Análise TDAH - REDUZIDA

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ANÁLISE TDAH

@NAMJGGUK

Esse livrinho foi criado como intenção de análise pessoal a respeito de um autodiagnóstico de TDAH após anos de pesquisa psicológica externa e pessoal feita por Letícia Cavalcante de Oliveira, de atuais 17 anos em 2022.

Nele, há diversos comportamentos comuns ao TDAH, assim como os CRITÉRIOS do TDAH, de acordo com o DSM em páginas e seus SINTOMAS em páginas .

amarelas lilás

Todos os textos de definições foram tirados, principalmente, do próprio DSM 5, mas tiveram apoio do https://whatisadhd.carrd.co/, um guia informativo sobre TDAH feito por uma TDAH com base no DSM 5 e dos conteúdos do @TRIBOTDAH, um podcast sobre TDAH.

A avaliação de experiências pessoais cotidianas em um processo de diagnóstico é importante, também porque há sempre a possibilidade da pessoa estar HIPERFOCADA durante os testes de avaliação.

ANÁLISE TDAH

TIPOS D

TDAH significa Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. É um dos distúrbios do neurodesenvolvimento mais comuns que causa desatenção, hiperatividade e impulsividade. Geralmente é diagnosticado pela primeira vez na infância e persiste na idade adulta. No entanto, não é incomum que adultos sejam diagnosticados.

O TDAH é tradicionalmente classificado em três tipos: Desatento, Hiperativo e Combinado.

E TDAH.

Desatento:

Pessoas com TDAH do tipo desatento costumam ser mais reservadas e quietas, muito esquecidas. Muitas vezes diagnosticado erroneamente com depressão, mais frequentemente visto em meninas;

Hiperativo:

Este é o tipo de TDAH com o qual você provavelmente está mais familiarizado. Hiperativo, impulsivo, tende a interromper, constantemente em movimento. Fidgets ou stims. Mais frequentemente visto em meninos;

Combinado:

Pessoas com tipo combinado basicamente têm uma mistura de ambos. eles são bastante impulsivos. têm problemas com a função executiva e são inquietos.

RESUM

Um RESUMO dos sintomas/traços relativos ao TDAH podem ser listados:

Curto período de atenção

Hiperatividade

Impulsividade

Dificuldade em ficar parado

Inquietação

Desorganização

Má gestão do tempo

Desregulação Emocional

Esquecimento

Memória de trabalho ruim

O.

Disfunção Executiva

Problemas de raiva / frustração

Problemas para concluir tarefas

Problemas ao iniciar tarefas

Procrastinação

Distração

Dificuldade em esperar a vez

Hiperfocos

Há presença de todas essas características no cotidiano analisado, desde a infância até a fase adolescente/adulta, em âmbitos familiares, escolares etc. Serão desenvolvidos nas próximas páginas, com base no DSM e em análises pessoais.

DIFERE

Há uma diferença no diagnóstico e percepção do transtorno quando em relação a MENINAS.

É comum o diagnóstico errôneo com depressão porque o TDAH geralmente se manifesta como desatenção em meninas. Também há maior propensão a serem diagnosticadas tardiamente. Isso ocorre porque seus sintomas são mais internos do que externos.

NÇAS.

O subdiagnóstico também ocorre porque o sistema reprime muito o comportamento típico TDAH em mulheres, então há um comportamento masking maior. Além disso, há menos estudos de casos médicos em meninas graças ao machismo estrutural da comunidade médica.

DSR.

A

DISFORIA SENSÍVEL

A

REJEIÇÃO

é um sentimento presente na maioria dos TDAHs e se caracteriza quando o menor sinal de rejeição ou mesmo o pensamento de ser rejeitado provoca uma espiral de ansiedade e medo. Para ele, pode parecer que o mundo está desmoronando ao seu redor e tudo o que faz está errado. Pode ser também fisicamente doloroso e pode levar as pessoas a ficarem retraídas e quietas porque estão com muito medo de falar e ter o que dizem ser rejeitado.

O sentimento de rejeição está presente em todas as pessoas, mas desde crianças os TDAHs sentem que decepcionam mais. Até os 12 anos de idade uma criança

TDAH já recebeu 20 MIL CRÍTICAS A MAIS que um neurotípico (criança sem transtornos) e esse número só aumenta com o tempo.

