SWISSCAM Magazine, edição 61.

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O Magazine da Câmara de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss-Brazilian Chamber of Commerce

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BRASIL

foco

aviação

focus

aviation

meio ambiente

Perspectivas para o mercado de carbono.

environment

Future scenario of the carbon market. notícias da SWISSCAM

Ambiental Expo Seminário Incentivos Fiscais Parlamentares suíços no Brasil Ambiental Expo Seminar Tax Incentives Swiss members of Parliament in Brazil

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chamber news

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Ambiente cultural no centro da Europa

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empresa SWISS originou-se em 2002 de uma fusão das antigas empresas Swissair e Crossair. Mais recentemente, desde 1° de julho de 2007, a empresa faz parte do Grupo Lufthansa que também integra a aliança “Star Alliance” e o programa de milhagem “Miles & More”. SWISS International Air Lines é a mais importante e maior empresa aérea da Suíça. Ela conta com 7.383 colaboradores, inclusive vários brasileiros que contribuem diariamente para o sucesso desta empresa. Entre estes, podemos citar Danielle de Araújo Taboada, Petra Eberle, Allan de Lima e Flavio Edoardo Frehner Perdicchia. Danielle, nascida no Rio de Janeiro, após se formar em Comércio Exterior, deixou sua cidade natal em 2005 e viajou à Suíça para aprender alemão. Com alguma experiência já no setor aeroviário, como agente de aeroporto pela Varig S.A., decidiu participar do recrutamento feito pela SWISS em 2007, quando a empresa contratou 440 comissários de bordo. Petra, uma suíça-brasileira, foi morar no Brasil com um ano de idade. Depois de terminar seus estudos secundários no Brasil, voltou à Suíça onde se formou em Comércio Internacional. Desde menina quis trabalhar como aeromoça e assim, logo decidiu mudar de ramo. Trabalhou para a antiga Crossair e também para a antiga Swissair. Por motivos pessoais deixou a aviação durante vários anos. Anos que a levaram a morar em diferentes países como Mônaco, Canadá,

Fo t o : D i v u l g a ç ã o S W I S S

editorial

Bahamas e Brasil. Mas o “vírus” da aviação é algo que não tem cura. Em janeiro de 2009, regressando do Brasil para a Suíça, decidiu retornar a este mundo aéreo, retomando suas atividades de comissária de bordo na SWISS. Allan, nascido em Santos finalizou seus estudos em 1996 e, após concluir a escola internacional de turismo em Freiburg (Alemanha), decidiu tornar-se comissário de bordo e trabalhou por alguns anos na Lufthansa, baseado em Munique. Em 2007 decidiu mudar para a SWISS. Allan adora as rotações para São Paulo. “Saio de casa para estar em casa em outro continente. Isso acontece comigo pelo menos duas vezes ao mês. É isso mesmo: como os meus pais e minha irmã moram no Brasil, fica uma perfeita combinação para mim”, é o seu comentário. Flavio, um ítalo-brasileiro nascido na Suíça, se formou em comércio exterior e estudou economia, marketing e contabilidade. Depois dos estudos, uma pessoa da família que mora no Brasil e trabalha como comissária de bordo na TAM, o fez mudar planos. Vê-la em seu uniforme e ficar sabendo que viaja por todo o mundo foi suficiente para despertar o seu fascínio pela profissão. Como consequência, não hesitou em candidatar-se como comissário de bordo assim que a oportunidade apareceu. Resultado, com apenas 20 anos de idade, já foi contratado pela SWISS. Após um treinamento intensivo e vôos introdutórios, os novos membros estão licenciados inicialmente para voar na frota Airbus 320, adquirindo cada vez mais experiência e

A Suíça, um país de 41.285 km², possui uma população de 7,5 milhões de habitantes, sendo que 21,8% são estrangeiros, entre eles 16.503 mil brasileiros (2009), segundo dados do ministério de migração na Suíça. por Danielle de Araújo Taboada e Petra A. Eberle

se preparando para os voos de longa distância operados pelos Airbus 330 e 340. Adaptar-se à nova vida na Suíça é uma surpresa. Um país multicultural no centro da Europa, onde diversas línguas e povos se encontram. Na própria Suíça há quatro línguas oficiais, o alemão, o francês, o italiano e o romanche e é sempre um prazer estar aprendendo e convivendo com esta pluralidade. Assim também é trabalhar para a SWISS. Uma empresa com colaboradores de todos os continentes, cada um com sua especialidade, unidos com uma mesma meta: oferecer aos seus passageiros a conhecida e típica hospitalidade suíça. Diferentes idiomas e culturas aqui não são barreiras, mas pontes que ajudam a unir as nações do mundo. SWISS voa para 73 destinos em 39 países ao redor do mundo, saindo de seus três aeroportos: Zurique, Basileia e Genebra. Com um Airbus A340 a SWISS leva diariamente, em 12 horas de voo, até 228 passageiros a São Paulo, ligando a Suíça ao continente sul-americano. Este percurso é atrativo tanto para o setor turístico quanto para o setor de negócios, pois liga dois importantes hubs. Naturalmente os comissários de bordo brasileiros têm um carinho especial por esta rota. Além de poderem visitar a sua terra natal, eles têm como oferecer um serviço ainda mais personalizado aos passageiros, o que na empresa aérea suíça é escrito em letras maiúsculas. SWISS tem o prazer de recebê-los a bordo para conhecer a Suíça, este país hospitaleiro no centro da Europa. swisscam magazine 61

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Cultural diversity in the center of Europe Switzerland, a country of 41,285 km2, is home to 7.5 million inhabitants. 21.8 % of which are foreigners, and of those 16,503 are Brazilians (2009), based on numbers of the Swiss Immigration Office. b y Danielle de Araújo Taboada and Petra A. Eberle

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wiss International Air Lines (SWISS) was founded in 2002, when the companies SWISSAIR and CROSSAIR merged. More recently, on July 1, 2007, the company became part of the Lufthansa Group, the “Star Alliance” and also the mileage program “Miles and More”. SWISS is the largest and principal airline in Switzerland. Currently, there are 7,383 employees in the company. Amongst them you will also find Brazilians contributing on a daily basis towards its success. To name a few, we have Danielle de Araújo Taboada, Petra Adelheid Eberle, Allan de Lima and Flávio Doardo Frehner Perdicchia. Danielle was born in Rio de Janeiro. After graduating in international business, she left her hometown in 2005 to study German in Switzerland. Since she already had previous experience in the aviation sector working as an agent for VARIG S.A., she decided to apply for a position as a cabin crew member with SWISS, in 2007. Together with Danielle, 440 new members were hired and recruited by SWISS that year. Petra, a Swiss-Brazilian, went to live in Brazil with her parents when she was only one year old. After finishing school, she returned to Switzerland where she graduated in business. Ever since she was a girl, Petra had dreamed of working as a flight attendant, so she soon decided to change her profession.

Danielle de Araújo Taboada* e Petra A. Eberle são comissárias de bordo da Swiss International Air Lines. *Danielle foi estagiária da SWISSCAM Danielle de Araújo Taboada* and Petra A. Eberle are flight attendants at Swiss International Air Lines. *Danielle was an intern with SWISSCAM

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She worked for the former Crossair as well as for the former SWISSAIR. For personal reasons, she had to leave the aviation business for several years. During this time, she lived in many different countries around the world. Besides Switzerland and Brazil, she can call Monaco, Canada and The Bahamas home. However, the “virus” of flying had no cure. In 2009 she decided to apply for a job as a cabin crew member with SWISS and was lucky enough to be accepted into the corporation in January 2010. Allan was born in Santos – SP, Brazil. After finishing his studies in 1996 and graduating at the International Tourism School in Freiburg, Germany, he decided to become a cabin crew member. He worked for a few years for Lufthansa, based in Munich. In 2007, he decided to join SWISS. He loves flying to São Paulo. Since his parents and sister live in Brazil, it is a perfect opportunity for him to visit his family. “I leave home to go home”, he says. Flavio is Italian-Brazilian and was born in Switzerland. He graduated in International business and has studied economics, marketing and accounting. After his studies, a member of his family, who lives in Brazil and works as a cabin crew member at TAM, encouraged him to change his plans. He became fascinated with the profession on seeing her in her uniform and learning that she travelled around the world. Without hesitation, he decided to apply for a job as a cabin crew member himself. So, at only 20 years of age he was employed by SWISS. After an intensive training and introductory flights, the new crew members are initially licensed to fly aboard the Airbus 320 fleet, thus acquiring more experience over time and being prepared to work on the long-haul flights operated by Airbus 330 and Airbus 340. Adapting oneself to a new life in Switzerland is a pleasant surprise. It is a multicultural country in the heart of Europe and a meeting point for different languages and different people. In Switzerland, there are four official languages and it is a pleasure to live and learn from this plurality. The same goes for working for SWISS. A company where you find people from every continent, with their own specialty, united in a common goal: to offer passengers the well known Swiss hospitality. Different languages and cultures are not seen as barriers here, but bridges to help unite the nations of the world. SWISS serves 73 destinations in 39 countries worldwide from the three main airports: Zurich, Geneva and Basel. On board one of their modern Airbus 340 aircraft, SWISS takes up to 228 passengers in and out of São Paulo daily, on twelvehour flights. This route is equally attractive for tourists as for business people, since it connects two important hubs. Of course, the Brazilian cabin crew members are especially fond of this route. Besides being able to visit their homeland, they are able to offer a more personalized service to their passengers, something that is written in capital letters at SWISS. It is SWISS’s pleasure to welcome you on board to hospitable Switzerland – the heart of Europe.

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BRASIL

foco:aviação focus:aviation

foco

Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication Director Christian Hanssen

aviação

focus

aviation

environment

Future scenario of the carbon market. notícias da SWISSCAM

Anúncios - Advertisements Denise Ortega

Ambiental Expo Seminário Incentivos Fiscais Parlamentares suíços no Brasil chamber news

Ambiental Expo Seminar Tax Incentives Swiss members of Parliament in Brazil

Fo t o : Fo t o l i a

Coordenação Editorial Editorial Coordination Stephan Buser

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Uma luta pela Aviação Geral. A fight for the General Aviation.

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A aviação ao redor do mundo. Aviation around the world.

meio ambiente

Perspectivas para o mercado de carbono.

Fo t o : Fo t o l i a

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20 Aeroportos regionais no sistema de aviação suíço. Regional airports in the Swiss aviation system. 24

Projeto Gráfico Editorial Design Markus Steiger

O segredo para o sucesso. The secret to success.

Brasil pelos céus. Skies of Brazil.

Direção de Arte Art Direction Felipe Ledier Revisão e Tradução Proofreading and Translation Global Translations.BR Denise Ortega, Hanna Weisskopf Stephan Buser Jornalista responsável Journalist in charge Ester Tambasco, MTB 48.058 Produção Gráfica - Printing NeoBand A reprodução das notícias é permitida, contanto que seja mencionada a fonte. As opiniões contidas nos artigos não refletem necessariamente a posição da SWISSCAM. The reproduction of items is permitted as long as the source is mentioned. The opinions contained in the articles do not necessarily reflect the position of SWISSCAM.

economia economy

10 Smart Grid: quando as redes elétricas começam a pensar. Smart Grid: when electricity networks start to think. jurídico legal

12 Transferência de empregados brasileiros para o exterior. Brazilian employees transferred to other countries. cultura culture

sucess story

14 Retrospectiva de Zoltan Kemeny no Masp. Retrospective of Zoltan Kemeny at Masp.

15 Buhler cresce na América do Sul. Buhler growing in South America.

case

28 Atividades de aeroporto internacional no Aeroporto de Zurique. International Airport Activities at Zurich Airport.

Avenida das Nações Unidas, 18.001 04795-900 São Paulo (SP) Brasil Tel +55 (11) 5683 7447 Fax +55 (11) 5641 3306 swisscam@swisscam.com.br www.swisscam.com.br Presidente - President Christian Hanssen

n o t í c i a s d a S W I S S C A M chamber news

Vice-presidentes - Vice-Presidents Carlos Roberto Hohl Antonio Carlos Guimarães

www.swisscam.com.br

meio ambiente environment

22 O Brasil e o Mercado de Carbono: perspectivas futuras. Brazil and the Carbon Market: future scenario.

Câmara de Comércio Suíço-Brasileira Swiss-Brazilian Chamber of Commerce Schweizerisch-Brasilianische Handelskammer Chambre de Commerce Suisse-Brésilienne

A Câmara de Comércio Suíço-Brasileira, constituída em 1945, é filiada à União das Câmaras de Comércio Suíças no Exterior e à Câmara de Comércio Internacional. The Swiss-Brazilian Chamber of Commerce, founded in 1945, is affiliated to the Swiss Foreign Trade Chambers and the International Chamber of Commerce.

Brasília, DF / 13 de junho de 2002 / 6h04’11’’+1min de exposição. Brasília, DF / 13 June 2002 / 6h04’11’’+1min of exposure.

06 Swisscam na Suíça - Swisscam in Switzerland 18 Membros do parlamento suíço no Brasil / Business Sete / 1959 (164 x 156 cm). Seven / 1959 (164 x 156 cm).

