador
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do elenco profissional do Paraná Clube. Assim como a faixa etária de seus comandados, os desafios também aumentaram: Gusso precisará montar um time competitivo, superar uma dura crise financeira e voltar a brigar pelo acesso à Série A do Brasileirão.
© Lucas Costa
O Londrina fez uma campanha excelente em 2014. O clube do norte do Paraná foi campeão estadual, subiu de forma invicta para a Série C do Brasileirão e projetou o jogador Joel – que agora defende o Cruzeiro, depois de rápida passagem pelo Coritiba – para a Série A. O Tubarão começou 2015 vencendo um amistoso com o alviceleste mineiro e lançando novo programa de sócio-torcedor.
© Julia Abdul
Bicampeão
brasileiro! extra, os Crocos conseguiram interceptar uma jogada de ataque do adversário e passaram a contra-atacar, colecionando jardas até chegarem em mais um touchdow e se consagrarem campeões novamente.
© Franklin Freitas
Invicto, o Coritiba Crocodiles chegou, pelo quinto ano consecutivo, ao Brasil Bowl, a final da Liga Brasileira de Futebol Americano, e decidiu o título com o João Pessoa Espectros, repetindo a final de 2013. Os dois se enfrentaram no Couto Pereira numa partida emocionante e complicada, acompanhada por mais de 6 mil pessoas. Restando seis minutos para o fim, os paraibanos controlavam o jogo num placar de 17 a 3 quando a torcida alviverde começou a entoar gritos de “EU A-C-R-E-D-I-T-O!”. A partida terminou empatada e seguiu para a prorrogação. No tempo
Obrigado,
capitão!
No ano passado, Alex completou 200 jogos pelo Coritiba e recebeu até camisa comemorativa das mãos de Tostão. Menos de dois meses depois, fez a derradeira partida de sua carreira, com direito a agradecimentos emocionados. Mas uma das partes mais incríveis da sua relação com o futebol aconteceu minutos depois do último jogo. De chinelos, Alex voltou ao gramado do estádio onde começou sua história e sentou-se no meio dele ao lado do filho. Permaneceram os dois ali, conversando, arquibancadas vazias ao redor. Apesar de esse ter sido o último momento de Alex em campo, o eterno camisa 10 do Alto da Glória continua ligado ao esporte: 2015 mal começou e ele já foi anunciado como novo comentarista do canal ESPN. por: Thaísa Meraki
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entrevista
Exceção
à regra
Muitos goleiros despontam no cenário nacional mais velhos, mas Neto, com apenas 21 anos, já era titular do Atlético Paranaense
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Revista Só Futebol: Como você descobriu o futebol na sua vida e decidiu tomá-lo como profissão? Neto: Descobri pelo meu pai, que também foi goleiro. Desde pequeno, eu sempre queria jogar e usar suas roupas. Acredito que, ao longo dos anos, foi uma decisão automática de que aquela seria a minha profissão. Revista Só Futebol: E como o futebol o descobriu? Neto: Em 2003, tive a oportunidade de fazer testes no Cruzeiro, em Belo Horizonte, junto com a
“Desde a primeira vez que vi meu pai jogar, eu vi que era o que eu queria para minha vida.” escolinha da minha cidade. Logo depois, fui para o Atlético Paranaense. Acho que esse foi o momento em que o futebol realmente me descobriu, foram minhas primeiras experiências com equipes fortes e as primeiras responsabilidades. Revista Só Futebol: Goleiro é uma função ingrata no futebol. Por que você escolheu essa posição? Neto: Sem dúvida, como falei, foi por causa do meu pai. Desde a primeira vez que vi meu pai jogar, eu vi que era o que eu queria para minha vida. Revista Só Futebol: Você apareceu no cenário nacional muito jovem, com 21 anos, no Atlético Paranaense. O que o clube representa para você? Neto: O Atlético Paranaense representa muito para mim. Um clube com que eu me identifico muito e no qual, desde que cheguei, tive sempre o sonho de poder jogar e deixar minha marca. Foi o lugar onde cresci e aprendi praticamente tudo como jogador e como pessoa. Cheguei com 13 anos e fui embora com 21. Então, foi todo meu processo de formação. Revista Só Futebol: Você teve várias convocações para a Seleção principal, inclusive recentemente, e para a Olímpica. Como você
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© Assessoria de Imprensa Clube Atlético Paranaense
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profissão mais ingrata do futebol é a do goleiro. Basta um lance para ir do céu ao inferno. Ou mesmo o contrário. O goleiro tem que ser perfeito. Não é à toa que os clubes demoram para colocar os arqueiros em ação. A experiência é tida como fundamental e os grandes clubes emprestam suas promessas para pequenas equipes, para eles ganharem rodagem antes de estrearem nos times. Mas alguns fogem à regra. É o caso de Norberto Murara Neto, mais conhecido como Neto. Natural de Araxá, interior de Minas Gerais, o arqueiro estreou no Atlético Paranaense aos 21 anos. Fechou o gol e é ídolo da torcida. Desembarcou na Itália, onde ficou por quatro anos na Fiorentina e agora é recém-contratado do Juventus. Jovem, talentoso, cheio de experiência – esse é o entrevistado desta edição da Só Futebol.
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entrevista
avalia essa experiência de atuar na Seleção e o que isso representa para você? Neto: É uma grande satisfação poder ter a oportunidade de fazer parte da Seleção Brasileira. Todo jogador, quando começa a carreira, sonha ou imagina um dia chegar lá. Mas é bem difícil e tem muita concorrência. Então, conquistar esse objetivo é um prazer enorme. Revista Só Futebol: A vida de goleiro não é fácil e esses atletas geralmente surgem mais tarde para o futebol. Esse não foi seu caso. Você ainda é muito novo, é ídolo no Atlético Paranaense, foi titular absoluto na Fiorentina e, hoje, é recém-contratado do Juventus. Como você avalia essa
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“É uma grande satisfação poder ter a oportunidade de fazer parte da Seleção Brasileira.” precocidade da sua carreira? Neto: Eu acredito que tudo vai de você acreditar e trabalhar, pelo menos no meu caso é o que fez com que eu fosse atrás de todos os meus objetivos. Nada é fácil e ninguém nos dá nada de presente. Eu sempre acreditei que poderia chegar onde queria e não deixei que ninguém tirasse isso de mim. Revista Só Futebol: Como é sua vida na Itália? Neto: Tenho uma vida muito tranquila. Estou muito bem adaptado ao país e já são quatro anos que estou aqui. Hoje, já consigo ter a mesma vida que eu tinha no Brasil.
Revista Só Futebol: O que você ainda espera do seu futuro? Sonha em retornar ao Brasil para jogar? Neto: Eu espero poder chegar o mais longe que eu puder. Sonho em ganhar títulos e disputar grandes competições, que tenham grande nível de importância. No momento, não tenho em mente voltar ao Brasil. Ainda tenho muito para fazer por aqui. Mas nunca se sabe como será o futuro. Revista Só Futebol: Você é mineiro, mas veio muito cedo para Curitiba e passou muitos anos na cidade, já que defendeu o Atlético desde o
Sempre que estou no Brasil, procuro dar uma passada para matar a saudade dos lugares de que gosto e das pessoas especiais que deixei aí. Revista Só Futebol: Como é o Neto fora das quatro linhas? Neto: Sou uma pessoa muito
© Assessoria de Imprensa Clube Atlético Paranaense
Infantil. Qual a sua relação com a cidade de Curitiba e o estado do Paraná? Neto: Eu me identifico muito com Curitiba. Sinto saudades do tempo em que vivi lá. É uma cidade muito boa, que, com certeza, tem uma das melhores qualidades de vida do país.
tranquila. Fora do campo, procuro sempre estar com as pessoas que me fazem bem. Sempre busco me divertir e me distrair um pouco para, quando estiver em campo, poder concentrar todas as energias e dar o meu máximo. por: Rafael Falavinha
Bate-pronto Ídolo: Meu pai Passatempo preferido: Jogar tênis Melhor jogador de todos os tempos: Ronaldo Clube de futebol da infância: Corinthians Com quem gostaria de ter jogado: Zidane Melhor treinador com que trabalhou: Waldemar Lemos Melhor lembrança que o futebol deu: Tudo Comida preferida: Macarrão
LONGE DE CASA
Mineiro, Neto se destacou no CAP e agora mostra seu talento na Itália e na Seleção Brasileira
Filme preferido: Amigos improváveis Lugar preferido: Minha casa
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CAPA
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© Franklin Freitas
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2015
PARANAENSE bola voltou a rolar para um dos campeonatos estaduais mais tradicionais do Brasil. A 101ª. edição do Campeonato Paranaense coloca frente a frente 12 equipes que marcam a rivalidade entre capital e interior. Enquanto os clubes de Curitiba buscam recuperar a hegemonia que durou mais de duas décadas, os clubes do interior querem repetir o desempenho do ano passado, quando Londrina e Maringá disputaram a grande final. O formato é o mesmo de 2014. Na primeira fase, as 12 equipes jogam entre si em turno único. As oito melhores se classificam para a fase de mata-mata, enquanto os quatro últimos disputam o torneio da morte, que definirá os dois rebaixados. A Revista Só Futebol preparou um guia especial sobre o Paranaense 2015 e – quem sabe? – dar sorte ao seu clube do coração. por: Ricardo Galeb
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© Marco Oliveira
CAPA
FICHA: Clube: Clube Atlético Paranaense, Curitiba-PR Fundação: 26/03/1924 Estádio: Joaquim Américo (Arena da Baixada) Títulos: Paranaense (25, 29, 30, 34, 36, 40, 43, 45, 49, 58, 70, 82, 83, 85, 88, 90, 98, 2000, 2001, 2002, 2005 e 2009), Brasileiro Série B (1995) e Brasileiro Série A (2001) Site: atleticoparanaense.com
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Força na base Repetindo o que foi feito nos anos anteriores, a diretoria do Atlético aposta nos garotos do sub-23 para a disputa do Paranaense 2015. Enquanto o elenco principal realiza parte da pré-temporada na Europa, os jovens atletas terão a oportunidade de representar o Furacão e quem sabe? - garantir uma vaga no time principal. Quem terá a função de comandar esses garotos é o técnico Marcelo Vilhena, que também é coordenador das categorias de formação do clube. Ele vai manter uma ligação direta com o técnico Claudinei Oliveira, seguindo o planejamento de manter o mesmo padrão de jogo tanto no sub-23 quanto no elenco profissional. Essa aproximação pode facilitar na transição de atletas para o time que vai disputar competições nacionais como a Copa do Brasil e o Brasileirão.