Crianças TDAH estatisticamente são mais alvos de preconceitos e bullying, são menosprezadas na escola por colegas e professores e comparadas em casa a irmãos e primos “mais obedientes” ou “melhores na escola” . Graças a isso a autoestima do TDAH é significativamente mais abalada.

A Disforia Sensível a Rejeição, no TDAH, pode parecer com depressão mas tem curta duração. Muitas vezes ficam para baixo, se sentem menosprezados, deixados de lado sem motivos aparentes, o desespero e a solidão podem ser profundos, mas passam de um dia para o outro.

DSR.

Todo tipo de rejeição é sentimental e “chorosa”? Não.

Pessoas diferentes expressam sentimentos de formas distintas, então muitas vezes a rejeição pode ser externalizada no TDAH como raiva ou agressividade, “descontando” uma fragilidade interna nas pessoas à sua volta.

Outro ponto importante é o desequilíbrio emocional.

Algumas vezes TDAHs podem se sentir sobrecarregados pelo ambiente à sua volta, por estímulos diversos (hipersensibilidade física e emocional), isso faz com que seus sentimentos fiquem à for da pele. TDAHs são muito intensos.

A fragilidade em relação a "rejeição" , ligadas à sensação de ansiedade e medo, mesmo em situações pequenas, são algo muito marcado em seu emocional, desde a infância, até suas relações atuais. Da mesma forma, sempre sofreu com comparações e cobranças comportamentais.

Sua reação a isso é sempre considerada pelos outros algo intenso demais, costumando ser tanto choroso quando agressivo. Isso gera conflitos principalmente com a família, mas também com amigos, colegas e professores.

Sempre foi atrelado a si o conceito de desequilíbrio emocional, desde a infância, e analisa-se presente a dificuldade com sobrecarga física e emocional no cotidiano de forma a afetar diretamente seu psicológico.

CRITÉRIOS EM PÁGINAS LILÁS.

SINTOMAS EM PÁGINAS AZUIS. AMARELAS.

Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere com o funcionamento ou desenvolvimento. Em ambos os domínios, seis (ou mais) dos seguintes sintomas devem persistir por pelo menos seis meses, em um grau que é inconsistente com o nível de desenvolvimento, e tem um impacto negativo diretamente sobre as atividades sociais e acadêmicas/profissionais.

CRITÉRI

O A.

Para adolescentes e adultos mais velhos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são obrigatórios. São divididos entre sintomas de:

1. DESATENÇÃO

2. HIPERATIVIDADE-IMPULSIVIDADE:

Cada um dos sintomas será explorado individualmente nessa análise.

DESATE

a) Muitas vezes, deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido na escola, no trabalho ou durante outras atividades.

Desde a infância sempre acaba por deixar passar erros em provas, trabalhos ou atividades pessoais, muitas vezes não notando e sendo prejudicada em notas ou avisada por familiares e amigos. Por esse motivo, muitas vezes também acaba por ter que refazer suas atividades.

NÇÃO.

b) Muitas vezes tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas (por exemplo, tem dificuldade em permanecer focado durante as palestras, conversas ou leitura longa).

Desde a infância percebe-se situações de dificuldade em foco, com exceção em situações que se assemelham a hiperfocos. Na infância, já tinha dificuldade de concentração em tarefas escolares, palestras e conversas. Algo que se assemelhava a um hiperfoco em assuntos escolares (com facilidade extrema, dedicação acima do normal e até mesmo atrapalhando relações sociais), impedia que fosse notado menor desempenho. Na préadolescência em diante, mostrou-se extrema dificuldade em focar em todas as aulas (atrapalhando seu desempenho, principalmente na adolescência), falta de foco quando lê, assiste programas de TV, conversa, vê palestras ou em qualquer atividade cotidiana.

DESATE

c) Muitas vezes parece não escutar quando lhe dirigem a palavra (por exemplo, a mente parece divagar, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia).

Desde a infância costumeiramente passa por divagações, se distraindo de forma a "parar de escutar" quando lhe chamam, em meio a conversas, aulas, palestras, chegando a levar várias broncas em relação a isso também.

NÇÃO.

d) Muitas vezes, não segue instruções e não termina tarefas domésticas, escolares ou no local de trabalho (por exemplo, começa tarefas, mas rapidamente perde o foco e é facilmente desviado).