Breakfast Jurídico - Swiss members of parliament in Brazil / Legal Business Breakfast 19 Empresas Suíças na Ambiental Expo - Swiss companies at Ambiental Expo 25 Seminário “Incentivos Fiscais” - Seminar on “Tax

Próxima edição: Interculturalidade. Next edition: Interculturality

Incentives” 26 Comitês SWISSCAM - SWISSCAM committees 27 André Leal / Assembleia Geral - André Leal / General Meeting

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notícias da swisscam

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SWISSCAM in Switzerland

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tephan Buser, executive director, met SWISSCAM-members in Switzerland. During a happy hour in Zurich, the company Bamou presented excellent juices made with Brazilian fruit pulp. SWISSCAM and the other Swiss chambers of commerce in Latin America participated in the LatAmDay. This event is organized annually by the Latin American Chamber of Commerce in Switzerland together with OSEC. The goal is to present Switzerland’s economic and diplomatic strategies with these countries as well as success stories of Swiss companies. SWISSCAM’s president, Christian Hanssen, and Stephan Buser participated in the annual general assembly of SwissCham, the umbrella organization of all Swiss foreign chambers of commerce. The assembly, which was held in Interlaken on the occasion of the 75th anniversary of the corporation, was preceded by a forum for Swiss SMEs. During this event, speakers from companies like Stadler Rail, Victorinox and Nestlé shared their experiences abroad. Economiesuisse’s president, Gerold Bührer, closed the event. The gala dinner after the forum counted on the participation of the president of the Swiss confederation, Mrs. Doris Leuthard.

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SWISSCAM na Suíça

Participantes no LatAmDay, 6 de maio de 2010. Participants in the LatAmDay, 6 th May 2010.

Gerold Bührer, presidente da Economiesuisse e Doris Leuthard, presidente da Confederação Suíça. Gerold Bührer, president of Economiesuisse and Doris Leuthard, president of the Swiss confederation.

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tephan Buser, diretor executivo da SWISSCAM, reuniu-se com associados na Suíça. Durante um happy hour em Zurique, a empresa Bamou apresentou excelentes sucos feitos com polpas de frutas brasileiras. SWISSCAM e outras câmaras de comércio suíças da América Latina participaram do LatAmDay. Este evento é organizado anualmente pela Câmara de Comércio Latino-Americana na Suíça, juntamente com a OSEC. O objetivo é apresentar as estratégias econômicas e diplomáticas da Suíça nesses países, bem como histórias de sucesso de empresas suíças. O presidente da SWISSCAM, Christian Hanssen, e Stephan Buser participaram da assembleia geral anual da SwissCham, a organização que representa todas as câmaras de comércio suíças no exterior. A assembleia, realizada em Interlaken em comemoração aos 75 anos da entidade, foi precedida por um fórum para as pequenas e médias empresas suíças. Durante o evento, porta-vozes de empresas como Stadler Rail, Victorinox e Nestlé partilharam suas experiências no exterior. O presidente da Economiesuisse, Gerold Bührer, encerrou o evento. O jantar de gala após o fórum contou com a participação da Presidente da Confederação Suíça, Doris Leuthard.

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A fight for the General Aviation Economic growth has driven civil aviation in Brazil, which historically has grown faster than the GDP. b y Captain Francisco A. Lyra

The public interest must not be limited to mass transit, as if other types of aviation have no relevance for the nation’s higher goals. Services to society provided by each type of aviation do what is expected of a means of transport. Failing to appreciate the significance of business persons flying executive aircraft to any of the 3,500 Brazilian municipalities not served by regular flights is to misunderstand the role of productive investment. Restrict the reach and purpose of capital is a mistake that certain authorities have tended to make. If only 130 Brazilian municipalities are served by regular flights, who is flying to the others? General aviation. Taking a broader view, from the perspective of the State, just one person on an executive aircraft may be frequently traveling to a place where they will make a productive investment. Business people have to know the places where they will be placing money. It is crucial to analyze what is good for society. Sometimes, one single passenger on a private jet may be more relevant to the public interest than 100 people on a commercial flight, because the former may be fostering development and creating thousands of jobs. The government’s response is that operators may fly these routes, but not in major cities. However, it is in the metropolitan regions that capital, access to financial and technological resources and managerial capability are located. Moreover, business people put a lot of emphasis on convenience. If they have to travel slowly by car and then take a plane, they will eventually decide to invest elsewhere. It must be made clear that general aviation is more than essential for a nation’s development. It is necessary to advocate this concept and initiate a process of change in its perception. When a business person in an executive jet travels to France, England, Japan, or other countries, they are treated like a head of state. This is because they are seen as future investors. In Brazil, however, the treatment is quite different. Our country of continental dimensions, lacking transport infrastructure, but with huge demand, must understand this and strengthen general aviation rather than destroy it.

foco:aviação

Uma luta pela Aviação Geral O crescimento econômico tem permitido o incremento da aviação civil brasileira, que, historicamente, possui índice superior comparado ao do PIB nacional.

Numa visão maior, de Estado, aquela única pessoa que está a bordo de uma aeronave executiva pode estar se deslocando com frequência para um local onde fará um investimento produtivo. O empresário precisa conhecer o local onde colocará o dinheiro. É fundamental analisar o que é bom para a sociedade. Às vezes, um único passageiro num jato particular pode ser mais relevante para o interesse público do que 100 pessoas num avião comercial, porque ele pode promover desenvolvimento e trazer emprego para milhares de pessoas.

por Cmte. Francisco A. Lyra

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A resposta do governo é a de que o operador pode voar, mas desde que não seja nos grandes centros. Contudo, o capital, o acesso aos recursos financeiros, tecnológicos e à capacidade gerencial está nas metrópoles. Além disso, o empresário leva muito em conta a conveniência. Caso ele precise fazer um deslocamento demorado de carro, para depois ter que pegar o seu avião, acabará optando por investir em outros negócios. Tem de ficar claro que a aviação geral é mais do que essencial para o desenvolvimento de uma nação. É necessário advogar esse conceito e iniciar um processo de mudança de percepção. Quando um empresário viaja num jato executivo para países como França, Inglaterra ou Japão, por exemplo, é tratado como chefe de estado, mesmo sem sê-lo. Isso acontece porque ele é visto como um futuro investidor. No Brasil, no entanto, o tratamento dispensado é bem diferente.

sta potencialidade se deve à grande dependência da aviação para a integração do território do Brasil, o que o fez possuir a segunda maior frota de aeronaves executivas do mundo. Entretanto, paradoxalmente, autoridades insistem em não entender a relevância da aviação geral. Para elas, o interesse público restringe-se ao transporte regular de passageiros, devendo receber total privilégio no uso da infraestrutura aeroportuária. A ABAG – Associação Brasileira de Aviação Geral, pretende esclarecer o óbvio não visto. O interesse público não pode se limitar ao transporte de massa, como se as demais aviações não tivessem importância para os altos objetivos da nação. O conjunto de serviços à sociedade, prestados por cada tipo de aviação, realiza o que se espera de um modal de transporte. Não entender o significado da ida de um empresário, num avião executivo, a um dos 3.500 municípios brasileiros não servidos pela aviação regular, é não compreender o papel do investimento produtivo. Restringir o alcance e efeitos do capital é equívoco que tem sido a tendência de algumas autoridades. Se somente 130 municípios brasileiros recebem voos regulares, quem voa para os outros? A aviação geral.

O nosso País, de dimensões continentais, carente de infraestrutura de transporte, mas com gigantesca demanda, precisa entender e promover o fortalecimento da aviação geral e não o seu aniquilamento. Fo t o : M a r c i o J u m p e i

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his potential is due to Brazil’s dependence on aviation for integrating its territory, so it has the world’s second largest fleet of executive aircraft. Paradoxically, however, the authorities insist on not understanding the relevance of general aviation. They see the public interest as confined to regular passenger transport, which is given total privileges for the use of airport infrastructure. The Brazilian General Aviation Association (ABAG) aims to clarify the obvious.

Cmte. Francisco A. Cmte. Francisco A. Lyra é presidente da ABAG. Lyra é presidente da ABAG. Cmte. Francisco A. Captain Francisco A. Lyra is president of ABAG. Lyra is president of ABAG.

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Their pilots have been dubbed “Earthrounders”. This exclusive group first met in Oshkosh, Wisconsin in 2000 – a year that marked the end of a century that overcame the challenges of powered flight. In Brasilia, in May this year, as the only Earthrounders from South America, Gérard and I hosted the now bi-annual reunion of this diverse group of pilots.

Aviation around the world In 1908, Santos Dumont made his historic flight in the 14-Bis in Paris, when he took off under his own power (not with the aid of a catapult, as with in Kitty Hawk) and flew 300 metres, thus changing man’s view of the world forever. b y Margi Moss

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ince then, if we take the size of the country and its population into account, little Switzerland has generated more flights around the globe in light aircraft (maximum take-off weight of less than 7,000 kg) than any other nation. This is quite a revelation. Does the smallness of the country inspire its residents to conquer the skies? Perhaps the beauty of the Alps draws their eyes to the heavens? A look at the history of circumnavigations reveals just how few people have made such a flight since the dawn of aviation. The first ever circumnavigation was completed in 1522 by 19 scrawny mariners on the Victoria, all that remained of Magellan’s original 5-galleon 277man expedition after three years in the high seas. Despite the huge loss of life, the spices brought back from the Orient amply covered the Spanish crown’s expenses for the whole enterprise. Most importantly, this journey changed geography forever, proving once and for all that the Earth is round. Four hundred years passed before such a feat became possible by air. In 1924, the US Government promoted the first circumnavigation in an aircraft, building four amphibian single-engines for the venture. The Navy was mobilized to lend support, ensuring that – unlike in Magellan’s day – there would be no casualties amongst the crew. Only two aircraft completed the circuit. Since Magellan, literally thousands of yachtsmen have toured the globe. And yet, since 1924, only a handful of souls have undertaken this aeronautical challenge. Of the 280 flights made in light aircraft in less than 90 years, most of them occurred in the last two decades.

Fo t o : I s s e i I m a h a s h i

focus:aviation

To this day, pilots from only 30 countries have made the journey, the great majority of them from the USA, followed by Germany, Great Britain, Australia, and, in fifth place, Switzerland, with 16 flights recorded so far. All circumnavigations carried out by Swiss nationals or residents have occurred in the last 20 years. Gérard Moss, who has Brazilian and Swiss nationality, was the first to start the journey, departing from Rio de Janeiro, in June 1989, in a Brazilian-built single-engine Sertanejo. Ours was a slow three-year voyage. By the time we returned, Mr R.J. Plimpton, flying a two-engine Comache, had completed a circumnavigation originating in Switzerland.

The most internationally famous Swiss Earthrounder is Bertrand Piccard who, together with Brian Jones, in 1999, made the first ever circumnavigation in a balloon. The most internationally famous Swiss Earthrounder is Bertrand Piccard who, together with Brian Jones, in 1999, made the first ever circumnavigation in a balloon. In 2000, Swiss Air pilot HG Schmid made two circumnavigations, back-to-back and in opposite directions, in a Long Eze ultra-light he built himself. The following year, Gérard Moss made a second flight, this time alone in a Brazilian Ximango motorized glider, also the first circumnavigation in such an aircraft. He is still the only pilot from South America to have made the trip. Having almost waited for the 20 th century to end before venturing forth, it seems that Swiss pilots now embrace the challenge on a yearly basis. There is always someone ready to go, be it a couple, two friends or a lone pilot – and almost all of them chose to do so in a single-engine aircraft. This year, two Swiss airline pilots – Yannick Bovier and Fransisco Agullo – have forsaken the comfort of high-altitude routes. In May, they left Sion in two tiny ultra-light aircrafts. Bravely routing across the midPacific Ocean, they made their journey a homage to Swiss aviation pioneers. But, by using an aircraft that consumes three times less fuel and produces six times less emission than a normal light aircraft, their eyes were set on the future.

foco:aviação

A aviação ao Em 1908, Santos Dumont fez seu voo histórico no 14-Bis em Paris, quando o avião decolou com seu próprio motor (e não com a ajuda de uma catapulta, como foi o caso do Kitty Hawk) e voou 300 metros, mudando a visão do homem sobre o mundo para sempre. por Margi Moss

Margi Moss se formou em Letras e Literatura na Universidade de St. Andrews, na Escócia. Nasceu no Quênia, mas vive no Brasil há quase 30 anos, e tem nacionalidade brasileira e suíça. Acompanha o marido, Gérard Moss, em projetos ambientais, como a fotógrafa e escritora das expedições. É autora de cinco livros, sendo que o mais recente é um estudo fotográfico dos rios brasileiros: Brasil das Águas – Revelando o Azul do Verde e Amarelo. http://www.brasildasaguas.com.br / http://www.riosvoadores.com.br Margi Moss graduated in Language and Literature at the University of St. Andrews, in Scotland. She was born in Kenya, but has been living in Brazil for almost 30 years, and has Brazilian and Swiss nationality. She accompanies her husband, Gérard Moss, in environmental projects, as the photographer and chronicler of the expeditions. She has written 5 books, the most recent being a photographic study of the Brazilian rivers: Brasil das Águas - Revelando o azul do verde e amarelo (Brazil of Waters - Revealing the blue from the green and yellow). http://www.brasildasaguas.com.br / http://www.riosvoadores.com.br

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Gérard Moss sobrevoando o Monte Fuji, Japão, a bordo do Ximango. Gérard Moss aboard Ximango flying over Mount Fuji, Japan.

se encontrou pela primeira vez em Oshkosh, Wisconsin, nos Estados Unidos, em 2000, um ano que marcou o fim de um século em que os desafios do voo motorizado foram superados. Em Brasília, em maio deste ano, na qualidade de os únicos Earthrounders da América do Sul, Gérard e eu organizamos a reunião bianual com esse grupo diversificado de pilotos. Até hoje, pilotos de apenas 30 países fizeram a viagem, a grande maioria deles sendo dos EUA, seguido pela Alemanha, Grã-Bretanha, Austrália e, em quinto lugar, pela Suíça, com 16 voos registrados até o momento.

o ao redor do mundo

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esde então, se considerarmos o tamanho do país e sua população, a pequena Suíça gerou mais voos ao redor do mundo em aviões leves (peso máximo de decolagem inferior a 7 mil kg) do que qualquer outra nação.

