paisagens efĂŞmeras
paisagens efĂŞmeras um domingo na paulista
trabalho de conclusĂŁo de curso dezembro 2016 escola da cidade aluna laura duque peters orientador eduardo gurian
agradecimentos
Eduardo Gurian, pela orientação, conversas, companheirismo, tranquilidade e incentivo em um processo nem tanto linear, Fábio Mosaner, Mariana Boghosian, Pedro Beresin, Pedro Lopes, Márcio Sattin, Celso Longo e Daniel Trench pelas opiniões pacientes, Marina Grinover e Joca Yamamoto pelos comentários imprescindíveis na pré banca, Pedro Barros pela ajuda que gerou resultados fundamentais, Guilherme Pardini pela troca de idéias, aos colegas que lado a lado compartilharam seus trabalhos, ansiedades e entusiasmos, Cauê Marins por todo apoio, companheirismo e dias de trabalho dedicados, à família por tudo.
9 introdução 17
1. abertura
1.1 vocação
1.2 negociações
41
2. paisagem
2.1 limites
2.2 asfalto
2.3 praia
2.4 aglomerações
91
3. ilhas
3.1 registro cartográfico
3.2 paisagem virtual
3.3 estratégias
161
considerações finais
introdução
Há, durante o processo de elaboração de um projeto, uma relação direta e binária entre o projetista e a representação do seu projeto, conformada pelo espaço de tentativas e erros através do desenho. No momento em que a representação transita para a obra construída, essa relação se extingue e, o projeto, agora físico, se abre à cidade e a terceiros, se torna vulnerável a falhas, imperfeições, requalificações e apropriações não previstas a priori. O trabalho usa do desejo de observar essas consequências, derivadas não necessariamente da vontade direta do arquiteto ou urbanista, mas de conflitos, relações sociais e políticas que atuam na cidade. Qual paisagem se forma no cotidiano das relações sociais para além do espaço material? O que leva a formação dessa paisagem? “Muitos aspectos da experiência da arquitetura nunca pode ser efetivamente simulada ou prevista pelo desenho representacional. Como uma coisa no mundo, a arquitetura sempre produzirá efeitos além daqueles capturados nessa descrição gráfica inicial. As limitações do desenho de arquitetura sugere um paradoxo: nós tendemos a pensar nos edifícios como o 9
reino da prova tangível, e nos desenhos como o reino dos efeitos efêmeros. Ainda sim edifícios estão muito menos sujeitos ao controle que desenhos.” (ALLEN, 2009, p.43, tradução livre) Sendo o registro uma forma de entender o cotidiano afim de torná-lo visível e, assim, elemento concreto de estudo, Georges Perec, em seu livro Tentativa de esgotamento de um local parisiense, descreve uma esquina de Paris em busca do seu esgotamento com o propósito de revelar seu cotidiano. Segundo ele: “O que está realmente acontecendo, o que estamos experienciando, o resto, todo o resto, onde está? Como devemos levar em conta, questionar, descrever o que acontece todos os dias e se repete todos os dias: o banal, o cotidiano, o óbvio, o comum, o ordinário, o infra-ordinário, o som de fundo, o habitual? (…) Como falar dessas ‘coisas comuns’ , como localizá-las, esvaziá-las, arrancá-las
imagem 1. Georges PerecTentativa de esgotamento de um lugar parisiense
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da escória em que permanecem atoladas, como dar-lhes um significado, uma língua, deixá-las finalmente falar do que é, do que somos” (PEREC, 1989, p.210, tradução livre)
1. No final de junho foi realizada a primeira abertura teste, no mesmo dia da inauguração da ciclovia. As aberturas regulares começaram apenas em outubro.
No trecho, Perec traz a questão do estudo do cotidiano e do comum, da relevância de questionar eventos corriqueiros, que no trabalho em questão é feito por meio da escrita, na forma de diário do lugar. Entretanto, esse registro pode ser feito de diversas formas, como em vídeos, desenhos, ou ainda por fotos, como faz o fotógrafo alemão Michael Wesely, que sobrepõe em uma mesma imagem, pela superexposição do filme, uma sequência de instantes direcionadas ao mesmo objeto ou espaço. Ou ainda, Fernand Deligny, educador francês que ao estudar o caso de crianças autistas, em um campo convencionalmente da escrita, opta por criar um método de mapeamento da rotina dessas crianças, traduzido em mapas para tornar visível novas questões sob o tema. Assim, o trabalho aqui apresentado tem como campo de estudo a exploração do registro de atividades cotidianas na ocupação dos espaços de lazer. Essas dinâmicas constituem diariamente na cidade uma paisagem temporária que difere da paisagem física e concreta, as quais são, geralmente, planejadas. O registro é, portanto, uma forma de entender o espaço ocupado e os agentes que constituem essa paisagem que vai além do espaço físico e é formada por dinâmicas sociais e efêmeras. Dessa forma, entende-se por registro um processo de mapeamento, identificação de padrões e de realidade observada para o desenho - o qual foi escolhido por permitir uma seleção precisa de que elementos mostrar e pela sua capacidade de dissecar inúmeras partes de uma mesma cena. Em um movimento recente, a cidade de São Paulo tem aberto algumas de suas vias destinadas a carros para o uso de pedestres, atividade que ocorre principalmente aos domingos. Assim foi com a Avenida Paulista, aberta desde junho de 2015 a partir de decreto da gestão de Fernando Haddad1. Desde então, todos domingos das 10h às 18h a avenida é fechada para automóveis e ocupada por pessoas, que realizam lá suas inúmeras atividades de lazer. O espaço, projetado para fluidez e circulação de automóveis, com seus canteiros, travessias de pedestre, organização de faixas e faróis, é inteiro ocupado por um uso inédito, não previsto a 11
imagem 2. Michael Wesely 29 julho 1996 - 29 julho 1997, Office of Helmut Friedel
imagem 3. Fernand Deligny
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priori no projeto original e nas subsequentes reformas da avenida. Dessa forma, todos elementos físicos da via se tornam potenciais suportes para a forma com que as pessoas se apropriam do lugar, onde canteiros podem se tornar bancos, grades podem ser expositores e faixas possíveis formas de organizar o fluxo de pessoas. Asfalto, calçada e alguns edifícios que abrem seus térreos ao público se tornam, então, o novo espaço do pedestre, cercado por construções de caráter privado e objetos que fecham as vias transversais, delimitando o espaço público temporário. No momento que as pessoas ocupam e utilizam o asfalto como lugar de lazer, os usos, programas e apropriações que surgirão são indeterminados. Na pesquisa, o entendimento dessa paisagem foi dividido em três capítulos. O primeiro busca compreender a potencialidade presente no seu entorno, a construção da própria avenida como uma preexistência ao uso nos domingos e a vocação desse lugar como espaço de lazer, por meio da retomada de outros momentos em que a via foi ocupada por pedestres até a sua abertura atual. O segundo capítulo apresenta uma série de registros afim de entender e revelar os atores que compõe a paisagem. Nesse momento, o trabalho propõe um percurso de identificação de usos por meio de registros a nível do pedestre em uma primeira imersão nas dinâmicas da avenida. Esses registros são divididos em quatro itens em tópicos que catalogam e organizam o material recolhido em campo. Essa investigação se pautou nos conceitos de paisagem e mapeamento trazidos por Jean-Marc Besse, em O gosto do mundo - exercícios de paisagem: “ No que diz respeito à relação ativa que o paisagista ou o arquiteto de paisagem mantêm com o território, podemos dizer que a operação cartográfica já é um acionamento projetar: as diversas operações de coleta de informações, de seleção, de esquematização, de síntese, mas também de transcrição dessas informações, e, finalmente, de desenho, que definem intelectual e praticamente a atividade cartográfica , já fazem do mapa algo como um ‘operador de construção da paisagem’, para retomar aqui uma expressão feliz de Gilles A. Ti13
berghien.” (BESSE, 2014, P.145) O terceiro capítulo tem ênfase no potencial de atração de certos eventos e dispositivos presentes na via. São lugares onde as pessoas interrompem seu fluxo, como shows de mágica e bandas, teatros e aulas - qualquer situação que apresente a capacidade de atrair pessoas, formando espécies de ilhas temporárias que modificam a paisagem, ou ainda espaços imantados, como se refere a artista Lygia Pape em seu trabalho de 19682. Para análise desses momentos de maiores aglomerações a visualização a nível do olhar adotada no capítulo anterior não é mais eficiente, e por isso o trabalho transita para a visualização em planta. Dessa forma, nesse capítulo pretende-se criar desenhos desses espaços em planta, em busca de entendê-los a partir de seu tamanho, organização e localização, evidenciando sua relação com os elementos físicos preexistentes da avenida e com os elementos temporários trazidos e utilizados por cada evento. Por fim, uma série considerações finais buscam sintetizar os dados e desenhos apresentados nos três capítulos, com o fechamento da avenida para os pedestres e a desativação da paisagem que se formou.
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2. A artista compara espaços da cidade com a imantação causada com um camelô, que com seu discurso consegue causar uma aglomeração ao seu redor. No momento que fecha sua barraca esse espaço criado se desfaz.
imagem 4. Lygia Pape - Espaços Imantados Disponível em: <http:// www.lygiapape.org.br/ pt/obra60.php?i=13> Acesso em dez.2016
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1 abertura
Este capítulo tem como objetivo evidenciar questões preexistentes à decisão da abertura da Paulista aos domingos, construindo um percurso de compreensão da vocação da avenida como espaço público de lazer até as negociações para sua abertura, já que o fato de ter sido escolhida para tal intervenção e a dimensão que o evento semanal tem na cidade não são gratuitos e tem origem a partir de uma construção da via como espaço de lazer com grande potencial de ocupação que não o de artéria rodoviária.
