Nalini singh kiss of snow 10 ( parte 2)

Page 1

Capítulo 22 O fantasma pensou dos usos que poderia fazer de um cardeal X, plenamente ciente que ele era mais do que capaz de enganar Judd. Exceto por uma coisa – a sua razão para construir os fogos de rebelião, para não executar o Conselho inteiro em uma explosão sangrenta de violência, isso o deteve, agindo como a consciência que ele não tem. Como resultado, em vez de passar o tempo criando estratégias de como ganhar o controle do trapaceiro X, ele mergulhava no turbilhão da Net, a rede psíquica criada pelas mentes de milhões de Psy em todo o mundo, cada mente uma estrela branca glacial em uma expansão infinita de negro. A Net existia em todos os lugares da Terra, uma expansão vasta que não tinha limites. Neste sistema infinito corria rios de dados, milhões e trilhões de pedaços de informações enviados a cada dia pelas mentes conectadas à rede. Era o maior arquivo de dados no planeta, o armazém de conhecimento para sua raça inteira. O


descuidado poderia ficar enterrado sob o peso dela, mas o Fantasma era um tubarão deslizando pelo turbilhão em silêncio

letal,

filtrando

dados

com

uma

velocidade

e

especificidade que era quase sobrenatural. Rumores, sussurros, teorias conspiratórias centradas em torno do tempo e da maneira da morte de Alice Eldridge, tudo disso flutuava para o topo de sua consciência enquanto a Net desistia de seus segredos. Nenhum mantinha nada de substância. Ou os Arrows fizeram um trabalho imaculado de limpar Eldridge da Net, ou os dados se degradaram nos anos desde sua morte. Isso o deixou com o arquivo Obsidian. Criado pela NetMind, a neosentience que era a Guardiã e bibliotecária da Net, o arquivo Obsidian era um backup no caso de a PsyNet sofresse uma falha catastrófica. O Fantasma o chamara de Obsidian porque a complexidade dos dados no seu interior produzia tudo exceto uma parede de negro. Só alguns raros indivíduos já perceberam que o arquivo Obsidian existia. Muito menos sabiam como acessá-lo. Se havia qualquer coisa para encontrar no segundo manuscrito de Alice Eldridge, estaria enterrado nesse imenso acumulo de informações. Caso contrário, Sienna Lauren estava sozinha.


Capítulo 23 Sienna pegou Hawke quando ele estava saindo da toca no início da tarde seguinte. — Espere. — A linha tensa da coluna dela lhe disse que ela não havia esquecido nada da noite anterior. Nem ele tinha. — Fale rápido, bebê. — saiu curto. Sim, quis assustá-la, mas para ser honesto, não esperou funcionar. Isso tinha irritado seu lobo. — Eu tenho uma reunião. — Se é pelo ataque, precisa ouvir isso. — Ela andou em a um ritmo rápido ao seu lado enquanto ele continuava no lado de fora, onde deixou um veículo. — Estou ouvindo. — O que eles fizeram, é uma tática sobre a qual Ming


costumava falar. — Um golpe rápido projetado para ferir a moral do bando. — A morte de cinco changelings teria sido considerado um bônus. — Eu imaginei isto. — Sua fúria foi uma coisa fria, seu lobo pensando com olhos claros de precisão. — Não, é mais. — Ela quase corria quando ele alongou o passo. — É o início de uma guerra de atrito. Eles não estão vindo para você com toda força até que tiverem reduzidos seus números através de ataques precisos. Porque você não tem um alvo óbvio contra o qual retaliar, você vai lascar suas forças no esforço para manter-se, fragmentando ainda mais sua força. Pegando a garantia na sua voz, ele veio a uma parada. — Você parece certa. — Eu estou. — Não havia nada da reserva nela agora, somente férreos olhos de convicção. — O fato que quem estava por trás disto usou uma capacidade de dissimulação em vez de telecinéticos, quando sabiam que changelings tem sentidos superiores e podem bem descobrir uma intrusão física, me diz que seus Tks estavam fazendo outra coisa. — Está assumindo que eles têm telecinéticos. — Qualquer um com poder suficiente para montar esse tipo de operação tem o poder para ter uma unidade de Tks sob seu próprio comando. — Ela colocou as mãos nos quadris. — Eu quero pedir Brenna por um par de horas, tê-la para exibir imagens de satélite de certas áreas.


Ela era um soldado novato, não tinha o grau para fazer tal ousada demanda – mas também foi a protegida de um Psy que a maioria considerava o gênio militar do Conselho. — Como você planeja descobrir onde procurar? — Ele perguntou em vez de descartar o pedido imediatamente. Ela tocou a têmpora. — Ming era, e provavelmente ainda é, o melhor dos melhores quando se trata de estratégia marcial. Não importa quem está executando isto, eu posso enganá-los se eu pensar como ele. Ele tomou um instante para pesar as variáveis, quase capaz de ver a impaciência relampejando nos olhos dela. Essa era sua menina, pensou, escondendo o sorriso. — Você pode ter Brenna – por meia hora, — ele disse. — Ela tem muitas outras coisas no seu prato. Linhas se formaram entre as sobrancelhas, mas ela balançou a cabeça. — Vou reduzir as coisas tanto quanto possível antes de ir para ela, isso vai fazê-lo mais eficiente. Uma hora e meia depois, ele ainda podia ver os raios ardentes do sol da Serra refletindo o vermelho no seu cabelo quando ela se virou para correr de volta à toca. A mulher na frente dele era uma criatura completa, não tinha fogo na sua alma. Nikita Duncan dera à luz a uma empata, então a jogou longe. Ela era tão fria quanto sua filha cheia de coração. Mesmo nos olhares sozinhos, eram pólos opostos. Nikita tinha a pele branca fria, olhos do Japão, e maçãs


do rosto cortantes que complementavam o jato de navalha do seu cabelo. A pele de Sascha era de um marrom quente, o cabelo uma queda ondulada de negro suave, seu rosto mais suave,

mais

arredondado.

Ambas

as

mulheres

indiscutivelmente bonitas. Exceto que uma tinha o sangue de um réptil, enquanto a outra derramaria o seu próprio para salvar um estranho. — Como você está, Sascha querida? — ele murmurou baixinho quando Nikita se virou ao outro Conselheiro na mesa, o enigmático Anthony Kyriakus – alto, aristocrático, seu cabelo preto prateado nas têmporas. Sascha fez uma cara triste da sua esquerda. — Prestes a dar à luz. Isso é o que se sente, de qualquer forma. Suas palavras murmuradas o fez sorrir, mas ele podia ver que Lucas não achava graça. Perguntou-se quão grande foi a briga que os dois tiveram hoje sobre a participação de Sascha nessa reunião – não que Lucas teria tomado quaisquer chances com realmente irritá-la agora que estava tão perto da sua data prevista. Se Hawke tivesse que adivinhar, diria que o alfa leopardo mordeu a língua mesmo quando seu animal ficou louco com a ideia de sua companheira grávida tão perto daqueles que podiam causar-lhe dano. E pela primeira vez, Sascha, a empata, parecia ignorante. Movendo os lábios a orelha dela, murmurou, — Amada, você sabe que eu te amo, mas você precisa obter Luc longe


daqui antes dele perder a cabeça. Sascha

congelou,

arregalou

os olhos.

Seus olhos

tornando-se meia-noite em um piscar de olhos. — Oh querido, — ela sussurrou. — Como eu perdi isto? — Provavelmente porque você está grávida de nove meses e meio. Revirando os olhos para ele, ela se inclinou e bicou-o na bochecha. O grunhido de Lucas foi audível. — Lucas, — Sascha disse no mesmo momento, — eu não me sinto muito bem. O alfa DarkRiver empurrou a cadeira para trás e empacotou Sascha fora da sala tão rápido que Anthony e Nikita ficaram encarando. Vaughn, tendo estado apoiando-se na parede em suas costas, deslizou na cadeira de Lucas com suave graça felina, enquanto Nathan tomou a que Sascha desocupou. Em frente a eles, Nikita continuou a encarar a porta. — Ela não está prestes a dar a luz, — a Conselheira disse no silêncio um segundo mais tarde, e Hawke percebeu que ela tinha estado conversando por telepatia com a filha. Interessante. — Quão perto ela está? — Max Shannon perguntou quando entrou. — Desculpe o atraso, fui pego no trânsito.


— Onde está sua J, tira? — Vaughn perguntou em vez de responder a pergunta. — A caminho, — Max disse, referindo-se a sua esposa, uma ex-Psy Justiça que permaneceu conectada à Net apesar de seu Silêncio quebrado. — Ela pode ter algumas informações para nós. Hawke não confiava em ninguém conectado à PsyNet dado quão profundo os tentáculos dos Conselheiros Psy eram no plano psíquico, mas ele não tinha nada contra a J de Max em particular. De fato, ele meio que gostava dela – Sophia levava sombras nos olhos. Sombras significavam uma vida vivida, uma personalidade além do gelo. Riley se mexeu ao lado dele. — Você dois leram o relatório que nós enviamos? —

Sim,

Nikita

e

Anthony

simultaneamente

responderam. Novamente, interessante. Fez Hawke se perguntar que outras maquinações os dois estavam levantando por trás das costas de todos os outros. — Nenhum de nós orquestrou o ataque contra o seu povo, — Nikita disse. — Se você acredita ou não é com você, mas não faz nenhum sentido lógico para nós debilitarmos esta região atualmente. Significando que se os outros Conselheiros não tinham


sido uma ameaça, Nikita poderia muito bem ter derramado sangue

changeling.

Então

novamente,

pensou

Hawke,

considerando tudo que eles sabiam sobre ela, Nikita seguia o dinheiro – guerra seria ruim para seu lucro final. Havia também o fato que seu chefe de segurança era um homem com um código de honra impecável, um homem que colocava sua vida em risco para proteger os inocentes. Quanto a Anthony, muito além do fato que os gatos o garantiram em ocasiões anteriores, o homem controlava um império de F-Psy no valor de bilhões. Ninguém e nada podia abalá-lo daquela posição. Mais para o ponto, o Grupo NightStar sempre estava disposto a lidar com qualquer um que pudesse pagar os honorários exigidos para uma previsão: humano, Psy ou changeling. Max bateu na mesa agora. — Mais, nem Nikita nem Anthony tem a mão de obra. Simples assim. — Foi uma admissão de debilidade, uma jogada de abertura. — Quem mais se pode descartar? — Nathan, o mais antigo sentinela de Lucas e um homem com uma cabeça tão tranquila e clara quanto Riley, se inclinou adiante. — Não é Kaleb, — Nikita disse uma vez. — Ele está distraído com outro assunto no momento. — Nossas informações, — Riley inseriu, — é que Kaleb ou ganhou, ou está perto de ganhar, o controle sobre o Esquadrão Arrow.


Uma pausa longa, cautelosa. — Você tem fontes excelentes, — Anthony respondeu finalmente. — Sim, parece que os Arrows tem trocado sua lealdade de Ming para Kaleb – e suas prioridades sempre foram o Silêncio e a integridade da Net. O esquadrão se desassociou de Ming porque ele perdeu de vista essa prioridade. Kaleb é pouco provável repetir o engano. Aquele rastreado com a informação, Judd tinha sido capaz de conseguir a partir dos seus contatos. — É possível que Tatiana esteja apoiando os Scotts, — adicionou Nikita, — mas ela manterá distância suficiente para que nada repercuta de volta nela. Quanto a Ming, ele tem falado contra os Scotts no Conselho e parece estar mais focado em assuntos internos. Hawke entrou na conversa. — Vocês parecem certos que os Scotts estão por trás disto. — A própria inteligência deles sustentava a mesma conclusão, mas ele queria ouvir as razões de Nikita e Anthony. — É patente que eles querem controle total e sem oposição da Net, — Anthony disse, as linhas aristocráticas do seu rosto sem expressão, mas mantendo um carisma que teria feito o homem uma força mesmo sem os foreseers sob seu comando. — Além de Kaleb, que é também um formidável adversário para desafiar nesta fase, Nikita e eu somos os únicos que ficam no caminho deles – porque estamos agindo em conjunto e em uma região que pode defender a si mesma.


— Nós não vamos ser capazes de fixar isso neles, — Nikita disse com uma aspereza fria que Hawke estava vindo a associar com ela. — Eles vão ter a certeza disto.

Setenta

minutos

mais

tarde,

Hawke

teve

outra

discussão, desta vez com um grupo muito mais apertado. Ele, Riley,

Judd,

os

dois

sentinelas

DarkRiver

que

tinham

participado da reunião, além de Lucas e Sascha. Eles se encontraram do lado de fora da cabana do casal alfa. Hawke não provoca o macho leopardo hoje, sabendo como no limite ele tinha que estar, tendo sua companheira tão perto daqueles que não eram Bando. Não importava que os lobos fossem aliados – isso era sobre a necessidade do animal de proteger. Francamente,

Hawke

ficou

surpreso

que

Lucas

concordou com a reunião... mas não, talvez ele não tenha. Sascha e Lucas tinham o tipo de relação que todo alfa desejava, Hawke incluído. Sascha não era só uma amante, não era simplesmente um parceiro de jogo no melhor sentido do mundo; ela era uma companheira, o primeiro porto de escala de Lucas quando ele precisava de conselhos. Foi instintivo pensar sobre Sienna. Tão jovem... muito jovem. Ming era, e provavelmente ainda é, o melhor dos melhores


quando se trata de estratégia marcial. Não importa quem está executando isto, eu posso enganá-los se eu pensar como ele. Franzindo a testa para a lembrança de como exatamente ela ganhou aquela profundidade de conhecimento, ele girou para Luc. — O que seu instinto diz? — Ele sabia que o alfa foi espectador

da

reunião

por

meio

do

sutil

sistema

de

comunicação que Vaughn tinha usado. — Nikita está certa – nenhum modo de fixar a violência nos Scotts, embora tudo apontar para eles. — Lucas esfregou o queixo mal barbeado. — Mas quem diz que nós temos? — Se nós revidarmos e acertar o alvo errado, — Hawke respondeu, — perdemos o elemento surpresa. — Eu sei que não é minha mãe, — Sascha disse da cadeira de vime almofadada posicionado contra a parede da cabana. — Não porque é minha mãe, mas porque sei como ela trabalha. Se alguém estiver tentando montar uma posse hostil de ativos SnowDancer, cortar você fora na altura dos joelhos em condições financeiras, eu seria a primeira a apontar o dedo para ela. — Não é Anthony, — Vaughn disse sem esclarecer. O fato que ele estava acasalado a filha de Anthony, porém, deu ao changeling jaguar um alto nível de credibilidade. Fez também Hawke perguntar-se, não pela primeira vez, sobre as lealdades de Anthony Kyriakus. — Eu concordo com Nikita sobre Ming e Kaleb Krychek,


— Judd disse. — Ming levava um golpe com a perda dos Arrows e ainda estará consolidando suas tropas restantes. Eu posso dizer com certeza categórica que o esquadrão não vai mobilizar nesta grande operação para Kaleb ainda. Riley, pragmático como sempre, perguntou a questão crítica. — Krychek tem acesso a outras operações? — Sim. Mas o fato é que ele é um telecinético poderoso suficiente que não necessita ninguém quando se trata abaixo disto. Aquele é um homem que poderia causar um terremoto, desmoronar toda cidade. — Jesus, — Vaughn disse quando Lucas assobiou. — Sério? — Suas habilidades são até agora tão longe da escala que o Gradiente é inexpressivo. — o tom de Judd era verdadeiro. — Ele é um jogador de jogo de mestre, por isso não vou descartá-lo totalmente, mas Kaleb obteve dois bandos poderosos na sua região, e não exibiu nenhuma agressão para qualquer um. — BlackEdge e StoneWater. — Riley assentiu. — Nós temos obtido uma linha de comunicação com eles, e do que eles têm compartilhado, parece que Krychek os deixa em paz desde que eles façam o mesmo com ele. Não faz sentido que ele vir aqui para comprar uma briga com a gente. — Se tomarmos Krychek fora da mesa, — Hawke disse, — nos deixa com os mesmos três que Anthony e Nikita


apontaram. — Nós vamos atrás de todos os três. — o tom de Lucas foi duro. — Ataques precisos, idênticos como seus golpes. Hawke, sua mente inundada no odor de sangue e dor de seus caídos, rosnou de acordo. — Tem que ser duro, e tem que ser rápido. — O inimigo tinha que entender que os bandos tinham dentes e não hesitavam sobre usá-los. — Os Scotts e Tatiana, — Judd disse, — estão todos protegidos atrás da parede da quase impenetrável segurança. Vai ser difícil chegar perto deles. — Não eles, — disse Sascha, então bocejou. — Desculpe. Todos riram, e o momento forneceu alguma leveza muito necessária. — Ok, o que eu estava dizendo antes de adormecer. — Ela se inclinou contra a coxa do seu companheiro, onde ele permaneceu de costas para a parede ao seu lado, — é que você não vai atrás deles. Você segue algo que os representa. Algo grande e brilhante. Os olhos de Judd caíram sobre Sascha. — Tem certeza que é uma empata? — Eu cresci com Nikita como uma mãe. Foi relativamente fácil escolher um alvo para Henry Scott – sua residência em Londres era um local eminente e no


valor de milhões. O bônus foi que Judd tinha estado em torno do lugar como um Arrow, conhecia como suas pessoas podiam fugir em segurança. Shoshanna Scott também apresentava pequeno problema. Ela comprou um enorme edifício comercial em Dubai um mês atrás – atualmente desocupado, ele tinha segurança mínima. — Sem vítimas – os seguranças tem que ser afastados antes de nós atingirmos, — Hawke disse, porque matar inocentes os não os faria melhor que os Conselheiros. — Nós não transigirmos nisto. — Aprovo. — Lucas fechou a mão sobre o ombro de Sascha. — Você tem alguém em Londres? Eu sei que Jamie está vagando nessa área, então podemos puxá-lo dentro. Hawke deu um aceno nítido. Os lobos não iam vagando tão frequentemente quanto os gatos, mas dado a agressão crescente

do

Conselho,

SnowDancer

fez

uma

política

deliberada de pessoas estacionando em torno das principais cidades do mundo. Riley rodou seus tipos mais solitários-lobos até que os homens e mulheres quiseram voltar para casa. O mais recente a retornar foi Riaz. A maior parte do tempo passaram manipulando os interesses empresarias internacionais dos SnowDancer, mas também mantiveram um olho em certos assuntos mais secretos, alimentando informações de volta à toca. Porém, cada um daqueles lobos solitários era um soldado de alto


nível, mais do que capaz de lidar com este tipo de tarefa. — Dubai não vai ser um problema também. — Havia um SnowDancer dentro da distância de voo fácil. Lucas assentiu. — Isso deixa Tatiana. — Esta é um problema, — disse Judd. — Ela comprou participações em companhias humanas – nós acertamos qualquer um deles, afetamos um grande número de pessoas inocentes. O celular de Hawke tocou naquele momento, o código fazendo seu lobo vir em selvagem atenção. — Espere, — Ele disse aos outros e caminhou a uma pequena distância. — Fale comigo, menina bonita. — Sim, ele estava tendo dificuldade com os limites quando se tratava de Sienna, mesmo quando ele era o único que os colocava no lugar. A voz de Brenna veio da linha. — Falando doce. — As palavras eram azedas. Seu lobo sorriu. — Coloque-a. — Aqui — ela estava só confirmando algo. — Brenna e eu fomos capazes de definir três incursões feitas pela equipe de Tk, — Sienna disse sem qualquer prelúdio. — Tanto quanto podemos perceber, eles estavam colocando cargas. Índigo tomou pessoas para verificar os locais, e dos dados que ela mandou de volta, eles estão ficando mais espertos. Sem componentes metálicos, escondidos mais


fundos para bater seus sentidos, difíceis de descobrir a menos que você esteja bem em cima dos dispositivos. O lobo de Hawke mostrou os dentes, mas seu processo de pensamento permaneceu friamente racional. — Bom trabalho, ambas. — Certo que Índigo teria a situação sob controle, ele mudou para outro assunto. — Sienna, enquanto estava com Ming, você aprendeu sobre uma propriedade ou posse que Tatiana Rika-Smythe coloca importância particular? —

Ela

tem

uma

propensão

a

comprar

outras

companhias, — Sienna disse, — em lugar de construir para si mesma. Mas... espere um segundo. Brenna entrou na linha. — Sua menina bonita está executando uma pesquisa. — Espertinha. — Estou casualmente andando para onde ela não pode nos ouvir. — Por quê? — Para te perguntar se você está a cortejando corretamente. Realmente, Hawke, uma garota merece flores pelo menos. — Eu não faço flores. — E agora mesmo, a coisa toda de namoro estava no ar. Como a noite passada havia mostrado com claridade inevitável, ela não estava nem perto de pronta para lidar com o verdadeiro dele. O pensamento teve sua mão


apertando o telefone. — Não é difícil, — Brenna murmurou. — Ligue para um florista, compre um buquê. O lobo de Hawke gostava dela demais para estar aborrecido. — Deixe-me falar com ela, pirralha. Tenho que voltar a minha reunião. — Em um segundo. Primeiro – como está meu menino bonito? Hawke ergueu os olhos para ver Judd escutar algo que Vaughn estava dizendo, a cabeça inclinada em direção ao chão, uma carranca no seu rosto. Incomum para o antigo assassino. — Paquerando com um jaguar. — Você não é engraçado, senhor, — Brenna disse antes que o telefone passou de mãos e Sienna voltou na linha. — Você vai ter que confirmar isto, — disse ela, — mas parece que Tatiana ainda é a única proprietária de uma escultura que fica no meio de um pequeno parque em Cambridge, Inglaterra. — Uma escultura? — Sim, Ming achou isso estranho também, então ele tinha

me

mandando

pesquisá-lo

como

parte

do

meu

treinamento. Foi comissionado por um Smythe há cem anos, após o acordo que levou para sua fortuna. Eu não sei se é o tipo de coisa que está procurando...


— Poderia até te beijar por isto. Por toda parte. — Desligando com sua respiração sugada, ele caminhou de volta para os outros. — Eu tenho um alvo para Tatiana. — Quanto a Sienna, lhe daria um pouco mais de tempo, mas... ele era um lobo. Quem diabos disse que precisava jogar civilizado? Ela era sua. Ela aprenderia a lidar com ele.

RECUPERADO DO COMPUTADOR 2(A) ETIQUETAS:


CORRESPONDÊNCIA PESSOAL, PAI, AÇÃO REQUERIDA E COMPLETADA 3.

DE: Alice <alice@scifac.edu> PARA: Papai <ellison@archsoc.edu> DATA: 14 de abril, 1973 às 10:32pm ASSUNTO: re: re: re: Oi

Oi Papai, Sim, meu último e-mail não fez nenhum sentido. Eu receio que estava tonta da possível descoberta. Porém, como você sabe da minha chamada à mamãe, minha teoria será difícil de provar sem trazer outros para a equação, pessoas que não podem ter os melhores interesses dos Xs no coração. Se apenas eu estivesse na PsyNet, podia ver por mim mesma. Amor, Alice


Capítulo 24 Walker entrou na enfermaria a noite após o ataque para encontrar Lara saindo do quarto de Elias. — Como ele está? As profundas sombras roxas sob os olhos quando ela encontrou seu olhar traiu o quão pouco ela havia descansado desde despertar do seu cochilo na noite anterior. — Bom. Curando. Eu tenho que esperar por seu corpo se recuperar desta sessão antes que eu possa continuar. Ele estará aqui por algum tempo ainda. Vendo Lucy examinar a leitura no painel no quarto de Riordan, ele estendeu a mão. — Venha comigo, Lara. Você precisa ter uma pausa. — Não, eu não posso... Ele tomou sua mão, interrompendo suas palavras no meio do caminho. — Ou você sai comigo, — ele disse, mantendo seu tom tranquilo embora as palavras não fossem nada razoáveis, — ou eu vou pegar uma folha do livro de Hawke e levar você para fora. — Essa situação, também, era algo que ele tinha em seu olhar, mas não era o momento para ele dizer sua parte. Ainda não.


A boca de Lara caiu aberta. — Você não faria isso. Ele esperou, deixou os olhos dela esquadrinharem seu rosto, ver a verdade. As bochechas corando em um vermelho opaco sob aquela pele profundamente bronzeada, ela disse, — Você faria. — Um puxão pequeno quando ela tentou liberar sua mão, falhou. — Eu preciso dizer a Lucy. — Ela está vendo. — Então ele começou a caminhar, puxando Lara junto. Ela fez um pequeno som rosnando que ele nunca havia ouvido antes dela. — Eu sou um lobo, não um cachorro. — Você trata um animal de estimação melhor do que trata a si mesma. Nenhum dos dois disse uma palavra até que estavam a alguma distância da toca, ao lado de uma cachoeira que congelou nos meses do inverno, mas estava no momento rugindo spray. Liberando seu aperto nela, ele apontou para uma borda rochosa. — Sente-se antes de cair. — Argh! — Ela bateu as mãos cerradas contra o peito dele. — Iria gostar se eu trocasse e abanasse minha cauda enquanto estou nisto? — A raiva tornou seus olhos caramelos escuros, diluído o suave convite de sua boca. — Não, — ele disse, agarrando seus pulsos, os ossos


delicados sob seu toque. — Eu gostaria que você me permitisse cuidar de você. — Foi um desejo cru, esta necessidade que ele teve de assegurar que ela não estava machucando a si mesma. Ele não entendia isto, nunca tinha sentido como é. Lara sacudiu a cabeça. — Eu não posso fazer isto. — Prendendo a respiração, ela empurrou contra ele. — Você pode ser meu amigo, Walker. Mas não tem quaisquer outros direitos, você não os quer. — Lara, — ele começou, continuando a manter seu aperto, mas ela sacudiu a cabeça de novo. — Você foi honesto comigo, então vou ser honesta com você. O tipo de direitos que quer, o tipo que está tentando reivindicar? Eles são direitos íntimos. — Molhado brilhava nas profundidades expressivas dos seus olhos. — Eu não posso dá-los a você. Pertencem ao homem com quem construirei uma vida, ter filhos. Desta vez, quando ela puxou, ele liberou seus pulsos, observou-a partir. O spray da cachoeira estava frio na sua pele.

O dia após a execução da pesquisa de vigilância, Sienna


se encontrou com tempo nas mãos. Ciente que Hawke estava ocupado organizando algo com DarkRiver, ela decidiu que em vez de ceder a sua frustração ao ser fechada por causa de sua categoria, ela ia fazer uso produtivo do seu tempo como ir falar com Sascha. Quando saiu do bosque perto da cabana, foi para ver a empata caminhando de volta e para frente da casa que compartilhava com Lucas. — Obrigado por concordar em falar comigo. — Silêncio. — Uma mão em concha na sua bochecha por um momento morno. — Você sabe que é sempre bemvinda. — Onde está Lucas? — Era um dado que ele não estaria longe com Sascha agora apenas alguns dias de sua data prevista. Sascha ergueu um dedo aos lábios, depois apontou para cima. Seguindo o olhar da cardeal, Sascha encontrou uma pantera preta envolta em um sono gracioso sobre um dos espessos galhos que sustentava um ninho que o casal planejava voltar depois de Sascha se recuperasse do parto. — Uau, — Sienna sussurrou, nunca tendo visto Lucas antes na forma animal. — Ele é bonito. O rabo do gato acenou preguiçosamente. Sascha riu. — Ele te ouviu, está só cochilando. Ficou


esfregando as minhas costas a maior parte da noite. — Você não deveria estar sentada? Uma carranca escura. — Sienna, não faça te golpear. — Eu não sei muito sobre gravidez além dos fatos, ou o que aprendi de estar perto de você, — ela admitiu. — Eu não estive lá quando minha mãe estava grávida de Toby. — Não, ela havia estado presa em uma prisão telepática criada por um mestre do combate mental. Terrível como isso foi, ela não o mudaria – porque Ming a treinou na sua própria imagem, ensinou-lhe as habilidades para lutar contra aqueles que machucariam seu irmão, sua família, seu bando... seu homem. — Então estamos no mesmo barco. — Uma mão apoiando suas costas, Sascha estendeu a mão para dobrar o cabelo de Sienna atrás da orelha. — Você queria conversar, gatinha? Sienna ergueu os olhos para Lucas, baixou a voz. — Ele pode nos ouvir se mantivermos o volume baixo? — Receio que sim. Ele tem ouvido morcegos estes dias. A pantera fez um som baixo resmungando, mas não deixou seu galho. Tanto quanto respeitava o alfa leopardo, Sienna não teve certeza que estava confortável discutindo este tema em particular com ele no alcance auditivo. — Tudo bem. Você


precisa relaxar de qualquer maneira. — Conversando com você é dificilmente um esforço. — Um olhar de repreensão. — Luc será uma esfinge, você não vai, gatinho? — O estrondo de seu companheiro respondendo fez Sascha sorrir. — Ele está se sentindo muito mal-humorado esta tarde. Precisando de respostas, Sienna decidiu perguntar suas questões e confiar na discrição de Lucas. — Com Hawke, — ela disse, caminhando com Sascha enquanto a empata continuava seu ritmo fácil, — Eu... algo aconteceu. — Embora estivesse na sua natureza ser particular, ela compartilhou a essência do que havia acontecido entre eles na noite do ataque. — Ele tem estado ocupado desde então, mas até quando nós temos chocado um no outro, ele não fez um único movimento – é como se seu lobo estivesse observando, mas para o que, eu não estou certa. — Hmm. — Sascha esfregou sua barriga, sua cabeça inclinada em um ângulo de escuta. — Oh, bem, sim. Sienna olhou da empata para seu companheiro. — Vocês tem uma ligação telepática? — Extraordinário. —

Ele

tem

crescido

exponencialmente

durante

a

gravidez. — Cavando a ponta de uma das mãos nas costas enquanto embalava seu abdômen com a outra, ela estourou uma respiração. — Eu penso que Lucas está certo, ele diz que Hawke está esperando por você ir para ele.


— Ele não é o tipo de homem que espera. — Se Sienna sabia uma coisa, era esse fato imutável, que era por que sua súbita distância alerta deixou-a muito no mar. — Sascha, — ela disse, notando o estremecimento no rosto da empata, — suas costas estão machucando você. — Vai ser pior se me sentar. — Recusando o gesto de Sienna em direção à mobília de vime ao ar livre, Sascha continuou a caminhar. — A coisa é, Hawke precisa saber que você está fazendo um escolha consciente para estar com ele, mesmo compreendendo que não vai ser uma estrada fácil – embora eu não tenha nenhuma dúvida que sua paciência será posta de lado por sua arrogância muito em breve e você se encontrará caçada. A pantera negra pulou do seu galho para ficar contra o lado de Sascha quando ela completou aquela declaração seca. Sorriso curvando seus lábios, a empata acariciou a mão sobre aquela

cabeça

orgulhosa.

ainda...

Um

grito

surpreendido, líquido jorrando por suas pernas. E Lucas estava trocando em faíscas selvagens de cor. — Sascha, sua bolsa acabou de romper? — Atordoado olhos verde-leopardo. — Eu estava tendo pequenas contrações desde o meio da noite passada, — Sascha admitiu, arfando. — Eu não quis chamar Tamsyn muito cedo. Subindo

sem

outra

palavra,

Lucas

juntou

sua


companheira nos braços, levando-a sem evidência de tensão. — Sienna. — Estou nisso. — Grata que tinha o número da curandeira DarkRiver no celular, ela apunhalou no touchpad do seu celular, perdida. Tentou novamente. A resposta tranquila de Tamsyn regulou seu próprio coração frenético. — Eu quero que você entre, — A curandeira disse,

cronometre

suas

contrações,

me

mantenha

atualizada. Você pode fazer isto? Sienna assentiu, então percebeu que Tamsyn não podia vê-la. — Sim, sim, claro. — Ela era um Cardeal X e um soldado

SnowDancer.

Podia

cronometrar

as

contrações.

Sascha estava tendo seu bebê! — Estarei aí em menos de dez minutos. Dirigindo-se para dentro, Sienna bateu na porta do quarto antes de entrar. Lucas havia puxado em um par de calças de moletom e se sentou atrás de Sascha na cama, um mão enredada com a dela, a outra acariciando seu abdômen com cursos calmantes. — Quanto tempo até Tammy chegar? — Menos de dez minutos. Sascha piscou. — Tão logo? — Você acha que sou um idiota? — A voz de Lucas foi um grunhido, seu toque insuportavelmente suave. — Sabia que estava tendo contrações, mulher teimosa.


Sascha riu, então estremeceu. — Oh, aqui vamos nós de novo. Sienna começou a cronometragem.

Sascha sentiu outra contração construindo quando Tammy entrou pela porta, uma presença competente, serena. — Estou tão contente por te ver. — Ela estava tão certa que tinha programado certo, mas seu próprio corpo decidiu replanejar as coisas. — Eu nunca estive muito longe, — A curandeira disse com um sorriso enquanto verificava o andamento do trabalho, seu toque gentil e capaz. — Sienna está na cozinha com Nate. Está juntando comida para as pessoas que ela sabe que vai começar

a

visitar

qualquer

minuto

essa

garota

é

terrivelmente eficiente. — Eu pensei, — Sascha disse, agarrando o tópico para manter sua mente fora da agitação das ondas de dor, — que ela ia desmaiar quando minha bolsa rompeu. — Não, isso foi eu, — Lucas rosnou perto da sua orelha. — Agora, lembre-se, não tente mais merda, faz como nós praticamos. Dirija a dor pelo elo de companheirismo e para mim.


Ia contra tudo na natureza de Sascha causar-lhe dor, mas soube que nunca a perdoaria se não o permitisse ajudá-la por isso. — Você tem uma postura médica terrível. Um beliscão na sua orelha. — Esta é a minha primeira vez. Seu coração floresceu. — Eu também. — Prendendo a mão dele quando seu abdômen ondulou, ela desviou a dor ao longo do elo de companheirismo para a pantera que a segurava tão forte, tão perto. Seu corpo estremeceu antes que ele silvou fora um fôlego. — Jesus Cristo. De repente tenho novo respeito para as fêmeas da espécie. Tamsyn bufou. — Você ainda não viu nada, buckaroo. — Olhando para Sascha, acrescentou, — Acho que ajudaria se você caminhar por algum tempo. Nate manterá todos na parte de trás da casa se você quiser ir lá fora. — Sim, está bem. — As próximas horas foram as mais assustadoras – e mais maravilhosas – da vida de Sascha. Exausta, seu cabelo aderindo ao lado do rosto, ela agarrava a mão de Lucas e montava fora as contrações que chegavam progressivamente mais longas e mais próximas, até que não podia ficar em pé. Ele tomou a maior parte da dor, sua pantera, mas seus músculos doíam, muitos fios de geleia no seu corpo. — Oh querida, — Ela disse no final da terceira hora.


— O quê? — Tammy e Lucas perguntaram de uma vez, aguda preocupação em suas vozes. — O bebê está decidido que quer ficar onde está. — Sascha podia sentir sua raiva contra as atuais circunstâncias claro como o dia. — Não está impressionado por tudo isso apertando e empurrando em toda parte e nós podíamos por favor parar. Os olhos de Tamsyn se arregalaram. — Nossa, todo mundo sabe que os bebês devem se sentir assim, mas você realmente sabe. Desde que você faz – vai ter que convencer o queridinho a vir para fora. O corpo dele está pronto. Sascha tocou a mente do seu bebê. Também é morno nos meus braços, ela persuadiu. Seu papai está esperando para te beijar, te acariciar. Você não quer isto? Uma negativa vocal, por tudo que seu filho não tinha nenhuma palavra ainda. — Vamos, princesa, — Lucas murmurou com sua voz profunda, acariciando o abdômen de Sascha com mãos fortes e amorosas quando ela deitou com suas costas para o peito dele, — você sabe que eu estive esperando muito tempo por você. Como é que vou te segurar se ficar aí? O bebê não ficou seguro, mas Sascha sentiu uma leve hesitação. — Continue falando, — ela disse, continuando a tranquilizar seu filho com seus próprios murmúrios amorosos até que outra contração curvou suas costas.


O bebê estava chocado, assustado. Você está seguro. Você está seguro. Ela embrulhou-o em um cobertor quente de amor. Eu tenho você, meu bebê. — Desta vez, — Tamsyn ordenou, — empurre. — Ouvi isso, princesa? — Lucas sussurrou, apertando os lábios para testa de Sascha. — Ajude a sua mamãe para fora. Seu filho ainda não tinha certeza que eles sabiam o que estavam falando, mas ele estava pronto. Só em cima da hora. A contração seguinte quase ergueu Sascha fora da cama. Ela esqueceu tudo sobre direcionar a dor, tudo sobre fazer qualquer coisa exceto empurrar, seu aperto na mão de Lucas uma armadilha de aço. — Mais um vez, — A voz encorajadora de Tammy. — Vamos, amada. Quando Sascha estremeceu, tentou respirar, Lucas enredou os dedos com aquela da sua outra mão também, inclinou-se para pressionar os lábios a sua orelha. — Eu tenho você, Sascha querida. Aquelas foram as últimas palavras que ela ouviu antes de empurrar um última vez, e de repente, seu filho não estava mais dentro dela, seus gritos furiosos enchendo o ar. Nosso bebê. Seu coração apertou, e sentiu Lucas parar de respirar.


— Vá cortar o cordão, — Ela o encorajou, sabendo que ele estava dividido entre a necessidade de abraçá-la e embalar seu bebê. — Vá. Deslizando por detrás dela com cuidado, ele seguiu as instruções de Tammy para cortar o cordão. A maravilha no seu rosto quando tomou seu filho berrando nos braços foi um presente para o coração de Sascha, um momento que ela nunca, jamais esqueceria. — Calma, doce querida. — Um murmúrio profundo que caiu tanto sobre a mãe quanto a criança. — O papai está com você. — Quando ele ergueu os olhos, aqueles olhos verdes selvagens brilhavam com tal amor protetor que ela soube que seu filho nunca iria, por um único minuto, sentir-se indesejado, mal amado. Dedos tremendo, ela abriu os primeiros botões da sua blusa de maternidade. Lucas moveu-se para deitar a pele do bebê para arranhar contra a dela sem uma palavra. Lágrimas escorrendo pelo rosto, Sascha segurou o frágil corpo do bebê deles enquanto seu companheiro segurou sua bochecha e tocou sua testa na dela. — Deus, eu te amo. Seu riso foi lágrima molhada. — Mesmo que agora você tenha conseguido sua pequena princesa? O sorriso de Lucas dobrou suas bochechas, trouxe o felino para seus olhos. — Eu disse a você que era uma menina.


Capítulo 25 Sienna sentiu como se tivesse estourado fora de sua pele quando ouviu o primeiro grito do bebê. A porta do quarto abriu o que pareceu anos mais tarde para revelar Lucas segurando um pequeno – muito pequeno – pacote envolto em um

cobertor

branco

suave.

Os

sentinelas

e

suas

companheiras, todos os quais chegaram às últimas duas


horas, lotavam a cabana. — Eu gostaria que vocês, — Lucas disse, seu sorriso tocado com uma ternura feroz, — conhecessem a senhorita Nadiya Shayla Hunter. Dorian espiou o bebê. — Eu posso segurá-la? — Não flerte, — Lucas disse enquanto dava o bebê ao sentinela loiro, que imediatamente ficou cercado por sua companheira

assim

como

as

companheiras

dos

outros

homens. Roubando o recém-nascido para um afago, as mulheres finalmente entregaram-lhe para um carrancudo Dorian antes de deslizarem para ver Sascha. Risos derivaram para fora do quarto logo depois. Decidindo aproveitar-se do menor número de pessoas entre ela e o bebê, Sienna fez movimentos estratégicos ao redor da sala até que acabou ao lado de Mercy – que tinha roubado Nadiya de Nate, que tinha roubado de Clay, que tinha roubado de Dorian. — Aqui, — Mercy disse, — você quer segurá-la? — Estou apavorada. — Era a primeira vez na sua vida e ela já tinha dito isto em voz alta. Rindo, Mercy mostrou a Sienna como sustentar a cabeça do bebê, e então Nadiya estava nos seus braços. — Ela é tão pequena. — Deixando de lado o cobertor, ela olhou para aquele rosto em miniatura, aquelas mãos cerradas com seus


dedinhos e unhas minúsculas. O bebê de Lucas e Sascha tinha dormido durante a adoração, mas ela acenou com seus punhos agora antes de acomodar de volta. Sienna ficou fascinada, poderia a observar por horas. Ciente, no entanto, que todos na sala queriam segurar o recém-nascido, ela relutantemente renunciou-a para Vaughn. O sentinela jaguar tocou um dedo suave no nariz da criança adormecida. — Oi, pequena Naya, — disse ele. — Você não é uma linda querida? Lucas sorriu. — Isso é que Sascha pensou para um apelido, também. — Estendendo a mão, ele pegou o bebê das mãos cuidadosas de Vaughn. — Vamos, princesa. Mamãe está já sentindo falta de você – você pode quebrar corações mais tarde. Todo mundo riu. E esse foi o som que Sienna mais lembrou quando descreveu os eventos para os companheiros SnowDancers mais tarde naquela noite. — Nós obtivemos uma mensagem que tanto a mãe quanto a criança passam bem, — Hawke disse, encostado ao balcão da sala comum onde eles tinham se reunido, — mas achei que era melhor eu não descer por enquanto. Sienna, sentada em uma mesa oposta a ele, teve que lutar contra o desejo de levantar-se, cruzar a distância entre eles, e reiniciar o contato que tinha faltado por mais de vinte e quatro horas. Agora que ela tinha o tocado, beijado, não podia


imaginar como sobrevivera antes. — Eu acho que essa é uma boa ideia, — disse ela. — Lucas está muito perto de seu felino agora. — Os olhos do alfa tinha sido os da pantera – uma pantera feliz, mas ainda uma coisa selvagem. — com quem o bebê parece? — Brenna perguntou ao seu lado, nervosa com entusiasmo. — Minúscula com seus olhos enrugados fechados. — Marlee pareceu assim também, — Walker disse quando as risadas enfraqueceram. — Ela chorou como se tivessem roubado seu brinquedo favorito dela, tanto no plano físico como no psíquico. Judd olhou para o irmão. — Ela era alta. Sienna não soubera que seus tios ambos tinham estado ao redor no momento do nascimento de Marlee. Antes que pudesse perguntar sobre isto, Brenna tocou a coxa de Judd, onde ele se sentou ao lado dela. — Como eles lidam com o parto na Net, honeypie? — A última palavra foi claramente uma piada particular, porque Judd estendeu a mão para tocar os lábios de sua companheira, dizendo, — Lembre-se das regras. Foi Walker que respondeu a pergunta de Brenna. — Um forte telepata, — ele disse de onde estava sentado no lado esquerdo de Sienna, — vai aliviar a mãe em um estado quase inconsciente enquanto ele ou ela assume o comando da mente do feto pela duração do trabalho de parto.


Um longo silêncio. Sienna não sabia disto, encontrou-se perguntando, — Não machuca o bebê? Walker sacudiu a cabeça. — É algo que nossa raça costumava fazer antes do Silêncio – os telepatas são treinados para lidar com mentes em desenvolvimento. Tivemos que apresentar algo desde que mulheres na hora do parto são incapazes de neutralizar a dor em qualquer nível. Sienna acreditou nele sobre o processo de nascimento não prejudicar o feto – Psy se importavam muito com a mente para arriscar algo prejudicial. — Eu penso que eu ouvi Tammy dizer que Sascha estava conversando com seu bebê para convencê-lo a sair. Não seria esse tipo de conexão digna da dor? — Seu olhar pegou o de Hawke naquele momento, entreviu a emoção escura e inominável no azul-lobo. Ela soube sem perguntar que ele estava pensando sobre sua companheira, dos filhos que nunca teria com ela. Mas pela primeira vez, Sienna não se afastou, não se rendeu a um fantasma, ela tinha ouvido, aprendido, então sabia que enquanto isso era mais difícil que em um acasalamento, changelings podiam e tinham filhos em relacionamentos comprometidos e em longo prazo. Os olhos de Hawke se estreitaram no desafio no dela. Mais tarde, depois que todo mundo saiu da sala, ele estalou os dedos ao redor do seu pulso, puxou-a para perto e sussurrou,


— Você tem certeza que quer brincar com o lobo, pequena? Seu estômago deu uma cambalhota, mas estava pronta. — Tem certeza que está pronto para lidar com uma X, lobo?

Capítulo 26 Quatro horas mais tarde, em um complexo fortificado no sul da Austrália, Tatiana Rika-Smythe olhou para imagens dos destroços do que uma vez tinha sido uma escultura de mármore sólido. O custo da peça – minúsculo – era de nenhuma relevância. A destruição foi uma mensagem, e como isto, atingiu a marca. Ela usou o painel de comunicação para inserir uma chamada para Henry. Não iria até sua residência em Londres, então ela o localizou através da PsyNet. — Você... — Ela começou quando ele respondeu sua chamada psíquica. — Eu não posso ter esta conversa agora, Tatiana, — Ele interrompeu sem qualquer tentativa de cortesia e desapareceu de volta em sua mente.


Tatiana não estava acostumada a ser rejeitada, mas também não era estúpida. Saindo da PsyNet, ela trouxe o feed do satélite espião que usava para obter informações sobre Henry, tendo aumentado sua vigilância nele depois que ele tinha começado a agir de imediato que sugeria que tinha se tornado a força motriz na parceira dos Scott. Um atraso de dois segundos e as imagens entraram em foco nítido. A residência de Henry em Londres estava desmoronando. Lento o bastante que ela podia ver que tinha sido evacuada, mas não existia maneira de salvá-la. As cargas tinham sido colocadas com precisão cuidadosa – o que implorou a pergunta de como alguém podia ter contornado a segurança de Henry para conseguir chegar tão perto do edifício. Certa agora que haveria um terceiro local alvo, ela começou a alternar pelos canais de notícias. Levou só alguns segundos para achá-lo. A nova torre de escritório de Shoshanna parecia espetacular enquanto o vidro caia em ondulantes folhas azuis a partir de suas janelas. O edifício ficou um esqueleto em menos de um minuto, seus ossos de metal cintilando sob o sol do deserto implacável. A conclusão foi clara – os Scotts subestimaram os changelings. De novo. Apanhando seu celular, ela enviou a Henry uma mensagem de texto, o método de comunicação uma indicação


de exatamente quanto ela estimava a mente dele no momento. Deixe-me fora disto.

Henry recebeu um telefonema três minutos após a mensagem curta de Tatiana. — Um erro de cálculo, — a voz masculina disse. — Mas melhor agora do que mais tarde. — Então, — disse Henry, — você não planeja retirar-se? — Não.


Capítulo 27 — Nós poderíamos ter-lhes dado uma pausa, — Hawke disse a Riley, Riaz, e Indigo enquanto estavam em um penhasco com vista para o território SnowDancer quatro dias após a retaliação, — mas eles conseguiram em um aspecto. Nós estamos operando em alerta máximo, quanto tempo podemos manter isso até nosso pessoal começam a se esgotar?