Esta é uma grande revelação. Será que a pequena dimensão do país incentiva os habitantes a conquistar os céus? Talvez a beleza dos Alpes atraia a atenção deles para o alto? Um olhar sobre a história da circunavegação revela o número baixo de pessoas que fez esse tipo de voo desde os primórdios da aviação. A primeira circunavegação foi concluída em 1522 por 19 marinheiros esqueléticos a bordo do Victoria, que foi tudo o que restou, após três anos em alto mar, da expedição de Magalhães que começou com 5 naus e 277 homens. Apesar do elevado número de mortes, as especiarias trazidas do Oriente cobriram amplamente os gastos da coroa espanhola com toda a aventura. O mais importante foi que esta viagem mudou a geografia para sempre, provando de uma vez por todas que a Terra é redonda.

Quatrocentos anos se passaram até que tal façanha se tornasse possível por via aérea. Em 1924, o governo dos EUA promoveu a primeira circunavegação aérea, construindo quatro aviões anfíbios monomotores para o desafio. A Marinha foi mobilizada para oferecer suporte, garantindo que, ao contrário do que aconteceu na navegação de Magalhães, não haveria vítimas entre a tripulação. Apenas dois aviões completaram o circuito.

O Earthrounder suíço mais famoso internacionalmente é Bertrand Piccard que, em 1999, ao lado de Brian Jones, fez a primeira circunavegação do mundo em um balão. Desde Magalhães, literalmente milhares de iatistas viajaram ao redor do mundo. E ainda assim, desde 1924, apenas um número reduzido de pessoas enfrentou esse desafio aeronáutico. Dos 280 voos realizados em aeronaves leves em menos de 90 anos, cujos pilotos foram apelidados de “Earthrounders”, a maioria deles ocorreu nas últimas duas décadas. Este grupo exclusivo

Todas as circunavegações realizadas por cidadãos ou residentes da Suíça ocorreram nos últimos 20 anos. Gérard Moss, que tem nacionalidade brasileira e suíça, foi o primeiro a iniciar a viagem, partindo do Rio de Janeiro, em junho de 1989, em um monomotor Sertanejo, construído no Brasil. A nossa viagem foi lenta, de três anos de duração. Ao regressarmos, o Sr. R.J. Plimpton, pilotando um bimotor Comache, tinha concluído uma circunavegação iniciada na Suíça. O Earthrounder suíço mais famoso internacionalmente é Bertrand Piccard que, em 1999, ao lado de Brian Jones, fez a primeira circunavegação do mundo em um balão. Em 2000, o piloto da Swiss Air HG Schmid fez duas circunavegações sucessivas e em direções opostas, em um ultraleve Long Eze que ele próprio construiu. No ano seguinte, Gérard Moss fez um segundo voo, desta vez sozinho e em um planador motorizado Ximango, construído no Brasil. Essa foi a primeira circunavegação em um avião como esse e, até agora, ele é o único piloto da América do Sul que já realizou essa viagem. Depois de terem esperado quase até o final do século XX para se aventurar nas circunavegações aéreas, parece que os pilotos suíços agora encaram o desafio anualmente. Há sempre alguém pronto para decolar, seja um casal, dois amigos ou um piloto solitário, e quase todos eles optam por fazer a viagem em um avião monomotor. Este ano, dois pilotos da companhia aérea Swiss, Yannick Bovier e Fransisco Agullo, abandonaram o conforto das rotas de alta altitude e, em maio, saíram de Sion em dois pequenos aviões ultraleves. Bravamente seguindo sobre o meio do Oceano Pacífico, realizaram a viagem em homenagem aos pioneiros da aviação suíça. Não obstante, ao usarem uma aeronave que consome três vezes menos combustível e que produz seis vezes menos emissões do que uma aeronave leve normal, os olhos deles estavam focados no futuro. swisscam magazine 61

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economy

Smart Grid: when electricity networks start to think Amid all the tumult in Greece and other European countries, one interesting recent transaction has gone virtually unnoticed, namely the acquisition by ABB of the software firm Ventyx for more than a billion US dollars. b y Christophe Grünig

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his move will enable ABB to build on its already strong position in ‘smart grids’. One of the defining facets of smart grids is systems operations between the producers and users of electricity that are efficient both in terms of energy and costs. The energy is transported in an efficient and timely manner, to wherever it is required, at any given moment, hence the name smart grids. The importance of these grids is enormous, given that the existing, out-dated energy infrastructure in the industrialised nations is in urgent need of mod-

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ernisation. The integration of modern communications and IT technologies – such as those provided by Ventyx – in renewing the network infrastructure makes sense from a cost/benefit perspective as it increases energy efficiency many times over. The significance of handling energy efficiently is generally underestimated. While many investors are focusing on the large potential of renewable energies and technologies, increasing energy efficiency offers by far the greatest potential for reducing the consumption of fossil fuels. The appeal of this approach lies above all in the fact that the consumer does not have to cut back on things: better, smarter use of energy alone can make a substantial reduction in terms of environmental impact.

Companies such as ABB and Siemens have already made decisive investments that will enable them to offer even more professional solutions for handling energy more efficiently. However, it is not just global large cap firms that are offering attractive products in this area. Small and mid cap companies with their niche products are also making a key contribution towards increasing energy efficiency, be it in building or insulation technology, or as suppliers of more energy-efficient transport. The possibilities of enhancing energy efficiency are wide-ranging – and the investment opportunities for informed, active investors are likewise attractive.

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economia

Smart Grid: quando as redes elétricas começam a pensar Fo t o : A B B / H a l v o r M o l l a n d

Fo t o : A B B

por Christophe Grünig

Em meio a todo o tumulto na Grécia e em outros países europeus, uma operação recente e interessante passou praticamente despercebida: a aquisição da empresa de software Ventyx pela ABB por mais de um bilhão de dólares norte-americanos.

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ssa aquisição permitirá que a ABB consolide a sua forte posição atual nas “redes inteligentes”. Uma das facetas que define as redes inteligentes é a das operações de sistemas entre os produtores e os usuários de eletricidade, que são eficientes em termos de energia e de custos. A energia é transportada a qualquer momento e de uma maneira eficiente e oportuna para o local onde ela é necessária, por isso o sistema recebeu o nome de rede inteligente. A importância dessas redes é enorme, pois a infraestrutura desatualizada de energia que existe nos países industrializados precisa urgentemente de modernização. A integração de modernas comunicações e tecnologias da informação, tais como as fornecidas pela Ventyx na renovação da infraestrutura de rede, faz sentido a partir de uma perspectiva de custo-benefício, uma vez que aumenta consideravelmente a eficiência energética.

A importância do manejo eficiente de energia geralmente é subestimada. Embora muitos investidores estejam focados no grande potencial das energias e tecnologias renováveis, o aumento da eficiência energética apresenta, de longe, o maior potencial para reduzir o consumo de combustíveis fósseis. Essa abordagem é interessante, sobretudo, porque o consumidor não precisa parar de utilizar determinados produtos: apenas a utilização mais inteligente de energia pode provocar uma redução substancial em termos de impacto ambiental. Empresas como a ABB e a Siemens já fizeram investimentos decisivos que permitirão a elas oferecer soluções ainda mais profissionais para o manejo mais eficiente de energia. No entanto, não são apenas as empresas mundiais e de grande capitalização que estão oferecendo produtos atrativos nesta área. Empresas de baixa e média capitalização, com seus produtos de

segmento, também estão fazendo uma contribuição essencial para o aumento da eficiência energética, seja na tecnologia de construção ou de isolamento, ou como fornecedoras de transportes mais eficientes em termos energéticos. As possibilidades de melhorar a eficiência energética são abrangentes, e as oportunidades de investimento para investidores ativos e informados são igualmente atraentes.

Christophe Grünig é chefe de Gestão de Fortunas e Private Banking no Grupo Vontobel. Christophe Grünig is Head of Wealth Management Private Banking at the Vontobel Group.

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legal

Fo t o : S X C

Brazilian employees transferred to other countries The hiring or transferring of employees to provide services abroad is governed by Law 7064 of 1982. b y Maria Lúcia Menezes Gadotti

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he initial purpose of this law was to regulate the situation of employees hired in Brazil to work abroad, or those transferred by companies for this purpose, in particular engineering companies including consulting, project planning and design, assembly or erection, management and similar services. As amended by Law 11962, it then governed the situation of any employees hired in Brazil to work abroad, or those transferred by their employers for this purpose, thus confirming the extension of its coverage that had already been delegated by laborcourt judges and inspectors.

Any employee transferred abroad, regardless of the location where the work is carried out, is entitled to the application of Brazilian law protecting employment when the latter is more favorable than the legislation in the location concerned.

Transfer The law defines transfer as : i) an employee, whose contract was being performed on Brazilian territory, being moved abroad; ii) seconding an employee to a company based abroad in order to work abroad, as long as the employment contract with the Brazilian employer remains in force iii) a company based in Brazil hiring workers to work for it abroad. This law explicitly excludes from its protection any employee designated to provide services of a temporary nature for a period not exceeding ninety (90) days, provided that i) the employee is explicitly notified of its temporary nature ii) in addition to the cost of the return journey, the employee is paid a daily allowance, or per diem, for the period worked abroad, which, whatever its value, is not considered as a salary. Any employee transferred abroad, regardless of the location where the work is carried out, is entitled to the application of Brazilian law protecting employment when the latter is more favorable than the legislation in the location concerned. Deposits made in the employees’ severance fund land and social security contributions must be maintained during the period of absence from Brazil. Payroll contributions under the “S” system (for employee training and related facilities) shall not be owed. The company may determine the employee’s return to Brazil in the following cases: i) the employee’s service abroad being no longer required or convenient; ii) the employee’s misconduct giving rise to a cause for the termination of contract.

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The employee’s return to Brazil at the end of the period of the transfer or prior to it, is ensured in any of the following cases: i) after three (3) years of continuous employment, ii) severe needs of a family nature, duly proven iii) for health reasons, on the recommendation of a medical report, iv) if the employee’s conduct amounts to a just cause for the termination of contract (indirect annulment of employment contract).

the right to receive summons. The corporate entity domiciled in Brazil shall be jointly liable with the foreign company for all obligations arising from employment of the worker.

The company shall incur the full cost of returning to Brazil, except if this takes place on the initiative of the employee, or the latter’s serious misconduct gives rise to a cause for the termination of contract. In these cases, the employee is required to reimburse the company for expenses incurred for this purpose.

A worker’s period abroad may not be contracted for more than 3 (three) years, unless they and their dependents are assured the right to take annual vacations in Brazil, with travel expenses paid by the foreign company.

Hiring by a foreign company Hiring workers by a foreign company, to work abroad, is subject to prior authorization from the Ministry of Labor. The foreign company must prove its legal existence under the laws of the country in which it is incorporated, its share of capital stock of a corporation domiciled in Brazil of at least 5%, the existence of attorney legally empowered in Brazil with special powers of representation including

In this case, the law of the location where the work is done is applicable in relation to entitlements, benefits and labor and social security guarantees as stated by Article 198 of the Bustamante Code and the Higher Court of Labor’s ruling 207.

The foreign company shall ensure a worker’s permanent return to Brazil in the following cases: i) duration of the contract ending, or being terminated ii) for health reasons, duly supported by official medical report and recommendation. The company must arrange life insurance and personal accident insurance for the worker covering the period from their traveling abroad through their returning to Brazil, in an amount of not less than twelve (12) times the worker’s monthly remuneration.

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jurídico

Transferência de empregados brasileiros para o exterior A Lei 7064, editada em 1982, regulamenta a contratação ou transferência de empregados para prestar serviços no exterior.

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por Maria Lúcia Menezes Gadotti

al lei, inicialmente, teve por fim regular a situação de trabalhadores contratados no Brasil, ou transferidos por empresas prestadoras de serviços de engenharia, inclusive consultoria, projetos e obras, montagens, gerenciamento e congêneres, para prestar serviços no exterior.

Por força de alteração introduzida nesta lei, pela Lei 11962, ela passou a regular a situação de quaisquer trabalhadores contratados no Brasil ou transferidos por seus empregadores para prestar serviço no exterior, confirmando a extensão que já vinha sendo delegada por juízes trabalhistas e agentes de fiscalização.

Transferência A lei considera transferência: i) a remoção, para o exterior, de empregado, cujo contrato estava sendo executado no território brasileiro; ii) cessão de empregado a empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro; iii) contratação de empregado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior. Tal lei excluiu, expressamente, da sua proteção o empregado designado para prestar serviços de natureza transitória, por período não superior a 90 (noventa) dias, desde que i) tenha ciência expressa dessa transitoriedade; ii) receba, além da passagem de ida e volta, diárias durante o período de trabalho no exterior, as quais, seja qual for o respectivo valor, não têm natureza salarial. O empregado transferido, independentemente da legislação do local da execução dos serviços, terá direito à aplicação da legislação brasileira

de proteção ao trabalho, quando esta for mais favorável do que a legislação territorial. Os depósitos fundiários e os recolhimentos da contribuição previdenciária devem ser mantidos durante o período de afastamento do território nacional. Não serão devidas as contribuições referentes ao sistema “S”. A empresa poderá determinar o retorno do empregado ao Brasil nas seguintes hipóteses: i) não se tornar mais necessário ou conveniente o serviço do empregado no exterior; ii) praticar o empregado falta grave causa para a rescisão do contrato.