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1.1 vocação Esse tópico pretende entender a abertura da Avenida Paulista aos domingos por uma vocação como espaço de lazer que foi se consolidando ao longo do tempo. A forma como é usada, sua escolha para abertura ao pedestre semanalmente - apesar de muitas discussões contrárias a isso - e a dimensão do evento que ocorre aos domingos, fazem parte de uma construção desse lugar como espaço público. A avenida nasce com caráter residencial, uso decretado como exclusivo por lei municipal em 1937, ocupada por uma elite que buscava o afastamento do centro. O rápido crescimento urbano com expansão ao espigão central, o traço domiciliar da Paulista inicia a sua transformação. Em 1952 são permitidos prédios institucionais e de serviços, e nos primeiros anos da década de sessenta já estão outorgados também o funcionamento de lojas e edifícios comerciais1. Essas mudanças foram seguidas por reformas na avenida e novos projetos de edifícios que incentivavam a apropriação do espaço pelo pedestre por meio de térreos comerciais, canteiros e sinalizações. Quando Nadir Mezerani elaborou o projeto Nova Paulista em 67, o qual propunha o rebaixamento da circulação de automóveis para liberação do chão da avenida para passeio, apresentou também uma proposta que tinha como partido entregar a área destinada a circulação de carros ao pedestre. Portanto, pode-se concluir que o conceito implantado em 2015 não é novo e foi sendo construído, por meio de legislações, térreos comerciais, alargamentos de calçada e acessos por transporte público. Além de ocupações previstas por leis e decretos, apresentados nas próximas páginas, a Paulista se formou como um ponto importante da cidade para a realização de grandes eventos, como carnavais de rua, festas de réveillon, corridas e manifestações que, tradicionalmente, tiveram como seu palco o asfalto da avenida2.
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1. as transformações na avenida por meio da legislação geraram muitas outras repercussões que são interessantes de esclarecer para a compreensão da consolidação do uso atual, mas que não competem aos objetivos intrínsecos à pesquisa aqui desenvolvida.
2. imagens 5-9 retiradas de uma matéria Carnaval, protestos e Dia das Crianças são eventos que já lotaram a av. Paulista; veja da versão online do jornal Folha de São Paulo
a avenida, localizada em um dos pontos mais altos da cidade, ocupa uma posição central em termos geográficos e de equipamentos - o fácil acesso por transporte públio torna avenida acessível para o pedestre 19
imagem 5.
Primeiras dĂŠcadas do sĂŠc.20 passagem do corso, desfile de conversĂveis que ocorria nos dias do carnaval 20
imagem 6.
1924 corrida SĂŁo Silvestre que parte e termina na avenida 21
imagem 7.
1980 festa organizada pela prefeitura para comemorar o dias as crianças, parte do programa Domingo Feliz 22
A abertura para o lazer no domingo foi feita pela primeira vez em 1980, para o dia das crianças, parte do programa da prefeitura chamado “Domingo Feliz”. O evento previa a realização de uma serie de eventos de dança, jogos, corridas de bicicleta, entre outros.
imagem 8.
1997 Parada Gay, que ocupa a avenida desde 1997 23
imagem 9.
2013 manifestaçþes contra o reajuste da tarifa, que ocuparam a avenida por dias 24
2015 abertura da avenida para pedestre todos os domingos 25
1901 primeira via asfaltada de são paulo
1937
1952
1962
2015
lei municipal que torna a avenida “zona estritamente residencial”
lei municipal que permite construções e instalações de prédios institucionais e de serviços
lei municipal que autoriza o funcionamento de lojas e edifícios comerciais
decreto oficial que permite que a avenida seja aberta a pedestres e ciclistas para atividades de lazer e cultura
1967 Nova Paulista projeto de rebaixamento (Nadir Mezerani)
1968 retirada dos bondes elétricos
1973 início das obras de alargamento 10m de cada lado
1991 início das operações metrô paulista
2008 projeto de reurbanização dos passeios e equipamentos públicos
imagem10 e 11.
O entorno da avenida reforça o seu caráter público, caracterizado principalmente por comércios e serviços, mas também se vê marcado por uma grande densidade residencial, ainda que algumas vias como a Rua Augusta, a Avenida da Consolação, a Rua Frei Caneca e a Avenida Brigadeiro Faria Lima também possuam expressivas quantidades de térreos ativos. Esse fenômeno é resultado de um grande interesse da população em cinemas, lojas e entretenimento ali presentes, o que faz de esquinas como a da Augusta um grande polo de ocupação devido à abundância de equipamentos e acessos a outros pontos da cidade. Desse modo, pode-se dizer que a associação da Paulista ao lazer não é inédita a sua abertura dominical. O comércio distribuído ao longo de toda avenida, os canteiros e áreas verdes, sinalizações e acessos à meios de transporte público já traziam enérgico movimento peatonal para o cotidiano da avenida. 26
imagem 10. Disponível em: <http://istoe.com. br/184502_ UM+GIGANTE+ ADORMECIDO/> Acesso em dez.2016 imagem 11. Disponível em: <http://netleland.net/ hsampa/adeusbonde/ adeusbonde.html> Acesso em dez.2016
27
28
térreos públicos/ comerciais
térreos públicos 24h
áreas verdes/canteiros
faixas de pedestre
pontos de transporte público 29
1.2 negociações A abertura semanal da avenida foi consequente de um processo de negociações entre a Prefeitura de São Paulo, chefiada então por Fernando Haddad, o Ministério Público e a associação da região da qual fazem parte comerciantes, empresários e moradores do entorno. Houve uma forte oposição do ministério público em relação a abertura, especialmente semanal, defendendo que o limite dado de três fechamentos ao ano não deveria ser extrapolado, alegando questões de segurança. Além disso, o fechamento para carros poderia afetar negativamente o comércio, ou ainda dificultaria o acesso aos hospitais da região, além de gerar mais trânsito no entorno. Aberturas teste foram realizadas a partir do final de junho, mesmo contra a vontade do Ministério Público que chegou a cobrar multas à Prefeitura. Enquanto as negociações na esfera política ocorriam, alguns grupos favoráveis à abertura se organizavam para pressionar as autoridades pela decisão, algumas vezes ocupando a avenida em forma de protesto. Nas tentativas de chegar a um acordo, cogitou-se que a avenida fosse parcialmente aberta, ainda mantendo algumas faixas para circulação de automóveis, o que foi negado pela Prefeitura, afirmando que essa possibilidade poderia colocar a população em risco. A abertura consolidou-se para todos os domingos a partir de outubro de 2015, sendo apenas oficializada pelo programa “Ruas Abertas”, que inclui outras vias a serem abertas, somente no fim de junho de 2016. Atualmente, a avenida é quase integralmente dedicada ao pedestre, com faixas dedicadas aos moradores para saída e chegada de carro, além do cruzamento com a Avenida Brigadeiro Faria Lima, que mantém a sua circulação usual. A repercussão foi positiva, e rapidamente incorporada pelo cotidiano da cidade. Seguem assim uma série de notícias retiradas da versão online do jornal Folha de São Paulo, mostrando o percurso das negociações e a posterior aceitação por parte da população. O recorte foi escolhido afim de estabelecer uma linearidade cronológica nos acordos e debates.
30
imagens > Disponível em <http://search.folha.uol. com.br/search?skin=mobile&site=todos&q=fechamento+avenida+paulista&sd=&sd_submit=&ed=&ed_submit=> no dia 28/11/2016 às 11h30min
edição impressa 24/8/2015
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PRÓXIMO TEXTO
Paulista vira até praia, mas Haddad terá de negociar próximos bloqueios
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Medida da prefeitura enfrenta resistência de associações de comerciantes e do Ministério Público Para não descumprir acordo que permite só três fechamentos por ano, prefeitura alegou questão de segurança DE SÃO PAULO
A avenida Paulista, na região central de SP, teve neste domingo (23) um segundo, e talvez último, teste de fechamento para veículos e de uso exclusivo para ciclistas e pedestres como via de lazer. Para que a iniciativa se torne permanente, o prefeito Fernando Haddad (PT) terá agora de negociar com o Ministério Público e com a associação que reúne moradores, comerciantes e empresários da região da avenida. As negociações começam já nesta semana, em paralelo a um novo estudo de impacto do trânsito feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) da cidade. A resistência dos promotores está no papel. Segundo eles, um acordo com a prefeitura, de 2007, limita a três por ano o número de eventos de duração prolongada e com interrupção da avenida. Neste ano, seriam eles a Parada Gay, a inauguração da ciclovia, evento realizado em junho, e a festa de Réveillon. De acordo com o prefeito, o fechamento da via todos os domingos ou uma vez por mês, como chegou a cogitar, não se encaixa nesse acordo com o Ministério Público.
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"O que nós estamos propondo é a discussão de política pública. E isso obviamente vamos fazer em parceria com o Ministério Público, que deve ter abertura para a discussão desse tipo de mudança", afirmou o prefeito, que passeou de bicicleta ao lado de sua mulher, Ana Estela.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/230606-paulista-vira-ate-praia-mas-haddad-tera-de-negociar-proximos-bloqueios.s
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Hospitais da Paulista 'autorizam' fechamento da avenida aos domingos ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO 23/07/2015 12h40
A maioria dos hospitais da região da avenida Paulista, em São Paulo, não se opõe ao fechamento da via para carros aos domingos. A possibilidade é estudada pela gestão Fernando Haddad (PT) desde o fechamento da via para a inauguração da ciclovia na avenida, no fim de junho. Após a experiência, com base em fotografias aéreas e na cronometragem de trajetos nos arredores, a administração municipal divulgou parecer segundo o qual o bloqueio completo da avenida n atrapalhou significativamente o trânsito nas imediações. A possibilidade de o bloqueio atrapalhar a chegada aos hospitais da região é um dos pontos analisados pela gestão Haddad antes de decidir se irá repetir o fechamento completo para veículos to domingos. A Folha ouviu dez hospitais da região. Entre eles, sete afirmaram que não se opõem ao fechamento: Santa Joana, Pro Matre, HCor, Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa, Santa Catarina e Em Ribas. Editoria de Arte/Folhapress
Haddad cede e diz que bloqueio da Paulista neste domingo não é certo - 22/08/2015 - Cotidi...