Nota-se muita dificuldade em terminar tarefas desde a infância. No início do fundamental, passava a tarde inteira (com muito tempo extra, comparado com as outras crianças) fazendo uma prova durante a aula, porque se distraía. Também perdia o foco rapidamente durante tarefas de casa, demorando horas em um exercício que já dominava. Atualmente, continuam-se os sintomas, com foco desviado rapidamente entre qualquer tarefa que se propõe a fazer, deixando a maioria pendente ou incompleta. Todos os dias, em vários momentos do dia, recebe broncas por não fazer o que lhe foi pedido, alegando não ter prestado atenção (não lembrar) ou ter esquecido, assim como ocorria quando mais nova.

DESATE

e) Muitas vezes tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (por exemplo, dificuldade no gerenciamento de tarefas sequenciais, dificuldade em manter os materiais e os pertences em ordem, é desorganizado no trabalho, tem má administração do tempo, não cumpre prazos).

Desorganização é algo que sempre notou e sempre foi repreendida até os dias atuais, gerando até mesmo conflitos familiares. Desde a infância, dificuldade em arrumar e manter organizado seus brinquedos, até sua mesa escolar, mochila, guarda-roupa e quarto. Sempre teve péssima organização de tempo, com dificuldade em cumprir prazos, geralmente ultrapassando-os ou deixando para as últimas horas. Não consegue administrar o tempo, demorando horas para fazer algo que poderia ser feito em alguns minutos, e calculando-o mal. Dificilmente consegue fazer tarefas em ordem, geralmente faz várias ao mesmo tempo e acaba atrasando todas.

NÇÃO.

f) Muitas vezes, evita, não gosta, ou está relutante em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (por exemplo, trabalhos escolares ou trabalhos de casa ou para os adolescentes mais velhos e adultos: elaboração de relatórios, preenchimento de formulários, etc).

Procrastinação e falta de interesse se propor em tarefas domésticas, escolares e profissionais é algo que atrapalha seu dia-a-dia, evitando ao máximo se envolver em cada uma pois exige muita energia e concentração de si. Isso por vezes a prejudica em relações familiares e com colegas, causando brigas, ou até mesmo prejudica a si mesmo por não fazer algumas de suas obrigações.

DESATE

g) Muitas vezes perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por exemplo, materiais escolares, lápis, livros, ferramentas, carteiras, chaves, documentos, óculos, telefones móveis).

Desde a infância sempre perdeu seus pertences, seja na escola, em casa ou em outros lugares. Perde-os permanentemente ou não sabe onde os colocou. Na escola, sempre levou muita bronca da mãe por perder uniformes. Em casa, diariamen leva bronca por perder as coisas ou não saber onde está quando precisa.

NÇÃO.

h) É facilmente distraído por estímulos externos.

Sempre relata desfoco de suas atividades, desde a infância, relacionada também a estímulos externos, como conversas, barulhos, pessoas, ou até mesmo objetos simples como um relógio. Como tentativa para conseguir se concentrar em suas tarefas da escola, passou a tentar colocar um fone alto de ouvido e permanecer em seu quarto sozinha para não ser distraída por estímulos externos, mas nem sempre funcionava pois se distraía com a música. Possui extrema dificuldade e mal consegue assistir aulas pois passa a maior parte do tempo distraída com qualquer outro estímulo.

DESATE

i) É muitas vezes esquecido em atividades diárias (por exemplo, fazer tarefas escolares, adolescentes e adultos mais velhos: retornar chamadas, pagar contas, manter compromissos).

Sempre esquece de seus compromissos, principalmente de atividades dadas por comando vocal/auditivo, resultando em problemas na escola e com a família. Possui dificuldade mesmo se utilizando métodos para ajudar, como listas, agendas, ou mesmo que alguém repita, pois esquece de conferir as anotações (ou de anotar), e das próprias instruções já repetidas.

NÇÃO.

Nota-se, então, a presença de vários sintomas relacionados a DESATENÇÃO, como falta de foco, esquecimento, distração, disfunção executiva e desorganização. Essas características estão presentes em seu cotidiano durante todas as fases de sua vida que se recorda, de forma que atrapalhe suas relações e desempenhos escolares e familiares.

HIPERATI

a) Frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.

