Garatujas - Junho 2011

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GARATUJAS

Jornal do Agrupamento Vertical de Escolas de Vendas Ano X Nº 22 Junho 2011 Edição e Coordenação: Biblioteca Escolar/CRE

Montagem: Prof. Paula Barroso 50 riscos

Impressão: LITORRAIA, LDA Sabugal

“Já escrevi sobre tudo e mais alguma coisa.”, “… o que mais gosto de escrever é prosa com poesia dentro, como os chocolates com recheio.”

Tudo foram histórias… com António Torrado De facto foi um gosto e um privilégio termos partilhado um dia com António Torrado, termos saboreado a sua companhia e sentido a doçura das suas histórias. António Torrado apresentou-se-nos com uma simplicidade recheada de saber, com um tom de menino a quem os anos já ensinaram muito mas não roubaram o deslumbramento da infância. O brilho do seu olhar mostrou o entusiasmo com que acolheu cada momento oferecido pelos mais pequenos, onde cada um foi visto como único e especial. António Torrado vinha preparado para oferecer e ficou surpreendido com o tanto que recebeu. Ao longo do dia ia exclamando: “ Os miúdos lembram-se de coisas que escrevi e que eu já tinha esquecido…” “ Vê-se mesmo que eles (os alunos) conhecem a minha obra…” “ Só conhecia chávenas de Fernando Pessoa, não sabia que também já tinha umas… “ “As vossas túbaras, minhas criadilhas, fazem-me reavivar as memórias de um sabor perdido no tempo” “ Chamem-me já amanhã, se quiserem, que eu virei…”

“ Vou daqui com o coração afagado…” António Torrado foi de “ coração afagado”, nós ficámos de coração preenchido… de simpatia, de meninice, de humildade, de palavras… de POESIA. Essa outra poesia que se encontra quando se chega ao fundo de um ser humano recheado de História(s). António Torrado chegou ao Centro Educativo um pouco antes do almoço onde foi agraciado com uma poesia feita por alguns alunos. Ali, assistiu a um momento musical e dramatizações, entregou os prémios aos vencedores do concurso de leitura, falou com os meninos, apreciou os trabalhos expostos e autografou muitos livros. O almoço foi servido com a poesia dos marcadores e depois de saboreados muitos sabores alentejanos, o café foi servido em chávenas decoradas com frases do autor. À tarde, na escola dos mais crescidos, o autor conheceu o canto de leitura que lhe foi dedicado, assistiu a dramatizações, respondeu às questões dos alunos, ofereceu os prémios do concurso de leitura e escrita e voltou a autografar os seus livros. Foi um dia em grande, com muitas histórias e o prazer sereno da companhia de um escritor tão grande quanto a sua obra.

Sumário Por cá…………………………………………………….Pág. 2 Eco Eco-turma Eco-alunos………………………………Pág. 4 António Torrado………………………………………….Pág. 8 Jogos Florais……………………………………………Pág. 10

O meu amigo sono: a problemática do sono no rendimento escolar

O sono é uma função essencial ao bem-estar físico e psíquico quer das crianças, quer dos adultos. Apesar desta básica necessidade de dormir, todos temos tendência a esquecer que o sono precisa de hábitos e regras. Os maus hábitos de sono, generalizados nas crianças e nos jovens de hoje, acarretam graves prejuízos para a saúde, para o sucesso escolar e para o comportamento social, nomeadamente nas escolas. Têm também importantes incidências no desenvolvimento ao longo da vida. Com efeito, os problemas de sono estão associados a uma maior prevalência de doenças crónicas (Continua na Pág.3)


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Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Por Cá… Carnaval com livros

No dia 4 de Março, desfilámos nas ruas principais de Vendas Novas. Os nossos fatos foram alusivos a personagens de histórias de contos tradicionais. Cada grupo levava um cartaz representativo, com quadras que fizemos, com a Professora Titular de Turma, Vanda Figueira e com a ajuda da Professora de Apoio Educativo, Célia Duarte. Depois compomos os cartazes com confetis, serpentinas e ilustrações adequadas aos cartazes. Os nossos cartazes e fatos foram os seguintes

Ambos tiveram oportunidade de contactarem com a Ciência e compreenderem como esta está presente no nosso dia a dia, como por exemplo nas seguintes situações: Aprenderam que quando se adiciona bicarbonato de sódio (fermento) a uma solução ácida (vinagre), liberta-se dióxido de carbono (CO2), por esta razão viram o balão encher e compreenderam porque o bolo cresce quando se adiciona fermento.

Os nossos acrósticos Para o cartão do Dia do Pai os alunos do 3º A, da professora Nídia, fizeram acrósticos com os nomes dos pais e utilizaram adjectivos para os qualificarem.

Os efeitos da brusca variação de pressão, através da experiência da lata que colapsa.

Trabalho colectivo, 3º B

Quando a pressão atmosférica é maior do que a pressão dentro da garrafa, no caso da garrafa furada.

Se eu fosse um Viajante

Os circuitos eléctricos, como muitos os que existem em nossas casas, mas em maior escala.

Finalmente tive coragem Voei para o infinito Cheguei a um país chamado Índia Entre rochas de granito.