O empregado transferido, independentemente da legislação do local da execução dos serviços, terá direito à aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, quando esta for mais favorável do que a legislação territorial. Fica assegurado ao empregado o retorno ao Brasil, ao término do prazo da transferência ou, antes deste, na ocorrência das seguintes hipóteses: i) após 3 (três) anos de trabalho contínuo; ii) para atender à necessidade grave de natureza familiar, devidamente comprovada; iii) por motivo de saúde, conforme recomendação constante de laudo médico; iv) quando praticar o empregador justa causa para a rescisão do contrato (rescisão indireta do contrato de trabalho). A empresa deve assumir, integralmente, os custos do retorno ao Brasil, exceção feita quando este se der por iniciativa do empregado, ou quando ele praticar falta grave para rescisão do contrato. Nestes casos, o empregado é obrigado a reembolsar a empresa das despesas enfrentadas para esta finalidade.

Contratação por empresa estrangeira A contratação de trabalhador, por empresa estrangeira, para trabalhar no exterior está condicionada à prévia autorização do Ministério do Trabalho. A empresa estrangeira deve comprovar sua existência jurídica, segundo as leis do país em que é constituída, a participação do capital social de pessoa jurídica domiciliada no Brasil, em pelo menos 5%, a existência de procurador legalmente constituído no Brasil com poderes especiais de representação, inclusive o de receber citação. A pessoa jurídica domiciliada no Brasil será solidariamente responsável com a empresa estrangeira por todas as obrigações decorrentes da contratação do trabalhador. Neste caso, aplica-se a lei do local da prestação de serviços, quanto a direitos, vantagens e garantias trabalhistas e previdenciárias, conforme previsão do artigo 198 do Código de Bustamante e Súmula 207 do TST. A permanência do trabalhador no exterior não poderá ser ajustada por período superior a 3 (três) anos, salvo quando for assegurado a ele e a seus dependentes o direito de gozar férias anuais no Brasil, com despesas de viagem pagas pela empresa estrangeira. A empresa estrangeira assegurará o retorno definitivo do trabalhador ao Brasil nas seguintes hipóteses: i) houver terminado o prazo de duração do contrato, ou for o mesmo rescindido; ii) por motivo de saúde do trabalhador, devidamente comprovado por laudo médico oficial que o recomende. A empresa está obrigada a contratar seguro de vida e acidentes pessoais a favor do trabalhador, cobrindo o período a partir do embarque para o exterior, até o retorno ao Brasil, em valor nunca inferior a 12 (doze) vezes o valor da remuneração mensal do trabalhador.

Maria Lúcia Menezes Gadotti é sócia de Stüssi Neves Advogados – responsável pela área trabalhista e previdenciária. Maria Lúcia Menezes Gadotti is a partner of Stüssi Neves, responsible for matters of labor and social security.

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cultura

Zoltan Kemeny

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ascido na Hungria e naturalizado suíço, Zoltan Kemeny (1907 - 1965) pertence ao grupo dos grandes artistas da Suíça no último século, ao lado de Alberto Giacometti e Hans Arp. Ele recebeu o Grande Prêmio de Escultura na Bienal de Veneza em 1964. Zoltan Kemeny foi influenciado pela Art Brut e por Jean Dubuffet. Mais tarde, ele teve um envolvimento próximo com o movimento Cobra e, particularmente, com Corneille. Em quase 25 anos, Kemeny produziu cerca de 550 obras de arte, entre as quais as 220 esculturas de metal em relevo (entre 1954 e 1965) são as mais conhecidas. De 1945 a 2008, inúmeras exposições de Zoltan Kemeny foram realizadas em galerias e museus de todo o mundo, entre eles: no Museu de Arte Danubiana, em Bratislava (2008), no Centro George Pompidou, em Paris (2004), no Museu Cobra, em Amstelveen (2002), no Kunstmuseum, em Winterthur (1993), na 18ª Bienal

de São Paulo (1985), no Museu de Belas Artes de Zurique (1980), na Galeria Tate, em Londres (1967) e no Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova York (1967-1968). Esta exposição no MASP será a primeira grande retrospectiva de Kemeny (e de qualquer outro grande artista suíço) no Brasil. Ela será composta de 85 obras de arte. Em 2011, esta exposição se beneficiará da Lei Rouanet de incentivo fiscal e representa uma oportunidade única para que a sua empresa contribua para a promoção da Cultura e Arte Suíça no Brasil.

Para obter mais informações, contate: Prof. Dr. Teixeira Coelho, curador coordenador do MASP – Tel. (11) 3253 9595 Frédéric Drouin – Tel. (11) 9441 0736 For further information please contact: Prof Dr. Teixeira Coelho, curator coordinator at MASP – Tel +55 (11) 3253 9595 Frédéric Drouin – Tel +55 (11) 9441 0736

culture

Zoltan Kemeny

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ungarian born, Swiss naturalized Zoltan Kemeny (1907-1965) belongs to the group of Switzerland’s greatest artists in the last century, along with Alberto Giacometti and Hans Arp. He received the Grand Prix of Sculpture at the Venice Biennale in 1964. Zoltan Kemeny was influenced by the Art Brut and by Jean Dubuffet. Later on, he had a close relationship with the Cobra Movement and, particularly, Corneille. In nearly 25 years, Kemeny produced around 550 works of art, among which the 220 metal reliefs (between 1954 and 1965) are the most well known. From 1945 to 2008, numerous exhibitions of Zoltan Kemeny were held in galleries and museums all over the world, among them the Danubiana Art Museum in Bratislava (2008), the Centre George Pompidou in Paris (2004), the Cobra Museum in Amstelveen (2002), the Kunstmuseum in Winterthur (1993), the 18th Sao Paulo Biennale (1985), the Museum of fine Arts in Zurich (1980), the Tate Gallery in London (1967) and the Solomon R. Guggenheim Museum in New York (1967-1968). This exhibition at MASP will be the first great retrospective of Kemeny (and of any major Swiss artist) in Brazil. It will be composed of 85 works of art. In 2011, this exhibition will benefit from the “Lei de incentivo fiscal Rouanet” (tax-incentive law) and represents a unique opportunity for your company to contribute towards promoting Swiss Culture and Art in Brazil.

Maio – Junho 2011 May – June 2011 Acima: Dia e noite / 1945 (53,5 x 79 cm). No alto, à direita: Mulher no banho / 1945 (77 x 65 cm). Above: Day and night / 1945 (53.5 x 79 cm). At the top, right: Bathing woman / 1945 (77 x 65 cm).

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Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP Avenida Paulista, 1.578, São Paulo

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Funcionários da Buhler em Joinville. Buhler employees in Joinville.

sucess story:buhler

Buhler cresce na América do Sul Para a multinacional suíça, o Brasil é considerado mercado estratégico no continente sul-americano. por Andreas Flückiger

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tualmente, a multinacional suíça Buhler é líder mundial em tecnologia de processos. Apesar da sua liderança absoluta em mais de 140 países, a maioria das pessoas não tem conhecimento da frequência de produtos que elas se deparam diariamente nos quais a Buhler contribui, como o pãozinho da manhã, a tinta do jornal e a cerveja gelada. Neste ano, a empresa está comemorando 150 anos de história e elegeu o Brasil como peça-chave para o seu crescimento na América do Sul. Além do aniversário de 150 anos, a expectativa de crescimento nos negócios é outro motivo de comemoração. No ano passado, o Brasil foi o que obteve os melhores resultados na comparação com as demais nações do continente, representando quase 50% do total de vendas sul-americanas

da Buhler. O foco da companhia no Brasil são os mercados de moagem e seleção óptica de grãos, cervejarias, beneficiamento de arroz, chocolate e cacau, padaria industrial, rações e extrusão em alimentos. Outro caminho que a Buhler está traçando para obter crescimento na América do Sul são as aquisições. Em meados de 2008, a empresa adquiriu a Aeroglide, líder mundial na área de secagem e outros processos térmicos e, no final do ano passado, a Sanmak, número um na fabricação de selecionadoras de grãos no Brasil.

Andreas Flückiger é presidente da Buhler na América do Sul. Andreas Flückiger is president of Buhler in South America.

sucess story: buhler

Buhler growing in South America The Swiss multinational sees Brazil as a strategic market for the South American continent. b y Andreas Flückiger

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he Swiss company Buhler is currently world leader in process technology. Despite its absolute leadership in over 140 countries, most people are not aware that Buhler has a hand in making many of their everyday products, ranging from bread rolls to newspaper ink and chilled beer. This year, the company is celebrating its 150 th anniversary and has chosen Brazil as the key to its growth in South America.

As well as its 150 th anniversary, its expected business growth is another reason to celebrate. Last year, Brazil’s results topped all the other nations in the continent and accounted for almost 50% of Buhler’s total sales in South America. The company’s targets in Brazil are in grain crushing and optical selection, breweries, rice processing, chocolate and cocoa, industrial bakeries, animal feed, and food extrusion. Acquisitions are another means that Buhler is using to ensure further growth in South America. In mid-2008, it acquired Aeroglide, world leader in drying and other thermal processes. At the end of last year, it acquired Sanmak, Brazil’s top grain selector manufacturer. swisscam magazine 61

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Fo t o : M a r c e l o D e B i a s i

O segredo para o sucesso

foco:aviação

De acordo com a International Air Transport Association (IATA), a América Latina foi a única região no mundo que apresentou um resultado lucrativo no setor de transporte aéreo em 2009, e a região deve se tornar ainda mais forte em 2010. por Marcelo F. De Biasi

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Brasil, em particular, merece atenção especial. Em um ano em que a maioria das companhias aéreas estava anunciando cortes de capacidade e perdas ocorridas, as companhias aéreas brasileiras estavam, de fato, crescendo: de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a capacidade aumentou em 11% e o número real de passageiros cresceu em 12% em relação ao ano anterior. É um fato conhecido que o Brasil tem sido mais resistente à desaceleração econômica global do que a maioria dos outros países. No entanto, é preciso observar de perto o trabalho realizado pelas empresas aéreas brasileiras com o intuito de compreender totalmente por que companhias aéreas como a TAM Linhas Aéreas e a Gol Linhas Aéreas conseguiram fechar o “annus horribilis”

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de modo positivo, com lucro e um número maior de passageiros em relação ao ano anterior, ao contrário de muitas companhias aéreas tradicionais (e até mesmo algumas companhias de baixo custo) em todo o mundo.

O Brasil tem um mercado potencial de mais de 100 milhões de pessoas com renda disponível suficiente para viajar de avião. Em um ano em que os rendimentos caíram, as companhias aéreas em todo o mundo, inclusive no Brasil, foram obrigadas a tomar medidas drásticas para assegurar a receita e evitar outras perdas. Essas medidas incluíram, entre outras, um controle de custos mais rigoroso, corte de capacidade, harmonização da frota, planejamento de rede ininterrupta, hedging de combustível, ações de marketing mais específicas e orientadas para os objetivos, e ações mais voltadas para o volume de vendas. No entanto, essas medidas teriam pouco efeito se as receitas totais continuassem a cair. Além disso, as companhias aéreas como Gol, TAM e a recém-chegada Azul Linhas Aéreas enfrentaram um desafio muito distinto e difícil ao cortar a capacidade. Essas companhias têm uma carteira considerável de encomendas de aviões na Airbus, Boeing e Embraer, respectivamente, e várias entregas previstas para os próximos anos. Portanto, adiar as entregas não era uma opção, devido à quantidade de encomendas e às multas severas por cancelamento/adiamento impostas por fabricantes de aeronaves e empresas de leasing. Os aviões teriam continuado a chegar, independentemente da situação do mercado.

Diante da crescente capacidade (ociosa), as companhias aéreas foram obrigadas a pensar em formas alternativas de garantir uma receita adicional. A resposta foi a “nova classe média” do Brasil, que emergiu logo após o recente desenvolvimento econômico do país. Repentinamente as companhias aéreas brasileiras encontraram uma forma de “criar demanda” onde antes não havia nenhuma. A Gol prevê que “o Brasil tem um mercado potencial de mais de 100 milhões de pessoas com renda disponível suficiente para viajar de avião”. De acordo com um estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a classe média do Brasil aumentou de cerca de 70 milhões de pessoas, em 2003, para mais de 100 milhões de pessoas, em 2008. Além disso, houve uma grande mudança da classe “E” para as classes médias “D” e “C”, criando a “nova classe média” do Brasil. Os números mais recentes indicam que hoje apenas cerca de 16 milhões de pessoas realmente viajam de avião, tornando o Brasil um dos mercados com o maior potencial de crescimento no mundo para a indústria aérea.

Os números mais recentes indicam que hoje apenas cerca de 16 milhões de pessoas realmente viajam de avião, tornando o Brasil um dos mercados com o maior potencial de crescimento no mundo para a indústria aérea.