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Haddad cede e diz que bloqueio da Paulista neste domingo não é certo THIAGO AMÂNCIO LEONARDO NEIVA
O Santa Catarina, porém, faz uma ressalva: que a melhor solução seria manter a avenida Paulista liberada até a rua Teixeira da Silva, onde fica o acesso ao pronto-socorro da unidade. SÃO PAULO ODE Emílio Ribas afirma que o impacto do fechamento não seria significativo, mas aponta a necessidade de "estudos mais aprofundados sobre o tema" pelos órgãos municipais. Já o Sírio-Libanês 22/08/2015 que a prefeitura14h15 indique rotas alternativas, como acontece nos dias de grandes eventos na cidade.
Procurados, os hospitais Julho, Oswaldo Cruz e Igesp não se pronunciaram sobre o assunto. A Prefeitura de São Nove Paulodeacatou oficialmente a recomendação do Ministério Público para que a avenida Paulista, na região central da cidade, não seja fechada
prática, porém, bloqueará a passagem de veículos, por "questões de segurança", assim que pedestres e ciclistas chegarem à via pela manhã.
A administração municipal estuda duas possibilidades no caso de fechamento da avenida. Uma delas é deixar apenas uma faixa permanentemente livre para o acesso de veículos. A outra, mesm a via totalmente fechada, é liberar a entrada a ambulâncias, clientes de comércios e hóspedes de hotéis na avenida.
A gestão Fernando Haddad (PT) passou as últimas semanas anunciando o fechamento da avenida como um segundo teste de transformar a via em um espaço d
Aprimeiro Associaçãoocorreu Paulista Viva, que reúne comerciantes e empresas via,pessoas vê o fechamento compela ressalvas e cobra parte dada gestão Haddad. Alguns estabelecimentos, diz a direção da no final de junho, quando milharesnade passaram avenida dadiálogo regiãopor central cidade. associação, tiveram transtornos no dia da inauguração da ciclovia.
No final desta semana, porém, o Ministério Público lembrou a prefeitura que o município assinou em 2007 um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) limit
A prefeitura já fechou o Minhocão para os carros também aos sábados, a partir das 15h. Agora, a gestão estuda estender o bloqueio aos domingos para ruas na periferia da cidade. A avenida Tiq duração prolongada na zona leste, é uma delas.e com interrupção da via por ano. Em 2015, já houve o fechamento na Parada Gay e na inauguração da ciclovia da Paulista, e estão previsto
Silvestre e Reveillón.
Avener Prado/Folhapress
Diante disso, a prefeitura mudou o discurso e agora diz que o fechamento da avenida, entre 9h e 17h, não é mais certo (o que não contraria oficialmente o TAC) aglomeração de pessoas.
O bloqueio da via para carros neste domingo foi anunciado por causa da inauguração da ciclovia da av. Bernardino de Campos, que ligará a Paulista e a rua Ver 1 of 3
Neste sábado, em entrevista em Perus, zona norte de São Paulo, durante o evento "Prefeitura no Bairro", o prefeito sinalizou essa nova estratégia após a ação d 28/11/16 13:05
Segundo o prefeito, a decisão, por ora, é seguir a recomendação do Ministério Público de manter a avenida inicialmente aberta a veículos. Mas, se milhares de p de bicicleta, a prefeitura terá de fechar pelo menos algumas das faixas da via.
"A Bernardino [de Campos] vai estar fechada para a inauguração [da ciclovia], e a CET vai acompanhar a evolução para verificar a necessidade ou não de ampl para evitar qualquer tipo de acidente", disse o prefeito. Avener Prado/Folhapress
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Paulistanas aproveitam bloqueio de trânsito para tomar sol na Paulista DE SÃO PAULO 23/08/2015 17h02
Se não há praia na cidade de São Paulo, o jeito é improvisar. A calçada da avenida Paulista vira a areia, e o asfalto, o mar. Pelo menos é assim na visão Ceciliato, 25, Thaís Cardoso, 19, e Amynata Nepomuceno, 22.
Grupo de sapateado bloqueia trecho da Paulista para exibição pró-fechamento - 30/08/2015 - Cotidiano - Folha de S.Paulo
http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/08/1675566-grupo-de-sapateado-fecha-trecho-da-av-paulista-para-exibicao-pro-fechamento.sh...
Elas aproveitaram o bloqueio do trânsito neste domingo (23) para lançar o movimento "Biquíni na Paulista". UOL HOST
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"As pessoas param, tiram foto. É um barato", diz a administradora de empresas Marcela. "A Paulista vai ser o nosso piscinão", brinca a designer Amyn Thiago Amâncio/Folhapress
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Grupo de sapateado bloqueia trecho da Paulista para exibição pró-fechamento LEONARDO NEIVA DE SÃO PAULO 30/08/2015 11h41 Fabio Braga/Folhapress
Amynata Nepomuceno (esq.), Érica Ceciliato, Thaís Cardoso e Marcela de Andrade; garotas lançam o movimento \'Biquíni na Paulista\' Cicloativistas e entidades que defendem o direito dos pedestres fazem uma ocupação pela destinação definitiva da avenida Paulista a pedestres e ciclistas, aos domingos
Mas a praia ainda não é fixa. As amigas pretendem repetir o feito apenas quando a rua estiver aberta para pedestres. "Com carro não dá. Ficam buzina
vezes." Afechar avenidamais Paulista recebeu uma boa dose de música e dança, na manhã deste domingo (30). Alunos da escola "Só Dança" colocaram tablados no chão e fizeram uma apresentação de sapateado som de "Homenagem ao Malandro", de Chico Buarque, por volta das 10h30, em uma faixa de pedestres ao lado da Praça do Ciclista. 1 of 3
A professora de dança Christiane Matallo, 43, precisou treinar a turma –composta de adultos, adolescentes e crianças– ao longo de quatro meses para o evento. "O objetivo é trazer um pouco d 28/11/16 12:35 para a rua, popularizar a arte do sapateado", disse. Membros do coral da Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo) também participaram da apresentação. A CET bloqueou brevemente o trecho para a passagem de carros. O evento faz parte da Virada Sustentável e foi seguido de uma "super-pedalada", programada para dar uma volta completa de bicicleta na avenida.
Segundo André Palhano, um dos organizadores da Virada Sustentável, o objetivo era bloquear a Paulista em uma manifestação a favor do fechamento da avenida para carros aos domingos, ma havia ciclistas suficientes no local para tal. Um evento chegou a ser marcado em uma rede social convocando pessoas a fechar a avenida. "Sou muito a favor da abertura da Paulista para ciclistas aos domingos. Não só eu como a maioria das organizações que participam da Virada Sustentável", afirmou. Durante a pedalada, membros de ONGs também faziam uma pesquisa com comerciantes da Paulista.
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"A baixa do faturamento é um dos principais argumentos contra a abertura da Paulista para os ciclistas e estamos perguntando aos comerciantes o que acham disso. Só neste quarteirão contei comércios fechados, então já sei que a abertura não altera o faturamento deles. Até agora só falei com uma pessoa, que disse que é a favor e que essa abertura até ajuda a aumentar as vendas",
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Haddad fará audiências públicas para fechar a av. Paulista DE SÃO PAULO 05/09/2015 02h00
A gestão Fernando Haddad (PT) anunciou nesta sexta-feira (4) ter entrado em acordo com o Ministério Público para um possível fechamento da avenida Paulista para veículos aos domingos. Antes disso, a gestão Haddad se comprometeu a criar audiências públicas para discutir o tema e sugeriu que os debates aconteçam no vão livre do Masp.
11/6/2016
'Pode não ser seguro', diz Haddad sobre fechamento parcial da Paulista - 09/10/2015 -
A prefeitura também se comprometeu a entregar estudos viários mostrando alternativas para o tráfego na área em dia de fechamento. Haverá nesse material opções de acesso a todos os hospitais das imediações da Paulista.
Serão realizadas audiências também em todas as subprefeituras para discutir o fechamento de vias locais.
De acordo com a prefeitura, o órgão se manifestou favoravelmente sobre a medida e sugeriu que seja estendida para outras vias da cidade.
O anúncio ocorreu após encontro que reuniu o secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Robinson Barreirinhas, o procurador-geral do Município, Antonio Carlos Cintra do Amaral Filho, e os Logout promotores Camila Mansour Magalhães da Silveira e Mário Augusto Vicente Malaquias, da Habitação. A reportagem não localizou os promotores ou a assessoria de imprensa do Ministério Público.
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Jorge Araujo/Folhapress
Atendimento Versão Impressa DOMINGO, 6 DE NOVEMBRO DE 2016
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'Pode não ser seguro', diz Haddad sobre fechamento parcial da Paulista Ciclistas aproveitam o fechamento da avenida para passear
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THIAGO AMÂNCIO DE SÃO PAULO
Haddad diz qu regulamentar
09/10/2015 15h55
O Ministério Público vinha resistindo à ideia de fechar a Paulista aos domingos. Um inquérito sobre o bloqueio foi aberto pelo promotor Malaquias, que havia recomendado à prefeitura não fechar a avenida.
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No entendimento do promotor, um acordo firmado com a prefeitura em 2007 limita a três por ano o número de eventos de duração prolongada que bloqueiam a via. Desde então, à exceção de manifestações, a Paulista vem fechando apenas na Parada Gay, na corrida de São Silvestre e no Réveillon.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta (9) que vai estudar se a proposta do Ministério Público de fechar a avenida Paulista para carros apenas parcialmente aos domingos coloca em risco a segurança dos pedestres e ciclistas que circularem pelo local
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Av. Brigadeiro oito vias têm v SP
Em 23 de agosto, a via foi bloqueada pela segunda vez, para a inauguração de novo trecho de ciclovia na av. Bernardino de Campos, conectada à da Paulista. O primeiro fechamento foi em junho.
comentários Ver todos os comentários (5) Comente
QUEM GOSTA DO Obra de 500 km BOM E DO MELHOR QUE NOS DESCULPE. Paulo começa COLOCAMOS APENAS O MELHOR. Termos e condições
Nesta quinta (8), a Promotoria recomendou à prefeitura deixar uma faixa da avenida aberta para Todo o marketing deste prefeito é em torno da Avenida Paulista, enquanto isto a periferia está abandonada e só é bonita nas propagandas de TV da prefeitura !!! carros em cada sentido, além de duas ou mais transversais que permitam o cruzamento da via. A prefeitura defende o fechamento total.