Comportamentos repetitivos parecidos com stims sempre estão presentes em seu cotidiano, dificilmente conseguindo ficar completamente quieta. Costuma se remexer muito em cadeiras, sofás, carteiras ou na cama, balançar as mãos, pulsos, pés e pernas. Recorda de sua mãe constantemente repreendendo-a por isso na infância e adolescência, por ser algo que julgava "feio" . Mesmo se esforçando para reprimir esses movimentos, raramente obtinha sucesso e quando via estava fazendo-os de novo.

IMPULSI

b) Muitas vezes levanta-se ou sai do lugar em situações que se espera que fique sentado (por exemplo, deixa o seu lugar na sala de aula, no escritório ou outro local de trabalho, ou em outras situações que exigem que se permaneça no local).

Sempre teve o impulso e costume de, em sala de aula ou na sua área de trabalho (no quarto), levantar, interrompendo o meio da atividade para andar, ir falar com alguém, mexer em algo etc, sem contexto, apenas por estar inquieta.

VIDADEVIDADE.

HIPERATI

c) Muitas vezes, corre ou escala em situações em que isso é inadequado (Em adolescentes ou adultos, esse sintoma pode ser limitado a sentir-se inquieto).

Como criança e pré-adolescente, sempre teve a sensação de sentir-se inquieta, como se precisasse estar fazendo alguma coisa além da que já está fazendo, como se mexer ou mexer em algo, resultando muitas vezes em objetos desmontados ou quebrados quando desconta essa inquietação neles.

IMPULSI

d) Muitas vezes, é incapaz de jogar ou participar em atividades de lazer calmamente.

Nunca teve paciência para jogar videogames, principalmente por períodos de tempo médio para longo e geralmente se entedia/entediava fácil com jogos físicos por não seguirem o ritmo que queria. Não consegue assistir séries ou filmes sozinha por geralmente se sentir agitada e entediada, querendo fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo.

VIDADEVIDADE.

HIPERATI

e) Não para ou frequentemente está a “mil por hora” (por exemplo, não é capaz de permanecer ou fica desconfortável em situações de tempo prolongado, como em restaurantes e reuniões).

Desde a infância sente desconforto em situações que tem que ficar por muito tempo, com exceção de hiperfocos, geralmente sendo agitada e fazendo/pedindo para fazerem outra atividade. Por exemplo, na escola, não para para fazer uma coisa apenas, arranjando outras atividades para fazer, saindo para dar uma volta ou ficando bastante desconfortável. O mesmo ocorre em casa ou com amigos.

IMPULSI

f) Muitas vezes fala em excesso.

Sempre foi considerada uma criança falante e comunicativa até demais, tendo dificuldade em ficar quieta durante as aulas e tendo muitas vezes que ser separada dos amigos. Mesmo com adultos e em

situações

pouco confortáveis, puxa vários assuntos. Muitas vezes tem dificuldade de filtrar o que deve ou não ser falado. Já ouviu comentários dos pais diversas vezes pontuando que fala demais quando está no telefone com amigos, parecendo que não deixa os outros falarem também.

VIDADEVIDADE.

HIPERATI

g) Muitas vezes deixa escapar uma resposta antes da pergunta ser concluída (por exemplo, completa frases das pessoas; não pode esperar por sua vez nas conversas).

Costumeiramente é repreendida por interromper as pessoas, por já concluir seus pensamentos antes que as façam. Fica impaciente e se mexendo se se força a esperar em situações do tipo, querendo responder ou falar o que deseja logo.

IMPULSI

h) Muitas vezes tem dificuldade em esperar a sua vez (por exemplo, esperar em fila).

É muito impaciente com esperas, principalmente se não tem nada com que possa se distrair (como alguma atividade), geralmente não parando quieta, stimmando e falando sem parar. Essa dificuldade já a levou a perder tempo e lugar, desistindo e saindo de uma fila importante por ser muito impaciente.

VIDADEVIDADE.

HIPERATI

i) Muitas vezes, interrompe ou se intromete os outros (por exemplo, intromete-se em conversas, jogos ou atividades, começa a usar as coisas dos outros sem pedir ou receber permissão).

Com frequência se intromete em assuntos ou conversas que não estava participando, podendo receber broncas ou ser inconveniente. Da mesma forma, mexe nos itens de outras pessoas. Percebe-se esse traço em si desde a tenra infância, onde se intrometia nas atividades dos colegas quando já havia terminado as suas para fazer com que terminassem logo, pois era impaciente.

