Concurso de Poesia Interescolas de Gaia.

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Concurso de Poesia Interescolas de Gaia 2013 Poemas Premiados 2ª FASE - GAIA

I Love Books, [Em linha], disponível em http://www.facebook.com/photo.php?fbid=413782785353822&set=a.413391968726237.101139.413390568726377&type=1&theater ,

[Consult. em 7/11/12]

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PREFÁCIO Em 1999, a Biblioteca da Escola Secundária com 3º Ciclo de Oliveira do Douro, dando seguimento a uma antiga tradição de Jogos Florais, dava início à dinamização do Concurso de Poesia entre os alunos das escolas EB 2/3 de Avintes, Gervide, Olival, Vilar de Andorinho e Secundárias/3 de Almeida Garrett e Diogo de Macedo que então integravam o Centro de Formação Gaia Nascente, promotor do intercâmbio. Desde essa data, o projeto foi crescendo. Também os novos agrupamentos que foram surgindo foram integrados. O concurso destinava-se depois a todas as comunidades educativas das respetivas escolas: alunos de todos os níveis de ensino não superior, docentes, funcionários, encarregados de educação. Este projeto tem contado com a colaboração de vários professores de Português das escolas concorrentes: na pré-seleção dos poemas premiados a nível das escolas e na motivação dos alunos e dos outros membros da comunidade para o registo escrito da poesia. Mantendo o mesmo regulamento da primeira hora - da autoria e sempre adaptado por José Rafael Tormenta -, foi possível alargar o Concurso, em 2011, a todas as escolas e agrupamentos do concelho de Vila Nova de Gaia. Igualmente, se reconhece o trabalho colaborativo por parte dos professores bibliotecários na recolha e partilha dos poemas. Foi um trabalho em rede e de parceria com a Biblioteca Municipal de VNG. Realce-se a preciosa colaboração, ao longo destes quinze anos, da Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia, na participação em júris e na oferta dos prémios finais em cerimónias por vezes que têm ocorrido nas suas instalações, com o envolvimento de poetas e de professores e alunos pertencentes a Grupos de Teatro e de Arte de Bem Dizer das escolas

participantes

os

quais

dinamizam

sessões

de

Leitura/Poesia/Teatro.

Têm igualmente colaborado nesta iniciativa os poetas Anthero Monteiro, Eduardo Roseira, Fernando Morais, Odete Boaventura e Virgínia Monteiro, da Associação dos Escritores de Gaia, bem como o seu Presidente, Miguel Miranda. O poeta Eduardo Roseira tem dinamizado ações de sensibilização à Poesia, através de sessões de Stand up Poetry, incentivando os alunos à criação poétca. PARABÉNS A TODOS!

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MÃE ÁRVORE Pedro Jorge Vieira EB 1 de Gervide / Agr. de Escolas Escultor Antº Fernandes de Sá – 3º ANO ESCALÃO B – 1º PRÉMIO

Mãe, árvore da qual somos ramagem Que tu proteges da força da aragem…

Mãe, árvore da qual somos as folhas, Das quais tu tratas, pelas quais tu olhas.

Mãe, árvore da qual somos flores, Às quais, com amor, tu dás tantas cores…

Mãe, árvore da qual somos fruto, Dos quais tanto cuidas, minuto a minuto…

Mãe, árvore da qual nos desprendemos, Sem saber que, sem ti… apodrecemos.

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UMA ILHA ESPECIAL Gustavo Gomes Sousa Moreira EB1/JI Igreja e Lavadores / Agr. de Escolas Diogo de Macedo, Olival – 4º ANO ESCALÃO B – MENÇÃO HONROSA

Sonho que existe Num sítio bem distante, Algures no oceano Um local bem interessante. É uma ilha mesmo especial, Que alegra toda a gente, Contém sonhos, magia e afetos, Ninguém lhe fica indiferente. Vou para lá todos os dias, Ou melhor, todas as noites. Quando me deito na cama Escalo montanhas, serras e montes! Para mim existe mesmo, Essa ilha especial. Onde só entra quem eu gosto E todos os dias, tem espírito de Natal!

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A PRAIA Bruna Vilaça EB1/JI do Meiral / Agr. de Escolas Dr. Costa Matos – 4º ANO ESCALÃO B

Estava a passear na praia a “viajar”! Estava calma como uma alma a olhar para a luz … Eu vi lixo, eu vi plásticos, eu vi pontas de cigarro, eu quase fiquei sem ar! Limpei, limpei e limpei! Entusiasmei-me e fiquei muito surpreendida com este dia. Mas ao fim, eu flutuei no mar e fiquei bem naquele mar. Estava a descansar…! Depois uma estrela do mar veio ter comigo, agarrou-se a mim… E nós duas, alegres e contentes brilhamos, olhando para a praia limpa até ao fim …

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NATAL 3A EB1/JI Igreja e Lavadores / Agr. de Escolas Diogo de Macedo, Olival – 4º ANO ESCALÃO C – 1º PRÉMIO

Natal, uma festa especial. O Natal é a alegria e o amor. O Natal está cheio de magia. Natal, uma festa de família, Vivida com muita harmonia. O Natal são as crianças de mãos dadas, A sorrir de felicidade e a cantar ao calor da lareira. Natal é não estar só, Porque o Menino Jesus está junto de nós. Natal é partilhar, é festejar e abraçar o nosso irmão. Natal é construir o Amor e a Amizade, Não é estragar a felicidade. Natal é relembrar os afetos, que nos dão, E esquecer os maus-tratos. Natal é dar as mãos a quem precisa, É lembrar sempre a família. Natal é ouvir a canção que nos vai no coração. Natal, Festa de muito Amor e animação. Natal é sonhar com uma vida melhor, Onde não há guerra, ódio, tristeza e dor. Natal é uma estrela que brilha No céu estrelado, e concretiza todos os nossos sonhos e desejos. Acabar com a guerra. E neste Mundo fazer reinar a Paz. O Natal devia permanecer em nós, todos os dias.