Silva 05/09/2015 09h03
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Responder
Ernesto Branco 05/09/2015 17h55
De acordo com o prefeito, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vai analisar se a proposta causa ou não insegurança. 0
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Diga a data das audiências públicas para o paulistano mostrar que não quer cir/co, mas uma cidade descente e não este li/xo no qual ele a transformou. Por falar nisso, o muro do cem itério da Consolação, que desabou em dezembro do ano passado, é isto mesmo, em dezembro de 2014, ainda não foi reconstruído. Para isto não tem dinheiro, mas para pintar ciclo fai xas tem muita, mas muita gra/na. Aí tem.
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34
Ernesto Branco 05/09/2015 17h53
Paulista é fechada após inauguração de ciclovia
7 de 26
0
Por que o imb/eci li-Had dad não fecha aos domingos a rua Thomaz Carvalhal onde mora? Nem pensar.
1
Jorge Araujo/Folhapress O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
TRAGÉDIA NO RIO DO
Reparação após a t conflitos e opõe vít
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11/6/2016
'A última palavra' é da prefeitura, diz Haddad sobre fechamento da Paulista - 16/10/20
Promotoria ataca Haddad e promete recurso contra fechamento da Paulista DE SÃO PAULO 15/10/2015 18h25
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O Ministério Público de São Paulo criticou na tarde desta quinta-feira (15) a decisão do prefeito Fernando Haddad (PT) de fechar a avenida Paulista, na região central da cidade, para o tráfego de Atendimento carros aos domingos. Em 2007, o órgão e a prefeitura de São Paulo firmaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que previa que a via poderia ser fechada para carros apenas três vezes aos ano. O Ministério Versão Impressa Público informou que acionará a Justiça caso o acordo seja descumprido. DOMINGO, 6 DE NOVEMBRO DE 2016
18
Haddad anunciou que o fechamento da Paulista já passa a valer no próximo domingo (18), das 9h às 17h.
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A Promotoria disse que a gestão Haddad usa o argumento de fazer políticas públicas para impor medidas à população "sem que esta, sua destinatária final, tenha realmente oportunidade de externar sua opinião e anseios."
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Últimas notícias Livraria: Livro conta história que inspirou o musical "Wicked"
O órgão afirmou ainda que não é possível saber "se a população é a favor ou contra a medida por inexistirem estudos ou pesquisas (por entidades independentes) nesse sentido."
Uma pesquisa feita pelo Ibope no final de setembro apontou que dois terços dos paulistanos aprovam usar a Paulista como espaço fixo de lazer aos domingos. "A gente terminou todas as exigências do Ministério Público. Todas as imediações da Paulista foram estudadas e os técnicos da CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] fecharam os modelos. Vamos abrir para pedestres, ciclistas e skatistas. Vamos viver uma nova fase da Paulista", disse Haddad. Avener Prado/Folhapress
cotidiano
aedes
'A última palavra' é da prefeitura, diz Haddad sobre fechamento da Paulista
Haddad conv fechamento d
16/10/2015 12h00 Atualizado às 15h45 1,9 mil
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A Prefeitura de São Paulo vai manter a avenida Paulista, na região central da cidade, fechada para carros e aberta para pedestres aos domingos, mesmo a contragosto do Ministério Público.
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'A última pala Haddad sobre Paulista
Análise: Atro Paulista ofusc urbanistas
A informação foi confirmada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) nesta sexta-feira (16). Assim, o trânsito da Paulista estará bloqueado a partir deste domingo (18), das 9h às 17h.
Avenida Paulista fecha para carros e vira via de lazer neste domingo - 18/10/2015 - Cotidiano - Folha de S.Paulo
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THIAGO AMÂNCIO DE SÃO PAULO
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'Pode não ser sobre fecham
Ministério Pú fechamento p Paulista
"Nós já fizemos duas experiências muito exitosas, não tem nenhum impacto na região", disse o petista.
http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1695365-avenida-paulista-fecha-para-carros-e-vira-via-de-lazer-neste-domingo.shtml?mobile
O Ministério Público enviou um ofício a Haddad pedindo que ele "atente" UOL HOST PAGSEGURO CURSOS +PRODUTOS BUSCA BATE-PAPO " parafechamento o TAC (Termo Ajustamento Conduta), de 2007. NoEMAIL documento, a $ #(uma Na última sexta-feira (9), a Promotoria havia recomendado à prefeitura que, no eventual da avenida,de deixasse ao menos duasde faixas de rolagem em cada sentido) livres para o tráfego de veículos, além de duas ou mais transversais que permitam o cruzamento da via. prefeitura se comprometia a fechar a avenida apenas três vezes por ano. Se descumprir, a administração municipal pode ser multada R$ 30fazer mil. Na ocasião, o Ministério Público ainda recomendou que a medida demorasse de quatro a seis meses para ser implantada para que a administração municipal tivesse maisem tempo para estudos e O prefeito Fernando Haddad durante passeio na inauguração da ciclovia da avenida Paulista
!
audiências públicas para avaliar o impacto do trânsito na região.
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Para o acordo validade depois a Política A avenida –uma das mais movimentadas da cidade– já foi fechada três vezes neste ano: na Haddad, Parada Gay (em junho), na perdeu inauguração da ciclovia da Paulistaque (também em junho)Nacional e no segundo de teste da avenida fechada para os carros (em agosto). Mobilidade Urbana foi aprovada, em 2012.
cotidiano Procurado, o Ministério Público informou que vai se pronunciar ainda nesta quinta (15) por meio de nota. Antes disso, prefeitura e Promotoria travaram um outro embate sobre o fechamento da Na semana passada, Haddad afirmou que iria estudar se a proposta do Ministério Público colocaria em risco a segurança dos pedestres e ciclistas que circularem pelo local.
avenida para carros. Avenida Paulista fecha para carros e vira via de lazer neste domingo
Segundo os promotores, segue valendo um acordo assinado em 2007 com a prefeitura, que limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Na interpretação do Ministério Público, em 2015, a prefeitura já "queimou" os três fechamentos. Ainda estão previstos, em 2015, fechamentos para a corrida São Silvestre e Reveillón.
TRAGÉDIA NO RIO D
Já a visão da prefeitura sobre isso é completamente diferente. Avalia que usar a via para lazer não configura um grande evento privado, mas sim uma política pública.
DE SÃO PAULO 18/10/2015 02h00
Reparação após a conflitos e opõe v IDAS E VINDAS A avenida Paulista, na região central de São Paulo, será fechada para o tráfego de carros a partir deste domingo (18), das 9h às 17h. As linhas de ônibus que passam pela avenida terão seu itin Fechamento da avenida Paulista para carros aos domingos é alvo de impasse desde junho desviado para as vias adjacentes à Paulista. O metrô funcionará normalmente. -
28 de junho - Teste
Neste sábado (17), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que pode recuar sobre a decisão de fechar a avenida Paulista se acontecer algum problema. > Prefeitura testa fechamento da Paulista na inauguração da ciclovia na avenida e planeja tornar a medida permanente aos domingos. Comerciantes e moradores se queixam de que não foram ouvidos "Vamos acompanhar [o fechamento]. É uma decisão tão simples, pode ser revertida a qualquer momento. Não dar uma chance a ela seria um grande prejuízo", afirmou o petista. 18.ago - Anúncio > Haddad anuncia fechamento da avenida para inauguração de nova ciclovia e diz que a medida pode valer para todos os domingos. Dois dias depois, diz que pode ser só uma vez por mês
A gestão Fernando Haddad (PT) manteve a decisão de fechar totalmente a via mesmo após sugestões contrárias do Ministério Público. A decisão se contrapõe a um TAC (Termo de Ajustame 21.ago - Pedido Conduta), de 2007, em que a prefeitura se comprometeu com a Promotoria a fechar a avenida apenas três vezes por ano. Em caso de descumprimento, a administração municipal pode ser m > Ministério Público encaminha à prefeitura recomendação para que a Paulista não seja fechada. Alega que acordo de 2007 limitou a três por ano os bloqueios na via e que já estariam esgotados em R$ 201530 mil. Avener Prado/Folhapress
22.ago - Segurança > Após sinalizar que descumpriria a recomendação do MP, prefeitura recua e diz que só bloquearia a passagem de veículos por "questões de segurança", se houvesse aglomeração de pessoas http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1694716-a-ultima-palavra-e-da-prefeitura-diz-haddad-sobre-fecham 23.ago - Ciclovia > Paulista é interditada para a inauguração da ciclovia na avenida Bernardino de Campos 24.ago - Inquérito > O secretário de Transportes diz que a decisão de fechar novamente a avenida só dependeria da "decisão do prefeito". No dia seguinte, inquérito sobre bloqueio é aberto na Promotoria 4.set - Acordo?
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Haddad vai recorrer de multa recebida por fechar av. Paulista para carros - 26/10/2015 - Coti...
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Haddad vai recorrer de multa recebida por fechar av. Paulista para carros DE SÃO PAULO 26/10/2015 20h51
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda-feira (26) que vai recorrer da multa de R$ 50.101,49 aplicada pelo Ministério Público após central) para o tráfego de carros no dia 18 deste mês.
A via voltou a ser fechada neste domingo (25). Na última semana, a Promotoria prometeu que aplicaria nova multa caso isso ocorresse. O Ministério Público ale http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/06/1785858-h Haddad (PT) descumpriu um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado em 2007, que previa o bloqueio total da via apenas três vezes ao ano.
Haddad oficializa fechamento da avenida Paulista aos domingos - 26/06/2016 - Cotidiano - Folha de S.Paulo
Moacyr Lopes Junior/Folhapress
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Haddad oficializa fechamento da avenida Paulista aos domingos DE SÃO PAULO 26/06/2016 12h02 - atualizado às 18h10 Pedro Saad - 25.out.15/Folhapress
Avenida Paulista fechada para os carros
Agora é oficial. A avenida Paulista, símbolo de São Paulo, ficará fechada aos domingos e feriados para carros, das 10h às 18h.