“Esse time tem mais potencial do que o do ano passado. Tem jogadores interessantes como Guilherme, Bruno Pelissari e Gustavo Marmentini, que estiveram na Índia, e Marco Damasceno e Lucas Macanhan, este último com todas as chances de ser o futuro grande ídolo do Atlético. Estou animado e curioso para ver em ação esSe time sub-23.”
Eduardo Luiz Klisiewicz, repórter Gazeta do Povo e Tribuna do Paraná
TIME BASE: Técnico: Marcelo Vilhena
Alexandre Mário Sérgio Lula Jonathan Lucca
Ricardo Silva Sidcley
Nome: Gustavo Marmentini dos Santos Posição: Meia Data de nascimento: 08/03/94 Formado nas categorias de base do Furacão, o meia de 21 anos foi um dos jogadores emprestados ao Delhi Dynamos, da Índia. Na Liga Indiana, se destacou ao marcar um dos gols mais bonitos do campeonato.
Matheus
Gustavo
Bruno Pelissari
Marco Damaceno
Cryzan
Cidade:
Curitiba
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© Assessoria de imprensa Clube Atlético Paranaense
© Assessoria de imprensa Clube Atlético Paranaense
OPINIÃO DA IMPRENSA
promessa:
© assessoria CFC
CAPA
FICHA: Clube: Coritiba Foot Ball Club, Curitiba-PR Fundação: 12/10/1909 Estádio: Major Antônio Couto Pereira Títulos: Paranaense (1916, 1927, 1931, 1933, 1935, 1939, 1941, 1942, 1946, 1947, 1951, 1952, 1954, 1956, 1957, 1959, 1960, 1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 1979, 1986, 1989, 1999, 2003, 2004, 2008, 2010, 2011, 2012 e 2013), Brasileiro Série A (1985) e Brasileiro Série B (2007 e 2010) Site: coritiba.com.br
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Vida sem Alex O Coritiba busca, no estadual deste ano, retomar a hegemonia que lhe rendeu o tetracampeonato, entre 2010 e 2013. A nova diretoria, que tomou posse no início de 2015, optou por liberar grande parte dos atletas que ganhavam os salários mais altos, como Baraka, Gil, Júlio César e Zé Love. Mas, ao mesmo tempo, conseguiu manter jogadores importantes e que estavam emprestados, como o zagueiro Welinton e os volantes Rosinei e Hélder. Mas a maior ausência é do meia Alex, que pendurou as chuteiras. Saiu de campo o craque e a principal referência técnica. Para o jornalista Ayrton Baptista Junior, o elenco deve sentir, inicialmente, a ausência de Alex. “No começo, vai faltar alguém que dite o ritmo de jogo, mas creio que até as fases mais decisivas o clube vai encontrar um novo líder, porque a primeira fase da competição propicia um tempo para que isso ocorra sem afobação.” A diretoria vem apostando em jogadores sem tanto nome, mas que se encaixam no perfil desejado pelo técnico Marquinhos Santos. Entre as principais contratações, mesclando jogadores mais experientes com jovens promessas, chegaram ao Alto da Glória os volantes João Paulo (ex-Atlético-PR), Cáceres (ex-Vitória) e Alan Santos (ex-Santos), os meias Pedro Ken (ex-Cruzeiro) e Rodolfo (ex-Ponte Preta) e os atacantes e Negueba (ex-Flamengo) e Giva (ex-Santos).
© Divulgação CFC
© assessoria CFC
promessa:
Nome: Rodolfo de Almeida Guimarães
Cidade:
Posição: Meia Curitiba
OPINIÃO DA IMPRENSA “Tenho uma expectativa muito boa para a participação do Coxa neste campeonato. Gostei das contratações, como o Cáceres e O João Paulo, que são bons volantes. O ex-atleticano também tem uma capacidade de lançamento acima da média nacional, além de ser ótimo cobrador de faltas. O meia Rodolfo é bom driblador, tem velocidade e conviveu com o atacante Negueba no Flamengo, fator que pode facilitar a parceria dos dois.”
Ayrton Baptista Junior, produtor Rádio CBN
TIME BASE: Técnico: Marquinhos Santos
Vaná Lucas Claro Norberto Rosinei Rodolfo Negueba
Leandro Almeida Carlinhos Hélder Dudu Wellington Paulista
Data de nascimento: 03/05/93 Meio-campo habilidoso, Rodolfo foi formado nas categorias de base do Flamengo e quer marcar seu nome no Coxa. “Vim pra fazer história no clube, buscar objetivos maiores e acredito que faremos isso este ano.” Sobre ser tratado como substituto de Alex, Rodolfo responde: “Gosto de jogar como ele joga, mas não tem como comparar. Ele tem a história dele aqui e eu quero fazer a minha.”
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CAPA
Oportunidade de recomeçar FICHA: Clube: Paraná Clube, Curitiba-PR Fundação: 19/12/1989 Estádio: Vila Capanema Títulos: Paranaense (91, 93, 94, 95, 96, 97 e 2006), Brasileiro Série B (1992) e Copa João Havelange – Módulo Amarelo (2000) Site: paranaclube.com.br
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Não há torcedor paranista que não se lembre, com orgulho e uma ponta de saudosismo, dos times imbatíveis e craques que vestiram a camisa do Tricolor nos anos 90. A realidade hoje é diferente, mas existe esperança de que dias melhores voltem à Vila Capanema. Sem vencer um estadual desde 2006, o campeonato deste ano é uma das prioridades da nova diretoria. Com os pés no chão, a cúpula do Paraná enxugou o elenco e liberou os atletas com os maiores salários, mas, mesmo assim, conseguiu manter uma base. Permanecem no Tricolor o goleiro Marcos, o zagueiro Cleiton, o volante Ricardo Conceição e o meia Lúcio Flávio. Jogadores experientes que vão dar suporte para os atletas mais novos. Entre as principais contratações estão o volante Marcos Paulo (ex-Coritiba) e os atacantes Rodrigo Tosi e Maiquinho. O técnico Luciano Gusso também está olhando com carinho para os jovens atletas do Ninho da Gralha. Jogadores como o goleiro Lucão, os zagueiros Renan e Bianor, o lateral-esquerdo Elivelton, os meias Alex Brilhante e Lucas Pará, e os atacantes Diogo e Yan Philippe podem ter chances no time principal. É com essa filosofia, mesclando atletas experientes com jovens promessas, que o Paraná pode voltar a repetir um gesto habitual em um passado não tão distante: levantar a taça de campeão paranaense.
Nome: Jean Carlos de Souza Posição: Volante Data de nascimento: 26/09/94
OPINIÃO DA IMPRENSA “O Paraná manteve bons jogadores e trouxe alguns reforços. Mas o mais importante é fazer um planejamento financeiro para manter esses atletas motivados até o final da temporada. Fazendo isso, ou seja, mantendo os jogadores pensando apenas em jogar bola, esse elenco apresenta ótimas condições de realizar uma boa campanha no estadual.”
Mauro Mueller, apresentador Rede Massa
TIME BASE: Técnico: Marcelo Vilhena
Marcos Ricardinho Alef
Cleiton Bruninho
Jean Carlinhos Rossi
Polivalente, Jean também joga como zagueiro. Com força e qualidade na saída de bola, ele foi destaque do Tricolor na Copa São Paulo do ano passado. Também teve boas atuação no final do Brasileirão da Série B.
Ricardo Conceição Lucio Flavio
Cidade:
Rodrigo Tosi
Curitiba
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© Douglas Trevisan/Paraná Clube
© Douglas Trevisan/Paraná Clube
promessa:
© Divulgação Londrina Esporte Clube
CAPA
Sonho do
FICHA: Clube: Londrina Esporte Clube, Londrina-PR Fundação: 05/04/1956 Estádio: Estádio do Café Títulos: Paranaense (1962, 81, 92 e 2014), Paranaense Série Prata (1997, 99 e 2011) e Brasileiro Série B (1980) Site: londrinaesporteclube.com.br
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bi-campeonato É possível afirmar que o Londrina ressurgiu em 2014, um ano praticamente perfeito. Foi campeão paranaense após 22 anos e carimbou a vaga na Série C do Brasileiro. A base desse sucesso é dividida entre a organização exemplar fora de campo e o trabalho de longo prazo do técnico Claudio Tencati. A manutenção da parceria foi comemorada pelos torcedores. O treinador, que assumiu em abril de 2011, foi sondado por vários clubes do Brasil, mas permaneceu no Tubarão. A base do time campeão foi mantida e importantes reforços chegaram. Entre eles, o volante Germano, que estava no Coritiba, e os atacantes Neílson, Wéverton e Arthur, um dos destaques do estadual do ano passado e que estava no Flamengo. Entre as caras novas, o clube contratou o meia Fabinho (ex-Santos-AP), o experiente lateral-esquerdo Lino, que teve passagem pelo São Paulo, além do atacante nigeriano Henry Kanu (ex-Icasa).
© assessoria
© Divulgação Londrina Esporte Clube
promessa:
Nome: Lucas Ramon Batista Silva Posição: Lateral-direito Data de nascimento: 23/07/94
OPINIÃO DA IMPRENSA
TIME BASE: Técnico: Claudio Tencati
“O pensamento é de brigar pelo título, o inédito bicampeonato consecutivo. Se vai ser campeão, é outra coisa, mas acredito que o Londrina é um dos candidatos. É isso que o torcedor aqui na cidade está esperando.” Guilherme Lima, comentarista rádio Brasil Sul
Vitor Lucas Ramon Sílvio Germano Celsinho Arthur
Dirceu Allan Vieira
Formando nas categorias de base do SM Sports, Lucas Ramon é um lateral moderno: bom na marcação e com muita velocidade no apoio. “É um excelente jogador. Possui as características do Daniel Alves, do Barcelona. Tem tudo para se consolidar neste Campeonato Paranaense”, elogia Guilherme Lima.