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O incentivo à geração de demanda na nova classe média no Brasil se tornou uma prioridade para todas as companhias aéreas brasileiras, e o trabalho realizado é baseado nos seguintes princípios: oferecer tarifas competitivas, comparáveis às oferecidas pelas empresas de ônibus interestaduais (contanto que os voos sejam marcados com antecedência), pagamento de longo prazo com parcelas mensais (a Azul, a Gol e a TAM chegam a oferecer opções de pagamento com até 60 parcelas mensais), e uma estratégia de marketing definida e direta em canais específicos, com anúncios segmentados em publicações e meios de comunicação em regiões e bairros de classe média. A Webjet Linhas Aéreas, por exemplo, tem seguido uma estratégia de marketing de anunciar tarifas promocionais nos ônibus intermunicipais, ao passo que a TAM fez parceria com o maior banco do país, o Banco do Brasil, para vender passagens aéreas em casas lotéricas de propriedade do governo. A Gol, por outro lado, tomou uma atitude mais “proativa” e inaugurou uma loja “VoeFácil”, criada especificamente para atender este “novo público” e localizada de modo estratégico na região do Largo 13 de Maio, um dos principais centros comerciais de classe média de São Paulo.

A “nova classe média” brasileira pode ter se tornado a chave para o sucesso das companhias aéreas domésticas. A “nova classe média” brasileira pode ter se tornado a chave para o sucesso das companhias aéreas domésticas. O mais importante foi que elas encontraram a chave para aproveitar todo o potencial dessa classe: facilitar a compra e oferecer preços baixos. As companhias aéreas descobriram que, por meio de iniciativas como reunir a facilidade de pagamento, o marketing direcionado e a orientação às pessoas que viajam pela primeira vez, elas podem conquistar mais passageiros, gerar mais receita e, o mais importante, receitas de alto rendimento de melhor qualidade. A estratégia parece estar funcionando porque a TAM, a Gol e a Azul preveem um crescimento saudável para o ano atual e, ao mesmo tempo, divulgam aumentos de rendimento. Marcelo F. De Biasi é Analista de Mercado da SWISS International Air Lines e Spotter. marcelo. debiasi@saospotting.com Marcelo F. De Biasi is Market Analist of SWISS International Air Lines and Spotter. marcelo.debiasi@ saospotting.com

focus:aviation

The secret to success According to the International Air Transport Association (IATA), Latin America was the only region worldwide with a profitable outcome in the air transport sector, in 2009, and the region should grow even stronger in 2010. b y Marcelo F. De Biasi

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razil in particular deserves special attention. In a year where most airlines were announcing capacity cuts and incurring losses, Brazilian airlines were in fact growing: according to the Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC – National Civil Aviation Agency), year-over-year capacity has grown 11% and the actual number of passengers grew by 12%. It is a known fact that Brazil has been more resilient to the global economic downturn than most, however one needs to have a closer look at the work being undertaken by Brazilian airline companies in order to fully grasp why airlines such as TAM Linhas Aéreas and Gol Linhas Aéreas have succeeded, contrary to many legacy carriers (and even some low-cost carriers) worldwide, to close the “Annus Horribilis” on a positive note, with more passengers on a yearover-year comparison and a profit.

Brazil has a potential market of more than 100 million people with sufficient disposable income to travel by air. In a year where yields slumped, airlines all over the world, including in Brazil, were forced to take drastic measures in order to secure revenue and prevent further losses. Such measures included, among others, a stricter cost control; capacity trimming; fleet harmonization; seamless network planning; fuel hedging; more specific, target-oriented marketing actions and more volume-oriented sales actions. Nevertheless, such measures would have had little effect if the overall revenue continue falling. Furthermore, airlines such as Gol, TAM and the newcomers Azul Linhas Aéreas faced a very distinct and tough challenge in trimming the capacity. These airlines have a considerable backlog of airplane orders at Airbus, Boeing and Embraer, respectively, and several deliveries planned for the coming years. Postponing deliveries was therefore not an option given the quantity of airplane orders and the severe cancellation/postponement penalties imposed by airframe constructors and leasing companies. Airplanes would have kept on coming regardless of the market situation. In the face of rising (idle) capacity, airlines were forced to think of alternative ways of securing additional revenue. The answer came in the form of

Brazil’s “new middle class” which emerged in the wake of the country’s recent economic development. Brazilian Airlines had suddenly found a way of “creating demand” where there was none. Gol forecasts that “Brazil has a potential market of more than 100 million people with sufficient disposable income to travel by air”. According to a study prepared by the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) and Fundação Getúlio Vargas (FGV), Brazil’s middle-class increased from around 70 million people in 2003 to more than 100 million people in 2008. Additionally, there has been major shift from the “E” to the “D” and “C” middle classes, in effect creating Brazil’s “new middle class”. The latest figures indicate that today only around 16 million people actually fly, making Brazil one of the highest potential growth markets in the world for the airline industry.

The latest figures indicate that nowadays only around 16 million people actually fly, making Brazil one of the highest potential growth markets in the world for the airline industry. Stimulating demand in Brazil’s new middle class has become a priority for all Brazilian carriers and the work being carried out is based on the following principles: offering competitive fares, comparable to those offered by interstate bus companies (as long as they are booked in advance); payment in long-term monthly installments (Azul, Gol and TAM go as far as offering 60 monthly installments); and, a specific, direct marketing strategy based on specific channels with segmented ads in publications and media outlets in high-density middle-class regions and neighborhoods. Webjet Linhas Aéreas for instance, has pursued a marketing strategy to advertise promotional fares on intercity buses, while TAM has partnered up with the countries largest Bank, Banco do Brasil, to sell tickets at governmentowned lottery houses. Gol on the other hand has taken a more “hands-on” approach and inaugurated a “VoeFácil” store, specifically created to serve this “new public”, strategically located in the Largo 13 de Maio region, one of São Paulo’s main middleclass commercial centers.

In the form of Brazil’s “new middle class”, domestic airlines might have found the key to their success. In the form of Brazil’s “new middle class”, domestic airlines might have found the key to their success. More importantly, they have found the key to unlock their full potential: facilitating purchase, and offering low fares. Airlines have discovered that through initiatives such as combining ease of payment, targeted marketing and guidance to firsttime flyers, they can win more passengers, generate more revenue and, more importantly, better quality, high-yield revenue. The strategy seems to be working because TAM, Gol and Azul are predicting a healthy growth for the current year while, at the same time, reporting yield increases. swisscam magazine 61

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chamber news

Swiss members of parliament in Brazil

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rom May 10 to 15, five members of the Swiss parliament were on a visit to Brazil. They are part of a voluntary study group which has been visiting the different BRIC countries over the last few years. Now it was the turn of Brazil and they wanted to understand the economic power and the potential opportunities in the country.

notícias da swisscam

Membros do parlamento suíço no Brasil

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e 10 a 15 de maio, cinco membros do parlamento suíço visitaram o Brasil. Eles fazem parte de um grupo voluntário de estudos que visita os diferentes países do BRIC ao longo dos últimos anos. Agora foi a vez do Brasil, e eles queriam entender o poder econômico e as oportunidades potenciais no país. A Embaixada da Suíça em Brasília, juntamente com o Consulado Geral em São Paulo e com a SWISSCAM, organizou um programa interessante para os membros do parlamento e sua comitiva.

O programa incluiu reuniões com: Fiesp, Antonio Carlos Manfredini da Cunha, professor da FGV, Nilson Teixeira, Diretor Administrativo do Credit Suisse, Dr. Ernesto Moeri, presidente do Grupo Ecogeo, Weber Amaral, professor da Esalq, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Banco Central do Brasil, bem como reuniões no Congresso Nacional. Em seguida, eles visitaram a fábrica da Syngenta na região de Campinas, a JBS, uma das maiores fábricas de processamento de carne do mundo, localizada em Lins, uma plantação de cana de açúcar e uma usina de produção de etanol do Grupo Equipav. Em Foz do Iguaçu, eles visitaram o projeto que a Itaipu Binacional lançou em conjunto com o fornecedor de energia da Suíça, KWO-Grimselstrom: uma pequena fábrica de produção de veículos elétricos, incluindo carros, micro-ônibus e caminhões. Após essa visita e um test-drive nos carros elétricos, eles visitaram a gigantesca usina hidrelétrica de Itaipu e as Cataratas do Iguaçu.

Business Breakfast Jurídico notícias da swisscam

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om iniciativa dos membros comitê jurídico, a SWISSCAM organizou o primeiro Business Breakfast Jurídico em 28 de abril com o tema “Importação e Exportação”.

O intuito desses encontros é aproximar as entidades governamentais de nossos associados, apresentando palestras informativas e fomentando discussões que abranjam temas recorrentes na câmara. Desta vez o Inspetor-Chefe da Inspetoria da Receita Federal do Brasil de São Paulo, José Paulo Balaguer, foi quem palestrou sobre a participação da Receita Federal no Comércio exterior. Veja o conteúdo completo da palestra e mais informações em www.swisscam.com.br/agenda.

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The Swiss Embassy in Brasília together with the General Consulate in Sao Paulo and SWISSCAM organized an interesting programme for the members of parliament and their entourage/company. The programme included meetings with FIESP, FGV’s Professor, Antonio Carlos Manfredini da Cunha, Credit Suisse’s Managing Director, Nilson Teixeira, Dr. Ernesto Moeri from ECOGEO, ESALQ’s Professor, Weber Amaral, the Ministry of Development, Industry and Foreign Trade (MDIC), the Brazilian Central Bank, as well as meetings at the Brazilian Houses of Parliament. They then visited the factory of Syngenta in the Campinas Region; JBS, one of the world’s largest meat processing plants, in Lins; a sugar cane field and an ethanol production plant from the EQUIPAV Group. In Foz do Iguaçu, they visited the project which Itaipu Binacional launched together with the Swiss power supplier, KWO-Grimselstrom: a small production plant of electric vehicles, including cars, minibuses and trucks. After this visit and a test-drive in the electric cars, they visited the gigantic hydroelectric power plant of Itaipu, and the Iguassu Falls itself.

chamber news

Legal Business Breakfast

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n initiative of the members of its legal committee, SWISSCAM held its first Legal Business Breakfast on 28 th April around the theme of “Importing and Exporting.”

The purpose of these meetings is to facilitate closer contacts between government agencies and our members, present informative lectures and stimulate discussions on subjects that often come up in chamber. On this occasion, José Paulo Balaguer, Brazilian Federal Revenue’s chief inspector in Sao Paulo, spoke on the Federal Revenue’s involvement in foreign trade.

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notícias da swisscam

Empresas Suíças participam da Ambiental Expo 1

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ela primeira vez, a SWISSCAM organizou um pavilhão suíço na Feira Internacional de Equipamentos e Soluções para o Meio Ambiente – Ambiental Expo 2010.

A feira, que está em sua segunda edição e é parceira da maior feira de meio ambiente do mundo, Pollutec, França, foi muito promissora para estimular o mercado brasileiro. Seis empresas suíças apresentaram suas tecnologias e serviços para contribuir com o desenvolvimento do setor aqui no Brasil: Bachema, Biolatina, Biosol, Ecowin, Geoklock e Syngenta. O pavilhão foi inaugurado com um coquetel de abertura que reuniu visitantes interessados, clientes, parceiros potenciais e associados da câmara. 3

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chamber news

Swiss companies participate at Ambiental Expo

1) Lena Carrea, Hansjörg Bruderer e Kauana Mari, Ecowin. 2) Wendy Coimbra e Margarete Sugiura, Biosol. 3) Alexander Fortin e Usula Bardorf, Geoklock. 4) Renata Ferraz, Syngenta.

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or the first time, SWISSCAM organised a Swiss Pavilion at the International Fair of Equipment and Solution for the Environment – Ambiental Expo 2010.

The fair, partner of the biggest trade fair for environment in the world, Pollutec, France, was very promising to boost the Brazilian market. Six companies displayed their technologies and services in order to contribute on the development of the sector here in Brazil: Bachema, Biolatina, Biosol, Ecowin, Geoklock e Syngenta. The pavilion was opened by a welcome cocktail which gathered interested visitors, clients, potential business partners and members of the chamber. swisscam magazine 61

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Fo t o : Z u r i c h A i r p o r t

focus:aviation

Regional airports in the Swiss aviation system In Switzerland, as in most other countries, regional airports emerged in a decentralized manner as minor airports for aviation amateurs and then grew to become regional airports. b y Dr. Andreas Wittmer

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ue to the role filled by these regional airports, they serve as an important complement to national airports. For example, they provide an efficient pilot training structure, the possibility of regional connections for business aviation, host certain airlines and charter flights for leisure purposes, and enable landing for medical/rescue and first-aid aircraft, as well as offering an efficient means of transport for patients in these regions. They also provide the infrastructure for many amateur aviation sports events and therefore are also of recreational value. In September 2009, after more than a year’s research, the Center for Aviation Competence at the University of St. Gallen published a study that identified intangible effects produced by several regional airports (St. Gallen-Altenrhein, Berna-Belp, Grenchen, Sion, Lugano, Samedan). The report examined the role of regional airports and their effects within the Swiss aviation system. This summarized view of regional airports and analysis of their effects for the Swiss aviation system reached the following conclusions: • Despite their historically developed structure, certain regional airports specialized in different functions. It became particularly clear that pilot training

is a key activity for those regional airports analyzed, and functions as a location for these undertakings. • For historical reasons, the development of the airport network took place in a decentralized manner, and there was no central coordination by the key players. Hence, there is no active management or maintenance of the network. Decentralization led to some redundancies in terms of infrastructure through parallel services provided for some customer segments. Potential synergies are not exploited, which is partly due to regional anchoring and partly due to lack of coordination. • Given Switzerland’s spatial limitations, regional airports operate in close geographical proximity to each other and national airports. Therefore, airline and charter flight traffic at individual airports is light; lacking the economies of scale, they operate on the critical economic threshold. • Due to their relatively small size and higher costs arising from ever more extensive regulations, in Safety and Security, spending is increasingly putting pressure on costs, and is difficult to finance with the current traffic levels. • Due to cost pressures, all the regional airports are looking for new business, and see business aviation as a promising field that is fast becoming the focus for future ventures.