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O MAR André T, Bernardo M, Mariana R, Zoé D EB1 da Pena / Agr. de Escolas da Madalena – 4º ANO ESCALÃO C

Azul e verde Calmo ou agitado Frio e quente Salgado, certamente. Os peixes saltam Os golfinhos brincam Os tubarões assustam As alforrecas picam. Na água salgada Eu vou mergulhar Mas quando vem uma onda Fujo, para não me afogar. Vou para a areia Para brincar Mergulho na água Sem me aleijar. O mar é maravilhoso E a Terra também O que eu quero mesmo É que os pescadores pesquem bem. Se todos gostamos do mar Devemos prestar atenção O maior perigo para o mundo É a sua poluição.

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O MENINO QUE NÃO SABIA RIMAR Mª Eduarda Lima Necho Escola Básica de Canidelo / Agr. de Escolas D. Pedro I – 5º ANO ESCALÃO D – 1º PRÉMIO

Era uma vez um Menino que não sabia rimar. Só sabia brincar! Perguntou a muita gente o que fazer para rimar. A mãe respondeu que para rimar É preciso saber Arrumar o quarto. Mas o menino só sabia brincar! O pai respondeu que para rimar É preciso saber Escovar os dentes. Mas o menino só sabia brincar! A Professora respondeu que para rimar É preciso Saber estudar. Mas o menino só sabia brincar! Os colegas responderam que para rimar É preciso saber ajudar. Mas o menino só sabia brincar! No fim do dia o menino disse: - Para rimar é preciso saber arrumar o quarto, escovar os dentes, estudar, ajudar .

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DOURADO OU NÃO? Mª João Costa Cerqueira EB 2,3 Escultor Antº F de Sá / Agr. de Escolas Escultor Antº Fernandes de Sá – 6º ANO ESCALÃO D – MENÇÃO HONROSA

A minha flor Tinha uma linda cor Era da cor da minha farda A minha farda dourada… A minha farda luzia… Luzia todo o dia (Só de noite não reluz Será por falta de luz?) Oferecida pelo meu pai… Ao tempo que isso já vai! A minha flor tão bonita, Enfeitada com uma fita! Que fita aquela Com cheiro a canela Canela dourada Para ficar enfeitiçada…

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A BONECA Sandra Cristina da Silva Lopes EB 2,3 de Olival / Agr. de Escolas Diogo de Macedo, Olival – 6º ANO ESCALÃO D

Tem cabelo encaracolado, um vestido amarelado, sapatinho encarnado. É a minha boneca! Com ela brinco, com ela pinto, com ela sinto. É a minha boneca! Tenho-lhe amizade, abraço-a com vontade, sinto felicidade. É a minha boneca!

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A COR DO MEU FUTURO Rafael Reis Pineu Escola Básica de Santa Marinha / Agr. de Escolas António Sérgio – 5º ANO ESCALÃO D

Existem imensas cores Mas não sei qual quererei… Por isso, faço esta poesia Cheia de alegria! Vou começar com o vermelho É a cor do sangue Mas eu não quero derramar A minha vida não vai mudar! Agora pelo branco Uma simples cor, Será assim tão simples?... Questão para depor… Agora com cabeça Vou experimentar o verde Como é a cor da esperança, Estou com confiança! E o amarelo?... Esqueci-me dele… O que reservará?... Só o futuro me dirá! Azul é a cor de mar Mas que me dá muito que pensar… Infelizmente, contra a minha vontade O poema vai terminar… De todas estas cores A incerteza predomina… Decerto todas terei Presentes durante toda a minha vida!...

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“UM DIA NA VIDA DE UM POEMA” (EM HONRA DOS POEMAS NÃO ESCRITOS) Inês Salgueiro de Carvalho Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena – 7º ANO ESCALÃO E – 1º PRÉMIO

Olhas para o papel vazio E a palavra olha para a estrada Abandonada, vazia, encaixotada Puxa pela cabeça Puxa pela tinta Mas da caneta só sai este risco Que rabisca e depois risca A palavra assassinada. As palavras não tiram, Não roubam mas dão Por cada palavra escrita Por cada letra dita Uma flor nasce na alma. Sem rima, sem verso, sem vida A memória da letra sussurrada.

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NÃO AO BULLYING Ana Rita Martins Escola Básica Dr. Costa Matos / Agr. de Escolas Dr. Costa Matos – 8º ANO ESCALÃO E – MENÇÃO HONROSA

Chega, basta Porque tudo começa Depois de uma discussão Não nos tratem mal Não somos mecos Também temos sentimentos Não servimos de bonecos Não te aproveites de nós E não nos ofendas Porque no coração Ficamos com dores tremendas Não pertenças ao bullying E não magoes ninguém Não te sirvas do outro E não o faças refém

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APRENDI… Mariana Isabel Castanheira Pereira EB 2,3 Escultor Antº F de Sá / Agr de Escolas Escultor Antº Fernandes de Sá – 9º ANO ESCALÃO E