— Eu tenho uma ideia. — Os olhos de Riley varriam a clareira abaixo, e Hawke sabia que ele estava procurando a sentinela de plantão. — Um soldado pode manter esse ritmo por uma semana sem começar a errar, deixamos cada um por cinco dias, então os trocamos com um soldado de um dos outros setores. Logo em seguida, um lobo trotou por toda a terra verdejante abaixo e no grosso estande de abetos que parecia se expandir para o horizonte. Tai, pensou Hawke, identificando o colorido grande lobo moreno. — Isso pode ser feito sem sacudir sinais de aviso? — Eles podem trair qualquer indício de fraqueza. — Fazemos isso em etapas, — Indigo disse, olhos homônimos ainda mais intensos ao sol da montanha. — Definir de uma forma que os mais próximos ao território da toca são movidos primeiro, aqueles que estão mais longe vão se aproximando para tomar seus lugares. Nós fazemos do jeito certo, ninguém nota qualquer diferença, os Psy com certeza como o inferno não podem distinguir um lobo de outro, quando estamos na forma animal. — Exceto por você, — Riaz murmurou para Hawke. — Porque você tem o mau gosto de ser de uma cor que grita ‘Aqui estou, atire em mim agora’. — Vamos ver quem é o alvo quando a neve cai, que tal?


— Hawke virou uma fração para receber os lobos selvagens trotando até o topo. Eles se agitaram entre Indigo e Riley, em ambos os lados dele, para pressionar contra suas pernas. — Mimado. — Indigo disse, balançando a cabeça. — Eles acham que você é deles. Hawke deixou seus lábios se curvarem um pouco. — Façam a rotação. Mas reduzam os deslocamentos para quatro dias espalhados por uma semana, eu quero todos descansados se tivermos que entrar em modo defensivo completo. Podemos fazer isso funcionar? Riley e Indigo assentiram, embora tenha sido Indigo a falar. — Eu acho que pode realmente funcionar melhor assim. — Ela rosnou quando um dos lobos selvagens empurra com muita força. O lobo recua. — E quanto aos gatos? — Riaz perguntou, abaixando-se para brincar de briga com outro lobo. — Eles vão precisar de mão de obra extra na cidade? — Eu falei com Mercy sobre isso, — disse Riley, — e nós estamos dividindo tarefas a menos que algum de vocês discorde. Os leopardos vão se concentrar em São Francisco enquanto nós tratamos do resto. Também estamos alinhando nossos sentinelas ao invés de dobrar em alguns pontos, nós vamos começar a tratar as terras DarkRiver e SnowDancer


como um grande território. Ninguém

discordou,

e

por

um

momento,

eles

simplesmente ficaram ali, olhando para o verde florescente do vale, as esguias agulhas dos pinheiros, os irregulares picos das montanhas beijados pela neve. Era um belo pedaço de terra, porém mais, era a terra do coração deles, cantando uma canção de boas-vindas para qualquer lobo perdido ou ferido. — Nós lutamos, — Hawke disse calmamente. — Por todo o caminho.

Certeza que você está pronto para lidar com uma X, lobo? A operação contra os Conselheiros e o tempo que se seguiu em ele passou ajudando a manter a segurança, junto com suas outras responsabilidades como alfa, combinando com os deveres programados de Sienna, o impediram de acompanhar em seu desafio descarado, mas Hawke estava pronto para caçar hoje. Infelizmente, Judd tinha outras ideias. O macho Psy entrou em seu escritório assim que ele estava prestes a sair. — Precisamos discutir o acampamento PurePsy

na

América

do

Sul.

Usando

o

painel

de

comunicação na parede, ele mostrou imagens de vigilância de um lado, um mapa do outro.


— O quanto recente isto é? — Hawke perguntou ao seu lado. — Do início desta manhã. Eu mantive um olho constante em qualquer e todos os movimentos desde que tomei conhecimento de sua finalidade. Bem escondida nas montanhas, Hawke sabia que a pequena — aldeia era um centro de treinamento para aumentar o exército de fanáticos de Henry Scott. — Como discutimos quando eu os localizei, — Judd continuou, — não faz sentido eliminar ou desativá-los no momento. —

É

melhor

saber

onde

os

bastardos

estão

se

escondendo,— Hawke murmurou, dando zoom em uma fotografia aérea tirada por um falcão em forma animal. Judd perguntou se Hawke tinha pensado tão adiante ao negociar a aliança com Windhaven. Sabendo a maneira como a mente do alfa trabalhava, Judd não ficaria surpreso. — No entanto,— acrescentou,

puxando uma sobreposição que

mostrava a população dentro do acampamento, — houve um significativo aumento em seus números nas últimas três semanas. Eles também começaram a trazer um grande número de armas. As informações sobre o seu alvo continuam a ser a mesma. — A cidade, o território da toca. — Eles serão capazes de teletransportar todas aquelas


pessoas e armas a uma velocidade que pode ser perigosa para nossas defesas? Judd levou um momento para fazer os cálculos mentais. — Se eles tivessem um Arrow chamado Vasic, seria um problema. — Vasic era um Tc-V, o único teletransportador verdadeiro

na

Rede.

Ele

também

era

um

dos

Tcs

extremamente raros que poderia ir para pessoas, bem como para lugares. Como tal, ele teria descoberto os Laurens dois segundos depois de eles saírem da PsyNet se Walker não tivesse usado sua habilidade telepática considerável para criar e ensinar tanto Sienna quanto Judd como tecer um escudo deflectivo em torno de suas mentes antes da deserção. Seu irmão lidara com as crianças, apesar de Toby, Marlee, e com toda a probabilidade, Sienna, não mais precisavam daquele escudo, a aparência deles tendo mudado o suficiente para negar a Vasic uma ‘fechadura’. — Eu vi nenhum sinal dele na filmagem de vigilância, no entanto, — ele continuou, — e não há nenhuma indicação de que Henry tenha apoio dos Arrow. — Apesar do instinto de Judd dizer que pelo menos parte do esquadrão se encontraria compelido pela ideia de Pureza, de Silêncio inalterado, da promessa de paz da violência furiosa de suas habilidades. Hawke apanhou um relatório mais antigo. — Henry perdeu vários telecinéticos no último conflito com a gente.


— Sim, então mesmo uma estimativa generosa do número restante de sua unidade não lhe dá qualquer lugar perto da capacidade de mover o acampamento usando Tc. A lógica diz que ele vai querer guardar sua energia para o ataque, de modo que o acampamento vai se mobilizar por meios mais convencionais. — Aumentando o tamanho da imagem, ele apontou a pista meio completa. — Precisamos começar a pensar sobre como estamos vamos incapacitá-los quando chegar a hora. — Ideias? — Não é sutil, mas eu poderia trabalhar em equipar todo o lugar para explodir, me concentrando nas seções onde eles armazenam armas. — Ele pode se teletransportar disfarçado a noite, colocar os dispositivos, e ter partido com segurança sem saber de uma violação. — Se eu ligar os dispositivos a um sinal remoto podemos detonar quando necessário. Hawke mudou as imagens ao redor, abrindo terreno e mapas aéreos mais detalhados, a sobreposição da população. — A área é muito grande para você lidar sozinho, o teletransporte vai esgotá-lo,— o alfa disse por fim, mostrando uma compreensão das habilidades de Judd que, antigamente, a teria surpreendido. Isso foi antes de ele aprender que Hawke conhecia as capacidades de cada um de seus tenentes até cada elemento possível. — Além do atraso enquanto você se


recupera, uma segunda incursão aumenta as chances de descoberta. Judd tinha que concordar. — Tanto Alexei quanto Drew seriam adequados para este tipo de operação, mas é um risco ir com alguém que não pode se teletransportar para fora, embora eu possa lidar com um segundo indivíduo se as circunstâncias exigem uma saída rápida. — A outra questão que era mais problemática. — Os guardas vão estar em alerta constante para mentes não-Psy. Mesmo a sugestão de um intruso, e holofotes vão arder sobre o complexo inteiro. Sem mencionar

o

número

de

unidades

de

PurePsy

que

responderiam para montar uma pesquisa. Hawke limpou os mapas e trouxe à tona uma lista de nomes. — Psy nos clã. Quem tem o treinamento para fazer o que você precisa? Quando a família Lauren se juntou aos SnowDancer, Hawke nunca teria confiado a dois Psy uma operação tão crítica. Isto deixa Judd humilde, como os changelings tinham a

capacidade

de

aceitar

com

tanta

profundidade

e

honestidade. Uma vez do Clã, você tinha que trair a confiança deles no nível mais básico para ser expulso. Era, ele pensou, estranhamente parecido com a lealdade de sangue que ligada um Arrow a outro. Uma correlação estranha. — Walker é um telepata excepcionalmente forte, — ele


disse, — mas ele não teve treinamento no manuseio de explosivos. — Não, seu irmão fora treinado em algo muito mais sutil. — Ashaya não é militar. Nem o são Faith ou Sascha, muito além do estado físico atual de Sascha. Ele trouxe à tona uma tela separada. A mulher nela não era do Clã, mas estava ligada a um grupo que se provara amigável. — Katya Haas teve alguma instrução militar, a partir do que fui capaz de descobrir, mas não o suficiente para torná-la adequada. — Eu não acho que Santos gostaria da ideia de qualquer maneira. — Hawke esfregou o queixo enquanto nomeava o marido de Katya, — o diretor da Fundação Shine. — Você confia em qualquer um de seus outros contatos? Judd

pensou

no

Fantasma

e

suas

prioridades

enigmáticas. — Não. — Então, ele acrescentou outro nome para a lista de Psy que eram do Clã. — Ela tem tanto o treinamento quanto a habilidade psíquica para escapar da detecção. — Não. — Seco. Sem espaço para concessões. — Eu não posso acreditar que você sequer sugeriu isso. — Ignorando quem e o que ela é, — Judd disse, lutando contra sua própria necessidade instintiva de proteger a garota que se parecia tanto com sua irmã perdida, — é mais perigoso do que levá-la para uma operação. — Sienna não era apenas


uma ferramenta poderosa, ela era disciplinada e sabia como obedecer a ordens em uma situação tática. — Há uma razão para Maria se sentir compelida a desafiá-la. Você sabe disso e eu também. Hawke fora chamado de bastardo frio mais do que uma vez. Mas nunca quando se referia a aqueles que eram seus, ele valorizava a vida de cada um dos membros de seu clã, se entregaria por eles sem pestanejar. — Eu não envio novatos em situações que podem ser fatais. — Não é disso que se trata. O lobo de Hawke se irritou com o desafio silencioso. — Eu não mandaria Maria ou Riordan, mesmo Tai, nesta situação. — Nenhum dos três passou dez anos vivendo com Ming LeBon. — Judd continuou falando enquanto a visão de Hawke ficava lupinamente brilhante. — Ela foi ensinada a lidar com explosivos quando tinha nove anos de idade. Hawke virou a cabeça para enfrentar o ex-Arrow. — Nem mesmo na Rede fariam isso com uma criança. — Sim, eles fariam. — Judd olhou para as paredes de pedra com intensidade penetrante. — Qual a melhor maneira de ensinar controle a uma criança do que colocá-la em uma sala projetada para explodir com ela dentro se fizer alguma coisa errada.


O lobo de Hawke queria atacar ferozmente os bastardos que torturaram Sienna, sua raiva deixando sua voz quase ininteligível quando rosnou, — Droga, Judd. Você era um Arrow! Judd se encolheu. Foi uma reação tão leve que Hawke só a pegou porque seu lobo estava observando o outro homem com o olhar de um predador. — Nós não podíamos correr o risco de deserção quando Marlee e Toby eram bebês. — Palavras tão precisas, que estavam revestidas em gelo. — Havia uma grande probabilidade do rompimento da ligação com a PsyNet, e nós sempre soubemos que teríamos que fazer isso para realmente escapar, os mataria imediatamente. Um abridor de carta de metal voou da mesa de Hawke e se prendeu a parede de pedra, o cabo tremendo com a força do impacto. Judd fechou seus olhos, fechou suas mãos. Demorou mais de dois minutos para falar novamente. — Nós tivemos que esperar. — A frieza nessas palavras traia o custo pago por essa espera. Com um lobo, Hawke o teria apertado no ombro, o arrastado para um abraço. Mas Judd não era lobo. Agarrando o cabo do abridor de cartas, ele o puxou para fora com um grunhido e o entregou ao macho Psy. — Extravase. O abridor de cartas começou a torcer metodicamente em uma forma complicada, antes de ser esmagado em uma bola


irreconhecível de metal, que Judd começou a bater na parede de novo e novamente usando sua telecinese. Lascas de pedra voaram para o chão. — Sienna sabia que ela seria resgatada? — Hawke perguntou quando julgou que o macho Psy era capaz de falar novamente. Sabia que ela não fora abandonada? — Não. Não por muito tempo. — Judd pegou a bola distorcida, a segurou em sua mão. — Ela era muito jovem, e passou a maior parte de seu tempo com Ming. Nós só podíamos confiar nela com o plano uma vez que seus escudos estivessem fortes o suficiente para esconder seus pensamentos dele. Hawke imaginou Sienna como uma pequena menina com olhos cardinais da luz das estrelas e cabelos do vermelho mais escuro; pensou, também, no medo que deve ter roubado seu fôlego, apertou-lhe o peito enquanto ela estava trancada dentro de salas cheias de explosivos. — Um deslize de seu dom... — Era uma mentira a princípio, — Judd disse. — Ming não teria arriscado um cardinal X em tal acidente. Quando ela de fato cometeu um erro, eles desencadearam explosões calibradas para derrubá-la inconsciente e prejudicá-la o suficiente para que ela se lembrasse de ter mais cuidado da próxima vez.


As garras de Hawke se expuseram. — E depois? — Ela pediu para ser colocada naqueles quartos. — A bola de metal girou em rápida velocidade no ar. — Ela tinha que saber que estaria segura o suficiente para desertar com a gente. Hawke não sabia se queria estrangular Sienna por brincar com a sua vida dessa forma ou abraçá-la apertado, protegê-la do mundo. Exceto, claro, que isso era uma impossibilidade, ela era uma X, sua mente criada para ser uma arma. — Ela vai obedecer a suas ordens? Seu lobo arranhando-o com suas garras, mas mesmo ele sabia que a decisão era a mais acertada. — Sim. — Uma pausa enquanto a bola de metal parava suavemente sobre a mesa de Hawke. — As suas são as únicas com as quais ela já teve problemas. Sem medo, Hawke pensou. Mesmo depois de tudo que passou, Sienna nunca tive medo de enfrentá-lo. Bom. — Eu quero isso planeado até o último minuto, entrar e sair o mais rápido possível. Judd deu um aceno rápido, seus olhos mantendo uma determinação gelada, um eco das memórias. — Eu vou fazer o trabalho de preparação hoje. Eu prefiro reservar minhas energias psíquicas, por isso vamos voar amanhã de manhã para uma das cidades maiores. Eu posso nos teletransportar


pelo resto da distância após o anoitecer. Você quer entrar no planejamento? — Não. — Hawke sabia que seus instintos no que se tratava de Sienna ficariam no caminho. — Mantenha-me atualizado. — Eu vou chamar Sienna agora. — Judd. — Quando o tenente parou, Hawke se aproximou e o arrastou para um abraço bruto. Psy ou não, ele era um SnowDancer. — Obrigado por resgatá-la. — Por protegê-la quando Hawke não sabia que ela estava lá fora, sofrendo. Os olhos de Judd eram meia-noite quando ele se afastou. — Ela é mais forte do que todos nós. As palavras circulavam a mente de Hawke tempos depois de Judd sair, mas elas não tornaram sua decisão mais fácil de engolir. Ele estava prestes a enviar uma jovem mulher, sua mulher, a uma zona de risco.

Judd

precisava

de

sua

companheira

com

uma

ferocidade beirando a insanidade. Fazendo de tudo, menos arrastá-la de seu espaço de trabalho no núcleo de tecnologia


da toca, ele a puxou para seu quarto e a colocou contra a parede. Ela engasgou em seu beijo, mas cooperou quando ele rasgou suas roupas, quando abriu a frente de seu jeans e a levantou pelas coxas. Rápido demais, rápido demais, sua mente advertiu. Cerrando os dentes, tentou desacelerar. O sussurro foi um suave hálito quente contra seu ouvido. — Está tudo bem, está tudo bem. Venha para dentro de mim. — Brenna. — Penetrando em seu apertado, calor úmido em uma única investida forte, ele estremeceu. As unhas dela se cravaram em suas costas, as pernas em volta de sua cintura, e sua boca, tomou a sua, mantendo-o seguro enquanto ele se rendia a abrasadora profundidade de sua necessidade por ela. Depois, enquanto estavam deitados no futon, contou-lhe tudo. — Eu gostaria de poder protegê-la disso, mas se não dermos um escape para ela, vai levar a um nível perigoso de frustração. Brenna desenhava padrões em seu peito com um dedo. — Nós mulheres somos mais resistentes do que vocês homens imaginam. — Apoiando-se sobre um cotovelo ao lado dele, ela firmou a bochecha na mão. — Ela não precisa mais desse tipo de proteção, você está dando a ela o que ela precisa; apoio


para viver a própria vida. — Eu não interferi, mas essa coisa com Hawke... Eu não sei se ela está pronta. — Querido, nenhuma mulher algum dia vai estar pronta para Hawke. — Foi a mais seca das declarações enquanto ela se inclinou para pressionar um beijo carinhoso em sua mandíbula. — Mas pelo que posso ver, ela está se aguentando. Suas palavras, seu toque, o ancorava, o acalmava. — Eu preciso de você, — ele lhe disse, esta mulher que lutou por seu próprio direito de viver sua vida livre de limites, — para construir alguns dispositivos de detonação remota para mim. Olhos

castanhos

incríveis

se

lançaram

com

azul

perscrutando nos seus enquanto ela apertou o nariz no dele. — Você sempre diz as coisas mais românticas. Sua risada veio de dentro, enroscada com a dela enquanto sua companheira envolvia seu rosto e o tomava com uma ternura que o fazia seu escravo.


RECUPERADO CORRESPONDÊNCIA

DO

COMPUTADOR

PESSOAL,

PAI,

2

(A)

TAGS:

E-PSY,

AÇÃO

NECESSÁRIA MAS NÃO COMPLETADA DE: Alice <alice@scifac.edu> PARA: Papai <ellison@archsoc.edu> DATA: 11 de dezembro de 1973 11:23pm Assunto: re: Silêncio Querido papai, Sim, essa ideia de silêncio me perturba também. É por isso que eu tenho estado tão cautelosa em confiar ao arquivista Psy as minhas conclusões, existem certas correntes inferiores preocupantes na população Psy no momento. Mas a boa notícia é que um dos meus Es concordou em fazer algumas explorações ‘disfarçadas’ para mim, e você sabe que eu confiaria um empata com qualquer coisa. Ele diz que o que eu postulo deve ser fácil de ver. Se ele achar o que eu espero que ele encontre, então vou ter que descobrir como testar a teoria. Voltando ao Silêncio, George é um telepata, como você sabe, e ainda preciso conhecer um homem mais emocional. Mas mesmo ele diz que às vezes deseja as vozes ficassem em silêncio. Meus Xs são todos a favor dele, e não posso dizer que estou surpresa.


Você falou disso com seus colegas Psy? Com amor, Alice P.S. Não pense que me esqueci do seu aniversário. Eu tenho uma surpresa na manga.

Capítulo 28 SIENNA sentou-se num local tranquilo com vista para o lago várias horas depois do anoitecer. Ela ficou chocada quando Judd disse a ela sobre a próxima operação, mas não porque não poderia fazê-lo. O exercício seria relativamente livre de perigo, dada à força de seus escudos e o fato de que ela poderia debilitar qualquer um que a ameaçasse. Claro, o contato deveria ser evitado a todo custo, o objetivo deles sendo entrar e sair sem serem detectados.


Calor suave cobriu seus ombros. Assustada, ela se virou para ver Hawke. Foi o casaco que ele colocou sobre seus ombros. — Nós não conseguimos jogar o nosso jogo. — A parte dela que nunca tivera a chance de ser criança ficou amargamente desapontada. Ele sentou-se com uma mão apoiada no chão atrás dela, seus corpos perto o suficiente para que eles tocassem quadril com coxa... mais. — Vou manter. Recusando-se a deixá-lo se safar com isso, ela estendeu um punho. — Pronto? —

Você

está

tentar

me

bater

com

essa

mão

insignificante?— Completa descrença. — Ok, eu vou fingir que dói. Ela não iria rir. Fazer isso só iria alimentar a arrogância dele. — Tente outra vez. Franzindo a testa, ele estendeu seu próprio punho maior, sorriu. — Um, dois, três! — Pedra vence tesoura. — Era impossível conter seu sorriso. Um olhar muito lupino. — Melhor de três. Ela estendeu a mão,

fez a contagem regressiva.

Encontrou seu papel sendo cortado por uma tesoura. Rindo da


forma lúdica que ele fingia cortá-la, ela fez um punho novamente. — Última. Moveram as mãos em uníssono. Hawke sorriu para o resultado. — Bem, há pessoas que dizem que ambos temos pedras em nossas cabeças, então eu acho que isto é oportuno. — Fale por você. — Mas ela enrolou sua mão de volta dentro da jaqueta dele, deleitando-se com a masculinidade escura de seu perfume. — Judd me contou sobre a América do Sul.

Uma

pergunta

silenciosa

escondida

atrás

da

declaração. — Precisamos discutir isso. — Mais nenhum humor em sua voz. — Eu preciso ter certeza de que você não está apenas a bordo disso, mas capaz de fazê-lo. As palavras alfinetaram seu orgulho. Certa vez, ela poderia ter brigado com ele, mas ela não era mais aquela garota impetuosa, escondendo sua fragmentação mental atrás de uma máscara de rebelião. Em vez disso, ela considerou as coisas do ponto de vista dele: uma jovem soldado inexperiente entrando em uma operação que exigia o máximo de sutileza. Se ela estivesse no comando, teria as mesmas perguntas. — Sim, para ambos, — ela disse. — Judd não sabia até que eu lhe contasse esta tarde, mas eu fiz uma operação muito semelhante a esta em uma situação de treinamento.


Ele a acariciou, subindo a mãos pelas costas até a curva em torno de sua nuca, quente e forte, um choque para seu sistema. — Quantos anos você tinha? — Quinze, — ela disse sobre a explosão selvagem de sensações. — Ming me deu um resumo muito simples, entrar e sair de uma de suas instalações. Para passar, eu tive que ativar um número de dispositivos em locais diferentes e escapar sem ser detectada. — Quando Hawke permaneceu em silêncio, ela perguntou, — Você não quer saber se eu consegui? Ele moveu seu polegar em sua pele. — Você não teria permanecido a protegida de Ming se não tivesse. — Sim. — Arrepios em sua carne que nada tinham a ver com a temperatura. — Mas eu cometi um erro, escapei até mesmo da detecção de Ming. Levantando sem aviso prévio, Hawke se sentou atrás dela, puxando-a para dentro do círculo de seus braços, o suporte de suas coxas. — Tudo bem? — Uma pergunta íntima contra a curva sensível de seu ouvido. — Sim. — Exceto pelo fato de seu coração estava prestes a bater para fora de seu peito. — A aluna superou o professor, — ele disse, voltando à discussão sobre Ming. — Foi quando você soube que não tinha muito tempo de sobra.


Incapaz de resistir, ela enrolou uma de suas mãos ao redor do fio de força do antebraço dele, tocando os dedos sobre a veia que corria tão forte sob o calor de sua pele. — A ordem de reabilitação veio poucos meses depois. Todos os pedidos são oficialmente de todo o Conselho, mas os Conselheiros agem como indivíduos na maioria das vezes. A assinatura de Ming estava no nosso. Se ele descobrir que estou viva, vai fazer tudo que puder para se livrar de mim. — Eu não sei. — Músculos e tendões flexionaram sob seu toque quando ele a puxou para mais perto. — De acordo com nossa inteligência, Ming seguiu um par de pistas nos últimos meses. Ele pode decidir que é melhor ter você ao lado dele. — Eu o mataria, — Sienna disse com fria precisão. — No instante em que o tivesse na mira, eu o queimaria e o veria morrer. E eu o faria devagar, assim ele seria ferido por um longo tempo. Hawke não lhe disse que não era uma boa ideia, que a vingança a comeria viva. Em vez disso, ele se aninhou em seu pescoço, e disse: — Eu prefiro que você foque sua energia em ajudar o clã. Ela inclinou a cabeça para o lado em convite sem vergonha, a mão subindo para fechar sobre seu bíceps. — Eu faria qualquer coisa pelos SnowDancer. — Por você.


— Conte-me sobre a sua designação. — Beijos ao longo da linha de sua garganta. Os dedos dos pés enrolaram. — O que você quer saber? — Por que X? — O beijo de dentes. Em vez de se afastar, ela agarrou seu braço mais apertado. — Algumas pessoas dizem que é da palavra latina exardesco,

que

significa

'queimar

intensamente’.

As

palavras saíram roucas. — Acho que 'raiva' também é outra forma em que pode ser definida. Ele levantou a cabeça, e foi então que ela percebeu o que estava dizendo, o que traiu. Não admira que ele não quisesse tocá-la. Gelo em suas veias, ela endireitou-se e terminou a história, porque essa era a única coisa que podia fazer.

Dizia-se

que

uma

vez

fomos

chamados

os

incandescentes, por isso as raízes latinas fariam sentido. Mas eu sempre pensei que era por causa do que deixamos para trás quando ficamos supernova: nada. Hawke rosnou à autocondenação nessa última palavra. — Você me chamaria de monstro, Sienna? Ela tentou se lançar para cima e para fora do seu domínio. — Claro que não. Ele não iria soltá-la. — No entanto, eu matei. — Em defesa do seu clã, — disse ela, a mão segurando


seu

braço

mais

uma

vez,

o

toque

satisfazendo

uma

necessidade profunda até os ossos. — Isso é diferente. Ele não lamentava o sangue que derramara em defesa daqueles que eram seus, mas... — Isto deixa uma marca na alma, no entanto. — Quando eu era mais jovem, — ela disse em uma voz tão baixa que era quase inaudível, — o meu domínio sobre o fogo frio era irregular na melhor das hipóteses, Ming colocava aqueles que ele queria executar em um quarto comigo, e então usava todos os métodos psíquicos que possuía para me forçar. Era a sua maneira de me ensinar controle. — Uma respiração irregular. — Ele garantia que estivessem conscientes. Os gritos... Eu os ouço no meu sono, uma e outra vez, repetidamente. Hawke apertou a mandíbula para manter suas garras dentro do corpo, sabendo que não era o que ela precisava. — Isso é coisa dele, baby. Não sua. Nunca sua. Sienna abaixou a cabeça, seu cabelo deslizando para frente para esconder o rosto. — As pessoas pensam que depois da primeira morte, fica mais fácil. Nunca fica. — Não. — Ele percebeu então que esta não era uma conversa que deveria ter sido capaz de ter com uma mulher de dezenove anos. No entanto, isto não a tornava menos real, fazia as cicatrizes dela menos profundas.


Mergulhando a cabeça para empurrar o cabelo dela para trás e beijar o pulso latejante em seu pescoço, ele disse, — Vire-se, — sua voz áspera com a fúria crua de suas emoções. Um arrepio enquanto ela se virava para encará-lo de joelhos. A jaqueta escorregou, mas ele a colocou de volta ao redor de seus ombros, encontrando uma satisfação primitiva tanto em mantê-la quente e em tê-la coberta de seu cheiro. — Chega de falar de morte, — ele murmurou, deslizando a mão sob a seda fria de seu cabelo para envolver sua nuca, impulsionado pela necessidade selvagem de fazer tudo o que podia para livrá-la da tristeza. — Vamos viver. — Ele baixou os olhos para sua boca. Seus lábios se encheram sob o olhar dele, seu pulso batendo em um rápido tamborilar, que deixou seu lobo insano. — Medo? — Ele traçou as curvas cheias com um dedo. — Você morde mesmo. Um sorriso vincando seu rosto, ele segurou o queixo dela, pressionando para baixo com o polegar para separar seus lábios, e então ele a beijou. Não uma coisa doce e lúdica, mas uma exigência quente e molhada que fez um gemido escapar da garganta dela, seu corpo arqueando-se contra o muro de seu peito. Ele meio que esperava que ela recuasse como naquela noite fora da toca, mas seus dedos se fecharam nos ombros


deles, os lábios generosos e doces em sua boca voraz. — Você não deve me dar tudo o que eu quero, — ele repreendeu. — Por quê? — Porque isso me deixa ganancioso. — Acariciando sua mão sobre a garganta até o peito enquanto reclamava seus lábios novamente, ele curvou a mão sobre o inchaço exuberante de um dos seios. Ela congelou. Mordendo os lábios dela, ele passou seu polegar sobre o pico tenso que ele podia sentir através de seu fino suéter preto, teve a satisfação de tirar um suspiro chocado dela. — Agora imagine, — ele murmurou em seu ouvido antes de beijar aquela bela garganta mais uma vez, bebendo da intoxicação trêmula de sua excitação, — como vai ser quando eu esfregar seus mamilos depois de eu deixá-la nua. Sienna estremeceu. — Não pare. Acariciando-a desde o limite, ele tirou a mão do corpo dela, os lábios de sua pele, e a cutucou até que ela estava deitada de costas sobre a terra, sua jaqueta protegendo-a do frio. — Isto está te machucando? — Ele não sentiu qualquer indicação disso, mas precisava ter certeza. Um balançar rápido de cabeça. — Nós desativamos aquela camada de dissonância.


Aquela camada. O que significava que havia mais, mas eles não falariam sobre o assunto esta noite, porque esta noite, ele queria satisfazê-la, provocá-la, saciá-la. — Bela e problemática Sienna, — ele sussurrou, apoiando-se ao lado dela em um cotovelo e acariciando sua mão sob a parte inferior do decote em V de seu suéter para deitar sobre a suavidade firme de seu abdômen. Seus músculos ficaram tensos sob o toque dele, seus olhos escuros como a noite. — Isso é... — Uma respiração trêmula. — Posso tocar em você? Seu pênis, já duro como pedra, ficou insuportável diante da questão educada. Foi quando ele percebeu que não tinha paciência para brincar com ela, para introduzi-la a tempestade de

sua

sexualidade.

Não

hoje,

quando

seu

lobo

fora

empurrado até o limite pelo que ela compartilhara, a decisão que ele tomara. Mas, Sienna precisava descansar, preservar sua força para a operação. Gemendo, ele a beijou forte e selvagem, então rolou até ficar aos seus pés, arrastando uma Sienna perplexa com ele. Incapaz de se conter, ele envolveu seu rosto, tomou sua boca


novamente com calor possessivo. — Nós vamos terminar isto... outro beijo... mais tarde. — Uma mordida no lábio inferior. — Depois que você voltar. — Com isso, ele se inclinou, pegou seu casaco, e o colocou ao redor dela. Ele não estava pronto para o beijo que ela lançou sobre ele. Filho da puta. Suas mãos se apertaram nos quadris dela, a um passo de puxá-la para cima e contra o cume duro de seu pênis. A partir daí, seria cerca de dois segundos antes que ele empurrasse seu suéter até o pescoço, o sutiã rasgado para que ele pudesse deleitar-se em seus seios. Outros cinco, talvez dez, porque ele tinha a sensação de que seria ganancioso com seus seios, antes que ela estivesse presa nua contra a árvore mais próxima. Torcendo-se para longe da tentação dela, ele caminhou até a borda do planalto, mas ele ainda estava muito perto, a maturidade e o tempero dela permanecendo em boca, no ar, em sua pele. Dentes cerrados, ele desceu a encosta para o lago e foi para a beira da água para jogar o líquido gelado no rosto. Cristo! Seu lobo, embora normalmente não incomodado pelo frio, não se importou com o choque, mas estava no controle no momento em que Sienna se juntou a ele. Ele apontou um dedo


em sua direção. — Comporte-se, a menos que você queira estar nua e debaixo de mim em cerca de cinco segundos. — Ou talvez o lobo não estivesse no controle. Ela piscou os olhos, engoliu em seco, sacudiu a cabeça. — Eu não acho que estou realmente pronta. Nem ele. Era por isso que ele tinha gotas de água gelada escorrendo de seu pescoço enquanto se levantava. — Você gosta do lago? — Não foi a mudança mais sutil no rumo da conversa, mas ele não era exatamente o Sr. Suave agora mesmo. — Sim. — Ela se juntou ao ritmo dele. — É pacífico. — Eu costumava brincar aqui com os meus amigos o tempo todo quando criança. — Rissa adorava pular na água em forma de lobo. — Você a amou muito? — Palavras muito calmas. Embora tivesse manifestado a pergunta, ele poderia dizer pela forma como ela se manteve, com o rosto limpo de expressão, que esperava que ele lhe dissesse que não era da conta dela. Era o que ele teria feito, fosse qualquer outra pessoa da posição dela. Só que não era qualquer outra pessoa perguntando isso. Era a mulher que ele beijara até ficar sem sentido um minuto atrás, a mulher que ele estava enviando para uma situação potencialmente letal amanhã, a mulher que tinha um poder sobre ele desde o instante em que seus


olhos colidiram naquela clareira verde escuro no dia de sua deserção. — Nós éramos crianças, — ele começou, a voz rouca de memória. — Eu só a conhecia por três anos. — Eles passaram esses três anos na companhia constante um do outro. — Nós éramos dois dos sortudos, nos encontramos cedo. — Como você sabia? — Havia uma curiosidade profunda e assombrada em seu rosto, em suas palavras. — Que ela era sua companheira. — Eu sabia. — Era uma ressonância da alma, uma fome do coração, um doce acolhimento ao lar que ele sentia falta todos os dias desde sua morte. — Eu tinha cinco anos de idade quando ela nasceu e sete anos quando nos conhecemos. Lembro-me de andar pelos corredores com a minha mãe na primeira vez que a vi. — Mais tarde, minha mãe me disse que, de repente, eu apenas virei um corredor e comecei a correr. — Ela sempre ria quando contava essa história, a sua dotada mãe fez com seus olhos verdes marinhos e selvagem turbilhão de cabelos. — Ela ficou tão surpresa que decidiu me deixar seguir, ver o que era tão interessante. Até que eu corri para o berçário. — Tarah era a supervisora do berçário, então? — ela perguntou, nomeando a mãe de Indigo. — Não, e Evie sequer havia nascido. — Ele não podia


acreditar que tantos anos se passaram... Rissa se fora por todo esse tempo. — Minha mãe tinha certeza que eu tinha me metido

em

grandes

apuros

por

interromper

a

soneca,

especialmente quando ela me encontrou rindo com uma criança com cachos pretos grossos e olhos castanhos. Ele nunca se esqueceria da maravilha que florescera dentro dele quando Rissa lhe sorriu. Minha. Um pensamento cristalino. Como criança, ele não tinha conhecimento da profundidade a que esse sentimento um dia cresceria, naquela época, fora uma simples possessividade primitiva. — A curandeira daquele tempo me disse que aquela foi o mais cedo que

ele

soube

de

um

changeling

encontrando

sua

companheira. — Algumas pessoas levam anos para despertar um para o outro; Drew e Indigo são os exemplos perfeitos. — Isso é tão bonito. — As palavras de Sienna cantaram com admiração. — Ela viveu a maior parte da vida sabendo que nunca estaria sozinha, que alguém iria pegá-la quando ela caísse. Hawke nunca considerara aquela luz, de modo que a curta vida de Rissa foi tocada apenas com a alegria, não tristeza. — Obrigado. — Sentir a ternura mais furiosa em seu coração por essa mulher que ostentava tantas cicatrizes em sua alma, ele acariciou a mão sobre a seda pesada de seu cabelo. — Fique segura. Temos algo importante para terminar quando você voltar.


LARA rastreou Walker pela manhã após Sienna e Judd deixarem a toca com tanta discrição, ela nunca teria sabido que eles partiram se não tivesse se levantado antes do amanhecer para checar Elias e os pegasse escapando. Quando ela confrontou Hawke, ressaltando que sua posição era tão alta quanto a de um tenente, ele lhe contou o que estava acontecendo. Agora, ela abriu a porta para a pequena área de trabalho que sabia que Walker havia comandado em uma seção

isolada

da

toca.

As

ferramentas

dele

estavam

ordenadamente ao longo de um banco que ele construíra com as mãos, enquanto o próprio homem estava em outro banco, lixando as bordas de uma cadeira de balanço tão delicada e graciosa, que ela soube que era para uma garotinha. — Você construiu isso para Marlee? Ele olhou para cima, tirando e colocando os óculos de segurança de lado. — Não. É um presente para Sakura. Era algo gentil para fazer para a menina cujo pai ainda não estava totalmente recuperado, o tipo de coisa que Walker fazia tantas vezes sem alarde ou qualquer expectativa de bondade em retorno. — Eu lhe trouxe uma coisa. —


Fortalecendo os ombros, ela atravessou o espaço entre eles para colocar uma caneca de café e um prato de torradas com manteiga no banco. Era o que ele preferia para o café da manhã. Ela sabia disso porque notava tudo sobre Walker Lauren. Deixando de lado a lixadeira, ele tirou o pó de suas mãos e pegou um pedaço de pão. Nenhum deles falou até que ele terminasse. — Ambos são profissionais qualificados, — ele disse, por fim. — Não há razão alguma para qualquer coisa dar errado. O nó no estômago se desenrolou ao perceber que ele não tornaria isto difícil. Foi ela quem se afastou... mas ela se arrependia de sua decisão a cada hora desde então. Ela sentia falta dele. Nenhum outro homem chegou perto de criar a profundidade de sentimento nela que Walker fazia com um simples olhar, uma simples palavra. Diante dessa conclusão indiscutível, ela cancelou todos os encontros futuros. Não era justo. Não para ela e não para os homens. Em

vez

disso,

ela

olhou

fixamente

para

o

seu

relacionamento com Walker e não apenas o que ele lhe dissera, mas o que fizera. Calmo e reservado Walker Lauren, que raramente falava com alguém, que vinha até ela noite após noite, lhe confiava coisas que ela estava começando a ter


certeza de que ninguém mais sabia. Não só isso, mas ele se importava com ela da mesma forma tranquila. Talvez as palavras fossem a verdade e suas ações uma mentira involuntária, mas Lara tomara a decisão de seguir com isto até o fim. Nunca ela queria olhar para trás e imaginar. Porque ele importava. Tanto. O suficiente para que ela estivesse disposta a tomar o maior risco de sua vida e continuar essa amizade que não era nada assim tão simples. — Você vai se preocupar da mesma forma, contudo, — ela disse. — Ele é seu irmãozinho, e ela podia muito bem ser sua filha. Olhos verdes pálidos se ampliaram a menor fração. — Judd ficaria surpreso ao se ouvir descrito de tal forma. Rindo à demonstração incomum de emoção, ela roubou um gole de café antes de passá-lo de novo. — Eu não vou contar se você não o fizer. — Concordo. — Ele tomou um longo gole antes de colocar a caneca ao lado do prato e se aproximar para envolver seu queixo. — Você está mais descansada. Sua pele ardia onde ele tocava. — Sim. — Eu fico contente. — Passando o polegar sobre o queixo, ele tirou a mão. — Fale comigo. Enquanto ele trabalhava, ela fez exatamente isso,


mantendo a mente dele de se demorar sobre o fato de que duas pessoas que ele amava estavam em perigo. Quando ele a tocava aqui e ali, se fosse um roçar acidental ou um ato deliberado enquanto a ajudava a se empoleirar no banco, ela reprimiu o impulso de exigir mais. Este homem, ele valia a pena esperar.

RECUPERADO

DO

COMPUTADOR

2(A)

TAGS:

CORRESPONDÊNCIA PESSOAL, PAI, AÇÃO NÃO REQUERIDA DE: Alice <alice@scifac.edu> PARA: Papai <ellison@archsoc.edu> DATA: 2 de março de 1974 às 10:18 pm ASSUNTO: <sem assunto> Querido papai, A minha conexão empática deu resultado. Ele confirmou a minha hipótese, embora tenha me contado que em todos os quatro casos, era quase impossível de detectar e ele o fez apenas porque sabia o que procurar, e mesmo assim, teve de gastar um tempo considerável estudando as mentes alvo na PsyNet. Minha conclusão preliminar a partir disto é que deve se relacionar de alguma forma a classificação dos Xs no Gradiente. Infelizmente, não tenho Xs além de 4,2 no


Gradiente no meu projeto, por isso não há maneira de provar. No entanto, eu decidi continuar para ver se posso projetar um teste para provar ou refutar a segunda parte da minha teoria. Claro, o Comitê de Ética vai demorar uma eternidade para dar sua aprovação, uma vez que vai envolver voluntários vivos. Nesse meio tempo, eu pretendo continuar com a minha pesquisa histórica. Eu adorei visitar a escavação. Eu já sinto falta de ambos. Com amor, Alice

Capítulo 29 Temos algo importante para terminar quando você voltar. Deitada sobre a terra sob uma noite sem lua e sem estrelas,

longe

de

casa,

o

ténue

ar,

as

montanhas

desconhecidas, Sienna manteve as palavras finais de Hawke por perto. Ele a beijou. Abraçou. Compartilhou uma parte importante de seu passado. Não só isso, mas ele a mandou nesta missão, aceitando que ela não era apenas mais um


jovem soldado, mas uma X-Psy afinada no fogo mais frio. Finalmente, ele a viu. Nós éramos dois dos sortudos—nos encontramos cedo. Lobos que perdiam suas companheiras nunca se vinculavam de novo. Era uma vez, e era para a vida. Isso importa? Sim. Talvez fosse egoísta, mas ela queria que Hawke fosse dela, para que visse um lar em seus olhos como ela via nos dele. Tempo. Pensamentos mudando para o modo marcial ao alarme psíquico, ela se levantou da grama depois de garantir que a área estava limpa e fez seu caminho em passos silenciosos para o primeiro alvo. Ela era boa nisso quando trainee de Ming, mas ela se tornara ainda melhor nos anos desde então. Com Ming, ela contava tanto quanto possível em suas habilidades psíquicas, enquanto que em SnowDancer, ela precisava manter uma controle de ferro sobre essas mesmas habilidades. Esta disciplina foi colocada em uso hoje. Ela era invisível para os sentidos psíquicos dos guardas. Ela sabia disso por que Judd havia testado seus escudos e ficado surpreendido o bastante

pela sua

eficácia para

perguntar como ela fizera isso. Quando ela lhe mostrou, ele


remodelou seus próprios escudos para coincidir com os dela. Não foi simplesmente por causa de seu status de X que Ming lhe tomou como sua protegida. Encurralando o sussurro de memória, ela completou sua tarefa e cruzou para a sombra do segundo armazém para mergulhar em um pequeno recesso. Um segundo depois, ela congelou quando a sentinela virou a esquina para ir em direção a ela, bem no horário. Pelo menos aqui, ela não precisava se preocupar em ser traída por seu cheiro; changelings tinha uma vantagem real nisso. Ocorreu-lhe que poderia ser por isso que Ming estava tentando localizá-la. Porque, apesar dela não ter contado para alguém ainda, seu instinto continuava circulando à suspeita de que Ming estava atrás dos quatro Tcs nas terras SnowDancer, não Henry. Henry não tinha razão alguma para reconhecer a distinta assinatura psíquica de um X. Ming, no entanto, só precisaria dar uma única olhada em qualquer relatório para saber. Ele a consideraria um tesouro de informações sobre os SnowDancers. O que ela era. Vá. Movendo-se ao comando interno, ela saiu quando a sentinela desapareceu de vista, mais uma vez, colocou o segundo dispositivo, e estava escondida atrás de outro edifício antes

que

ele

retornasse.

Ela

queria

se

comunicar


telepaticamente com Judd, verificar que ele estava seguro, mas eles decidiram por silêncio telepático, exceto em caso de emergência. Ser capaz de detectar comunicações telepáticas em andamento estava tão perto de impossível que a maioria das pessoas aceitava como tal. Mas havia alguns Psy raros que conseguiam captar a fraca energia psíquica exalada durante o ato. Curiosamente, ela teve sua primeira experiência disso com um não-Psy. Lucas aparentemente tinha DNA Psy em sua ascendência e sempre conseguia detectar atividade psíquica em sua vizinhança, telepática e de outra forma. Setor 7 concluído. Com essa nota mental, ela se deslocou para o setor 8. Judd ficou com os setores de 1 a 6, todos mais fortemente transitados que os setores que ele lhe atribuiu. Fazia sentido, já que ele podia se teletransportar para dentro e para fora e mais, ele fora um Arrow. Sienna conhecia suas próprias forças. Ela também sabia que Judd poderia quebrar o pescoço dela e nunca o veria chegando. Tempo.

Hawke decidiu dar o fora da sala de vigilância quando a


sempre calma Brenna quase rosnou: — Eles estão mantendo silêncio de rádio. Nós não ouviremos qualquer coisa, a menos que eles estejam em apuros. Percebendo que ele estava agitando o lobo dela, ele tocou as costas da mão em seu rosto e saiu de seu caminho, sabendo que ela o contataria no instante em que tivesse algo a relatar. Mas não havia maneira alguma em que ele pudesse sentar e esperar, mudando para forma de lobo, ele se dirigiu para a noite fria e clara. Enquanto corria, cumprimentando seus companheiros de clã de passagem, considerou as informações que Cooper enviara mais cedo naquele dia. — Eu ouvi rumores de armas descendo na área mais ampla da baía. — A mandíbula do tenente era uma linha brutal. — Eles aprenderam, Hawke. Eles estão desviando de nossas armadilhas regulares, me frustra que não temos sido capazes de encontrar ou interromper uma expedição, porra. Frustrava Hawke, também, mas uma parte dele sempre soube que esse dia chegaria. Não era apenas o povo que o Conselho havia perdido para os changelings, que era o que essas deserções fizera para o poder compreendido do Conselho e dos clãs. SnowDancer e DarkRiver não eram mais vistos como animais bobocas, mas como sérias ameaças. Mudando direção depois de passar pelo trecho de SingLiu, a soldada humana deu um olá, Hawke atravessou a


fronteira para o território DarkRiver. Os dois clãs tinham passagem livre sobre a terra um do outro, mas ainda assim, era uma sensação diferente estar longe de sua própria terra. Ele foi avistado imediatamente, desde que não fez tentativa alguma de esconder sua presença. Para sua surpresa, o leopardo macho que o viu sinalizou para que ele parasse. Laterais arfando por causa da corrida, embora ainda pudesse seguir por milha sem pausa, Hawke caminhou para ficar um par de metros do homem. O lobo reconheceu o cheiro deste homem, identificado como o do sentinela Clay Bennett. — Eu tentei te ligar mais cedo, — disse Clay, em vez de uma saudação. — Os Ratos encontraram alguma coisa. Hawke ergueu a cabeça. — Componentes de amas no sistema de águas pluviais da cidade, por isso não há maneira de saber a sua origem exata. Mas, — ele acrescentou, — Os Ratos foram capazes de usar um mapa do sistema para deduzir que as peças devem ter vindo de algum lugar ao redor de SoMa. Talvez um dos antigos armazéns convertidos que foram fechados para manutenção. O lobo de Hawke considerou isto, permitindo que sua parte humana tomasse a frente. Ao contrário de outros changelings que deixavam o lobo tomar o controle por longos


períodos, Hawke nunca esteve em perigo de perder sua humanidade. Seu lobo tomara o controle quando ele precisou quando jovem, ajudando-o a tomar decisões que o menino era muito novo para fazer, mas se retirava tão logo Hawke encontrasse seus pés. O animal tinha uma visão muito preta no branco da vida, não entendia os jogos disputados no mundo humano. Entendia combate corpo a corpo, entendida matar para sobreviver, para defender. Não entendia matar para obter ganhos políticos. O humano, no entanto, que sobrevivera a um massacre, compreendia as mais sombrias das motivações muito bem. — Eu consegui que os Ratos saíssem para espiar mais um pouco esta noite, — Clay continuou. — Ninguém nunca os percebe. Amanhã, pensei em nos encontrar, elaborar um plano para o resto. Estou pensando que devemos utilizar os mais jovens, os novatos que se parecem com adolescentes. Inteligente, universalmente

Hawke ignorados,

pensou. eles

Adolescentes

eram

uma

visão

eram tão

onipresente em seus grupos ruidosos. Dando um aceno agitado, ele recuou, deixando o sentinela ao seu posto e permitindo que seu lobo subisse à superfície uma vez mais. Ele viu vários outros leopardos enquanto entrava mais


profundamente nas terras DarkRiver. Um par de jovens até correu com ele, tentando ultrapassar um alfa. O lobo riu rouca e profundamente enquanto os deixava brincar, antes de continuar seu caminho, deixando-os sem fôlego e cansados. Ele cobriu milhas e milhas e milhas. Mas nem por um instante se esqueceu de que Sienna estava no mais letal dos campos de jogos.