Aeródromos civis na Suíça. Civil airfields in Switzerland. Status: Janeiro de 2010

Status de acordo com o PSIA (plano setorial da infraestrutura aeronáutica) Instalação existente

Aeroporto internacional

Schaffhausen

Aeroporto regional

Nova construção ou conversão (fixação)

Basel-Mulhouse

Aeródromos militares co-utilizados como aeródromos civis

Würenlingen Fricktal-Schupfart

Campo de aviação Campo para voo com planador Aeródromo de inverno

Porrentruy

Birrfeld

Dittingen

Bressaucourt

Olten

Campo para hidroplano Courtelary

Heliporto de inverno

La Chaux-de-FondsLes Eplatures

Aeródromo civil com uso conjunto civil/militar

Grenchen

Langenthal

Bellechasse Motiers

Neuchâtel

Haltikon

Bern-Belp

Ecuvillens

Instalação inutilizada

Trogen Gossau

Mollis

Thun

Kägiswil

Balzers

Glärnischfirn

Buochs

Payerne Yverdon

Nova construção ou conversão (pré-orientação)

Hasenstrick Buttwil Hausen a.A. Wagen-Lachen Triengen Benken Luzern-Beromunster Lachen Schänis Schindellegi

Emmen

Biel-Kappelen

Winterthur Zürich Dübendorf Speck-Fehraltorf

St. Gallen Altenrhein Sitterdorf

Holziken

Pfaffnau

Heliporto

Amlikon Lommis

Bad Ragaz

Vorabgletscher Clariden-Hüfifirn Crap Sogn Gion Erstfeld Limmerenfirn Tavanasa

Susten Steingletscher

SchattenInterlaken Sustenlimmi halb Gsteigwiler Rosenegg-West Männlichen Lauterbrunnen Blumental Zweisimmen Jungfraujoch Blüemlisalp L.horn Ebnefluh Ambri St. Stephan Saanen Kanderfirn Münster Staldenhorn Langgletscher Gumm Gstaad-Inn Grund PetersCol des Mosses Vordere Walig grat Wildhorn Leysin Gstellihorn Raron Glacier de Tsanfleuron Gampel Collombey-Muraz Bex Sion

Alp Trida Madrisahorn

Untervaz

Davos Arosa

Schwarzsee Reichenbach

Montricher Gruyères Lausanne-La Blécherette

La Côte

Genève

Grimentz Bec de Nendaz Croix-de-Coeur Pista de pouso e Aeschhorn Sembrancher Rosa Blanche decolagem nas montanhas Alphubel só para helicóptero Unterrothorn Arolla Zermatt Glacier PetitGlacier Pista de pouso e decolagem du Trient Combin de Breney Monte-Rosa nas montanhas para helicóptero Theodulgletscher e avião 1)

Fuorcla Grischa Fuorcla Chamuotsch

Samedan St. Moritz Vadret dal Corvatsch Vadret Pers

Lodrino San Vittore Locarno Alpe Foppa Lugano-Agno

Rede em verificação

Fonte: Federal Office of Civil Aviation, FOCA, CH-3003 Berne

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© BAZL

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s funções exercidas por estes aeroportos, os fazem uma complementação importante aos aeroportos nacionais. Eles oferecem, por exemplo, uma estrutura eficiente para a formação de pilotos, a possibilidade de conexões regionais para a aviação de negócios, de certas linhas e de voos charter de lazer e a possibilidade de pouso para aviões de resgate e de primeiros socorros, além de possibilitar um transporte eficiente de doentes nas regiões. Também oferecem infraestrutura para muitos esportistas aéreos amadores e, com isso, possui um valor recreativo. Em setembro de 2009, depois de mais de um ano de pesquisa, o Center for Aviation Competence da Universidade de St. Gallen publicou um estudo que identifica os efeitos intangíveis desencadeados por vários aeroportos regionais (St. Gallen-Altenrhein, Berna-Belp, Grenchen, Sion, Lugano, Samedan). Foram verificados os efeitos e funções que os aeroportos regionais possuem dentro do sistema de aviação suíço. A observação agregada dos aeroportos regionais e a análise dos efeitos para o sistema de aviação suíço demonstrou que:

• A pesar da estrutura historicamente desenvolvida, certos aeroportos regionais se especializaram em diferentes funções. Ficou especial-

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foco:aviação

Aeroportos regionais no sistema de aviação suíço

Na Suíça, assim como na maioria dos países do mundo, os aeroportos regionais surgiram de forma descentralizada como aeroportos menores para amadores da aviação e se avultaram em aeroportos regionais. por Dr. Andreas Wittmer

Dr. Andreas Wittmer é Diretor do Center for Aviation Competence da Universidade de St. Gallen. Dr. Andreas Wittmer is Managing Director of the Center for Aviation Competence, University of St. Gallen.

mente claro que a formação de pilotos é um importante alicerce nos aeroportos regionais analisados, o que indica certa função de fuga para esses empreendimentos. • Por motivos históricos, o desenvolvimento da rede ocorreu de forma descentralizada, sem a coordenação central por parte dos principais participantes. Portanto, não há uma gestão ou manutenção ativa da rede. A descentralização leva a certas redundâncias no âmbito das infraestruturas através do atendimento paralelo de segmentos de clientes. E sinergias potenciais não são exploradas, o que se deve em parte à ancoragem regional e, em parte, à falta de coordenação. • Devido à limitação espacial da Suíça, os aeroportos regionais operam em grande proximidade geográfica entre si e com os aeroportos nacionais. Por isso, o trânsito de voos de linha e charter em cada um dos aeroportos é fraco e por falta de economias de escala, eles operam em um limite econômico crítico. • Devido ao tamanho relativamente reduzido e aos custos maiores decorrentes da crescente regulamentação (Safety e Security) há uma crescente pressão de custo, que mal pode ser financiada pela atual movimentação. • Por conta da pressão de custo, todos os aeroportos regionais procuram novos campos de atuação. Todos os aeroportos regionais consideram a aviação de negócios um campo promissor, tornando-se o foco para a futura atuação comercial.

Tabela: Classificação por função. A tabela abaixo apresenta os diferentes tipos de aeroporto classificados por função e sua participação no movimento de passageiros.

Table: Classification by function. The table below shows different types of airports classified by function and share of passenger traffic. Participação no movimento nacional de passageiros, 2008. Share of national passenger traffic, 2008.

Categoria. Category.

Função. Function.

Aeroportos primários (aeroporto nacional: Zurique). Primary airports (national airport: Zurich).

Aeroportos hub com função hub; principalmente internacional e intercontinental; aeroporto nacional. Hub airports with hub functions; mainly international and intercontinental; national airports.

58,10% 58.10%

Aeroportos secundários (aeroportos nacionais: Basileia, Genebra). Secondary airports (national airports: Basel, Geneva).

Aeroportos hub sem função hub, principalmente voos continentais; aeroporto nacional. Hub airports with no hub functions, particularly continental flights; national airports.

40,90% 40.90%

Aeroportos terciários (aeroportos regionais: Lugano, Berna, Altenrhein). Tertiary airports (regional airports: Lugano, Bern, Altenrhein).

Aeroportos com tráfego de linhas aéreas de conexão, assim como aviação geral e de voos charter. Airports with connecting airline traffic, and general aviation and charter flights.

1%

Aeroportos quaternários (aeroportos regionais: Grenchen, Samedan, Sion). Quaternary airports (regional airports: Grenchen, Samedan, Sion).

Aeroportos sem tráfego de linhas aéreas, mas de voos charter, aviação de negócios e geral. Airports with no airline traffic, but charter flights, business aviation and general.

0%

Fonte: De acordo com von Hirschhausen et al. (2004). O estudo completo pode ser acessado na página do Center for Aviation Competence da Universidade de St. Gallen (www.cfac.ch). Source: von Hirschhausen et al. (2004). Full details may be accessed on the website of the Center for Aviation Competence, University of St. Gallen (www.cfac.ch). swisscam magazine 61

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environment

Brazil and the Carbon Market: future scenario The Copenhagen COP15, which took place in Denmark in December, 2009, failed to reach an agreement to replace the Kyoto Protocol and left the world wondering over the post-2012 future of the Clean Development Mechanism and Joint Implementation Program, the two main Kyoto mechanisms serving as the basis for the carbon credit market. b y Vladimir Miranda Abreu

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lthough COP15 was regarded as a failure, it did raise the climate change issue to a new level on the world agenda. Last-minute negotiations by world leaders led to approval of the Copenhagen agreement through which developing countries such as China, India and Brazil agreed to set voluntary limits on greenhouse gas emissions. On December 30, 2009, Brazil enacted Law 12.187 determining its National Climate Change Policy (NCCP), with its principles, objectives, guidelines and tools.

Brazil agreed to cut its GG emissions between 36.1 and 38.9% by 2020 The NCCP’s chief aims are (i) sustainable development, (ii) lower emissions, (iii) removal of greenhouse gases through carbon sinks (iv) preservation of Brazil’s principal biomes and (v) encouraging reforestation of degraded areas. Official financial institutions will provide lines of credit and financing for specific projects that meet NCCP goals. For trading in GGE securities based on avoided GG emissions, the Brazilian Reduced Emissions Market (BREM) will be operating in commodities and futures exchanges and organized OTC entities authorized by the Brazilian Securities Commission (CVM).

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From a strategic perspective, businesses that disregard climate matters may face relevant adverse consequences in the future. An example could be the creation of non-tariff barriers by developed countries (...) The NCCP will pose a number of challenges and opportunities for companies generating greenhouse gas emissions, and for the segments involved in formatting reduction projects in the ambit of the BREM, Kyoto Protocol rules, or any federal-level carbon market regulations that may be introduced by the United States. An important point to note is that the climate context is closely related to the situation in manufacturing. Corporate strategic planning now has to watch this issue as part of its analysis. The business community now realizes that it can no longer separate business and making profits from concern for the environment and sustainable life on the planet. Companies already operating on these lines are no longer acting as pioneers, but just turning conduct shown by pioneers in the recent past into the rule. Strategically, businesses that background this issue may be affected by adverse consequences from potential problems in the future. An example might be the developed countries erecting non-tariff barriers to keep out products made by companies or countries not taking initiatives to reduce GG emissions.

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meio ambiente

O Brasil e o Mercado de Carbono: perspectivas futuras A COP-15, realizada em Copenhague, Dinamarca, em dezembro de 2009, não produziu o novo acordo que substituiria o Protocolo de Kyoto e deixou o mundo em dúvida sobre o futuro pós-2012 do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e do Programa de Implementação Conjunta, os dois principais mecanismos de flexibilização previstos no Protocolo de Kyoto que embasam o Mercado de Créditos de Carbono. por Vladimir Miranda Abreu

A

pesar de considerada um fracasso, a COP-15 catapultou o tema das mudanças climáticas para um novo patamar na agenda mundial. No último momento das negociações, os principais líderes mundiais conseguiram a aprovação do Acordo de Copenhague, através do qual países em desenvolvimento como a China, a Índia e o Brasil concordaram em estabelecer limites voluntários de emissões de gases de efeito estufa (“GEE”). O Brasil concordou em reduzir suas emissões de GEE entre 36,1% e 38,9% até o ano de 2020.

O Brasil concordou em reduzir suas emissões de GEE entre 36,1% e 38,9% até o ano de 2020. Em 30 de dezembro de 2009, foi publicada a Lei nº 12.187, que instituiu a Política Nacional de Mudanças do Clima (“PNMC”) e estabeleceu seus princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos. A PNMC visa, principalmente, (i) ao desenvolvimento sustentável, (ii) à redução de emissões, (iii) à remoção de gases de efeito estufa por meio de sumidouros, (iv) à preservação dos principais biomas brasileiros e (v) ao incentivo ao reflorestamento de áreas degradadas.

Instituições financeiras oficiais disponibilizarão linhas de crédito e financiamento específicas a projetos que atendam aos objetivos da PNMC. Para a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de GEEs evitadas, será operacionalizado o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões – MBRE em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de balcão organizado, autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. A PNMC poderá trazer diversos desafios e oportunidades para as empresas geradoras de emissões de gases de efeito estufa, assim como para os segmentos envolvidos na formatação de projetos de redução, seja no âmbito do MBRE, das regras do Protocolo de Kyoto ou de eventual regulamentação sobre o mercado de carbono que venha a ser aprovada em nível federal nos Estados Unidos.