Aprendi da pior forma a ser quem sou, A acreditar – mas pouco – em mim, A encontrar, enfim, a dor que me moldou E a recear a conclusão a que cheguei assim. As lâminas cravadas no meu corpo Não chegaram para secar as lágrimas, Nem iluminar o escuro do meu quarto, Nem reerguer os destroços do meu coração. Mas hoje… Hoje já não tenho medo de me olhar ao espelho Nem de esperar um dia novo que nasce Sair do labirinto que me congelou Superar o medo que em mim me encerrou. Agora aprendi a voar, A pronunciar a palavra liberdade Mesmo que não sinta o seu significado pleno. Aprendi a sorrir, Ainda que num mundo a preto e branco Oscilante pelas lágrimas que os olhos teimam em chorar. Não sei se foi por mim, se foi por ti, Mas aprendi…

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UM LIVRO É: Pedro António Vilela Teixeira Escola Secundaria de Almeida Garrett – 9º ANO ESCALÃO E

O que é um livro, nunca ninguém Conseguiu explicar Mas espero que estejam mais esclarecidos Quando este poema acabar Um livro é um amigo Fiel e inteligente Nem triste nem contente Ajuda toda a gente. Um livro é um planeta por explorar Com selvas e montanhas Um sonho que nunca irá acabar. Um livro é como um avião Que nos leva até ao fim do mundo Que nos faz voar por cima das nuvens Que nos dá aventuras até mais não. Um livro é como uma janela Que nos deixa olhar o mundo Que nos deixa ver as pessoas E o que elas têm de profundo. Um livro é um monte de palavras Que depois de as organizar De as ler e de as interpretar Nos vai ajudar a imaginar.

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A PRINCESA ALGODÃO-DOCE E O GIGANTE Adriana Gomes Oliveira ES/3 Diogo de Macedo / Agr. de Escolas Diogo de Macedo, Olival – 8º ANO ESCALÃO E

Estava um belo dia de primavera. O sol iluminava o jardim verdejante E as flores possuíam um cheiro estonteante! A Princesa Algodão-Doce, Que era gulosa E usava um vestido rosa, Mastigava um rebuçado delicioso, Olhando aquele dia maravilhoso! A princesa ouviu alguém chorar, Foi a correr ver o que se estava a passar E encontrou um gigante a choramingar: -Gostaria de voar mas sou pesado! Gostaria de ser leve como uma bola de sabão, Mas sou um grandalhão! A princesa pensou muito Até que arranjou uma solução: - Se mascares e soprares bem esta pastilha elástica, Conseguirás voar e ter uma vida fantástica! O Gigante soprou tanto, Que fez uma bola tão grande Como um balão de ar quente! Descolou contente, com leveza. Que dia tão feliz para o Gigante Que, com a ajuda da princesa, Deixou de lado a tristeza!

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AS QUATRO ESTAÇÕES Diogo Leonel Pinto Monteiro ES/3 António Sérgio / Agr. de Escolas António Sérgio – 7º ANO ESCALÃO E

Eu tenho muitos amigos, mas quatro são especiais… dois deles são bem quentinhos outros são frios de mais. Primavera é o primeiro, Com mil plantas a crescer… com águas mil a cair e as flores a florescer. Verão, tempo de calor, todos podem ir brincar… sem escola e sem trabalho provar do mais fresco ar. Outono, caem as folhas, só cores acastanhadas… uma estação muito velha, com mil folhas espalhadas. Inverno, tempo de neve, com o ano a acabar… estes são os quatro amigos sem os quais não vou passar!

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TEUS CABELOS PRATEADOS Juliana Cardoso Jorge ES de Oliveira do Douro / Agrupamento de Escolas Oliveira do Douro nº1 – 7º ANO ESCALÃO E

Teus cabelos prateados Encaracolados E o teu olhar azul como o mar Fazem recordar Histórias de encantar Que só tu, avó, Sabias contar. Que doce lembrança Que terno desejo Ser de novo criança Roubar-te mais um beijo.

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A MAGIA DAS PALAVRAS 5ºC Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena – 5º ANO ESCALÃO F – 1º PRÉMIO

A palavra mar é profunda, Podemos mergulhar dentro dela. A palavra natureza espalha a beleza Nos campos verdejantes, nos céus Com o som dos pássaros… A palavra mar são pequenas Lágrimas de quem sofre A palavra água refresca-me Se ela não existisse, o mundo era um deserto, seco e triste! A palavra amor tem um grande valor… Que me faz amar, logo ao acordar. A palavra sol brilha sem parar, Quando posso ir à praia, Correr e saltar A palavra dor faz-me chorar Traz-me sentimentos, Faz-me recordar… A palavra amizade traz-me A verdade, Traz-me companhia e solidariedade, A palavra alegria tem muita folia, Deixa-me dançar de noite e de dia… A palavra Natureza espalha a beleza

Quando a tratam mal, fica uma tristeza… Deve ser amada e bem estimada. A palavra solidão faz-me chorar Recordar sentimentos E depois recuperar A palavra escola Lembra-me jogos de bola, Livros, lápis e canetas Que levamos na sacola. A palavra Escola faz-me feliz Com ela podemos correr e saltar, mas com ela podemos também aprender e brincar. A palavra brilhar faz-me recordar Os momentos que passei na praia a brincar. Todas as palavras têm magia Enchem-nos a vida de alegria! As palavras, as palavras Trazem a luz ao meu dia, Fazem-me querer acreditar na magia NA MAGIA DAS PALAVRAS !