SEMANA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA Ao planificarmos a semana da Ciência foi nosso intuito e determinação, possibilitar que as crianças do nosso agrupamento cresçam e se desenvolvam “Brincando com a Ciência”. Procuramos contribuir activamente para a literacia científica dos nossos discentes, ou seja, para que a explicação científica de fenómenos a que todos os dias assistem, fosse algo normal e compreensível à luz das doutrinas da ciência. Nesta semana, pensamos ter despertado e incentivado o interesse pelas actividades experimentais bem como a curiosidade científica quer nos alunos que visitaram as salas, quer nos que apresentaram as experiências. 2

Comecei a minha viagem Nas férias do Verão, Tenho medo de alturas Nunca levantei os pés do chão.

Nesta semana também decorreram actividades na Biblioteca do Agrupamento, onde era possível aos alunos experimentarem jogos matemáticos designadamente o Ouri, Hex e Supertmatic e outras actividades como por exemplo o Tangran e construção de sólidos com recurso a polidrons e outros jogos didácticos relacionados com a Matemática a que os alunos acediam através da Internet. Este espaço também disponibilizava a produção de figuras com recurso a técnicas de Origami, que foram muito do agrado dos alunos, sobretudo dos pequeninos do pré-escolar. Foi uma semana muito dinâmica e de grande sucesso por onde passaram quase todos os alunos do Agrupamento, do pré-escolar ao 9.º ano.

Abalei de lá num jipe Cor de alface tenho a certeza Fui dar a um pais Onde ainda havia Realeza De seguida fui para o Japão Brasil e Timor Leste E conta a lenda que lá havia Uma grande peste. Já estava tão cansada Não consegui continuar Mas um dia voltarei, Voltarei para viajar. Beatriz da Silva Candeias – 4ºA Centro Educativo – E.B. de Vendas Novas Nº 2


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Carnaval com livros

Carnaval a chegar

Carnaval à porta Palhaços a chegar Nas suas bicicletas a andar E meninos a brincar. No carnaval há muitas pessoas Mascaradas de varias coisas Como a branca de neve E muitas mais histórias. Na escola os meninos Fazem festas de encantar Algumas até batem á porta. Cátia Sofia Pires – 4º A Centro Educativo – E.B. de Vendas Novas Nº 2

Desafio de Carnaval

É dia de Carnaval, vamos todos festejar. Com camarão a acompanhar o jantar. O Manuel vai vestido de painel. O Diogo vai vestido de fogo. O André vai vestido de chulé! Máscaras. De quem serão? Do Adelin ou do Miguel? Não sabemos, não. Agora já sabemos de quem é a máscara. A máscara é do David. Usamos caras diferentes, quando estamos contentes. E qual das caras te serve, p’ra melhor te retratar? Diogo Emerenciano Manuel Pateiro Marco Ribeiro 3ºB C. Misericórdia

- Quem és tu? És o Zorro? - Sim, sou o Zorro. -Usas gorro! Há máscaras diferentes. E são excelentes. O João mascara-se de mão. O Henrique mascara-se de piquenique. A Nicole mascara-se de caracol. O Manuel mascara-se de pastel. E assim, chegou ao fim o “granel”. Daniela Piteira Diogo Martins 3ºB C. Misericórdia

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Este ano lectivo o tema escolhido para o Carnaval foi “Carnaval com livros”, por isso a escolha da máscara/fantasia de carnaval dos alunos do 3º A, do Centro Educativo, teve como base a história “O espantalho enamorado”, trabalhada no 1º período no âmbito do P.N.L.. Mais uma vez os alunos do Ensino PréEscolar e do 1º Ciclo contribuíram para se manter viva a tradição do Carnaval na nossa terra. Desta forma, no dia quatro de Março todas as turmas se reuniram na escola sede do agrupamento para dai desfilarem pelas ruas da cidade até parque de estacionamento da Escola Prática de Artilharia. com a participação do ensino pré-escolar e do 1º ciclo (dia 4/03/2011).

No dia 4 de Março, desfilámos nas ruas principais de Vendas Novas. Os nossos fatos foram alusivos a personagens de histórias de contos tradicionais. Cada grupo levava um cartaz representativo, com quadras que fizemos, com a Professora Titular de Turma, Vanda Figueira e com a ajuda da Professora de Apoio Educativo, Célia Duarte. Depois compomos os cartazes com confetis, serpentinas e ilustrações adequadas aos cartazes. Os nossos cartazes e fatos foram os seguintes:

Trabalho colectivo, 3º B

Tsunami no Japão No dia 10 de Março de 2011; Quinta – Feira, no Japão por volta das 14horas local ocorreu um grande terramoto. Este terramoto provocou uma onda gigante a que se chama tsunami. Esta onda destruiu e arrastou casas, barcos, comboios, e carros. Matou muitas pessoas e fez muitos desaparecidos. Além deste grande terramoto têm surgido outros muito fortes chamados réplicas que também têm provocado muita destruição, como fogos e uma explosão numa central nuclear. A explosão na central nuclear é muito grave porque liberta radioactividade que provoca graves doenças nas pessoas. Estas tiveram de abandonar as suas casas para não sofrer o efeito da radioactividade. Espero que a situação se restabeleça rapidamente no Japão e também desejo que não ocorra um grande terramoto em Portugal. Gonçalo Noronha – 2º B - EB dos Campos da Misericórdia