Estrategicamente, o empresário que deixar esse tema para segundo plano poderá sofrer consequências nefastas de potenciais problemas no futuro. Exemplo disso poderá ser o estabelecimento de barreiras não-tarifárias pelos países desenvolvidos (...). É importante observar que o contexto climático está intimamente ligado com a realidade do setor produtivo e a atenção a este tema passa a ser assunto de análise de planejamento estratégico das empresas. Hoje, o empresariado sabe que não pode mais dissociar seus negócios e a obtenção de lucros da preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade da vida humana no planeta. Aqueles que hoje atuam nesse sentido não estão mais agindo como pioneiros, mas transformando em regra a atuação dos pioneiros do passado recente. Estrategicamente, o empresário que deixar esse tema para segundo plano poderá sofrer consequências nefastas de potenciais problemas no futuro. Exemplo disso poderá ser o estabelecimento de barreiras não-tarifárias pelos países desenvolvidos a produtos fabricados por países ou empresas que não adotam iniciativas de redução de emissões de GEEs.

Vladimir Miranda Abreu é Sócio Responsável pela área de Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono de TozziniFreire Advogados | vabreu@tozzinifreire.com.br Vladimir Miranda Abreu is the partner in charge of the Climate Change and Carbon Markets Practice Group at TozziniFreire Advogados | vabreu@tozzinifreire.com.br

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foco:aviação

Brasil pelos céus Ensaio visual lírico sobre os céus através de 14 cidades consideradas Patrimônios da Unesco no Brasil. Abstrato na sua concepção nos mostra cores, matizes, e movimentos inesperados e improváveis dos céus que unem e protegem a todos neste país. Realizado no ano de 2002 produziu mais de 700 imagens diferentes e permanece inédito ainda hoje. fotos Marcos Piffer (www.marcospiffer.com.br)

focus:aviation

Skies of Brazil It is a visual poetic composition of the skies of 14 cities in Brazil, of which some are Unesco Heritage sites. Abstract in its conception, it shows us colors, shades, and unexpected and improbable movements in the skies that unite and protect everyone in the country. Produced in 2002, it contains more than 700 different images that still remain unseen today. p h o t o s Marcos Piffer

Foz do Iguaçu, PR / Marco das Fronteiras / 09 de maio de 2002 18h33’4’’. Foz do Iguaçu, PR / Marco das Fronteiras (Frontiers Landmark) / 09 May 2002 18h33’4’’.

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notícias da swisscam

Seminário “Incentivos Fiscais: Seminar on novas práticas e atualidades” chamber news

No dia 4 de maio, com apoio do Comitê Jurídico, a SWISSCAM promoveu o seminário “Incentivos Fiscais: novas práticas e atualidades” no auditório de seu associado TozziniFreire Advogados.

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om comentários por Gabriel Sister, sócio do escritório TozziniFreire Advogados, a advogada Daniela Thompson Martinez do escritório Dannemann Siemsen Advogados abriu o seminário com a palestra “Incentivos Fiscais à inovação tecnológica”, onde abordou os principais incentivos fiscais previstos na Lei do Bem, o que é necessário para usufruir desses benefícios e quais são as dificuldades enfrentadas pelas empresas nesse aspecto. A implementação de acontecimentos esportivos pressupõe investimentos em diversas áreas, como por exemplo, construção civil, hotelaria, transporte público, aeroportos etc. Foi com esta premissa que, Eduardo Pugliese, sócio do escritório Souza, Schneider, Pugliese e Sztokfisz Advogados, palestrou o tema “Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas 2016: incentivos fiscais como estímulo aos investimentos em infraestrutura”. Os comentários ficaram por conta de Adriana Stamato, associada do escritório Trench, Rossi e Watanabe. Após o intervalo, Eduardo Silva, gerente sênior da PricewaterhouseCoopers, apresentou a palestra “Zona Franca de Manaus – Sistemática tributária dos regimes especiais” e abordou os principais aspectos relacionados aos incentivos fiscais no regime tributário da Zona Franca de Manaus, com especial foco aos incentivos concedidos no âmbito do ICMS e do IPI. Edinilson Apolinário, também gerente sênior da Pricewaterhouse Coopers, ficou com os comentários. “Guerra fiscal entre os estados - benefícios relativos ao ICMS”, palestra de Adriana Stamato, foi a apresentação que encerrou o seminário. Com os comentários de Eduardo Pugliese, a discussão foi acerca de Estados que concedem benefícios fiscais para atrair investimentos aos seus territórios e outros que coíbem essa prática, provocando a adoção de medidas bastante danosas aos seus contribuintes. O objetivo dessa palestra foi discutir tais medidas e de que maneira as empresas podem se preparar para lidar com elas. As a presentações estão disponíveis em www.swisscam.com.br/incentivos-fiscaisnovas-praticas-e-atualidades.

Os palestrantes: Daniela Martinez, Eduardo Silva, Edinilson Apolinário, Adriana Stamato, Gabriel Sister e Eduardo Pugliese. The speakers: Daniela Martinez, Eduardo Silva, Edinilson Apolinário, Adriana Stamato, Gabriel Sister e Eduardo Pugliese.

Palestra de Daniela Martinez com comentários de Gabriel Sister. Talk given by Daniela Martinez with commentary by Gabriel Sister.

Participantes durante o coffee break. Participants during coffee break.

Palestra de Adriana Stamato com comentários de Eduardo Pugliese. Talk given by Adriana Stamato with commentary by Eduardo Pugliese.

“Tax Incentives: new practices and current developments” On 4th May, with support from the Legal Committee, SWISSCAM held the seminar “Tax Incentives: new practices and current developments” at the auditorium of member-firm TozziniFreire Advogados.

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omments were provided by Gabriel Sister, partner with TozziniFreire, after attorney Daniela Thompson Martinez of Dannemann Siemsen Advogados opened the seminar with a talk on “Tax Incentives for technological innovation”, which looked at the main tax incentives available under legislation known as Lei do Bem, the requirements to be met in order to obtain these benefits, and the difficulties facing companies in this respect. Staging sports events requires investments in several areas, such as construction, hospitality and catering, public transportation, airports etc. On this premise, Eduardo Pugliese, partner with law-firm Souza, Schneider, Pugliese e Sztokfisz Advogados, spoke on “The 2014 World Cup and 2016 Olympics: tax incentives as stimulus for infrastructure investment.” Comments were provided by Adriana Stamato of the law firm Trench, Rossi e Watanabe. After the break, Eduardo Silva, senior manager with PricewaterhouseCoopers, gave a talk on “Zona Franca de Manaus - special taxation regime” and examined the main aspects related to tax incentives under the taxation arrangements for the Manaus Trade Zone, focusing particularly on incentives involving VAT (locally ICMS) and excise tax (IPI). Edinilson Apolinário, also a senior manager with PricewaterhouseCoopers, provided comments. “Fiscal war between states – benefits relating to ICMS”, a talk by Adriana Stamato, closed the seminar. With comments from Eduardo Pugliese, the discussion was on certain state governments that provide tax benefits to attract investment to their areas and others that curb this practice, leading to the adoption of rather negative measures for taxpayers. The purpose of this talk was to discuss these measures and how companies can prepare to deal with them. swisscam magazine 61

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Classificados Sprachkurs Sprachkurse Brasilianisch bei Ihnen in der Firma www.portugiesisch.ch. Mein Name ist Valéria, ich bin gebürtige Brasilianerin und habe langjährige Unterrichtserfahrung bei Firmen in der Schweiz. Ich bin im Besitze des EUROLTADiplom. Ich komme zu Ihnen in die Firma. Gruppen oder Einzelunterricht möglich. Bei Interesse verwenden Sie einfach das Kontaktformular auf der Homepage.

Palestra ministrada por Romano Kratter, CEO da boutique financeira P&P Private Bank, e Philip Schneider, sócio do escritório Souza, Schneider, Pugliese e Sztokfisz Advogados. Moderação por Tobias Maag, CFP®, consultor independente com foco em planejamento financeiro pessoal, administração patrimonial e desenvolvimento de negócios.

June 18 – “Company image and product design in Brazil: Trade-Dress”

Comitê de Recursos Humanos / Coordenador: Maria Lúcia Gadotti

April 13 – “Elections and the economy in 2010”

14 de abril – “Os campeões de recursos humanos: que imagem queremos de RH?” Palestra ministrada por Ademir Rossi, diretor da Fellipelli Instrumentos de Diagnósticos e Desenvolvimento Organizacional.

notícias da swisscam

24 de junho – “Coaching como ferramenta de desenvolvimento de gestão”

Comitês SWISSCAM

Palestra ministrada por Fernando Antonio da Silva, sócio diretor da Direction RH e CEO do IEDS-Digital.

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eja aqui quais foram as últimas palestras realizadas pela SWISSCAM. Todas as apresentações estão disponíveis em nosso website. Para mais informações acesse www.swisscam.com.br/comites.

Comitê Jurídico / Coordenador: Gustavo Stüssi 09 de abril – “ICMS – Aspectos Polêmicos da ‘Guerra Fiscal’ Palestra ministrada por Marcelo Fróes Del Fiorentino, sócio consultor da área de Direito Tributário do escritório De Vivo, Whitaker, Castro e Gonçalves Advogados. 07 de maio – “Energias Renováveis no Brasil” Palestra ministrada por Pedro Seraphim e Heloisa Ferreira Scaramucci, sócios do escritório TozziniFreire Advogados. 18 de junho – “O conjunto-imagem das empresas no Brasil: Trade-Dress”

Comitê de Comunicação e Marketing / Coordenador: vago

May 27 – Roundtable and breakfast: “International diversification for portfolios: discussion on opportunities and risks” Talk given by Romano Kratter, CEO of financial boutique P&P Private Bank, and Philip Schneider, partner with law firm Souza, Schneider, Pugliese e Sztokfisz Advogados. Chaired by Tobias Maag, CFP®, an independent consultant for personal financial planning, asset management and business development.

Palestra ministrada por José Cláudio Terra, presidente da TerraForum Consultores.

April 14 – “Champions of human resources: what image do we want for HR?”

Comitê de Meio Ambiente e Sustentabilidade / Coordenador: vago 21 de maio – “A ‘Pegada de Água’ (Water Footprint) – conceitos e perspectivas” Palestra ministrada por Vinicius Ambrogi, gerente de projetos departamento soluções em carbono da Geoklock e Ana Cristina Moeri, especialista em projetos de carbono e water footprint.

chamber news

SWISSCAM committees

Comitê Financeiro / Coordenador: Frederico Turolla

Legal Committee / Coordinator: Gustavo Stüssi

13 de abril – “Eleições 2010 e a economia” / Palestra ministrada por Frederico Turolla, sócio da PEZCO Pesquisa e Consultoria Ltda e Leonardo Nelmi Trevisan, professor universitário e jornalista.

April 9 – “ICMS tax - Controversial aspects of ‘fiscal war’ between state governments” Talk given by Marcelo Fróes Del Fiorentino, partner and consultant in Tax with the law firm De Vivo, Whitaker, Castro e Gonçalves Advogados.

27 de maio – Mesa redonda com café da manhã: “Diversificação internacional de carteiras: discussão sobre oportunidades e riscos”

May 7 – “Renewable Energy in Brazil”

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Talk given by Frederico Turolla, partner with research and consulting firm PEZCO Pesquisa e Consultoria Ltda and Leonardo Nelmes Trevisan, professor and journalist.

Human Resources Committee / Coordinator: Maria Lúcia Gadotti

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Finance Committee / Coordinator: Frederico Turolla

20 de maio – “Os novos paradigmas da Inovação Aberta e o caso do Battle of Concepts”

Palestra ministrada por Nancy Satiko Caigawa, advogada do escritório Momsen, Leonardos & Cia.

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Talk given by attorney Nancy Satiko Caigawa of the law firm Momsen, Leonardos & Cia.

he following are the most recent talks organized by SWISSCAM. All presentations are available on our website.

Talk given by Pedro Seraphim and Heloisa Ferreira Scaramucci of the law firm TozziniFreire.

Talk given by Ademir Rossi, director of Fellipelli (diagnostic instruments and organizational development). June 24 – “Coaching as a tool for management development” Talk given by Fernando Antonio da Silva, managing partner of Direction RH and CEO of IEDS-Digital.

Communication and Marketing Committee / Coordinator: vacant May 20 – “The new Open Innovation paradigm and the case of the Battle of Concepts” Talk given by José Cláudio Terra, president of TerraForum Consultores.

Environment and Sustainability Committee / Coordinator: vacant May 21 – “Water Footprint – concepts and perspectives” Talk given by Vinicius Ambrogi, carbon solutions project manager with Geoklock and Ana Cristina Moeri, specialist in carbon and water footprint projects.

Caso queira participar de nossos comitês e fazer sugestões de temas que gostaria que fossem abordados, entre em contato com Maria Augusta Chaves marketing@swisscam.com.br

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New employee André Leal

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earning foreign languages and the fascination of knowing particularities from different cultures are remarkable attributes that I have, which have contributed towards my choice of career – International Relations.