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AMOR Ana Rente e Ana Queirós ES de Oliveira do Douro / Agrupamento de Escolas Oliveira do Douro nº1 – 7º ANO ESCALÃO F

Amor é uma semente plantada no nosso coração que cresce, cresce e cresce sem nunca parar. Amor é um sentimento, muito forte que dá cor aos nossos dias e nos faz sonhar

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FAMÍLIA 5ºD EB 2,3 Escultor Antº F de Sá / Agr de Escolas Escultor Antº Fernandes de Sá – 5º ANO ESCALÃO F

Adoro a minha família! Dor? Não há, quando estamos unidos. Orgulho-me dela em todos os sentidos, Reina no meu coração, Orienta o meu caminho, com afeto e carinho. Amizade, respeito ternura, união… Magnífica grandeza de seu coração, Inteligência genuína e incondicional paixão, Nobreza, seriedade e lealdade! Há ainda os laços fortes da amizade: Atos sucessivos de compreensão Família que nunca esquecerei. Amor que sempre manterei Magia que Alguém inventou, Ideal para este mundo onde estou! Liberdade, responsabilidade e atenção: Inúmeras dádivas vindas de sua mão… Adoro a minha família do fundo do coração!

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FELICIDADE Andreia Alexandra S Pereira e Patrícia Mª A Teixeira ES/3 António Sérgio / Agr. de Escolas António Sérgio – 8º ANO ESCALÃO F

Estar feliz é estar contente, Não só por ti mas por toda a gente. Estar contente é alegria, Que até qualquer um sentia. Muita gente pode não a ter, Mas é fácil de a receber. Basta dar um abraço, E forma-se um laço. A amizade é felicidade, Que trazes todo o dia. E com o teu grande amigo, É uma alegria.

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A NATUREZA Inês Moreira e Hugo Sousa ES/3 Diogo de Macedo / Agr. de Escolas Diogo de Macedo, Olival – 6º ANO ESCALÃO F

Quando acordo de manhã, olho logo pela janela a natureza tão bela. Desabrocham as flores enfeitadas com mil cores; cantam os passarinhos com chilreios suavezinhos, trazem música aos meus ouvidos e despertam os meus sentidos. É tão bela a natureza, como ela não há igual, A sua beleza é única, Não pode ter um final. E começa assim um novo dia, cheio de luz e de alegria.

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HOJE DISSERAM-ME QUE A POESIA NÃO SERVE PARA NADA Adriano Rafael Silva Santos de Almeida Tavares Escola Secundaria de Almeida Garrett – 11º ANO ESCALÃO G – 1º PRÈMIO

Hoje disseram-me que a poesia não serve para nada. Que raio de dia este, em que a poesia perdeu a virgindade! Cada verso perdeu, hoje, um punhado de magia, e cada rima, uma tenaz de doçura. Hoje disseram-me que a poesia não serve para nada. Deu-me um arrepio na espinha. Perdeu-se a sonoridade do soneto. Perdeu-se a morte do poeta. Hoje disseram-me que a poesia não serve para nada. Pela corrente dos sentimentos escorregou a escuridão. Um sorriso apagou-se e um génio morreu. A gaivota aproximou-se do precipício e atirou-se para o vazio. Hoje disseram-me que a poesia não serve para nada. Hoje morreu a senhora mais nobre do planeta. Deixada morta na sombra da oliveira… Uma azeitona caiu. Hoje disseram-me que a poesia morreu. Descobri, finalmente, o sentido da humanidade. Atravessa o limbo para o lado errado da luz. Que caia um raio hoje, e para sempre. Que se inicie o velório. Que se menospreze aquela que não tem sentido. Hoje disseram-me que a minha vida não serve para nada.

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O BALOIÇO Ana Catarina Oliveira Freitas ES/3 Diogo de Macedo / Agr. de Escolas Diogo de Macedo, Olival – 10º ANO ESCALÃO G – MENÇÃO HONROSA

Sorrir inconsciente, Choro travado. Gargalhada forçada, Lágrima derramada. Naquele solavanco: Escolher o futuro. Escolher o recordar. Entre o Mar, (profundo); Entre o Céu, (sem limites). Podes imaginar Ou então copiar. Podes esconder, Ou então descobrir. Para a frente. E para trás. Podes parar… E ser indiferente! Podes continuar… E esperar pelo amanhã!

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AMOR ACONCHEGADO Ana Raquel Pinto Monteiro ES/3 António Sérgio / Agr. de Escolas António Sérgio – 11º ANO ESCALÃO G

Princesa de um conto de fadas Fui aprisionada no teu coração! Sem ti a vida é apenas metade… Metade noite, metade dia, Metade sombra, metade luz. Vivo incompleta! O futuro tarda em chegar… Apenas me resta sonhar E ficar a teu lado Num amor aconchegado!

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A LINDA MENINA DO PIANO NEGRO Tiago Filipe Pinto Aires ES de Oliveira do Douro / Agrupamento de Escolas Oliveira do Douro nº1 – 10º ANO ESCALÃO G

Passava na rua quando, subitamente, senti uma melodia a cintilar pela bruma matinal da cidade. De tão terna e bela que era conseguiu aguçar a minha curiosidade. Seguindo o caminho para onde tal som me levava, entrei numa escadaria, húmida e deteriorada pelo tempo, que me conduziu a uma velha escola de música no primeiro andar de um prédio antigo. Este parecia entoar pelas paredes todo o tipo de notas musicais expandidas pelos instrumentos sonoros que lá vão contando todas as histórias melódicas dedilhadas pelos músicos que lá tocaram. De repente, qual o meu espanto quando, ao fundo, debruçada sobre um piano, tocava uma linda rapariga com os seus cabelos sedosos e compridos que pareciam serpentear todas as notas emitidas pelo velho piano negro. Após longas horas de admiração em silêncio senti a paz de alma que a mistura da música e do amor criaram no meu ser!