Sienna tropeçou. Não, não, não! Torcendo o corpo dela com uma estranheza que ia contra os ensinamentos de Indigo, ela caiu forte. Algo se rompeu, e ela tinha certeza que foi uma costela. A dor foi um choque como uma facada, mas ela evitou o holofote varrendo a área. Inspirando em uma respiração calma e aflita, ela se levantou e fez uma rápida checagem física para confirmar que não ferira nada vital. Tudo estava funcional, exceto que respirar se tornara difícil. Tomando um minuto extra e reformulando

sua

contagem

regressiva

mental

para

compensar, ela divorciou a dor de sua mente consciente. Era um truque militar e podia ser perigoso se utilizado com uma lesão grave, quando a mente ignoraria os sinais


enviados pelo corpo, no entanto, era a solução perfeita para uma

costela

quebrada.

Feito

isso,

ela

inspecionou

os

componentes explosivos em sua mochila para verificar seu estado não danificado e continuou seu caminho, silenciosa como um lobo na floresta. Ela estava a dois passos da borda de um edifício que deveria estar vazio de acordo com o seu reconhecimento, quando tudo deu errado. A porta se abriu. Congelou por trás dela, incapaz de ver através do metal o indivíduo do outro lado. Mas ela podia ouvi-lo... ouvir a eles. — Quantos hoje à noite? — Quinze. — Está acontecendo mais lentamente do que eu gostaria. — Nós não podemos mudar muito rápido ou eles nos detectarão. — Sim. — Uma pausa. — Está chegando a este ponto por causa dos fracos no Conselho. — Nós não teremos que nos preocupar com eles por muito tempo. Um dos oradores ‘uma alta mulher negro’ saiu e começou a fechar a porta. Sienna prendeu a respiração, tão


imóvel quanto uma estátua quando a porta se fechou por dentro. A mulher chegou algo em um pequeno organizador, começou a se virar. Outro segundo e ela veria Sienna. Garganta seca, ela flexionou seus dedos telepáticos na antecipação de um golpe.

Hawke olhou por cima do ombro de Brenna na manhã seguinte. — Fale comigo, querida. — Ele manteve distância após retornar, se ocupando elaborando uma lista de novatos que poderiam trabalhar no distrito do armazém, e inteirandoos da tarefa, mas havia passado muito do tempo para Judd e Sienna se comunicarem com eles; Walker já havia confirmado a falta de comunicação telepática. — Eles estão vivos, — ele disse há dez minutos, linhas finas se projetando nos cantos dos olhos. — Eu posso senti-los na LaurenNet. — Você pode arriscar entrar em contato com eles por meio da rede de vocês? — Ele não queria que Judd ou Sienna se distraísse, mas ele precisava saber se algo tinha dado errado para que o clã pudesse montar um resgate.


Walker balançou sua cabeça. — A LaurenNet tem limitações por causa de seu tamanho. Pode compensar com um dos adultos estando a uma localização distante, mas com dois deles longe, a rede está esticada. Ela vai se segurar, mas não posso arriscar uma perda de foco. Uma

violação,

Hawke

sabia,

teria

consequências

catastróficas. — Cuide de Toby e Marlee. — Isso tinha que ser a prioridade. Nem Sienna ou Judd gostaria que fosse diferente. — Eu vou deixar você saber no instante em que ouvir algo. E Hawke? — Pálidos olhos verdes prendendo os seus. — Precisamos conversar depois que eles voltarem. Agora, no centro de comunicações da toca, Brenna balançou a cabeça em resposta a suas palavras. — Eu dei a ambos celulares não rastreáveis, mas eles podem ter decidido não arriscar uma ligação de qualquer maneira. Hawke apertou a mão sobre as costas da cadeira. — Você pode rastreá-los no jato? — Os dois deveriam embarcar em um vôo para casa em poucas horas. — Não. — Brenna empurrou a franja para longe dos olhos. — Nós infectamos os computadores do aeroporto com um vírus sutil. Ele os apaga dos sistemas, por isso não tem por que hackear os arquivos de imagens visuais. — Soltando um suspiro firme, ela alcançou para colocar a mão sobre a dele. — Eles vão ficar bem.


Assustado com a confiança em sua voz, ele olhou para seu rosto enquanto ela se inclinava. — Tão certa? — Eu estou preocupada. É claro que eu estou preocupada, — ela admitiu, a escuridão em seus olhos um eco silencioso de suas palavras. — Mas Judd está me enviando vibrações ‘Eu estou seguro’ pela ligação de vínculo. O lobo de Hawke fez uma careta, porque não poderia manter contato sobre Sienna dessa forma. —

Além

disso,

Brenna

continuou,

meu

companheiro é completamente durão. Sério, sua garota não poderia estar em melhores mãos. Apesar do ritmo do lobo dentro de sua mente, ele sentiu seus lábios se puxarem para cima nos cantos. — Eu quero que você saiba que Sienna é uma treinadora durona. — Aceitando que a única coisa a fazer era esperar, embora tal inatividade o incomodasse, ele disse, — Eu vou descer para falar com os gatos sobre outro problema, no instante que ouvir alguma coisa, você me chamar. Entendido? — Absolutamente. — Levantando-se, ela disse, — Eu não reclamaria de um abraço. Ele a envolveu em seus braços sem dizer uma palavra. Ela era do Clã. Segurá-la acalmou algo dentro dele, também. Mas ele sabia que o lobo continuaria a rondar meio louco dentro de sua mente até que Sienna estivesse de volta em


segurança em seu território. — Melhor? — Sim. Ele saiu com um carinho em sua bochecha. Pegando Riley na cabine que o tenente compartilhava com Mercy, ele dirigiu os dois até o ponto de encontro, que acabou sendo a casa da curandeira DarkRiver. — É uma grande indicação de confiança, não é? — Riley disse quando eles pararam em frente à elegante casa de dois andares. — Permitir que fiquemos tão perto de sua curadora. Percorremos um longo caminho. Hawke teve de concordar. — Honestamente? Eu nunca esperei uma aliança de qualquer tipo com os gatos quando eles começaram a fazer sua presença ser notada. — Ele queria apenas que eles ficassem fora de seu caminho enquanto ele reconstruiu seu clã estilhaçado. — Não. Nenhum deles fez um movimento para sair do veículo. — Hawke, — Riley disse no silêncio tenso, — Eu posso lidar com isso. Você não quer estar aqui. — Eu preciso fazer alguma coisa. Pode muito bem ser isso. — Ele saiu, batendo a porta. Riley olhou para ele quando se encontraram na frente


do veículo. — Palavra de conselho. Mulheres fortes não gostam muito que rosnem para elas. — Difícil. — Ela ficaria feliz se tudo o que ele fizesse fosse rosnar para ela, pensou enquanto se dirigia para a reunião, sua mente no telefone no bolso. Quando uma mensagem chegou, ela apenas dizia, — Ainda sem contato.

Capítulo 30 ADEN olhou para o Arrow que estava ao seu lado na arenosa praia ao longo da costa de Amalfi. Abbot era um telecinético,

9,1

no

Gradiente,

incrivelmente

poderoso,

incrivelmente habilidoso, incrivelmente amaldiçoado. Foi sem surpresa alguma descobrir que o rapaz de vinte e seis anos estava atraído pela ideia de Pureza. — Você veio para me parar, Aden? — O outro Arrow perguntou. — Pedir que eu para não me juntar ao PurePsy?


Aden balançou a cabeça. — Eu não sou Ming para forçá-lo a seguir a minha própria agenda política. Mas você deve saber, você não pode ser um Arrow e um membro do PurePsy ao mesmo tempo. — Então, você me exilaria. — Não, Abbot. Isso não é o que somos. — A água tinha uma ponta de luminescência no escuro da noite que caíra do lado de cá do mundo, e ele fez uma observação de fazer algumas pesquisas, descobrir o organismo marinho que causava o efeito. — Mas o esquadrão trabalha na confiança incondicional. — No conhecimento de que o Arrow as suas costas nunca usaria a posição para esfaqueá-lo. — Uma vez que você dê sua lealdade ao PurePsy, deve seguir seus objetivos. Abbot tomou seu tempo para responder, o cabelo negro como tinta voando para trás no vento salgado saindo do Golfo de Salerno. — Você não é um Tc. — Não. — O que Vasic diz? Aden pensou no Tc-V que poderia levantar sangue de paredes e corpos de dentro de sepulturas. — Você devia perguntar a ele. — Sem jogos, Aden. Você conhece a mente dele, ele fala


com você. Aden olhou para a espuma brilhante antes que o mar a sugasse de volta — Vasic acredita que não importa o Conselheiro no comando, ou se a máquina é chamada de Conselho ou Pureza, no final, não somos nada além de corpos quentes para sangrar por eles. — Tantos Arrows morreram para proteger o Silêncio. Suas únicas recompensas foram mais morte. — No entanto, damos nossa fidelidade a Kaleb Krychek. — Há razões. Abbot olhou em direção a persistente luz dourada nas janelas de algumas das casas que abraçavam as falésias, e Aden viu desejo sombrio naqueles olhos tão azuis como a parte mais profunda do mar Egeu. Uma quebra do Silêncio, mas um Arrow nunca traia um dos seus. — Somos Arrows por uma razão, — o outro homem disse finalmente. — Nós não podemos sobreviver sem o Silêncio. — Talvez. — Aden pensou em Vasic novamente, o preço que o Tc-V pagava para manter sua sanidade. — Mas talvez o preço da sobrevivência tenha se tornado alto demais.


Capítulo 31 Dez horas após a reunião de no território DarkRiver, Hawke teve que lutar contra a vontade de simultaneamente puxar Sienna para seu o peito e estrangular Judd. Os dois entraram na toca, depois de ter, finalmente, entrado em contato

por

telefone

quando

desembarcaram

em

San

Francisco, com seis horas de atraso. Fez nenhuma das coisas. — Por que infernos, — ele disse no instante em que a porta do escritório estava fechada, — você não mandou um relatório telepático para Walker? — Nós tivemos uma situação,— Judd disse, fazendo o sangue de Hawke gelar. — Eu tive que fazer um teletransporte rápido para tirar Sienna de um local apertado. Combinado com o teletransporte para dentro e fora da aldeia para nós dois, bem como o que foi necessário para completar a operação, fiquei perto do esgotamento. Olhos em Sienna, Hawke disse, — Explique.


Ela firmou a espinha. — Desde que Judd estava efetivamente drenado, nós tomamos a decisão de conservar minha energia psíquica. Um relatório telepático de longa distância teria utilizado apenas uma pequena quantidade de energia, mas que poderia ter feito diferença em um confronto. Coração como um bloco de gelo frio em seu peito enquanto lia as entrelinhas, Hawke assentiu para Judd para continuar. — Nós perdemos o nosso vôo agendado porque eu precisava de tempo para me recuperar o suficiente para não haver

qualquer

possibilidade

de

um

colapso.

Judd

continuou quando Hawke não interromper. — Os dispositivos foram colocados. Brenna pode ativar qualquer um ou todos eles daqui. — Faça-a construir dois controles remotos também, vou carregar um, você pega o sobressalente, — Hawke ordenou. — Precisamos estar preparados para o caso de termos de abandonar a toca. As sobrancelhas de Judd subiram. — Isso já aconteceu? — Hawke deu um breve aceno de cabeça. — Uma vez. A localização vazou. — Como tenente, o pai de Hawke sabia muito quando foi comprometido. A única razão dos SnowDancer terem conseguido


recuperar a toca foi que os homens e mulheres que foram deixados

depois

do

sangue

e

da

morte

partiram

e

silenciosamente executaram o pequeno grupo por trás dos estupros psíquicos. Ninguém nunca ligou as mortes aos SnowDancer, uma escolha deliberada por parte do clã. Eles estavam fracos demais para arriscar uma represália Psy. Mas eles

não

estavam

mais

fracos,

não

estavam

mais

despedaçados. — Diga a Brenna que os controles remotos são uma prioridade. Judd assentiu. — Nós também capturamos imagens detalhadas do campo com as câmeras ligadas em nossos colarinhos. — Mariska pode limpar e resumir as filmagens. — A técnica sênior de vinte e oito anos era tão tímida que aparecia distante, mas tinha uma mente afiada como um bisturi. — Eu entregarei para ela. Se você não tem mais nenhuma pergunta, deveríamos nos trocar e tentar descansar. — Pela forma como Brenna o beijou na entrada, não acho que você vai descansar muito, — disse Hawke, e viu os lábios de Sienna se puxarem uma pequena fração para cima. Judd, por outro lado, não mostrou qualquer reação física. — Boa noite, Hawke. — Frio, muito Psy, muito Judd. — Sienna, você deveria ir para a cama, também. Sienna olhou para cima, esperando que Hawke a


detivesse, mas ele já se virara para olhar para outra coisa em sua mesa. Esvaziada, ela saiu com Judd. — Sienna, — ele disse, interrompendo-a quando eles se separaram dois corredores mais tarde, — você foi muito bem. Seus ombros ficaram apertados com a lembrança daquele instante antes que o guarda fosse distraído por um telefonema. Ele dera à Judd o tempo para responder a seu chamado telepático e teletransportá-la para fora. — Eu poderia ter feito nós dois sermos pegos. — Coisas acontecem no campo, a marca de um bom operativo é como você responde ao desafio. Você se manteve composta e silenciosa, o curso certo de ação, dadas as circunstâncias. Era bom ouvir isso. — Obrigada. — Como está a sua costela? — Bem. — Judd não mencionara isso para Hawke, mas o trabalho que ele fizera para unir o osso era a verdadeira razão pela qual ele estivesse tão esgotado. Ela tinha sido ferida pior do que pensava. — Nem sequer parece machucada. — Bom. — Inclinando-se, ele apertou os lábios em sua têmpora. — Vá tomar um banho. Tenho certeza que você vai ter um visitante em dez minutos, no máximo absoluto. — Seu tom era tão nivelado, que demorou um instante para que as


palavras penetrassem. — Eu vou tentar, — ele acrescentou, — não me teletransportar e quebrara as pernas dele por ter a ousadia de estar no seu quarto. Ela o encarou, surpresa, depois que ele se afastou. Dez minutos, no máximo absoluto. Sacudida à ação pelo eco mental, ela correu para o quarto, esquivando-se qualquer tentativa de companheiros de clã de detê-la. No instante em que ela fechou a porta atrás de si, ela se despiu e pulou para o chuveiro. Ela estava esfregando a toalha sobre o corpo molhado quando houve uma batida forte na porta. Definitivamente não se passou dez minutos. Mais como quatro e meio. — Só um segundo!— Agarrando as roupas sujas, espalhadas por todo o chão, ela as atirou no banheiro, em seguida, correu para vestir a roupa de baixo. A batida veio novamente, mais impaciente. — Estou indo! Calça jeans presas nos tornozelos. Xingando, ela conseguiu coloca-la no e lutou para entrar em uma camiseta verde floresta, puxando seu cabelo úmido de debaixo da parte


de trás enquanto, sem fôlego, ela abria a porta no meio da terceira batida. — O que... A porta se fechou, e ela estava pressionada contra sua massa sólida antes que soubesse o que estava acontecendo. — Hawke, eu... Suas mãos envolveram o rosto dela, o lobo olhando para fora de seus olhos. As palavras dela se perderam, o batimento cardíaco acelerou, e ainda assim ele continuou a observá-la com aquele foco total e inabalável. Quando o polegar se moveu sobre sua bochecha, ela pulou. — Eu, — ele disse em um tom calmo, tranquilo, — não vou mandá-la para uma zona quente de novo. Tão fácil, seria tão fácil deixar o poder esmagador dele dominá-la novamente. — Você deve. — Sua voz saiu rouca. — Eu nasci para a guerra. Uma mão acariciou ao longo de sua mandíbula, para envolver usa garganta. — Não. — Uma única palavra falada em uma onda de ar quente contra a sua pele, o corpo dele alinhado ao seu. — Eu sou o que sou. — Foi difícil continuar falando quando ele estava tão quente e bonito contra ela, a masculinidade dele era uma carícia viva. — O fogo contido em uma pequena caixa morre...


A boca de Hawke roubou suas palavras, o gosto dele era uma explosão para os sentidos. Esse beijo foi diferente de qualquer um dos outros. Movendo a mão em sua garganta para tocar seu queixo, ele inclinou a cabeça do jeito que gostava, apertou sua mão livre na porta ao lado de sua cabeça, afastou as pernas dela com os pés... e, em seguida, ele a tomou. Quente, úmido e de boca aberta, foi uma espécie de beijo devorador, o tipo de beijo que deixava claro que era considerada dele. Sienna estremeceu. Ele era tão grande, tão lindo, tão perto que suas mãos não sabiam onde pousar. Segurando na parte de trás da camisa preta dele, ela tentou se fazer mais alta, para oferecer mais de sua boca, provar mais dele. Um grunhido retumbou em seu peito enquanto ela movia o corpo, e ela percebeu que de alguma maneira, ela estava montando sua coxa. Em outro momento, poderia a ter vergonhado ou a chocado, mas hoje à noite... Mais, ela pensou, me dê tudo. Ela poderia nunca manter tudo dele, mas ela reivindicaria. A companheira perdida dele nunca tocou esta parte selvagem e faminta, nunca acariciou o corpo poderoso que a prendia contra a porta, nunca provou o calor sombrio daquela boca exigente. Este fogo entre eles era para ela e somente para ela.


— Por que você não está usando um sutiã? Chocado com a pergunta áspera contra seus lábios, ela inspirou uma respiração ofegante. — Você não me deu tempo. Um sorriso lupino. Beijos sobre sua mandíbula, ao longo do pescoço. Ela se preparou para uma mordida, que não veio. Em vez disso, ele deslizou a mão para parte inferior das costas dela e a empurrou mais firmemente sobre sua coxa. Ela não pôde evitar o gemido que escapou de sua garganta. Sim, ela sabia sobre sexo, muito além de suas lições clínicas em estudos de saúde, as revistas femininas na sala comum dos novatos se provaram extremamente instrutiva. Mas nenhuma quantidade de pesquisa poderia tê-la preparado para isso. Nunca entendera o que seria estar tão, tão perto dele, sua força musculosa esfregando contra o seu lugar mais íntimo. — Olhos tão grandes. — Foi quando ela sentiu os dentes. Em seu lábio inferior. Uma lenta mordida sexy que a desafiava a retaliar. Mudando seu agarre em torno do pescoço dele, ela apertou os dedos na seda espessa de seu cabelo e arqueou-se para reivindicar sua boca. Ela era Psy, sua mente sua melhor habilidade, ela fazia notas do que ele gostava sem perceber, usou os dados, e ficou satisfeita ao grunhido que rolou para sua boca... vibrava contra os picos tensos de seus


mamilos. Empurrando para trás, ela olhou para o algodão de sua camiseta. E se perguntou qual seria a sensação se estivessem pele com pele. Mas Hawke não teve o suficiente do beijo. Puxando-a de volta com um aperto em seu cabelo, ele recuperou sua boca. Sombriamente intensa, uma marca ardente. Sua mão livre acariciando para baixo para segurar a coxa dela quando ele a incitou a se mover sobre ele. — É isso aí, linda. — Palavras roucas contra seus lábios quando seu corpo começou a esfregar contra o dele, sem seu controle consciente, uma espécie de necessidade

firme se desenrolando em seu

abdômen. Mais beijos, carícias ao longo de sua coxa. — Abra sua boca. — Ela obedeceu, porque ela não queria que ele se afastasse, a deixasse abandonada quando ela quase podia provar. A costura de seu jeans pressionou em seu clitóris e tudo se fraturou. Mesmo a dor agonizante do segundo nível de dissonância não foi suficiente para diminuir o impacto.

Hawke viu os lampejos de perigo vermelho e do amarelo


letal do canto de seu olho, seu corpo colado ao dela. — Baby, você se machucou? — O... o quê? — Uma pergunta que soou confusa. — Machucar? — O fogo tocou você? — Descendo, ele acariciou o cabelo para fora do rosto dela. Enormes olhos de obsidiana o encararam, sem as estrelas que denotam um cardinal. — Somente por dentro. — O quê? — O fogo só me tocou por dentro. Percebendo o que ela estava falando, ele sorriu, então fez

um

inventário

mental

de

seu

próprio

corpo.

Sem

queimaduras. — Interessante, — ele murmurou. Algo

em

sua

voz,

provavelmente

a

arrogância

convencida, a fez piscar, tentando voltar. Ele não a queria pensando coerentemente ainda. Ela estava toda solta e saciada agora, e ele não queria nada além de abraçá-la, acariciá-la como desejava. Movendo-se antes que ela pudesse detê-lo, ele sentou-se na cama com ela aconchegada nele. — Você com certeza tem um gatilho rápido, Sienna, — ele brincou, no controle pela simples razão de que ela estava em seus braços, sob sua proteção novamente. Um olhar solene. — Isso é ruim?


Ele não podia evitar. Ele a beijou, saciando-se na vibrante

vida

acampamento

dela.

Ela

PurePsy,

não não

estava

morta

em

algum

voltara

ensanguentada

e

quebrada. — Não, — respondeu ele. — Eu gosto de fazer você gozar. Eu pretendo fazer isso muitas vezes e bem. Cor se espalhou em uma maré vermelha sobre seu rosto, e ela o apertou contra o peito dele. Tão jovem, pensou, sentindo arranhar das garras da consciência. Mas ele não era um hipócrita. Ele a enviara para um acampamento inimigo, a enviara para uma situação que poderia ter resultado em morte. Se ela tinha idade suficiente para morrer pelo clã, tinha idade suficiente para escolher quem ela queria como amante. — Conte-me, — ele disse, tecendo os dedos por seu cabelo úmido, — sobre a operação. Em vez de apontar que Judd já o fizera, deu-lhe um interrogatório passo-a-passo. — Eu sei que não deveria lhe conta o próximo fato, porque me coloca em uma posição inferior de barganha, — ela disse, — mas eu estava com medo. Ele apertou sua coxa. — Eu estaria mais preocupado se não estivesse, o medo nos mantém vivos, nos mantém em alerta. — Agora, se ele apenas ouvisse a si mesmo em vez de sentir uma raiva feroz com a ideia dela com medo e sozinha no escuro. Sienna sentou-se, uma mão apoiada em seu peito. —


Isso não é verdade. Arrows não sentem medo, e isto que os torna fortes. — Sim, — ele concordou. — Mas um Arrow não vai ter um beijo esperando por ele no final de uma caçada, sem um corpo quente ao lado dele quando um pesadelo o ataca. Um olhar firme, não mais aquela garota que se ruborizara, mas a mulher que o enfrentara mais de uma vez. — Hawke? — Sim? — O que isso quer dizer? Ele enrolou uma mecha de vermelho rubi em torno de seu dedo. — Isso significa que você tem que aprender a lidar comigo. — Não havia como voltar atrás. Não disso. Rugas na testa dela. — Talvez em vez disso você deva aprender a lidar comigo. Seu lobo arreganhou os dentes em um sorriso selvagem. — Baby, eu estive tentando dominar esse truque desde o dia em que conheci você. — Mentiroso, — ela disse. — Seu lobo pensa que pode me controlar. — Um movimento da parte inferior de seu corpo enquanto ela ficava mais confortável. Ele assobiou uma respiração. — Calma aí.


— Você está excitado. — Uma declaração tão fria, mas ele podia cheirar o calor terroso do calor úmido entre as pernas dela, ouvir a pulsação crescente de seus batimentos cardíacos. Inclinando-se para frente, ele se aninhou em seu pescoço, lambendo seu sal e tempero. — Eu posso lidar com isso. — Seu lobo provara, estava faminto por mais, mas entendia que para reclamá-la ao nível mais profundo, tanto o homem quanto o lobo teriam que se mover com cuidado. Nenhuma parte dele queria ver o medo em seus olhos novamente quando ela olhava para ele, especialmente na cama. Tremores contra o impacto daquelas lentas e lupinas lambidas, Sienna apertou a mão no cabelo de Hawke. — Seu cabelo é lindo. Você sabe disso, não sabe? Ela sentiu a curva de lábios contra a pele sensível de seu pescoço antes que ele a mordiscasse. Pulando, ela enrolou o outro braço apertado em torno dele, o rosto pressionado contra sua abrasiva barba por fazer. Então ela fez o que queria fazer faz muito tempo. Ela o afagou, acariciando os dedos entre as pesadas mechas de ouro platinado até que ele relaxou... e trocou suas posições, para que ela se encontrasse deitada de costas com ele esticado em cima dela, seu peso apoiado nos antebraços.


Por

um

segundo,

ela

parou

em

suas

carícias,

sobrecarregada pela absoluta e selvagem masculinidade do lobo em sua cama. Ele rosnou baixo em sua garganta... e a pele dela ficou tensa sobre seu corpo. Sugando uma respiração, ela começou a acariciá-lo novamente, deste lindo e poderoso homem que ostentava seu lobo muito perto da superfície. Uma das próprias mãos dele em seu quadril, pesada, quente e possessiva. — O que foi? — Ela ousou perguntar. — Ter o lobo no comando

enquanto

estava

em

sua

pele

humana

na

adolescência? Separando as pernas dela, ele se estabeleceu mais fortemente contra ela. — Apenas era. — Uma resposta muito lupina. — O lobo vê preto no branco, sem tons de cinza. Naquela época, era o necessário. — E, — ele continuou, surpreendendo-a com sua boa vontade de falar, — Eu estava sempre presente. O lobo não assumiu o controle verdadeiramente, tanto quanto permitiu que o menino emprestasse sua força por um tempo. Sienna abriu os lábios para perguntar sobre os Psy, o que fizeram aos SnowDancer, os fechou antes que as palavras pudessem escapar. Aquela escuridão não tinha lugar aqui, nenhum lugar nesta sala, nesta cama. Em vez disso, ela continuou a acariciá-lo, sem perceber até alguns minutos


depois que seu próprio corpo relaxou sob o dele, uma perna levantada na altura do joelho para pressionar contra o lado dele. Lobo inteligente. Ele começou a beijar a inclinação de seu pescoço novamente, de formar lenta, molhada e um pouco bruta. Lobo sexy.

Capítulo 32 O lobo de Hawke estava bêbado com o gosto de Sienna, com seu cheiro, mas parou, agarrado à metade humano até que prestasse atenção. Erguendo a cabeça de seu pescoço, ele a balançou, tentando encontrar um lampejo de pensamento racional. — Hawke? — As mãos de Sienna acariciavam sua nuca e entravam em seu cabelo, o local tão sensível que se ele fosse um gato, teria ronronou. — Por que você parou?


Foi a resposta à sua própria confusão, colocando a hesitação do lobo em palavras. — Porque,— ele murmurou, pressionando um beijo de boca aberta contra o oco de sua garganta, — você está cansada tanto no nível físico quanto psíquico. — Sua necessidade por ela era uma coisa selvagem, mas para sua primeira vez, ela merecia mais do que uma união frenética. Franzindo, ela puxou seu cabelo. — Eu não preciso que você tome essa decisão por mim. Ele estabeleceu a parte inferior ruborizada de seu corpo contra ela, rosnou de satisfação quando ela fez um sonzinho quente na parte de trás de sua garganta. — Eu preciso tomar essa decisão por mim. — Sem arrependimentos, é o que ele queria ver em seu rosto corado de paixão após a sua primeira vez deles juntos. Dedos ficando imóvel, ela procurou seus olhos. — Tudo bem. — Foi um sussurro solene, como se ela tivesse lido seus pensamentos. — Beije-me antes de partir. — Baby... — um mordiscar daquele exuberante lábio inferior. — Eu tenho planos de fazer muito mais do que isso. — Ele não a tomaria, não esta noite, mas também não era nobre o suficiente para ir embora, sem satisfazer a si mesmo com uma longa e profunda prova. Suas unhas se cravaram na nuca dele. — Até onde?


Tão séria. Tornou seu lobo brincalhão. — Tenho a intenção de chegar à segunda base. Quando

seu

peito

se

levantou

numa

respiração

irregular, ele soube muito bem que ela entendera a referência sexual. — O que é a segunda base em um homem? Piscando, ele levantou a cabeça, sem nunca ter tido motivos para considerar essa questão. — O mesmo, eu acho. — Então tire sua camisa. — Ela abriu o primeiro botão, passou para o segundo. Cem imagens passavam em sua mente, todas elas envolvendo o doce calor dos seios esfregando contra seu peito nu. Cerrando os dentes, ele agarrou as mãos dela em uma das suas e as prendeu acima da cabeça. — Sem tocar. — Hawke... Espantando a queixa de seus lábios com um beijo, ele enfiou a mão sob sua camiseta para espalhar os dedos sobre a seda tensa de seu abdômen. Sua pele tremeu quando ele moveu aquela mão para cima e as pousou sobre suas costelas, o batimento cardíaco estava irregular debaixo de sua pele. — Sim? — ele sussurrou, roçando um beijo no ponto sensível abaixo da orelha. — A sensação é tão boa. — Para ambos. Os pulsos dela se flexionaram em seu agarre, mas ela não tentou se afastar. — Sim, — Uma concordância rouca.


Levantando a cabeça da intoxicação de sua pele, ele sustentou o olhar dela enquanto movia a mão apenas o suficiente para roçar o dedo ao longo da parte inferior de seu seio. Ela se levantou da cama, empurrando a carne macia em seu toque. Tremendo, ele a envolveu, a apertou, rolou o mamilo entre os dedos para ver seus movimentos inquietos, seus gritos eróticos. A boca dele encheu de água para empurrar a camiseta dela para cima, saborear a pequena protuberância dura. Foi preciso cada grama de força de vontade que ele possuía para não alcançar abaixo, desfazer o maldito zíper de sua calça jeans e colocar os dedos dela sobre ele. Paciência. Paciência. Ele cantou a palavra na parte de trás de sua mente enquanto movia a mão ao seio negligenciado, como ele a acariciava e a levava à necessidade perfurante... e percebeu que ele estava balançando seu pênis contra a excitação feminina que podia sentir tão terrosa e rica em sua língua. Merda. Sienna levantou os olhos incrédula enquanto ele se empurrava para cima e para fora da cama. Seus mamilos se sobressaltavam

contra

o

algodão

de

sua

camiseta,

provocando-o. — Você não pode apenas... — Deixá-la quente e frustrada? — Inclinando-se para baixo com as mãos apoiadas em ambos os lados dela, ele


fechou os dentes sobre uma provocante protuberância, molhando o pano com a língua. Seu grito foi agudo, sua excitação como um açoite contra seus sentidos. — Eu posso muito bem, — ela disse, erguendo a cabeça —, quando meu pau está prestes a quebrar ao meio. Peito subindo e descendo enquanto engolia em seco ao ar, ela balançou a cabeça. — Não é minha culpa. — Tudo culpa sua. — Não se atrevendo a dar outro beijo, ele segurou seu queixo e acariciou o polegar sobre o lábio inferior. — Caramba, mas eu gosto de dar uns amassos em você, Sienna. Vamos fazer isso de novo amanhã. Ele partiu ao som de um grunhido feminino. Isto fez seus lábios se curvar em um sorriso selvagem.

SASCHA estava na cadeira grande e confortável da sala de estar com Nadiya em seus braços quando Lucas saiu por um segundo. Ele voltou com um envelope na mão. — Kit disse que isto foi entregue no escritório pelo correio hoje cedo. Endereçado a nós dois. Sorrindo com o pensamento do jovem que estava crescendo como um homem forte e maravilhoso diante de seus olhos, ela disse, — ele já foi?


Um aceno de cabeça. — Ele teve uma mudança de perímetro, mas vai passar por aqui pela manhã, antes de ir para casa. Não para ver qualquer um de nós, é claro. Rindo, ela assistiu Lucas abrir a carta, examiná-la. Seu próprio sorriso desapareceu. — De acordo com isso, — ele disse, — um benfeitor anônimo abriu um fundo no valor de cinco milhões de dólares em nome de Naya para a sua educação, o saldo a ser pago quando e se ela fizer vinte e cinco anos. Sascha deixou Naya agarrar seu dedo enquanto a gatinha deles bocejava e se acomodou para cochilar um pouco mais. — Mãe. Colocando a carta na mesa de café, Lucas disse, — O que você quer fazer? Ela o amava muito, mas era em momentos como este que percebia o quanto sortuda ela era. Tantos homens já teriam

rejeitado

o

fundo

fiduciário

de

cara,

nunca

perguntando o porquê de tudo isso. — Eu comecei a perceber que não conheço minha mãe tão bem quanto pensava. — Isto mudara sua percepção de sua infância, a forçou a ver tudo através de uma lente diferente. — Deixe-me falar com ela. — Você quer que eu deite Naya? — Você só quer ir se aconchegar com ela.


Ele não negou a acusação enquanto tomava a sonolenta recém-nascida de Sascha, seus lábios se curvando no mais terno dos sorrisos. Paternidade convinha a sua pantera, embora ela soubesse que teria que observar atentamente suas tendências superprotetores ou a pobre Naya nunca iria a um único encontro. Uma risada quieta borbulhou dela. Era encantador pensar no futuro, em tudo o que tinham para experimentar juntos como uma família. Seguindo seu companheiro para o quarto, ela assistiu quando ele se estabeleceu na cama com Naya, pele a pele em seu peito. Sua mão praticamente cobria o corpo minúsculo enquanto ele a acariciava daquela forma changeling, o vínculo com ela era do nível mais elementar. Em seguida, ele ronronou, e Naya fez um pequeno som feliz de prazer, bem como uma gata em seu amor pelo toque. Sascha riu ao ver os dois tão contentes e preguiçosos. — Espaço suficiente para três? Lucas estendeu o braço, os olhos verde pantera. — Sempre e para sempre. Ele parava seu coração às vezes, esse homem. — Não me faça chorar. Ainda estou hormonal. — Aconchegando-se ao lado dele quando ele sorriu, ela pegou o celular na mesa de cabeceira. Demorou uns meros poucos segundos para enviar a mensagem de texto. Nikita respondeu usando Tp um instante


depois, seu alcance longo o suficiente para que ela ouvisse a voz telepática muito mais fraca de Sascha. Sascha. Mãe, nós recebemos a carta nos informando do fundo fiduciário. O que isso tem a ver comigo? Sua mãe mentia, pensou Sascha, com uma facilidade tão sem esforço. Em vez de forçar o assunto, ela disse, Você sabe que eu dei à luz? Sua filha ostenta um nome russo. Eu esperava que você cortasse todos os laços com seu passado. Sascha pensara nisso, mas ela carregava o passado dentro de si. Este eco ressoaria em sua filha, mesmo que apenas no furor do amor que Sascha sentia por ela. Lucas e eu decidimos que era importante para Nadiya saber ambas as partes de sua herança. A linha de origem eslávica voltava até o avô de Sascha, enquanto o nome do meio de Naya fora da mãe curadora de Lucas. Gostaria que eu lhe enviasse um e-mail com uma imagem dela? Nós cortamos os nossos laços familiares, Sascha. Uma declaração tão fria que era além de cruel. Ela não significa nada para mim. Um dia, as palavras a teriam feito sangrar. Agora,


Sascha via a verdade enterrada sob a mentira. Não, claro que não. Porque se Nikita reconhecesse Nadiya como sua neta, a bebê se tornava um alvo. Mãe, o fundo de fiduciário... É um assunto privado no qual não tenho interesse. Uma única lágrima escorreu pelo rosto de Sascha. Tudo bem. A conexão telepática terminou em silêncio. — Sascha. — O braço de Lucas enrolado em torno de seu peito para mantê-la ao seu lado, a tensão nele se comunicando através do vínculo de acasalamento. — O que ela disse? — Nada nocivo. — Virando-se, esfregou o rosto contra o peito dela enquanto observava o frágil corpo de Naya subir e descer no sono inocente. — Eu sou uma mãe agora, Lucas. Eu faria qualquer coisa para manter Naya segura, mesmo que isso significasse que ela me odiaria para o resto de sua vida. — Engolindo

em

seco,

ela

tocou

o

dedo

na

bochecha

rechonchuda de seu bebê. — Isto me faz perguntar se isso não é exatamente o que Nikita fez.

Ainda era capaz de sentir a cobertura do corpo de


Sienna contra o seu próprio corpo na tarde seguinte, e se perguntando por que diabos não cedera ao seu lado bom e parado, Hawke terminou de limpar o assoalho. Ele e Kenji tiveram uma conversa interessante com a Coalizão BlackSea esta manhã, e o tenente estava acompanhando os detalhes. Em Los Angeles, Jem estava fazendo o mesmo com Aquário. Lançando de volta uma resposta a um e-mail que ela enviou, ele verificou as outras coisas em sua lista mental. As equipes de novatos estavam examinando o distrito do armazém, Brenna estava construindo os controles remotos, enquanto Mariska e Judd estavam repassando a filmagem. Riley tinha a rotação de soldados na mão e Indigo e Riaz a programação de treinamento recentemente revisada. Encontrando Lara, ele recebeu uma atualização de todos que foram feridos no ataque. Simran estava quase recuperado e descansando em casa, assim como Riordan. Elias, no entanto, permanecia na enfermaria. — Eu quase quebrei um scanner sobre a cabeça de hoje, — Lara murmurou. — Nunca pensei que seria Eli a me levar a começar a beber. Hawke sorriu. — Então, ele está no caminho para ser curado? — Sim. — Um leve sorriso. — Eu tenho que mantê-lo aqui, porque sua nova pele é muito frágil, mas ele vai sair sem cicatrizes em menos de uma semana.


— Você faz um bom trabalho, Lara. — Ele a beijou na bochecha, então passou para ver Riley. — Ninguém precisa de você hoje, — o tenente disse e apontou para a porta. — Aproveite enquanto pode. Fazendo exatamente isso, Hawke foi rastrear sua presa favorita. — Toby, — disse ele, pegando o menino enquanto ele corria para fora com uma bola de futebol em seus braços, a escola o liberara meia hora mais cedo. — Você viu Sienna? Toby balançou a cabeça, seu cabelo, ainda que não tão vermelho escuro quanto o de Sienna, caindo em seus olhos. Hawke estreitou seus próprios olhos. — Quando foi à última vez que cortou o cabelo?— Empurrando as mechas para trás, Toby passou de pé para pé, o rosto em chamas com um tom perigosamente próximo ao de seu cabelo. — Hum... — Toby. — Nunca antes Hawke precisara usar esse tom com o pré-adolescente que era tão bem-comportado, isto deixou seu lobo um pouco confuso. — Eu não gosto de tesouras, — Toby deixou escapar. — Perto da minha cabeça, eu quero dizer. — Walker não se importa com isso? — O macho Psy não era do tipo que deixa as coisas passar. — Sienna tipo que me livrou disso.


Isso, Hawke compreendeu. Sienna era feroz em seu amparo quando se tratava de Toby. Talvez até demais. Hawke entendia cuidar daqueles que eram seus, mas ele também entendia que um menino precisava explorar e se orgulhar de sua própria força. — Vamos lá, você vai cortar o cabelo hoje, —

ele

disse,

mudando

suas

prioridades,

porque

não

importasse a profundidade abrasadora de sua necessidade em ver Sienna, este jovem membro de seu clã precisava dele. — Como você pode fazer qualquer coisa se não consegue enxergar? Toby arrastou os pés, mas obedeceu. Hawke o fez largar a bola de futebol no banco de trás da caminhonete enquanto dava a partida — Para onde estamos indo? — Ver Sascha. — A curiosidade de seu lobo sobre o bebê era muito forte para esperar mais, e ele sabia que a empata ficaria feliz em arrumar o cabelo de Toby. Exceto que Toby ficou rígido com a ideia, o cheiro de sua angústia batendo contra Hawke. Parando a caminhonete de uma vez, ele estendeu a mão para esfregar a cabeça curvada do garoto. — Qual é o problema? — Eu gosto da Sascha. Muito. — Eu sei. — É por isso que ele pensou que todo o negócio de corte de cabelo cairia melhor com a ajuda da


empata. Mãos cerradas sobre as coxas tensas. — Eu não quero que ela pense que eu sou um bebê. Oh. — O mesmo com Riley? — O garoto adorava o tenente, que o tratava como um irmão muito mais novo. O assentir de Toby foi duro e rápido. — Hmm. Nesse caso, eu vou ter que fazer isso. — Dirigindo para estacionar o carro mais profundamente no território deles, e ciente de Toby o olhando boquiaberto, ele fez o menino sair, então remexeu no porta luvas até encontrar um par de tesouras no kit de primeiros socorros. Quando Toby engoliu em seco, ele apontou para a caçamba da caminhonete e disse, — Sente-se. O menino subiu na rampa traseira, pernas penduradas para fora da borda e as palavras escapando em alta velocidade. — Minha mãe costumava usar Tp para me fazer dormir quando eu precisar cortar o cabelo. Eu nunca gostei. Feliz em saber que o medo era um remanescente inofensivo da infância e não baseado em trauma escondido, ele disse, — Nós não vamos usar os sedativos no kit de primeiros socorros, então esqueça. O rosto de Toby caiu. — Essa aí parece bem afiada. Alcançando, Hawke cortou um pouco de seu próprio


cabelo para testar as lâminas. — Sim, deve fazer o truque. — Uh-oh.— Enormes olhos cardinais. — Você não deveria ter feito isso. — Por quê? — Porque toda vez que você corta o cabelo, Sienna fica brava. Seu lobo aguçou seus ouvidos. — É? — Ele chegou mais perto. Toby congelou. — Okay, — disse Hawke, ter experiências suficientes com filhotes para entender a lógica não ajudaria agora, — feche os olhos e grite o mais alto que puder. — O quê? — Apenas faça. Toby respirou fundo, franziu os olhos fechados... e gritou. Estremecendo com a saraivada ensurdecedora do som, Hawke cortou a franja longa demais do menino de uma vez, certificando-se de não tocar as lâminas metálicas na pele do garoto. — Não está ruim. — Ele não estava torto em qualquer caso. Os olhos de Toby se abriram. — Você terminou?


Hawke entregou-lhe o cabelo. — O que você acha? — Eu não acho que ninguém mais vai me deixar gritar. — Uma declaração pensativa. — Bem, contanto que você não se importe de parecer com um fugitivo da prisão, eu posso fazer isso. — Ok. — Toby sorriu. — E quanto a parte de baixo? — A sua é mais longa do que a minha. — Você pode deixar neste comprimento com a condição de não ficar em seu caminho. Toby franziu a testa, considerou. Homenzinho sério, Hawke pensou, percebendo que não passara tanto tempo com o menino. Mas tanto o homem quanto o lobo gostavam dele, Toby tinha uma bondade simples e profunda com ele que Hawke sabia que nunca desapareceria. Com os últimos vestígios de medos da infância de lado, havia força ali, também. Hesitante, no entanto, ainda crescendo, mas quando Toby se encontrasse, ele deixaria o clã orgulhoso, disso Hawke não tinha uma única dúvida. — Corte. — Uma declaração decisiva. — Eu posso deixar mais longo depois de passar pelas minhas aulas ao ar livre. Hawke ficou impressionado. — Você tem certeza?


Um aceno de cabeça forte. Então Toby fechou os olhos, respirou. Precisou de três gritos e no último, Toby estava rindo. Então estava Hawke. Eles se sentaram na rampa traseira depois, comendo amendoim de um saco que Toby tinha no bolso. Os amendoins estavam esmagados, mas isso não importava. Hawke viu-se reavaliar sua opinião sobre o rapaz enquanto eles conversavam. Toby tinha a gentileza de um empata, mas ele via tudo, e entendia que o mundo não era sempre gentil. Quem melhor, afinal de contas, para conhecer o lado escuro do coração humano do que alguém dotado com a capacidade de sentir emoção? Mas ele também era uma criança. — Estou com sede, — ele disse após analisar o último amendoim. — Eu também. — Virando-se, Hawke caçou pelo kit de primeiros socorros e surgiu com uma garrafa de água. — Aha. — Você vai ter que substituir isso ou Lara vai te dar uma bronca. — Acho que não sei disso? — Tomando um gole da garrafa, ele a passou para Toby. Que copiou suas ações. Escondendo seu sorriso, ele pegou a bola de futebol. —


Vamos lá, baixinho. O rosto de Toby sorriu. — Sério? Eu e você? Hawke jogou a bola por cima do pé. — Mova-se. — Estou indo! Eles passaram mais de meia hora juntos, com Toby provando ser tanto ágil quanto inteligente como adversário. Depois, eles terminaram com a garrafa de água antes de voltar para a caminhonete. Toby colocou o cinto de segurança. — Como é que você não me perguntou coisas sobre Sienna? Hawke levantou uma sobrancelha quando ligou o veículo. Toby deu de ombros. — Achei que você estava passando um tempo comigo para descobrir mais sobre a minha irmã. Sim, o garoto via tudo. — Talvez eu tenha pensado sobre isso, — disse Hawke, porque ele não acreditava em mentir para seu clã. — Mas acontece que eu gostei de sair com você. Todo o rosto de Toby se iluminou. — Você está falando sério. Eu sei. Bagunçando o cabelo do garoto, Hawke o levou para casa. Ele foi com Toby para o campo de prática para garantir que o treinador do garoto estivesse ciente que Toby não


cabulou aula, e as crianças lhe imploram para ficar. Ele era o alfa. Cuidar de filhotes era instintivo. Como resultado, a noite caia quando ele foi capaz de ir atrás de Sienna novamente. E desta vez, nada iria afastá-lo de sua presa.