I had the opportunity to live in the U.S. for a year, where I developed my proficiency in English through courses at New York University. This international experience has no doubt broadened my horizons as a student of International Relations, and was important in the ratification of the area I chose for my career. Before becoming part of the SWISSCAM team, I had already collaborated with companies such as SENAI

and UNIFESP, and I recently spent almost three years working for an international relations consulting company, helping U.S. and Swiss companies to establish business in the Brazilian market. I was hired as a junior trade officer, and this has been quite an enjoyable period. At the moment I have been working with the organization of international fairs, the development and updating of market reports, as well as helping with the development of market research and general inquiries. I am grateful for this opportunity, and I hope to contribute significantly to SWISSCAM, making use of my background in the business development area.

notícias da swisscam

Novo funcionário André Leal

notícias da swisscam

Assembleia Geral e palestra com o jornalista José Nêumanne Pinto

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aprendizado de idiomas estrangeiros e o fascínio por conhecer especificidades de diferentes culturas são características marcantes em minha pessoa e que contribuíram para a escolha de minha carreira – Relações Internacionais. Tive a oportunidade de viver nos EUA durante um ano, onde desenvolvi minha proficiência no idioma inglês através de cursos junto à New York University. Esta experiência internacional, sem dúvidas, ampliou meu horizonte de estudante das Relações Internacionais e foi crucial na ratificação da área escolhida para minha carreira. Antes de passar a fazer parte da equipe da SWISSCAM, já colaborei com empresas como SENAI e UNIFESP, e recentemente passei quase três anos atuando junto a uma consultoria de relações internacionais, auxiliando empresas norte-americanas e suíças no estabelecimento de negócios no mercado brasileiro. Estou na SWISSCAM desde o início de maio, onde fui contratado como trade officer jr, e este tem sido um período bastante agradável. No momento venho auxiliando na realização de feiras internacionais, atualização e desenvolvimento de relatórios setoriais, bem como colaborando no desenvolvimento de pesquisas e consultas comerciais. Assim agradeço imensamente a oportunidade a mim concedida e espero poder colaborar ao máximo com a SWISSCAM, fazendo uso de meu background na área de desenvolvimento de negócios.

chamber news

General meeting and talk given by José Nêumanne Pinto, journalist

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WISSCAM held this year’s AGM at Nestlé’s auditorium on March 23. In addition to presenting the 2009/2010 Annual Report, which was about the Grindelwald region, the agenda included the 2009 financial report and activities for 2010. President Christian Hanssen was reelected and Adriano Treve, president of Roche, joined the board. At the end of the meeting, Wilhelm Meier, Switzerland’s Ambassador in Brazil, expressed his appreciation of the good relationship with SWISSCAM. He emphasized the importance of joint work between the Chamber of Commerce, the embassy and the consulates. He said the two countries had taken appropriate policy measures to deal with the economic crisis and emphasized that bilateral trade had developed faster than the average in the years prior to 2009. The journalist José Nêumanne Pinto then gave a talk on the controversies surrounding President Lula and provided an overview of the 2010 elections.

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ste ano a SWISSCAM realizou a Assembleia Geral Ordinária no auditório da Nestlé, no dia 23 de março. Além da apresentação do Relatório Anual 2009/2010, cujo tema foi a região de Grindelwald, foram demonstrados os resultados financeiros de 2009 e as atividades para o ano de 2010. O presidente Christian Hanssen foi reeleito ao cargo e Adriano Treve, presidente da Roche, entrou como conselheiro. Ao final da Assembleia, o Embaixador da Suíça no Brasil, Wilhelm Meier, transmitiu os seus agradecimentos pelo bom relacionamento com a SWISSCAM. Ele reforçou a importância do trabalho em conjunto entre a Câmara de Comércio, a Embaixada e os Consulados. Afirmou que os dois países tomaram medidas apropriadas na política econômica durante a crise e ressaltou que o comércio bilateral havia se desenvolvido acima da média nos anos anteriores a 2009. Em seguida, o jornalista José Nêumanne Pinto apresentou uma palestra sobre as controvérsias do presidente Lula e aproveitou para fazer um panorama sobre as eleições 2010. swisscam magazine 61

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International Airport Activities at Zurich Airport Flughafen Zürich AG, the company that operates Zurich Airport, applies its knowledge and know-how far beyond the home base to add value as a professional and reliable partner in defined markets. Currently Flughafen Zürich AG is involved in operations at eleven airports in six countries in Latin America and Asia. The strategic focus lies on the successful development and operation of airports through management and operation agreements, potentially combined with an equity-stake holding. b y Urs Brütsch

to grow sustainably in the airport business in Latin America and the Caribbean in accordance with the best international practices in safety & security, efficiency and comfort, transforming the investment capacity into long term value for all stakeholders. In 2009, A-port S.A. acquired 51% of Curaçao Airport Partners N.V. (CAP), concessionaire of Hato International Airport, Curaçao. At the same time, A-port Operaciones S.A. signed an Operation and Management (O&M) contract with this airport.

A-port’s Value Proposition

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he expertise of Flughafen Zürich AG comprehends the following core competences: • Operational excellence – optimization of operational processes and quality management

• Commercial competence – definition of commercial strategies and optimization of non-aviation revenues • Master planning and construction management • Start-up and expansion planning and execution of airports and buildings • Partnership management with authorities, airport partners, concessionaires, customers, etc.

Latin America & the Caribbean All activities in Latin America and the Caribbean are carried out via A-port, a joint venture established together with the Camargo Corrêa Group (Brazil)

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and Gestíon e Ingeniería IDC S.A. (Chile). The two separate entities – A-port S.A. and A-port Operaciones S.A. – were established to separate financial involvements completely from operational activities. Based in São Paulo (Brazil), A-port S.A. invests in the construction and development of airport projects and airport-related infrastructure in Latin America and the Caribbean. Flughafen Zürich AG holds a 15 percent stake in A-port S.A. A-port Operaciones S.A., based in Santiago, Chile, is to take charge of the performance of management and consulting agreements concerning airports and airport-related infrastructure in Latin America and the Caribbean. Flughafen Zürich AG holds a 32.6 percent interest in A-port Operaciones S.A. A-port strives to be an internationally recognized and leading company in airport business. Its intention is

The presence of a private enterprise in airport management adds value to the business in various ways, be it financially, through capital injection and sound investment, or as a modern infrastructure provider and of improved procedures. The results are a qualitative and fast service, a modern and pleasant environment for airline system users, and practices of sustainable environmental management. Compliance with international safety rules is a key requirement in the air transport industry. Users, airlines and local communities also demand excellent service standards. A-port is committed to providing a pleasant experience for travelers and airport users by meeting all of their needs with the highest standards of excellence. The concept of comfort goes beyond modern facilities and the offer of leisure and shopping activities to include a customer service team that understands the individual needs of users. It is the aim of A-port to promote airport development and to generate wealth in Brazil, Latin America and the Caribbean and to make use of Camargo Corrêa Group’s investment capacity and the operational experience of Flughafen Zürich AG and IDC.

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Atividades de aeroporto internacional no Aeroporto de Zurique Atualmente, a Flughafen Zürich AG está envolvida com as operações de onze aeroportos localizados em seis países da América Latina e Ásia. O foco estratégico consiste no desenvolvimento e funcionamento bem-sucedidos de aeroportos por meio de acordos de administração e funcionamento, possivelmente combinados com uma participação acionária.

A

por Urs Brütsch

s especialidades da Flughafen Zürich AG abrangem as seguintes principais competências: • Excelência operacional – otimização dos processos operacionais e gestão de qualidade

• Competência comercial – definição de estratégias comerciais e planejamento mestre e gestão de construção • Construção e plano de iniciação e expansão de aeroportos e prédios • Gestão de parceria com autoridades, parceiros do aeroporto, concessionárias, clientes etc.

América Latina e Caribe Todas as atividades na América Latina e no Caribe são realizadas via A-port, uma joint venture estabelecida com o Grupo Camargo Corrêa (Brasil) e com a Gestíon e Ingeniería IDC S.A. (Chile). As duas entidades distintas – A-port S.A. e A-port Operaciones S.A. – foram estabelecidas para separar completamente os envolvimentos financeiros das atividades operacionais. Sediada em São Paulo, a A-port S.A. investe na construção e desenvolvimento de projetos de aeroportos e infraestruturas aeroportuárias na América Latina e no Caribe. A Flughafen Zürich AG detém uma participação acionária de 15% na A-port S.A.

A A-port Operaciones S.A., com sede em Santiago, no Chile, será responsável pelo desempenho dos acordos de gestão e consultoria relacionados aos aeroportos e à infraestrutura aeroportuária na América Latina e no Caribe. A Flughafen Zürich AG detém uma participação de 32,6% na A-port Operaciones S.A. A A-port busca ser uma empresa líder e reconhecida internacionalmente na área de aeroportos. A meta é crescer de forma sustentável na indústria de aeroportos na América Latina e no Caribe, de acordo com as melhores práticas internacionais de proteção e segurança, eficiência e conforto, transformando a capacidade de investimento em valor de longo prazo para todas as partes interessadas. Em 2009, a A-port S.A. adquiriu 51% do Curaçao Airport Partners N.V. (CAP), a concessionária do Aeroporto Internacional Hato, Curaçao. Ao mesmo tempo, a A-port Operaciones S.A. assinou um contrato de Operação e Gestão (O&M) com este aeroporto.

Proposta de valor da A-port A presença de um empreendimento privado na gestão aeroportuária agrega valor ao negócio de várias maneiras, seja de modo financeiro, por meio da injeção de capital e investimento seguro, ou como um fornecedor de infraestrutura moderna e de processos aprimorados. Os resultados são um serviço qualitativo e rápido,

Urs Brütsch, chefe de Atividades de Aeroporto Internacional e E. Thomas Kern, CEO da Flughafen Zürich AG em frente ao Estacionamento SAO Parking do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que é gerenciado pela A-port S.A. Urs Brütsch, Head of International Airport Activities and Thomas E. Kern, CEO Flughafen Zürich AG in front of SAO Parking at Congonhas Airport in São Paulo which is managed by A-port S.A.

um ambiente moderno e agradável para os usuários do sistema de transporte aéreo e práticas de gestão ambiental sustentável. O cumprimento das normas internacionais de segurança é um requisito fundamental na indústria de transporte aéreo. Os usuários, as companhias aéreas e as comunidades locais também exigem padrões de serviços excelentes. A A-port se compromete em proporcionar uma experiência agradável aos viajantes e usuários do aeroporto, ao oferecer os mais altos padrões de excelência para atender a todas as necessidades de cada um deles. O conceito de conforto vai além das instalações modernas e da oferta de atividades de lazer e compras, inclui uma equipe de atendimento ao cliente que compreende as necessidades individuais dos usuários. O objetivo da A-port é promover o desenvolvimento do aeroporto e gerar riqueza no Brasil, na América Latina e no Caribe, além de fazer uso da capacidade de investimento do Grupo Camargo Corrêa e da experiência operacional da Flughafen Zürich AG e da IDC. Urs Brütsch é chefe de Atividades de Aeroporto Internacional da Flughafen Zürich AG. Urs Brütsch is Head of International Airport Activities of Flughafen Zürich AG.

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comunidade brasileira na Suíça

Associação Brass Brasil-Suíça brazilian community

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in Switzerland

o início dos anos 90 começou a despertar entre brasileiras da região de St. Gallen a vontade e necessidade de se encontrar, trocar experiências e informações com o objetivo de apoiar-se mutuamente.

Encontros temáticos, com palestras e debates informativos, ajudaram muito, tanto no processo de integração na Suíça como na integração de brasileiros entre si.

O BRASS acompanhou o Grupo de Cultura Regional Iaçá de Belém que apresentou danças folclóricas do Pará em setembro do ano passado na região de St. Gallen. BRASS accompanied Iacá, the regional culture group from Belém, which performed folk-dances from the state of Pará in September last year in the St. Gallen region.

Com a participação de cada vez mais brasileiras em outros eventos e grupamentos da sociedade suíça, tornou-se evidente a necessidade de termos um perfil mais claro da nossa identidade de brasileiros na Suíça. A criação de uma associação pareceu-nos a forma mais apropriada para tal.

Brass BrazilSwitzerland Association

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n the early 1990s, Brazilians residing in the St. Gallen region began to feel the need to get together to exchange experiences and information for mutual support.

They oragnized meetings on certain subjects, with talks and discussions that were very helpful both for their integration process in Switzerland and for integration among the Brazilians themselves. Increasing numbers of Brazilians started to become involved with other Swiss community events and groups, there was an obvious need to define a clearer profile for our identity as Brazilians in Switzerland. Founding an association seemed to be the most appropriate way to do so.

No dia 27 de fevereiro de 1997 criamos a Associação BRASS Brasil-Suíça, que teve os estatutos aprovados em assembleia na mesma data.

On February 27, 1997, we founded the BRASS Brazil-Switzerland Association, and the meeting voted its bylaws on the same day.

Atualmente o BRASS conta com quase 60 associados dos cantões acima citados, que se encontram mensalmente em um local fixo alugado. O encontro é aberto a sócios e amigos.

BRASS now has almost 60 members from the above mentioned cantons who meet every month at the same venue, which is rented for the occasion. The meeting is open to members and friends.

A associação não tem uma sede, mas a presidente atende em seu telefone particular:

The association does not have its own premises, but the chair may be contacetd at her private phone number:

Bernadete Moosmann Tel.: +41 (71) 250 1522 E-mail: info@vereinbrass.ch www.vereinbrass.ch

Bernadete Moosmann Tel. +41 (71) 250 1522 E-mail: info@vereinbrass.ch www.vereinbrass.ch

diretório directory Confira os endereços da comunidade suíça no Brasil e da comunidade brasileira na Suíça em nosso site. Acesse www.swisscam.com.br e clique em “Informações úteis”.

Participação do grupo de canto do BRASS no culto bilingue (português/alemão) do Dia das Mães deste ano na Igreja Ecumênica de Halden, St. Gallen. BRASS’s choral group took part in the bilingual (Portuguese / German) Mother’s Day service held at the Ecumenical Church, Halden, St. Gallen.

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Find the addresses of the Swiss community in Brazil and the Brazilian community in Switzerland on our website. Go to www.swisscam.com.br and click on “Useful information”.

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