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ERA UMA VEZ… Marta Sofia Gonçalves Madureira ES de Oliveira do Douro / Agrupamento de Escolas Oliveira do Douro nº1 – 12º ANO ESCALÃO H – 1º PRÉMIO

Era uma vez uma menina, Longos, escuros caracóis, Vestido vermelho, laço branco. Corria pelo campo… Via cães, Via velhos, Via flores, Via sonhos, Via cores, Sorria. Via o que queria E sonhava a efemeridade do que via. Ela queria! Corria! Ria toda a sua infância! Sentia todos os cheiros, Analisava todas as folhas, Ajoelhava-se, deitava-se e sonhava… Ah! Como ela queria que fosse para sempre! Como ela queria sentir sempre aqueles campos, Aquelas brisas de um cheirinho que nem os Deuses conhecem, Ver sempre aqueles homens! Sim, ela sonhava. Sonhava sem fim. Seria inventora dos mais belos contos de fadas. Ela cresceu, muitas feridas criou, Tudo mudou E não mais sonhou. Mas nunca esqueceu Tudo o que conheceu E o que mais amou!

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IMPÉRIO DO LUAR NASCENTE Pedro Miguel Guedes dos Santos ES/3 Antº Sérgio / Agrupamento de Escolas António Sérgio – 12º ANO ESCALÃO H – MENÇÃO HONROSA

Que triste Ver Mitra Apagar O Sol teu; Meu Luar. Lusus profundo, Defronte um cume, Jaz moribundo; Guerra traz e une. Ao dano o sarar, Finda alma incessante. Não é nosso o Mar – - O Amar não garante; Alto é de alcançar. As naus, contudo, atracam, Deixando-se levar. Cobre Vénus o olhar; De leve, as ninfas tratam – - Orna ele um manto baço Onde espelha o espaço. Com Sémele repousamos Neste desígnio afável. Distintos, escorraçamos A doce Virgem Amável E, tal como uma ilusão, Se desmonta o nosso Império; Um sonho sem dimensão. E eis que a luz divina surge E o lustre descobre, imenso: De dentro, irado, s’insurge, Branco cobre nato e suspenso. Já o Luar Crescente Impera; Nasce co’a Musa ajudando. Do silêncio ele não spera Nas palavras se ocultando

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“ DOURO” Sofia Martins Marques Escola Secundaria de Almeida Garrett ESCALÃO H

Ó Douro rio, Que atravessaste os montes, Os degelos e o desconhecido. Que voaste, seguido dos ventos, Fortes e mansos; os gritos que ouviste E o sol penetrante. Pelos teus lençóis, conseguiste; Pela tua fúria e fortaleza, Seguiste o teu caminho. Chegando ao ponto, mergulhaste Nas águas mais fortes, horrendas, encantadas; O teu olhar maravilhou os corpos. A tua sede, molhou-os; Levando um sorriso em troca; E encantaste o mundo. A tua dança e o teu brilho, Fez uns chorar, outros apaixonar e outros sonhar. Até que a estrela mais quente fizeste-a aparecer, Que se vai enterrando nas águas para tu adormeceres.

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O MEU DIA A DIA Mª da Conceição S A Azevedo ES de Oliveira do Douro / Agr. de Escolas de Oliveira do Douro nº1 ESCALÃO J – 1º PRÉMIO

Dias sem fim Sempre a passar. Um dia e outro Sem nunca parar. Arrumo a casa Faço o comer Roupa a lavar Outra a estender Tudo está pronto Leio o jornal Vou ao café É um dia normal. Sair da rotina Sempre a passar Um dia e outro Sem nunca parar.

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A FONTE DA TARDE Francisco Martins ES de Oliveira do Douro / Agr de Escolas de Oliveira do Douro nº1 ESCALÃO L – 1º PRÉMIO

A fonte que minha alma encontrou à tardinha Meu ser a buscava já desde a manhãzinha. ---Uma sede da Água, da Pura e Fresquinha. Pobre Amor era o meu como a sede que tinha!… Depois me acenaram com um cento de fontes… Em todos os lugares, em todos os montes. E cada uma com as suas chaves de ouro… Para guardar o seu tão cioso tesouro! ---Uma sede da Água, da Pura e Fresquinha, Pobre Amor o meu, maior a sede que tinha! Das águas que bebi nenhuma era selada: A Vida que gerava não era a Encantada… ---Uma sede da Água, da Fresquinha e Pura, Que a sede é já Amor --- oh como a sede dura! E a fonte que meu ser encontrou à tardinha Sem saber a buscava desde a manhãzinha. ---Era sede da Água, da Pura e Fresquinha Para a qual minha mãe me dera a cantarinha!

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PARTISTE... Mª de Fátima de Matos Freitas ES/3 Antº Sérgio / Agr. de Escolas António Sérgio ESCALÃO L

Foste partindo, lenta e vagarosamente, E, pouco a pouco, o teu rumo perdeste! Nesse teu novo mundo te escondeste... Ficando laivos de ti, quase piedosamente. Teus gestos velozmente se desvaneceram, Num corpo tão inerte e tão desalentado! Tua alma e teu coração de dor padeceram... Pois todo o teu Ser e Sentir foi acorrentado. O que de ti restou, pouco ou nada sobrando, Partiu, e meu pobre coração foi dilacerando! Revejo o teu olhar! E a tua voz em mim ecoa... A tua ausência é suportável, embora me doa! A saudade de TI consome minha alma dorida, Como foi a tua partida, na hora da despedida...