O meu amigo sono (Continuação da Pág.1)

como hipertensão, diabetes, obesidade, maior consumo de drogas e mais elevada taxa de acidentes. Estudos recentes comprovam a gravidade do problema em Portugal, com taxas de sonolência excessiva em mais de 50% dos estudantes e um claro impacto dos problemas de sono no sucesso escolar. Sobre esta problemática e com o objectivo de alertar os primeiros intervenientes da educação e formação das crianças e jovens, que são os pais e professores, a Biblioteca Escolar do Agrupamento Vertical de Escolas de Vendas Novas e o Projecto da Saúde Escolar, no âmbito das actividades estipuladas para o Mês da Leitura, promoveu, no dia 12 de Março, nas instalações do Auditório Municipal, uma conferência aberta à comunidade, dinamizada pelas coordenadoras do Projecto Sono-Escolas, Dra. Helena Rebelo Pinto, psicóloga, professora da Faculdade de Psicologia de Lisboa, especialista em psicologia da educação e autora de diversos programas educativos, e Dra. Teresa Paiva, médica neurologista, professora da Faculdade de Medicina de Lisboa, especialista em medicina do sono e autora de numerosas obras sobre o tema. O Projecto SonoEscolas tem o apoio da Universidade de Lisboa e da sua Faculdade de Medicina, do Ministério da Educação, do Plano Nacional de Leitura e do Alto Comissariado para a Saúde. Tendo por mote uma das obras literárias da autoria das referidas especialistas, decorreu, em simultâneo com a conferência, um atelier de leitura e consequente expressão plástica, vocacionado para crianças dos 6 aos 10 anos. As palavras e ilustrações de O Meu Amigo, o Sono, despertaram, a par da consciencialização dos mais pequenos para esta temática, a imaginação e criatividade que se traduziram nas pinturas coloridas das


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Eco… Eco - Turma… Eco - alunos... Somos uma eco-turma A nossa turma preocupa-se com o ambiente e por isso queremos partilhar algumas fotos de actividades relacionadas com este tema:

No planeta ideal Eu gostava de viver Com água pura e limpa Para toda a gente beber No planeta ideal Todos sabem reciclar Reutilizam não fazem excessos Para à Natureza agradar. No planeta ideal Poderiamos todos viver Bastava respeitar a Terra É fácil de se fazer. Carina Candeias Pitta, 4ºB Escola Campos da Misericórdia

4 de Março 2011 “Carnaval com Livros”

Espanha e Japão, Não quero cair para o chão! China e Angola Vou vestir uma camisola! No Atlântico já mergulhei; Pelo Índico, de barco passeei; No Pacífico me ia afogando; No Árctico quase congelando! Na Austrália morar eu queria Lá para as bandas da Oceânia Mas em Portugal… Também não se está nada mal!... Para a próxima, Vamo-nos ver No Planeta Ideal Juntos a viver!.... Ana Leonor Barrete; 4ºA Escola Campos da Misericórdia

Para quem mandar lixo para o chão, chamamos a polícia, assim vão para a prisão. Poluição não vai haver. As fábricas vão encerrar, por causa do fumo que polui o ar. A poluição não vai chegar ao chão, porque senão vamos ter uma desilusão. Vai ser um planeta ideal, sem poluição. Assim vamos ter o planeta, no coração.

21 de Março 2011 “Dia mundial da Floresta e da Poesia” Estádio Municipal

O planeta ideal É fácil de imaginar Não há fome nem há guerra Há crianças a brincar. No planeta ideal Não há crise nem poluição As águas são límpidas e puras Todos podem nadar no Verão.

22 de Março 2011 “Dia Eco-Escolas” - Sementeiras Turma do 2º ano A EB dos Campos da Misericórdia Professora – Maria Manuel Carvalhal

Dia do Eco-Escolas O dia 22 de Março foi o dia dedicado ao programa Eco-Escola. Entre as várias actividades propostas para o 1º ciclo as turmas do 4º ano decidiram participar na elaboração de poemas sobre “ O planeta ideal”. Aqui ficam os dois poemas eleitos pelo 4º B e o poema eleito pelo 4º A.

No planeta ideal Todos são muito saudáveis Preservam os recursos naturais Usam energias renováveis. O planeta ideal É um hino à natureza Não há espécies em extinção Tudo tem grande beleza. O planeta ideal É fácil de alcançar Basta respeitar o ambiente E a natureza amar. Poema Colectivo Escola Campos da Misericórdia 4º Ano / Turma B

“ O planeta ideal” No Planeta Ideal Todos vamos viver A vida é real E tu podes ver! Conhecido como Planeta Azul Pelas águas dos oceanos Com 365 dias Em todos os anos. E onde toda a gente Tem uma vida sem igual. No planeta ideal Não há fome nem poluição Respeita-se a Natureza Tendo em vista a preservação. 4

Redondo como uma esfera Cheio de vida e de cor Com muitos continentes Vários com calor!