Léo Maringá Rone Dias
Cidade:
Neílson
Londrina
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© Assessoria Maringá Futebol Clube
CAPA
FICHA: Clube: Maringá Futebol Clube, Maringá-PR Fundação: 27/11/2010 Estádio: Estádio Regional Willie Davids Títulos: Paranaense Série Prata (2013) Site: maringafc.com
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Manter o embalo Repetir a façanha de ser finalista do Campeonato Paranaense pode ser difícil, mas é um objetivo para os jogadores do Maringá. O primeiro passo foi dado pela diretoria, que manteve a base vice-campeã. São dez jogadores que formam a estrutura do time que sonha também com a conquista da vaga para o Brasileiro da Série D. Entre as novidades para reforçar a Zebra está o meia Danilo Rios, de 26 anos, que estava no Remo (PA) e já atuou por Atlético (MG) e Grêmio (RS). Outra cara nova é o lateral-direito Rhuan, de 22 anos, que veio do Coritiba.
© Assessoria Maringá Futebol Clube
© Assessoria Maringá Futebol Clube
promessa:
Nome: Luan Júnior Posição: Lateral-direito Data de nascimento: 28/12/93
OPINIÃO DA IMPRENSA “A expectativa com o time do Maringá é a melhor possível. Boa parte dos atletas que foram vice-campeões no ano passado permaneceu. A intenção é brigar forte por uma vaga na Série D do Brasileiro e, depois, pensar em algo mais. Acredito que os times do interior estão mais preparados e que os clubes da capital querem de volta a hegemonia.”
Fábio Augusto, jornal O Diário do Norte do Paraná
TIME BASE: Técnico: Claudemir Sturion
Ednaldo Rhuan Marcelo Xavier Serginho Paulista Eurico Gabriel Barcos
Fabiano Thiago Silva
O maringaense Luan Júnior é um dos xodós da torcida. Contratado em 2013, teve destaque na temporada do ano passado, conquistando visibilidade no time principal. Tem bastante qualidade no apoio ao ataque.
Zé Leandro Danilo Rios
Cidade:
Rafael Santiago
Maringá
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© Assessoria de Imprensa JMalucelli Futebol
CAPA
FICHA: Clube: JMalucelli Futebol, Curitiba-PR Fundação: 21/09/1998 Estádio: Ecoestádio Janguito Malucelli Títulos: Paranaense Série Prata (1998) e Copa João Havelange – módulos verde e branco (2000) Site: jmalucellifutebol.com.br
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Vez de brilhar “Este ano, o JMalucelli vai dar trabalho.” Essa afirmação é comum entre comentaristas esportivos antes do início de cada campeonato estadual. A projeção, invariavelmente positiva, é baseada no histórico do clube, que, na maioria das vezes, monta bons times e faz boas partidas. Também é conhecido por “tirar” pontos dos grandes da capital. Para o técnico Ary Marques, a principal motivação do time do Barigui é conquistar uma vaga na Série D do Brasileiro. “Acredito que podemos realizar uma boa competição indo jogo a jogo. Temos jogadores experientes que querem mostrar serviço. Vamos em busca dessa vaga. É fundamental para qualquer time ter um calendário para o ano todo e essa vaga nos dará isso.” O elenco do Jotinha é formado por atletas da base e jogadores bem conhecidos do futebol paranaense, como os zagueiros Leandro (ex-Coritiba), Diogo Alemão (ex-Paraná) e Gustavo (ex-Atlético), campeão brasileiro em 2001. Para o meio, o clube conta com a experiência do habilidoso Netinho (ex-Atlético).
© assessoria
© Assessoria de Imprensa JMalucelli Futebol
promessa:
Nome: Tomas Almino Bastos Silva Posição: Meia Data de nascimento: 30/40/92
OPINIÃO DA IMPRENSA “O time vai aliar novamente a experiência de jogadores como Bruno Batata e Netinho à juventude de atletas como Tomas, um dos artilheiros da Série B do ano passado, para sonhar um pouco mais alto no estadual. Essa mescla é uma das armas do técnico Ary Marques. O time tentará uma vaga Na Série D e também na Copa do Brasil.”
Julio Cesar Lima, repórter Paraná Portal
TIME BASE: Técnico: Ary Marques
Fabricio Cristovam Leandro Silva Camargo Tomas Getterson
Alex Fraga Fabinho Fernando Gomes Netinho
Meia de habilidade e que também atua na lateral esquerda, foi um dos destaques do Boa Esporte na Série B do ano passado. As boas atuações e os 15 gols na competição despertaram interesse de São Paulo e Botafogo, mas o jovem de 22 anos permanece no JMalucelli.
Cidade:
Bruno Batata
Curitiba
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Força do litoral FICHA: Clube: Rio Branco Sport Club, Paranaguá-PR Fundação: 13/10/1913 Estádio: Fernando Charbub Farah Títulos: Paranaense do Interior (1948, 54 e 2000) e Paranaense Série Prata (1995) Site: riobrancosportclub.com.br
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• Revista Só Futebol •
Campeão paranaense em 2007 com o Paranavaí, o técnico Amauri Knevitz tem agora missão de colocar o Rio Branco novamente em uma competição nacional. A diretoria montou um novo elenco, trazendo jogadores para todas as posições, além de utilizar promessas da categoria de base, que ficou na terceira colocação no Paranaense Sub-20. O maior destaque foi a contratação do meia Roger Guerreiro, de 32 anos. Experiente, o atleta já jogou no Corinthians e no Flamengo, além da Seleção Polonesa na Eurocopa de 2008, já que possui dupla cidadania. O presidente do Rio Branco, Thiago Campos, destaca a pré-temporada realizada por parte do elenco como ponto forte na preparação. “Começamos a trabalhar para este estadual em julho com os jogadores da base. Reforçamos o elenco trazendo atletas de qualidade, como o Roger Guerreiro, jogador de grande bagagem no futebol mundial e que irá nos dar mais consistência.” A meta no estadual é garantir uma vaga no Brasileirão da Série D. “Primeiro, vamos focar para classificar entre os oito primeiros e, depois, buscar algo mais, que pode ser uma vaga no Brasileiro”, afirmou Campos. Uma das novidades para este ano foi a parceria do Rio Branco com a empresa Vivamil, que irá estampar a marca na camisa do clube. “Pela primeira vez, fechamos um contrato de publicidade com uma empresa de fora de Paranaguá. É um marco para a história do clube. Ações como essa mostram o profissionalismo dessa diretoria, que busca sempre o melhor para o Rio Branco. Temos total confiança na Vivamil, uma empresa séria. O Rio Branco vai ganhar muito com essa parceria”, destacou Campos. O acordo também foi celebrado pelo gerente de operações da Vivamil no Brasil Tiago Zella. “É a primeira vez que fechamos uma parceria no futebol. Acredito que é a porta de entrada para o sucesso, já que a marca fica em visibilidade. O Rio Branco vai agregar muito à Vivamil, pois é uma equipe centenária, com tradição, e mexe com a paixão do torcedor muito fiel ao clube. Esperamos triplicar as vendas já no primeiro trimestre deste ano.”
© Assessoria/Rio Branco Sport Club
CAPA
© Lucas Costa © Assessoria/Rio Branco Sport Club
promessa:
PARCERIA DE SUCESSO
Nome: Marcos Roberto Gomes (Marquinhos)
Gerente Geral da Vivamil, Tiago Zella (direita), e o presidente do Rio Branco, Thiago Campos (esquerda), firmam a parceria para a nova temporada
Posição: Meia
TIME BASE:
Data de nascimento: 26/01/1994
Técnico: Marcelo Vilhena
OPINIÃO DA IMPRENSA “O Rio Branco tem um elenco bastante jovem, muitos estavam na boa campanha do clube no estadual sub-23. Essa juventude deve dar um estilo de jogo com bastante velocidade. Acredito que o time não vai passar por sustos neste campeonato, ficando na metade de cima da tabela.”
Elisio Junior, narrador rádio Difusora
Enderson Diogo Saraiva João Paulo Henrique Dieguinho Josi
Junior Goiano James
Um dos destaques do time no Campeonato Paranaense Sub-23, o habilidoso meia foi o artilheiro da competição. É uma das esperanças de gols do time de Paranaguá.
Alex Roger Guerreiro
Cidade:
Bruno Andrade
paranaguá
• Revista Só Futebol •
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© Assessoria/Futebol Clube Cascavel
CAPA
O estreante Clube: Futebol Clube Cascavel, Cascavel-PR Fundação: 23/01/2008 Estádio: Olímpico Regional Títulos: Paranaense Série Prata (2014) Site: fccascavel.com.br
Fundado em 2008, o FC Cascavel disputa pela primeira vez a elite do futebol paranaense. A conquista da Divisão de Acesso no ano passado consolidou a boa fase do caçula do estado. Sob o comando do ex-jogador Paulo Foiani, nomes importantes foram mantidos, como o experiente zagueiro Ávalos, de 37 anos (ex-Paraná e Santos), além do atacante Jorge Preá (ex-Palmeiras). Para reforçar, a diretoria trouxe atletas para quase todas as posições. Chegaram o goleiro Eduardo, o lateral-esquerdo Marquinhos, os volantes Cleber e Anderson Rosa e os meias Dewide e Renato Bueno. O nome mais conhecido é do atacante Henrique Dias, que, em 2008, marcou o gol que deu o título paranaense ao Coritiba.
OPINIÃO DA IMPRENSA “Acredito que o time vai brigar para permanecer na elite. A diretoria conseguiu manter a base do time campeão. Nenhuma contratação de peso foi feita, pois não é o principal objetivo. Tudo no Cascavel é feito com os pés no chão e isso é um ponto positivo da nova diretoria. O torcedor está feliz em ter um time da cidade de volta à primeira divisão.”
Deivid Souza, repórter rádios Capital FM/CBN
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• Revista Só Futebol •
promessa:
Nome: Anderson da Rosa Posição: Volante Data de nascimento: 11/03/1993 Jovem talentoso, começou a carreira nas categorias de base do Corinthians. Já atuou por clubes importantes como Bragantino e Avaí. É uma das principais apostas do Cascavel para a disputa do Paranaense.