IMPULSI

VIDADEVIDADE.

Nota-se, então, a presença de vários sintomas relacionados a HIPERATIVIDADE-IMPULSIVIDADE, como inquietação, interrupção, stims, fala exacerbada, agitação e multi-tarefas. Essas características estão presentes em seu cotidiano durante todas as fases de sua vida que se recorda, de forma que atrapalhe suas relações e desempenhos escolares e familiares.

Vários sintomas de desatenção e/ou hiperatividadeimpulsividade devem estar presentes antes dos 12 anos de idade.

CRITÉRI

O B.

Durante sua educação infantil e fundamental I (entre os 2 e 11 anos) já se notavam diversos sintomas relacionados à DESATENÇÃO e HIPERATIVIDADE-IMPULSIVIDADE, encontrados também em relatórios da época. Continuaram presentes durante todo o seu fundamental II, Ensino Médio e continua apresentando na faculdade, de forma cada vez mais a atrapalhar seu desempenho escolar. A dúvida a respeito de ser TDAH surgiu de forma independente quando tinha cerca de 12 anos.

Vários sintomas de desatenção e/ou hiperatividadeimpulsividade devem estar presentes em dois ou mais contextos (por exemplo, em casa, na escola ou trabalho, com os amigos ou familiares; em outras atividades).

CRITÉRI

O C.

Os sintomas analisados aparecem em qualquer ambiente em que esteja inserida, principalmente escolar e familiar, mas também com amigos, conhecidos, de trabalho e em outras atividades, sejam elas de lazer ou não.

Há uma clara evidência de que os sintomas interferem ou reduzem a qualidade do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

CRITÉRI

O D.

Os sintomas e situações citados causam dificuldades eu seu cotidiano, diminuindo a qualidade de seu funcionamento acadêmico — uma vez que, por exemplo, não consegue prestar atenção em aula alguma desde o seu fundamental II — , ocupacional — como quando não cumpre prazos ou deixa para o último momento — e social — uma vez que acaba não dando ou se intrometendo no espaço dos outros, ou interrompendo, ou não prestando atenção no outro.

Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso da esquizofrenia ou outro transtorno psicótico, e não são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo, transtorno de humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno de personalidade).

CRITÉRI

O E.

Não há sinais de transtorno psicótico. Os sintomas não parecem melhores explicados, mas parecem coexistir com sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, na adolescência, agravados e em convívio com sintomas de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e, talvez, sintomas depressivos. Os três são comorbidades comuns ao Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

COLÉG

O Transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é a causa inespecífica de dificuldade escolar mais prevalente, graças a desatenção e hiperatividade que costumam ser presentes em sala de aula, prejudicando seu desempenho acadêmico.

No entanto, há muitos estereótipos que envolvem o desempenho escolar de um TDAH, desde que sempre possuirão problemas com notas — por vezes até afirmando que não conseguem diploma em hipótese alguma — , ou que são todos geniais, graças aos sintomas de hiperfoco.

Apesar de clichês populares espalharem as duas vertentes, TDAHs podem ter inteligência tanto acima quanto abaixo da média.

IO.

No caso apresentado, nunca houve significativos problemas com nota. Como aluna, desde a infância apresentava alto desempenho escolar, chegando a ser considerada a melhor aluna de toda a escola com apenas 7 anos.

Vale considerar um provável hiperfoco no quesito escolar durante a Educação Infantil e o Fundamental I (ambiente/situações que a agradavam muito), de forma que a fez sofrer posteriormente bullying graças ao seu envolvimento alto com o ambiente escolar e um apego muito grande à literalidade de algumas regras locais (traço este último que talvez não seja ligado ao TDAH).

No entanto, na época já apresentava traços de hiperatividade em seu comportamento com os colegas e grande dificuldade de concentração em suas tarefas .

O TDAH é um espectro com variáveis e combinações infinitas. É uma forma diferente do cérebro de processar o mundo. Cada indivíduo tem suas próprias vivências e experimenta as situações de um jeito único.

Aqui, foram analisados alguns termos e caracteríscas comuns que ajudam a identificar a condição neurológica, combinando com análise em tópicos sobre situações do

Letícia Cavalcante de

@letsweetie @childoftheskyy
Oliveira ANÁLISE TDAH
@ N A M J G G U K

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