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EM SONHOS … NÃO HÁ CERTEZA Mª da Conceição Pereira de Castro Varejão ES/3 Antº Sérgio / Agr. de Escolas António Sérgio ESCALÃO L

Sonhava muito. A sonhar, Via sempre o teu olhar Cheio de graça e beleza. E despertava risonho, Olhava. Era um sonho! Em sonhos…não há certeza. Ficava assim pensativo, Um tanto meditativo, Depois cheio de tristeza, Tentava, outra vez dormir, Via teus lábios sorrir… Em sonhos…não há certeza. Parecia ouvir-te falar, Sentia o teu respirar, O teu cheiro de pureza. De alegria delirava E, de repente acordava! Em sonhos…não há certeza. .

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O TRAÇO Ana Manuel S Figueiredo Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena ESCALÃO L

O traço Contém a intenção de eliminar A linha A vontade de continuar E o verso A harmonia Neste insondável estar Em todos eles reúno A consciência de ser E com eles desenho A evasão de não querer sê-lo

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VIESTE À SALA Idalina da Silva Neves EB 2,3 de Olival / Agrupamento de Escolas Diogo de Macedo, Olival ESCALÃO L

A poesia bateu à porta Nossa engrenagem rotineira produtiva Surpreendida Estavas esquecida Vieste pequenina a brincar Soltando notas musicais Vieste … estalavam no ar Palavras ousadas, gastas, guardadas, Banais Breve instante Despropósito aparente Devaneio de humanidade Cada um sentiu calado estarmos cá por vontade Estarmos cá, para reconhecer Que a poesia existe para nos pertencer.

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ESTOU COM SEDE Emília Manuela Pacheco Costa ES/3 António Sérgio / Agr. de Escolas António Sérgio ESCALÃO M – 1º PRÉMIO

Estou com sede Vem meu amor Matar minha sede Neste deserto Da distância Vem meu amor Matar esta sede De ternura De carinho E mostra-me o caminho Que encurta esta distância Vem meu amor Matar esta ânsia De me fazer amar Tapar-me com A tua manta Repleta de sonhos E desejos E me cobre o corpo Com os teus beijos Vem meu amor Matar minha sede…

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PARA QUÊ CHORAR Laura Barros Moreira Valente Escola Secundária de Almeida Garrett ESCALÃO M – MENÇÃO HONROSA

Choro de alegria Choro de tristeza Choro porque rio Choro porque choro Choro pelo amor que já vivi Choro pelos sonhos que ambicionei E não consegui. Choro pela vida que vejo passar E por tudo aquilo Que deixei escapar, Choro de saudades Dos entes ausentes Que vazio deixaram No meu coração; Choro pelos que amo E me são tão queridos! Choro pelas crianças Que não têm pão, Choro pelos idosos que vivem sozinhos Em profunda solidão! Choro porque há guerra e tanta ambição, Choro pelos desesperados que se suicidam Porque já não aguentam tanta pressão. Choro pelo mundo conturbado Em que vivemos Que parece não ter solução Choro, choro, mas, Não quero mais chorar; Porque há sempre uma esperança Há sempre um lado bom Que me dá forças para continuar; Se lutando consegui ser hoje Aquilo que sou… Não, não vale a pena mais chorar Porque a vida, a vida é uma dádiva E a natureza é um dom E vale sempre a pena viver E continuar a lutar. 38


A PRIMAVERA Alice Mª Magalhães Escola Básica Dr. Costa Matos / Agr. de Escolas Dr. Costa Matos ESCALÃO M

A primavera está a chegar Com ela nasce a flor, Do botão nasce a vida Que nos dá mais calor. Desbrocha, lentamente, o botão Como o sol a entrar na vidraça Consigo traz alegria Que nos dá muita graça. De todas as estações Ela é a mais cheirosa Traz o perfume consigo. Que vida maravilhosa! Toda ela é esplendor Bela como a esperança, Nela vamos recordar O tempo de ser criança.

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SOLIDÃO Fátima Carvalho EB 2,3 Escultor Antº F de Sá / Agr. de Escolas Escultor Antº Fernandes de Sá ESCALÃO M

Inesperadamente me bate à porta. Abro as portadas da minha janela. Surdo rumor a fustigar os ramos! Não vejo ninguém, além das estrelas. Só vejo escuridão. Sinto-me sozinho! Sinto um aperto, nas entranhas do meu ser. Sinto que o tempo passou, e eu não dei por nada. Sinto-me asfixiado por esta solidão. Há um turbilhão de sentimentos a invadir-me a alma! Perda, Sofrimento, Solidão, Desespero, Revolta, Amargura, Medo, Saudade. Esperança, Tento ser feliz, não sou capaz. Procuro, procuro, não encontro a paz. Sinto-me cansado de tanto lutar. Já não tenho forças para continuar. Resta-me acreditar que a dor vai passar. Que a luzinha ao fundo do túnel vai voltar a brilhar.