RECUPERADO

DE

COMPUTADOR

2

(A)

TAGS:

CORRESPODÊNCIA PESSOAL, PAI, AÇÃO NÃO NECESSÁRIO DE: Alice <alice@scifac.edu> PARA: Pai <ellison@archsoc.edu> DATA: 12 de novembro de 1974 às 11:04 pm ASSUNTO: <sem assunto> Querido Papai, Eu recebi um aviso hoje cancelando o meu acesso aos voluntários com designação X e — solicitando — que eu pare com minha pesquisa. Eu sou uma cientista. Eu não posso fazer isso, especialmente quando eu estou à beira de descobrir a resposta. O que me preocupa é que, se eu estiver certa, posso


muito bem estar dando àqueles que procuram controlar os Xs uma maneira de mantê-los reféns. A promessa de segurança pode ser usada como um ‘incentivo’ para forçá-los a agir como armas psíquicas, eu não teria me preocupado com uma coisa dessas há alguns anos, mas a Conselho Psy não é mais o que já foi. Ligue-me quando receber este e-mail. Eu não posso chegar até a escavação. Com amor, Alice

Capítulo 33 SIENNA não estava em seu quarto. Nem ela estava no quarto da família, mas Walker estava. O telepata sacudiu a cabeça em direção ao corredor. Percebendo o mais velho dos Laurens queria ter essa conversa longe das crianças, Hawke levou-os a uma pequena alcova privada antes de dizer: — Eu estou surpreso que você esperou tanto tempo. — Há um tempo e um lugar. Este seria ele. — segurando o olhar de Hawke, de forma que não são muitos


homens poderiam, Walker disse: — Você vai ser bom para ela. Não é uma afirmação, mas uma ordem. Lobo Hawke se mexeu. — Você acha que eu seria o contrário? — Se eu achasse você estaria morto. Era Judd que tinha sido o assassino, mas Hawke teve a súbita cristalina compreensão, que quando se tratava de Sienna, Toby, e Marlee, era Walker, que era mais perigoso. — Entendido. — Se ele tivesse uma filha, ele mataria qualquer homem que se atrevesse machucá-la. E qualquer que seja a sua relação real, Walker era o mais próximo de um pai que Sienna teve. Ela disse isso a ele quando perguntou sobre seu pai quando eles dançaram naquela noite na sala de treinamento. — Eu sei sua identidade, mas pelo contrato de reprodução, seu único envolvimento em minha vida e de Toby é biológica. — Você já sentiu a necessidade de localizá-lo, exigir mais? — Ele perguntou, incapaz de compreender como um homem podia se afastar de seus filhos. — Não. Eu acho que Toby também não. — Não havia nenhum sofrimento emocional em seu tom, suas próximas palavras explicando o por que. — Nós sempre tivemos Walker, entende.


Agora Walker deu um aceno de cabeça cortada. — Então, que fique claro. — Virando em seu calcanhar, ele voltou para seus aposentos. Lobo Hawke balançou a cabeça, olhando o macho Psy com olhos verdes pálidos. — Você me disse que era um professor na Net. O homem olhou por cima do ombro. — Eu era. Você nunca me perguntou para quem eu ensinava. — A porta se fechou. Decidindo que a conversa poderia esperar, porque apesar de tudo o que ele tinha sido, Walker era agora leal ao bando, Hawke continuou em sua busca. Sienna não estava nas áreas comuns. Ele verificou o domínio de Lara seguinte, descobriu que ela tinha estado uma hora mais cedo. Começando a perder a paciência, empurrou para o seu próprio lugar para comer algo antes de retomar a caça. O cheiro de outono e especiarias no ar, em cada respiração. — Você me deve um jogo, — Sienna disse, pegando uma carta do baralho que ela tinha colocado no chão acarpetado da sala diante de seus aposentos. Vestida com calça jeans e aquela camisa preta sexy como o pecado com os botões de pressão tentadores, ela se sentou de pernas cruzadas no tapete, o cabelo dela uma folha de fogo escuro lambendo as costas.


Seu lobo rosnou, mal-humorado porque ela enganou-o. — Como foi que você entrou? — Não é como se você trancasse a porta. — Não, porque as pessoas não entram nos quartos de um alfa. — Então, me castigue. Ele esperava desafio, foi pego pela maldade. Seu lobo chamou a atenção. — Eu poderia fazer isso, — ele disse, rondando, agachando e mordendo seu lábio inferior. Um tremor prateado sobre sua pele. — É isso? Satisfeito, ele decidiu comê-la em pequenas mordidas deliciosas hoje. — Por enquanto. — Levantando-se, ele foi para a cozinha compacta e pegou um prato. — Você já jantou? — Sim. Abaixando-se para sentar em frente a ela, ele a alimentou com uma uva grande. Quando seus lábios se fecharam sobre a fruta madura, seu lobo olhava, fascinado. — Poker, — ele murmurou. — É claro. — Uma resposta rouca. Ele comeu metade de um sanduíche antes de falar. — Nós temos que ter recompensas. Linhas na testa dela. — Para os créditos, você quer dizer?


Pobre criança inocente, prestes a ser espoliada. — Tsttst, linda. Sabe quando você jogar poker com um homem por trás de portas fechadas, só existe uma moeda aceitável. Sua boca se abriu. — Você jogaria por isso? Desfrutando do choque fresco e calculista de Sienna, ele levou o seu tempo comendo a outra metade do sanduíche. — Roupas, Srta. Lauren. O que você achou que eu estava falando? Ela soltou um suspiro entre os dentes cerrados. — Às vezes eu realmente quero — um frustrado som — Mordê-lo! Ele congelou. — Eu poderia deixá-la. — Eu não vou fazer isso se você apreciá-lo. Um mau temperamento. Seu lobo gostava dela. — Vamos jogar. — Eu posso não estar no Silêncio por algum tempo, mas eu ainda tenho a cara de pau perfeita. — Um sorriso presunçoso. Ele permaneceu em seu rosto enquanto ela desfez-lhe das meias, ele tirou os sapatos dela antes, sua camiseta, e seu cinto. Foi quando sua concentração começou a vacilar, os olhos

passando

rapidamente

sobre

o

peito

e

costas.

Novamente. E mais uma vez. O lobo arqueou as costas, orgulhosamente por ela. E Hawke parou de jogar limpo.


SIENNA tinha visto Hawke despido antes, era impossível não pegar esses vislumbres da mudança changelings nu, mas o protocolo do bando dizia que ela sempre deveria desviar o olhar. Mesmo que ela não tinha, naqueles tempos, tinha sido nem de longe tão perto. Seu peito estava tenso com o músculo, o seu abdômen plano, sua pele uma aconchegante cor de mel levemente peluda com prata e ouro. Ela queria pressioná-lo para o tapete e lambê-lo todo. — Você planeja dobrar? Ela ergueu a cabeça, quase soltando suas cartas. — O quê? — Hora de mostrar suas cartas. Certeza de que ela tinha lhe superado, ela colocou para baixo sua formação. — Full House. — Seus olhos foram para seus jeans. Ela estava tão ocupada imaginando-o nu, ela quase perdeu o sorriso que flertou em seus lábios quando ele disse: — Bom, mas não é bom o suficiente, — e espalhou um royal flush. Atordoada, ela arregalou os olhos.


— Strip, linda. Ela foi tirar suas meias, sua pele brilhando a partir do impacto dessa carícia verbal. — Nu-huh. — Um aceno de cabeça. — Camiseta. Isso estalou em meio à neblina sensual. — Mas eu deixei você tirar suas meias primeiro! — Sim, eu não sabia que você tinha um fetiche por pés. Camiseta. Ela olhou. — Você renega a aposta? Irritada, ela começou a abrir os botões da camisa preta. Hawke observava com atenção predatória. — Você vai estar linda vestida em apenas suas meias. A imagem fez com que os dedos parassem nos botões finais, mas quando ele levantou as sobrancelhas, ela avançou, descartando a camisa antes que ela pudesse perder a coragem. Seu gemido fez suas coxas apertar. — Você está usando uma maldita regata debaixo! — A frustração não é tão engraçada agora, não é? — Disse ela com um sorriso. Um sorriso lento, que fez seu estômago ir sinuoso e apertado. — Portanto, esta é a vingança?


— Talvez. — Sua satisfação durou até que ela descobriu que Hawke era um trapaceiro. Coração na boca, ela estava certa de que ele diria a ela para tirar a regata a seguir, mas ele esfregou o queixo e disse: — Regata com as meias, poderia ser bonito. Antecipação nervosa ou não, ela não podia deixar de acariciar o olhar dela sobre seu peito enquanto ela esperava o veredicto. Qual seria a sensação de tocá-lo, esfregar seu... — Meias. — O quê? — Quer que eu mude de ideia? — Não! — Livrando-se das meias, ela tratou com o próximo jogo desde que ele parecia estar contente com seu jogo. Só que era impossível se concentrar com ele deitado de costas apenas a dois metros dela, uma perna estendida sobre o tapete, a outra flexionada enquanto ele segurava as cartas em cima dele. Era como ser mostrada a mais bela estátua clássica no mundo e que está sendo dito para não tocar. Suas unhas se cravaram nas palmas das mãos. — Baby? Esperando mais da provocação sensual que teve sua fusão de dentro para fora, ela se surpreendeu com o carinho que ela pegou naquele olhar lobo-pálido. — Sim? — Você quer ficar nua?


— Eu concordei em jogar o jogo. — Sienna sempre manteve sua palavra. Foi uma escolha que ela fez depois de sair da Net, uma posição que a definia. — Isso não é o que eu perguntei. Ela podia ter mentido para poupar o seu orgulho, mas não era isso que ela queria entre eles. — Eu não fico tão confortável em estar nua como um changeling. Ela nunca tinha estado nua na frente de ninguém depois de cinco anos de idade, exceto em um ambiente médico. Aqueles não eram boas lembranças. Hawke baixou suas cartas. — Quer tocar? — O convite sensual cortado diretamente através do eco frio da humilhação que tinha sido seu físico anterior, quando todo o seu corpo foi inspecionado, da cabeça aos pés para assegurar que ela não tinha imperfeições que possam fazer dela uma arma menos viável. — Sim, — ela disse, com a garganta grossa de desejo cru. — Então eu sou todo seu. Deixando de lado as cartas, ela se arrastou para se ajoelhar ao lado dele. — Qualquer lugar?

— Contanto que você não sacie o seu fetiche estranho por pés. — Um sorriso preguiçoso que a convidou para jogar.


Era uma tentação irresistível. Inclinando-se, beijou a boca provocadora. Sua mão imediatamente se fechou em seu cabelo, segurando-se a ele quando ele a provava com respiração roubada. — Será que você vai, — ela disse, o peito subindo e descendo enquanto tentava tomar ar, — dar-me o controle neste tipo de situação? Num contexto sexual? — Não. — O lobo olhando para ela. — Isso te incomoda? Ela colocou a mão em seu peito, o calor tenso dele de repente, um vício agudo. — Eu tenho que estar no controle de meu poder a cada minuto de cada dia. — Era impossível não acariciá-lo, não passar a mão sobre a luz dourada em seu peito que era ainda mais suave do que parecia. Isso a fez se perguntar como seria contra seus mamilos. Sua mão apertou em seu cabelo. — O que acabou de passar por sua cabeça? — Descubra isso, — ela murmurou, porque enquanto ela descobria que não era avessa a entregar-lhe as rédeas na cama, ela não estava prestes a revelar também. — Eu quero tocar agora. Seu peito vibrou com a palma da mão, e ela percebeu que ele rosnou. Mas o som não tinha nenhuma raiva. Era mais sensual, mais profundo... íntimo. Voltando a pensar no que ela estava fazendo, ela percebeu que roçou um mamilo masculino, com sua unha.


Então, ela fez isso de novo. Fazendo o mesmo som surdo, ele puxou-a para baixo com a mão que ele tinha em seu cabelo, e tomou sua boca novamente, seus lábios uma marca possessiva. Ela encontrou-se de costas, com ele pesado entre as coxas um segundo depois. Quando ela empurrou seus ombros, ele disse: — Você ainda pode tocar. Um leve beijo no canto dos lábios, o queixo mal barbeado raspando a carne dolorosamente sensível. — Não, se você continuar fazendo isso. — Foi além do impossível se concentrar com ele tão grande, acolhedor e desperto em cima dela. — Hawke. Algo na voz de Sienna fez o lobo de Hawke ficar imóvel. Apoiando-se com seus braços em ambos os lados de sua cabeça, ele olhou nos olhos pretos escuro. — Você precisa de uma pausa? — Ele não tinha esquecido quem e o que ela era, a demanda que seu dom exigia sobre ela. Suas mãos alisaram seu peito. Ele assumiu o controle e rangeu os dentes para não pedir a ela para acariciar essas mãos sobre o cume duro de seu pênis. — Baby, isso não vai me fazer me comportar. — É preciso, — ela disse, — porque é a minha vez. Eu preciso tocar em você. Uma fria declaração, mas ele ouviu a muito real


frustração por trás dela. Como evidenciando a última vez que estiveram juntos, a frustração na cama pode ser divertida, mas não é o tipo que ele ouvia em sua voz. Precisa, nua e despojada, a mesma fome de toque que ele tinha em suas garras antes que se permitiria entrar nela. Ela estava certa. Era a vez dela. Então ele travou seus músculos, baixou a cabeça, o cabelo

caindo

sobre

o

rosto,

e

deixando-a

acariciá-lo.

Permanecendo em repouso sob sua exploração era uma tortura, faminto como ele estava de reclamá-la. No entanto, o lobo apertou os dentes junto com o ser humano, como se a consciência de que esta mulher, enquanto forte o suficiente para sobreviver a uma infância que teria quebrado a maioria, também era profundamente vulnerável em determinadas maneiras. — Você é tão bonito. — Um murmúrio rouco que foi um golpe rude em sua carne firme. — Seu cabelo no peito, é tão bom, tão bom. Tal como a mais fina das peles. Era também altamente sensível. — Use a sua boca, — ele encontrou-se exigente quanto a coleira escorregou. Mas Sienna não era tímida. — Oh, sim. Eu quero fazer isso. Enquanto ele ainda estava tentando acalmar sua resposta primal no prazer escondido de sua resposta, ela mexeu-se uma fração e colocou um beijo quente e desinibida


logo acima do mamilo esquerdo. Ele reprimiu uma palavra muito azul, um brilho de suor revestindo todo o seu corpo. Como ele sabia, Sienna aprendia rápido. Seu próximo beijo incluiu a raspagem dos dentes. O rosnado de Hawke levantou todos os pêlos do corpo de Sienna. Tremendo, ela lambeu-o, tendo o sal e o calor dele dentro dela. Parte dela não podia acreditar que tinha as mãos sobre ele, finalmente, que ela era livre para acariciar e provar como ela queria. O resto dela queria devorar, suas pernas apertando ao redor da intrusão sensual do grande corpo entre suas coxas. Seria mais fácil alcançar tudo se ela o empurrasse para suas costas, mas em primeiro lugar, ela não tinha certeza se ele iria, e segundo, ser cercado por ele era... além do prazer. Suas coxas empurram contra o interior dela quando o peso grosso de sua ereção pressionou através de seu jeans, apenas roçando-a. Seus braços estavam tensos com o músculo em cada lado dela, com o peito em cima dela, seu cabelo caindo sensualmente ao redor de seu rosto enquanto ele a olhava com o foco de um predador. Aquele que queria morder. Ela tentou alcançar seus lábios, ficou aquém. — Beijeme. Inclinando-se para baixo, sem uma palavra, ele passou os lábios nos dela. Era uma provocação, fez sua tentativa de subir em direção a ele mais uma vez.


— Nu-huh. — Ele balançou a cabeça. — Seja boazinha. Tremendo, ela deitou-se. Sua recompensa foi um beijo profundo, dentes fechando sobre o lábio inferior, uma versão lânguida que fizeram as coisas em seu trecho apertar. — Eu espero que você goste de dentes. — Ele disse naquela voz áspera e profunda que a fez querer fazer coisas infinitamente más. — Eu gosto dos seus. Ele acomodou-se mais pesadamente sobre ela. Sentia-se ao mesmo tempo enjaulada e como se ela voaria em um milhão de peças com o mais leve toque. Pânico vibrou em sua garganta, o choque de uma mulher que tinha crescido em uma prisão de disciplina e escuridão. — Hawke. — Shh. — Beijos na sua bochecha, seu antebraço Enquadrando sua cabeça quando ele usou a mão livre para brincar com fios de seu cabelo. Outro beijo, desta vez no nariz. — Nós temos a noite toda. — Um sussurro de um beijo no canto da boca. Outro. — Não há necessidade de pressa. Gentil, ela pensou, ele estava sendo gentil com ela. A ternura inesperada lhe surpreendeu... a desarmou. No entanto, mesmo neste momento, não havia nenhuma dúvida do poder do lobo que rondava por trás de seus olhos. — Você sempre soube que você seria alfa, — ela encontrou-se


sussurrando no íntimo silêncio. Sua

expressão

mudou,

tornou-se

tocada

com

a

escuridão. — Eu sabia que quando eu precisei saber, — ele disse por fim, e embora as palavras não foram ditas, ela entendeu que ele queria que ela esquecesse o assunto. Essa era a única coisa que ela não podia fazer, embora soubesse que sua persistência poderia quebrar a magia deste momento sensual. Tocá-lo, estar com ele, era apenas parte do que ela precisava de seu homem. Ela não poderia ter a sua alma, não poderia ter o vínculo de acasalamento, mas ela lutaria pelo resto do corpo, mesmo que a deixasse machucada e sangrando. — O que os Psy fizeram? — Eles quebraram o meu pai. — palavras cortadas. — Levou uma semana. Bile queimou a parte de trás de sua garganta. Era quase impossível interromper escudos changeling sem matar ou ferir o alvo, mas dada uma semana com um lobo que, com toda probabilidade, tinha sido tratados com drogas... — Eu sinto muito. — Nada para você se desculpar. — Seus dedos apertaram em seu quadril. — Você não tem nada a ver com a experiência. Um frio sobre a pele, o primeiro vislumbre de horror. — Experimento — Ela estendeu a mão para acariciar o queixo, encontrando-o duro como pedra.


— Chega. Não há nada lá, exceto sangue e morte. — Ele enfiou a mão em seu cabelo. — O que nós estamos agora, isso é que é importante. Como ele pode dizer isso? O passado tinha o atacado, ele carregava as cicatrizes em seu coração até hoje. — Não, — ela sussurrou. — Não me cale assim. Não me venha com ainda menos de você. Balançando a cabeça, ele se moveu como se fosse beijála, para acabar com a conversa... congelou. — Sienna, seus olhos, eles estão queimando. Empurrou de volta para a fria realidade de sua vida, ela caiu em sua mente, viu a tempestade de fogo. Isso não deveria ter construído tão crítico tão rápido, não deveria ter incinerado seus escudos e despejado em seus olhos, uma coisa voraz e violenta iria consumir tudo em seu caminho e procurar mais. O medo apertou-lhe a garganta, mas ela não tinha tempo para o gelo dele. — Eu preciso sair da cova. Agora.

Capítulo 34


ELES

LEVARAM

UMA

das

unidades

de

rodas

profundamente para o interior isolado do território do bando enquanto foi possível antes Sienna dizer: — Pare. — Caindo para fora do veículo no segundo em que Hawke freiou, ela correu em direção a uma pequena clareira cercada pela maior altura de abetos verde-escuros, com os pés amortecidos por milhões de agulhas de pinheiro. — Recue, — ela ordenou quando Hawke a apanhou. — Você não queima a terra quando você solta seu poder, — ele disse, os planos de sua face em um estudo puro, uma vontade implacável. — Você não me queimou quando perdeu o controle enquanto você vinha. — Ele trancou seus braços ao redor dela. — Vamos lá! — Isso a aterrorizou, ela poderia o ter machucado. — Por favor! Seus braços eram aços imóveis. — Eu confio em você. Confie em si mesma. — Hawke! — Energia derramou dela em uma corrida gritante. Agindo por instinto primal, ela jogou um escudo de fogo frio em torno de toda a parte de Hawke que lhe tocava uma fração de segundo antes que ela socasse um impulso enorme com o mesmo fogo na terra. Ela ondulou em uma


onda misteriosa de vermelho e ouro na superfície antes de afundar abaixo do chão da floresta. Linda. Então não havia mais pensamento. Apenas o frio brutal de uma X. Ela não soube por quanto tempo o fogo a queimou, mas ela teria caído no chão se Hawke não a estivesse segurando. Tremendo, ela encostou-se a ele apenas pelos segundos que suas pernas levaram para trabalhar novamente. Em seguida, ela o empurrou, surpreendendo-o para liberá-la. — Seu filho da puta! Eu poderia ter te matado! — Choque continuava a tremer em seu sangue, lutando com raiva e com terror abastecido pelo domínio. — Você está permitindo que o medo a dirija, — ele respondeu com os olhos impiedosos de determinação. — Ming ainda está em sua cabeça, mantendo-a em uma gaiola. Saia e possua a sua habilidade. — Isso é um monte de besteira! — Nunca antes ela tinha gritado com alguém. Nunca antes havia sentido tanto medo de gelar os ossos. — Você não sabe nada sobre ser um X! Você esqueceu que eu quase matei minha mãe? — Você era uma criança. Sua risada foi aromatizada com amargura. — Você não tem ideia do que eu posso fazer. — Todo esse tempo, ela


estava enganando a si mesma que ele a queria, apesar de saber que ela era um monstro. Se ele tivesse entendido a verdade... — Você sentiu a intensidade do que diabos eu sou. No entanto, eu posso fazer isso. — Um único movimento de sua mão e X-fogo envolveu uma gigante floresta que tinha sobrevivido durante séculos. Cinzas, bem como poeira, levantar-se-iam no ar entre uma piscada e outra. — Agora você sabe.

HAWKE

rangeu

sua

mandíbula

enquanto

Sienna

balançava em seus pés. — Isso foi uma coisa singularmente estúpida de se fazer. — Agarrando-a ele a jogou por cima do ombro. — Ponha-me no chão. — Um protesto fraco antes que seu corpo ficasse mole. Preocupação rasgou em suas veias, mas ele podia sentir o seu batimento cardíaco, sentir sua respiração. Focando nisso, ele amarrou-a no banco do passageiro antes de cavar o seu telefone. — Sienna está inconsciente, — ele disse, quando Judd respondeu. O outro homem levou um segundo para responder. —


Ela está bem. Sua mente está intacta. Alívio fez seu caminho no intestino de Hawke. — Eu vou escondê-la até quando ela acordar. — Fechando a porta do passageiro, ele correu para o lado do motorista e passou o telefone para o modo de viva voz antes de iniciar a viagem de volta. — Parece, — Judd disse quando Hawke terminou de retransmitir o que levou ao colapso da Sienna, — como se ela tivesse sobrecarregado seus caminhos psíquicos. Hawke franziu a testa. — Então, ela tem uma chave de segurança. — Ele tinha tido a impressão de que se o controle consciente era tão necessário, porque Sienna não tinha construído um para desligar-se. Judd não respondeu por tempo suficiente para que o sangue do Hawke ficasse frio. — O que não está me dizendo? — Eu acho que nós precisamos ter esta discussão depois que você voltar. A paciência de Hawke era inexistente quando se tratava do bem-estar de Sienna, mas viu o ponto do tenente. — Nós estaremos ai em breve. Judd encontrou com eles na enfermaria, onde Lara correu um scanner de alta tecnologia médica sobre Sienna e pronunciou que ela estava em perfeita saúde. Só então Hawke


acenou para a Judd segui-lo pelo o corredor. — Diga-me. — Ela está acelerando a uma taxa exponencial, — Judd disse, puxando um gráfico no pequeno datapad que ele carregava no bolso. — Depois que ela confirmou que tinha purgado seu poder com mais frequência nos últimos tempos, eu falei com Walker para ver se ele conseguia identificar todas as vezes ou datas específicas. Levou-me até um pouco antes da operação sul-americana para perceber que era com Toby que nos precisávamos falar, ela permite que ele chegue mais perto do que qualquer outra pessoa. Linhas brancas em forma de colchetes na boca do Arrow. — Ele sabia antes de todos nós. Ele está fazendo uma anotação em seu diário cada vez que ele sente que ela está prestes a ir a um estado crítico. Desde que ela não teve nenhum incidente, a conclusão lógica é de que ela instituiu um expurgo em cada caso. — Judd virou o datapad então Hawke podia ver a tela. O padrão era impossível de perder. Fazia quase um ano entre a chegada de Sienna e a primeira vez ela apresentou. O próximo veio depois de oito meses. Então, seis. Os últimos tinham tido meras semanas de intervalo. O lobo de Hawke subiu à tona, ajudando o homem a pensar com o propósito claro em seus olhos. — Pode ser interrompido? — Não. — Uma afirmação absoluta. — Isso é o que faz


dela uma X. — Silêncio, — ele forçou-se a dizer essa palavra, a considerar essa opção, — A mantinha sob algum tipo de contenção. — Somente até certo ponto. Ela é a única X cardeal que já nasceu, de acordo com nossos registros. Mesmo Ming ia jogar uma roleta russa com ela. Ninguém tinha idéia do que iria acontecer quando o seu poder amadurecesse. — Será que ela sabe? — Eu acho que ela não quer saber. — Preto apagou o marrom salpicado de ouro dos olhos de Judd, uma indicação rara de forte emoção. — A única maneira que ela poderia sobreviver é acreditar que ela pode mudar o inevitável. — Então vamos deixar por isso mesmo. — Ele podia ver Sienna crescendo mais profundo em sua pele dia após dia. De jeito nenhum ele iria a cortar na altura dos joelhos. — Você parece certo que não pode ser interrompido, mas há alguma maneira de retardar a progressão? Judd passou a mão pelo cabelo. — Eu estive procurando o manuscrito que eu mencionei a você uma vez. — O trabalho em X-Psy? O outro homem acenou com a cabeça. — Eu não


encontrei nenhuma evidência para confirmar a sua existência, mas eu estou esperando um retorno de um contato final. O lobo de Hawke pegou o minuto da mudança da expressão de Judd. — O Fantasma. Você não confia nele. — Não nisso. Ela é uma arma de potencial infinito. E o Fantasma, Hawke sabia, tinha uma agenda que não tinha nada a ver com a paz.

OITO horas depois, com as montanhas beijadas em ouro branco pelo sol da manhã, Hawke ficou olhando para a porta que acabara de ser batida em seu rosto. — Sienna, — ele rosnou. Silêncio do outro lado. Ele bateu as palmas das mãos para baixo sobre a superfície plana e dura o suficiente para que ela não pudesse perdê-lo. Esperou. Ainda nada. Parte dele, a parte que o fez alfa, queria rasgar a porta de suas dobradiças, jogá-la para a cama, e ensinar-lhe o que acontecia com uma mulher que ousava desafiá-lo. Ele não iria machucá-la. Mas ele iria mordêla. Forte. Estrangulando

o

impulso

primitivo,

ele

decidiu


caminhar, mas mudou de idéia no meio do caminho e dirigiuse para a garagem. O carro deu-lhe tempo suficiente para se estabelecer

de

modo

que

ele

não

estava

se

sentindo

completamente selvagem quando chegou ao seu destino, depois de ter feito um pequeno desvio para pegar alguma coisa. Sascha riu quando ele lhe entregou um lobo de pelúcia de brinquedo. — Como é que você conseguiu passar pelos sentinelas? — Com charme natural. — Ele pensou sobre um beijo na bochecha, mas decidiu dar uma pausa a Lucas. O que você está fazendo aqui? — O leopardo exigiu, com as mãos nos quadris de Sascha enquanto estava na porta da cabine. — Eu vim para conhecer a minha nova garota, — Hawke disse, fazendo o seu melhor para parecer inofensivo. — Onde ela está? Lucas fez uma careta, mas mudou-se para fora da porta quando Sascha virou-se para pressionar um beijo em sua mandíbula. — Venha, — a empata disse, indo mais fundo na cabine.

Hawke relutou tempo suficiente para estender a mão. —


Parabéns. Lucas apertou. — Obrigado. — Sacudindo a cabeça em direção ao quarto, ele disse, — Sascha ainda se recusa a mover o berço para o berçário. — Só Sascha? — Hawke levantou uma sobrancelha. O rosnado foi tranqüilo, mas não menos poderoso por isso. — Você quer vê-la ou não? Hawke pegou um novo perfume delicado escondido sob os marcadores de proteção de uma pantera e uma empata, logo que ele cruzou o limiar. Pó de bebê e sorrisos. A inocência dela fez o seu lobo parar de andar, a raiva e a irritação temporariamente arquivadas. Consciente dos instintos que deveriam ter arranhando em Lucas, ele manteve suas mãos atrás das costas enquanto olhava para baixo, para a pequena criatura nos braços de Sascha, os olhos já curiosos em um verde brilhante como do seu pai. — Olá, querida. — Era impossível não sorrir, não se apaixonar um pouco. Sascha aninhou o bebê com um suave beijo maternal antes de dizer: — Você gostaria de segurá-la? Hawke olhou para Luc primeiro. O leopardo alfa assentiu. — Eu vou rasgar sua garganta fora se você respirar


errado. — Tudo bem. — Tomando o embrulho precioso de Sascha, ele abraçou o bebê perto do calor de seu corpo. Quando ela franziu o rosto, ele riu. — Sim, eu sou um lobo, gatinha. — Tocando um dedo com cuidado em seu nariz, ele ficou surpreso ao sentir as pequenas mãos o agarrando. — Olhe para isso. Fascinados, Sascha pensou, olhando de um homem para o outro. Ambos estavam fascinados. Quando Naya tinha enrolado seu dedo em Lucas, isto a tinha surpreendido um pouco, mas de alguma forma, ela esperava que em Hawke levasse mais tempo. Mas, realmente, foi alguma surpresa? Ele era alfa, também tinha esse mesmo instinto de proteção forte correndo pelo seu sangue. O bebê fez um barulho exigente. Tomando-a de Hawke, Lucas segurou-a contra o peito, ronronando baixo e constante até que sua princesa se acalmou em contentamento. Sascha não sabia como ela permanecia, o amor por seu companheiro e sua filha encheu seu corpo. Era tão visceral, tão entrelaçado em cada célula de seu ser. Uma coisa enorme, impossível que eclipsou tudo o que veio antes. Isto ameaçou cegá-la de tudo, mas ela era uma E-Psy. E assim, ela pegou o sussurro da escuridão no homem que era


um alfa sem uma companheira. Olhando para Lucas, ela inclinou a cabeça. Ele fez uma careta. Ela apertou os lábios. Suspirando, ele disse, — Eu acho que a menina aqui quer ir para uma caminhada. Hawke saiu primeiro, com Sascha seguindo Lucas para fora. Ele atravessou a clareira, até que estava fora do alcance de escutar as suas vozes baixas. — Você está preocupado com alguma coisa, — ela disse para Hawke, cortando seu coração. Um trovão preto rolou naquela cara dura, mas bonita. — Pare de fazer isso. — Eu não posso evitar. — Ela nunca se intrometeu nas emoções das pessoas, mas ela não conseguia mais parar de sentir que Hawke poderia desligar o seu sentido. Cruzando os braços, inclinou-se contra a parede da cabine, enquanto ela empoleirava no parapeito da janela a um pé de distância. — O que aconteceu? — Ela cutucou, porque você tinha que fazer isso com homens que estão acostumados a manter tudo contido. — Será que isso tem a ver com Sienna? — O que te faz dizer isso? — Ela é a única pessoa que incita essa reação em você. Hawke olhou para onde Lucas andava com o bebê. — Ela está se recusando a falar comigo. — Isso o choca, — Não, pensou Sascha, não era bem


isso. — Não me surpreende que ela é capaz de resistir a você. Hawke fez uma careta. — Você me faz parecer um idiota. — Não, um burro, apenas um homem que raramente tem alguém para enfrentá-lo. — Ela sentiu a mente em busca do bebê, enviou garantias como ela faz mil vezes por dia. — Diga-me por que ela não está falando com você. Depois que Hawke terminou, ela disse: — Eu entendo. Os olhos claros se prenderam no lugar, o seu domínio uma onda impressionante. Se ela não tivesse sido colocada para viver com Lucas, ela poderia ter murchado. Como foi, ela tocou os dedos em seu queixo e empurrou uma fração. — Pare com isso. O lobo continuou a espreita por detrás daquele olhar gelado, mas desviou o olhar. — Deixe-me perguntar-lhe uma coisa, — ela disse, perguntando se ela seria capaz de chegar até ele, este homem que, pelo que sabia, tinha-se tornado alfa em uma idade ainda mais jovem do que Lucas. — Se Judd dissesse para manter distância, você manteria? Ele cruzou os braços, os bíceps empurrando contra as mangas de sua camiseta branca. — As duas situações não são o mesmo.


— Ela é uma cardeal, Hawke.— Palavras gentis, mas Sascha também era cardeal, e a declaração estabeleceu um poder penetrante na pele de Hawke. — Se você for ter qualquer tipo de relacionamento com ela, você tem que aceitar o que ela é, ignorando-a quando ela toma uma decisão sobre seu próprio poder é ir tão longe quanto você pode ir a partir da aceitação. O lobo de Hawke passeou dentro de sua mente, querendo rasgar suas palavras com suas garras. — Eu tenho que voltar. — Havia uma centena de coisas que ele teria de lidar hoje, mas o mais crítico, ele pensou enquanto disse adeus ao par leopardo, seria necessário um planejamento cuidadoso. Não haveria mais portas batendo em seu rosto, tanto o homem como lobo estavam certos disso.

RESPOSTA DO DEPARTAMENTO DE POLICIA DO ESTE PARK SOBRE A CONSULTA DE GEORGE KIM EM NOME DOS PROFESSORES MAE E ELLISON ELDRIDGE: 8 DE JANEIRO DE 1975


Lamentamos informar que Alice Eldridge parece ter sofrido um acidente fatal durante a sua mais recente escalada. A unidade de busca e resgate está tentando recuperar o corpo, mas está localizado tão profundamente dentro de uma fenda que pode não ser seguro prosseguir. Assistência Telecinetica foi negada.

Capítulo 35 DE ACORDO com um membro da matilha, Lara tinha dirigido até a cachoeira, mas Walker não encontrou nenhum sinal dela quando chegou. No final das contas, foi o carmesim de seu casaco de lã que ele viu de longe, ela estava sentada escondida entre as árvores, com o rosto voltado para a fúria


selvagem da água. Sabendo que ela iria pegar seu cheiro, ele caminhou para se sentar ao seu lado, tocando seu ombro no dela. — Você tem sombras sob seus olhos. — Ele queria chegar e enxugá-las, mesmo sabendo que isso era impossível. Quando ela não respondeu, ele disse: — Fale comigo, Lara. — Ele não estava acostumado ao silêncio da mulher que havia se tornado sua amiga mais próxima. — Eu tive uma chamada de emergência de uma das mulheres esta manhã. Ela estava grávida de três meses. Tudo em Walker ficou em silêncio. — Algo estava errado? — Ela teve um aborto espontâneo. — Ela tomou uma respiração irregular. — Não houve nenhum aviso, nada que indicasse um problema. Eu mantinha um olhar atento sobre a gravidez das mulheres, mas esta eu não entendi. — Lamento em sua voz. — Eu não poderia consertá-la. Ele tocou a mão na energia selvagem de seus cachos. — Algumas gravidezes se encerraram, sem qualquer razão aparente, você sabe disso. — Intelectualmente, sim. Mas... ela está com muita dor emocional agora. Acariciando sua mão para baixo da linha dura de sua


coluna, ele a descansou em seu quadril. — Eu vi Hawke na enfermaria com o jovem casal quando fui procurar você. Lara assentiu. — Eu liguei para ele vir. Ele vai ser capaz de ajudar seu lobo em certa medida, ajudar seu companheiro também. — Ela colocou os braços em volta dos joelhos levantados. — Ela é forte, saudável, vai curar. Eu odeio que ela está tendo que passar por essa dor. Eu odeio isso. Walker não era do sexo feminino, nunca carregou uma criança, mas ele era um pai. — Yelene, — ele encontrou-se dizendo,

falando

um

segredo

que

ele

nunca

tinha

compartilhado, — estava grávida do nosso segundo filho quando recebemos a ordem de reabilitação. Lara respirou fundo. — Ela perdeu o bebê. É claro que ela acharia isto, esta curandeira que se preocupa tanto com seu bando. — A ordem era para todos que deram sangue a Lauren. Ela já tinha abortado a criança no momento em que eu cheguei a casa. — Todo o resto, ele teria aceitado, teria sobrevivido, mas esse ato quebrou algo dentro dele. Porque mesmo na PsyNet, ele trabalhava com crianças. Perigosas crianças superdotadas, mas crianças e apesar disso, ele fez tudo em seu poder para protegê-las. No entanto, — Eu não pude proteger o meu filho. Ouvindo soluços silenciosos de Lara, ele se virou e tomou-a nos braços, tecendo seus dedos em seu cabelo. Ela


escondeu o rosto contra seu peito e chorou como se seu coração estivesse fragmentando. Ela entendeu, ele pensou, sabia que não era apenas o seu filho ainda não nascido que havia morrido naquele dia. Mas... como Lara chorou pelo filho que ele perdeu, como ela deu voz à dor que não podia expressar, o nó apertado de tristeza dentro dele começou a desvendar fragmento por fragmento irregular. — Às vezes me pergunto, — ele sussurrou, a pele macia da nuca delicada sob a palma da mão, — o que o meu filho teria sido. A mão de Lara espalhou sobre o tecido de sua camisa. — Diga-me o que você imaginou. — Sua voz era crua com choro, mas a sua força era uma chama duradoura. Levou um longo tempo, mas como a água continuava a trovoar na piscina abaixo, Walker deu voz ao calor do seu próximo e falou do filho que vivia no fundo de seu coração e lá sempre viveria.

HAWKE acenou para Lake enquanto ele correu até o perímetro no silêncio da hora antes da meia-noite. — Algum problema? O soldado balançou a cabeça. — A distância, quando


tinha luz, estava com manchas de um par falcões, mas eles ficaram limpos no território do bando. — Bom. — Hawke passou vários minutos conversando com Lake, tendo tido uns vislumbres de Riley sobre ele. Inteligente, Hawke pensou, e não só isso, mas ele teve a capacidade de pensar fora da caixa. — Você está feliz com seus deveres atuais? Lake tomou uma respiração profunda. — Se eu tivesse escolha, eu preferiria tarefas mais complexas. — Fale com o Riley amanhã, — Hawke disse, porque ele não queria que o jovem macho talentoso ficasse entediado. — Ele vai mudar as suas funções.

— Eu entendo que estamos em alerta máximo após os eventos recentes. — Um olhar atento. — Eu posso esperar até estarmos melhor situado para mover as coisas ao redor. — Não. Nós não vamos permitir que ninguém fique sufocado no crescimento do nosso grupo. — Sim, senhor. — Lake olhou para baixo, para cima. — Eu queria dizer alguma coisa, sobre Maria. — Vá em frente. — Ela está ainda bastante arrasada sobre estar fora da vigilância nesse tempo. Se você pudesse...


O lobo de Hawke gostou mais do garoto com esse seu pedido. — Eu vou cuidar disso. — Obrigado. — Um leve sorriso. — Sienna deve estar cerca de quinhentos metros para o norte. Hawke apontou para o sul. — Vá. Lake o deixou com uma saudação e um sorriso. Correndo ao longo do perímetro até que ele pegou o aroma rico, vibrante de uma mulher que estava bem e verdadeiramente

debaixo

de

sua

pele,

ele

pegou

uma

respiração profunda do ar fresco da montanha e amarrou seu lobo. Exigências iriam cair, nada do homem e do lobo importava quando se tratava de Sienna. Nem haveria ordens. Isto tinha haver com ser macho e fêmea. Hawke e Sienna. Ele a encontrou de pé na borda de um penhasco, mantendo um olho agudo sobre tudo o que passava. Calmo como ele foi, ela levou um instante mais básico para detectálo. — Você gostaria de um relatório, senhor? Ele estreitou os olhos para seu tom de voz, onde o alfa nele teria entregado uma resposta verbal rápida e letal para qualquer outra pessoa, ele não o fez porque este não era o relacionamento que queria com Sienna. — Não, eu prefiro um beijo. De volta a ser tão dura como o aço, ela disse, — eu


estou trabalhando, — mas depois, para surpresa dele, olhou para trás. — Eu ouvi sobre o aborto de Ameline. — Sua expressão era solene. A memória do choro silencioso de seu companheiro de matilha teve seu lobo querendo levantar o focinho em um uivo lamentoso. — Ela está sofrendo, mas ela é forte. Assim como seu companheiro. Eles vão sobreviver a isso. — Você se sentou com ela? — Sim. — Controlando o impulso de levar a mão em seu cabelo, puxá-la para perto até que ele pudesse respirar o tempero quente de sua pele... até que ele pudesse relaxar no nível mais profundo, ele se concentrou na terra que era a sua casa. A noite foi impressionante, o céu de veludo salpicado de diamantes. — Você quer saber se o Conselho entende por que a gente lutaria até o último suspiro para segurar isso? — Sim. — Seu próprio rosto erguido para o céu. — Os psicólogos terão feito um exame completo. Mas eles não vão acreditar que você recusaria a se entregar até mesmo no risco de vítimas em massa. — Algumas coisas estão além da lógica. — Perder a sua casa seria como rasgar o coração fora do bando, não importa se eles sobreviveram. — Nós dois sabemos disso. Ele acariciou a mão para baixo na corda grossa de sua trança.


Ela se afastou, a trégua acabou. — Você me ignorou. — Sim, eu fiz. E eu não me arrependo do que eu fiz. — Talvez ele tivesse sido um idiota, mas ele também estava certo, esta tinha sido uma pequena mudança em a si mesma, já tinha aprendido que ela poderia exercer e dirigir o fogo frio, escolher seus alvos, mesmo nesse nível de pressão. — Surpreendente. — Sarcasmo pingava nessa única palavra. — Mas, — acrescentou, com um grunhido, — Eu não vou ignorar seus pontos de vista sobre suas próprias habilidades da próxima vez. Sienna congelou com a declaração inesperada. — Não é bem como um pedido de desculpas, — ela disse, lutando para reorganizar seus pensamentos. — Isso é porque eu não estava pedindo desculpas. Claro que não. — Vá embora. Ele

puxou

a

trança

elegante

em

vez

disso,

desmanchando-a antes que ela percebesse o que estava fazendo. Rangendo os dentes para parar de reagir, ela olhou para o silêncio da floresta enquanto ele alisava os fios. — Você tem cachos aqui, — ele murmurou atrás dela. — Você os trançou enquanto ele estava úmido? Esse furtivo charme de lobo não iria enfraquecer suas


defesas neste momento. — Eu estou trabalhando, no caso de você não ter me ouvido na primeira vez. — Braços deslizaram ao redor de sua cintura, puxando-a contra o peito masculino quente. — Eu vim para lhe fazer companhia. Alcançando de volta, ela puxou o cabelo entre eles. — Eu gosto de estar sozinha. Uma alfinetada rápida em sua orelha. — Mentirosa. Cruzando os braços, ela resistiu ao impulso de chutar de volta para ele com uma bota. — Esta zona é tranquila, — ela disse. — Lake queria correr hoje à noite, então eu estou de pé, como sentinela. Os braços de Hawke envolveram seu tronco enquanto ele a abraçava incrivelmente perto, as coxas em cada lado dela. — Essa foi uma das minhas primeiras tarefas de sentinela. — Sua voz era calma, cheia de memória. — O alfa começou a me colocar sob vigilância quando eu tinha nove anos. — Nove? — Muito jovem, de acordo com as próprias regras SnowDancer. Hawke riu. — Eu estava tendo problemas, tinha muita energia e nenhum lugar para ela ir. Eles tentaram me fazer correr à exaustão, mas eu sobrevivi a todos, exceto Garrick, e o alfa não poderia passar todos os dias comigo.


Sienna percebeu que ela relaxou contra ele, mas ela estava muito fascinada por este pequeno vislumbre de seu passado para se preocupar. — Você era um bom sentinela? — Não, — ele disse, para sua surpresa. — Eu não conseguia parar de me mover o suficiente para manter a vigilância. — Outra risada. — Então Garrick me fez um mensageiro. Corri constantemente ao longo do perímetro, levando mensagens de uma sentinela para o outro, passando o tempo com os soldados, aprendendo com eles. — Olhando para trás, ele sabia que metade das mensagens tinha sido criada para dar-lhe algo para fazer. — Foi a melhor coisa que Garrick poderia ter feito. — O trabalho não só havia fornecido uma válvula de escape para sua energia, ele tinha começado a ensinar-lhe as habilidades que ele iria precisar no futuro, bem como o ligando aos homens e mulheres que um dia seria chamado para liderar. — Este Garrick era um bom alfa? Hawke pensou no magro homem negro que parecia quase tão forte como um ramo de salgueiro e que lutou como um gladiador por seu bando. — Sim. — Oh. — Sienna parou. — Eu achava… ninguém nunca sequer o menciona, então eu pensei que talvez ele fosse má pessoa. — Não. — Hawke se forçou a falar. — Eles não falam


nada porque não querem me machucar, — Mas não era justo com o homem, com o alfa que Garrick foi. — Garrick morreu lutando com um de seus tenentes. — As próximas palavras eram pedras em seu peito. — Meu pai. As mãos de Sienna apareceram para fechar na dele. — Você disse que ele foi raptado, ferido. Ele não era mais o homem que conhecia. A mente de Hawke foi preenchida com a memória da agonia no rosto de seu pai, com o sangue derramado de seu peito. Ele tomou o seu último suspiro nos braços de sua companheira, sua mão por seu alfa mortalmente ferido quando seu curador já fraco tentou salvar os dois. — Seu pai foi o único? — Não. — Sua mãe... ela perdeu seu companheiro. Ele nunca falou de seu riso, de sua talentosa mãe e o que ele tinha feito com ela ao perder seu companheiro, nem com ninguém. — Lá vem Lake, chegando agora, — ele disse em vez de responder a sua pergunta. — Eu acho que nós devemos ir para uma corrida. — Um alto assobio agudo e Lake levantou a mão para indicar que compreendia. Quando Hawke deslocou-se para enfrentar Sienna, ele viu seus olhos se voltarem para a meia-noite. — Você é bom


em manter a distância entre você e uma amante, não é, Hawke? Ele curvou a mão sobre a coluna de seu pescoço e acariciou. — Eu não tenho sido exatamente bom mantendo a minha distância de você.

— Há mais de um tipo de distância. — Sem dizer nada mais, ela pegou um pregador de cabelo de seu bolso e puxou o cabelo em um elegante rabo de cavalo. Suas palavras perturbaram homem e lobo, mas não foi por seu passado que ele a seguiu para baixo. — Vamos lá, Lake esta quase em nós. — Galopando ladeira abaixo, ele esperou que ela se recuperasse. Eles correram a uma velocidade moderada, o que lhes permitiu olhar em seus arredores, confirmar que tudo estava como deveria ser. — Sua necessidade de purgar o fogo frio, — ele disse, querendo tirar isso do caminho, — foi por causa do meu toque? — Não, — disse ela ao mesmo tempo. — Eu estava ciente do que estava construindo, foi apenas um erro de cálculo pela forma como eu estava perto da forma crítica. Hawke pensou na revelação de Judd, colocando-a contra a vontade de Sienna. Ele sabia onde ele estava colocando o seu rabo. — Está totalmente recuperada?


— Sim. — Bom, — Decidindo deixar a questão de lado hoje à noite, ele perguntou: — Quem é seu parceiro preferencial de vigilância? — Não era uma questão de alfa para soldado, mas de homem para mulher. Ele queria simplesmente estar com ela nessa noite linda, sua voz roçando sua pele, enquanto eles passavam sob a sombra da lua de gigantes da floresta. — Você não vai acreditar em mim, mas Maria. — Sienna abaixou-se sob um ramo, deixando um fio de rubi vermelho atrás. Ele gostava que ela inadvertidamente marcasse seu território. — Você está certa, eu não acredito em você. Ela torceu o nariz para ele. — Até a luta, nós trabalhamos bem juntas. Nós, na verdade, nos tornamos amigas desde então. — Sim, eu me lembro de seus amigos da selva. Ignorando

seu

grunhido,

ela

apontou

um

coelho

fugindo. — Lake é muito sério, muito parecido comigo. Eu acho que nós ficamos muito quieto juntos. Hawke podia ver como isso poderia acontecer. Sienna precisava de um lobo que estava disposto a jogar. Embora, claro, lobos não eram os únicos predadores desta região. — Tem visto o filhote de leopardo ultimamente?