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Vitrine da gestão Haddad (PT), a medida foi publicada na edição deste sábado (25) do "Diário Oficial" do município, via decreto. 36
28/11/16 12:41 No documento oficial, Haddad criou o programa "Ruas Abertas", que, além da avenida Paulista, tornará outras ruas de São Paulo um espaço livre de lazer e cultura para pedestres e ciclistas —sempre aos domingos. Eduardo Anizelli/Folhapress
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'Centro financeiro da cidade agora é ponto de encontro', diz Haddad
RICARDO GALLO DE SÃO PAULO 21/02/2016
02h00
A ideia de tornar a Paulista uma área de lazer partiu da premissa de que São Paulo não tinha "esplanadas e praças de encontro como as que há na Europa", diz o prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT). "Se o turista chegasse em São Paulo e quisesse aproveitar o domingo para andar, flanar, ia onde? Não tinha isso. Hoje, são 19 ruas abertas na cidade", diz.
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Avener Prado/Folhapress
Fechamento da Paulista aumenta fluxo de visitantes em centros culturais
RICARDO GALLO DE SÃO PAULO 21/02/2016
02h00
O fechamento para os carros trouxe um novo público para dois dos centros culturais da Paulista. Na Casa das Rosas, próxima ao Paraíso, houve em média 1.083 visitantes por dia desde 18 de outubro, o primeiro domingo de avenida aberta a pedestres. O número é 69% maior do que a média anterior, de 639 —foram levados em conta 15 domingos. Gabriel Cabral/Folhapress
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painel do leitor
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Leitor reclama do termo "fechamento da Paulista" Versão Impressa DOMINGO, 6 DE NOVEMBRO DE 2016 LEITOR DARCIO DE SOUZA DE SÃO PAULO 03/11/2015 02h00
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18:57
Cultura
Aborreço-me ao constatar a insistência com que a Folha se refere ao novo espaço público de lazer e interação com a cidade aos domingos, como "fechamento da Paulista". Na verdade o que ocorre é a "abertura da Paulista" aos seus verdadeiros donos:Últimas notícias cidadãos de todas as classes, raças, credos e gêneros, independente de terem ou não condições de comprar um carro, moto ou bicicleta. A cidade Livraria: Livro conta história que inspirou o musical "Wicked" merece e precisa de iniciativas inclusivas como essa.
Pedro Saad - 25.out.15/Folhapress
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Fechada para carros, avenida Paulista atrai piqueniques e shows de música DE SÃO PAULO
10 mil
Nem o vento frio e o céu nublado desanimaram os frequentadores da avenida Paulista neste domingo (18). Fechada para carros, a via foi se enchendo de ciclistas e pedestres ao longo dia, que aproveitavam o espaço para fazer piqueniques e shows.
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Em dia nublado avenida Paulist
18/10/2015 16h44 Compartilhar
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Av. Paulista é f saiba como fica região
Avenida Paulis vira via de laze
O início do dia foi morno mas, por volta das 14h, a avenida estava lotada de pessoas que aproveitavam a tarde de domingo no local –algumas, sentadas em cangas de praia. "É como se fosse o quintal de casa", diz a turismóloga Fabiana Ribeiro, 36, moradora da rua Bela Cintra, na região da Paulista, que fazia um piquenique com amigos. Daniel Chabod, 68, aproveitou o evento para levar três colegas franceses para fazer turismo. "Em Paris, nós temos muitas vias fechadas para carros nos finais de semana, para mim não é estranho, pelo contrário, é genial", diz. Para o publicitário Guilherme Yotta, 24, frequentar a avenida livre de carros aos domingos é "a criação de um novo hábito" para a cidade. Com isso, porém, outras questões começaram a aparecer. "Se fosse mais limpa, seria mais agradável", afirma.
TRAGÉDIA NO RIO DO
Reparação após a tr conflitos e opõe víti
De DJs a violoncelos, muitos músicos aproveitaram o espaço livre para fazer apresentações. Os shows atraíam quem passava pelo local, formando aglomerações em diversos pontos de pessoas dançando e batendo palmas.
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Avenida Paulista fechada para carros
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Moacyr Lopes Junior/Folhapress
CRIME E ABANDONO
Pobreza, desmatam madeira e ouro mar
cotidiano
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Tribos da Paulista: Veja figuras que podem ser vistas na avenida fechada Tribos da Paulista
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Fechamen velocidade
Zanone Fraissat/Folhapress
Haddad vo da Paulista federal
Haddad va recebida p carros
Edição i
JULIANA GRAGNANI ZANONE FRAISSAT DE SÃO PAULO
TRAGÉDIA NO R
Reparação ap conflitos e op
08/11/2015 02h00 Compartilhar
1,1 mil
Como em cidades do interior, há quem fique sentado em uma cadeira de praia assistindo aos pedestres e ciclistas no novo espaço de lazer dominical de São Paulo.
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Esse observador da avenida Paulista pode registrar, ao longo do dia, protestos, músicos em uma esquina própria e dançarinos em outra, jogos, intervenções e encontros fortuitos. Ali, as pessoas interagem e
CRIME E ABAND
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/11/1703611-tribos-da-paulista-veja-figuras-que-podem-ser-vistas-na
39
2 paisagem
Este capítulo pretende, em uma primeira imersão na avenida, registrar e entender o que constitui essa paisagem. Seus limites, agentes e mudanças são efêmeros, porém se apoiam em uma paisagem preexistente e material da Paulista. Assim, busca-se entender primeiramente o limite dessa paisagem, as formas de usar o espaço de lazer, os objetos trazidos para que esses usos sejam efetivados, e a relação que surge entre as dinâmicas sociais identificadas com as preexistências da avenida - faixas, canteiros, calçadas e edifícios.
41
Dessa forma, em um primeiro momento, para compreender e analisar a pós ocupação da Paulista aberta, optou-se por realizar registros das ocupações a nível do olhar, em um processo de identificação de usos e padrões por meio de fotos e vídeos, e a partir dos resultados audiovisuais, analisá-los graficamente. A transcrição para o desenho foi escolhida por permitir uma seleção muito precisa de que elementos mostrar e uma capacidade de dissecar inúmeras partes uma mesma cena, facilitando o estudo. Sobre a decisão de, em um primeiro momento, representar a partir da altura do olhar a paisagem, Jean-Mac Besse faz uma precisa colocação em O gosto do mundo: “O olhar aéreo seria como um olhar cartográfico: visto do alto, o espaço terrestre fica achatado, por assim dizer, e verticalidade do olhar contribui a transformar a paisagem em uma espécie de mapa dela mesma. De forma oposta, a frontalidade do olhar do pedestre indo ao encontro das coisas e dos seres nos caminhos restitui ou conserva da paisagem seus planos de fundo, suas perspectivas, suas margens invisíveis, suas espessuras inesperadas, precisamente a sua profundidade. (…) Num caso, o espaço é dado como um quadro a priori da experiência; no outro, vai se descobrindo aos poucos, ou melhor, vai se formulando e reformulando, à medida da progressão dos itinerários.” (BESSE, 2014 p.209) Assim, pretende-se nesse capítulo explorar o registro a nível do pedestre, entendendo até que ponto esse pode dar conta do entendimento da paisagem em questão.
42
indentificação
registro
análise
43
2.1 limites Da percepção imediata de que ao entrar na Paulista aberta havia uma mudança brusca na paisagem, veio a vontade de observar o que estava separando essa paisagem e delimitando-a. Por volta das 10h da manhã nos domingos, alguns carros ainda passam pela avenida, enquanto as pessoas já começam a andar de bicicleta e a correr no asfalto. O pedestre ocupa definitivamente a via quando os guardas de trânsito posicionam os cones, fitas e cavaletes fechando as vias transversais. São esses dispositivos de fechamento, normalmente utilizados para organizar o trânsito, que conformam essa paisagem dedicando o espaço exclusivamente para as pessoas. Além desses dispositivos, outros objetos são utilizados como apoio à abertura: cones, guarda-sóis e placas de PARE organizam o fluxo e carroças adaptadas levam as bicicletas extras de aluguel para a avenida. Quando esses objetos são tirados da via, os carros voltam a transitar e o limite da paisagem se desfaz.
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45
cavalete
fita
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cone
sinalização bicicletas
transporte bicicletas
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faixa faixa faixa ciclofaixa (pedestres) (pedestres) (pedestres)
ciclovia
ciclofaixa
faixa faixa faixa (pedestres) (pedestres) (pedestres)
49
2.2 asfalto A Avenida Paulista se consolidou fisicamente na forma que se conhece hoje por meio de processos ligados à alterações de legislação, mudanças de modais para o transporte público - retirada dos bondes, por exemplo - reformas e alargamentos. Pode-se dizer que em todas as alterações físicas pensou-se um lugar em que o pedestre se restringe à calçada e o carro ao asfalto, sendo toda sinalização, organização, alargamentos e canteiros voltados para essa lógica. Dessa forma, quando a avenida é aberta ao pedestre, as atividades e programas que surgem tornam-se indeterminados, e a preexistência material se torna um cenário para essas atividades e um suporte para que elas ocorram. Há portanto uma relação entre usos e lugar, entre a paisagem efêmera e a paisagem estática preexistente. Primeiramente optou-se por identificar e classificar alguns usos em categorias gerais. Duas principais categorias encontradas foram atividades mais individuais, as quais não promovem aglomeração em torno delas, e outras como shows, aulas, e comércio que sim promovem aglomerações. Há uma distinção nos motivos da ida à avenida aberta. No primeiro caso busca-se desfrutar o espaço de lazer, participando dessa paisagem como espectador. No segundo caso, há uma intenção ligada a comercialização de bens e serviços na maioria da vezes, seja pela venda de produtos ou pela realização de eventos. Ainda assim, existem atividades que não se encaixam nessas duas categorias, como aulas de dança que são abertas e não pedem contribuições financeiras. Esse tópico pretende, portanto, criar uma espécie de catalogação dos usos encontrados afim de facilitar o estudo posterior, restringindo o universo de observação.