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RUGAS Ilda Mª Lopes Rodrigues do Vale de Sousa Escola Secundaria de Almeida Garrett ESCALÃO N – 1º PRÉMIO

O tempo queimou o meu rosto e vincou as rugas que agora marcam presença em todo o meu corpo. Sou velho e tenho rugas! Também eu, já marquei presença, há muito tempo atrás, em que eu era o estandarte de todo um exército que marchava atrás de mim em passos nem sempre acertados. Mas, a mim, só a mim, cabia acertar os passos! Errando para poder corrigir. Caindo para poder levantar. A caminhada era longa… Talvez, a meio do trajecto, dei comigo, olhando o passado recente… O exército, que outrora marchava atrás de mim, marcava passo, agora, lado a lado, comigo. Já não segue os meus passos. Atropela-se neles! Tenta espezinhar-me, aniquilar-me apoderar-se do estandarte! Sou velho e tenho rugas… O exército ultrapassou-me! Caminha apressadamente à minha frente. Esqueceu-se de quem o ensinou a acertar os passos. De quem o ajudou a levantar-se a cada queda que dava.

Sou velho e tenho rugas… Agora são elas que me acompanham e tomam o lugar dos que lentamente me foram abandonando. Aquele exército, sedento de sabedoria, faminto de poderio, sublime na sua falsa compaixão. Sou velho e tenho rugas… Companheiras de jornada Que me aquecem na aurora da manhã. que me adoçam na nostalgia da tarde. que me acarinham na solidão da noite. Sou velho e tenho rugas… Carrego toda uma história de teias. Teias que se entrelaçam, algumas que se deslaçam. Teias que se quebram mas que deviam permanecer inalteráveis. Como inalterável é o meu amor pelo exército que marchou atrás de mim, que marchou ao meu lado e que agora marcha à minha frente! Sou velho e tenho rugas… O espelho não engana. Também agora, um pouco a medo, num outro espelho, começa o exército a mirar-se. E o que vê?... Rostos queimados pelo tempo… Rugas vincadas… marcando presença em seus corpos. Somos velhos… e temos rugas!

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A LUA Mª Armanda Oliveira Guimarães EB1/JI Igreja e Lavadores / Agr. de Escolas Diogo de Macedo, Olival ESCALÃO N – MENÇÃO HONROSA

Numa cidade distante Ouvindo o sorriso do mar Crianças brincam na praia Tentando escutar o luar. Ouvir o mar é tão fácil Porque não ouvir o luar? O sorriso do mar é a onda Onde está o sorriso do luar? Crianças olham e riem E entendem a lua e o mar, O mar é o riso da lua E a lua é o brilho do mar.

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AQUI COMIGO António Pinto EB 2,3 Escultor Antº F de Sá / Agr. de Escolas Escultor Antº Fernandes de Sá ESCALÃO N

Assim que desperto, A primeira coisa que faço É pensar em ti, Naquele abraço… Para mim, estás aqui comigo, Ausente de corpo, é certo, Mas presente no meu coração Por Amor coberto… Vives comigo a toda a hora, Não te esqueço por um minuto sequer. Meu coração bate por ti agora E, se eu te perder por um momento que seja, Ele vai parar e eu vou morrer.

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O MEU JARDIM Cristina Ferreira Escola Básica de Vilar de Andorinho / Agr. de Escolas de Oliveira do Douro nº1 ESCALÃO N

No meu pequeno jardim Nasceram duas flores! As mais belas p’ra mim São meus grandes amores! Uma já menina flor Está a crescer tão bem! Quero com muito fervor Que cresça mais além! Outra é só bebé flor Enche-me de carinho! Mas, tenho uma grande dor: Não pode crescer sozinho! Não me canso de olhar P’los meus dois amores Quando não puder tratar Quem cuidará das flores?

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PARTIDA Mª João Gonçalves Gomes Preto ES/3 Antº Sérgio / Agr. de Escolas António Sérgio ESCALÃO N

Partiste. Para onde? Não sei... Um lugar incerto, um mundo novo, onde tudo é desconhecido… Não sabemos onde fica, nem quem lá vive, não sabemos qual a direção, nem a estrada que vai para lá… Só sabemos que… Partiste. Deixaste-nos tristes, mergulhados em lágrimas de saudade, do teu rosto enrugado de pele macia, do teu olhar espelhado de rugas de felicidade, do teu sorriso aberto e brilhante… Deixaste-nos magoados, por não sentir a fragilidade dos teus braços a envolver-nos, com a alegria de nos veres. Por não ouvir a tua voz carinhosa e sempre preocupada, ansiando por dizer “já chegaram”. Por não sentir o murmurar das tuas orações todas as noites,

Que a terra te embrulhou com ela, como uma semente que vai ressuscitar e desabrochar noutro lugar. Com a esperança que subas bem alto e no céu sejas a nossa estrela guia, sempre à frente de todas as nuvens, para que nada ensombre as nossas vidas, sejas o sol que nos dê o calor e seque as nossas lágrimas, sejas a luz que rompe a escuridão e nos ilumine sobre o rumo a tomar. Partiste. Disso tenho a certeza. Mas mais certeza tenho que onde quer que estejas, estás feliz, porque nos vês todos os segundos, porque guias todos os nossos passos, amparas as nossas quedas e encontras sempre um caminho para ir ao nosso encontro. Agora sei que …PARTISTE, para seres o nosso Anjo da Guarda.

Mas já sempre com a certeza que… Partiste.

