TCC – cem... sem mistérios – nº 4

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TCC:

s Xcem mistérios para sua elaboração, formatação e correção

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TCC sem mistérios!!

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Todo estudante que pretenda se formar ou conseguir um “título” acadêmico, a partir da graduação, vai precisar elaborar um trabalho que evidencie, ao menos em parte, o conhecimento adquirido no curso que realizou. Quer dizer, todo curso acadêmico, de graduação ou pós-graduação, vai solicitar requisitos, tais como presencialidade mínima, realização de atividades didáticas (exercícios, seminários...), avaliações, etc. Os artigos, relatórios, monografias, dissertações e teses fazem parte desses requisitos ou exigências. Mas, embora sejam trabalhos que pedem atenção a normas específicas, não precisam ser encarados como uma barreira ou tortura. É o que esse e-book (e os demais que o complementam) pretende demonstrar. TCC sem mistérios quer ser um auxílio na construção desse tipo de trabalho acadêmico.


Mistério 16

Os trabalhos teóricos são menos importantes do que os trabalhos práticos ou experimentais. ,Em termos de trabalhos científicos, que resultam de uma pesquisa, por mais limitada que seja, todos têm o mesmo status de... trabalhos científicos. Desde que observadas as metodologias científicas apropriadas. Quanto ao aspecto teórico ou prático/experimental, há que ficar claro que nenhuma pesquisa experimental ocorre sem estar assentada em extensas e intensas pesquisas de cunho teórico. Aliás, convém ressaltar que a pesquisa teórica é mais conhecida ou vinculada à chamada ciência pura; já a pesquisa experimental é mais conhecida ou vinculada à chamada ciência aplicada. Ambas, contudo, aspectos de uma mesma ciência. Mesmo as experiências cotidianas, moldadas pela famosa dupla “tentativa e erro”, partem de alguma suposição do que pode ser uma experiência minimamente satisfatória; ou seja, tem alguma teoria como pressuposto, ainda que possa ser uma teoria falha, com fundamentos frágeis ou baseada no senso comum. O cientista elabora um arcabouço teórico que lhe permita uma prévia (e suposta) compreensão da realidade e, então, vai testar essa teoria. Não dando certo – não sendo alcançado, no plano prático – o experimento, o cientista volta a reconsiderar sua teoria, ou refazer a experiência, de modo que os dois aspectos da pesquisa (ciência) – teoria e prática – se justifiquem e esclareçam.


Mistério 17

Plágio é só quando a pessoa copia trechos extensos de outro trabalho.

Plágio é, em sentido amplo, a utilização de trechos de uma obra de terceiros, sem a indicação da autoria correspondente desse autor. Ou seja: ocorre plágio quando uma pessoa utiliza como se fosse sua a passagem de uma obra de outra pessoa sem indicar essa autoria – tenha ou não autorização desse autor para o uso. Logo, o plágio não se aplica apenas a textos de livros, revistas, artigos, etc. Também se aplica a materiais disponibilizados em outros meios (físicos e digitais, como a internet). O que está em jogo no plágio é a indução do leitor (público, em geral) ao erro ou engano, no sentido de que o autor de um trabalho acadêmico se faz passar pelo autor de um trecho que não é seu, uma vez que o referido trecho está inserido no conteúdo de um trabalho elaborado por ele. Portanto, o que caracteriza o plágio não é a extensão do material apropriado, mas a simples apropriação sem indicação da fonte ou autoria. Sobretudo, porque, não raro, podem ser encontradas em várias obras expressões que são bastante significativas – e tais expressões podem se reduzir a quatro ou cinco palavras. Ou menos. Pense-se em frases como: “Não tive filhos!” “O inferno são os outros.” “Penso, logo existo!” “Cheguei. Chegaste.” Não há como negar que são frases lapidares, inconfundíveis e, sobretudo, reveladoras de boa parte do (senão todo) espírito de uma obra.


Mistério 18

Se for citada a fonte, uma passagem baseada em outra obra deixa de ser plágio.

Dependendo de como uma passagem ou trecho de obra de outro autor é referida em um trabalho acadêmico, o plágio não é evitado. As citações diretas (quando um texto é reproduzido literalmente) exigem que sejam indicados elementos que permitam a identificação o mais completa possível do local de onde as mesmas foram retiradas; portanto, além do autor, a data da publicação da obra e a numeração da página onde se encontra a referida citação ou trecho. Por exemplo: “Durante longos séculos, o intelecto nunca engendrou mais do que erros [...]” (NIETZSCHE, 2000, p. 129). Na citação indireta – ou seja, quando se utilizam ideias ou argumentos de um outro autor, mas não passagens literais ou trechos de sua obra – não é necessária a indicação da página, mas, ainda, do autor e da obra (datação). De todo modo, mesmo em uma citação direta, só porque é citada a fonte isso não significa que a pessoa pode fazer uso de trechos muito extensos e em excessiva quantidade. Embora tal prática não possa ser considerada plágio, é um indicativo de má-fé na elaboração do trabalho.


Mistério 19

Um autor pode utilizar, em um trabalho, trechos de outro trabalho seu, sem fazer citação, que não é plágio.

O plágio é a utilização de trechos de outro autor (ou obra) sem a devida referência do mesmo. No caso de obra própria, publicada anteriormente, isso significa que o trecho utilizado não é inédito e, portanto, merece tal indicação. É claro que há exceções, como quando um autor elabora um artigo a partir de um trabalho acadêmico, ou quando transforma ou adapta esse trabalho acadêmico em um livro, ou o artigo em um capítulo de livro. Todavia, tais adaptações devem ser indicadas claramente. É mais complicado o caso de um autor que aproveita partes de um artigo publicado em uma revista, por exemplo, com o intuito de (re)publicação de outro artigo em outra revista. Utilizar-se de partes significativas de um trabalho próprio para fins de elaboração de outro trabalho é um expediente não recomendado, embora alguém possa recorrer a ele, no intuito de inflar sua produção bibliográfica.


Mistério 20

Se um autor utilizar as ideias de outro, mas escrevê­las com palavras próprias, não incorre em plágio.

De acordo com o professor Lécio Ramos, citado por Bruno Garschagen em seu artigo “Universidade em tempos de plágio” (2006), existem três tipos mais comuns de plágio: - plágio integral: a transcrição sem citação da fonte de um texto completo; - plágio parcial: cópia de algumas frases ou parágrafos de diversas fontes diferentes, para dificultar a identificação; e - plágio conceitual: apropriação de um ou vários conceitos, ou de uma teoria, que o aluno apresenta como se fosse seu. Quer dizer: se a pessoa fizer uma “colcha de retalhos”, com fragmentos de vários textos (reunidos em um mesmo parágrafo ou distribuídos ao longo das páginas), sem citar a fonte, de cada uma delas, é plágio. Se a pessoa pegar um texto e for trocando os termos originais por sinônimos, termos semelhantes, que conservem o sentido original, é plágio. Por exemplo: se está escrito “As mutações do modelo econômico não conseguem impedir a eclosão de uma crise em nível macro...” e a pessoa escreve “As alterações econômicas não evitam o surgimento de uma crise mundial...” não seria plágio, necessariamente, se fosse APENAS isso. Porém, quando essa alteração de palavras é contínua, mantendo, porém, o sentido conceitual, aí estamos diante de um plágio conceitual, sim! A cartilha “Nem tudo que parece é: entenda o que é plágio”, elaborada pela Comissão de Avaliação de Casos de Autoria da Universidade Federal Fluminense, é bastante esclarecedora sobre o tema.


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