© Assessoria/Futebol Clube Cascavel
FICHA:
© Luciano Mendes
FICHA: Clube: Operário Ferroviário Esporte Clube, Ponta Grossa-PR Fundação: 01/05/1912 Estádio: Germano Krüger Títulos: Paranaense Série Prata (1969) e Paranaense do Interior (1923, 24, 25, 26, 29, 30, 32, 34, 36, 37, 38, 40, 57, 58, 90 e 91) Site: operariofec.com.br
Fantasma à solta
Movido por uma torcida apaixonada, o Operário vai em busca da desejada vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. A missão não é fácil, mas o fator “casa” pode ajudar. Para comandar o time na busca por um espaço no futebol brasileiro, a diretoria trouxe Itamar Schülle, que comandou o Caxias na Série C do ano passado. “A vaga na Série D é o objetivo de todos. Meu, da comissão técnica e de cada atleta. Não vou prometer nada, mas vamos trabalhar muito para conseguir”, destacou o treinador. A diretoria montou um novo elenco, contratando mais de 25 jogadores. Entre as novidades estão três indicações de Schülle: o goleiro Vinícius, o zagueiro Fred e o volante uruguaio Juan Sosa.
OPINIÃO DA IMPRENSA “Mais um campeonato começa e a expectativa é a mesma: buscar a classificação para a Série D do Brasileiro. A diretoria trouxe jogadores com experiência nas Séries B, C e D. Há, também, a aposta no sócio-torcedor para manter o futebol.”
Leticia Cabral, repórter rádios Mundi FM e Central AM
promessa:
Nome: Paulo César de Oliveira (Paulinho) Posição: Atacante Data de nascimento: 20/07/92 Veloz e habilidoso, o atacante do Operário é uma das esperanças para balançar as redes dos adversários neste Campeonato Paranaense.
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© Élio Kohut
CAPA
Campeão Clube: Prudentópolis Futebol Clube, Prudentópolis-PR Fundação: 01/09/2007 Estádio: Newton Agibert Títulos: Paranaense Série Prata (2009) e Paranaense do Interior (2014) Site: prudentopolisfutebolclube.com.br
Repetir em 2015 o sucesso do ano passado é o maior objetivo do Prudentópolis. Nada mais natural, pois em 2014 o clube viveu o ano mais vitorioso de sua história ao conquistar, pela primeira vez, o título de Campeão do Interior. Com essa meta traçada, a diretoria manteve a maior parte dos atletas, além de promover alguns jogadores da categoria de base. Para reforçar o elenco, duas caras novas: o zagueiro Robenval (ex-JMalucelli) e o meia Alex Ricardo (ex-Cincão). Outro atrativo é o goleiro Doni, nascido na cidade.
OPINIÃO DA IMPRENSA “Acredito que o time pode fazer uma boa campanha neste estadual e – quem sabe? – repetir o ótimo campeonato do ano passado. Sempre com os pés no chão. Mas evitar o rebaixamento é o principal.”
Élio Kohut, repórter rádio Najuá
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• Revista Só Futebol •
promessa:
Nome: Davi Nascimento Ferreira Posição: Zagueiro Data de nascimento: 19/11/97 Formado nas categorias de base do Prudentópolis, o jovem zagueiro de apenas 18 anos é uma das revelações do clube para o Paranaense 2015.
© Assessoria Prudentópolis Futebol Clube
FICHA:
do interior
© Assessoria/Foz do Iguaçu Futebol Clube
O herdeiro FICHA: Clube: Foz do Iguaçu Futebol Clube, Foz do Iguaçu-PR Fundação: 10/08/1995 Estádio: ABC Site: fozfutebol.com.br
Apesar da terceira colocação na Divisão de Acesso, o Foz está na elite após quatro anos. O clube herdou a vaga do Arapongas, que desistiu de disputar o campeonato estadual. Com a vaga inesperada, alguns planos tiveram que ser alterados, como a desistência de aposentadoria do atacante Negreiros, que exercia o cargo de gerente de futebol e voltou aos gramados. Para dar peso ao jovem elenco, que tem alguns atletas emprestados pelo Atlético, foram contratados os zagueiros Leandro Silva e Alex, o lateral-esquerdo Carlão e o meia Safira. Mas o principal reforço veio para gol. Natural de Foz do Iguaçu, Edson Bastos, de 35 anos, vai disputar mais um Campeonato Paranaense. Após cinco estaduais e quatro títulos com a camisa do Coritiba, o experiente goleiro vai jogar em casa com a missão de ajudar o Foz a permanecer na primeira divisão.
OPINIÃO DA IMPRENSA “A vaga veio para o Foz em cima da hora e pegou todo mundo de surpresa. Acredito que o time deve brigar para se manter na elite. Pode até acontecer de ir mais longe, mas o principal objetivo é ficar na primeira divisão. O que vier a mais que isso é lucro.”
Ely Silva, repórter rádio Cultura de Foz do Iguaçu
promessa:
Nome: Eduardo Gabriel Aquino Cossa (Pepê) Posição: Atacante Data de nascimento: 24/02/1997 Com apenas 18 anos, o atacante Pepê faz parte de um grupo de seis jogadores que se destacaram no último Paranaense Sub-18. Ele terá a chance de ajudar o time principal a realizar uma boa campanha no estadual, mesclando experiência e juventude.
• Revista Só Futebol •
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© Élio Kohut
CAPA
De volta Clube: Nacional Atlético Clube, Rolândia-PR Fundação: 28/04/1947 Estádio: Erick George Títulos: Paranaense Série Prata (2003 e 2008) Site: nacionalac.com.br
à elite
promessa:
Após o vice-campeonato na divisão de acesso, que garantiu o retorno à primeira divisão, o Nacional espera se manter na elite e – quem sabe? – repetir a campanha de 2009, quando terminou na quarta posição. A diretoria manteve o técnico Rafael Andrade e boa parte do grupo de jogadores do ano passado, mas também foi ao mercado e fez contratações pontuais. Entre as novidades estão Mário Sergio (ex-Goiás), Xuxa (ex-XV de Piracicaba), Robson Alex, que veio do Deportivo Nueva Concepción, da Guatemala, e o trio que estava no Rio Branco (AC): Joel, Mateus Leoni e Josi.
OPINIÃO DA IMPRENSA "Acredito que o Nacional vai brigar para se classificar entre os oito melhores. Passando de fase, vai dar para saber se pode brigar por uma vaga na Série D. Mas acredito que é possível ficar entre a 6ª. e 7ª. colocação".
Carlos Sérgio da Silva - Nelinho, comentarista rádio Cultura de Rolândia
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© Divulgação
FICHA:
Nome: Tcharlles Batista Bispo Posição: Atacante Data de nascimento: 12/01/1992 Jovem promessa, o atacante de 23 anos disputa o estadual pelo time da cidade natal. É a esperança de gols do time do oeste paranaense.
Saúde
Quando o coração para A notícia de que um jogador teve problemas do coração em campo é sempre chocante, especialmente quando é fatal. O médico cardiologista Constantino Costantini nos ajuda a entender por que isso acontece com tanta frequência
P
roblemas cardíacos são responsáveis por uma série de mortes nos campos de futebol, em jogos oficiais, treinos, com times profissionais ou de base. Sem distinção, jogadores ainda morrem muito por problemas relacionados ao coração. Mas por que essas mortes são tão frequentes? Em uma conversa exclusiva com a Revista Só Futebol, o médico cardiologista Constantino Costantini falou sobre esses fatos recorrentes.
profissionais. Atletas amadores também estão propícios a ter uma manifestação praticando qualquer esporte. O que o senhor indica para evitar problemas maiores? Constantino Costantini: Qualquer atleta, mesmo que amador, deveria fazer um acompanhamento antes de começar a treinar. Muitas vezes, quando se analisa clinicamente, a pressão está normal, os pulsos arteriais estão bons, pode parecer que o paciente não tem nada de errado, mas é preciso fazer um eletrocardiograma de esforço em pessoas que querem correr uma maratona, por exemplo.
Revista Só Futebol: O risco de ter um problema cardíaco não é exclusivo apenas dos jogadores
Revista Só Futebol: Existe uma faixa etária tanto para jogadores de futebol quanto para
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Revista Só Futebol: Mesmo com acompanhamento médico dos times, ainda acontecem muitos casos de morte em campo de jogadores com problemas cardíacos. A que o senhor atribui essa situação? Constantino Costantini: Essas fatalidades em campo não se contabilizam, elas são inúmeras. O que vemos é o que sai na imprensa, mas existem casos de atletas que jogam no interior, em times de base. A morte no esporte acontece porque existe uma doença básica no coração ou na parte vascular do indivíduo e algumas deformidades no sistema arterial-cerebral, que também podem ser fatais. Um aneurisma cerebral que passa despercebido porque não foi investigado também pode causar a morte. Mas é impossível investigar todos os jogadores quanto a um problema arterial-cerebral, pois não há exames que possam avaliar todos os problemas e alguns dos que existem são muito invasivos. Já na
parte cardíaca, eu acho que a forma como se investiga ou avalia os jogadores deixa muito a desejar. É caro para os clubes, então não se faz. Nos primórdios da minha clínica, quando fizemos um check-up esportivo nos jogadores do Atlético Paranaense, tinha um jogador de Seleção Brasileira que nunca tinha feito um
“Qualquer atleta, mesmo que amador, deveria fazer um acompanhamento antes de começar a treinar.” © Divulgação
atletas amadores na qual o risco de problemas cardíacos é maior? Constantino Costantini: Não existe um risco “maior”. Normalmente, a pessoa nem sabe que tem esse problema. Tem um teste que chamamos de programação de exercício, que se faz baseado em como é a resposta cardiorrespiratória do indivíduo. Então, é realizada uma ecoespirometria. Com o resultado do exame, o médico oferece uma programação de exercícios progressivos específica para cada paciente.
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Saúde
ecocardiograma. Estou falando de 12 anos atrás, mas esse jogador nunca tinha feito o exame. Hoje, nós, aqui, fazemos avaliação dos jogadores do Coritiba, do Atlético Paranaense, do Paraná Clube e do J Malucelli e somos muito rigorosos. Mas, de uma maneira geral, esse tipo de avaliação só se faz em um grupo muito seleto de jogadores de futebol.