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SER CRIANÇA… Rosa Cristina M M P Moreira da Costa Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena ESCALÃO N

Ao olhar o céu estrelado Num sentimento de esperança, Ouço o canto dos passarinhos Num sorriso de crianças. E no murmúrio das ondas Ou no belo bailado do mar, Pressinto o nascer do novo dia Numa clara noite de luar. E nas cores do arco-íris Onde tudo imagino acontecer, Tento voltar ao passado E à criança que sempre quis ser. Quis construir o Mundo E milhares de flores plantar, Libertar todos os animais E lágrimas ninguém derramar. Por isso, ser criança é: Ver o sol raiar Em cada amanhecer E por pior que possa parecer Irá sempre haver… Belas poesias, Onde pairam fantasias… Amores sem medo, Sem mentiras nem segredo… Borboletas a voar, Pois ninguém mais irá roubar… E tudo será esperança, No mais belo sorriso de criança. E nesse simples amanhecer A criança que sempre quis ser, Irá por fim saber… Que vale sempre a pena viver!

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ÍNDICE DE TÍTULOS ÍNDICE DE AUTORES Prefácio ......................................................................................................... 2 Mãe Árvore .................................................................................................... 3 Pedro Jorge Vieira ........................................................................................ 3 Uma ilha especial .......................................................................................... 4 Gustavo Gomes Sousa Moreira .................................................................... 4 A praia ........................................................................................................... 5 Bruna Vilaça .................................................................................................. 5 Natal .............................................................................................................. 6 3A .................................................................................................................. 6 O MAR .......................................................................................................... 7 André T, Bernardo M, Mariana R, Zoé D....................................................... 7 O menino que não sabia rimar ...................................................................... 8 Mª Eduarda Lima Necho ............................................................................... 8 DOURADO OU NÃO? ................................................................................... 9 Mª João Costa Cerqueira .............................................................................. 9 A boneca ..................................................................................................... 10 Sandra Cristina da Silva Lopes ................................................................... 10 A Cor do Meu Futuro ................................................................................... 11 Rafael Reis Pineu ....................................................................................... 11 “Um dia na vida de um poema” (em honra dos poemas não escritos) ........ 12 Inês Salgueiro de Carvalho ......................................................................... 12 Não ao bullying ........................................................................................... 13 Ana Rita Martins .......................................................................................... 13 APRENDI…................................................................................................. 14 Mariana Isabel Castanheira Pereira ............................................................ 14 Um livro é: ................................................................................................... 15 Pedro António Vilela Teixeira ...................................................................... 15 A princesa Algodão-Doce e o Gigante ........................................................ 16 Adriana Gomes Oliveira .............................................................................. 16 47


As quatro estações ..................................................................................... 17 Diogo Leonel Pinto Monteiro ....................................................................... 17 Teus cabelos prateados .............................................................................. 18 Juliana Cardoso Jorge ................................................................................ 18 A Magia das palavras .................................................................................. 19 5ºC .............................................................................................................. 19 Amor............................................................................................................ 20 Ana Rente e Ana Queirós ........................................................................... 20 FAMÍLIA ...................................................................................................... 21 5ºD .............................................................................................................. 21 Felicidade .................................................................................................... 22 Andreia Alexandra S Pereira e Patrícia Mª A Teixeira ................................ 22 A Natureza .................................................................................................. 23 Inês Moreira e Hugo Sousa......................................................................... 23 Hoje disseram-me que a poesia não serve para nada ................................ 24 Adriano Rafael Silva Santos de Almeida Tavares ....................................... 24 O baloiço ..................................................................................................... 25 Ana Catarina Oliveira Freitas ...................................................................... 25 Amor aconchegado ..................................................................................... 26 Ana Raquel Pinto Monteiro ......................................................................... 26 A linda menina do piano negro .................................................................... 27 Tiago Filipe Pinto Aires ............................................................................... 27 Era uma vez… ............................................................................................ 28 Marta Sofia Gonçalves Madureira ............................................................... 28 Império do Luar Nascente ........................................................................... 29 Pedro Miguel Guedes dos Santos ............................................................... 29 “ Douro” ....................................................................................................... 30 Sofia Martins Marques ................................................................................ 30 O meu dia a dia ........................................................................................... 31 Mª da Conceição S A Azevedo ................................................................... 31 A FONTE DA TARDE.................................................................................. 32 Francisco Martins ........................................................................................ 32 48


Partiste... ..................................................................................................... 33 Mª de Fátima de Matos Freitas ................................................................... 33 EM SONHOS … NÃO HÁ CERTEZA ......................................................... 34 Mª da Conceição Pereira de Castro Varejão ............................................... 34 O traço ........................................................................................................ 35 Ana Manuel S Figueiredo ............................................................................ 35 Vieste à sala................................................................................................ 36 Idalina da Silva Neves ................................................................................. 36 Estou com sede .......................................................................................... 37 Emília Manuela Pacheco Costa .................................................................. 37 PARA QUÊ CHORAR ................................................................................. 38 Laura Barros Moreira Valente ..................................................................... 38 A Primavera ................................................................................................ 39 Alice Mª Magalhães..................................................................................... 39 Solidão ........................................................................................................ 40 Fátima Carvalho .......................................................................................... 40 Rugas .......................................................................................................... 41 Ilda Mª Lopes Rodrigues do Vale de Sousa ................................................ 41 A LUA .......................................................................................................... 42 Mª Armanda Oliveira Guimarães ................................................................. 42 AQUI COMIGO ........................................................................................... 43 António Pinto ............................................................................................... 43 O meu jardim............................................................................................... 44 Cristina Ferreira .......................................................................................... 44 PARTIDA..................................................................................................... 45 Mª João Gonçalves Gomes Preto ............................................................... 45 Ser criança… .............................................................................................. 46 Rosa Cristina M M P Moreira da Costa ....................................................... 46

Formatação desta Antologia – colaboração de Marco Barbosa, no âmbito da sua formação em Contexto de Trabalho

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