50
Indeterminacy might be to allow oneself to be surprised Indeterminacy might be the suspension of certainty Indeterminacy might be the capacity to listen Indeterminacy might be the capacity to react Indeterminacy might be the capacity to be available Indeterminacy might be the capacity to interpret Indeterminacy might be the capacity to try Indeterminacy might be the capacity to adapt Indeterminacy might be the capacity to be wrong and to do something about it Indeterminacy is a capacity Indeterminação pode ser deixar-se surpreender Indeterminação pode ser a suspensão da certeza Indeterminação pode ser a capacidade de escutar Indeterminação pode ser a capacidade de reagir Indeterminação pode ser a capacidade de estar disponível Indeterminação pode ser a capacidade de interpretar Indeterminação pode ser a capacidade de tentar Indeterminação pode ser a capacidade de adaptar Indeterminação pode ser a capacidade de estar errado e fazer algo sobre Indeterminação é uma capacidade
(MESSU, 2011, p.111) tradução livre 51
usos que promovem aglomeração são usos que tem por característica criar uma aglomeração de pessoas ao seu redor, em geral atividades que buscam ou precisam de um público são eventos como shows de música, mágicos, aulas de dança, ou ainda comércios ambulantes
52
usos que não promovem aglomeração são usos individuais ou em pequenos grupos que realizam atividades voltadas ao lazer, não dependendo de outros agentes para realizá-las
53
categoria geral
usos que não promovem aglomeração movimentos contemplativos
54
categoria específica
são movimentos individuais ou em pequenos grupos que permanecem no mesmo local da avenida
dispositivo
individual
região de ocorrência
bordas da avenida
casos registrados
cadeira de praia jogo de cartas corda piquenique descanso
55
56
57
categoria geral
usos que não promovem aglomeração movimentos de fuxo
categoria específica
são movimentos lineares individuais ou em pequenos grupos, independente do meio de transporte
dispositivo
individual
região de ocorrência
segundo organização de faixas parte central da avenida principalmente
casos registrados
58
passeio com cachorro patins
59
categoria geral
usos que promovem aglomeração usos que dependem de um dispositivo
categoria específica
são usos que precisam necessariamente de um dispositivo de suporte para acontecer, como eventos ou ainda o comércio.
dispositivo
dispositivos de apoio
região de ocorrência
bordas da avenida exceções se posicionam nas faixas do meio para ter mais visibilidade
casos registrados
60
banda vendedor de côco karaokê “pago para ouvir sua história” sorvete
atividade
dispositivo
61
atividade
62
dispositivo
atividade
dispositivo
63
categoria geral
usos que promovem aglomeração usos que definem seu espaço
categoria específica
são usos que optam por delimitar o espaço de atuação no asfalto. Essa delimitação não envolve quem parou para assistir
dispositivo
dispositivos de delimitação
região de ocorrência
bordas da avenida
casos registrados
64
aula de karatê mágico
atividade
dispositivo
65
categoria geral
usos que promovem aglomeração usos que se apoiam em preexistências
categoria específica
são usos que utilizam elementos físicos da avenida como apoio.
dispositivo
dispositivos de apoio
região de ocorrência
bordas da avenida
casos registrados
66
ponto de ônibus (shows) grades (ambulantes)
atividade
dispositivo
67
categoria geral
categoria específica
usos que promovem aglomeração manifestações estrapola padrões de ocupação, não será aprofundado
dispositivo
-
região de ocorrência
-
casos registrados
68
69
2.3 praia Grande parte dos usos, mesmo aqueles que não promovem aglomerações, apoiam-se em algum tipo de objeto. Cangas, cadeiras, geradores, caçambas, palcos, uma série de instrumentos ordinários que quando são usados nas ocupações tem a capacidade de alterar paisagem. O asfalto opera de forma muito semelhante à areia da praia, onde dois chinelos delimitam o campo de futebol e um um guarda sol pode criar um espaço mais privado. Existe, tanto na praia como no asfalto, uma idéia de informalidade e efemeridade, onde tudo que se montou para apoiar as atividades deve ser desfeito até o final do dia, o que faz com que a Paulista aberta de assemelhe mais ao modelo da praia como espaço de lazer com o modelo de praças em São Paulo. Nota-se também que alguns objetos, principalmente os de apoio ao comércio são frequentemente versões adaptadas para a mobilidade necessária na avenida - como o karaokê e o carrinho de sorvete, registrados no capítulo anterior. “Na praia, uma pessoa ocupa um espaço de múltiplas formas: comprando/vendendo, descansando/brincando, movendo/ permanecendo. Existe um engajamento diferente com o espaço a cada visita. Sempre surpreendente, o fenômeno de ir à praia acentua o magnetismo da praia como um modelo urbano.” (AQUINO, Eduardo; SHANSKI, Karen, 2009, p.47) No livro complex order- intrusions of public space o escritório spmb fala sobre o conceito de “beachscapes” - paisagem da praia - baseando-se nesse princípio para sua própria produção arquitetônica. Segundo eles, a paisagem da praia oferece maior potencial que a estrutura de edifícios para negociações, como entre pessoas e objetos, economia e cultura - definindo esse território como dinâmico e em constante transformação. Essa definição aproxima a idéia de beachscapes com a paisagem da avenida
70
imagem 12. > Foto “Enseada” de Cássio Vasconcellos, edição minha Original disponível em: <https://www. cassiovasconcellos. com.br/galeria/aereasserie-2/> Acesso em dez.2016
aberta, onde a toda momento acontecem negociações de espaço e convívio, assim como políticas e econômicas envolvidas no ato da abertura estão presentes, e que a cada semana se transformam pelo numero de atividades e tipos de uso que vão surgindo.
71
72
73
74
75
2.4 aglomerações Identificada a diferença entre usos que promovem e que não promovem aglomerações, esse item pretende entender melhor os primeiros eventos, principalmente, onde se concentram, como se organizam e que agentes estão compondo a aglomeração. Em ocasião de uma palestra realizada pelo Sesc (Serviço Social do Comercio) em São Paulo, o autor Francesco Careri fez uma analogia afim de entender melhor a organização das cidades1. Segundo ele, a cidade seria como um mar onde os fluxos acontecem, enquanto as ilhas são os momentos de parada desse fluxo. Essa idéia foi apropriada aqui na busca pela compreensão de que a Paulista, mesmo quando aberta ao pedestre, mantém um fluxo linear de “vai e volta” - onde se veem pessoas à passeio, outras praticando esporte - e ao longo da avenida existem alguns momentos de parada, os eventos, que seriam as ilhas em meio à esse fluxo. Entende-se, portanto, que os momentos de parada ocorrem individualmente ao longo de toda avenida, mas também acontecem com forma e volume nesses eventos. Assim, as quatro visitas iniciais tiveram como objetivo mapear onde os eventos ocorriam para visualizar em que região se concentravam. Observou-se que na região entre Conjunto Nacional e Masp haviam mais eventos, os quais iam dissolvendo-se no sentido Vila Mariana2. Isso revela de certa forma uma relação direta com a construção de uso da avenida trazida no primeiro capítulo. Essa região concentra a maior parte do comércio e equipamentos culturais, portanto é mais geralmente ocupada por pedestres no dia-a-dia. Além disso, edifícios como Conjunto Nacional, Center3 e Masp estão habitualmente ocupados por pedestres e são edifícios icônicos, tomados como símbolos da avenida. Após entender onde estão concentradas as atividades, decidiu-se elaborar algumas análises dessas aglomerações para entender quais agentes participam, assim como a relação que cada uma delas estabelece com um lugar. Primeiro, percebe-se que grande parte das vezes as faixas de trânsito possuem um papel importante tanto no tamanho da atuação - tanto no caso de uma delimitação precisa da atividade (ver usos que definem seu espaço no item anterior) - como no posicionamento do público, 76
1. palestra realizada pelo Sesc no dia 05/07/2016parte de uma séire de palestras pós-flip (Festa Literária Internacional de Paraty).
2. Foram registradas em mapa apenas as 4 visitas iniciais, porém isso se confirmou em todas as visitas realizadas no período desse trabalho.
3. o tema da escolha do lugar como estratégia e da composição das aglomerações será mais aprofundado no capítulo3. O objetivo desse item é indroduzir essa questão em eventos menores, relancionano-os principalmente com a organização por faixas.
que também de certa forma se organiza por faixas, como será visto adiante. Além das faixas serem geralmente uma base para a delimitação do tamanho da aglomeração, outros elementos são usados como suporte ou plano de fundo. No momento em que o agente de aglomeração - a banda, o mágico, o professor - escolhe um lugar na avenida para se instalar, uma série de decisões são tomadas que levam em consideração as condicionantes físicas daquele lugar específico, é uma espécie de ação projetual do indivíduo3. Ao longo da avenida diversos tipos de estratégias são usadas nesse sentido, porém não existem regras, cada caso deve ser analisado individualmente.
tamanho ocupado pelo agente de aglomeração área de aglomeração 01: mais densa área de aglomeração 02: mais dispersa
77
visita 01 07/08 11h-13h 18 C
78
visita 02 28/08 12h-14h 28 C
visita 03 28/08 11h-12h 17h-19h 20 C
visita 04 28/08 16h-18h 25 C
visita 05 09/10 14h-16h 28 C
visita 06 16/10 10h-12h 32 C
visita 07 23/10 13h-14h 30 C
visita 08 02/11 16h-18h 27 C
visita 09 13/11 15h-19h 23 C
79
análise 01 show mágica/ define seu espaço/ evento 1 faixa
*
mágico (provoca evento) ajudantes
espectador (envolvido)
definição de espaço
faixa (referência)
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análise 02 aula de karatê/ define seu espaço / evento 2 faixas
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professor (trabalho) definição de espaço faixa (referência)
não envolvido
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alunos (usufruto)
espectador (externo)
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nรฃo envolvido
espectador (externo)
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alunos (usufruto)
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professor (trabalho)
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análise 04
aglomeração do evento (mov contemplativo)
agente de aglomeração (dispositivo de apoio)
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evento 2 faixas: segunda faixa: não entra em liberada para o fluxo conflito com a da avenida circulação terceira faixa: primeira faixa: epaço utilizado pelos epaço utilizado pelo espectadores agente realizador do evento
movimento de fluxo
evento com apoio em preexistencia
comércio (dispositivo de apoio) evento calçada + 3 faixas: entra em conflito com circulação da avenida
evento com ocupação máxima: as três faixas de circulação são ocupadas por uso contemplativo. a banda em questão utiliza o ponto de ônibus como cenário
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evento 2 faixas: não entra em conflito com a circulação evento que necessita de dispositivo (dispositivo de apoio)
canteiro- fundo do evento
agente de aglomeração
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público arrecadação
público
evento calçada + 3 faixas: entra em conflito com circulação da avenida evento com apoio em preexistencia
faixa (referência)
ponto de ônibus- fundo
público arrecadação
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3 ilhas
Esse capítulo pretende entender a formação das ilhas por meio do registro cartográfico, com ênfase na relação entre três casos escolhidos com a paisagem material da avenida. Tal entendimento será dado inicialmente pela escolha de uma ferramenta capaz de registrar as aglomerações como um todo para fins de análise. Além disso, leva-se em conta a relevância das mídias sociais para a realização desses eventos, os quais são, muitas vezes, previamente marcados e organizados através das redes, e, por fim, o desenhos de três casos que apresentam diferentes estratégias na escolha de locais específicos da avenida.