Revista Só Futebol: O jogador Everton Costa, do Vasco da Gama, recentemente teve uma arritmia. Ele esteve afastado dos campos e agora recebeu o implante de um desfibrilador. A classe médica se divide com relação ao retorno desse jogador a campo após o implante. Qual é a sua opinião? Constantino Costantini: Eu não opino. Eu ficava muito chateado no caso do Washington* porque muitas pessoas falavam sem saber absolutamente nada do que tinha acontecido com ele, do que tinha sido feito e de como nós tínhamos avaliado para liberá-lo. Não gosto de opinar em coisas que eu não sei. por: Priciane Crocetti © Divulgação
Revista Só Futebol: Muitos casos de mortes de jogadores envolvem o mal súbito como causa. O mal súbito em atletas pode estar relacionado ao esforço do esporte? Constantino Costantini: O mal súbito faz o coração parar de bater por uma alteração elétrica e pode estar relacionado a uma doença cardíaca que se manifesta no esforço. Às vezes, a arritmia se manifesta com o corpo em movimento, alguma má formação do músculo descobre-se na prática
de exercícios, por isso não dá para analisar o paciente apenas no repouso, existem alguns problemas que só aparecerão em atividade.
CORAÇÃO EM DIA
Washington, paciente de Constantini, voltou aos campos graças aos seus cuidados
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*O jogador teve uma lesão cardíaca enquanto jogava no Fenerbahçe, da Turquia, e passou por um cateterismo e uma angioplastia. Dispensado da equipe turca, chegou a Curitiba, tornando-se uma aposta de risco feita pelo Atlético. Costantini foi o único a aceitar o desafio de colocar Washington de volta aos campos.
Papo cabeça
O tabelião
coxa-branca Recém-eleito presidente do Coritiba, Rogério Bacellar explica os planos para o mandato e como vai conciliar o novo cargo com o trabalho em seu cartório
E
ntre os anos de 1956 e 1960, o Coritiba conquistou quatro das cinco edições do Campeonato Paranaense. Em 1967, o time alviverde recebeu a seleção da Hungria, que havia vencido o Brasil na Copa do Mundo no ano anterior. A partida realizada no estádio Belfort Duarte (antigo Couto Pereira) acabou com vitória coxa-branca por 1 a 0. Quatro anos depois, em duelo realizado pela primeira fase do Campeonato Brasileiro de 1971, o Coritiba realizou a façanha de bater o Santos, com Pelé em campo. À primeira vista, os títulos do final da década de 1950, as vitórias sobre a seleção da Hungria e o endiabrado Santos de Pelé não parecem ter muita relação. No entanto, para Rogério Bacellar, recém-eleito presidente do clube do Alto da Glória, as conquistas evocam algumas das memórias que ele guarda com carinho de
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sua longa trajetória como torcedor alviverde, opção futebolística que vem de berço e é compartilhada por toda a família. “Desde muito pequeno, quando a arquibancada ainda era de madeira, eu já vinha ao Belfort Duarte. Posso dizer que venho desde que nasci e acompanhei jogos maravilhosos. Toda minha família é torcedora do Coritiba e eu já nasci coxa-branca. Agora, resolvi retribuir todo esse amor que tenho pelo Coritiba em forma de trabalho e dedicação”, conta Bacellar, eleito no fim de 2014 para um mandato que vai até 2017. Com a promessa de colocar a casa em ordem, organizar as finanças e disposto a dar um passo atrás agora para andar vários para a frente em um futuro próximo, Rogério Bacellar não nega que pretende utilizar o conhecimento adquirido ao longo de sua carreira para renovar o Coritiba. Formado em Direito, o novo presidente coxa-branca destacou-se principalmente na área notarial.
© Marcos Freitas
“Resolvi retribuir todo esse amor que tenho pelo Coritiba em forma de trabalho e dedicação.”
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Papo cabeça Hoje, ele é dono do Tabelionato Bacellar, cartório em Curitiba, e ainda preside a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR) e a Federação Brasileira dos Notários e Registradores do Brasil (Febranor), desafios certamente bem diferentes dos que terá pela frente a bordo da embarcação alviverde, mas nada que preocupe o escolado tabelião. “Quero trazer minha experiência profissional de tabelião e presidente de associações e entidades representativas para dentro do Coritiba. Pretendo fazer um trabalho de reestruturação, tanto nas partes administrativa e financeira quanto no futebol, sempre dando ênfase à formação de atletas, para que o Coritiba não dependa apenas de contratações no futuro”, resume o presidente, que é conselheiro do clube desde 2010. Para atingir o complicado objetivo de reestruturar o clube e arrumar as finanças alviverdes, Rogério Bacellar já implementou corte de gastos, reduziu a folha salarial em mais de 50% e deixou bem claro que não contratará nenhum jogador que estiver fora da realidade financeira do clube. Para isso, ele conta com o apoio de sua comissão técnica e com o comprometimento de correr um
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risco agora para ver um Coritiba mais bem estruturado até o começo do ano que vem. “Antes, o nosso orçamento estava muito inchado, com contratações equivocadas que nós esperamos não repetir. Por isso, montamos uma comissão técnica conduzida pelo Ernesto Pedroso (vice-presidente de futebol), pelo João Paulo Medina (superintendente de futebol), pelo André Mazzuco (coordenador técnico) e também pelo Marquinhos Santos. Eles formam a equipe que sai para contratar os jogadores, dentro da nova estrutura financeira do Coritiba, com uma filosofia bem ‘pés-no-chão’. Só vamos contratar o jogador que for indicado pela comissão e estiver dentro da nossa política salarial”, explica o presidente. Nos primeiros dias de experiência à frente de um clube de futebol, Rogério Bacellar já percebeu que não terá vida fácil no comando do Coritiba. Acostumado com um trabalho diferente no cartório e na presidência de associações (também já foi o “homem forte” da Associação dos Notários e Registradores do Brasil), o dirigente começa a entender como funciona o novo cargo e já se irritou com a forma como os
“Quero trazer minha experiência profissional de tabelião e presidente de associações e entidades representativas para dentro do Coritiba.” empresários de atletas dominam as negociações por contratos. “A gente não pode ficar refém dos empresários. Temos que ter uma ligação que seja melhor para o Coritiba do que para o empresário. O atleta tem que estar contente e o clube, também. O empresário está trabalhando pelo atleta e deve ganhar do atleta, e não dos dois lados. Estamos trabalhando para moralizar essa relação e queremos ter um tratamento em que sempre o Coritiba saia beneficiado”, avisa Bacellar, preparado para três anos em que terá que conciliar o dia a dia no cartório com a estafante rotina de vitórias e derrotas de um time de futebol. por: Mahani Siqueira
© Marcos Freitas
ESTE É BACELLAR NA BASE DO DIÁLOGO, PERO NO MUCHO Rogério Bacellar garante ser um gestor aberto ao diálogo e às conversas, mas promete cobrar rigorosamente todos os profissionais do clube. “Meus diretores e vice-presidentes podem ter certeza de que eu sempre exigirei uma atitude vencedora, tanto dentro de campo quanto na administração.”
ENTRE ISCAS E CHUTEIRAS Hoje, o principal passatempo de Rogério Bacellar – segundo o próprio – é assistir a jogos do Coritiba. Passou a época em que pescar e jogar futebol eram atividades corriqueiras em sua vida. “Hoje, estou muito barrigudo para jogar bola”, brinca.
UM PRESIDENTE NATO Essa é a primeira experiência de Rogério Bacellar na diretoria de um clube de futebol, mas vivência em cargos de presidente ele tem de sobra. Foi presidente da Associação dos Serventuários de Justiça do Paraná (Assejepar) e é o atual mandachuva da Federação Brasileira dos Notários e Registradores do Brasil (Febranor) e da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR).
CONSELHO DE AVÔ Perguntado como vai fazer para conciliar o cargo no Coritiba com outros trabalhos, Bacellar relembrou de uma frase do seu avô, que disse que uma pessoa ocupada sempre terá tempo para resolver um problema a mais, enquanto os desocupados vão arranjar desculpas. “Se o tempo for dosado da maneira certa, é possível fazer tudo bem feito”, garante.
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treinador
A espera acabou Finalmente efetivado como treinador do Paraná Clube, Luciano Gusso acredita em reformulação e muito trabalho para dar novo rumo ao Tricolor
E
m janeiro de 2014, Luciano Gusso – então técnico da equipe sub20 do Paraná Clube – provavelmente não esperava que os 12 meses seguintes trariam tantas novidades em sua carreira profissional e também na comissão do time tricolor. Depois de passar um ano na coordenação das categorias de base do clube, ele viu Milton Mendes começar a temporada à frente da equipe principal e ser desligado após a eliminação no Campeonato Paranaense. Promovido a auxiliar técnico (e cotado para assumir o cargo máximo em algumas oportunidades), Gusso acompanhou de perto os breves trabalhos de Ricardo Drubscky, Claudinei Oliveira e Ricardinho. Com o fim do Campeonato Brasileiro e depois de mais uma temporada decepcionante para o Tricolor, a diretoria resolveu botar em prática o que já vinha ensaiando. Um ano e quatro treinadores depois, Luciano Gusso finalmente é o
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técnico do time principal do Paraná Clube. “Tenho o desafio de voltar a fazer do Paraná um clube vencedor. Estamos no início do processo, mas muito confiantes em um bom resultado, graças a todo o projeto feito junto à diretoria e também à mobilização de todo mundo no clube. Conheço as pessoas que trabalham aqui, sei como as coisas são conduzidas e tenho muito a ajudar dentro desse processo. Tenho vivenciado muitas situações ao longo desses dois anos que com certeza vão acabar contribuindo no trabalho”, afirma
TRAJETÓRIA Além dos dois anos vivendo a rotina do clube, Luciano Gusso também pode dizer que tem uma história diretamente ligada às raízes da equipe que, a partir do Campeonato Paranaense de 2015, ele terá a responsabilidade de comandar dentro de campo. Revelado pelas categorias de base do Pinheiros, onde também jogou futsal, o atleta deu os primeiros passos na carreira – que continuou em
© Lucas Costa
“Tenho o desafio de voltar a fazer do Paraná um clube vencedor. Estamos no início do processo, mas muito confiantes em um bom resultado.”