André Júlio, Nicole Bombico, 3ºB C. Misericórdia

No Planeta Ideal Vivíamos sem guerra E morávamos Numa linda terra. No Planeta Ideal Não se podia fumar Para não fazer mal Ao ambiente, nem nos magoar. No Planeta Ideal Não havia dia Brincávamos toda a noite E fazíamos poesia. No Planeta Ideal Não havia automóveis. Havia bicicletas Que entregavam telemóveis. No Planeta Ideal Toda a gente chorava de alegria Porque era um mundo Feito de fantasia. José Rafael Tubal Gomes 4º

O Compostor na Escola No dia 22 de Março foi inaugurado o compostor da escola sede de agrupamento por ini-

ciativa da turma do 7ºC e coordenação da professora Nazaré Conceição no âmbito da Área de Projecto. Uma vez que um compostor deve estar em contacto com a terra para decomposição das matérias encontrase localizado num canteiro por detrás da cozinha, junto ao campo de jogos. A compostagem é uma forma de reduzir a acumulação de resíduos em aterros, dando um destino útil aos resíduos orgânicos. Esta actividade é um processo natural de degradação biológica realizado através do contacto com o ar. Os lixos orgânicos depois de serem colocados no compostor transformam -se num composto que pode ser utilizado na jardinagem e na agricultura, devolvendo à terra os materiais de que necessita. Desta forma diminuise a acumulação de resíduos orgânicos em aterros e consegue-se obter um composto que valoriza a terra. Num compostor pode-se colocar: - Restos de refeições (sem gordura e sem osso); - Cascas e restos de vegetais cozinhados ou frescos; - Cascas de frutos; - Pequenos pedaços de pão; - Sacos de chá e borras de café; - Cascas de frutos secos e de ovos esmagadas; - Relva cortada em pequenas quantidades; - Folhas, ervas e flores; (Continua na pág.8)


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Primeiros Socorros Nos dias 15 e 22 de Março, na Escola Básica de Vendas Novas nº1, realizaram-se as sessões de Educação para a Saúde sobre Primeiros Socorros dinamizadas pelo Centro de Saúde de Vendas Novas e Projecto da Educação para a Saúde. A acção abrangeu toda a comunidade educativa e contou com cerca de 60 formandos o que demonstrou preocupação pela aquisição de conhecimentos na área de Primeiros Socorros e do Suporte Básico de Vida. Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas, mas por mais que se aparelhem hospitais ou serviços de emergência médica sempre existirá um tempo até à chegada do atendimento profissional. E, nesses minutos, muita coisa pode acontecer. A Coordenadora do Projecto da Educação para a Saúde Dolores de Carvalho

Sentir e falar com o corpo Integrada no Plano Anual de Actividades do Núcleo de Educação Especial, decorreu no mês de Fevereiro, neste período lectivo, na Biblioteca Escolar da E.B. nº 1 de Vendas Novas a actividade intitulada “ A Semana do Conto”, tendo como principal objectivo trabalhar alguns livros/ textos adaptados aos alunos com N.E.E. e restantes colegas das turmas onde os mesmos se integram, servindo-se, para isso, das possibilidades oferecidas pela área das expressões, neste caso concreto, pela Expressão Dramática. O projecto no qual a actividade se inseriu, foi da responsabilidade dos elementos que constituem o núcleo, tendo os mesmos definido, escolhido e programado O QUE FAZER e ONDE FAZER de acordo com o perfil dos alunos com N.E.E a que se destinava bem como aos restantes elementos das turmas. A actividade baseada no texto “ O palhaço triste” foi desenvolvida numa primeira sessão com as turmas 3º B e 4º A da Escola Básica Campos da Misericórdia e, numa segunda sessão, com a turma B do 6º ano da Escola Básica nº1 de Vendas Novas e foi da responsabilidade das duas docentes de E.E. colocadas em apoio directo aos alunos com N.E.E. que integram estas turmas, tanto na concepção como na preparação e realização da mesma. Um dos objectivos iniciais era pegar num livro ou num texto de uma das obras do P.N.L e trabalhá-lo recorrendo à expressão corporal, permitindo-nos assim uma abordagem mais lúdica, mais completa e facilitadora da compreensão da mensagem/ conteúdos, principalmente para os meninos cujas N.E.E. se traduzissem em dificuldades graves de cognição 5

e linguagem e comunicação. Partindo de um texto simples e acessível que nos falava de um palhaço triste que não sabia sorrir por ter perdido a flor da lapela, os alunos puderam acompanhar e perceber de forma lúdica a narrativa e, com ela, desenvolver a imaginação, a criatividade e também a linguagem e comunicação corporal. Se para os alunos com N.E.E a acção foi importante por possibilitar a partilha, a igualdade de oportunidades, a comunicação compreensiva e expressiva de igual para igual numa linguagem universal, para os restantes alunos assumiu, em meu entender, carácter igualmente significativo pois permitiu-lhes “brincar”em grupo, com o mundo das emoções. Este “brincar” significa reconhecer, aceitar e compreender as próprias emoções o que, na préadolescência e na adolescência nem sempre é fácil de gerir, principalmente por se tratar de um período, na generalidade, marcado por alguma insegurança e instabilidade próprios de quem ainda está a meio de um processo de descoberta e construção da sua personalidade, do seu “eu” psíquico, social e emocional. Foi também nossa intenção, permitir que todos os alunos pudessem expressar-se de uma forma natural ao alcance de todos e onde todos tivessem verdadeiramente a mesma oportunidade, independentemente das limitações de cada um. Se falar através da linguagem verbal oral é uma competência nalguns casos bastante comprometida para alguns dos nossos alunos, levando a que se sintam incompreendidos, deslocados e isolados, falar através do corpo, das mãos e da cara foi possibilitar a todos a mesma forma de comunicar, foi permitir trabalhar com todos uma determinada competência, foi oferecer a todos uma mesma oportunidade que cada um pode aproveitar à sua medida e ao seu gosto. Pegar num texto, compreendê-lo, vivê-lo e expressá-lo com o corpo foi utilizar a forma mais natural e mais universal de comunicar, onde o código linguístico, apesar das possíveis barreiras resultantes de uma língua diferente, dos problemas de desenvolvimento global, das limitações resultantes de uma determinada patologia ou deficiência, incluindo as da cognição e até da linguagem, não deixou de ser acessível e praticável por todos os envolvidos. Em jeito de avaliação, penso que, para além dos meninos com N.E.E, TODOS os alunos gostaram da experiência e beneficiaram com ela, pelo menos ao nível do prazer do faz-de-conta que foi perfeitamente observável nos seus rostos durante o desenrolar da expressão corporal, propriamente dita, e até nos trabalhos (recriação do texto e ilustrações) criados a partir da mesma. Por último, enquanto promotoras e dinamizadoras da acção, as docentes de E.E. agradecem às colegas professoras titulares, da disciplina de Língua Portuguesa e directora de turma que se disponibilizaram a participar na actividade acompanhando as respectivas turmas à biblioteca escolar e que, participando activamente no desenrolar da mesma, o fizeram inteiramente de “corpo e alma”. A docente de E.E.; Florinda Cheira