91
3.1 registro cartográfico Após ter selecionado aspectos relevantes da paisagem pelo registro a nível do olhar, compreendendo que as aglomerações possuem um papel importante na constituição da mesma, buscou-se uma uma ferramenta que permitisse analisá-la. Entendendo que o registro a nível do pedestre opera em função de descobrir a paisagem, com suas variantes, perspectivas e planos de fundo1, no momento em que se tenta registrar aglomerações maiores este se esgota e se torna ineficiente uma vez que, com a quantidade de pessoas perde-se a profundidade e não se vê o evento como um todo. Nesse sentido, a visualização cartográfica permite um distanciamento do plano do asfalto gerando uma total visualização do evento, por isso pode-se dizer que o olhar do pedestre seria um processo de descobrir, enquanto o olhar aéreo seria o de analisar. Como coloca Jean-Marc Besse:
1.BESSE, 2014, p.208
“O mapa e o itinerário parecem, assim, apresentar-se como dois modos distintos, se não alternativos, de percepção, organização e recorte do espaço. Constituiriam como dois polos da nossa relação com a espacialidade. De um lado, haveria de ‘ver o espaço como um mapa’, e do outro, de ‘vê-lo como um percurso’ ou um caminho. A esse respeito, poderíamos, sem dúvida, relacionar essa distinção com a questão do olhar sobre a paisagem, mais exatamente com a questão da ‘ altura’ desse olhar.” (BESSE, 2014, p.208) Para isso utilizou-se um drone afim de registrar com fotos e vídeos uma manhã de domingo na avenida, os quais, mais adiante, foram analisados através do desenho2. Essa ferramenta gerou uma visualização que possibilita a análise do evento, das faixas não ocupadas e do espaço material ao redor. É interessante notar que ao subir o olhar, é possível perceber os acontecimentos em outra escala. Com o distanciamento e a mudança nos planos da imagem, que não mais se sobrepõe como a nível do pedestre, a 92
2. as fotos e vídeos do drone são creditadas à Pedro Barros, que realizou o vôo durante a visita.
sensação imediata é de uma avenida aparentemente mais vazia, já que os usos tornam-se mais dispersos. Isso revela a importância da mudança do ponto de vista sobre a paisagem, que se altera e se torna mais passível de análise através do olhar cartográfico.
registro pedestre
registro cartográfico
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3.2 paisagem virtual No momento que o agente de aglomeração inicia sua atividade - quando uma banda começa a tocar, um vendedor abre sua barraca, um professor começa sua aula - percebe-se um magnetismo, um fenômeno de atração de pessoas no entorno que influencia os fluxos. Esse acontecimento é espontâneo, a pessoa que passava não necessariamente previa esse momento de parada. Entretanto, no caso da Paulista, é comum que muitos desses eventos sejam marcados previamente nas mídias sociais, o que tem como resultado uma espécie de paisagem virtual daquele acontecimento, uma camada adicional à aglomeração. Quando um evento é lançado em mídias sociais, significa que o público presente não necessariamente parou seu fluxo em função desse, já que muitas vezes o tal evento era o próprio motivo do comparecimento na avenida aberta. Além disso, a rede virtual de compartilhamento continua ativa enquanto os mesmos acontecem e, até mesmo após o fechamento, faz com que mais pessoas vejam e queiram comparecer no próximo domingo para vivenciar a abertura, o que tem como resultado final uma espécie de alimentação contínua do volume de pedestres. Assim sendo, segue uma série se capturas de tela de diversas redes sociais realizadas afim de mostrar a questão imagética da divulgação da avenida aberta e seu apelo para que mais pessoas frequentem a avenida.
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Olá, povão! Este mês sai o Just Dance 2017 e isso significa o que? Flash mb de lançamento! Novamente a Ubisoft Brasil fez uma parceria com o Grupo Dance Party para fazermos juntos a gravação deste evento especial, vamos celebrar a nova edição do jogo, pq a gente está aqui pra divulgar e enaltecer a franquia kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. No dia da apresentação vamos nos reunir no fundo da Alameda Rio Claro que fica na Avenida Paulista que fica próximo a saída da estação TrianonMasp (linha 2-verde do metrô), provavelmente terá uns food trucks ou comércio lá, então vamos ficar ensaiando afastado deles basta nos procurar ;) Ainda estamos definindo o local da apresentação, fique de olho, chame os amigos, os primos, os tio... Ver mais
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3.3 estratégias Para a análise e transcrição das ilhas por meio do registro cartográfico, foram escolhidos três casos a partir da visita realizada com o drone. Cada caso adota uma estratégia diferente para a escolha do local do evento, mesmo que as motivações das escolhas sejam semelhantes. Essas estratégias são entendidas como ações projetuais realizadas pelas pessoas que realizam o evento. A Paulista, assim, funciona como um fundo, uma base onde a paisagem efêmera opera. Cada ilha nessa paisagem possui um conjunto de regras a constituem, começando pela escolha do lugar. Cada aglomeração tem suas regras, as quais atuam de forma individual, de modo que não existem determinações gerais aplicáveis a todos os casos posto que essas podem prever outras formas de usos posteriores. Portanto, o trabalho se coloca como um exercício de identificação de caso a caso para entender as relações estabelecidas com a paisagem material, constatando que essa relação existe e que existem padrões recorrentes, porém não caracterizam-se como normas gerais. Sobre a questão da tentativa do registro e pesquisa de conceitos empíricos, Jean Marc-Besse, utilizando de citação de Umberto Eco, coloca: “‘ A noção de tentativa torna-se crucial aqui. Se o esquema dos conceitos empíricos é um constructo que busca tornar os objetos naturais pensáveis e se a síntese dos conceitos empíricos não pode nunca ser feita, já que será sempre possível descobrir, durante experiências posteriores, novos caracteres (nota) do conceito, então os próprios esquemas só podem ser revisáveis, falhos, e destinados a evoluir no tempo’ (Eco, U.,1997, p.100 apud BESSE, 2014, p.162) (…)Toda percepção, toda denominação, toda descrição, nesse sentido, deve ser
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considerada uma hipótese ou uma interpretação, isto é, no modo do como se. Tudo acontece como se este algo que se mexe na minha frente fosse um cavalo, ou um ornitorrinco. Como se este algo fosse um exemplo do conceito que possuo, ou um caso da regra que conheço.” (BESSE, 2014, .162) Nota-se ainda que nos três eventos registrados não está presente o conflito de espaço com outros agentes da avenida. Observa-se essa ausência de conflito na busca de recuos onde o público do evento não atrapalha a circulação de pedestres e pelo volume de pessoas presentes, que não chega a barrar o fluxo. Isso pode ser dito porém apenas na duração desse trabalho, pois a abertura ainda é muito recente e as formas de se usar a avenida ainda estão sendo construídas.
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aglomeração
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evento 3 faixas+calçada
uso que promove aglomeração depende de dispositivo de apoio
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1.conjunto nacional 2.sombra 3.calรงada 4.canteiros 5.faixa pedestre 113
1.conjunto nacional A escolha por parte da banda (agente de aglomeração) para se instalar nesse ponto começa pela decisão dá área. Nesse caso, está na região de maior fluxo, entre Conjunto Nacional e Masp. Além disso o próprio Conjunto Nacional é um lugar de fluxo intenso de pessoas e um dos edifícios ícones da avenida, sendo assim um ponto fácil para que o evento seja marcado.
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2.sombra A sombra é também uma condicionante importante na escolha do lugar. O evento em questão tem a sombra da marquise do Conjunto Nacional, da árvore ao lado e de árvores menores nos canteiros. Isso ajuda com que mais pessoas parem para ver o evento, é um item que gera mais magnetismo.
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3.calçada + esquina Ao se posicionar na calçada, há mais espaço para a audiência no asfalto. Dessa forma a banda permite que a aglomeração ocupe três faixas, chegando até os cones que dividem a ciclofaixa. Além disso, por estar próximo à uma esquina, um dos pontos de entrada da avenida, a banda tem mais visibilidade.
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4.canteiros Os canteiros, no caso desse evento, funcionam em dois sentidos: os músicos apoiam seus instrumentos neles, uma vez que existe circulação afrente e atrás do ponto que se posicionaram. Além disso, os dois canteiros ao lado da banda fazem uma espécie de enquadramento, como um palco.
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aglomeração
agente de aglomeração
conjunto nacional 118
fluxo
dispositivos
evento ativo aglomeração formada enquanto a banda toca chega a ocupar até 3 faixas, enquanto o fluxo linear na avenida acontece com baixa intensidade nesse momento, é estabelecida a relação principalmente com faixas de trânsito e canteiros
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objetos nesse evento dois tipos de dispositivos atuam: dispositivos de organização, que definem os fluxos e dão limite à área de aglomeração; e de apoio, que permitem que a banda realize seu show
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pessoas que permaneceram apĂłs o tĂŠrmino do evento
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sombra a sombra é um elemento que promove aglomeração durante e após o evento. Algumas das pessoas se mantém onde estão mesmo após a banda parar sua atividade, mostrando que é um motivo a mais para a parada durante o evento.