Contra a parede? Nada disso. Luciano Gusso garante estar totalmente à vontade em seu início de trabalho no Tricolor
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© Lucas Costa
treinador
O novo treinador paranista já avisou: trabalho duro será a principal arma do time em 2015
clubes como São Paulo, o próprio Paraná Clube em 1990, o Coritiba e o Uberlândia – e chegou a ser convocado para a equipe sub-20 da Seleção Brasileira. Como treinador, Gusso já esteve no Oriente Médio – passagem que considera fundamental em sua trajetória à beira dos gramados – e comandou times como JMalucelli, Corinthians Paranaense e Paranavaí antes de retornar ao Tricolor como coordenador das categorias de base. A identificação com o Paraná, que vem do fim da década de 1980, só tem a ajudar, segundo o próprio treinador. “As pessoas sabem quem você é, sabem o serviço que você já prestou, seja como atleta, treinador ou coordenador
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técnico. Essa identificação é muito importante, porque já gera um ambiente favorável e facilita a relação com todo mundo no clube, que já me conhece bem. Jogar no Paraná Clube, com que eu sempre tive uma identificação, foi um prazer muito grande, pois é o clube onde eu me projetei como profissional. Como treinador, vejo esse momento agora como um dos mais importantes da minha carreira”, avalia o técnico.
O FUTURO Prestes a iniciar o desafio de dar ao torcedor paranista mais alegrias do que nos últimos anos, Gusso refuta a ideia de sentir qualquer pressão no novo cargo – embora saiba da
responsabilidade, garante que o trabalho duro será a principal arma do time no decorrer do ano e tem os seus motivos para acreditar que 2015 terá desfechos bem mais animadores. “Confio no trabalho de reestruturação e nesse projeto comprometido de fazer um Paraná melhor do que o dos últimos anos. Então, eu acredito que o torcedor tem que estar esperançoso, assim como nós, aqui dentro do clube, também estamos. Claro que tem algumas coisas que ainda vamos precisar trabalhar para que melhorem, mas estamos acreditando muito em todo esse processo”, completa, determinado a fazer o que boa parte dos seus vários antecessores não conseguiu. por: Mahani Siqueira
Em entrevista à Revista Só Futebol, Luciano Gusso deu declarações que todos os torcedores paranistas – otimistas ou não – vão querer ler.
“É importante fazer um bom estadual nesse começo de trabalho. Na sequência, já tem o início da Copa do Brasil e, querendo ou não, o Paraná Clube é tido como um time grande, então tem uma responsabilidade grande no Paranaense.”
© Lucas Costa
FALA, GUSSO
“Não me sinto pressionado. Estou bem à vontade, principalmente pela confiança que existe no meu trabalho e no projeto de toda a comissão técnica. Acho que a experiência me ajuda a ficar mais tranquilo. Mas claro que sei da importância que é estar à frente de um clube com a camisa que tem o Paraná Clube.”
“Tenho falado muito que o Paraná Clube não pode entrar em uma competição só para disputar. Pelo tamanho, o time tem que jogar para estar entre os primeiros, independentemente do campeonato que esteja disputando.” “Acompanhei diretamente o último jogo do Paraná Clube na Copa São Paulo, mas estava conversando diariamente com o treinador Cuca sobre os atletas. Temos interesse em trazer alguns jogadores do time que jogou a Copa São Paulo para a equipe principal durante essa temporada.”
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os d t u r
a
F
Copa São Paulo de Futebol Júnior
Equipes do Trio de Ferro aproveitam a Copa São Paulo de Futebol Júnior para buscar reforços para seus elencos dentro de casa
O
a
C
o pin h
futebol está cada vez mais caro. Jogadores e treinadores com salários altos muitas vezes impossibilitam times de trazer atletas de nível médio devido aos altos custos. A melhor solução para o futebol dos dias de hoje é buscar reforços dentro do próprio clube e investir nas categorias de base. Atletas jovens, buscando um lugar ao sol, com baixos custos e possibilidades de retornos maiores. Algumas competições possibilitam uma grande vitrine para esses jovens atletas e a mais famosa de todas ocorreu no mês de janeiro. A Copa São Paulo de Futebol Júnior já é tradição nos calendários dos clubes e é cada vez mais visada, tanto que grande parte dos jogos dos grandes clubes é televisionada por canais fechados e a final é transmitida nos canais abertos.
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O Trio de Ferro – Atlético, Coritiba e Paraná – novamente marcou presença no torneio. Por coincidência, as três equipes foram eliminadas na segunda fase, no mata-mata. Coritiba e Paraná amargaram a eliminação invictos, sem nenhuma derrota dentro da competição e a volta para casa carimbada nos pênaltis. As duas equipes também conquistaram a classificação como primeiros de seus grupos. O Atlético passou como segundo colocado do grupo e pegou uma das vagas por índice técnico. Logo de cara, pegou o São Paulo e foi derrotado em um jogo que gerou muita polêmica com o gol da vitória do time paulista. Entre os times paranaenses, o Coritiba foi o que teve a melhor campanha e o melhor ataque, com 14 gols marcados. O Paraná teve a melhor defesa, apenas dois gols sofridos. E o Atlético, junto com o Coritiba, o time menos faltoso. Confira um resumo das campanhas e os destaques de cada equipe na Copa São Paulo de Futebol Júnior 2015.
Atlético Paranaense © Divulgação
A campanha do Atlético Paranaense não foi das melhores na Copinha. O Furacão conseguiu a classificação para a segunda fase pelo índice técnico, como um dos melhores segundos colocados entre todos os grupos. Participante do grupo Y, com sede em Guarulhos, o rubro-negro enfrentou o Palmeiras (RN), o São Caetano e o Flamengo (SP), time da cidade. Apesar das dificuldades, alguns atletas chamaram atenção e conseguiram destaque. Os principais nomes da campanha atleticana foram dois meias. Crysan deve ser figura certa no time sub-23 do Atlético Paranaense, que disputará o campeonato estadual, e, inclusive, já desperta a curiosidade dos torcedores. Bruno Mota, capitão do time na competição, também mereceu destaque, mas chamou ainda mais a atenção por ter integrado o elenco principal que fez pré-temporada na Europa. O meia foi junto com os principais jogadores do Furacão e deve ser nome certo para o Campeonato Brasileiro deste ano.
Campanha CAP Copa São Paulo: J 4
V 2
E 1
D 1
GP 10
Artilharia: GC 6
S 4
CA 7
CV 1
TF 48
J-Jogos; V-Vitórias; E-Empates; D-Derrotas; GP-Gols; GC-Gols sofridos; S-Saldo de gols; CA- Cartões amarelos; CV-Cartões vermelhos; TF-Total de faltas
3 gols Bruno Mota e Crysan 2 gols Chico 1 gol
José Ivaldo
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Copa São Paulo de Futebol Júnior
© Comunicação Coritiba
Coritiba A equipe do Coxa foi eliminada da Copa São Paulo de Futebol Júnior sem sofrer nenhuma derrota sequer. Estranho? Não. Na segunda fase da competição, no sistema mata-mata, o Verdão foi eliminado nos pênaltis pela equipe do Vitória. O time de juniores do Coritiba estava no grupo M, com sede em Paulínia, ao lado do próprio time da casa, o Red Bull Brasil (SP), e do São José (AP), que sofreu para o Coritiba uma das maiores goleadas da competição: 8 a 0. Apesar do revés um pouco cedo, o Coritiba parece ter gostado da atuação de seus atletas. Muitos já devem figurar nas primeiras rodadas do Campeonato Paranaense, que será disputado no início pelo time sub-23 do Coxa. Os atletas Thiago Coelho (goleiro), Luccas Barreto (meia), Henrique (lateral-esquerdo), Juninho (zagueiro) e Rodrigo Ramos (lateral-direito) já disputaram até amistosos de preparação com a equipe que disputará o estadual. Dentre esses jogadores, o meia Luccas Barreto é considerado a maior promessa e foi o grande destaque do Coritiba na Copinha.
Coritiba x Vitória
Lucas Barreto durante a partida da segunda fase da Copinha
Artilharia: Campanha Coxa Copa São Paulo: J 4
V 3
E 1
D 0
GP 14
5 gols Luccas Barreto GC 4
S 10
CA 7
CV 0
TF 48
J-Jogos; V-Vitórias; E-Empates; D-Derrotas; GP-Gols; GC-Gols sofridos; S-Saldo de gols; CA- Cartões amarelos; CV-Cartões vermelhos; TF-Total de faltas
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3 gols Kady 2 gols Douglas e Raphael 1 gol
Juninho e Fernando
© Douglas Trevisan/Paraná Clube
Paraná
Artilharia:
1 gol
Alex Brilhante, Diego, Elivelton, Gabriel, Yan
O Paraná Clube fez parte do grupo A da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com sede na cidade de Tanabi, os adversários do Tricolor, que passou em primeiro do grupo, foram o Mirassol, o Atlético de Itapemirim e o próprio Tanabi. Na segunda fase, o Paraná enfrentou o Grêmio e, assim com o Coritiba, foi eliminado da competição sem sofrer nenhuma derrota. Após empate em 1 a 1, o Tricolor perdeu nas penalidades por 10 a 9 e voltou para casa. Dois atletas que se destacaram na Copinha já vestiram a camisa do Tricolor no time principal. O zagueiro Renan e o atacante Yan Phillipe participaram na estreia do clube no estadual. O avante agradou a torcida, mas uma contusão o fez perder sequência na competição. Alguns outros nomes também são cotados para aparecerem ainda neste paranaense, como o do atacante Alex Brilhante. O grande forte do Tricolor na Copinha foi o sistema defensivo e o conjunto. por: Rafael Falavinha
Campanha Paraná Copa São Paulo: J 4
V 2
E 2
D 0
GP 6
GC 2
S 4
CA 7
CV 1
TF 57
J-Jogos; V-Vitórias; E-Empates; D-Derrotas; GP-Gols; GC-Gols sofridos; S-Saldo de gols; CA- Cartões amarelos; CV-Cartões vermelhos; TF-Total de faltas
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imprensa
Golaço
em qualquer área © Arquivo pessoal
Em 19 anos de carreira, Cristian Toledo já atuou em várias posições: repórter, colunista, locutor e comentarista. Neste ano, ele encara um novo desafio no jornalismo esportivo
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“Não há aventura maior do que o que vem pela frente. Estou muito feliz em poder enfrentar mais um desafio, o que é algo constante na nossa profissão.”
pronto para escrever, fazer um boletim ao vivo na rádio, aparecer na televisão e também para lidar com as novas mídias que estão surgindo. É preciso estar emocionalmente pronto e tecnicamente preparado.”