Era uma vez Sentado no chão, E a boca já ri!

De um salto levantas-te Um pequeno palhaço triste...

…Com a tua mão branca Pegas-lhe devagar, Com jeito e cautela, E fazes-lhe festinhas Não vá ela murchar…

Os trabalhos dos meninos do 4º A O que vimos, vivemos e sentimos

Clarisse, Guilherme, Gonçalo, Marco, Filipa, Maria, André, Mª Inês, Ana Rita, Rita, Rosalinda, Ana Leonor

Os “palhacinhos do 6º B”

E fazes-lhe festinhas Não vá ela murchar…

…Abraça-te a ela para aprotegeres e assim, bem juntinhos toca a sonhar e toca a dormir…


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Actividades Experimentais No CEAMB dia 10.03.2011

Participámos na actividade " Pequenos Cientistas". O tema foi a água. Primeiro assistimos a um filme sobre "a viagem da água" que nos alertou para a necessidade de pouparmos este bem tão precioso; Depois fizemos experiências com duas amostras de água: água do lago e água da torneira, para analisarmos as suas caracteristicas: cor, cheiro, PH, presença de nitritos e nitratos, temperatura e oxigénio; Depois de realizarmos cada experiência comparámos as duas amostras e registámos num quadro se se encontravam dentro dos valores normais ou não. Foi muito divertido e queremos agradecer ao CEAMB estes momentos tão enriquecedores para a nossa aprendizagem. Aqui ficam algumas fotos desta actividade tão interessante.

O livro da 2ª classe da nossa professora

Ao longo do segundo período a nossa turma esteve a trabalhar a história “O macaco do rabo cortado”, contada por António Torrado. A nossa professora contou-nos que no seu livro do 2º ano, mas naquela altura dizia-se 2ª classe, havia uma banda desenhada que contava esta história e que ela gostava muito. Um dia, enquanto pesquisava na Internet, descobriu aquela banda desenhada e levou-a para a escola para nós lermos.

Na escola Sede do Agrupamento dia 12.01.2011

Realizámos uma visita à “ Feira da Ciência” onde pudemos observar e realizar diversas experiências; Aprendemos muito com esta actividade e também nos divertimos.

O macaco do rabo cortado Teatro

Na nossa escola: “Química Divertida” dia 07.04.2011

Turma do 2º ano A da EB de Campos da Misericórdia Professora: Maria Manuel Carvalhal

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No dia vinte e nove de Março a turma do 3º A, da professora Nídia, fez a representação da história “o macaco do rabo cortado” para o escritor António Torrado, que veio à nossa escola ver os traba-


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lhos que fizemos. Nesse dia estávamos um pouco nervosos, mas depois tudo correu bem e divertimo-nos muito. No final das actividades o escritor autografou os nossos livros.

Reconto da história “O macaco do rabo cortado” Era uma vez um macaco mariola, que andava de bata e sacola como se fosse para a escola. Os rapazes troçavam dele e diziam-lhe: - Macaco escondido com o rabo de fora… - Macaco escondido com o rabo de fora… Então o macaco foi à barbearia e pediu ao barbeiro para lhe cortar o rabo. Mais tarde o macaco arrependeu-se e foi ao barbeiro para lhe devolver o rabo. Como o barbeiro já não o tinha, zangou -se e roubou-lhe a navalha. Passou por uma peixaria e deu a navalha à peixeira. Passado algum tempo, o macaco quis outra vez a navalha. Mas a peixeira já não a tinha porque se tinha partido enquanto ela arranjava o peixe.. Ele zangou-se e fez outra traquinice, pegou numas sardinhas e fugiu. Depois o macaco deu as sardinhas ao padeiro. Depressa se arrependeu porque queria outra vez as sardinhas, mas o padeiro já as tinha comido. Então o macaco zangou-se e decidiu levar um saco de farinha. Ao passar pela escola o macaco