— Se você está falando de Kit, sim. Almocei com ele hoje. Ele sentiu suas garras picando nas entranhas de sua pele enquanto eles pararam em cima de outra subida que lhes permitiu olhar sobre o território. — Almoço. A

maioria

das

mulheres

teria

tanto

cerrada

ou

congelada a sua tentativa não tão sutil de intimidação. Sienna mostrou como surpreendentemente bem ela o conhecia por emboscar-lo com uma mordida inesperada em seu lábio inferior quando ele se inclinou para pedir mais informações. Ela tinha ido embora antes que ele pudesse revidar. Seu lobo curvou as costas de prazer, o prazer de jogar com ela em qualquer momento e o prazer de que ela tinha iniciado este jogo. Aproximando-se dela, ele atirou-lhe um olhar que prometia vingança. Sua resposta foi puros olhos frios de Psy... exceto pelo riso escondido naquele olhar cardeal. Ele estava prestes a puxá-la para ele, saborear o riso, quando ouviu algo que deixou seu lobo chegando a um ponto morto.

PARANDO de uma vez quando Hawke ficou imóvel, Sienna empurrou suas diversões para o fundo da sua consciência. — O que você sente? — Ela manteve a voz


subvocal, em uma faixa que ela pudesse apenas ouvir a si mesma. Não respondendo, Hawke inclinou a cabeça para a esquerda, apertou os olhos, em seguida, arqueou seu pescoço. A beleza misteriosa do uivo eletrificou cada minúsculo cabelo em seu corpo. Parecia impossível que ele estava vindo de uma garganta humana, e ainda assim ela podia ver a realidade com a força do fio do pescoço. Respondendo, uivos voltaram a eles pelas correntes de ar, como os últimos ecos de Hawke avisando e ela tinha aprendido o suficiente sobre os harmônicos lobos para descobrir que isso era exatamente o que tinha sido, morreram. — Vamos. — Hawke impôs o que era um ritmo brutal para ela, levando-os para longe do perímetro. Ele enviou outro uivo talvez 30 segundo durante a corrida, esperando apenas o tempo suficiente para obter uma resposta de cada um dos sentinelas. Mas um minuto depois que tinham começado a correr novamente, ele bateu com o corpo no chão, no buraco criado pelas raízes de uma árvore centenária, cobrindo-a com o seu próprio, e disse: — As mãos sobre as orelhas. Varias explosões soaram um instante depois. Ela tentou se virar, ver onde as balas estavam batendo, mas o corpo de Hawke era muito pesado, mantendo-a presa. Com as mãos


sobre os ouvidos como ele ordenou, ela ficou em posição e esperava com tudo nela que Lake e os outros na zona de ataque tivessem ficado sob a cobertura antes do ataque. Pareceu durar para sempre, um granizo interminável de violência. O aumento do nível de ruído indicava que a ofensiva estava chegando mais perto, ela estava prestes a tentar falar com Hawke, dizer a ele que precisava se mover quando o sonoro boom de uma enorme explosão deixou seus ouvidos zumbindo.

Capítulo 36 A SEGUNDA EXPLOSÃO seguiu os passos da primeira. Hawke rolou de cima dela um instante depois. — Baby, você está bem? Ela disse: — Sim, — por meio do zumbido de seus


ouvidos, estava consciente de que tinha que estar com dor aguda, dada a sensibilidade da audição changeling. — Você? — Dói como uma cadela, mas meus tímpanos não foram golpeados. — Chegando a seus pés, ele puxou-a para cima. — O q... — Seu cérebro atordoado reuniu-se para dar sentido aos detritos chovendo do céu a poucos metros de distância.

— Precisamos verificar

os destroços o mais

rapidamente possível, no caso de ter um esquadrão de limpeza Tk pronta para se mobilizar. — O ofício destruído pode trazer informações ao bando que poderia usar como sua vantagem nas hostilidades crescentes. — Vá, — disse Hawke, para sua surpresa. — Faça o que você precisar se os 'Tks vierem. Eu tenho de verificar os outros. — Tenha cuidado. Obtendo o seu aceno de cabeça, ela se retirou. Os detritos eram pedaços de um metal enegrecido e torcido à primeira vista, nada útil. Mantendo os sentidos, físicos e psíquicos, em amplo alerta, ela fez uma pesquisa cruzando a grade em alta velocidade, esperando muito que os sistemas de defesa aérea do bando tivessem deixado algo para ser encontrado. Ela quase perdeu o que era.


Tinha que ter sido parte do casco, um pequeno quadrado deformado que ela vislumbrou com o canto do olho. Correndo de volta para isso, ela colocou luvas em sua mão de uma camada de fogo frio antes de pegá-lo. Sua habilidade a protegia do calor escaldante saindo dos escombros, mas não fez nada para afetar sua visão. A estrela de prata sobre o fragmento de metal era tão brilhante como a platina.

HAWKE fez contato com Brenna enquanto corria, o cristal de recepção do telefone via satélite claro. — Tem o céu limpo? — Sim e os sistemas de defesa aéreos estão rearmados e prontos. — Lara foi notificada? — Ela está a caminho. Riley coordenou tudo. Eu vou corrigir por você. — Acidentes, — ele perguntou assim que Riley entrou na linha. — Não há relatos até o momento.


— Crisp coletou alguns relatos. Mas nós temos algumas lesões graves. — Por que demorou tanto tempo para explodir as coisas sangrentas do céu? — Os SnowDancer conheciam suas fraquezas, teve suas defesas preparadas. — Eles deviam ter sido apanhados antes que chegassem perto o suficiente para atingir qualquer um. — Mesma tecnologia stealth usada da última vez, — disse Riley. — Pedi aos gatos para enviar equipes para fixar os destroços,

até

para

poupar

nossas

pessoas,

o

que

encontrarmos pode ser crítico para modificar nossos sistemas de detecção. — Eles foram atingidos? — Não. O ataque foi focado nos SnowDancer. Vendo o corpo caído de Lake, Hawke disse: — Eu te ligo de volta, — e desligou. O jovem soldado tinha levado um tiro pelas costas, mas ele estava respirando. — Vá, — ele sussurrou. — Eu não vou fudidamente morrer e dar-lhes essa satisfação. Bom rapaz. — Lara está em seu caminho, — ele disse, fazendo a difícil decisão de acatar a palavra de Lake e verificar os outros.


Foi uma longa noite. Lake tinha perdido muito sangue, mas a bala não tinha cortado nada de importante. Sam havia sido atingido uma vez, a bala cavando um canal em todo o lado de seu crânio e o nocauteando, mas Lara garantiu a Hawke que o dano parecia pior do que era. Inês tinha tomado uma bala na perna, Riaz foi atingido no ombro e um recém-romovido Tai tinha fraturado o braço esquerdo quando mergulhou para evitar as balas. Por sua vez Sing-Liu foi atingido duas vezes, ambas as balas entrando através das costas para esmagar um caminho através de seus órgãos internos. A pequena mulher humana foi a mais gravemente ferida, viva só porque o seu companheiro, D'Arn, tinha empurrado a sua energia dentro dela em um esforço para mantê-la viva depois que ele sentiu a dor através de seu vínculo. Ele tinha desmoronado onde estava na sala, mas ele a mantinha viva. Era agora a vez de Lara e sua equipe.

A curandeira DarkRiver, Tamsyn, trabalhou ao lado de Lara. Ela não podia curar lobos, mas como uma médica qualificada, ela pode tirar um pouco da sua carga por lidar com as lesões menos graves. Riley e Indigo tinham a situação de segurança sob controle, o ataque tinha deixado lacunas em seu

perímetro

vasculhar

os

defensivo, destroços.

enquanto Isso

deixou

os

técnicos

Hawke

livre

foram para


permanecer na enfermaria. Era quase madrugada quando ele colocou as mãos nos ombros de Lara e disse: — Vá para a cama. — Todos os feridos foram tratados e agora estavam descansando. — Eu estou bem, — ela murmurou, bochecha contra seu peito — mais um expresso e eu vou estar pronta. Onde está Tammy? — Seu companheiro a levou para fora uma hora atrás. — Literalmente. — Agora vai para a cama ou eu vou algemá-la a ela. — Pervertido. — Mas não resistiu quando ele a levou para o quarto dela e a empurrou na direção da cama. Virando-se quando ele tinha certeza de que ela não planejava fugir de volta para fora, ele fez o seu caminho para seu próprio quarto e entrou no chuveiro. Vestindo um moletom e uma camiseta limpa, ele não dormiu, mas foi para Sienna, sabendo que ela só voltou para a toca 30 minutos atrás, ela estava com a proteção sobre os técnicos desde o ataque. Sua força fez o seu lobo levantar a cabeça com orgulho. Ela abriu a porta em sua primeira batida e não disse nada quando ele tirou a camisa. Quando ele bateu em sua cama, ela ficou sem argumento. Encolheu-se atrás dela, esfregou seu rosto na curva do pescoço dela, e caiu de cabeça


no sono.

LARA tinha adormecido no instante em que tropeçou de bruços na cama, sem se preocupar em se despir, mas seu lobo a cutucou e sentiu a acordando momentos depois. — O quê? — Ela murmurou, sentindo alguém puxando seus sapatos. — Um segundo. — Shh. — Uma mão quente e forte em seu cabelo. — Apenas colocando estes para fora. — Outro empurrão e seu casaco médico foi embora também. — As crianças, — ela murmurou, não capaz de encontrar vontade de se mover. Aquela mão grande e calejada acalmou em seu corpo. — Eles estão com Drew e Indigo. Ela tentou dizer que aquilo era bom, mas a exaustão a chutou com força. Logo antes de tudo ficar escuro, ela sentiu os lábios quentes e firmes de Walker em sua têmpora. Pensamento desejoso. Mas foi uma boa maneira de entrar em sono.


Não, não, não, não, não, não, não, não ... — Perfeito. — Ming entrou na sala para examinar a pilha de cinzas finas, onde antes havia uma pessoa gritando. — Apesar da sua falta de controle ser problemática, não poderia estar menos do que satisfeito com a força de sua capacidade. Ela era um monstro preso em um quarto com outro. Talvez ela devesse simplesmente queimá-los, acabar com tudo. A falha em torno de sua mente, preta e viciosa, um lembrete de que seus pensamentos não eram dela. — Pare, — ela disse, o sangue escorrendo do nariz. — Lembre-se, Sienna, — ele disse, a marca de nascença no lado direito do rosto da mesma cor do seu sangue. — Eu tenho você. Você é minha criatura. Um

grunhido

no

silêncio

diabólico

daquela

sala,

balançando as próprias paredes. Enquanto

ela

o

observava,

Ming

começou

a

se

desintegrar, até que ele não era nada, menos que nada. A visão dele lhe causou tal prazer violento que quando o rugido se transformou em uma voz e ordenou: — Descanse. Eu tenho você, — ela se aconchegou de volta em um corpo grande e musculoso e rendeu-se as asas do sono mais uma vez.


SIENNA acordou, talvez três horas após Hawke ter entrado em seu quarto. Na hora, não tinha havido necessidade ou tempo para palavras, embora ela tenha uma vaga lembrança de ouvir a sua voz em algum momento entre os dois. Franzindo a testa, ela voltou a pensar e pegou fragmentos do que poderia ter sido um pesadelo, mas não havia vestígios remanescentes de terror. Surpreendente, dado o calor protetor do homem que dormia curvado em torno dela. A coxa de Hawke estava pressionada exigentemente contra a parte mais macia dela, sua mão espalmada em seu abdômen debaixo de sua regata velha e favorita, com o braço sob sua cabeça, seu rosto se aninhou na curva do pescoço dela, a realidade dele era um pulso sensual sob sua pele. Parte dela queria se virar e esfregar seu rosto contra os cabelos finos e sedosos em seu peito, mas uma grande parte estava com medo de quebrar o momento e de tê-lo acordando e saindo. Ela sabia que ele teria que ir. Ele era alfa e ontem à noite, o bando havia sido atacado. Ele deu a si mesmo e ao seu povo um pouco de tempo para descansar e se reagrupar, mas de manhã isso estava acabado, tudo iria voltar em alta velocidade, logo que ele levantasse.


Um estrondo contra suas costas, sua mão se movendo em círculos preguiçosos em seu abdômen quando ele prendeu sua coxa mais firmemente contra ela. — Bom dia. — Essa áspera voz masculina fez sua pele ficar tensa, seu rosto corou com o calor que não tinha nada a ver com o constrangimento e tudo a ver com o desejo apertado em sua garganta. Ela nunca tinha acordado com um homem enrolado em volta dela, nunca pensou que quando isso acontecesse, seria com ele. — Bom dia, — ela conseguiu dizer, preparando-se para a perda de sua presença. — Eu posso te fazer café antes de ir. — Sim, ela queria que ele ficasse, mas ele era o coração dos SnowDancer, sendo alfa tão parte dele como suas habilidades eram dela. Ela nunca consideraria ficar no caminho de sua lealdade para com o bando, tinha entendido até mesmo quando era uma menina recém-saída da Net que era amado por muitos, necessário por muitos. — Eu faço em um instante, mas não é tão ruim. — Nada de café, — ele disse, beijando a curva de seu pescoço. — Dê-me algo doce para levar durante o dia. Ela apertou-se naquela coxa, esfregando-se lentamente, seu corpo apertado, quente. — O que você quer? Sua mão se moveu, seus dedos arrastando ao longo da parte superior de sua cintura. — Dar prazer para você.


— Eu... — Ela nunca gaguejou em sua vida, mas parecia que estava prestes a acontecer. Engolindo em seco, ela tentou reorganizar seus pensamentos dispersos. — Eu não sei se eu posso lidar com isso. — Nós nos tocamos antes. — Outro beijo. — Você disse que não foi o que fez o fogo frio derramar. — Não, isso não aconteceu. — Então? — Eu não tenho certeza de que meu controle está bom o suficiente, — ela admitiu, porque enquanto a emoção não conduz o fogo X, ela tem um impacto sobre minha capacidade de engaiolá-lo. Isso foi o que o Silencio tinha dado aqueles de sua designação, um lugar calmo e frio para ficar de pé. — Depois de ontem à noite eu me sinto como se minhas emoções estivessem num gatilho. Eu posso perder o meu domínio sobre minhas habilidades se eu... — Se você? — Você sabe. Dentes mordiscando-lhe o ombro, uma provocação de lobo. — Orgasmo. Acho que essa é a palavra que você está procurando. — Seus dedos mergulharam logo abaixo do cós da sua calça de pijama, fazendo-a saltar. Ele lambeu sobre o local em seu pescoço.


Ela se apertou em torno de sua coxa. — Hawke. — Diga pare e nós vamos parar. — Palavras faladas contra o resplendor de sua pele, mas mantinham um tom sério. Isso virou uma chave dentro dela, percebendo que ele estava fazendo exatamente o que ele tinha dito, respeitando a sua decisão quando se tratava de suas habilidades. — Ainda não, — ela sussurrou, mantendo a aderência psíquica rígida sobre as rédeas do fogo frio. Murmurando em aprovação, ele retirou os dedos, mudando suas posições até que ele estava apoiado de lado, ao seu lado, enquanto ela estava deitada de costas. Jogando uma perna por cima dela, ele disse: — Não quero que você escape, — quando ele se inclinou para beijá-la. Ele foi lento, preguiçoso, como se não tivesse nenhum lugar para ir, embora ela soubesse que ele tinha mil chamadas nesse tempo. Enrolando seus braços ao redor de seu pescoço, ela bebeu em sua masculinidade quente enquanto ele continuava a brincar com seus dedos sobre sua pele. — Sim, — ele perguntou em sua boca quando ela parou para recuperar o fôlego. Seu

estômago

guardava

mil

borboletas

frenéticas

presas. Isto a assustou, o quanto ele a fazia sentir e isso a irritou. Sienna Lauren, Cardeal X, nunca tinha com medo.


Isso não era quem ela era. — Sim, — ela disse. Ele riu, pressionando beijinhos afetuosos nos cantos de sua boca. — Tão teimosa. — Outro beijo, uma pequena mordida no lábio inferior quando ele deslizou a mão uma fração menor. — Exatamente como eu gosto de você. Ela sentiu um tremor no abdômen e foi impotente em detê-lo. Agarrando seu braço com uma mão, a outra em seu ombro, ela deleitou-se com a sensação dos seus músculos e tendões movendo-se sob seu toque quando ele atraiu mais desses círculos lânguidos baixos em seu umbigo. Mais baixo. Um suspiro escapou dela, sufocado contra a pele de seu pescoço. Ele cheirava a calor, homem e Hawke. Apenas Hawke. Sempre Hawke. Então, quando ele enfiou a mão sob o cós de sua calcinha para correr o seu dedo para baixo em seu centro, ela arqueou o corpo em direção a ele em resposta instintiva. Ele gostava disso. Ela sabia por que ele beijou sua mandíbula e murmurou, — Você está úmida. Eu posso sentir seu cheiro, toda deliciosa e pronta. Dá-me água na boca. — Seu dedo acariciou para cima, e, em seguida, ele usou dois e lançou através dela, prendendo seu clitóris entre eles.


Tão sensível, Hawke pensou quando seu corpo se arqueou de novo, tão docemente sensível. Era tudo o que podia fazer para não puxar para baixo a calça do pijama e calcinha que ela tinha usado para a cama junto com a regata vermelho desbotado e lambê-la como sua própria sobremesa em um banquete pessoal. A única coisa que o impedia era o fato de que ele sabia que teria que se apressar. — É isso aí, — ele murmurou contra os lábios exuberantes que ele amava beijar, morder, chupar, — deixeme ser seu animal de estimação. Deixe-me lhe agradar. — Circulando um dedo na entrada escorregadia de seu corpo, ele a empurrou. Suas mãos apertaram-no novamente, mas ele não provou nenhum medo em seu perfume, somente o almíscar terreno inebriante da excitação feminina. Ainda assim, ele beijou, acariciou e acariciou até que ela relaxou, até que ela deixou entrar. Deus, ela era apertada. Seu grito era um som ofegante contra seus sentidos, seus quadris parados por dois longos segundos antes que ela começasse a se deslocar com pequenos movimentos experimentais sobre a invasão de seu dedo. Ele estremeceu, beijou seu caminho de volta até sua garganta para capturar sua boca. — Caramba, você é linda, — ele disse quando ela recuperava o fôlego.


Usando o polegar para esfregar no pacote apertado dos nervos no ápice de suas coxas, ao mesmo tempo em que ele continuava a empurrar dentro e fora dela com o dedo, ele abaixou a cabeça e com muito cuidado mordeu o mamilo através do tecido macio de sua regata. — Hawke, — Seu corpo fraturou em torno de sua mão, o calor escorregadio de sua tentação perversa, ele continuou a acariciar dentro dela enquanto ela tremia abaixo no orgasmo, incitando os pequenos tremores de prazer e se entregando, ao mesmo tempo, no aperto de seda dela. Retirando o dedo apenas quando ela gemeu, seu corpo mole, ele segurou-a com intimidade possessiva e tomou sua boca novamente, beliscando e lambendo e saboreando. — Bom dia. Aquele olhar era cardeal, um nebuloso negro suave quando seus cílios levantaram. — Bom dia. — Os lábios inchados de beijar moldaram as palavras, a pele de seu rosto marcada de vermelho pela aspereza de sua barba. Ele deveria ter ficado arrependido, mas ele não estava. Gostava de ver suas marcas nela. Brincando com os cachos úmidos entre suas pernas com cuidado para não tocar o clitóris super sensível, ele simplesmente a olhou por um longo momento. Seu pênis era um cume duro em seus suores, sua necessidade dolorosa, mas de jeito nenhum ele iria se


contentar com uma rapidinha em sua primeira vez juntos. Em seguida, ela estendeu a mão para fechar os dedos sobre ele.

Capítulo 37 CRISTO. DESLIZANDO a mão por entre suas pernas para pressionar contra a cama, ele se deixou levar por seu toque. Uma vez. Duas vezes. — Chega. — Agarrando-lhe o pulso, ele o prendeu por sua cabeça. Preguiçosos olhos saciados sorriram para ele. — Você se sentiu tão duro e quente e... — Você põe a mão em mim de novo, — ele advertiu: — Eu não vou ficar satisfeito com alguns golpes. — Não, seria apenas pegar uma beirada... e soltar o lobo.


Curvando a perna sobre seu quadril, Sienna se inclinou para beijar sua garganta. — Obrigada pelo meu orgasmo. Suas bochechas enrugaram. — De nada. Outro beijo antes que ela se deitasse na cama, olhando para ele de uma forma que disse que ela tinha vislumbrado a dura realidade que começou a forçar seu caminho de volta a sua mente. — Nós estamos indo para a guerra, — ele disse, soltando o aperto em seu pulso. — Não há mais qualquer dúvida sobre isso. Um olhar atento, os dedos acariciando sua nuca em terno afeto. — Eu acho que o conflito tem sido inevitável desde o instante em que os bandos decidiram ficar contra o Conselho em qualquer nível. — Ele deu outro beijo antes de mudar suas posições para que ela deitasse em cima dele, sua mão na parte inferior das costas dela. Pele, seu lobo insistiu, pele. Então ele empurrou a mão sob a cintura de suas calças de pijama e calcinha para ficar sobre a curva doce de seu bumbum. Ela empurrou, mas relaxou quase ao mesmo tempo. Bom. Ele queria que ela se acostumasse com ele, ao seu toque, ao seu corpo, já que ele planejava a fazer ceder, e entregandose a ele, em uma base regular. — Nós não fomos à procura de guerra, — ele disse, acariciando-a com movimentos pequenos e lentos enquanto se


permitiu mais alguns minutos de descanso. — Se o Conselho tivesse nos deixado em paz, nós teríamos os deixado em paz. — Discutir um assunto tão crítico com Sienna não era algo que ele teria considerado até poucos meses atrás, mas agora sentia como natural. — Eles não podem aceitar, — ela disse, tocando os dedos sobre sua clavícula, — que você é um poder no mundo. — Esse sempre foi o problema, não é? — Ele colocou o braço livre em sua cabeça. — O silêncio leva embora todo o resto, — pensou, — exceto o poder, não há nada no protocolo que impeça a busca de mais. Na verdade, o Silencio recompensa aqueles que têm sangue frio o suficiente para ir atrás dele como único foco. Hawke tentou pensar como deve ser viver na PsyNet e não poderia imaginar. — Eu já ouvi pessoas dizerem que a Net é linda. — Sim, da mesma maneira como uma pedra preciosa perfeitamente cortada. Pura e fria. — Sua mão parou em sua pele. — Eu não entendo que, mesmo enquanto eu estava lá, eu sabia que era errado que uma mãe se separasse de seu filho. Ele ouviu a dor dentro dela, deslizou a mão para pressionar contra sua parte inferior das costas. — Você a amava.


— Ela tentou me salvar, mas ela era uma telepata cardeal com uma habilidade telecinética secundária, um engate e, no final, ela não pode salvar a si mesma. Hawke sabia que sua mãe tinha saltado da Golden Gate Bridge, podia adivinhar as cicatrizes que a tragédia tinha deixado para trás. — Será que seus escudos quebraram? Uma sacudida de sua cabeça, seu rosto pressionado no ombro. — Ela ficou louca. Isso acontece com alguns telepatas fortes mesmo sob o Silêncio. É como se o escudo não fosse o suficiente para protegê-los, como se os pensamentos de outras pessoas esgueirassem sob o manto da noite e passassem a residir. — Um toque de molhado em seu peito, o sabor do sal no ar. — Livre—, disse ela. — Isso foi o que minha mãe gritou quando ela pulou, que ela estava livre. Todo mundo acredita que ela falou do Silêncio, mas eu sei que minha mãe teria feito qualquer coisa para o Silêncio. Ela só queria ser livre das vozes. — Esse tom pragmático escondendo tanta dor. Tal corpo esbelto escondendo tanto poder. Tudo sobre Sienna era uma contradição. Mas em uma coisa, ele queria, sem dúvida. — Você é minha, — ele disse. — Entenda isso. Ele quis dizer isso para tranquilizá-la de que ela nunca precisaria temer que ele a abandonaria, mas seu corpo ficou de repente só músculos tensos e ossos contra ele.


— Eu nunca serei sua até que você seja meu. Ele fechou suas mãos em seu cabelo e tentou dar uma resposta gentil. — Eu não posso dar-lhe o vínculo de acasalamento, Sienna. — Ele tinha sido honesto com ela desde o início, tinha esperado que ela não se machucasse desta forma. — Eu sei. Um silêncio tenso... por que o que mais havia a dizer? Mas Sienna falou novamente. — Eu não acho que o ataque

significa

que

os

Scotts

pretendem

uma

rápida

escalada. Ele não tentou forçar a conversa de volta ao tópico original, embora seu coração possessivo não gostasse da resposta que ela tinha dado, não importando como era injusto da parte dele exigir mais dela do que ele poderia oferecer. — Explique. — É parte da abordagem scattergun que falamos anteriormente. — Palavras auto-possessivas, nenhum indício das lágrimas secando em seu peito. — Os Conselheiros agora estão

bem

conscientes

de

como

funciona

um

grupo

changeling. Eles vão esperar um ataque para motivá-los a evacuar os seus jovens, seus vulneráveis e assim eles estarão prontos com uma emboscada.


O coração de Hawke esfriou com a ideia dos filhotes serem feridos. — Os ataques direcionados, os navios destinados a evitar a sua defesa, quando indica que quem está por trás disso tem feito sua pesquisa, — Sienna continuou. — Em minha opinião, eles descobriram que a melhor maneira de desmoralizar o bando até o ponto de não ter retorno seria o de acabar com os jovens. — Suas palavras eram calmas, frias, mas ele não cometeu o erro de pensar que ela não se importava. Ele sabia quantas horas ela foi voluntária na Zona Branca, quantos filhotes a chamaram de ‘Sinna’ e ergueram os braços para um abraço. Mas o fato de que ela tinha visto essa perspectiva de girar o estômago, de que tinha o plano de fundo para sequer pensar nela, era uma evidência gritante da escuridão em que ela cresceu. Ela passou a infância com um monstro. E ainda assim ela conseguiu manter a sua personalidade, manter a sua alma. Ele estava tão fudidamente orgulhoso dela. Justo naquele instante, o telefone tocou. Embora ela não fizesse qualquer movimento para atendê-lo, não havia como ignorar o fato de que seu tempo juntos tinha acabado. — É melhor eu ir, — ele disse.

— Sim, claro. — Ela se arrastou até sentar na cama ao


seu lado, quando ele levantou. — Em uma hora, — ele disse, ficando de pé e olhando para o relógio de parede antiquado que tinha que ter sido encontrado em uma loja de segunda mão, — Eu tenho uma reunião com os tenentes. Eu quero você lá. Uma pausa assustada, seguida por um rápido aceno. — Eu estarei lá. Abaixando mais, ele agarrou sua nuca, beijando-a profundamente, umidamente e outra vez. — Da próxima vez, — ele prometeu: — Eu não vou parar apenas no acariciar seu doce corpo. Tempero no ar, o gosto de Sienna. — Isso pressupõe que haverá uma próxima vez. — Você deve saber melhor do que se atreve um lobo, baby. — Beliscando aquele lábio inferior que ele amava, ele apontou um dedo para ela. — Uma hora.

NOVE horas da manhã e as decisões estavam sendo tomadas. Judd, Riley, Indigo, e um Riaz enfaixado, juntamente com Andrew, Sienna, e Hawke, estavam fisicamente presentes na sala de conferência, que tinha sido projetada para conectar


os tenentes de Hawke não importando a sua localização. Demoraram alguns minutos para agrupar todos os outros. Tomás foi o primeiro a detectar Sienna sentada discretamente ao lado. — Como, Sienna Lauren, eu vivo e respiro. — Um sorriso que tinha mais do que uma ponta de flerte. — Você está parecendo muito bem nos dias de hoje? Sienna, para seu crédito, manteve a calma. — Eu vi você fazendo a dança da galinha uma vez, Tomás. Não foi sexy. Isso fez Kenji assobiar com um riso, Alexei deu um flash de sorriso megawatt. O lobo de Hawke ficou satisfeito ao ver que o rosto de Sienna não fez nenhum sinal, a maioria das mulheres passava por maus bocados resistindo a Alexei, mesmo quando ele não estava tentando fazer charme. — Não há tempo para brincadeiras, — ele disse, e toda a sala prestou atenção. — Nós temos as mesmas duas escolhas que tivemos no início deste ano. Atacar primeiro ou esperar que eles venham até nós. — Atacando primeiro nós poderíamos ter uma ligeira vantagem, — Tomás disse, com incisivos olhos escuros, — Mas se enviarmos equipes, nós deixamos nosso território vulnerável. Poderia ser exatamente o que eles querem. — Concordo. — disse a voz prática de Judd. — Além de que, enquanto o composto na América do Sul não vai ser um


problema, não sabemos quantos outros agentes os Scotts tem sob o seu comando. — E, — Riaz acrescentou, — nós sabemos que eles estão vindo. Este ataque foi uma tentativa de nos levar a retaliar, desperdiçar nossos recursos. Eles querem suavizar-nos antes que eles ataquem. Matthias assentiu de uma das telas de computador, a beleza agreste do Cascade Range visível a partir da janela às suas costas. — Nossos ataques anteriores faziam sentido na época, mas as coisas mudaram. Eu digo que devemos esperar, nós nos preparamos. — Precisamos também verificar outra coisa, — Riley disse ao lado de Hawke. — Todas as indicações são de que eles estão focando sua agressividade nos SnowDancer e DarkRiver, mas precisamos ter certeza de que não tenham também planos em vigor para a cidade. — Alguma sorte rastreando as armas, — Matthias perguntou. Riley deu uma sacudida sombria de cabeça. — Não. — Suas ações passadas, — Judd disse: — Parecem sugerir que não vão destruir San Francisco, mas dado o comportamento recente de Henry, há uma possibilidade de que ele e Shoshanna podem estar dispostos a sacrificar a cidade se for para vencer a guerra.


Cooper concordou, seu rosto um conjunto de linhas duras, enquanto olhava para fora da tela de computador. — O fato é que conosco e os leopardos saindo, só há Nikita e Anthony deixados para ficar em seu caminho. E eles não têm qualquer força militar significativa. — Ainda assim, — Drew apontou, — não pode ser uma má

idéia

habilidades

para Psy

o

alcance

ofensivas

daqueles eles

dois,

podem

ser

ver

quantas

capazes

de

acrescentar à mistura. Mesmo que sejam poucos telepatas poderosos, eles podem ajudar a segurar os ataques mentais do outro lado. O povo de Anthony pode até mesmo ser capaz de prever alguns dos movimentos. — Eu já pedi, — Hawke disse. — Parece que a guerra brinca com as previsões em curso, pois muitas coisas são feitas no calor do momento. Mas ele diz que cada um de seus Fs, incluindo Faith, estão certos que a violência vai chegar em breve. Pode até ser uma questão de dias. — Então. — Indigo inclinou — Nós vamos tomar uma posição? Hawke assentiu. — Quanto mais nos espalharmos, o mais fino do muro, eles têm de romper. — Muito melhor para nós atarcarmos e fazê-los nos desenterrar —, Jem concordou, seu cabelo loiro maçante à luz da nuvem banhada em sua parte do estado.


— Isso nos leva a outra questão. — Riley bateu o pedaço de metal retorcido que tinha colocado em cima da mesa quando a reunião começou. — De acordo com os nossos registros, a estrela solitária é um emblema pessoal de Kaleb Krychek. Decidimos que ele não estava envolvido nisso, mas e se ele está jogando com todo mundo como idiotas? — Eles todos olharam para Judd, que pegou o fragmento de casco e o virou entre os dedos. — Kaleb é difícil de prever, mas minha intuição diz que esta é uma tentativa deliberada de implicá-lo, de confundir a imagem. Indigo pegou o pedaço de detritos de seu companheiro tenente. — Qualquer forma de confirmar? — Eu pedi a Luc para ligar para Nikita, — Hawke disse, ainda colocando em vantagem a ideia de qualquer tipo de relacionamento com um conselheiro Psy. Mas desconfianças de lado, eles concordaram em uma coisa, esta região era deles, e eles que iriam prendê-lo. Olhando para Sienna, ele deu um aceno de cabeça. — Há algo mais que todos precisam ouvir.

SIENNA tinha falado com Conselheiros sem vacilar, cresceu com um Arrow como tio, e tinha acabado de passar a


noite com um lobo alfa. No entanto, sua garganta estava seca, sua língua ameaçando amarrar-se em milhares de nós. Devido a Hawke. Porque, trazendo-a para isso, ele tinha vinculado seu orgulho ao dela. Com esse pensamento, veio o sentido de equilíbrio que ela precisava. Não importa o que havia dito esta manhã, a verdade era que ela o amava, e de uma forma que não permitiria a distância, nem mesmo se essa distância poderia salvar sua dor. Ele não iria, não poderia, aceitá-la como sua companheira, mas ela lhe daria tudo. Era a única maneira que ela sabia ser. — Sienna, — ele disse quando ela se levantou para que todos pudessem vê-la, — diga aos outros o que você me disse. Ela colocou a sua teoria sobre a probabilidade de uma emboscada alvo aos mais vulneráveis SnowDancers. — Você parece muito confiante, — Cooper disse. Foi a primeira vez que já havia falado, mas ela o tinha visto de passagem, quando ele visitou o escritório. A cicatriz irregular em sua bochecha esquerda era um marcador distintivo contra sua pele bronze, mas foi o quase preto de seus olhos, que prendeu a sua atenção. — Eu respeito a sua inteligência, mas você é jovem e você não está mais na Net. Ela não se fez de tímida, porque se havia uma coisa que ela entendia, era a guerra. Mais, vivia no escuro o suficiente


para

considerar

até

mesmo

a

mais

repugnante

das

possibilidades. Os lobos tinham um núcleo primitivo de honra e não esperavam certas ações. — Eu sei que você está trabalhando com a suposição de que é Henry e Shoshanna Scott por trás disso, — ela disse, — e eles parecem ser os principais agressores do que eu peguei. No entanto, a estratégia? É puro Ming LeBon. Judd sacudiu a cabeça. — Nada aponta para Ming estar envolvido. De acordo com ambos Nikita e Anthony, ele falou contra os Scotts no Conselho. Em circunstâncias normais, Sienna teria se curvado à experiência de Judd, mas seu tio não tinha passado 10 anos com Ming, não tinha vivido e respirado as idéias do Conselheiro de táticas militares, não tinha visto as muitas faces que ele era capaz de usar com facilidade. — Henry Scott, — ela disse, concentrando-se sobre os fatos — tem feito uma série de coisas agressivas ao longo do ano passado, mas ele nunca se aproximou de algo dessa magnitude. — O que aconteceu para transformá-lo em agressivo. Ele não tem a formação ou a habilidade para tirar uma operação militar tão grande sem ajuda séria. — Enquanto ela não mencionou isso naquele momento, estava começando a ter a sensação perturbadora de que Ming tinha sido envolvido nas incursões anteriores sobre a terra SnowDancer tão bem, que na verdade, ele pode muito bem ter dado a Henry a ‘mão


orientadora’ por mais tempo do que alguém saiba. Jem falou pela primeira vez, linhas de expressão enrugando sua testa. — Ela está certa. Eu tenho tido uma espécie de hobby me mantendo a par do Conselho. — Alguns passatempos, — Riaz murmurou, arranhando o

curativo

escondido

debaixo

de

sua

camisa

marrom

chocolate, até que Indigo estendeu a mão com uma caneta e bateu na parte de trás da sua mão. — Sim, o material cintilante real. — Jem revirou os olhos e continuou. — Um par de anos atrás, Henry estava ligado, na maioria dos casos, as coisas que Shoshanna liderou. É óbvio que isso mudou, mas eu estou com Sienna. No caminho ele se tornou um gênio militar de repente. Hawke virou os olhos pálidos de lobo para Judd. — Precisamos de mais dados da PsyNet. — Entendido, mas eu não posso ir para o meu contato com isto. Tendo tido uma conversa muito interessante com Judd há alguns meses, onde o Arrow tinha confiado nele a identidade do Fantasma, Hawke não ficou surpreso. O tenente tinha compartilhado o nome porque queria que Hawke fosse capaz de compreender algumas de suas decisões, sem mais explicações, para ser capaz de filtrar suas respostas através da lente do conhecimento.


— Não está preocupado comigo sendo exposto ao perigo?— Hawke disse, ciente das ações do Conselho para descobrir a identidade do rebelde. — Não. Se capturarem você, eles vão te matar. Mesmo Psy não sabem mexer com certos predadores. Agora, Hawke disse: — Faça o melhor que puder. Olhando para Sienna, ele viu seus tensos ombros subir para interromper o zumbido de conversa. — Não é, — ela disse, — uma maneira infalível de descobrir se minha teoria sobre seus planos está correta. Hawke olhou para Riley. — Nós temos a mão de obra para manter o perímetro enquanto fazemos isso? — Eu posso pedir alguns dos leopardos para cobrir. Riaz pode fazer o mesmo por mim no bando desde que Lara ordenou-lhe não rasgar seus pontos sob pena da ira da curadora. — Então, — Hawke disse, segurando o olhar de Sienna, — vamos fazê-lo.


Capítulo 38 NÃO

FOI

totalmente

inesperado

quando

Kaleb

respondeu a mensagem de Nikita se teletransportando ao escritório dela apenas alguns minutos mais tarde. Quando você era o mais poderoso Tk na Net, tais coisas requeriam um uso insignificante de energia. O olhar dele centrou a atenção na peça de metal retorcido na mesa dela antes que ela pudesse dizer qualquer coisa. — Eu vejo, — ele disse, sentando-se na cadeira do outro lado da extensão de vidro. A cadeira estava posicionada três centímetros mais baixa do que a dela própria, destinada a colocar os visitantes em desvantagem psicológica. É claro, nenhum deles era Kaleb Krychek. Ela observou-o examinar o metal, consciente de que ele poderia mentir com tão tranquila facilidade que ela nunca descobriria. Ele poderia ser uma espécie de aliado, mas ela nunca esquecia que o homem em frente a ela tinha estado sob o controle de um verdadeiro psicopata desde muito novo - não


havia maneira de saber quais ecos Santano Enrique havia deixado na psique dele. — Então, — ele disse finalmente, — o que você acha? — Olhos cardeais a observavam sem pestanejar. — Eu acho que você é inteligente demais para marcar seus instrumentos de ataque com o seu emblema, — ela disse. — Eu também acho que você é inteligente o suficiente para fazer exatamente isso para nos despistar. Ele sorriu. Não significava nada, ela sabia, era uma ação física que ele tinha aprendido a imitar para manipular as massas de humanos e changelings. — É verdade, — ele disse. — Tudo isso é verdade. — Voltando o pedaço do casco para a mesa dela, ele olhou para a cidade através da janela de vidro às costas dela. — No entanto, apesar do esquadrão ser meu, eu ainda não o possuo. — Você não precisa dos Arrows. — Apesar de suas habilidades

telecinéticas,

Kaleb

tinha

um

comando

independente com centenas de homens. — Ainda assim, não há sentido racional em atacar agora quando eu poderia ir mais tarde, com uma força quase garantida

para

assumir

o

controle

com

muito

pouca

destruição. — Levantando-se, ele encaixou um botão em sua jaqueta, o material de um azul marinho profundo com riscas tão finas quanto uma lâmina, o corte perfeito. — O fato é que


eu não quero esta cidade. Esse nunca foi o meu objetivo. Isso, Nikita pensou, foi a coisa mais honesta que ele poderia ter dito. Kaleb tinha ambições muito maiores - ele queria controlar a própria Net. Sem tirar os olhos dele conforme ele deu um aceno de cabeça cortado antes de teletransportar-se para longe, ela estendeu a mão para o telefone. — Não é o Kaleb, — ela disse a Max Shannon, ciente de que os changelings se sentiam mais à vontade lidando com seu chefe de segurança. Mas quando ela desligou, ela não voltou ao seu trabalho. Em vez disso, ela estendeu seus sentidos psíquicos ao longo de um velho e familiar caminho telepático. Sua filha. Ela está saudável. Sim, Sascha respondeu, embora não tivesse sido uma pergunta. Ela é extraordinária. Meio Psy, meio changeling – fato que em si mesmo fazia as palavras de Sascha verdadeiras, mas Nikita sabia que não era o que sua filha queria dizer. Você não está a salvo na cidade. Não com a guerra tardando no horizonte. É minha casa, mãe. Uma pausa longa. Você pretende deixar essa região? Não. Uma pressão ao longo da via telepática, e ela percebeu


que Sascha estava tentando enviar-lhe algo maior do que um pensamento direto. Ciente de que o Tp de sua filha era fraca, ela estendeu o seu próprio, ‘apanhando’ o envio de uma compreensão psíquica... e viu uma imagem de um bebê com olhos de gato verdes e a pele de um marrom-dourado, uma tonalidade mais suave do que a da mãe. A filha de Sascha. Neta de Nikita.

Capítulo 39 HAWKE viu a emboscada de uma elevação acima da estrada isolada que estava junto a uma das rotas que teria sido usada para evacuar os membros vulneráveis. A raiva de seu lobo se tornou fria, primitiva. Havia algumas coisas que você não fazia mesmo em uma guerra. — Eles serão capazes de perceber as mentes não-Psy se chegarmos mais perto? — Perguntou o homem deitado de bruços ao lado dele.


Judd deu um aceno de cabeça único. — Você pode ser capaz de distraí-los enviando um chamariz – encher um transporte de soldados. — Eles não podem dizer a diferença entre as mentes imaturas e maduras? —

Não

varredura

quando

telepática

se

está

geral.

executando Ele

uma

levantou

os

binóculos para os olhos. — Eu posso mascarar as armas. Elas são de alta velocidade — uma pausa perigosa antes de Judd passar os binóculos para ele. — Vinte graus para a esquerda do homem no centro. Hawke

escaneou

vinte

graus,

parou.

Os

bastardos de sangue frio tinham um lançador de granadas. — Sem misericórdia. Eles morrem. Todos eles. — Esta guerra não ia ser combatida com as vidas de seus jovens e seus anciãos. — Scotts, Ming, quem diabos está por trás disso precisa saber que estamos falando sério. — Nós eliminamos a emboscada, e mostramos o fato de que não estamos apenas conscientes de sua estratégia, mas que somos capazes de prevê-las.


O lobo de Hawke estava uivando por sangue, mas tanto o homem como lobo tinham aprendido a pensar além da névoa vermelha de raiva há muito tempo atrás. — Também vai se livrar de dez de seus homens neste local, porém muitos outros serão encontrados. — A equipe da Indigo tem outro grupo na sua mira, — Judd relatou logo após sua declaração, — assim como Drew. O setor de Riley parece limpo. Era, Hawke teve que admitir, extremamente conveniente ter telepatas na matilha. Sienna fez par com Indigo, Walker com Drew, Riley com Faith NightStar de todas as pessoas. Enquanto a F-Psy DarkRiver era uma não-combatente, ela tinha a faixa telepática necessária. Seu companheiro estava agindo como seu escudo. Devido a essa rede telepática, levou apenas alguns minutos para organizar os chamarizes, outra hora para que os transportes estivessem em posição. Nenhum dos veículos foi permitido dentro do alcance dos

lançadores

da

granada

seu

objetivo

era

simplesmente distrair. Nesse ínterim, as equipes


changeling fizeram o seu caminho até um pouco além do alcance das varreduras telepáticas do inimigo. — Fique longe da vista, — Hawke disse a Judd. — Eles não podem saber que temos um Tk do nosso lado, não até que seja inevitável. — Obtendo o aceno do tenente, ele disse: — Todo mundo está pronto? — Sim. — Tempo. — Cinquenta segundos até que os veículos entrem em vista, cinqüenta e dois, até a mobilização. Foi um duro, rápido combate. Essa era a única maneira de

ganhar com os Psys, dada

a sua

capacidade de destruir mentes com seus ataques psíquicos. Também não houve a capacidade de telecinéticos e teleportes neste grupo, o que assinou suas sentenças de morte. Depois disso, Hawke ficou olhando para os corpos e não sentiu nada, apenas a satisfação selvagem. Ele não era um homem que gostava de matar, mas estas pessoas haviam planejado uma selvageria para os jovens SnowDancers. Por esse


crime, a morte era a única penalidade.

SIENNA nunca tinha visto os movimentos dos lobos com tal violência elegante e fria. As unidades Psy não tiveram chance. Parte dela ficou chocada com a represália

sangrenta,

mas

que

não

era

nada

comparado a raiva protetora que a tinha enchido quando tinha visto o lançador de granadas, entendeu a verdadeira maldade das suas intenções. Por um instante, o fogo-X ameaçou escapar de suas mãos, mas, paradoxalmente, foi a unidade de proteção para os filhotes que a tinha ajudado a recuperá-lo sob controle. Acabou em questão de minutos, e enquanto o dia virou noite, ela encontrou-se andando pela toca com um homem que tinha os olhos de um lobo em caça e cabelos de prata e ouro. Hoje, ele não só tinha falado com ela sobre assuntos da matilha, ele a tratou como um elemento integrante das defesas SnowDancer. Parte dela ainda estava esperando que a ficha caísse,


mas naquele instante, pela primeira vez, sentiu-se como

uma

parceira

em

certo

sentido,

não

simplesmente uma jovem que usava seu coração em sua manga. — Os gatos estão adiando quaisquer evacuações, assim

como

nós,

ele

disse

a

ela

enquanto

caminhavam. — Agora, todo mundo está mais seguro dentro de nossas proteções. — Vai ser silencioso, — ela disse. — Quando as crianças eventualmente se mudarem. O lobo de Hawke odiava a idéia de uma Toca silenciosa. — Não vai ser para sempre. Sienna começou a virar à esquerda quando chegaram a uma bifurcação no corredor. — Não. — Ele segurou a mão dela. — Por aqui. Ela não disse uma palavra, e nem qualquer outra pessoa que os viu ao longo do caminho. Há poucos dias, eles teriam sido provocados, teria se escutado assobios, e caso contrário seriam incomodados na mais lúdica das formas. Hoje, o clima era sombrio, todo mundo ciente do que estava por vir. Os


corredores estavam vazios, muitos membros do bando se reuniram nas áreas comuns para conversar, somar forças uns com os outros. Não havia ninguém no corredor pavimentado com pedras de rio e pintado com imagens de lobos brincando jogo, durante o sono, durante uma caçada. Hawke sabia por que Sienna evitava essa saída particular da Toca. Ela havia danificado o mural uma vez por acidente, seu fogo-X atuando como um laser para fraturar uma pequena área da parede, destruiu a pintura. — Eu nunca estive com raiva de você por isso, — ele disse quando entraram no país das maravilhas das pinturas. — Esse lugar. . . é importante para você. — Sua mão enrolado em torno dele. Puxando-a para uma seção especial, ele disse: — Olha. Sienna se inclinou para frente. — É um cachorro dormindo – Oh! — Ele observou enquanto ela traçou o segundo filhote escondido atrás das grandes folhas verdes, à espera do ataque. — Eu nunca reparei nele.