PAIXÃO Mesmo jogando em todas as posições, Toledo não esconde a preferência pelo rádio. “Foi uma grande sorte já começar nesse meio, que me acompanhou durante toda a minha carreira. O que me faz gostar tanto de rádio é a adrenalina, a instantaneidade da informação e a autonomia. Eu já falei ao vivo direto de um orelhão, de dentro de um ônibus e a emoção de transmitir um jogo do estádio, com a vibração da torcida, é algo único.” Prestes a completar 20 anos dedicados ao jornalismo, ele se prepara para encarar um novo desafio profissional: fazer transmissão esportiva em TV aberta. “É algo que eu nunca fiz, então estou muito ansioso para saber como vai ser. Em tudo o que eu fiz nesses anos de jornalismo, sempre
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esde os cinco anos de idade, o curitibano Cristian Toledo já falava para os pais que queria ser jornalista. A determinação foi tanta que logo no segundo ano de faculdade ele já conseguiu seu primeiro emprego numa rádio de Curitiba, área que seria sua grande paixão durante os 19 anos de carreira. Entre coberturas de eleições e matérias de economia, a dedicação ao jornalismo esportivo tomou conta da rotina profissional em todos os veículos pelos quais passou, indo do impresso à televisão, desafio que encara com ainda mais seriedade – e ansiedade – em 2015. “O jornalismo é fascinante em qualquer área ou veículo, e o jornalismo esportivo tem que ser tratado como qualquer editoria, pois você tem a mesma obrigação, que é oferecer uma informação correta e de qualidade para o seu leitor”, afirma, indicando que o profissional que não estiver disposto e capacitado para atuar em diferentes veículos não conseguirá mais se encaixar em um mercado de trabalho tão exigente. “Para mim, isso sempre foi muito normal, até pelo fato de várias vezes trabalhar em dois locais diferentes. Não dá mais para dizer que você faz um determinado tipo de trabalho e não outro. Você tem que estar
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imprensa tive experiências novas que me deram muito prazer e muito orgulho. Todos os lugares pelos quais eu passei me ensinaram muito, desde a menor rádio onde comecei ainda na faculdade até chegar, agora, à maior emissora televisiva do estado.”
LIÇÕES APRENDIDAS
Toledo ESTÁ OFF-LINE Até para evitar esse assédio de leitores mais radicais, Toledo é reservado na internet. Ele não tem perfil no Facebook, usa o Twitter apenas para divulgar notícias e sua conta no Instagram é
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Como em qualquer situação da vida, muitos desses ensinamentos vêm a partir de alguns erros, e o jornalista acredita que ser honesto é a principal ferramenta para contornar esse tipo de situação. “Você pode gaguejar, errar algum plural ou se perder quando está falando ao vivo, mas isso são falhas, eu acho que o pior de todos os erros, o mais grave, é dar uma informação errada. Quando isso acontece, é preciso ter seriedade, reconhecer a falha e corrigir a notícia.”
Sobre as críticas, Toledo acredita que elas não podem influenciar no trabalho do jornalista. “Você nunca vai ser o cara mais adorado e nem o mais odiado, e isso não pode mudar a sua cabeça. Nós, que trabalhamos com esportes que mexem com a vida e a paixão das pessoas, somos alvo fácil para críticas, mas se você estiver certo de que está dando o seu melhor e fazendo um bom trabalho, é só seguir em frente e não deixar que isso tire sua concentração e determinação.”
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“O jornalismo esportivo tem que ser tratado como qualquer editoria, pois você tem a mesma obrigação, que é oferecer uma informação correta e de qualidade para o seu leitor.”
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praticamente só para amigos. “Não vejo necessidade de expor minha opinião nas redes sociais. Milhares de pessoas sempre me ouviram no rádio e agora na televisão, e é no trabalho que eu faço meus comentários. É claro que toda pessoa tem o direito de discordar das minhas críticas, e quando eu recebo algum retorno sobre isso de uma forma tranquila, é ótimo aceitar, reconhecer e continuar fazendo um trabalho com seriedade,” Mesmo estando particularmente ausente de algumas redes sociais, Toledo acredita que o futuro do jornalismo está, sim, na internet, já que é uma ferramenta que pode suportar todas as outras mídias. “Estamos rumando para uma grande convergência. Você pode assistir à TV pela internet, pode ouvir rádio, pode ler centenas de textos diferentes, de diferentes pessoas e fontes. Não temos como fugir dela, o grande desafio é encontrar a melhor forma para lidar com essa audiência, que é tão grande ou até maior que a de outros veículos.” O sonho de infância de cobrir uma Copa do Mundo Toledo já realizou, assim como acompanhar o trio de ferro da capital no exterior. “Tive a oportunidade de cobrir a disputa da Libertadores do Coritiba e do Atlético, e fui até a Ucrânia acompanhar o Paraná Clube. Também me orgulho muito de ter sido homenageado pelos meus colegas de profissão e ter dado uma ‘cara’ diferente aos programas de futebol”, aponta. Mas, segundo o jornalista, sua trajetória está chegando ao auge agora, trabalhando na maior emissora de TV aberta do Paraná. “Não há aventura maior do que o que vem pela frente. Estou muito feliz em poder enfrentar mais um desafio, o que é algo constante na nossa profissão.” por: Bruna Bill
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VEM AÍ
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Eleição
Oposição duplicada
Com o apoio dos clubes, Ricardo Gomyde e Juliano França Tetto juntam as propostas em uma única chapa na campanha pela presidência da FPF e propõem revolução 58
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U
m deles tem uma longa história na política e no esporte do Paraná. O outro foi advogado da Federação Paranaense de Futebol durante toda a gestão do atual presidente, Hélio Cury. Juntos, os dois planejam uma grande revolução na principal entidade de futebol do estado. No comando da chapa Futebol Paranaense Forte, Ricardo Gomyde – candidato a presidente –, e Juliano França Tetto (vice-presidente) anunciaram a união entre suas propostas para tentar assumir o comando da FPF a partir de abril. A princípio, os dois concorreriam por chapas diferentes, mas resolveram se juntar para fortalecer a oposição, que já conta com o apoio dos principais clubes do Paraná. “Graças à minha história como Secretário dos Esportes do Paraná entre 2003 e 2009, recebi um convite dos clubes para me candidatar ao cargo. A união com a chapa do Tetto é de extrema importância e cria uma condição muito favorável para essa candidatura”, destaca Ricardo Gomyde, que além do cargo no Paraná Esportes, teve efetiva
participação na briga para garantir Curitiba como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Com o suporte de Atlético, Coritiba, Paraná Clube e Londrina, a chapa encabeçada por Gomyde e França Tetto promete a abertura de um amplo canal de diálogo com órgãos como a CBF e o governo do Estado. Os candidatos defendem, ainda, um apoio total aos filiados, sejam amadores ou profissionais, a criação de mais ligas e a busca por novos patrocínios. “Vamos trabalhar para que o futebol paranaense seja forte novamente, algo impossível se a FPF não tiver um diálogo com o governo e com a CBF. Eles podem nos ajudar de diversas formas e essa conversa será um dos principais pilares da federação durante meu mandato. Pretendo angariar recursos e patrocínios que farão toda a diferença na forma como o futebol é gerido. Minha campanha será feita com propostas viáveis e executáveis e espero conseguir a eleição para dar início a essa nova federação”, completa Gomyde. A eleição, que acontece em abril, terá então duas chapas: uma de oposição, que tem Ricardo Gomyde à frente, e a do atual presidente, Hélio Pereira Cury. por: Mahani Siqueira
ATLETIBA ENGAJADO Dentro de campo, Coritiba e Atlético jamais deixarão de ser rivais ferrenhos. Na campanha para a presidência da FPF, no entanto, a dupla está unida e engrossa o coro que pede mudanças na gestão de futebol do estado. Veja o que falaram os presidentes dos dois clubes.
“A partir da união dos clubes, vamos reerguer o futebol do Paraná. O Gomyde transita muito bem no meio do futebol e teremos mais representatividade nacional.”
“Viveremos um novo momento no futebol paranaense. Os principais clubes da capital e do interior estão se unindo para recuperar o tempo perdido e buscar o fortalecimento de todos os clubes profissionais, amadores e ligas.”
Rogério Bacellar, presidente do Coritiba.
Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético.