deu o saco de farinha à professora. Passado pouco tempo ele quis outra vez o saco de farinha e voltou à escola. Ficou tão zangado que levou uma menina. Mas o macaco teve pena da menina e levou-a à mãe. Mais tarde teve saudades da menina e voltou para ir buscá-la. Depois de conversar com a mãe dela o macaco zangou-se e tirou-lhe uma camisa do estendal. O macaco ao passar por um violeiro, deu-lhe a camisa. Mas como de costume, arrependeu-se, voltou atrás e roubou-lhe a viola. O macaco fugiu e subiu para o telhado. Cá em baixo estavam muitas pessoas: o violeiro, o pai e a mãe da menina, a professora, a peixeira, o barbeiro e muitas crianças que cantavam ao desafio: - Olha o macaco mariola que do rabo fez navalha da navalha fez sardinha da sardinha fez farinha da farinha fez menina da menina fez camisa da camisa fez viola e agora deu à sola. O macaco no telhado, repimpado, pegou na viola e respondeu-lhes: Pois se agora dei à sola Pois se agora vos fugi É que a mim ninguém me enrola E de mim ninguém se ri. Tinglintim, Tinglintim Tinglintim, Tinglintim

Dia da Mãe Dia da Maãe Q de quero que a minha mãe tenha um bom dia. U de usar todo o carinho que tenho no coração. E de estar neste dia especial com a minha mãe. R de relembrar o tempo passado até este dia. I de ir com a minha mãe ao sítio onde possa estar. D de dar-lhe carinho e amor para a alegrar. A de alegrar a nossa mãe no dia que ela adora.

M de melhor mãe de todo o sempre. A de adorar esta mãe como nunca adorei. E de és a maior mãe. André Júlio, 3ºB C. Misericórdia

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As comemorações do Dia do Pai e do Dia da Mãe na nossa Escola

Todos os anos as escolas do 1º Ciclo desenvolvem actividades de Língua Portuguesa e de Expressão Plástica para os alunos fazerem as suas “prendinhas” para oferecerem aos pais e às mães, nestes dias especiais. Este ano lectivo a tradição manteve-se e as professoras da Escola Básica de Vendas Novas Nº2 (Centro Educativo) organizaram-se para escolher as prendas para os pais e mães dos nossos alunos. Desta forma, para assinalar o Dia do Pai os alunos fizeram bonitos cartões e decoraram uma caneca.

Alunos 3º A – Prof.ª Nídia

Q de querida mãe, eu gosto de ti. U de ultrapassas tudo. E de és boa pessoa. R de rosa que és. I de ideal que também és. D de dados que tens na tua cabeça. A de alegria que tu tens. M de mãe, és a melhor do mundo. A de amiga que tu és para mim. E de esperta e especial. Miguel Alves, 3ºB C. Misericórdia

Q de quanto te adoro. U de única que tu és. E de especial. R de riso bonito. I de interesse que tenho por ti. D de diamante que tu és para mim. A do amor que eu sinto por ti.

M de meiga que tu és. A de amiga para mim. E de estrela radiante que és. Henrique Ricardo, 3ºB C. Misericórdia

Para a Mãe pintaram uma flor em madeira, fizeram um cartão e decoraram um envelope para embrulhar a prenda. Alunos do 3º A – Professora Nídia

As nossas Quadras para a Mãe Querida Mãezinha Uma prenda te vou dar É uma bela florinha Que vais sempre recordar. Neste dia especial Uma prenda te vou dar Porque o meu amor, afinal, Por ti nunca vai acabar.


IMAGINAR COM ANTÓNIO TORRADO…

TORRADO

O teu nome é grande Em todas as tuas histórias Tantos livros já escreveste Estão todos nas nossas memórias. Escreveste tantos livros António Torrado! O coração das coisas E o macaco do rabo cortado! Borrachas, pratos, pintainhos Passeiam na rua do contador As andorinhas telefonam Para a rua do ouvidor Pela escada de caracol Passeia o periquito do senhor Clemente E um cão que não vai á caça É daqueles que nunca mente A lua redonda e bela Faz a noite luminosa O poeta pintor pintou, Uma cerejeira em prosa Dezembro á porta: Para Dezembro á porta Muito tempo há a passar Mas ao lermos este livro Temos um Natal de encantar. Maria Constança Bento e Beatriz Candeias, 4º A Centro Educativo – E.B. de Vendas Novas Nº 2

Já li oito histórias do António Torrado. Senti que em cada uma delas entrei num mundo imaginário e fantástico. É como se eu me transformase nas personagens e vivesse divertidas e entusiasmantes aventuras. Adorei a história do «RATO ASTRONAUTA». Até agora é a minha preferida. Parecia mesmo que era eu que estava dentro do foguetão. Hoje foi um dia especial. Depois de tantos preparativos e ensaios, finalmente conhecemos o escritor António Torrado. Até nos saímos bem! Adorei conhecer o escritor, pois é tal e qual como eu o imaginei! É divertido e simpático, como os livros que escreve. Foi um dia que jamais esquecerei! Pedro Pacheco Coelho, 4º A

Adeus 2º Período

ANTÓNIO

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A nossa escola fechou as portas ao 2º período com um lindo espectáculo que nós fizemos para os nossos pais/encarregados de educação no passado dia oito de Abril. Foi com muito entusiasmo que apresentámos quatro pequenas peças de teatro, baseadas em obras de António Torrado, intercaladas com lindas canções. Este espectáculo também foi realizado para ser gravado para o nosso programa de rádio. Podemos dizer que foi uma homenagem a um grande escritor, que passou pela nossa escola, e também uma forma de darmos a conhecer um pouco da nossa criatividade. Foi um fim de tarde divertido e que nos encheu de alegria.