— Ela escondeu um monte de coisas no mural, — ele disse, a dor dentro de si uma dor antiga. — Era para ser uma obra de arte pra fazer a matilha rir, observar, querer brincar. — Falando ao coração do lobo. — Soltando a mão na parede, Sienna levantou a cabeça. — Foi a sua mãe, não foi? — Sim. — Sua talentosa e risonha mãe. — Ela era um lobo submisso. Os olhos de Sienna se arregalaram. — Eu apenas assumi... — Eu acho que surpreendeu meu pai, também. — No interior, o lobo uivava nas memórias agridoces. — Ele a viu pela primeira vez aqui. Ela tinha vindo de um setor diferente, tinha começado o mural apenas algumas horas mais cedo. — Hawke quase podia vê-la, o cabelo loiro-branco amarrado para trás com um desses lenços coloridos que ela favorecia, um traço de tinta no nariz ou em sua bochecha. — Ele veio correndo através da parte externa em forma de lobo com uma mensagem urgente para Garrick. E ele


simplesmente parou. — Ele sabia de imediato? — A voz de Sienna estava maravilhada. O que fez Hawke apertar seus dedos sobre os dela. — Ele disse que era como ser atropelado por um dois-por-quatro. — Seu pai sempre tinha sacudido a cabeça para a memória, o riso vincando seu rosto, iluminando os olhos de dois tons mais escuros do que o do filho. — Ele estava coberto de lama e tinha um lugar para ir, mas tudo o que ele podia fazer era olhar para ela. — O que sua mãe fez? Hawke riu, lembrando a maneira como sua mãe sempre fingiu arreganhar os dentes ao seu pai quando ela contava o seu lado da história. — Ela deixou cair metade de um balde de tinta verde em si mesma, quando ele veio correndo e ela se virou para dar-lhe um pedaço de sua mente, e o ar só saiu dela. Ela era submissa, deveria ter deixado cair o seu olhar, mas ela não poderia fazê-lo, não poderia quebrar essa conexão. — Garrick os encontrou uma hora depois, ela


salpicada com tinta, ele com lama seca deixando seu casaco duro. Eles estavam sentados ali, olhando nos olhos um do outro. Seu acasalamento estava completo, e foi um dos que se manteve firme até o final. — Até a morte de seu pai e desgosto de sua mãe. Incapaz de continuar falando sobre isso, ele puxou-a para fora da Toca em direção a piscina abaixo da cachoeira, sua superfície branca espumosa da queda da água. Sombreado pela saliência do penhasco acima, o areal era um refúgio de privacidade. — Este é um local de pegação, — Sienna disse quando terminou de escalar para baixo. — Evie me contou. Eu acho que Tai a traz escondido aqui. Seus lábios puxaram para cima. — Por que você acha que eu mudei aquela rocha para o topo? É um sinal de honra temporário de que a piscina está ocupada. — A tensão do dia caindo sob a carícia de sua resposta em forma de sorriso, ele sentou-se no chão. — Você conseguiu ver a sua família hoje? — Ele puxou-a para perto quando ela se acomodou ao seu lado.


— Sim, eu passei um tempo com Marlee e Toby depois que voltamos, mas Walker estava ocupado. — Falando de Walker, — ele murmurou em seu ouvido: — Eu o vi olhando para Lara há poucos minutos atrás. — Hawke tinha escapado antes que qualquer um deles tivesse visto, que o homem Psy iria cuidar da curadora. Eles tiveram algumas lesões, hoje, e ela já estava desgastada após os acontecimentos da noite anterior. — Walker não encara, — Sienna disse, mudando de modo que ela olhou para ele de joelhos. — Ele só olha para você até que você obedeça. Rindo, Hawke mudou-se para o suporte entre suas coxas e tocou a testa dela, estranhamente contente. Eles falaram de outros assuntos, de Toby e Marlee, de Cooper e seu novo companheiro, até que Hawke acabou deitado ao lado de sua forma sentada, com os braços cruzados sob a cabeça. — É bom ter quatro tenentes acoplados agora, — disse ele, com os olhos na borda rochosa acima, mas sua atenção no atraente aroma e na textura da mulher ao seu lado. — Nós vamos precisar de estabilidade na estrutura de


liderança ainda mais depois, quando tudo isso acabar. — Posso perguntar sobre ela? — A calma, pergunta inesperada. O lobo estava muito nos olhos de Hawke quando ele olhou para Sienna. — Seu nome era Theresa, mas eu a chamava de Rissa. Rissa. Era estranho finalmente saber o nome do fantasma que possuía a alma de Hawke. — Como ela era? — Doce na natureza e no espírito. — O cabelo de Hawke deslizou sobre a testa quando ele se empurrou de volta para a posição sentada, braços viciados em torno de joelhos. — Mesmo como uma criança, ela daria seus brinquedos para outras crianças, se elas choravam. Eu nunca a vi fazer uma birra, nunca a vi sem um sorriso. Sienna apertou as mãos na areia. Tornava-se claro que a Rissa de Hawke não tinha sido nada como ela. — É por isso que você é atraído por Sascha? — Ela disse, escondendo sua dor, escondendo tudo. — Ela deve lembrá-lo de Theresa de alguma forma.


— Suponho. — Ele franziu a testa, empurrou o cabelo para trás. — A coisa é, eu não sei no que Rissa teria crescido e se tornado, ela nunca teve a chance de abrir suas asas. — Mas você está certo de que ela teria sido sua companheira? — Apenas escapou, aquele pedido implorado disfarçado de pergunta. Uma pausa. — Isso não pode ser alterado, Sienna. — Palavras gentis. Palavras implacáveis. — É um conhecimento que nada pode apagar. Ela pôs as mãos contra o abdômen em uma vã tentativa de segurar a dor interior. — Eu não posso discutir com isso, — ela disse. — Mas o fato é que nunca se acasalou com ela. — Tinham sido muito jovens para amar dessa forma. — O lobo escolhe apenas uma vez. — Curvando a mão sobre sua nuca, ele a puxou para perto, até que seus lábios quase roçaram seu próprio enquanto ele falava. — Eu não posso mudar isso, bebê. Uma necessidade profunda levou sua resposta. — Essa é uma desculpa bonita, você não acha?


Olhos

tomaram

a

cor

da

noite

brilhando,

perigosos e impiedosos. — Chega Sienna. — Apertando sua nuca, ele a soltou. Ela se perguntou se ele achava que era o fim de tudo. — Rasgou o seu coração quando você a perdeu, — ela disse, insistente, porque ela tinha que ser, porque isso era importante o suficiente para quebrá-la para sempre. — O devastou quando você era uma criança – não é de admirar que você se recuse a permitir-se ser tão vulnerável de novo? Levantando-se, ele caminhou até a borda da piscina, olhou para trás. — Você não pode afastar a verdade para longe, não importa quantas palavras você use. Ela também se levantou, apoiando-se na força dominante de sua personalidade. — Eu vi os efeitos do vínculo de acasalamento, — ela disse, olhando para aquele

rosto

moldado

pela

adversidade

e

determinação, até que ele fosse um homem que poucas ousassem desafiar. — Eu posso entender por que um changeling que foi acoplado uma vez, nunca iria buscar o mesmo com qualquer outra pessoa.


— Então por que diabos estamos tendo essa conversa? — Porque você não estava acoplado! — Sua voz se elevou, apesar de sua promessa de manter esta discussão calma, racional. — Alguma vez você já considerou que não é o lobo que impede você de acasalar, mas a metade humana? — A parte que entende que se abrir para a possibilidade de uma companheira significaria abrir-se à possibilidade da mesma dor dilacerante. — Não é uma escolha. — Ele olhou como se quisesse sacudi-la. Sienna queria bater nele com os punhos, obrigálo a ouvir, a ver. — Besteira! Drew fez Indigo vê-lo, Brenna lutou por Judd, a relação de Mercy e Riley levou anos para crescer, por isso não se atreva a tomar o

caminho

mais

fácil,

dizendo

predestinado! Não seja um covarde!

que

está

tudo


Capítulo 40 ALGUÉM O TINHA SUPERADO, Ming se deu conta, ao desligar a conferência após uma discussão com Henry Scott. Não havia muitas pessoas no planeta capazes daquilo, especialmente quando se envolvia estratégia militar. Sienna Lauren estava naquela pequena lista. Ele suspeitava que ela estivesse viva desde que tinha visto um arquivo de um dos homens de Henry, o qual sinalizava uma bandeira para um curioso pulso de energia psíquica dentro do território SnowDancer. A descrição daquele pulso não era estranha a Ming – descrevia o poder de um X. Embora seu time tenha falhado em obter a admissão dos SnowDancers de que eles tinham oferecido santuário aos desertores Psy, os eventos de hoje deram mais força a essas suspeitas. Se Sienna tivesse viva até agora, a garota tinha descoberto como manipular as inevitáveis consequências do marcador-X,

ou

ela

estaria

a

ponto

de

se

tornar

completamente ativa. Como o primeiro jamais foi feito antes, Ming estava apostando no último. O que significava que todo o mundo em breve saberia se Sienna Lauren estava viva. E


Henry conseguiria o que ele sempre quis – carnificina em uma escala que tornaria qualquer coisa que o conselho já fizera parecer brincadeira.

Capítulo 41 DEUS, ELA O FAZIA ficar com raiva. Duas horas após o confronto na piscina, Hawke ainda estava furioso com Sienna. Talvez ele devesse ter sentido alguma emoção mais suave talvez até mesmo pena - porque ela estava pedindo por algo que ele não podia dar, nunca seria capaz de dar. Mas o fato era que ela o fazia extremamente louco, e foi assim que ele ficou. A única coisa boa foi que impulsionado pela energia da raiva, ele tinha angariado que quase todos se envolvessem no sentido de assegurar que o bando estivesse pronto para eventuais ataques. Riley

tinha

algumas

coisas

que

queria

checar

novamente, mas ele já havia adaptado a rotação de sua rotina para levar os feridos em conta - e Matthias estava em seu caminho para a cova com uma unidade de combatentes


qualificados, bem como uma equipe de franco-atiradores treinados por Alexei. O grupo estava voando por baixo do radar para pular em um avião particular de propriedade de Nikita Duncan. Mesmo que o inimigo percebesse que Nikita estava ajudando os changelings, a verdadeira propriedade do avião estava escondida atrás de tantas sub-corporações que ninguém iria lhe dar mais do que um olhar superficial. Falando territorialmente, os outros tenentes cobririam o setor de Matthias. Os novatos de Indigo estavam prontos e bem capazes de prestar o apoio necessário, se preciso, enquanto Riaz tinha inventariado suas armas e pronunciado que tudo estava em ótima forma. Uma das melhores notícias do dia, os técnicos haviam encontrado o suficiente em meio aos destroços dos artefatos furtivos dos Psy que tinham completado hoje à noite as modificações do sistema de detecção aérea do bando, conectando essa necessária segurança. Os DarkRiver também haviam bloqueado as suas defesas. O trabalho conjunto de Mercy e Riley fez com que ao invés de se dobrarem, os bandos funcionariam como uma unidade coesa única em qualquer ataque. De acordo com Lucas, Nikita e Anthony tinham fornecido listas de suas pessoas que poderiam ser úteis em qualquer conflito. Os dois conselheiros também utilizariam suas próprias habilidades psíquicas para ajudar.


— Se parecer que os Scotts estão indo atacar San Francisco, — Hawke disse ao telefone para o leopardo alpha, — nós posicionaremos o Psy lá. — Não havia nenhuma maneira de evacuar toda a população da cidade, o que significava que eles teriam um risco maior de casuais vítimas. — Você tem certeza? — Lucas não parecia convencido. — Henry irá lançar o seu mais forte nos SnowDancer. — Temos armas e um número considerável de pessoas treinadas.

Os

leopardos

estavam

encarregados

da

segurança da cidade, mas ainda não puderam cobrir todas as vulnerabilidades. — Talvez possam liberar também alguns do meu povo. — Eu vou colocar Vaughn para trabalhar com as pessoas de Anthony e de Nikita nas defesas da cidade, isso irá te ajudar. Tudo, Hawke pensou enquanto desligava, estava ou pronto, ou estaria até amanhã. Agora, era apenas um caso de manter um olho no inimigo e estar pronto para se mover quando eles atacassem. Não havia mais um ‘se’. — Eu acho, — Judd lhe disse meia hora mais tarde, quando eles estavam assistindo a um grupo de novatos e os soldados mais jovens completarem o treinamento da noite, — que nós deveríamos estourar o composto da América do Sul


em breve. Hawke rastreou Sienna com um gelado foco - ela não tinha visão noturna natural de um lobo, mas ela estava fazendo mais do que bem com as lentes de visão noturnas amarradas em volta da cabeça. — Movimento? — Eles estão a cerca de um dia, dois, no máximo, de completar a pista. Armas estão sendo deslocadas para o hangar para carregar. Hawke sabia que Judd tinha manipulado o hangar, de modo que não seria um problema. — Jem enviou um relatório de Los Angeles há uma hora, — ele disse, franzindo a testa enquanto Tai acidentalmente batia em Sienna e ambos caíram na lama abaixo. Lara tinha curado o braço fraturado do jovem menino, a lesão pequena o suficiente para que ele não tivesse esticado recursos que ela precisava se concentrar no mais gravemente ferido. — Parece que os Scotts poderiam ter chegado com mais armas e tropas do que pensávamos através das rotas de navegação. — Significa que eles não serão prejudicados pela perda do campo. — Não, mas ele vai ter um impacto, e mais importante, há uma forte probabilidade de que isso irá estimulá-los a atacar. Se conseguirmos levá-los a fazer isso antes que


estejam prontos, será para nosso favor. — Ele seguiu Tai e Sienna enquanto eles uniram forças para superar um obstáculo teimoso. — Empurre o interruptor quando você pensar que é a melhor hora, apenas para nos dar alerta o bastante para podermos nos ancorar para um ataque. Judd acenou para o corrente treinamento. — Você considerou Sienna na equação? Garras arranharam o longo do interior de sua pele, tirando sangue. — Eu não quero que ela se dê em vão a menos que seja necessário. — Mas você não a está desconsiderando? — Eu não sou um idiota. Judd levantou um ombro como gesto. — Isso acontece com os homens changeling predatórios, vocês tendem a serem protetores. — Olha quem está falando. — Por que você acha que eu me encaixo tão bem? Hawke chamou Sienna em seu escritório 40 minutos mais tarde, depois que ela teve a chance de se limpar. — Aqui, — ele disse, batendo um ponto no mapa e restringindo a vontade de rosnar para a memória das palavras que ela arremessou para ele na piscina. — Se houver um ataque, você estará aqui, e você não se envolva a menos se eu der a ordem.


Um aceno nítido, sem desafio. — Você quer me manter como uma jogada surpresa o maior tempo possível. Eu entendo. — Suas palavras eram calmas, práticas, como se eles nunca tivessem estado em uma briga. Seu lobo descascou seus lábios sobre os dentes de volta ao cortante predador. — Fingindo ser silenciosa, baby? Tarde demais para isso. Chama, perigosa e hipnótica, rastejava sobre o preto dos seus olhos. — Você prefere que eu faça o papel de uma mulher histérica, assim você pode me descartar? Ele agarrou a borda da mesa. — Cuidado. — Por quê? — Um olhar que poderia muito bem ter vindo de uma loba puta da vida. — Não sou eu que não parece ser capaz de separar o trabalho e o prazer. — Sentindo-se malcriada esta noite, não é? — Isso satisfazia alguma parte profunda dele que tinha começado a se irritar tão rápido - ele nunca iria permitir ou aceitar a distância dessa mulher. — Não faça isso. — Uma resposta inesperadamente séria. — Não diminua minhas opiniões por me chamar de moleca. E você sabe, não me chame de bebê também. — Se você acha que pode ‘lidar’ comigo, Sienna, — ele disse, como o animal rondava à superfície de sua mente, —


Você está olhando para o lobo errado. — Podemos voltar ao trabalho? — Palavras tranquilas que arrepiaram sua pele da maneira errada.

SIENNA não sabia como tinha acontecido. Um minuto, ela estava lutando contra a lâmina de dissonância quando ela olhava para o mapa grande, territorial na mesa de Hawke, com ele do outro lado, e no próximo ele a tinha em um aperto em sua cintura e foi lhe puxando para o granel sólido de sua mesa com uma velocidade e força que a deixou sem fôlego. Ela se encontrou ajoelhada sobre a madeira escura, com as mãos em seus ombros o que parecia ser um milésimo de segundo depois. — Você não pode simplesmente... — Mas a mão dele já estava na parte de trás de sua cabeça, e ela estava sendo beijada, até que não conseguia respirar. Ofegando por ar quando ele recuava para um mínimo instante, ela tentou preparar-se para o próximo beijo... mas é claro, não havia maneira nenhuma de se preparar para Hawke. Ele a tocou com uma requintada ternura quando a levou para o prazer esta manhã, mas neste instante, ele era puro lobo exigente, mordendo o seu lábio inferior, sugando o seu


superior, acariciando a sua língua dentro da boca dela, até que ela sabia que ia levar o gosto dele em seu próprio sonho. Quanto às suas mãos, um punho em seu cabelo, a outra segurando seu quadril - proprietário nem sequer chegava perto. A tentação de se submeter foi esmagadora. Ela o queria por tanto tempo, e agora que ele tinha dado a ela o direito de tocá-lo, abraçá-lo, ela teve que lutar com sua própria fome para não pegar as migalhas que ele oferecia. Talvez ele estivesse certo, talvez eles nunca se acasalassem - mas ela sabia, ela sabia, que este homem com seu belo coração selvagem era capaz de dar muito mais do que estava disposto a arriscar. Arrancando para fora a sua cabeça, ela girou para fora de seu domínio usando um truque que Indigo lhe tinha ensinado e acabou em seus pés do outro lado da mesa. — Hawke, existe... — O aviso sem palavras a partir da parte primitiva do cérebro dela bateu uma fração muito tarde, ele já estava lançando-se sobre a mesa e em sua direção. Instinto perfurou para a superfície, e ela descobriu que tinha formado um muro de fogo frio entre eles. Ele derrapou até parar do outro lado, então angulou sua cabeça em um movimento que não era distintamente humano, tocando o dedo no fogo. A respiração sibilante, aqueles olhos de lobo pálidos encontraram com os dela através da folha ondulante


de chamas carmesim. — Você me queimou. — Bem, — ela disse, empurrando os fios emaranhados de cabelo do rosto enquanto seu coração batia duplicado, — você não parece estar dispostos a ouvir a razão. Não lhe dando qualquer aviso, ele enfiou o braço pelo fogo frio. Mas ela já tinha mergulhado e estava fora da porta... para correr impetuosamente para um muito duro, muito grande peito masculino. — Olá, querida.

Cuidado

agora. — Fortes mãos

desconhecidas em seus ombros. Sentindo Hawke sair do escritório, ela pegou suas chances e virou-se para trás do sólido homem que tardiamente reconheceu como Matthias, todo negro, os olhos escuros e uma rica pele marrom em forma ao longo de um rosto que segurava sugestões de tantas culturas, era impossível defini-lo como qualquer coisa, mas deslumbrante. O grande tenente deu-lhe um olhar estranho, mas deslocou-se para interceptar Hawke quando ele foi se mover para trás de Matthias. Dizendo um silencioso agradecimento, Sienna saiu em seus calcanhares. Era auto-preservação. Em seu estado de espírito atual, Hawke podia levá-la a concordar com tudo o que ele queria... até mesmo uma existência em que seria para sempre a segunda melhor.


WALKER

estava

em

seu

caminho

para

fora

da

enfermaria depois de ter tido um jantar com Lara, quando viu Kieran entrando. O belo e jovem soldado carregava um buquê de flores coloridas. — Elas são para Lara? — Ele não se moveu para fora da porta. — Sim. Eu pensei que uma vez que ela está trabalhando tão duro, que seria bom para ela ter isso em seu escritório. — Um sorriso intermitente. — Você acha que ela vai gostar delas? Walker não teve que pensar em sua resposta. — Ela não vai ter a chance de vê-las. Kieran poderia ter sido humano, mas ele cresceu em uma matilha de lobos. Seu olhar foi plano, com desafio. — Que tal deixar Lara decidir. — Não. — Walker manteve seus distintos olhos verdecinza com o do outro homem até Kieran sacudir a sua cabeça. — Merda. — Dedos esmagavam os caules finos em seu aperto, ele empurrou o buquê no peito de Walker. — Você pode ser mais dominante, mas eu vou acabar com você se não tratá-la do jeito que ela deve ser tratada.


Enquanto Kieran se afastava, Walker olhou para as flores amassadas em seu alcance e considerou por que ele se sentiu obrigado a manter o outro homem longe de chegar perto de Lara. Kieran só estava tentando cuidar dela em sua própria maneira. Exceto, Walker percebeu, ele não queria que ninguém cuidasse da curadora dos SnowDancer. Trazendo seu jantar, quando ela trabalhava até tarde, certificando-se que ela dormisse bastante, segurando-a quando ela gritasse, aquelas eram responsabilidades de Walker. . . . você não tem quaisquer outros direitos - você não os quer. . . Eles pertencem ao homem com quem eu vou construir uma vida, ter filhos. Ela tinha ficado furiosa a noite que tinha jogado essas palavras para ele, mas que não eram menos verdadeiras. Então... ou ele recuava agora, ou ele perguntaria pelos direitos que ele tinha uma vez rejeitado. Não havia nenhuma garantia de que ela diria sim. Na verdade, havia uma grande chance dela se recusar, tendo se superado com a sua vida pessoal. Suas mãos apertaram em torno das hastes que já machucavam suas mãos.

HAWKE rosnou para Matthias enquanto ele sentia


Sienna desaparecer pelo corredor. — Saia do meu caminho, — ele disse para o grande tenente. Matthias dobrou os braços, que eram do tamanho de pequenos troncos de árvores, e suspirou. — Eu só estou preservando a sua dignidade. Perseguir mulheres corredor abaixo não é do seu feitio. — Eu vou perseguir quem eu quiser. — Mas o temperamento do lobo estava se ausentando. Matthias sorriu. — Pequena e linda, sua Psy. E rápida. O que ela lhe fez para você chegar nesse humor de caça? — Nada de seu interesse. — Carrancudo, ele sacudiu a cabeça em direção ao escritório. — Desde que você se recusa a sair. Matthias caminhou para dentro — É bom estar aqui, mesmo sob essas circunstâncias. — A sua equipe? — Preparada e pronta para ir. — Matthias levantou uma sobrancelha para a bagunça na mesa de Hawke, mas não fez nenhum comentário. — Eles conhecem o território da toca, mas eu os fiz darem uma volta para se refamiliarizarem por eles mesmos. — Bom. Certifique-se que eles não exagerem, eu tenho um sentimento que a merda vai bater no ventilador, mais cedo ou mais tarde, e eu quero eles descansados.


— Eu os disse uma hora, não mais. — Suavizando um mapa amassado depois de pegá-lo do chão, Matthias o colocou na mesa de Hawke com cuidado pontiagudo. — Alexei diz que seus atiradores de elite estão prontos, se pudermos colocá-los em posição antes da hora. Eles ainda não estão treinados para saírem através do fogo inimigo. Hawke assentiu. — Riaz pode lidar com isso. — O tenente era um excelente atirador. — Você já tomou uma decisão sobre a toca, — Matthias perguntou, sua expressão agora desprovida de qualquer humor. — Ela não pode cair. — Mesmo se os SnowDancer sobreviverem, ver o inimigo em sua casa seria demais para eles. — Nós explodiremos se for necessário. — Eu não vou discutir. Ninguém vai. — Sim, mas vamos fazer com que não tenha que chegar a esse ponto e chutar as bundas deles. À medida que isso acontecia, as coisas não corriam como o esperado. — Algum tipo de infecção viral, — Judd disse-lhe no dia seguinte. — Oitenta por cento das tropas do complexo PurePsy estão para baixo. Pelas conversas médicas os técnicos foram capazes de intervir, parece que o fato vai atrasá-los por três,


talvez quatro dias. — Confirmado? — Sim. Henry não está jogando. — Nós poderíamos bater o grupo agora, — Indigo disse quando ele juntou seus tenentes, e Drew, em uma reunião. — Force Henry a se mover. — Sim, mas nós ainda não descobrimos o esconderijo das armas na cidade, — Riaz apontou. — Esta pode ser a nossa chance. As pessoas de Henry podem ficar superficiais devido ao atraso. — Se não acharmos esse esconderijo, — Judd disse, — e eles atacarem, o que eles têm lá poderia lhes dar uma vantagem decisiva. No final, decidiu-se que desde que a eliminação do grupo agora ao invés de mais tarde não lhes dariam qualquer vantagem tática, eles esperariam e usariam o tempo extra, intensificando na busca pelas armas. — Se localizarmos o esconderijo, — Riaz disse, — as equipes precisam saber que não podem deixar escapar. Alexei foi o primeiro a pegar o significado do que Riaz disse.

Se

Henry

não

perceber

que

o

depósito

foi

comprometido, ele não hesitará em lançar o assalto, mesmo depois de perder o grupo dos PurePsy.


— Sim, — Judd disse. — Riaz está certo. Henry e seus partidários não vão se mobilizar se eles sentirem que estão em muita desvantagem. Isso não era uma opção que eles queriam que Henry considerasse,

porque

fato

é

que

os

clãs

não

podiam

permanecer no status ‘vermelho’ para sempre. Ele usaria a suas pessoas, os deixariam vulneráveis quando o ataque viesse. — Eu vou informar nossas equipes e os ratos, também, — Indigo disse, então olhou para Judd. — Eu queria perguntar, os Tks podem carregar bombas? — Componentes, sim. Bombas funcionais, não. Elas são muito instáveis e tendem a desativar durante o teletransporte. — Os vulneráveis, — Jem disse a Hawke após Judd terminar de falar. — Você ainda pretende esperar para evacuálos? Hawke assentiu. — Menor a chance de Henry descobrir a sua localização e mudar o foco de seu ataque. — Estive conversando com Mercy, — Riley disse quando Jem assentiu, — e nós dois percebemos que há uma alternativa de última hora, se algo der errado e não pudermos levar as crianças e os anciãos a uma boa distância. — Ele puxou um mapa holográfico que mostrava os túneis do metrô abandonados sob San Francisco. — Nós os levaríamos até a


cidade, os Ratos irão se certificar de que os inimigos nunca os encontrariam. Indigo estremeceu. — Os lobos dentro desses túneis estreitos? No escuro? — Nós podemos lhes dizer que é uma aventura. — A voz de Riley foi pragmática. — Os mais velhos vão garantir que os jovens fiquem bem. E não é escuro. Os Ratos têm uma boa instalação lá embaixo, melhor do que você acredita. — Meu lobo não é fã, mas é um bom plano para se ter em mãos, — Hawke disse, em seguida, olhou para os seus homens e mulheres. — Nós não só vamos sobreviver a isso, mas vamos sair mais fortes do que somos, porque temos algo que o inimigo não pode imaginar: coração.

RILEY esperou até depois de Hawke ter saído da sala com Andrew, que havia feito todos se certificar de ser o alfa o primeiro a sair antes de falar. — Sei que este não é o melhor momento, — ele disse, — mas precisamos fazer algo em relação a Hawke. — E lhes disse sua ideia. — Isso precisa ser concluído antes de toda a merda chegar. Ele merece muito depois de tudo que ele fez para o bando. — Eles não tinham tido tempo antes, mas o vírus tinha acabado de dar-lhes, pelo


menos, uma suspensão de três dias. — Ele merece um inferno de muito mais, — Indigo disse para uma rodada de acenos, depois sorriu. — Ele vai lutar muito melhor quando não estiver em um humor tão ruim de qualquer jeito. Matthias balançou a cabeça. — Eu não sei, feroz e mal é como eu gosto dele. — Mas ficou claro que ele estava brincando. — Taticamente falando, nós estamos prontos – então, o inferno que sim, podemos levar algumas horas para concluir este projeto. — A moral do bando poderia ser usada como um impulso também, — Riaz apontou. — Uma vez que o assunto se espalhar sobre isso... — Seu sorriso era largo. Judd se levantou. — Não é um negócio certo, você entende. — Silêncio, palavras solenes. — Nós sabemos. — Derrubando a cadeira para trás, Riaz encontrou os olhos do outro tenente. — Mas temos que ter esperança. Nenhum de nós gosta da alternativa. Solidão, alternativa.

Riley

pensou,

Nenhuma

vida

absoluta para

e

eterna,

qualquer

lobo,

era

a

mas

particularmente não para um alfa que tinha dado o seu sangue, seu suor, e sua alma para o bando desde que tinha sido pouco mais do que uma criança. — Então nós começamos em uma hora. Eu pedi os materiais há duas


semanas. — Apenas no caso.

Capítulo 42 O FANTASMA olhou para o que tinha descoberto. Dizer que foi um desenvolvimento inesperado seria um distinto eufemismo. A próxima pergunta, é claro, era o que ele planejava fazer com a sua descoberta. Ele poderia deixar as coisas em paz. Ninguém jamais saberia. Nada mudaria. Isso poderia ser ao seu favor. Afinal, havia uma razão para esse segredo, coisas que o Conselho não queria que o mundo soubesse, mas também não queria perder. Ele poderia ter e usar esse conhecimento para si mesmo. Agachando-se ao lado da longa caixa de vidro retangular


revestida com mais de um século de sujeira, ele considerou o que Judd diria quando ele lhe dissesse que não havia um segundo manuscrito Eldridge.

Capítulo 43 HAWKE foi à procura de Sienna após a reunião, porque ele não podia fazer nada menos que isso. Encontrou-a sentada de pernas cruzadas na Zona Branca com um filhote fungando em seus braços. — Shh, — ela disse. — Ele não quis dizer isso. Você sabe que ele não fez. Mais fungadas. Ela acariciou seus dedos através da pele marrom macia do filhote. — Você quer ficar comigo? Um aceno decisivo. Sorrindo, Sienna se inclinou para beijar o topo daquela


cabeça peluda. — Bem, você pode, mas você sabe, eu não posso esconder tão bem quanto seus amigos. Eu não posso uivar também. — Sua cabeça levantada. — Olha quem veio lhe pedir para brincar. O filhote levantou suas orelhas, ergueu a cabeça. O outro filhote se arrastou, deu um convidativo ‘ganido’, e se aninhou em seu amigo. Como Hawke viu, Sienna murmurou algo para os dois, e os dois filhotes tocaram o nariz antes do que estava no colo se contorcer e fugir com seu companheiro. — Você nunca fala comigo tão docemente, — ele murmurou, chegando a agachar-se atrás dela. Um empurrão e ele sabia que ela teria se levantado se ele não tivesse deslizado as pernas em cada lado dela, fechando os braços em volta de seu corpo. — Aqui. Sienna olhou para a caixa na palma da mão de Hawke e sentiu sua raiva frustrada desmoronar como poeira. A caixa estava aberta, e ele pegou um pequeno brinquedo, um mecânico carrossel em movimento, pequenas luzes ao longo do telhado e nos postes. Havia cinco cavalos, cada um único, pintado com um toque de cores vibrantes. — Este é um dos seus, — ela disse, sabendo que não teria tido tempo para ir à loja de brinquedos. — Agora é seu. — Um beijo em seu pescoço quando o brinquedo parou. — Pegue-o.


Seus mamilos bateram contra o algodão de seu sutiã. — Eu não posso. — Ele estava fazendo isso de novo, arrasando suas defesas para roubar seu coração. Dentes mordiscando o lóbulo sensível do ouvido dela, fazendo-a saltar. — Você não gostou? — Você sabe que eu gostei. — Ela, com um dedo cuidadoso, tocou o rosto detalhado de um cavalo preto com uma sela azul e ouro. — Mas é seu. Ele o colocou sobre a grama ao lado deles. — Vou deixálo aqui então. Teimoso, homem teimoso. Ela também sabia que ele ia passar por isso. — Por quê? — Ela sussurrou. — Por que você está me dando isso? Por que você está aqui, quando você está com raiva de mim? Uma respiração longa e tranquila, seus braços a puxando contra a amplitude de seu musculoso peito que ela sofreu com a falta na noite passada. — Eu não quero te machucar, bebê. Nunca que eu iria te machucar, mas eu não posso te dar o que eu não tenho para dar. Uma única lágrima escorreu pelo seu rosto com a declaração solene e crua com ternura. Seu coração, seu vulnerável coração condenado tinha sido seu a partir do dia em que ela entendeu o que era o que ele incitou nela. Ela não tinha verdadeiros escudos contra ele. Nunca teve. Nunca faria


isso. — Então me dê todo o resto, — ela sussurrou, porque enquanto podia lutar contra um fantasma, ela não podia lutar contra a verdade em sua voz. — Dê-me não só a sua alegria, mas também a sua tristeza, sua dor. Trate-me como... — Ela hesitou, porque a palavra companheira era uma ferida dolorosa entre eles. — Como parceira, como minha. — Sim. — Talvez ela sempre fosse a segunda, mas o orgulho não era defesa contra a necessidade profunda na alma que ela tinha de ser reclamada, reivindicada por ele. E se uma parte de seu coração se partiu pela aceitação, ela tinha idade suficiente para colocá-la para fora, para não envenenar a vida que ela poderia ter com este homem que foi, e sempre será, o seu primeiro e único. — O nome do meu pai era Tristan, — Hawke disse, as palavras enferrujadas e rachadas com a idade, ele se levantou e puxou Sienna para cima com ele, para uma parte mais privada da floresta. Ela estava certa. Eles nunca teriam o vínculo de acasalamento, mas eles poderiam construir o seu próprio vínculo, forte como aço, e inquebrável. — Ele foi levado enquanto estava de vigia solitário nas montanhas. Tristan

tinha

sido

um

lobo

solitário

antes

que

acasalasse, mas depois, ele tinha preferido permanecer perto de sua companheira, tinha reclamado de estar longe. Além do


sorteio primal do vínculo de acasalamento, seus pais se amavam e amavam o filho deles. Hawke tinha crescido acariciado e seguro do seu lugar no mundo, mas não mimado, e não como um tenente para um pai. Aos quatro anos de idade, ele se lembrou de pensar, Ele é quem eu quero ser quando crescer. — Minha mãe, — ele continuou, apesar dor da memória esmagando

seu

peito

sentiu

algo

pelo

vínculo

de

acasalamento no segundo dia, então Garrick enviou uma equipe de busca. No momento em que o encontrei... — encontrou o seu forte, orgulhoso pai — ele estava desaparecido há uma semana, e parecia que tinha tido uma queda feia. Ele se recuperou dos ferimentos rápido o suficiente, mas voltou... danificado. — A única vez que Tristan tinha tocado em seu filho após seu retorno das montanhas foi quanto estava sangrando até a morte na neve. — Ele atacou Garrick duas semanas depois. A mão de Sienna espalhou sobre o seu coração, como se ela fosse protegê-lo. — Eles o programaram para assassinar o seu alfa. — Sim. Ele foi tomado no final. — Esse conhecimento o tinha enlouquecido quando menino, até que ele entendeu que seu pai tinha sido um dominante, um protetor, que nunca iria querer que mais ninguém sofresse em seu lugar. — Tinha havido problemas no bando, ligações e desligamentos por mais


de dois anos. Membros do bando agindo erráticos, brigas constantes que levaram a mortes. Homens ficando violento com suas mulheres. — Até estes dias, a idéia disso agitava seu lobo. — Isso não é o que somos, o que sempre fomos. — Não. — Sienna levantou a cabeça, tal empatia intensa em seu rosto, que parecia impossível ela ter estado uma vez no Silêncio. — Isso tinha a ver com o experimento, não tinha? Ele apertou os braços em volta dela. — Eles queriam ver se eles poderiam corroer os laços que prendiam um bando changeling unido, pressionando fatos-chave até que o bando implodisse. — Os bastardos tinham quebrado juvenis, bem como

adultos,

envenenado

tanto

bons

homens

quanto

mulheres. — Eles foram projetados por um pequeno grupo de cientistas. — No final, foi o que salvou SnowDancer, porque os sobreviventes tinham sido capazes de cortar a cabeça do mal antes que os dados fossem repassados para os escalões mais elevados. — Eles não eram o Conselho, mas se sentiram livres para nos tratar como animais de laboratório, porque o Conselho, no momento, deixou claro que era isso que eles nos consideravam. Sienna colocou os braços ao redor dele no mais feroz dos abraços.


Ampliando sua posição, ele a colocou impossivelmente perto. — Meu pai saiu dizendo foda-se para os bastardos. — Um sorriso sombrio. — Durante a luta, quando outro dos que virou tentou atirar em Garrick, ele se deslocou para levar a bala. — Foi muito tarde, porém, os ferimentos do alfa eram graves o suficiente para que seu curador, já fraco, tivesse sido incapaz de salvá-lo. Sienna meneou a cabeça contra ele. — Ele deve ter sido extraordinariamente forte para combater a compulsão o suficiente para fazer isso. — Sim. — Seu pai havia recuperado sua honra no finalzinho e, ao fazê-lo, ensinou a Hawke a nunca, nunca se render. — Estou tão orgulhoso de você. — As palavras finais de Tristan ao seu filho quando Hawke se ajoelhou ao lado dele na neve manchada de sangue, sua mão segurando seu pai em um desespero raivoso. Então, como o sangue continuava a pulsar em seu peito, Tristan tinha beijado sua companheira e sussurrado: — Até a próxima vida, meu amor. —

Minha

mãe,

Aren,

simplesmente

não

poderia

funcionar depois que ele morreu. Ela tentou com tanta força, mas um dia ela foi dormir e não acordou. — Sempre para ele, a alegria que sentira nos braços de seus pais seria para


sempre ligada a ecos de dor, de perda. Sienna, esta Psy que tinha perdido sua própria mãe, levantou-se na ponta dos pés e colocou os braços ao redor do seu pescoço em um conforto silencioso, o rosto molhado de lágrimas contra o seu próprio, quando ele se inclinou para encontrá-la até a metade. Hawke nunca tinha chorado pela perda de seus pais. Não como um menino. Não como um homem. Agora, quando ele enterrou seu rosto numa queda de seda escura como rubis da meia-noite, o lobo levantou a cabeça em um silencioso uivo lamentoso.

.

.

.WALKER

fechou

a

porta

do

quarto

de

armazenamento médico atrás dele e olhou para as fileiras de embalagens. De acordo com Lucy, Lara estava aqui em algum lugar. — Walker? — Cachos em queda quando ela se inclinou para fora de onde ela parecia estar sentada no chão. — É o cheiro daquele café? Querendo sorrir para a cobiça em sua voz, quando sorrir permanecia um ato que não vinha naturalmente para ele, ele caiu de joelhos ao lado dela. — O que você está fazendo? — Inventário, — ela disse com um gemido, inclinando a cabeça contra seu peito. — Eu quero checar novamente se temos todos os suprimentos essenciais uma vez que temos


uma fração a mais de um quarto para respirar. Ele passou para ela o café e a assistiu beber. Como sempre, isso lhe causou uma sensação no peito inexplicável ao saber que estava cuidando dela. — Suficiente? Ela assentiu com a cabeça. — Obrigada. Colocando a caneca em uma prateleira em cima dela, ele lutou contra a compulsão de enfiar as mãos no calor sedoso de seus cachos, puxá-la para perto. Lara era changeling, e changelings necessitavam de toque, necessitavam contato sensual. O incidente com Kieran o tinha feito perceber que ele não queria que qualquer outro homem cuidasse de Lara nessa área também. —

Walker?

Lara

levantou

uma

sobrancelha

questionando. — Você está namorando alguém? Ela continuou imóvel. — Não. — A resposta dela pairava no ar. — Eu quero esses direitos, Lara. — Se ela dissesse que não, Walker tinha a súbita percepção de que não recuaria como um homem civilizado. Ele viu o jeito que ela chupou uma respiração e que ela entendeu a referência. — Você já tem a maior parte desses direitos como meu amigo. O que mudaria?


Ele não era um lobo, mas ele não precisava ser para entender o desafio de seu coração changeling. Foi instinto cair sua cabeça, puxar seu cabelo e arquear seu pescoço para ter os lábios delas nos seus. Ele nunca tinha beijado uma mulher antes de Lara, essas coisas simplesmente não eram feitas na PsyNet. Ele descobriu, no entanto, que ele entendia a mecânica disso muito bem, mesmo depois de uma única experiência anterior. Os lábios de Lara eram suaves sob o dele, e eles se separaram em um suspiro quando ele passou a língua ao longo da união. Ela tinha sabor de uma feminilidade doce que já estava amarrada aos seus pensamentos sobre ela, mas havia uma pitada de algo mais escuro embaixo, uma veia profunda de sensualidade. Isto o fazia faminto. Se, pensou, ele planejava ser egoísta e mantê-la pra si mesmo, apesar do fato de que ele não era de forma alguma suficientemente bom para ela, ele poderia muito bem desfrutar. Puxando-a mais firmemente contra si, ele acariciou a língua dela, sentiu as mãos apertando contra o seu peito, sua pressão contra o seu próprio corpo. Ele repetiu o ato, querendo incitar mais de seus carinhos. Desta vez, Lara gemeu, um baixo som de prazer que fez sua ereção apertar a um nível quase doloroso. Quando ela o empurrou, ele franziu a testa, mas a soltou. Vendo que ela precisava sugar uma respiração, ele


permitiu

a

ela

um

momento,

então

tomou

sua

boca

novamente. Não é de admirar que changelings e humanos fossem tão gananciosos com este ato. Ele criou as sensações mais decadentes, especialmente com os ossos finos de Lara sob as pontas dos dedos, os sons pequenos que ela fazia em sua garganta zumbido sobre sua pele. Ela o empurrou de novo, e ele teria parado apenas o tempo suficiente para permitir-lhe puxar o ar novamente, exceto que ela colocou os dedos sobre sua boca. — Walker, pare. Ele ficou imóvel. — Não? — Não, quero dizer, sim. Espere. — Empurrando as mãos pelo seu cabelo, Lara respirou áspero várias vezes, em um esforço para obter sua mente de volta na engrenagem. — Eu preciso saber exatamente o que você está pedindo, o que você está oferecendo, — ela disse. — Nada de linhas desfocadas. — Uma relação permanente, exclusiva, — ele disse, sem um instante de pausa, os olhos fixos nela. — Eu e você. — Você tem que ter certeza. — Ela era tão vulnerável a ele que ele poderia destruí-la. — Isso não é algo que possa voltar atrás. — Eu estou certo. — Um olhar implacável. — Você precisa de tempo para chegar a uma decisão?


Teria sido mais inteligente dizer que sim, permitir a ambos se refrescar. Mas ela era um lobo predatório changeling com um homem que desejava há tanto tempo, um homem que estava se oferecendo a ela de uma maneira que os homens dominantes raramente faziam. Ela puxou-o para baixo com as mãos em sua camisa. Sua boca tomou o controle em questão de segundos. Não havia como saber quanto tempo ele poderia ter mantido em saboreá-la, se não tivesse havido uma batida na porta, um pedido para obter assistência. Seus

lábios

estavam

molhados

quando

eles

se

separaram, sua respiração brusca, ofegante, seus olhos verde translúcidos na baixa luz dentro da despensa.

— Que tipo de flores que você gosta? — Amaryllis, — Lara tinha dito em resposta para essa pergunta repentinamente, e agora, apenas algumas horas mais tarde, o que ela tinha em sua mesa era um vaso de gloriosas flores vermelhas tão aveludadas quanto exuberantes. Balançando

pelo

escritório,

Lucy

voltou

atrás

e

assobiou. — Os quietos sempre têm as melhores surpresas na manga. Quieto. Sim, Walker era quieto. Ele também era um


aluno muito rápido. Seus dedos levantaram para os lábios, e ela se sentiu culpada quando viu o relógio e percebeu que estava sonhando acordada sobre as flores por dez minutos. Mas ela não podia resistir a um último toque. Walker a tinha beijado. Walker mandou flores para ela. Walker a estava cortejando. — Lara. Ela saltou quanto sua voz veio à vida por trás dela, e bateu um peso de papel de cristal no chão. A espiral verde e azul que Ava tinha trazido da Nova Zelândia, se quebrou em pelo menos cinco peças diferentes. — Droga. — Eu a assustei. Peço desculpas. — Agachando, ele começou a recolher os fragmentos. Sua mão foi para seu ombro sem a sua vontade consciente, espalhando-se sobre a flexibilidade dos seus músculos. — Eu deveria ter cheirado você, mas...

levantando a cabeça, o olhar em seus olhos roubando sua respiração — As flores são tão bonitas. Eu estava distraída.

Com todas as peças na mão, ele se levantou. — Eu posso consertar isso para você.


— Não se preocupe com isso, — ela disse, seu lobo tremendo de impaciência por saber por que ele veio. — Uma vez quebrado, algumas coisas não podem ser corrigidas. Eu prefiro que você passe esse tempo comigo. Foi só mais tarde, depois que ele a deixou com um beijo lento e deliberado que enrolou os seus dedos, que Lara se perguntou se ela profetizou seu próprio desgosto. Porque Walker Lauren poderia a ter beijado, poderia ter dado-lhe flores, pode até estar lhe cortejando, mas permanecia uma profunda reserva nele. A distância era um lembrete solene de que a capacidade forte, firme de Walker em confiar havia sido quebrada em mais pedaços que seu peso de papel de cristal.

HAWKE pediu para Sienna mover para seu quarto naquela noite, mas ela precisava de um pouco mais de tempo para acostumar-se... a tudo. Com o que ela ganhou, o que nunca teve, o que o futuro reservava. Então, ela pediu-lhe para dormir em sua cama. Emoções caóticas, seus músculos tensos quanto ele enrolou-se em volta dela. Mas ele beijou-lhe o pulso e disse, — Durma. Eu só quero te abraçar. Levou uma hora para obedecer, mas quando o fez, ela


caiu em um profundo sono sem sonhos. Ela acordou para descobrir que ele tinha ido embora, mas deixou um bilhete ordenando-lhe

para

encontrá-lo

para

jantar

às

sete.

Honestamente, ela pensou com um sorriso, ele não poderia evitar com os pedidos. Era esse sorriso que ela levava para o dia, em vez de um coração pesado com o eco de perda. A decisão tinha sido feita e aceita. Para protestar contra isso só envenenar a beleza do que existia entre ela e seu lobo. Após o banho, vestiu-se e pegou o café da manhã antes de ir suportar a mudança no rodizio de vigilância. O bando estava em alerta máximo, e Sienna nunca deixou cair a guarda, mas com exceção do curto período quando Evie desceu para se juntar a ela no almoço, o dia passou tão rápido quanto uma tartaruga. Voltando a toca afinal, ela ajudou Toby e Marlee com a lição de casa, depois foi para seu quarto se limpar e se preparar para o jantar. Envolta em um roupão, ela estava olhando para o seu armário, quando houve uma batida na porta. — Indigo, — disse ela, deixando a tenente entrar. — Você precisa de mim para alguma coisa? — Evie disse que você tinha um encontro com Hawke. — Ao aceno de Sienna, Indigo passou-lhe uma caixa plana que tinha levado para o quarto. — Uma mulher precisa usar grandes armas quando se trata de um homem como ele.


Sienna abriu a caixa após a outra mulher ter saído após um sorriso e um abraço, para encontrar um vestido preto simples, com alças finas e uma bainha que iria a um par de centímetros

acima

dos

joelhos.

Então

ela

colocou.