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Patrocínios
Muito além da
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camisa
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Clubes e empresas apostam em novas estratégias de marketing para aumentar a receita e a fidelidade dos torcedores
N
ão é apenas dentro de campo que os times precisam suar a camisa. Para conseguir investimentos dos patrocinadores, além de bons resultados, os clubes precisam ter uma boa gestão financeira e atrair investidores, algo que nem sempre é fácil no futebol brasileiro. “Infelizmente, a maioria dos grandes clubes ainda é administrada de forma amadora, sem profissionais qualificados em gestão de empresas, o que afasta os investimentos de grandes patrocinadores”, aponta Fernando Ferreira, diretor da Pluri Consultoria. Administrar um clube de futebol definitivamente não é uma tarefa fácil. Além de precisar pagar os salários de treinadores, equipe técnica e de seus jogadores, os custos administrativos e a gestão dos patrimônios são decisivos para ter uma boa saúde financeira. “Nossas análises apontam itens como
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governança, transparência, dívidas e patrimônio. Se um clube tem uma boa gestão e alcança bons parâmetros, será mais confiável para o mercado e irá atrair mais parceiros”, explica Ferreira. Entre os últimos rankings feitos pela Pluri Consultoria, Atlético, Coritiba e Paraná aparecem em boas colocações no cenário nacional. O Furacão ocupou a quinta posição no ranking nacional de clubes com melhor estrutura financeira em 2013, atrás apenas de São Paulo, Corinthians, Internacional e Flamengo. Para Ferreira, isso é sinal de progresso administrativo. “O Atlético tem administradores que já estão olhando o futebol como uma empresa, feita para gerar lucros. O Flamengo e o São Paulo também são times que estão caminhando neste sentido e o Real Madrid é o maior exemplo mundial de boa administração.” Parte fundamental da gestão de patrocínios são as estratégias de marketing adotadas pelo clube em parceria com seus investidores. Ferreira
explica que, atualmente, as empresas esperam muito mais dos clubes. “Não basta mais você colocar um preço alto pela sua camisa e oferecer em troca apenas relatórios de ativação e exposição da marca. Muitas vezes, isso pode acontecer de maneira negativa, o que faz os empresários fugirem desse tipo de investimento”, dispara. Desde 2012, a Caixa Econômica Federal se tornou um dos maiores patrocinadores do futebol brasileiro, com mais de R$ 105 milhões de reais investidos em clubes por todo o Brasil somente no ano passado, inclusive das séries de acesso à elite. De acordo com a assessoria de impressa do banco, a iniciativa teve o propósito de transmitir ao público uma mensagem de dinamismo para o rejuvenescimento da marca. Este ano, os investimentos devem ficar muito abaixo e alguns contratos não foram renovados. Atlético e Coritiba receberam R$ 6 milhões em patrocínio, mas os contratos se encerram em junho e maio, e a Caixa ainda não anunciou a renovação.
“Não basta mais você colocar um preço alto pela sua camisa e oferecer em troca apenas relatórios de ativação e exposição da marca. O endosso e a parceria entre os clubes e as marcas podem gerar muito mais lucro.” Fernando Ferreira, diretor da Pluri Consultoria.
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Patrocínios
Carlos Abilhoa, gerente de trade marketing da TIM Sul e Ernesto Pedroso, vice-presidente do Coritiba
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Mauro Holzmann, diretor executivo de marketing e comunicação do CAP, Sallim Emed, vice-presidente do Atlético Paranaense e Carlos Eduardo Spezin Lopes, diretor comercial da TIM Sul
Para Ferreira, esse é um tipo de investimento que não funciona mais e a parceria e o endosso da marca junto ao clube e aos torcedores são as melhores estratégias atualmente. “A Ambev e a TIM são empresas que estão conseguindo tomar outro rumo. Elas desenvolvem, por exemplo, um aplicativo do clube, isso é endosso e parceria, que pode gerar muito mais lucro que o logo na camisa”, diz o consultor, ao apontar essa estratégia como muito mais lucrativa em tempos de internet e redes sociais. “Os clubes ganham mais em ter apoio para realizar outras atividades extracampo com seus torcedores e as marcas ganham com o endosso do clube para seus produtos.” Pensando dessa maneira, a TIM anunciou, em janeiro, o patrocínio a Atlético e Coritiba em 2015. A operadora irá estampar os números das camisas dos clubes, mas pretende ir muito além da exposição de logomarca. “Estamos investindo cada
alerta de gol, tabelas das partidas, entre outros. Mauro Holzmann, diretor de marketing e comunicação do Atlético, também afirmou, durante a coletiva de imprensa, que a parceria entre o clube e a TIM tem como grande esperança fortalecer a comunicação com os torcedores. “Ter um patrocínio dessa importância aos dois maiores clubes do Paraná
é algo muito importante, nós precisávamos estar nesse grupo.” Para ele, o patrocínio também ao grande rival é um passo importante para uma parceria extracampo que fortaleça o futebol paranaense. “Ter o mesmo patrocínio e poder realizar ações comuns aos dois clubes certamente fará com que o futebol paranaense cresça muito”, apontou. por: Bruna Bill
“Estamos investindo cada vez mais no envolvimento com os torcedores e nossos clientes. Além disso, vamos nos aproximar mais dos clubes, como verdadeiros parceiros, em outros eventos e ações ao longo do ano.”
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Carlos Eduardo Spezin Lopes, diretor comercial da TIM Sul. © Lucas Costa
vez mais no envolvimento com os torcedores e nossos clientes. Além disso, vamos nos aproximar mais dos clubes, como verdadeiros parceiros, em outros eventos e ações ao longo do ano”, disse Carlos Eduardo Spezin Lopes, diretor comercial da TIM Sul, durante a entrevista coletiva em que anunciou o patrocínio. A operadora de telefonia já patrocina outros dez grandes clubes brasileiros: Atlético Mineiro, Bahia, Cruzeiro, Vitória, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Vasco, Internacional e Grêmio. Uma das ações do patrocínio é o chamado TIM Torcedor, que oferece um chip personalizado com as cores de cada clube, além de contar com conteúdos exclusivos do seu time, como notícias,
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torcida
12º A presença das torcidas nos estádios tornam o espetáculo do futebol ainda mais bonito!
CORITIBA X RIO BRANCO
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Coritiba x Palmeiras
23 de novembro de 2014
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PARANá CLUBE X ATLETICO PR
9 de março de 2014
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torcida
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19 de janeiro de 2014
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ATLETICO X AMERICA RN
3 de setembro de 2014
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torcida
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7 de setembro de 2014
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internet
On-line Os perfis no Instagram de alguns jogadores paranaenses
Neto Murara @netoo_89 Entrevistado desta edição da Revisa Só Futebol, o goleiro Neto Murara se destacou no Atlético Paranaense, mas hoje defende o time do Juventus, em recente contratação. Ele não é muito presente na rede social, mas de tempos em tempos passa por lá para mostrar seu dia a dia nos campos italianos.
Negueba Uma das apostas do Coritiba para a próxima temporada, Negueba posta frequentes declarações de amor à esposa, assim como os treinos e momentos de descontração com a família.
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@negueba_11
Silvio Freitas
@ssilvinho5
O Londrina vem se mostrando cada vez mais preparado para conquistar espaço no futebol nacional. O zagueiro Silvio é um dos destaques do time e compartilha fotos da sua rotina no futebol no interior.
Vaná Souza Alves
Lucas Macanhan
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@lucas.macanhan1 O goleiro do time Sub-23 do Atlético Paranaense posta fotos dos treinos, da família e com os amigos normalmente com frases motivacionais. Sua amada também está sempre presente nas imagens, que destacam seu amor e a paixão pelo futebol.
O goleiro do Coritiba está sempre mostrando um pouco da sua rotina no seu perfil. Defesas, treinos, jogos com os companheiros e momentos de lazer são os principais temas das fotos publicadas na sua conta do Instagram.
@vanagk12 • Revista Só Futebol •
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Quadras
Onde jogar Centro Esportivo Ipiranga R. Ipiranga, 770 - Capão Raso (41) 3598-7098 / (41) 9879-0025 www.ceipiranga.com.br
Inaugurado em 2010, o Centro Esportivo Ipiranga possui um complexo esportivo com 10 mil metros quadrados, envolvido por áreas arborizadas. O espaço oferece três quadras cobertas de grama sintética para futebol society e é equipado com amplos vestiários, escolinha de futebol, lanchonete completa com seis churrasqueiras e dois salões de festas – para a realização de eventos esportivos, confraternizações e festas. O Centro Esportivo Ipiranga realiza campeonatos e torneios empresariais, além de competições organizadas pela FPF7.
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No Brasil, a primeira partida de futebol televisionada em cores aconteceu em 1972, entre os times gaúchos Caxias do Sul e Grêmio, em Porto Alegre.
O Dia do Futebol é comemorado em 19 de julho.
JULHO
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Gunha Sports Rua Dionira Moletta Klentz, 237 Santa Quitéria (41) 3016-4232 www.gunhasports.com
A Gunha Sports é um centro urbano de treinamentos que oferece a seus clientes e parceiros um espaço de mais de 30 mil metros quadrados, com cinco campos de grama natural e um campo de grama sintética coberta padrão FIFA – o maior de Curitiba. O espaço conta, ainda, com vestiários, churrasqueiras, bar, lanchonete e estacionamento para mais de 150 carros, todo equipado com um moderno sistema de câmeras. Toda a área é coberta por sistema WiFi. A Gunha Sports possui, também, três salões de festa devidamente equipados para proporcionar conforto e sucesso para festas e eventos.
Os cartões amarelo e vermelho começaram a ser usados em 1970, instituídos pela FIFA para facilitar o trabalho dos árbitros em partidas internacionais.
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Cruzadinha PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br Guloseima natural indicada contra dores de garganta e tosse Aplaudido
A desculpa aceitável Sem nacionalidade
Refrigerante de limão Meta no futebol Dispor em ordem crescente
Que denota falta de energia
Objeto usado em fraturas graves Conceito étnico polêmico Arredores
Senhor (red.) Que cobra alto
Musa grega da História (Mit.)
Arte valorizada pelo sofista
Planta narcótica Mungir
G
O
L
Interjeição de cólera Acolá
Epitácio Pessoa, político paraibano
Batalha da Guerra do Paraguai (Hist.)
Pedro (?): o último imperador do Brasil O ouro, na Natureza Erva-mate, em tupi Abrigo de malfeitores (fig.) Transpiração malcheirosa (bras.)
3/caá — mir. 4/avaí — clio. 6/seriar. 8/apátrida — retórica.
BANCO
© Revistas COQUETEL
Joia Raúl (?) presidente de Cuba (2014) usada por Marge Simpson (TV) Estação Alertar Jeito (fig.) russa
"Tá vendo aquela (?)", sucesso Cobertura do Exaltade livro samba
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Solução O R D E N H A R C A P A
C L A U S A T R C O L I A O L I O C Ç A C A
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C M A D O I V E L R I D A S O R C A D A R R E E P R E N T E O R I R A R O O V I L A C A I A S
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B A P L A SO D E G S E I N G P I B R C E
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Produto isento de registro conforme RDC 27/2010 da ANVISA. Este produto não substitui uma alimentação equilibrada e seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou médico. Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades. NÃO CONTÉM GLÚTEN.
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