CONSTRUÇÃO DE UM GERADOR EÓLICO Materiais: Um pequeno motor eléctrico Um tubo de tamanho de um lápis (pode ser uma esferográfica) Um bocado de uma chapa Um bocado de fio de eléctrico Uma base de madeira Um LED (lâmpada) Ferramentas: Uma navalha Uma tesoura de chapa Com passo Execução: 1. Monta o suporte na base de madeira. 2. Faz o molde da ventoinha numa folha de papel com a ajuda de um compasso. 3. Desenha uma circunferência com 4 centímetros de raio. 4. Divide-a em 16 partes iguais. 5. Desenha no sei interior uma circunferência com 2,5 centímetros de raio. 6. Cola o papel na chapa. 7. Recorta a chapa pelos riscos. 8. Dobra ligeiramente cada uma das chapas. 9. Faz um furo no centro 10. Monta a ventoinha no motor eléctrico. 11. Liga os fios do motor ao LED. 12. Experimenta a soprar. Observação: Quando sopramos o moinho roda e produz energia ao LED e este acende. Esta é uma forma de produzir energia barata e sem provocar poluição isto é, é uma energia limpa. Sugestão: Cada habitação podia ter um gerador destes. Assim poupava energia eléctrica.

Ruben Santos, Miguel Valentim, João Aparecido, Apoios Educativos

Ler é: Quando se abre um livro Sentirmo-nos no bem-estar, Como te sentes ao ar livre. Um livro é: Um tesouro Que tu podes abrir. A poesia é: Uma quadra Que está sempre a rimar Como esta que acabei Agora mesmo de escrevinhar! Cátia Alexandra Godinho Rocha – 4ºA Centro Educativo E.B. de Vendas Novas Nº 2

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(Continuação da Pág.4) - Ramos cortados em pequenos pedaços. Num compostor não se deve colocar: - Papel e cartão; - Dejectos de animais domésticos; - Lacticínios (ex. cascas de queijo, iogurtes, etc) e molhos; - Metal; - Vidro; - Plástico. Sendo uma actividade também ela integrada nos projectos Eco-Escolas e Educação para a Saúde, fica aqui o convite para que todos visitem o compostor da escola com as suas turmas e contribuam para um mundo melhor. As professoras Nazaré Conceição e Dolores de Carvalho


Ano X Nº. 22 | Junho 2011

Curiosidades

A rebeldia pode estar relacionada com o tamanho da amígdala cerebelosa Segundo um estudo muito recente, a rebeldia pode estar relacionada com o tamanho da amígdala cerebelosa (área responsável pela agressividade). No estudo realizado na Universidade de Melbourne, na Austrália, foram observados 137 encéfalos de adolescentes através de ressonância magnética, durante vários momentos de discussão com os seus pais. Concluíram então, que os adolescentes mais rebeldes e nervosos apresentavam amígdalas cerebelosas relativamente maiores do que as dos adolescentes mais calmos. Isto sugeriu aos investigadores que o tamanho das amígdalas está associado ao comportamento afectivo nas interacções familiares. fonte : http://ivofernandes.blog.com/ Catarina Costa, Inês Bravo e Dária, 9ºB

O meu pé adormeceu, porque? O adormecer de um músculo deve-se à compressão dos vasos sanguíneos, e por consequência desta, à compressão do fluxo sanguíneo. Tudo isto, interrompe o tráfego de impulsos nervosos.

Ao restabelecemos o fluxo, ocorre uma espécie de «curto-circuito» nos impulsos eléctricos dos nervos, provocando sensação de formigueiro. Esta sensação desaparece com o restabelecimento do fluxo sanguíneo

ao

movimentar

o

músculo

“adormecido”. Fonte: http://curiosidadesaude.blogs.sapo.pt/2008/02/ (10/05/2011) Inês Felizardo, Rita Brito, Rosana Castanho, 9ºD

Porque soluçamos? O soluço é uma contracção involuntária do diafragma, que é o principal músculo da respiração. O soluço é geralmente causado por uma irritação do nervo frénico,o responsável por activar o diafragma. Esta irritação deve-se a um aumento do volume do estômago. O susto pode parar o soluço, pois provoca a libertação de adrenalina, o que activa o nervo frénico. Beber água gelada provoca o mesmo efeito. Fonte: http://curiosidadesaude.blogs.sapo.pt/2008/02/ (10/05/2011) Inês Felizardo, Rita Brito, Rosana Castanho, 9ºD