Deliciosamente macio e sedoso, o material deslizou sobre seu corpo com tal fidelidade, que pareceu como se tivesse sido derramado nela. Não só se moldou em seu traseiro, como o corpete segurou e levantou seus seios na mais sensual das ofertas. Tudo isso feito com uma elegância impecável. — Eu te amo, Indigo, — Sienna disse, sentindo-se sexy, ousada e confiante. Combinando o vestido com sandálias de noite delicadas, de salto alto, ela secou e deixou seu cabelo solto. Hawke gostava de passar as mãos por ele, e desde que ele a deixou brincar com o grosso prata-ouro que a fascinava tanto, isso era justo. A batida aconteceu justo quando ela terminou de passar o gloss na boca. — Você esta dez minutos adiantado. O lobo do outro lado do limite passeou seus olhos, oh tão lentamente, pelo corpo dela. — Você parece mordível. Sua mão apertou na porta, porque ela sabia muito bem o que ele quis dizer quando dizia essas coisas. — Você está vestido. — Ela nunca o tinha visto em qualquer coisa além de jeans. Hoje à noite, ele usava um terno preto que brincava com


a coloração vívida de seus olhos e seus cabelos em um destaque chocante, a camisa aberta no colarinho. Mas, apesar de que parecia que ele poderia ter saído de uma propaganda de revista de alguns homens fantasia, não havia como esconder o brilho predatório naquele olhar. Inclinado para frente sem aviso, ele fechou suas mãos em seu cabelo para tomar sua boca em um beijo que deixou claro que a considerava sua. Toda sua. Cada centímetro dela. Seus mamilos ficaram apertados, suas coxas apertando em uma tentativa inútil de aliviar a dor em seu meio. Do sorriso satisfeito nos lábios quando ele se afastou, ela sabia que ele estava ciente de sua excitação. Ele poderia ter feito ela se sentir em desvantagem, exceto que ele não fez nenhum movimento para proteger a sua própria resposta. — Vamos, — ele disse, tomando um último pequeno beliscar, — Ou nunca vamos chegar ao jantar. — Espere, — ela disse enquanto ele a puxou para fora e fechou a porta, — Eu não tenho minha bolsa. — Não vai precisar dela. — Ele começou a conduzi-la pelo corredor, com os dedos entrelaçados com os seus. — Não deveríamos estar indo para fora quando as coisas estão em um ponto tão crítico? — O estrategista militar nela estava perturbado o suficiente para lutar contra seu desejo de ter ele só para ela. — Se os Scotts conseguem prejudicar


você... Um dedo pressionado em seus lábios. — Nós não vamos muito longe. Dadas as suas palavras, ela não estava surpresa quando ele a levou para seu quarto, mas ela perdeu todo o ar em seu corpo quando viu o conjunto de mesa com uma toalha branca imaculada, reluzente prataria, e candelabros de haste longa com velas que Hawke acendeu antes de puxar uma cadeira. — Venha aqui. Era impossível fazer qualquer coisa, a não ser obedecer, especialmente quando ele a recompensou com um beijo que fez os seus seios subirem e descerem em um convite estremecedor. Pressionando outra carícia quente e molhada pela curva de seu ombro, ele mudou-se para ter um assento, e não no outro lado da mesa, mas à sua direita. Ela soube o porquê quando ele descobriu o primeiro prato, uma salada verde com enrolado de mechas de pimentão vermelho e laranja que ela tanto amava e levantou um garfo.

Capítulo 44


HAWKE AMAVA TÊ-LA ali, em seu território, toda a pele brilhante e cabelo escuro cintilando com tons escondidos de fogo. O lobo rolou na essência dela, brincalhão como um filhotinho,

mas

Hawke

era

vividamente

consciente

do

perfumado sabor de excitação que tinha crescido cada vez mais quente conforme os minutos passavam. Ela não tinha se rebelado contra ele a alimentando, tinha de fato, insistido em retornar o favor. Mas a taça de sobremesa tinha apenas uma colher, e ele a tinha. Pensando bem... Jogando a colher por cima do ombro, ele molhou o dedo no rico sorvete de caramelo, levando-o aos lábios dela. A boca dela formou uma macia e quente sucção em torno de seu dedo enquanto ela chupava - então ela trouxe a língua para o jogo. Cada parte dele queria atacá-la, mas ele resistiu ao desejo primitivo. Esta noite, era sobre ela. Ela tinha se entregado a ele, e ele queria que ela soubesse que entendia o valor de seu presente, que nunca permitiria que ela se sentisse nada menos do que estimada. Removendo o dedo por entre os lábios que brincavam com ele em um aperto melado, ele rodou-o de volta no sorvete e pintou a curva da boca dela com doce deleite antes de


mergulhar a cabeça e beijá-la para tirar aquilo. Os lábios dela estavam frios do prazer gelado, mas aqueceram rapidamente, o gosto dela de um sabor doce de manteiga e especiarias. — Eu acho, — ela disse, apertando as mãos nas lapelas da camisa dele, as curvas superiores de seus seios coradas e cheias, — que eu já tive sobremesa o suficiente. — Então... — ele mordeu os lábios dela porque amava o jeito que a excitação dela aumentava cada vez que ele fazia isso, e passou a língua sobre o pequeno machucado. — Eu acho que é minha vez. — Ele sentiu o tremor que a sacudiu quando ele a puxou para fora do seu assento, sabendo que não era medo. Deslizando as mãos pelas costelas dela, ele as descansou na tentação dos quadris. Antecipação tornou os olhos dela escuros como a meia-noite quando ele a afastou, beijo após beijo lento, da área de estar para o quarto dele. Em direção à cama dele. — Minha, — ele disse, movendo-se para o final da cama depois de colocá-la sobre os lençóis, para que ele pudesse circular as mãos em torno dos tornozelos dela e puxá-la para frente alguns centímetros. — Toda minha. — Hawke. — Eu gosto do jeito que você diz meu nome na cama. — Levantando um pé delgado, ele deu um beijo no tornozelo dela, então desfez a alça que segurava a linda sandália e jogou-a no


chão. O pé dela encolheu-se sob o toque dele, um delicado arco felino. — Talvez eu seja a pessoa que vai acabar com um fetiche por pés, — ele murmurou, depositando um beijo no outro tornozelo dela enquanto abria a segunda sandália. Uma risada que parecia assustada saiu dela. Satisfeito

consigo

mesmo,

ele

deu

uma

mordida

brincalhona no dedo mínimo dela conforme jogava de lado seu sapato e ergueu a cabeça. — Olhe para você, excitada e sexy e na minha cama. Sem rubor, sem hesitação. Aqueles olhos escuros de paixão o seguiram quando ele tirou a jaqueta e jogou-a no encosto de uma cadeira, antes de começar a desabotoar sua camisa. O lobo dele se exibia para ela.

SIENNA agarrou os lençóis, seu corpo fazendo pequenos movimentos inquietos enquanto a camisa preta de Hawke se abriu expondo uma tira do peito masculino em que ela queria esfregar-se contra, na mais escandalosa das maneiras. Quando ele puxou a camisa para fora da calça e terminou de desabotoá-la, a garganta dela secou. Havia algo deliciosamente indecente sobre um homem, sobre ele, em um estado de nudez parcial. Como se ela tivesse


um vislumbre do proibido. Tirando os sapatos e as meias sem tirar os olhos dela, ele rodou para o lado da cama. — Eu gosto deste vestido, — ele disse, e era uma carícia vocal. — Não vamos rasgá-lo. — Colocando um joelho na cama, ele se inclinou para beijá-la, pura demanda aquecida. — Vire-se, — ele murmurou depois que tinha derretido os ossos dela. Provavelmente não era a melhor das ideias dar a ele tudo o que ele queria, mas ela não tinha força de vontade quando ele estava envolvido. Poderia qualquer mulher resistir a ele quando ele era assim? Sienna achava que não, é claro, se qualquer outra mulher se atrevesse até mesmo a tocá-lo, ela fritaria a cadela em menos de um segundo. — O que acabou de passar por sua cabeça, hein? Ela contou a verdade, e viu o lobo rir, mostrando os dentes. — Essa é minha garota. — As mãos dele viraram-na de frente. — Você entende que é uma via de duas mãos? — Dedos empurrando o cabelo dela para descobrir a nuca. — Da próxima vez que o bebê gato colocar as mãos em você, ele está morto. — Kit é meu amigo. — Você não pode ter um bebê gato alfa como amigo. — Uma mordida na nuca dela.


Oh, Deus. Era quase impossível pensar, mas ela descobriu a vontade para voltar e puxar o cabelo dele. — Deixe meus amigos em paz ou eu vou ser obrigada a ficar má. Lambidas sobre a mordida, o riso contra a orelha dela. — Eu gosto de você, — ele disse, e ela teve a profunda, intensa consciência de que era a parte lobo dele que tinha falado com tanta alegria. O puxão chegou um instante depois, o zíper sendo abaixado. Então... uma lufada de ar quente contra a sua coluna, beijos de boca aberta ao longo da pele nua a partir da abertura dos dentes metálicos. Tremendo, ela se arqueou para ele, sentiu os dedos dele deslizarem para dentro de seu vestido e para a curva de sua cintura. A aspereza da pele dele foi um choque que a fez gemer. Mais beijos nas costas, antes que ele removesse o toque para puxar para baixo as alças. Em vez virada de costas, ela levantou-se uma fração e puxou as alças para fora de seus braços, empurrando o vestido até a cintura. Uma mão grande e quente nas costelas dela, curvandose até seu seio sem aviso. Chorando, ela caiu para frente. Prendeu a mão dele entre seu corpo e a cama - não que ele parecesse se importar. Apertando e acariciando-a com calor possessivo, ele deixou cair uma chuva de beijos sobre os ombros dela.


— Não, — ela protestou quando ele tirou a mão. — Eu quero esse vestido fora. — Um par de puxões fortes e ele tinha ido embora, deixando-a vestida em nada além da calcinha de renda que tinha comprado meses atrás, mas nunca antes usado. Ela a fazia sentir-se muito hedonista, muito sensual. Isso foi antes de ela ter começado a brincar com um lobo alfa. Empurrando longos fios de cabelo para fora do rosto, ela virou a cabeça para ver o tal lobo escarranchando-se sobre as coxas dela. Ele ainda estava vestido, a camisa desabotoada em pura provocação, mas seus olhos estavam como o brilho da noite, o rosto tenso com fome selvagem. Foi instinto curvar o corpo em direção a ele, para tentar seduzi-lo. O olhar dele ergueu-se até encontrar o dela, e então ele se moveu, segurando o queixo dela para que pudesse tomar sua boca em um beijo encorpado que era todo língua, calor e dentes enquanto ele deslizava a mão livre em seu corpo para fechar sobre a carne sensível de uma mama, o impulso duro de sua ereção insistente contra a pele nua sob a fina renda preta. Foi nesse momento, com a bela e faminta boca dele sobre a dela, o corpo grande e lindo pressionando-se contra ela, e os dedos puxando o mamilo dela que ela percebeu que estava perdendo a cabeça.


HAWKE soube o instante em que Sienna perdeu a confiança,

o

instante

em

que

ela

começou

a

recuar.

Esfregando o polegar sobre o mamilo dela, ele lutou contra seus possessivos impulsos e suavizou o beijo voraz. Ela era dele. Seria apenas prazer para ela hoje à noite. Era difícil afastar-se da boca dela, resistir à tentação de espremer e moldar o peito negligenciado. Em vez disso, empurrando-a deitada sobre as costas dela, ele se aninhou em seu pescoço antes de subir para livrar-se de sua camisa. — Toque-me? As mãos dela foram para o peito de uma vez, acariciando-lhe do jeito que ela sabia que ele gostava. Isso o fez querer espalhar as coxas dela, acomodar-se entre elas, até que ele pudesse esfregar o pênis contra a suavidade úmida dela. Ela seria tão exuberante, tão perfeita. Em vez disso, ele permitiu-se apenas uma única lambida na ponta de um firmemente enrolado mamilo – para um tremido gemido dela antes de começar a beijar todo o caminho para baixo no corpo dela. Os dedos dela apertaram-se no cabelo dele. Percebendo que ela estava tentando mantê-lo em seus seios, ele sorriu e refez seus passos. — Isso é o que você quer,


amor? Ela arqueou-se para fora da cama quando ele tomou o mamilo em sua boca, rolando o cerne tenso sobre a língua dele. Sensível, muito sensível, ele pensou, fechando uma mão sobre o quadril dela, o toque de rendas sob a palma da mão em um prazer sensual... mas nem de longe tão erótico como sua pele nua. Liberando aquele mamilo sem mordê-lo – ele deixaria aquilo para a próxima vez - ele rodou a língua ao redor do outro, querendo afogá-la em prazer, até que ela nunca sentisse falta de uma coisa que ele não podia lhe dar. — Será que você gosta da minha boca em seus seios? — ele perguntou depois de retomar sua jornada para baixo. — Você sabe que sim. — Palavras roucas, as mãos dela moldando e acariciando os ombros dele. Querendo aquelas mãos sobre cada centímetro do seu corpo, ele pressionou um beijo no umbigo dela. — Eu gosto de ouvir. — A excitação dela era inebriante tão perto do líquido quente entre as coxas, e ele teve que agarrar o lençol para controlar a si mesmo antes que ele a assustasse. — Diga-me se isso lhe agrada. — Pulando nos cachos úmidos sob o pequeno triângulo de renda preta que mais provocava do que escondia, ele beijou e mordiscou o interior das coxas dela. Um suspiro trêmulo. — Sim. Abrindo as pernas dela, ele usou uma única garra para


cortar os lados da calcinha. Um puxão mais tarde e elas foram embora. Cada um dos músculos dela enrijeceu-se no mesmo momento, e quando ele olhou para cima, os olhos dela estavam cerrados. A boca dele encheu de água para saborear o entorpecente aroma tão rico e delicioso contra a sua língua, mas ele a queria com ele. Levantando-se, ele deu um beijo na barriga dela, nos peitos, na garganta, nos lábios. Ela se abriu para ele sem hesitação, perigosa e selvagem e Sienna. Somente quando seus quadris estavam ondulando-se em direção a ele foi que correu a mão de volta para o calor entre as pernas dela, acariciando o inchado desejo das dobras com um único dedo, o toque delicado. — Você gosta disso. — Sim. — Um suspiro e um rolar dos quadris dela conforme ela procurava por mais. Ele

segurou-a,

acariciando

em

torno

da

entrada

apertada e molhada, que tinha o pênis dele empurrando nos confins da calça. Ela gritou contra a boca dele e agarrou seus bíceps, mas ele se afastou para beijar seu caminho para baixo em seu corpo mais uma vez. Desta vez, os olhos dela ficaram abertos, e nele.


SIENNA teve apenas presença de espírito o suficiente para verificar o fogo frio. Não estava nem perto do ponto crítico depois do expurgo mais recente, e os reforçado escudos dela estavam segurando. Isso significava que ela poderia desfrutar desta noite, desfrutar estar com Hawke. Agora mesmo, ela não tinha certeza se sobreviveria ao que ele pretendia fazer, mas oh, como ela queria. Seu corpo parecia um brinquedo que tinha sido liquidado muito firme em cada parte de seu esforço para alcançar algo que ela não conseguia tocar. — Hawke, por favor. Olhos azuis-lobo seguraram os dela. — Confie em mim. — Sempre. — Não havia dúvida de confiança, nunca tinha existido. Um perverso, malvado sorriso. — Eu disse que era a minha vez para a sobremesa. Com essa declaração pecaminosa, ele puxou as pernas dela sobre os ombros dele e deu-lhe um beijo tão íntimo, que a mente dela se agitou com a escuridão antes de faiscar em uma febre de carmesim. Ela nunca tinha sabido, nunca entendeu. Quando ela tinha lido sobre isso em revistas femininas, parecia ser um ato que a embaraçaria. Agora mesmo, ela não estava envergonhada. Estava ansiosa, necessitada e tão satisfeita que doía. Se o primeiro nível de dissonância estivesse em vigor,


ela teria desmaiado de dor, mas embora as sensações fossem além de qualquer coisa que já tinha conhecido, não houve reação agonizante. O lobo dela não tinha inibições e se recusava a permitirlhe qualquer uma. — Um pouco mais, — ele disse, abrindo suas coxas ainda mais para permitir-se um melhor acesso a carne inchada e corada com paixão. Fez as mãos dela apertarem-se no lençol ao imaginar como ele a viu. Lisa, rosada e aberta. Então, ele começou a saboreá-la, em golpes molhados e lentos, um dedo entrando nela em um prelúdio para a penetração final, e os pensamentos dela fraturados em uma longa e estremecida submissão. Ela voltou a si, para encontrar um lobo muito satisfeito ao seu lado. Ele estava desenhando padrões na pele brilhando em suor do umbigo dela com o dedo. — Como foi a sobremesa? — ela perguntou, a garganta rouca um lembrete de que ela tinha gritado no final. Um flash de dentes. — Eu pretendo voltar para uma segunda vez. Ela respirou fundo. — Lobo mau. Deslizando a mão, ele puxou os cachos úmidos dela. — Lobo faminto. Ali mesmo, Sienna sabia que ela estava afundada. Absolutamente e gloriosamente. — Eu quero você.


Olhos lobo-pálidos brilhavam para ela embaixo de uma espessa tira de cílios. — Quanto? — Uma provocação e um desafio juntos. Virando-se para empurrá-lo de costas, ela beijou seu caminho para baixo da garganta dele para morder seu pulso. A mão dele se apertou em seu cabelo, os músculos tensos. Ele não a parou quando ela alisou uma mão para baixo do peito bonito e mais para baixo, para o primeiro botão da calça dele. Ela não tinha ideia de quando ele tinha chegado a livrar-se do cinto, mas ela estava agradecida - as funções motoras dela estavam um pouco prejudicadas depois do jeito que ele tinha comido a sobremesa. Agora, ela levantou a cabeça, suportando-se com uma mão no ombro dele enquanto ela olhava para baixo para ver a outra mão tentar desfazer o botão. Ele assobiou quando as pontas dos dedos dela roçaram o impulso de sua ereção, cada um dos músculos ficando tão rígido, que ela pensaria que ele estava com dor, exceto que ela tinha sentido o beijo do prazer sexual cru, e entendia. Frustrada porque os dedos mantinham-se escorregando no botão teimoso, ela ignorou-o e deslizou a mão sob o cós da calça. Para tocar a quente e dura carne revestida de veludo delicado. Sua respiração saiu correndo dela, mas sua mão estava sendo puxado para fora antes que ela estivesse nem um pouco perto de satisfeita, e de repente, ela estava deitada de


costas com um lobo em sua boca, sua garganta, seus seios. Ele sugou seus mamilos na boca, duro e molhado, mãos possessivas brincando com os seios para apreciação dele. Ela estava acostumada com os dentes agora... mas não com o jeito que a fazia sentir. Empurrando, ela foi para embrulhar a perna ao redor da cintura dele, e foi interrompida pela mão sobre sua coxa. — Calças, — ele murmurou e levantou-se da cama em um raio de movimento rápido. Uma fração de segundo depois, ele estava de volta, puxando a perna dela sobre o quadril nu. Sienna tentou empurrá-lo. Ela queria ver, queria afagar e acariciar o duro corpo masculino. Mas, então, ele passou a língua ao longo da curva inferior do peito dela, e ela perdeu a linha de pensamento, as mãos apertando na seda musculosa dos ombros dele. — Beije-me. — Foi um sussurro necessitado, e mal tinha saído antes que ele estivesse lá, com uma mão segurando o rosto dela enquanto ele erguia-se em cima dela com a outra, a boca brincando e jogando com a dela até que ela perdeu o fôlego e teve que quebrar o delicioso contato. — Mais? — o lobo perguntou. Ela tentou chupar em uma respiração. — Você está nu. Um lento, demorado sorriso. — Você também está. — Ele deslizou a mão para baixo na coxa dela, mudando para acariciar através da suave, mais sensível parte dela. — Tão


lisa, — ele disse, os olhos quentes e com fome enquanto esfregava a entrada do corpo dela. A mente dela nublou-se, seus quadris subindo ao encontro do toque dele. Quando ele pressionou, ela agarrou seus bíceps e puxou-o para baixo, com a intenção de provar sua boca, seu pescoço, qualquer parte dele que ela pudesse chegar enquanto ele a violava com um dedo, adicionando um segundo com uma lentidão que a fez estremecer. Ele cortava-a tão lento, esticando os tecidos e balançando choques de prazer através dela. Preparando-a, ela pensou através da neblina, ele estava preparando seu corpo para sua posse. Ela podia senti-lo contra o interior de sua coxa, sabia que a espessura orgulhosa da ereção dele não seria nada fácil de aceitar. Luzes piscaram por trás das pálpebras dela quando ele usou a cabeça de seu pênis para provocar o clitóris. Fácil não era algo que importava. Ela só o queria. Agora. — Penetreme. — Rápido. Hawke ouviu-a, mas continuou a bombear os dedos dentro dela, continuou a beijá-la - sugando seu lábio inferior, mergulhando a cabeça para marcar as mamas e o pescoço dela. — Ainda não. — Ele queria-a toda liquidada com prazer antes que ele a tomasse, porque ia doer. Nenhuma forma de evitar, mesmo que o pensamento de machucá-la de qualquer forma o irritasse. Ela era apertada e quente, e ele era um homem grande.


— Deixe-me acariciar você um pouco mais. — O suor brilhava na garganta dela, e ele lambeu-o, saboreando o sal e tempero dela. — Eu amo seus seios. — Eles estavam ruborizados da fricção da mandíbula dele, o toque de seus dentes. Em uma cadeira, ele pensou, mordendo o lábio inferior dela, quando ela ordenou a ele. — Acabe com isso! — Ele estava indo tomá-la em uma cadeira na próxima vez então ela poderia montá-lo, e ele poderia brincar com aqueles peitos bonitos como quisesse. Sentindo os músculos dela apertando-se ao redor de seus dedos, ele beijou pelo caminho abaixo do corpo dela novamente e abriu suas coxas, inalando o erótico almíscar dela. A boca dele salivou, e uma vez que ela era dele e que ela estava deliciosa, ele decidiu que era hora da segunda vez. Levou só uma longa lambida para ela quebrar, mas ele continuou, usando a boca para agradá-la com pinceladas e mordidas e pequenas e quentes sugadas focadas na saliente e escorregadia carne no ápice das coxas dela até que seu corpo ficou mole, tremores ondulando sobre sua pele. Quando ele perambulou por este tempo, ela observou-o sob as pálpebras pesadas nos olhos, seu peito subindo e descendo em um ritmo que era pura tentação. — Você, — ela engasgou quando ele encaixou-se contra ela, começou a empurrar, — é assim — um som gutural feminino, seus tecidos fogos líquido em torno dele — o tempo todo?


Ele não estava pensando muito mais, consumido pelo prazer, mas ele sabia de uma coisa. — Para você, sim. — Segurando

o

quadril

dela,

ele

deslizou

outro

par

de

centímetros, sentindo as unhas dela cravarem-se em seus ombros. Mas em vez de afastá-lo, ela o puxou em sua direção. O controle quebrou-se, e ele enterrou-se ao máximo em um único golpe. O pesaroso suspiro dela foi abafado contra o ombro dele enquanto suas pernas tremiam ao redor dele. No entanto, ela continuou a segurá-lo apertado. Buscando alguma aparência de pensamento civilizado, ele afagou a coxa dela, acariciou-a, e beijou-a até que ela começou a mover os quadris - ou tentou em qualquer caso. Ele prendeu-a na cama, e ele tinha toda a intenção de usar essa alavanca para o seu prazer. Uma mão no quadril dela, ele deslizou para fora tortuosamente devagar... então deslizou para dentro da mesma forma. Os olhos de Sienna queimaram abertos, segurando os dele. — Faça isso de novo. — Uma demanda íntima. Mostrando os dentes num sorriso feroz, ele fez. Então, novamente. E mais uma vez. Até que ela fraturou em torno dele, os pequenos músculos apertando tão estreito em torno de seu pênis que ele quase gozou. Ele queria atacá-la, virá-la em suas mãos e joelhos, e montá-la da forma mais primitiva,


mas aquilo poderia esperar. Hoje à noite, isso, era para ela. Assim, embora sua mandíbula doesse de quão duro ele a apertava, ele continuou a acariciar dentro dela lenta e facilmente, de novo. E teve o prazer de sentir o corpo dela subir ao encontro do dele mais e mais. Desta vez, ele permitiu que o pulso erótico do orgasmo dela atingisse-o, torcendo-o até o esgotamento. — Da próxima vez, — ele murmurou no ouvido dela quando ele caiu, o coração dele como a porra de um tambor contra suas costelas, — Eu não vou me comportar.

Capítulo 45 DEZ

HORAS

DEPOIS,

aquelas

palavras

polidas

mantiveram Sienna imaginando quão muito ruim ele poderia ser, porque se ele tivesse sido bom ontem à noite... Querido


Deus. Seu corpo ainda trazia as marcas da paixão dele. O interior de suas coxas estava pinicado pela barba por fazer, e havia mais do que uma marca de mordida em seus seios. Lembrando-se de como ele a tinha tomado com uma meticulosidade primal fez a pele dela corar, as coisas cerrando abaixo em seu corpo. Ela queria que os dentes dele... Paulada! — Ouch! — Ela bateu o bastão de madeira muito tarde para bloquear o ataque do Indigo. — Isso dói. A tenente revirou os olhos. — Aqui estava eu tentando dar um toque de amor. Pare de sonhar acordada sobre seu lobo e comece a me dar alguma competição real. Girando o bastão, Sienna foi para as pernas do Indigo. A tenente evitou o golpe, mas o movimento a colocou um pouco fora de equilíbrio. Em seguida, elas estavam fora. Indigo era muito experiente para Sienna derrubá-la, mas ela conseguiu algumas boas pancadas, e pelo tempo que a sessão de treinos terminou, seu sangue estava bombeando, o top atlético preto preso a sua pele. — Obrigada. Eu precisava disso, — Indigo disse, engolindo água. — No que você está escalada agora? — Eu tenho uma tarde livre. — Sienna abriu a sua própria garrafa, tomou um longo gole. — Pensei em passar um tempo com Toby e Marlee, fazer algum trabalho em uma


atividade ao mesmo tempo. Os olhos de Indigo brilhavam quando ela abaixou a água e se voltou para refazer seu longo cabelo preto em um rabo de cavalo apertado. — Você sabe alguma coisa do que está acontecendo entre Walker e Lara? Sienna começou a lustrar seu equipamento de combate com uma toalha. — Do que você está falando? Indigo riu de seu falso ato inocente. — Eles não estão escapando com isso, você sabe. Todo mundo está apenas sendo muito educado e fingindo não perceber eles estão se beijando em cantos escuros. Os lábios de Sienna se contraíram. — Meu tio nunca seria tão vulgar para beijar uma mulher em um canto escuro. — Não, deve ser alguém alto, loiro, e silencioso, que se parece exatamente com ele. Sienna ainda estava rindo da declaração seca, quando foi se juntar as crianças depois de um banho rápido para lavar o suor. No entanto, ela não tinha estado no apartamento da família por um tempo antes que recebesse um telefonema de Riley. — Sienna, eu sei que você está destinado a ter à tarde de folga, mas você pode acompanhar Mariska e três de seus técnicos até a verificação na estação hidro? — ele disse,


referindo-se ao sistema de ‘ verde’, que usava o poder natural da água caindo sobre as montanhas para fornecer energia à Toca. — A planta é segura, e eu tenho Drew descendo com a equipe, mas ele deve ter um backup, apenas no caso. — Claro, mas estou com Marlee e Toby. Você pode... — Não é nem uma pergunta, querida. Traga-os aqui, eles podem ficar na sala de descanso dos soldados seniors perto do meu escritório. Sabendo que as crianças adoravam passar o tempo no centro, onde se via uma rotação constante de membros dominantes da matilha - com mais de um disposto a puxar uma cadeira para conversar com um par de ‘filhotes’ ela disse, — Nós estaremos aí em quinze minutos. — Levou, na realidade, perto de vinte minutos para ter tudo resolvido, mas ela deixou seu irmão e prima competindo um com o outro para contar a Riley suas últimas notícias. Drew estava à espera da equipe na saída - ou mais precisamente, ele estava beijando Indigo e sorrindo o tempo todo. Eles tinham estado rindo antes de se beijarem, Sienna pensou, lembrando-se de Hawke provocando-a enquanto estavam deitados na cama. Ela sentira quando ele sorriu enquanto a beijava. Tinha sido mais maravilhosa do que ela poderia ter imaginado. — Ahem, — ela disse, os lábios curvando-se com a lembrança. — Pelo menos, encontrem um


canto escuro. Indigo lançou-lhe um olhar risonho. — Touché. — Outro beijo antes que ela se dirigisse para o corredor, uma mulher com longas, longas pernas e um corpo que se movia com uma ágil graça muscular. — Não leve um tiro, — foram suas palavras de despedida para seu companheiro. — Muito assustado com você para me atrever! — Drew gritou, em seguida, pegou alguns dos equipamentos dos técnicos. — Vamos, meninos e meninas.

TENDO passado o dia com as equipes de Matthias e Alexei para ter certeza que eles estavam confortáveis com o terreno e cientes de quais seriam suas funções em uma situação de combate, Hawke estava mais do que pronto para tomar algum tempo para si mesmo. Graças ao seu povo, ele poderia. Abordando Sienna de surpresa enquanto ela se dirigia a seus aposentos depois de voltar da estação hidro, ele puxou-a para a garagem. Era tentador lamber o gosto dela, mas se ele colocasse a boca naqueles lábios luxuriantes, eles não iriam mais longe do que no quarto dele.


— Onde você está me levando? — ela perguntou uma vez que eles estavam na estrada, a luz difusa como o primeiro suspiro da noite tocava Sierra. — Estou sendo Psyquestrada? Seu lobo riu. — Nós vamos jogar. Deveria ter soado bobo, Sienna pensou, quando havia tantas outras coisas para se preocupar, mas não havia como negar que o constante estado de prontidão para a batalha era uma tensão implacável no fundo da mente dela. A última noite tinha sido um alívio sensual, um que a tinha deixado mais alerta e consciente hoje. — Jogar não é um desperdício de tempo, não é? — ela disse em voz alta, nunca tendo entendido muito bem aquilo até este momento. — O lobo decidiu que essa pergunta não merece uma resposta. Isso a fez rir. — Qual é o jogo? — Espere e verá. Meia hora depois, ele levou o veículo para uma parada no fundo do território da Toca, a área tão densa com árvores que ele tinha tido que estar em foco e ser criativo na sua condução. Enquanto ele estacionava, ela espiou a pequena cabana escondida entre os pinheiros. — Parece nova. — Tão nova que a área ainda estava cheio de lascas de madeira. — Os tenentes da Toca se uniram com os soldados


seniores e começaram a levantá-la. — Ele balançou a cabeça. — Aparentemente os outros soldados ficaram sabendo disso e quiseram ajudar. Levou doze horas seguidas com uma equipe rotativa e no final... parece que quase todos os adultos capazes na Toca tinham algo a ver ou com a construção da cabana ou certificando-se de que estava mobiliada. Ela ouviu a alegria atordoada na voz dele e sentiu o coração apertar. — Eles te amam. — Assim como eu. — Yeah. — Balançando a cabeça, ele saiu do carro e correu em volta para abrir a porta dela. — Eu teria os agredido por gastar tempo com isso quando estamos tão perto de guerrear, mas Drew me disse que o projeto impulsionou a moral de volta aos níveis normais, assim... — Ele a puxou de seu assento. — Isso é nosso, — ele disse, inclinando-se para esfregar o nariz contra o dela. — A área está fora dos limites para a matilha quando qualquer um de nós está nas proximidades. Sienna ficou na ponta dos pés, com as mãos nos ombros dele. — Só nós? A corte brilhante do sorriso dele ecoou o dela própria. — Só nós. Era um presente incrível. Ela adorava SnowDancer com cada batida de seu coração, morreria para proteger as pessoas que

se

tornaram

suas,

mas

ser

capaz

de

estar


verdadeiramente sozinha com Hawke, mesmo que por algumas horas, alguns minutos - ela não tinha palavras para a força de sua alegria. — Vamos explorar. Rindo, ele seguiu em seus calcanhares enquanto ela correu até os dois pequenos degraus e cruzou a varanda para empurrar e abrir a porta, e apertar o interruptor de luz manual. — Oh, é maravilhoso, — ela disse conforme a cabana era banhada em uma luz suave. O lugar inteiro era uma única sala grande, com exceção de um nicho na parte de trás equipado com uma porta de correr de madeira. Tinha uma pequena cozinha à esquerda, com uma mesa e duas cadeiras dobradas ordenadamente sob a janela. À direita havia uma lareira acoplada a um fogo sustentável, em frente da qual estava um fofo tapete branco em que Sienna já podia sentir a pelúcia e a indecência contra a pele. O resto do espaço disponível estava dominado por uma enorme cama com cabeceira de ferro forjado. Os olhos dela se arregalaram. — Hawke, — ela disse, — porque existem algemas forradas de pele penduradas na cabeceira da cama? — Chegando mais perto, ela viu... — Eles são grandes demais para os meus pulsos. — Oh. Hawke fez um rosnando baixo em sua garganta. — Provavelmente a ideia de Drew de uma piada. — Não, — Sienna murmurou. — Drew me disse para


nunca, jamais falar com ele sobre sexo. No que o concerne, eu vou ser virgem até que eu seja centenária, o mesmo para Brenna. Desenganchando as algemas, Hawke as levou ao nariz. Fungou. — Filho da puta. — Seu sorriso era meio divertido, meio selvagem. — Quem? — Adivinhe. Quem você acha que está sentado em casa rindo pra caramba da maneira em que você me enroscou? Sienna fez uma pausa, considerou todas as pessoas que se preocupavam com Hawke e quem se atreveria a fazer uma brincadeira como essa. — Lucas, — ela disse. — Foi Lucas. — A droga do gato deve ter se infiltrado aqui depois que a equipe saiu. — Ele brincava com uma argola e sorriu quando ele fez um de som de fechamento. — Você sabe... elas apertam pulsos menores bem. Ela não confiava naquele olhar. — Hawke. — Venha aqui. — Um comando, por mais que a voz fosse suave, os olhos dele se encobriram. Ela engoliu, deu um passo para trás. — Hum... talvez... — Assustada, Sienna? — Densos cílios prata-ouro levantaram para revelar aqueles olhos impossíveis, os olhos de


um Husky ou uma ave de rapina. — Não. — Não era medo que fez o coração dela bater em batidas de rápidas contra suas costelas, o sangue se fundindo. Hawke

sorriu...

e

ela

percebeu

que

ele

estava

perseguindo-a em passos lentos e firmes. Virando-se, ela viu que estava prestes a ficar presa em um canto. Ela puxou para a esquerda, esperando que ele a impedisse. Quando ele não o fez, a suspeita lambeu por suas veias. — Estou feliz que você está sendo razoável sobre isso, — ela disse, nunca tirando os olhos dele. — Eu gosto do seu cabelo. — Aquele olhar selvagem acariciou-a. — Solte isso para mim. — Eu não acho que seria uma boa ideia. — Foi instinto desobedecê-lo, desafiá-lo. — Eu discordo. O cabelo dela caiu ao redor de seus ombros antes que ela somente sentisse-o mudar-se de posição. Ele estava curvado sobre a cama, no outro lado da sala no momento em que ela percebeu o que ela tinha feito. Um sorriso muito satisfeito, muito macho flertou com os lábios dele. Brincando com ela, ela pensou, ele estava brincando com ela. E hoje à noite, não havia nenhuma coleira no lobo.


— Você acha que é tão esperto, — ela disse, avançando para a esquerda de novo quando ele ajeitou-se para tirar a camiseta com aspereza masculina. A porta estava a poucos passos de distância. Camiseta no chão, ele inclinou a cabeça de uma maneira que enviou seu cabelo deslizando sobre um lado do rosto. — Eu acho que você deveria tirar o seu top. — Tente isso e eu vou... — Ela atirou uma coluna de fogo frio entre eles, fazendo-o chegar a uma derrapagem hesitante, o nariz a um milímetro da chama. Ele mostrou os dentes. Ela sorriu... e saiu, batendo a porta atrás de si mesma enquanto deixava cair o muro tremeluzente de vermelho e dourado. Alguma coisa caiu forte na floresta quando os pés dela tocaram a terra e seu instinto era virar-se, verificar que ele estava bem. Mas esse não era o jogo. E ela não estava nem perto da velocidade do lobo. Ele estava respirando no seu pescoço em segundos. Mas ela era um X. Uma cardeal. Ela bloqueou o caminho dele usando suas habilidades até que ele ficou para trás. Peito arfante, ela chegou a um impasse, descansando com as mãos sobre as coxas quando adrenalina atravessou-a. Deus, mas ele era rápido. Ela nunca tinha visto algo ou alguém mover-se com esse tipo de velocidade. Homem perigoso. Seu homem.


Tendo recuperado o fôlego, ela se levantou em toda sua estatura. Mas, mesmo com todos os sentidos em alerta, ela não teve a menor suspeita de que ele tinha circulado em torno do seu ponto cego, até que ela virou-se para encontrar-se olhando em olhos que passaram a brilhar como a noite. — Bonita, bonita, Sienna. Agarrando-lhe os pulsos antes que ela pudesse convocar o fogo frio, ele puxou-a para perto, quebrando a concentração dela; o peito dele era uma linda, palpável distração. Não havia sequer uma pitada de suor dele. Deveria ter sido irritante, mas ela estava muito fascinada pelo sorriso flertando com os lábios dele para se importar. — Minha Sienna. A posse absoluta na voz dele não a assustou. — Sua. Um afiado e curto beliscão no pescoço dela. Ela estremeceu de prazer, antes de torcer para longe dele com um movimento que Indigo tinha perfurado nela até que era como uma segunda natureza. Ela se perguntava se a lobo tenente sabia que esse dia chegaria. Hawke sorriu para ela, um predador encantado. Então ele pulou. Ela arrastou-se para trás, só para senti-lo roçá-la por trás e para dentro da floresta. O jogo estava valendo novamente. Decolando na direção oposta, sua visão noturna ampla à luz no início da noite, ela começou a rir por dentro. Isso era


divertido. Foi apenas um par de minutos depois que ela sentiu os passos dele nas árvores à sua esquerda. O coração bombeando duro e rápido, ela levantou um muro de fogo-X e desapareceu em outra direção, turvando seu cheiro usando cada truque do livro. Não daria certo, é claro. Ele era um alfa, seus sentidos eram agudos, e ... Um buquê de flores silvestres no caminho dela. Riso borbulhando fora dela, ela apanhou-os e colocou uma flor vermelha cereja atrás da orelha. Tomando o resto na mão, ela olhou para cima. E percebeu que ele a tinha conduzido de volta à cabana. Para a cama. Borboletas no estômago dela. Porque ela entendeu as palavras dele da última noite agora, soube que ele tinha estado em seu muito, extremamente melhor comportamento. Esta noite... hoje ela estaria se enredando com o dominante, selvagem coração dele. Subindo para a cabana, ela tentou localizá-lo na sombra escura das árvores. Silêncio. Tomando uma respiração longa e profunda, ela fez uma corrida para ele. Seus pés deixaram o chão no meio do caminho através da jornada, e ela mal teve tempo de proferir


um breve grito antes que ele a jogasse na cama, as flores silvestres espalhando ao redor deles enquanto ele se alinhava acima dela, todo sorriso brincalhão e olhos de lobo. — Eu ganhei. — Um forte beliscão no lábio inferior dela. — Qual é o meu prêmio?

Capítulo 46 ÓH QUERIDO DEUS. Ela estava se derretendo em uma poça. Ele era grande, lindo e impossível... e dela. Ele era dela. Não que ela tenha imaginado que ele alguma vez pudesse ser, mas essa ligação que continuava a crescer entre eles? Era tão forte, quanto preciosa. — Vou pentear seus cabelos. Ele piscou, pensou. — Tudo bem. Encantada, ela esperou ele se mover. Ele permaneceu no lugar, seu olhar nunca abandonando os lábios dela. Ela os separou, sentiu a respiração dele mudar. — Hawke? — Vou pegar a escova. Ela mal conseguiu recuperar o fôlego antes que ele estivesse de volta e em cima dela. — Aqui.


Pegando a escova, ela empurrou a mão pelos grossos fios de seda do cabelo dele. Estava frio, macio, deslumbrante. Pêlos de lobo em forma humana. — Lindo. — Mais. — Ele abaixou um pouco mais a cabeça permitindo a ela escovar mais da cabeça. Um baixo grunhido de prazer acompanhou a primeira escovada, e ele abaixou seu corpo uma fração, para que assim ela pudesse sentir seu peso contra as pernas dela. — Mais forte. Obedecendo ela escovou os cabelos dele mais e mais. — Você está mais próximo do seu lobo do que qualquer outro changeling que eu conheço. — O que disse muito a ela. — Eu sou como eu sou. — A resposta do lobo. Não havia tempo para pensar demais sobre as coisas. — Abra a boca. Ela derrubou a escova. — Por... — A boca dele tomou a dela. O beijo foi quente, profundo e todo tipos de pecados, a mão dele se fechando gentilmente em volta do pescoço dela pra mantê-la no lugar enquanto sua língua brincava com a dela e suas coxas esfregavam contra a excitação existente entre as pernas dela. Quando ele a deixou respirar, foi apenas por um rápido segundo antes de tomá-la novamente. As mãos dela se fecharam sobre os ombros dele, músculos e tendões flexionados quente e poderosamente sobre o toque dela. — Sienna, — ele murmurou contra os lábios dela. — Esperta. — Outra mordida no lábio inferior dela, dessa vez mais macia. — Forte. — O corpo dele assentou pesadamente


sobre o dela, a ereção dele uma dureza exigente contra as coxas dela. — Minha. Quando ela usou as unhas nas costas dele, ele grunhiu e abaixou mais a cabeça para sugar o pulso no pescoço, fazendo o corpo dela arquear. Ou tentar arquear. Ele era muito pesado para ser movido. Com as mãos nos cabelos dele, ela inalou seu cheiro e soube que essa noite ele exigia mais que a rendição, mais que a submissão. Ele exigia tudo o que ela era, e então pediria por mais. — Seu coração voa como um pássaro. — Uma lambida no pulso dela. Então ela usou a boca nas fortes cordas do pescoço dele. Foi preciso concentração para achar as palavras, para montar uma sentença coerente. — Essa é apenas a minha segunda vez, sabia. Ele gostou daquilo, seu peito retumbando contra ela. — Eu vou fazer ser bom para você. Você sabe que sim. — Arrogante, sexy e carinhoso, ele se enrolou em um braço, passando os dedos do outro braço pelo pescoço dela até os botões da camiseta. — Eu não gosto disso. A blusa foi rasgada ao meio. Enquanto ela respirou em surpresa, ele beijou sua barriga nua com a boca aberta, sua mão escovando as costas dela. — Hawke. Escorregando a mão para frente dela novamente, ele fez


pequenos círculos em volta do umbigo. — Hmm? — Outro beijo, este entre os seios. — Algo dói, bebê? Ela balançou a cabeça. — Beija-me. Um sorriso afiado de lobo antes de ele dar exatamente o que ela queria. Um beijo que a dilacerou pelo seu carinho sensual e reformulou-a mais uma vez. Ela beliscou a boca dele dessa vez, ele pausou, deu a ela um olhar semicerrado até que ela só pode ver um pedaço azul de lobo. — Você me mordeu. — Eu digo que é um jogo justo. — Ela mordeu seu próprio lábio. — Você fez isso mais de uma vez. Ele grunhiu baixo em sua garganta, apertando as mãos sobre as costelas dela. — Me morda de novo. Ela fez. Então, decidindo jogar tão selvagem quanto seu amante, ela mergulhou as unhas nos ombros dele e pegou o tendão do pescoço com seus dentes. Ele congelou acima dela, o corpo inteiro tenso em expectativa. Ela mordeu forte o suficiente para deixar uma marca antes de soltá-lo. Ele rugiu pra ela, mas ela não se enganou. Ela viu o lobo rindo nos olhos dele. — Eu marquei você, — ela disse convencida. As mãos dele se fecharam em volta do pescoço dela. — Talvez eu esteja bravo em ser marcado. — Você está? A resposta foi um movimento de suas mãos contra os seios dela, englobando-os, o sutiã não servia de proteção


diante do fogo primitivo dele. — Eu sei onde vou marcá-la. Novamente. Sentindo o inchaço da sua pele contra o toque dele, ela disse, — E se eu não gostar de ser marcada? — Difícil. — Com um rápido movimento o sutiã estava em milhares de pedaços em volta a cama. Sienna se inclinou pra ele em um convite perverso. Ele fez um som profundo em sua garganta que deixou os mamilos dela duros, e então os lábios dele estavam em sua carne macia, marcando, fazendo-a dele, provando e sugando. Apesar de estar espalhada a sensação a inundou. Segurando o cabelo dele, ela se segurou para o passeio da sua vida.

HAWKE tentou se segurar, sabendo que Sienna não estava preparada para lidar com tudo, mesmo depois da noite passada. Ele não conseguiu fazê-lo. Ele esperou tempo demais por ela, lobo e homem a queriam com uma ferocidade animal. — Se você precisar me parar, — ele se forçou dizer, levantando a cabeça para encontrar o olhar dela, — faça o que tem que fazer. Os olhos cardinais se tornaram pretos de desejo travando o olhar com o dele. — Você está planejando me machucar? — Então por que, — ela murmurou, — eu iria querer


pará-lo? — Suas mãos puxaram-no pelos cabelos para que ela pudesse seduzi-lo com um beijo quente e drogado. — Me dê tudo. — Um sussurro. Um comando. Ele não acatava ordens de ninguém... mas pra ela, ele faria uma exceção. Fechando as mãos, mais uma vez, sobre o erótico convite que eram os seios dela, ele apertou, pegando o gemido dela com a boca. Sobre seus dedos os mamilos dela estavam duros, pura tentação. Quebrando o beijo, ele voltou para o pescoço, beliscando o pulso porque ele gostava de como o corpo dela respondia se aquecendo, o aroma sensual e profundo de terra. Drogava o lobo, intoxicava o homem. Mudando sua língua para atiçar os mamilos, ele sorriu enquanto a barriga dela tremia sobre suas mãos. Ele a mordeu em seguida. Ela pulou, mas não parecia se importar com os dentes dele lá. Mas foi quando ele começou a sugar com força, longos puxões em seus mamilos negligenciados que ela gemeu, suas mãos

apertando

os

cabelos

dele.

Guardando

aquela

informação para referências futuras, ele raspou os mamilos com os dentes. O corpo inteiro dela tremeu. Trocando a boca pelas mãos, ele esfregou o polegar sobre o mamilo molhado, então passou para o outro para fazer a mesma coisa. Um som sexual saiu de seu peito quando ela o prendeu com os calcanhares, fazendo pequenos choramingos.