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pessoas que permaneceram após o término do evento
pessoas que se locomoveram após o término do evento
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evento desativado no momento que a banda para de tocar, a relação estabelecida entre paisagem material e paisagem efêmera se desfaz
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sobreposição mesmo quando o evento acaba e a aglomeração se desfaz, a paisagem material continua sendo um potencial lugar para novas relações em novos eventos.
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aglomeração
02
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evento esquina
uso que promove aglomeração depende de dispositivo de apoio
1.masp 2.esquina/faixa 3.fechamento 129
1.masp A escolha por parte do mágico (agente de aglomeração) para se instalar nesse ponto começa pela decisão dá área. Está na região de maior fuxo, entre Conjunto Nacional e Masp. Nesse caso, a escolha foi em uma das esquinas do Masp, que assim como o Conjunto Nacional, apresenta um fluxo intenso aos domingos, dando boa visibilidade ao evento
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2.esquina/faixa A escolha do cruzamento entre uma via transversal e a Paulista dá mais espaço para a aglomeração, permitindo com que essa não entre em conflito com o fluxo de pedestres.
3.dispositivo de fechamento O agente de aglomeração, ao realizar sua atividade voltado para a área de fluxo da avenida, escolhe uma espécie de barreira atrás dele, o que faz com que a maioria das pessoas se concentrem afrente dele. O dispositivo se torna portanto um fundo do evento.
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agente de aglomeração
fluxo
dispositiv
pessoas que entraram em movimentos apĂłs alguns instantes
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aglome
masp evento ativo na aglomeração em questão foi possível registrar apenas o evento ativo. Observa-se que algumas pessoas são mais constantes no evento que outras, que param só por alguns instantes (verde claro). Além disso, algumas pessoas ao redor estão paradas por outros motivos (azul calro)
indicação de cruzamento delimita o tamanho do círculo da aglomeração
vos
pessoas paradas na esquina acabam participando do evento
eração
pessoas paradas por motivos externos
escolha do local da mais espaço para aglomeração e um fundo, que permite que o mágico direcione sua atividade 133
aglomeração
03
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evento calçada
uso que promove aglomeração depende de dispositivo de apoio
1.alargamento 2.sombra 3.fundo 4.regiĂŁo 135
1.alargamento A aglomeração em questão adota como uma primeira estratégia o posicionamento em uma calçada alargada. Dessa forma, criase mais espaço para aglomeração - assim como os dois eventos anteriores - nesse caso locando tanto banda como grande parte do público inteiramente na calçada.
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2.sombra Assim como no primeiro evento analisado, a sombra tem um papel importante na escolha desse local por parte do agente de aglomeração - no caso a banda. Além a própria banda ficar na sombra, oferece um local sombreado à sua audiência.
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3.fundo A banda escolhe nesse caso uma parede como fundo. Além de, como no evento anterior, permitir que os músicos toquem voltados para a avenida e ser um lugar de apoio dos instrumentos, é possível fazer uma espécie de decoração ao fundo, criando um palco onde eles realizam o show.
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4.região Apesar de não se localizar ao lado de um edifício estratégico como Conjunto Nacional ou Masp, que são áreas de maior movimento, o evento em questão ainda está em uma região com um fluxo grande. Está no lado oposto do Shopping Cidade São Paulo, que por permanecer aberto aos domingos atrai certo movimento.
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pessoa interrompendo o evento
pessoas no evento sem banda
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dispositivos
evento desativado durante o evento, uma pessoa fez com que a banda parasse de tocar temporariamente (em vermelho). Isso gerou uma dispersão que enfraquece as relações entre aglomeração e elementos físicos.
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agente de aglomeração
dispositivos
fluxo
pessoas entre fluxo e aglomeração 142
evento ativo no momento que a banda volta a tocar, mais pessoas começam a parar e se aglomerar ao redor
evento compartilhado
aglomeração
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sobreposição relação entre paisagens se intensifica com a retomada do evento
a parede ao fundo permite que a banda decore seu evento e direciona ela para o público
a sombra, assim como na análise 01, é mais um elemento que favorece a aglomeração
o alargamento da calçada permite que a aglomeração se concentre fora do asfalto 145
estratégias evento 01
evento 03
-
sombras
fundos
evento 02
-
recuos
localização
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-
Os quatro parâmetros aqui encontrados - sombras, fundos, recuos e localização são estabelecidos afim de comparação na duração do trabalho. Outros podem surgir em outros eventos, que podem dar soluções inusitadas e não registradas por esse trabalho. Na comparação desses três eventos, nenhum deles possui todos os parâmetros, cada caso indica as regras em que está operando, e não necessariamente corresponde a todas condicionantes. Como dito anteriormente, o trabalho se coloca como um exercício de observação e relação entre paisagens, mas não existem regras, outros eventos comparados podem resultar em conclusões distintas.
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teste com sobreposições Em um último momento, foram testadas diversas combinações entre o desenho de ocupações de pessoas e as bases dos casos escolhidos. Essas combinações podem gerar novas possibilidades, estranhezas, ou ainda confirmar a especificidade entre ocupação e paisagem física.
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considerações finais
O trabalho, portanto, se propõe a um exercício de análise e identificação de temas presentes na paisagem. Um exercício de registro de um momento sob um ponto de vista, dentro de um universo de temáticas que poderiam der adotadas na Paulista Aberta. As formas de usar e as atividades ainda em construção e podem se tornar algo diferente a cada domingo, dessa maneira a pesquisa tem caráter de continuidade indefinida, uma vez que as possibilidades não se esgotam e não existem regras gerais que podem prever nem definir as formas nas quais a avenida é ou será ocupada. O primeiro capítulo busca um entendimento de que o uso atual da Paulista decorre também de uma construção histórica, não somente no que diz respeito a sua consolidação material, mas também de sua tradição de uso, que aproximou o pedestre por meio de mudanças na legislação e nas infraestruturas que incentivavam esse uso, como os pontos de transporte público, canteiros e sinalizações. Procurou-se mostrar que o fato da escolha da avenida para a abertura, mesmo com a dificuldade nas negociações para tal, faz parte dessa construção. Portanto, esses itens são importante no sentido de entender a a dimensão que a abertura semanal dessa via tem na cidade. O segundo capítulo traz o processo de identificação de limites,
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padrões de uso e elementos que são capazes de alterar a paisagem formada aos domingos. Nesse processo, a catalogação e levantamento de objetos são trazidos para criar um recorte desse universo, de modo que seja possível debruçar-se sobre ele, uma vez que as formas de usar e os movimentos são inesgotáveis. A comparação da avenida com o espaço público da praia é colocada em busca do entendimento a respeito de qual o tipo de espaço público e de lazer que a via aberta gera, os quais se assemelham mais às praias do que à espaços como as praças em São Paulo, pelo caráter efêmero e indeterminado que o asfalto oferece. Assim, o capítulo abrange os itens da paisagem que direcionaram ao entendimento das ilhas ou aglomerações e sua relação com a cenário material e preexistente. “O espaço da paisagem é, primeiramente, o daquele movimento ou daquele ímpeto que se desdobra e institui um mundo. Em outros termos, mais uma vez, trata-se, com a paisagem considerada hodologicamente1, de pensar e representar um espaço que não é dado ondologicamente como primeiro, como abrangente, como quadro fixo e estável dentro do qual se desdobrariam gestos e ações. Trata-se de conceber um espaço construído pelos movimentos, um espaço que fosse como a cristalização, também provisória, de um conjunto de eventos, um espaço movediço e sempre aberto, de certo modo, sempre passível de reformulação.” (BESSE, 2014, p.193) O terceiro capítulo, por meio do desenho de três eventos do ponto de vista aéreo ou cartográfico procura entender relações entre os eventos (paisagem efêmera) e lugar (paisagem material). As três estratégias adotadas são distintas, mostrando que não existem regras e que cada ilha deve ser analisada individualmente. Há, entretanto, alguns aspectos que geralmente são levados em conta, como a sombra, principalmente em dias de calor; o local do evento, afim de perceber se está situado perto de edifícios com 162
1. sobre o espaço hodológico, Besse coloca: “A espacialidade hodológica corresponde a essa perspectiva de um espaço em movimento, que não é preexistente ao caminho, mas que, inversamente, é produzido, tanto no plano da realidade efetiva quanto no plano da percepção, pela caminhada” (BESSE, 2014, p.192)
maior fluxo para ter mais visibilidade; o fundo desse evento, que pode ajudar a direcionar a atividade ou criar um cenário para ela; e a escolha de alargamentos ou calçadas que dão mais espaço para a aglomeração sem que essa entre em conflito com o fluxo da avenida. Desse modo, o terceiro capítulo traz a idéia de que a paisagem material preexistente e a efêmera se relacionam de forma mais intensa coma a ativação gerada pelos agentes de aglomeração, os dispositivos usados e as pessoas atraídas ao evento. De certa forma, o evento ativa elementos de paisagem material que são usados durante aquele período de tempo e quando a ilha se desativa essas relações temporárias se desfazem, e a paisagem material continua como objeto potencial para novas relações ainda a serem criadas. O trabalho cria então um entendimento da pós ocupação da avenida aberta passando pela construção histórica do uso, como vocação para espaço de lazer ocupado por pedestres; pelo levantamento de tópicos importantes do uso que levam à questão das ilhas como elementos formadores dessa paisagem; indo até o entendimento dessas ilhas e suas relações intrínsecas com a paisagem material da avenida, que varia de caso a caso. No entanto, não é possível dizer que o trabalho se encerra porque o processo de identificação de relações presentes no espaço de lazer não é previsível e não se esgota, pode-se apenas reconhecer alguns padrões dentro de certa temática, entendendo que a pós ocupação do espaço nos ajuda a compreender as repercussões não planejadas da arquitetura e do urbanismo.
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