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HISTÓRIA DA MEDICINA
CADEIRA 16 PATRONO - ANTÔNIO BATISTA BARBOSA DE GODOIS FUNDADOR - AYMORÉ DE CASTRO ALVIM
Aymoré Alvim, AMM, ALL, APLAC. Quem não gosta de saber a história da sua família, do seu time do coração ou do curso onde se formou? Quem não tem o prazer de cultivar a memória de seus antepassados? Se não o tem, é porque deles não gostava ou, então, tem vergonha. Assim, também, são os profissionais com relação à sua profissão. Aqui me refiro aos médicos. A História da Medicina tem por um dos seus objetivos manter, na memória do profissional médico e de outros profissionais que se interessam pelo assunto, a memória da origem da Medicina e de toda evoluçãopor que vem passando, ao longo das civilizações, para estruturar essa base na qual, no atual momento, vem sendo construída e consolidada uma Medicina cada vez mais ética, universalizada e mais avançada, científica e tecnológica. Portanto, o médico que não cultiva a memória da sua profissão, com certeza não faz medicina, simplesmente a usa. O médico que faz medicina se realiza em si próprio. Ele se completa ao resgatar seu paciente para a vida, ao realizar um perfeito diagnóstico, a confortar e dar esperança àquele que nele confia e que nele espera como a sua última esperança. O médico que faz medicina é aquele que faz a sua história, à medida que acumula saberes e experiência que legará às gerações futuras contribuindo para o desenvolvimento da boa medicina. A História da Medicina é também mais uma janela que se abre para o médico de forma a permitir-lhe sempre avaliar as condições com que serve à comunidade. Fazer medicina é se preocupar antes de tudo com o social. Para isto, para estudar a Históriada Medicina o médico deve ter pelo menos alguma informação sobre História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia, Arqueologia para poder melhor entender os diferentes momentos em que essas diferentes áreas do conhecimento deram suporte a um melhor entendimento da artemédica. Se assim considerarmos, veremos que o estudo da História da Medicina propicia ampliar o campo cultural do médico, tornando-o, principalmente, um humanista, buscando fortalecer seu relacionamento com o seu paciente, pautado naética da profissão e preocupado no entendimento das questões sociais em que vive o
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paciente, para alcançar o êxito no seu trabalho. Isto tudo é o que propicia o estudo da História da Medicina. Vale a pena ou não? A resposta é sua.
O MÉDICO E O PACIENTE Aymoré Alvim, AMM, APLAC, ALL. Já não te vejo Como o amigo de outrora Em quem eu confiava E a quem tudo eu dizia. Com atenção E paciência me ouvias, Porque somente em ti Eu confiava. Já não me ouves mais Como o fazias. Tampouco me dispensas Teu sorriso. Já não confio tanto No que dizes Por mais que eu queira Sempre desconfio. O que nos separou, Diz-me, Foi o progresso, Que trouxe, no seu bojo, A tecnologia? Se por um lado é bom, Eu te confesso, Mas pelo outro veio, também, O que eu temia. Antigamente, eu lembro, Como era diferente. Com compaixão e altruísmo Eu exercia O meu ofício Para o bem do paciente, Numa relação de amor Franca e sadia. Hoje, eu te digo Que vejo com tristeza Tudo isto transformado Em lembrança. Que Medicina, então, É que eu exerço Se nossa Arte É de amor e esperança.