A UNIDADE DE ENSINO ESTRUTURADO Na nossa escola existe uma sala muito interessante que se chama U.E.E. (Unidade de Ensino Estruturado). Nesta sala, estão meninos com vários tipos de problemas, por exemplo autismo, paralisia cerebral e hipogenése do corpo caloso. Estes alunos vão às turmas de referência e têm terapias. As terapias são variadas: fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional, hipoterapia e hidroterapia. Gostamos muito de visitar a unidade porque é uma alegria ver os meninos a aprenderem, além disso gostamos de brincar com eles. Estes alunos têm assim a oportunidade de aprender e de estarem com outros meninos com/sem problemas. É bom para eles e para nós também. Esta sala tem vários espaços para desenvolver actividades diferentes. Têm o espaço da reunião onde se canta o “Bom Dia” (registam-se as presenças, o dia, o mês e o ano), o espaço do lanche, o da música, o do computador, o espaço do brincar, do trabalho de grupo, trabalho individual e terapias. Nesta sala há sempre muita alegria e actividades diferentes. É um local a visitar, pois podes aprender e conhecer outra realidade da nossa escola. É na Unidade de Ensino estruturado, Que os alunos estão, Ninguém é recusado, E todos trabalham com o coração Luís Águas e João Torrinha, alunos do 5ºA

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Prevenção Rodoviária Palestra dinamizada por um membro da Associação Salvador No dia 15 de Fevereiro, o Ricardo Caixinhas, membro da Associação Salvador veio à nossa escola para nos transmitir os seus conhecimentos sobre Prevenção Rodoviária e para nos contar a sua história e a forma como ficou tetraplégico. A palestra foi dinamizada na sala de convívio e foi assistida pela nossa turma e por todos aqueles que quiseram estar presentes. Depois das apresentações o Ricardo começou por nos falar dos cuidados que devemos ter enquanto peões e condutores. De seguida, contou-nos o que aconteceu na noite fatídica em que ficou tetraplégico. O Ricardo relembrou que numa noite de Verão ele e os amigos estavam num café e decidiram ir à discoteca. Durante a viagem o condutor do carro decidiu acelerar para experimentar o seu carro novo, mas isso não durou muito tempo, pois despistaram-se a 220km/ h e chocaram contra uma árvore e o Ricardo ficou tetraplégico. (Continua na Pág.10)


Ilustração de Afonso Cruz

Ano X Nº. 22 | Junho 2011

III Concurso “Um Leitor é um Sonhador”

“As palavras, como os seres vivos, nascem de vocábulos anteriores, desenvolvem-se e fatalmente morrem. As mais afortunadas reproduzem-se. Há-as de índole agreste, cuja simples presença fere e degrada, e outras que de tão amoráveis tudo à sua volta suavizam. Estas iluminam, aquelas confundem. Umas são selvagens, irascíveis, cheiram mal dos pés, fungam e cospem no chão. Outras, logo ao lado, parecem altivas e delicadas orquídeas.” In Milagrário Pessoal de José Eduardo Agualusa Mais uma vez, na sétima edição dos Jogos Florais abraçámos as palavras meninas, solarengas, vestidas de esperança e também as que, por serem já crescidas, se tornaram sábias, maduras e por vezes doloridas. Esta edição foi pródiga na arte de entrançar as palavras. Que elas floresçam e fiquem “a salvo da decadência e do esquecimento” no testemunho da diversidade e da essência que a todos nos enriquece, nos eleva e no qual cumprimos o verbo SER.

Anaísa 2º lugar, 3º ano

As turmas do 1º ciclo, do Agrupamento participaram no concurso “Um Leitor é um Sonhador” promovido pela Direcção Regional de Educação do Alentejo, em colaboração com o Plano Nacional de Leitura e com a Rede de Bibliotecas Escolares. O concurso teve como objectivos a promoção da leitura e o desenvolvimento da expressão e compreensão escrita/oral. Realizada a selecção dos alunos nas turmas e posteriormente por ano de escolaridade, o Agrupamento esteve representado no Auditório da Direcção Regional de Educação do Alentejo - Évora, com um aluno de cada ano de escolaridade do 1º ciclo: - Ana Margarida Tavares Alves – 1º ano, EB de Landeira; - Joana Maria Amaral Falt – 2º ano B, EB de Campos da Misericórdia; - Anaísa Bonito Ratão – 3º ano, EB de Landeira; - Sara Machado Ribeiro – 4º ano B, EB de Campos da Misericórdia. Os quatro alunos leram… sonharam… e disputaram… a fase distrital e o sonho de um prémio tornou -se realidade para a aluna Anaísa Bonito Ratão que conquistou o 2º lugar. Parabéns a todos os participantes/leitores! Ganharam conhecimentos e experiências que a vivência desta actividade possibilitou.

Prevenção Rodoviária (Continuação da Pág.9) A partir desse dia a vida do Ricardo mudou completamente e teve de se habituar às novas mudanças com que se deparava diariamente, mostrando-nos os seus adaptadores para comer, jogar computador e todas as utilidades que a sua cadeira eléctrica tem para que possa ser uma pessoa “independente”, apesar das suas limitações físicas. Finalmente, contou-nos que gosta de jogar computador, faz músicas para uma editora, é um aficionado das touradas, é Benfiquista desde que nasceu, gosta de viajar e sair com os amigos e o seu maior sonho é “poder voltar a andar”. No final da palestra oferecemos alguns presentes ao Ricardo, que fizemos nas aulas de Formação Cívica, como forma de agradecimento pela sua disponibilidade e simpatia com que nos brindou durante esta sessão. Nós adorámos conhecer o Ricardo, porque é uma pessoa muito especial e muito humana e apesar das limitações que tem, continua a ter uma vida normal e nunca “deixa de sorrir”!: Formação Cívica – 5ºB

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