Quando ele levantou a cabeça, o fôlego dela estava curto, sua pele levava as marcas dele. Mas ela estava com ele, sua esperta, sexy Psy. Levantando os dedos ela começou a brincar com os lábios dele, rindo quando ele tentou mordê-los. Ela grunhiu pra ele. Encantado, o lobo se inclinou deixando beijos sobre a mandíbula dela, até a linha do pescoço. O cheiro dela tão decadente, tão rico. Outono, pimenta e aço. Ele não podia caber em si, feliz porque depois da noite passada, aquele cheiro estava interligado ao seu próprio, e assim permaneceria sem ser apagado enquanto fossem amantes – o que seria pra sempre. Sem negociação. Sem cláusula de ‘saída’. — Faça isso de novo, — ele murmurou, raspando os dentes ao longo da curva externa dos seios dela. Um arrepio passou pelo corpo dela. — Eu preciso. Fazendo caminho até a barriga dela, ele beijou o umbigo, sua língua provando o calor da pele dela. — Deixe-me satisfazê-la. — Ele se forçou a ir devagar, para não rasgar o resto das roupas dela. Ao invés, ele deu tempo para ela lutar, para escapar se ela precisasse ao quebrar o aperto dela sobre ele para tirar seus sapatos, então se moveu para abrir os jeans, puxando-os pelas pernas dela, junto com a calcinha. Ela permaneceu no lugar, suas lindas pernas contra a pele da mandíbula dele enquanto ele se esfregava nela. — Oh. — Um curto, choramingado som, as mãos dela apertando os lençóis. Intrigado, ele esfregou a mandíbula contra a pele macia


das suas coxas internas novamente. As pernas dela se fecharam em torno dele, seu cheiro um perfume selvagem. Querendo lamber, ele ficou de joelhos, espalhando as coxas dela em frente a ele no processo. Seus movimentos marcaram a delicada pele dela e ele não estava nem um pouco arrependido. Passando as mãos pelas pernas dela, ele sentiu as meias. Risadinha. — Acho que esquecemos isto. Ela esfregou um pé com meia nas coxas dele. — Sexo não tem que ser mais sério? — Bebê, com que bando você andou vivendo nos últimos anos? — Se inclinando ele pressionou um beijo no joelho dela, antes de se posicionar entre suas coxas. — Hawke? Ele elevou as coxas dela sobre os ombros. — O que você precisa?

A pergunta áspera, em um tom que disse a ela que ele lhe daria tudo, qualquer coisa, isso a derreteu por dentro. — Você é lindo. O lobo olhou pra ela, seus olhos refletindo cinza na luz que os banhava de dourado. — Eu gosto de ouvir você dizendo isso. Diga-me novamente depois. — Depois do que?


— Disso. — Deslizando as mãos sobre a bunda dela, ele a levantou para a boca dele e então ele... Um grito foi arrancado dela. Não o parou, e oh, ela estava agradecida. Enquanto ele sugava, mordia e provava, ela se deu conta que ele se segurou na noite passada em mais de uma maneira. Se aquela tinha sido a sobremesa, esse era o jantar completo. Quando ele passou a língua pela pele tremente dela, ela se elevou para a boca dele por mais. — Sem vergonha, — ele provocou, a deixando sentir a ponta de seus dentes. — Do jeito que eu gosto de você. — Ela teve mais. Muito mais. O cérebro dela congelou. Pernas presas atrás dele, ele a comeu como se ela fosse a mais exótica sobremesa preparada só para ele, Sienna se rendeu as ondas de prazer, as quebras de êxtase tão quentes e doces, deixou sua pele em chamas, um pedaço de dissonância percorreu sua coluna. A dor foi negligente — e não deveria ter sido. Aquilo a preocupou, mas apenas por um segundo, porque Hawke levantou a cabeça com uma lambida final e moveu suas mãos para brincar com o vermelho e amarelo do fogo-frio. — Não queima. Foi preciso um esforço enorme para reunir células cerebrais suficientes para dar uma explicação. Tudo que ela conseguiu foi, — não. Esfregando o queixo no umbigo dela, Hawke se moveu para deixar beijos nas coxas dela. — Não mais, — ela achou


força para dizer. — Eu não aguento. Uma risada contendo toda a satisfação masculina. — E se eu quiser brincar? — Eu te matarei, — ela ameaçou. Rindo de uma maneira que disse a ela que o coração primitivo dele estava no comando, ele se inclinou sobre ela, mesmo quando suas mãos deslizavam para apalpar com intimidade, usando um dedo para entrar na extremamente sensível entrada do corpo dela. Ela se arqueou ao toque, e quando ele se inclinou para pegar sua boca, ela pegou a dele ao invés. O corpo dele era músculo quente e pesado sobre ela. E seu peitoral... Ela se esfregou contra os pêlos macios que cobriam o peitoral dele, seus mamilos formigando pela sensação. Quando ele empurrou um dedo dentro dela, ela o mordeu nos ombros. Ele grunhiu, segurando a cabeça dela contra ele enquanto empurrava o dedo dentro e fora em um ritmo enlouquecedor. Insano, ela pensou, ele a deixaria insana. Soltando o aperto nos ombros dele, ela pegou a cabeça dele com as mãos. — Agora. O lobo a olhou. — Em um minuto. — Ele inseriu um segundo dedo, os separando por dentro, acariciando-a da forma mais íntima. —

Hawke.

Ela

podia

sentir

um

orgasmo

se

aproximando novamente, sabia que não conseguiria lutar contra ele.


Claro que ele não parou. Ele a acariciou ainda mais intensamente. Ela chegou a um duro clímax – e gozou para descansar nos braços dele, seu corpo inteiro tão assolado pelo prazer que se mexer não era nem mesmo uma idéia a se considerar. Mas quando ele a beijou, ela pensou que tivesse apenas a energia suficiente para devolver o longo e preguiçoso formigamento. Um empurrão dentro dela, e seus tecidos vibraram com a realização de que os dedos dele ainda estavam dentro de si. — Desculpe, — ela murmurou, — indo dormir agora. Uma sexy, sexy risada. Deixando uma trilha de quente e molhados beijos ao longo da linha do pescoço dela enquanto retirava seus dedos, ele espelhou as pernas dela. Ela se deu conta de que ele ainda estava de jeans, e o que sobrou de sua blusa. — Roupas. — Hmm. — Um frio momentâneo e ele estava de volta, quente e duro e muito, muito, excitado. Ela inalou enquanto ele empurrava a cabeça do pênis em um só golpe, as unhas dela cravando a pele do ombro dele. Ainda não era confortável, mas oh, a crua fricção se sentia bem. Colocando uma mão entre os cabelos dele, ela elevou sua pélvis, dando boas vindas a possessão que ele exibia. Ele tremeu, aumentando o aperto sobre os quadris dela. E então ele empurrou. Ela se contorceu, tentou processar as sensações, se dando conta de que não era possível.


As mãos dele apertando e arroxando sobre os quadris dela,

as

garras

raspando

em

um

beijo.

Fê-la

tremer

encontrando o olhar dele. — Sim, — ela disse, vendo a pergunta não feita nos olhos dele, esse lobo que lhe deu prazer em cima de prazer. Foi como soltar uma coleira. Despertar a fome infinita, ele moveu sobre ela, dentro dela, com um quente poder que a fez choramingar, seu corpo ficando duro contra o veludo de aço que era ele. Apalpando ele nas costas, ela sentiu os músculos dele se derreterem sobre seu toque, o corpo dele uma bela criação crua e força selvagem. Alcançando sua parte de trás, ele puxou uma das pernas dela de sua cintura, colocando-a de joelhos, e empurrou mais selvagem, espalhando-a para sua possessão. Sua próxima estocada foi tão profunda que reverberou por todo o ser dela. A última coisa que ela se lembrava era ter o beijo das garras sobre o joelho enquanto ele grunhia e se afundava nela em um êxtase quente e escaldante.

Capítulo 47


CORAÇÃO

PULSANDO

COMO

um

pistão,

Hawke

levantou a cabeça após o orgasmo que quase o dividiu em dois para olhar para a mulher que continuava o segurando por dentro. Coisa possessiva. Mexendo com ela enquanto ela tentava abrir os olhos pesados, ele bateu a mão em sua coxa e disse, — de novo. A resposta dela tornou o ar azul. Sorrindo

contra

a

pele

dela,

ele

mordeu

preguiçosamente o seio, lambendo contra a marca que já estava desaparecendo. Ele teve o melhor orgasmo de sua vida, e se sentia como se tivesse mais energia do que soubesse o que fazer com ela. Quanto ao seu corpo, estava mais que pronto. Remanescendo aconchegado no canal apertado dela, ele passou a mão e acariciou checando-a para ter certeza de que não a machucou inadvertidamente com suas garras. Não havia cortes, sem machucados. O lobo relaxou, contente em jogar agora. Quando ela o mordeu no braço – forte – no instante em que ele moveu seu dedo sobre o clitóris dela, ele levantou a cabeça. — Ainda sensível? — Sim, por isso nem mesmo pense sobre isso. — Palavras grogues de desejo. Movendo as mãos, ele desceu ao longo da perna dela ao invés, provocando com os dedos a pele macia atrás dos joelhos. — Hmm. — Era um prazer em si só em sair da concha


apertada que era ela, especialmente quando ela separou os lábios para um murmúrio sem som relutante. Deleitando-se com cada coisinha sobre ela, ele a virou em seu estômago, antes que ela pudesse objetar e deslizou diretamente dentro. Seus choramingos foram profundos, suas mãos apertando os lençóis. Ele sabia que ela gostou, ele podia sentir seus tremores delicados em cada músculo interno. — A minha mercê, — ele disse colocando um braço em volta de si e outro ao redor da curva da coluna dela. O cabelo dela, um rubi vermelho fogo de seda, balançava em suas mãos, o que o fez pensar em cachos mais escuros entre as pernas dela. Ainda relembrando o prazer em seu corpo, ele flexionou seu pênis dentro dela, a sentiu rolar em direção a ele. O que fez seu corpo inteiro tremer. Então ele o fez novamente. Ela respondeu. Foi um fazer amor longo e preguiçoso dessa vez, recheado de cheiros quentes e murmúrios quietos entre amantes que se perdem um no outro.

LARA arrumou seu cabelo pela milésima vez e checou com Lucy via teleconferência. — Não se preocupe, — a jovem enfermeira disse a ela. — Eu tenho tudo sob controle. E sei que você estará na porta ao


lado caso haja uma emergência. — Sing-Liu... — Dormiu rapidamente, seu companheiro está enrolado em torno dela. Tire vantagem do momento, você não terá nenhum tempo livre se as coisas saírem como todos pensam que sairão. Sabendo que a enfermeira estava certa, ela suspirou e desligou. Então deslizou as mãos na frente de seu simples vestido preto, colado ao corpo, colocando os cachos atrás das orelhas, sabendo que eles iriam voltar novamente para frente, e ligou para sua melhor amiga Ava. — Como eu estou? — Maravilhosa, quente e deliciosa. Os lábios de Lara tiveram espasmos. — Obrigada. Os olhos de Ava se tornaram solenes. — Ele foi a você Lara, então o homem ganha pontos em brownie no meu livro, mas não altera quem ele é. — Eu não tenho certeza, — Lara murmurou. — Eu vejo além da armadura agora, Ava, e o homem que eu vejo? Ele é capaz de me dar tudo que eu preciso e mais. Ela tinha que ter esperança, que acreditar que ela pudesse fazer com que Walker visse aquilo também. — Nesse caso, — sua melhor amiga disse com um sorrido enorme, — tranque a porta e beije até colocar o cérebro dele pra fora.


Lara apertou o estômago com a idéia. — É melhor eu ir. Ele será pontual. Ele foi. Ela bebeu a visão dele quando abriu a porta. — Oi. — Vestido em jeans e uma camisa branca com as mangas dobradas até os cotovelos, ele parecia calmo, contido e distante. Ela queria tanto bagunçar ele que teve que curvar os dedos na palma da mão para conter a vontade. Entrando quando ela foi pra trás, ele fechou a porta atrás de si. Seus olhos foram para o rosto dela, para seus cachos, antes de varrer a frente do vestido e voltar. — Por que nós vamos assistir a um filme, Lara? — Eu... é o que as pessoas fazem em um encontro? — Você quer fazer isso? Incapaz de ler algo naquele rosto tranquilo, naqueles olhos parados, ela disse, — nós estamos sozinhos. Podemos fazer o que quisermos. —

Nesse

caso,

eu

gostaria

de

beijar

você.

Aproximando-se, ele curvou a mão em torno do pescoço dela. — Oh, bem... — Seus lábios separaram-se de acordo, e quando ele inclinou a cabeça, ela não pode fazer nada a não ser ficar na ponta dos pés, suas mãos apertadas nos ombros dele. Ele levantou a cabeça muito rápido. — No sofá será melhor, — ele murmurou e a levantando nos braços, carregou até o sofá.


Ela se achou sentada no colo dele momentos depois, um braço em volta do pescoço, a parte baixa do vestido se separando para revelar um pedaço perigoso de pele. O que a teria deixado envergonhada, exceto que os olhos de Walker ficaram fixos naquele pedaço de pele e tudo que ela podia pensar é que morreria se não colocasse uma daquelas grandes e capazes mãos nela. — Eu, — ele disse, colocando as duas partes do vestido ainda mais separadas, — não sei muito sobre intimidade. — Não? — A voz saiu rouca. — Você está indo bem. — Tão bem que seu coração iria bater para fora do peito a qualquer minuto. — Eu tenho permissão para te tocar, Lara? Claro que ele iria perguntar. Ele era Walker. Ele não dava nada por garantido. — Qualquer e todo privilégio de pele que você queira, — ela sussurrou, não querendo que houvesse mal entendido quanto a questão. Olhos verdes claros se encontraram ao dela, instantes antes que ele fechasse as grossas calosidades de seus dedos sobre ela, correndo as mãos até a curva dos joelhos. — Tão macia. Tremendo, ela alcançou as mãos dele. — É sensível. Ele não se moveu. — Machuca? — Não. Outro tipo de sensibilidade. — O tipo que tinha seus mamilos duros contra o suave tecido do vestido. — Então eu vou tocá-la lá mais tarde. — Deslizando as


mãos sobre suas coxas, ele colocou a outra sobre a coluna dela. Quando ele não fez qualquer outro movimento, ela olhou pra cima, encontrou seu olhar. — Walker? — Ele era um dominante, sem falar no fato de que ele não usava pele de lobo. Homens como aquele não hesitavam uma vez que tinham permissão. — Esse... — um aperto sobre sua coxa que deixou seu estômago tenso — não é o único tipo de intimidade, é Lara? Esse homem, sempre a surpreendendo. — Não, — ela sussurrou, Colocando os dedos no cabelo dele. — Você me conta sobre os seus pais? Seu estômago deu mil nós ante o quieto e poderoso pedido. Essa não foi a maneira que ela imaginou a noite. Foi mil vezes melhor. — Você sabe que meu pai é o Mack, o técnico sênior responsável pela planta hidráulica. — E sua mãe é Aisha, — ele disse de uma vez, — uma das chefes de cozinha. — Sim. Eles são maravilhosos. — Espertos, amorosos e devotados, um com o outro e com Lara. — Apesar de que minha mãe despreza minhas habilidades culinárias. — Eu sei. Aisha é quem prepara os pratos que eu levo pra você. — Um brilho de humor inesperado naqueles maravilhosos olhos verdes. — Nós nos damos muito bem, possivelmente porque estamos de acordo com o fato de que


fazer bullying com você para que se cuide melhor não só é aceitável, mas necessário. Ela riu ao pensar em sua vibrante e falante mãe e no pensativo e intenso Wlaker como conspiradores. — Eu me perguntava como você sabia os meus pratos favoritos! — O lobo feliz com o fato de que as pessoas que ela amava gostavam umas das outras, ela colocou as mãos sobre os cabelos atrás da nuca. — E quanto a você? — Ela perguntou, tão contente nesse momento que chegava a doer. — Apesar dos nascimentos terem mais de quatorze anos de diferença, Judd, Kristine e eu somos irmãos por parte de mãe e pai, — ele disse, correndo os dedos pela coxa dela. O carinho a fez inalar, mas ela não empurrou como privilégios de pele sexual. Não agora, que Walker estava se abrindo pra ela de uma maneira que ela não esperava. — Tinha lógica já que o DNA materno e paterno continuou criando descendente de alto gradiente. — Parece... mas eu acho que esse é o jeito na Net. — Sim. Minha filha foi concebida pelo mesmo método. Mas não abandonada pela insensibilidade, Lara pensou. Marlee sempre foi uma criança confiante na proteção e amor de seu pai, mesmo após a deserção. — Você é um bom pai, Walker, — ela disse, colocando sua mão livre na bochecha dele. — Você entende as crianças. Sombras surgiram em suas feições. — Por isso eles me colocaram no comando das crianças telepáticas que iriam para


o esquadrão Arrow. Lara não ficou chocada. Parte dela sempre soube que ele não era um professor mediano. Colocando os braços em volta do pescoço dele, ela colocou a cabeça em seus ombros e disse. — Estou aqui. Com o passar dos minutos, Walker relaxou no sofá, suas mãos indo pra cima e pra baixo das costas dela. Então ele começou a falar, contando a ela como foi tirado da faculdade com 22 anos, recém formado e colocado em uma escola que oferecia intensas sessões particulares para seus estudantes. — Idades entre 4 e 10, — ele disse. — Eu não sabia então, que as crianças eram aprendizes de Arrow, mas eu logo vi porque eles foram escolhidos, e entendia que eles precisavam de um treinamento dedicado. Lara não sabia muito sobre Arrows, mas sabia que Judd tinha sido um, por isso ela podia adivinhar. — A força deles era poderosa. — Sim. — Ele a puxou mais próxima, sua mão esfregando a pele sensível da coxa. — Eu não tinha problema com a minha relocação, ajudar as crianças a controlarem suas habilidades. Ela se esfregou nele, o ato carinhoso, não sexual. — Algo mudou. Inclinando-se para os pequenos beijos que ela deixava em seu pescoço, disse, — Dia a dia eu via a luz dos olhos dos meus estudantes se apagarem, de uma maneira mais


profunda que a atribuída ao Protocolo. — A mão em suas costas foi para os quadris, a apertando com uma força que ela sabia, ele não estava ciente. — Então comecei a notar a quantidade deles que faltava um dia ou dois por razões médicas. Os olhos de Lara arderam, seu coração de curadora podendo adivinhar o que vinha a seguir. — Arrows são ensinados desde criança a não sentir dor, — ele continuou. — A maneira mais fácil de fazer isso é colocá-los por tal dor excruciante, que a mente se fecha. O efeito colateral, claro, é que os torna em assassinos sem piedade. Lara engoliu suas lágrimas. — Judd. — Por ser Tk, ele teve um professor diferente em outro local. Seu nome foi apagado dos registros de família, e de acordo com a PsyNet ele não mais existia. — As pessoas que geraram Walker, Kristine e Judd desistiram de seus direitos em relação a criança quando ele se tornou difícil de lidar. — Eu não tinha ideia de onde ele esteve, até ele ter idade suficiente

para

treinadores,

construir

localizar

e

se

uma

barreira

teletransportar

contra

seus

para

meu

o

apartamento. Walker pensou pela primeira vez ao ver seu irmão adolescente com o mesmo brilho morto na expressão que ele via diariamente em seus estudantes. A única coisa que o permitiu continuar era que Judd tinha voltado para casa.


Mesmo depois de tudo que eles fizeram a ele, ele voltou pra casa. As mãos de Lara se curvaram gentilmente ao redor de sua nuca. — Ele foi para você, não para os seus pais. Que ela entendesse as palavras que ele não disse, não podia dizer... — Nós não tínhamos nenhuma conexão com eles, além da biológica. — Colocando uma mão em seus cachos ele se ancorou no presente. — Deserção não era algo que sequer considerávamos no momento. Não havia local para irmos, o Conselho era muito poderoso. — Tudo que ele foi capaz de fazer foi assegurar ao seu irmão que ele não tinha sido esquecido, nunca seria esquecido. A história começou a se repetir com Sienna, e essa foi a gota d’água. — Lara, eu preciso que você saiba... — porque ele nunca quis que ela olhasse pra ele e se perguntasse. — Eu nunca machuquei uma criança em meus cuidados. — Ele arriscou tudo ao ensinar aos seus estudantes telepáticos truques que eles não deveriam saber, e então ele os ensinou a escondê-los. Foi a única arma que ele pode dar aquelas pequenas e vulneráveis mentes. — Oh, Walker, eu sei que você nunca machucaria uma criança. Eu sei. A convicção em sua voz destruiu algo duro, escuro e feio dentro dele, deixando mais e mais na borda. Os lábios dele estavam nos dela, mesmo antes dele se dar conta que se moveu, a força dela como uma absolvição que ele nunca


esperou.

SIENNA não percebeu que algo estava errado até que Hawke

adormeceu,

não

sem

antes

esgotá-la

até

a

inconsciência. Quando ela se recuperou após a segunda rodada de fazer amor para reclamar que ela ainda não tivera a chance de explorar o corpo dele ainda, ele riu e prometeu que ela teria sua vez, depois que ele se livrasse da sua urgência. — Grande urgência, — ela conseguiu dizer 10 minutos depois, cabelos caindo pelo rosto enquanto ele deslizava nela por trás pela segunda vez. Aquilo a fez ganhar um beijo atrás do pescoço, seus dedos se curvando para puxar os nervos no ápice de suas coxas. — Você não tem ideia. — Um toque de conhecimento circulou seu clitóris enquanto ela ainda tremia de suas primeiras carícias. — Vê aquela cadeira? Você nela é o próximo na minha lista. A crua ganância na voz dele aqueceu todo seu corpo, uma sensação escura de prazer. Entretanto, isso, o que ela sentia agora, era desconfortável, como se seu corpo tivesse fervendo por dentro. Saindo dos braços de Hawke, ela murmurou, — banheiro, — quando ele a teria parado, e fez seu caminho até a alcova no fundo da cabana. Jogando água sobre o rosto, ela enxugou com uma toalha, mas sua pele


continuou queimando. Foi quando ela olhou no espelho. E parou de respirar. Seus olhos eram ouro – chamas de ouro. Engolindo, ela tentou acalmar o pânico que trouxe seu pulso para a boca. O segundo nível de dissonância tinha aparecido, então o que quer que o tenha causado, não indicava uma perigosa perda de controle. Com esse pensamento reconfortante, ela entrou em sua mente, pronta pra reforçar os escudos que continham a construção do fogo X. Para encontrá-los destruídos. Oh, Deus. As

linhas

da

programação

da

dissonância

foram

literalmente enterradas debaixo de uma avalanche de poder. Isso deveria ter sido impossível, a dor deveria tê-la levado a inconsciência muito antes daquele estagio... exceto que ela era uma X. Uma cardeal. Ninguém sabia como seu poder funcionava. Não de verdade. Por mais que os eventos parecessem conectados, ela sabia que o colapso não fora resultado de um impacto emocional das duas noites anteriores, sua resposta em relação a Hawke tinha sido selvagem, escura e apaixonada muito antes deles trocarem íntimos privilégios de pele. — Calma, — ela disse em voz alta. — Calma. — Quando ela conseguiu algum controle, começou a reconstruir o que for a queimado... apenas para perceber que o fogo-frio os desfazia quase no mesmo instante.


Horror encheu suas veias, espalhou por sua mente. Mas

no

centro

disso

havia

um

frio

e

limpo

entendimento. Ela achou que tivesse superado o marcador-X, mas tudo que ela fez foi encurralá-lo – não havia maneira de impedir seu progresso. Os seus apagões periódicos agiam como um regulador de pressão, mas esse regulador deixou de ser eficiente. O poder cresceu em uma cascata exponencial nas horas em que ela dormia, até que se tornou uma besta massiva atirando em seus escudos, querendo sair. Tudo indica que o seu poder se desenvolve em erráticos e imprevisíveis eventos. Em algum ponto, o evento se tornará mais do que pode suportar. Ela se esquecera da previsão de Ming, ou talvez, ela não quisesse se lembrar. Nisso, o bastardo se prove ou correto. — Sem pânico, Sienna. Pense. Andando no confinamento do banheiro, ela se deu conta de que a primeira coisa que precisava fazer, soltar um pouco do fogo frio, comprar algum tempo. Levou 5 minutos para se esgueirar para fora sem acordar Hawke, e ela estava convencida de que ele não levantou porque podia senti-la e sabia que ela estava segura. O instante que seu pé tocou o chão da floresta, ela soltou seu poder, o chão queimou com chamas fantasmas por quase 1 minuto antes do fogo-X ser tragado pela terra. Ainda sim, quando ela olhou em sua mente, ela viu que


de manhã o fogo estaria mais uma vez próximo ao seu ponto crítico. O fogo frio era voraz, e queria consumir tudo em seu caminho, mas essa não foi a verdade mais assustadora que ela viu nos confins de sua mente. Sinergia, a catastrófica crista do poder X, não era somente possível, era altamente provável. Não havia volta uma vez que o X atingisse a sinergia. Olhando pra cabana, ela reconstruiu uma segunda camada de escudo antes de voltar pra dentro. Seus olhos haviam voltado ao normal, por isso ela se permitiu ficar com Hawke, dormir em seus braços essa noite. Uma última noite.

Capítulo 48 A MANHÃ CHEGOU muito cedo, e junto com ela, a dura realidade das inevitáveis consequências da amplificação dos níveis de poder dela. Ela estava grata pela chamada de Riley ao amanhecer, procurando Hawke para falar sobre a questão da segurança. Deu a ela uma desculpa para manter a


discussão nos assuntos de guerra durante a viagem de volta, um tema que ela podia lidar até mesmo com a concentração fragmentada. A sorte dela acabou quando eles chegaram à Toca. — Você está bem? — Dedos segurando o queixo dela, penetrantes olhos azuis-lobo examinando-a por completo. — Alguma coisa que eu fiz ontem à noite... — Não, — ela interrompeu, não querendo que nada manchasse a memória daquela maravilhosa, impossível, linda noite. — Eu acho que estou apenas... processando. — Não era uma mentira. Um sorriso lento. — Aqui está outra coisa para você processar. — O beijo dele queimou-a com um fogo muito mais bem vindo do que o frio que a percorreu através dos caminhos psíquicos de sua mente. Mas ela não podia permanecer nos braços dele para sempre. — Tudo bem, — ela disse, andando em círculos dentro dos aposentos dela. — Tempo para pensar. — Ela não podia fazer nada sobre o acúmulo de poder, não aqui, não agora, mas ela poderia ficar bem longe daqueles que não tinham ideia de quão perto eles estavam de uma preparada e mortal arma. Uma vez distante o suficiente, ela teria mais espaço para considerar suas opções, encontrar soluções. Apesar da natureza prática e positiva dos pensamentos


dela, seu coração era um pedaço de pedra, o terror rastejandose como milhares de patas de aranha em sua mente. Embora ela tivesse aterrado apenas algumas horas atrás, seu poder já estava em mais de sessenta e cinco por cento. Não havia como escapar da verdade nua e crua que chegaria um momento em que ela iria se transformar em uma tocha viva, seu corpo transbordando com muito fogo-X para permitir até mesmo a menor ilusão de controle. Ele não é meu companheiro. Dor rugiu através do peito dela, mas pela primeira vez, a ideia de nunca ter esse vínculo com Hawke não rasgou seu coração em dois, mas o aliviou. Se ele tivesse sido seu companheiro, o choque da morte violenta dela poderia ter sido fatal. — Obrigada, — ela sussurrou para qualquer divindade desconhecida que tinha lhe dado aquele inestimável presente. A LaurenNet, sua família, estariam a salvo. Judd e Walker eram fortes o suficiente para manter Toby e Marlee na rede depois que Sienna se fosse. Se ela fosse menos egoísta, ela cortaria o link com a LaurenNet agora, permitindo à mente dela morrer de fome. — Não, — ela disse, com as mãos em punhos. Essa fria voz era Ming, a voz de um homem que só a tinha visto como uma coisa a ser usada. Mas ela era uma irmã, uma sobrinha, uma prima, uma amiga, um membro da matilha... uma amante. O suicídio


assombraria para sempre aqueles que ela deixaria - Sienna sabia aquilo melhor do que ninguém. E, mesmo que as chances parecessem impossíveis, ela nunca foi de desistir. Ela lutaria com unhas e dentes para viver. Menos de vinte minutos depois, ela tinha arrumado uma pequena bolsa e estava pronta para partir, seus níveis de poder tendo se elevado até atingir setenta e nove por cento. Ver Hawke estava fora de questão, não importava o quanto a machucaria não ir vê-lo - ele saberia, e ela não podia permitir que ele a impedisse. Toby. Marlee. Seu doce e amável irmão, um menino que já tinha perdido a mãe, também saberia, mas ela teria dado a ele um abraçado apertado, se ela não estivesse com tanto medo de que seu poder se tornasse instável enquanto ela ainda estava na Toca. Walker iria protegê-lo, ela pensou, lutando para conter as lágrimas porque elas não tinham lugar aqui, na batalha mais importante de sua vida. Walker daria sua própria vida por Toby. Também o fariam Hawke, Judd, Riley, Indigo, Drew, Brenna - tantas pessoas que o amavam. A natureza bondosa de Marlee iria alcançá-lo mesmo que todos os outros falhassem. E ela poderia alcançá-lo através da telepatia mais tarde, quando ela estivesse a uma distância segura, para


certificar-se que ele não estava com medo, que ele sabia que ela o amava. Hawke não é um telepata. Os olhos dela resvalaram o telefone que ela estava deixando para trás porque continha um chip de rastreamento. Ela não seria capaz de contatá-lo se ela falhasse em sua última tentativa desesperada de conter o seu poder, não seria capaz de dizer-lhe os segredos de seu coração. Mas ele sabia como ele poderia não saber o quanto ele significava para ela? O ato físico de ir embora foi fácil. Ninguém tinha qualquer razão para detê-la. Ela não fez quaisquer desvios, até que tivesse ultrapassado bastante o lago. Em seguida, ela começou a correr, levantando uma onda de fogo-X nas costas. A intensidade daquilo apagaria os aromas no chão, no ar. Hawke ainda poderia ser capaz de localizá-la, mas ela tinha uma vantagem inicial e o incentivo mais doloroso para ir o mais longe possível daqueles que ela amava. Ela não iria matá-los, não se tornaria o monstro que Ming a tinha treinado para ser. Uma hora mais tarde, o poder dela atingiu cem por cento.


HAWKE estava falando com Riley sobre a equipe de atiradores de Alexei quando Toby correu até eles. O menino era tão bem comportado que no instante em que ele pegou a mão de Hawke e puxou, ele teve a atenção total e imediata de ambos os homens. — Sienna. — Toby respirou fundo, com o rosto vermelho, o peito arfando. — Ela está em apuros. O lobo do Hawke se tornou em um predador silencioso. — Onde ela está, Toby? — Eu não sei. — Rígido terror sobre o rosto dele. — A estrela dela é como gelo em nossa rede. Mas tem fogo por dentro. — Voz trêmula, um brilho molhado sobre os olhos. — Você tem que ajudá-la. Hawke tomou o rosto de Toby entre as palmas das mãos, capturou o olhar distraído do rapaz com o próprio. — Você fez a coisa certa vindo até mim. Eu vou encontrá-la. — Sempre. Ela era dele. Toby deu um aceno brusco. — Você tem que ir. Acho que ela está fugindo. De jeito nenhum. — Riley. — Eu fico com ele. — Riley pôs a mão no topo da cabeça de Toby.


— Vá, — o homem e menino disseram. Ele saiu, fúria batendo em cada pulso de seu sangue. Ela realmente pensou que ele iria deixá-la ir? Que ele acenaria e aceitaria o fato de que ela o tinha abandonado e corrido? Se ela tinha, ela estava indo obter uma desagradável surpresa quando ele a alcançasse. Porque Hawke estava sentindo todos os tipos de maldade dentro dele. Uma única pergunta e ele sabia que ela não tinha usado qualquer um dos veículos. O que significava que ela estava a pé. Ele se transformou em lobo no meio do caminho, seguindo o cheiro dela para fora da Toca e para o lago. A raiva fazia seu lobo cravar as garras na terra, mas pior era a infundida sensação de traição. Como ela se atrevia a fazer isso? Como ela se atrevia a isolar-se desta maneira? Eles iam ter a mãe de todas as lutas, quando ele a alcançasse. O que ele iria fazer, muito, muito em breve. Sienna era inteligente, mas ela não era um lobo, e não era um alpha. Ele perdeu o perfume dela no lago. Isso não importava. Porque ele a conhecia. Ele também conhecia esse território como a palma da sua mão. Atravessando a terra com a velocidade de um predador furioso com a mulher que ele tinha reivindicado como sua própria, ele planejou interceptá-la em menos de três horas.


ACOMODANDO-OS

na

sala

de

descanso

fora

da

enfermaria, Lara fez xícaras de chocolate quente para Toby e Marlee, e distribuiu cookies. — Sienna estará bem, — ela disse, ignorando os rastros de lágrimas que Toby furtivamente limpou, e esperando que suas palavras não fossem uma mentira. — Hawke está indo atrás dela. — Hawke sempre alcançava sua presa. Sempre. Marlee franziu o nariz. — Eu aposto que ele estava furioso. Toby acenou para sua prima mais nova. — Sim, Sienna está em apuros. Eles começaram a discutir se queriam trocar seus cookies. Surpresa, Lara olhou para cima para encontrar o olhar de Riley. O tenente deu um único aceno satisfeito antes de deixar as crianças sob a supervisão de Lara - embora Lara não estivesse certa de que eles estavam tão otimistas sobre a situação como aparentavam, especialmente Toby. Mas, tendo tratado com mais do que sua cota de meninos, ela não se inquietou. Em vez disso, ela se moveu ao redor para fixar a fita na trança de Marlee. — Você disse a seu pai que estava acontecendo? — Walker gostaria de saber o mais rapidamente


possível. — Uh-huh, — Marlee assentiu. — Ele estava ajudando Riaz com as crianças mais velhas bem longe. Ele está voltando para casa, contudo. — Olhos idênticos aos do pai prenderam Lara no lugar quando ela terminou com a fita. — Ben diz que você cheira como o meu pai. Lara hesitou, olhou para Toby. . . para ver nenhuma surpresa no rosto do garoto. Claro que não. Ele era empata, tinha que captado os sinais há muito tempo. — Isso incomoda vocês? — Ela perguntou a ambas as crianças. Toby apenas balançou a cabeça, mas Marlee molhou seu bolinho e deu uma mordida antes de dizer, — Não, papai precisa de alguém para cuidar dele também. — Um brilhante sorriso. — E Toby e eu, nós achamos que você é muito boa. Querendo sorrir com a ideia de alguém cuidando de Walker, Lara deu um beijo na bochecha de Marlee antes de se mover para verter para Toby um pouco mais de chocolate quente. — Você precisa de mais alguma coisa, querido? Toby olhou para cima, um tremor em seu lábio inferior que ele mordeu. — Um abraço. — Oh, Toby. — Se ajoelhando, ela abraçou-o apertado. — Nós não vamos permitir que ela lide com isso sozinha. Nós somos uma família.


Uma pequena mão roçou a dela quando Marlee afagou as costas de Toby. — Não fique triste, Toby. Hawke não vai mordê-la muito forte por fugir. Os olhos de Toby estavam enormes quando ele se afastou do abraço... e então ele começou a rir, voltando-se para envolver um braço em volta do pescoço de sua prima sorridente para puxá-la para o seu lado. Das bocas, Lara pensava, seus próprios lábios se contraindo, de bebês.

O SUOR estava escorrendo pelas costas de Sienna, pela face dela, colando as mechas do cabelo nas têmporas quando alcançou o cume e encontrou-se a dois metros de um lobo muito chateado. — Não, — ela sussurrou. — Você não pode estar aqui. — Nas horas desde que ela tinha deixado a Toca, ela tinha percebido que não havia nenhuma maneira de voltar o relógio psíquico, nenhuma maneira de escapar do inevitável. A única coisa que ela podia fazer era ter certeza que não levou ninguém com ela. — Vá embora. O lobo rosnou, lábios se abrindo para exibir caninos afiados. Era difícil permanecer em pé quando tudo o que ela


queria fazer era cair de joelhos, envolver os braços ao redor dele, e pedir-lhe para fazer isso se acertar. Mas mesmo Hawke não poderia corrigir isso, não poderia consertá-la. — Estou perto de uma brecha fatal, — ela disse, a respiração vindo em arquejos ofegantes. — Você tem que sair. A resposta dele foi andar em torno dela em um processo lento, uma varredura predatória. Soltando sua mochila, ela bebeu um gole da garrafa de água que tinha recarregado em um córrego uma hora atrás. — Pare de tentar me intimidar e ouça, seu lobo teimoso! Olhos claros a desafiaram a continuar. Ela

cruzou

os

braços.

Eu

não

estou

sendo

melodramática ou uma diva ou uma criança. — O tempo só nos ambientes abertos da Serra tinha dado a ela espaço para respirar, acalmar o pânico nascente à razão fria. — Minha energia está se ampliando a uma taxa exponencial. Eu poderia ficar ativa a qualquer momento - no quarto, na enfermaria, no berçário. Hawke andou até ficar bem na frente dela, suas orelhas em pé, o corpo imóvel. Ela não se surpreendeu, no mínimo, quando ele se transformou, em uma tempestade de luz e cor. Quando acabou, ele se elevou sobre ela, sua raiva tão feroz quanto tinha sido em forma de lobo. — Você. Me. Deixou. Era a última coisa que ela esperava que ele dissesse. —


Foi melhor assim. — Ele a agarrou por trás antes que ela percebesse. As costas dela bateram no tronco de uma árvore. — Eu sou perigosa. Eu... — A boca dele estava na dela, a mão dele segurando-a na nuca e o corpo prendendo-a contra a árvore. Ela deveria ter resistido, mas como ela poderia se restringir quando ele era tudo o que ela sempre quis? Setenta e três por cento. Tempo,

ela

tinha

tempo

suficiente

para

amá-lo.

Erguendo-se na ponta dos pés, ela segurou-se na cintura dele conforme ela o encontrou beijo por beijo, respiração por respiração. Quando ele se abaixou e abriu o botão das calças dela, ela as chutou para fora depois de tirar as botas. Sua calcinha estava em pedaços um instante depois. Ela trocou seu aperto para os ombros dele enquanto ele a levantou, envolvendo as pernas ao redor da cintura dele. E estremeceu, cada nervo faiscando com a necessidade quase dolorosa enquanto ele a reivindicava com um único impulso primal. Mas, mesmo com a possessiva fúria e a selvagem necessidade animal, ele lembrou-se de enlaçar um braço em torno das costas dela, o outro sobre os ombros, de modo que ela não se machucasse na casca áspera da árvore. Então ele a tomou, beijando-a com uma demanda feroz da qual ela não


podia fazer nada, além de dar tudo o que ele queria. — Você me deixou. — Uma acusação rouca contra o ouvido dela. — Sinto muito. Sinto muito. — Embaraçando a mão no cabelo dele, ela o beijou com a esfarrapada desculpa - ela não poderia dizer que ela não faria isso novamente. Essa escolha tinha sido retirada das mãos dela no instante em que tinha nascido um X. — Faça amor comigo. — Sempre.

ELES sentaram-se à sombra verde-prata da árvore depois, os ramos brilhando a luz do sol. Sienna tinha conseguido amarrar suas calças até o topo dos quadris, embora elas se pendurassem precariamente baixa, enquanto Hawke sentou-se descaradamente nu, com ela no colo. Seu queixo estava sobre o cabelo dela, um braço musculoso ao redor de seus ombros, a pesada mão livre em sua coxa. Com a cabeça no ombro dele, ela traçou os dedos através dos cabelos macios no peito dele. — Eu pensei que eu tinha vencido isto. Eu pensei que eu seria o X que sobreviveu, mas eu estava apenas enganando a mim mesma. Eu deveria ter sido mais cuidadosa, deveria ter percebido...


— Você não tinha ninguém para ensiná-la, — ele disse com ferocidade changeling. — Você está fazendo o melhor que pode em uma situação que ninguém sabe como dirigir. — Eu nunca disse, — Sienna murmurou, — mas parte de mim sempre pensou que iríamos encontrar o livro de Alice Eldridge sobre X-Psy e que ele teria todas as respostas. Estúpido, não é? Mas eu acho que mesmo um X pode acreditar em contos de fadas. — A mão dela fechou-se contra ele. — Eu não posso voltar. Eu não sou segura. — Nunca seria seguro. — Então vamos ficar aqui em cima. — Uma afirmação absoluta. Ela nunca se sentiu tão estimada, tão querida, mas ela permitiu-se apenas de um momento para deleitar-se com a alegria disto. — Não. A mantilha precisa de você. A mão de Hawke deslizou até o quadril dela. — A matilha

é

construída

sobre

os

laços

de

família,

de

acasalamento, do amor. Você vem em primeiro lugar. Você sempre virá. Lágrimas queimaram na parte de trás dos olhos dela. — Você é o coração deles, Hawke. — Especialmente agora, com Henry e os fanáticos dele prestes a lançar um ataque. — Como você é o meu. — Alcançando-a para acariciar a bagunça que ele havia feito no cabelo dela, ele soltou um


suspiro. — Quando Rissa morreu, parte de mim se quebrou. Mesmo com dez anos, eu sabia que não estava apenas perdendo minha melhor amiga, eu estava perdendo uma parte de mim mesmo. — Se eu pudesse trazê-la de volta para você, eu faria. — Em um instante, mesmo que isso significasse que ela teria que vê-lo amar outra mulher. — Shh. — Um aceno de cabeça que dizia que ela não entendia. — A morte de Rissa, a vida dela, me moldou. Ela sempre será uma parte de mim, mas eu não tenho sido o menino que ela conhecia há muito tempo. Você - e somente você - tem o coração do homem. Sienna congelou. — Você não deve dizer isso. — Eles nunca teriam o vínculo de acasalamento, mas isso, o que ele estava dando a ela, era tão precioso, quanto comprometedor. Tão dolorosamente belo. — Você não deve. — Ah querida, você sabe que eu faço o que eu quero. — Esfregando o queixo no cabelo dela, ele apertou seu quadril. — Homem e lobo, nós dois adoramos você. De jeito nenhum eu estou deixando você ir depois do inferno que você me fez passar ao longo dos anos. Ele estava brincando, mas ela não conseguia encontrar qualquer riso dentro dela. — Eu não sei como parar isto... — um excruciante, zangado desamparo. — Como sobreviver a


isto. — Mas ela iria encontrar uma maneira de mandá-lo de volta. Porque SnowDancer precisava dele agora mais do que nunca, deste homem com um coração tão grande, que tinha reunido uma matilha quebrada de volta e a feito forte novamente, um homem que tinha dado refúgio ao inimigo... um homem que tinha amado uma X.

Capítulo 49 JUDD RETORNOU DA verificação de um armazém que os jovens tinham notado na cidade para encontrar Walker esperando por ele. Seu irmão queria dar as notícias sobre Sienna pessoalmente, e agora eles se inclinaram contra uma das grandes rochas glaciais que cobriam a região, as costas quentes, o sangue frio. — Hawke está com ela, — Judd disse, e não era uma pergunta. — O seu contato não encontrou nada? — Walker perguntou em um tom tão desprovido de emoção, que teria sido fácil acreditar que não ele se importava com Sienna.


O mesmo homem, Judd pensou, tinha tomado um adolescente quase quebrado em seus braços e dito que ele sempre, sempre seria família. A ferocidade dessa tranquila declaração tinha dado a Judd uma âncora no meio da escuridão absoluta, dado a ele a vontade de sobreviver. — Eu tenho uma reunião com ele hoje à noite. — Quais são as chances? — Eu não sei. Três horas mais tarde, no templo de uma velha, abandonada, e em outros casos, vazia igreja, ele teve sua resposta. Foi uma devastadora resposta. — Não há um segundo manuscrito, — o Fantasma disse a ele. Um sombrio cinza invadiu a mente dele. — Você tem certeza? — Sim. Alice Eldridge tinha uma memória fotográfica. De acordo com os registros que eu fui capaz de desenterrar, ela queimou suas notas de pesquisa sobre a designação X quando se tornou claro que o Silêncio era inevitável. A implicação é que ela fez isso em um esforço para deter o Conselho de usar a investigação dela em formas que nunca foram cogitadas a serem usadas. Judd não precisava que o outro homem que soletrasse.


— O único registro restante estava na cabeça de Eldridge. — Sim. Foi o atordoante golpe final. — Nós vamos perder Sienna. — Uma fria, dura pedra no peito dele, o conhecimento de que ele não seria capaz de manter a promessa que ele tinha feito para Kristine, não seria capaz de manter a filha dela segura. — Não há nenhuma maneira de impedir o acúmulo de fogo frio uma vez que um X atinge este nível. O Fantasma considerou isto, e considerou, também, o que aconteceria se Sienna Lauren sobrevivesse. Um X era poderoso. Um X-cardeal era poder sem limites. Ela era um curinga que ele não poderia controlar, um que poderia atrapalhar todos os planos meticulosamente elaborados dele. Então ele olhou para Judd, ao Arrow caído que tinha andado com ele, mesmo sabendo o que e quem ele era, que manteve seus segredos. O Fantasma não sabia nada sobre amizade, mas ele entendia lealdade e fidelidade. Ele também entendia que, algumas vezes, planos precisavam mudar, e que a mudança poderia ser utilizada como vantagem por um homem inteligente. — Venha, — ele disse a Judd. — Eu tenho algo para lhe mostrar. Judd o seguiu para dentro da cripta, mantendo uma distância afastada o suficiente entre eles, de forma que ele


nunca corresse o risco de ver o rosto do Fantasma. — Por que você faz isso? — perguntou o Fantasma. — Você sabe quem eu sou. — Talvez o único que soubesse. Até o padre Xavier Perez, a terceira parte do curioso triunvirato, nunca tinha feito a ligação. — Se eu, alguma vez, for apanhado, — disse Judd, suas palavras as de um homem que sabia que o perigo poderia vir como uma silenciosa sombra no escuro, — minha mente está configurada com gatilhos que vão apagar seu nome dos meus bancos de memória em um único comando mental. Imagens são mais difíceis de remover. Então, ele operava com a certeza de que ele não tinha qualquer imagem para apagar. — Você poderia ter governado. — Mesmo com todo o poder de Judd, o Fantasma nunca tinha considerado esta possibilidade. — Teria matado o que restava da minha alma. O Fantasma não se lembrava de alguma vez ter tido uma alma, não sabia nem mesmo se ele entendia que era. — Aqui, — ele disse, apontando para um canto escuro da velha e mofada cripta. Judd ficou imóvel quando os seus sentidos telepáticos registraram uma mente desconhecida. — Quem? — E o que o Fantasma tinha feito?


O rebelde encostou-se à fragmentada parede de tijolos. — Eu não acho que você vai acreditar em mim se eu te disser. Incapaz de detectar qualquer movimento naquele canto, Judd pegou uma lanterna fina do bolso e andou até encontrar um caixa de vidro revestida de pó exposta ordenadamente naquele

espaço.

Ela

tinha

cerca

de

seis

metros

de

comprimento, um par de metros de profundidade, se muito, e tinha luminárias que denotavam uma série de cabos faltando. Percebendo

que

alguém

tinha

apagado

o

pegajoso

revestimento de poeira perto do topo, criando uma pequena janela de clareza, ele inclinou o brilho de luz em direção a ela. Um rosto olhou para ele de dentro. Era de uma pequena e magra mulher, de etnia mista. A pele dela era de um marrom pálido, com os olhos inclinados para cima nos cantos, mesmo durante o sono, sua cabeça lisa. O cabelo tinha sido raspado, ele percebeu, embora não houvesse nenhuma evidência de eletrodos terem sido, alguma vez, anexados ao crânio. — Quem? — ele perguntou ao Fantasma mais uma vez. — Não há um segundo manuscrito, — o Fantasma disse, caminhando para ficar ao lado dele, — mas você não precisa dele. Eu lhe trouxe Alice Eldridge.


HAWKE tinha feito Sienna prometer ficar no mesmo lugar quando ele saiu para obter suprimentos. Ela tinha quebrado a promessa. Mas desde que ele tinha a encontrado de novo antes de ficar muito irritado e faminto ele não rosnou quando ele disse: — Levante a tenda, — e rolou o compacto pacote para onde ela estava deitada de costas, encarando o cinza suave do céu noturno. — É a sua punição. Claramente exausta, ela olhou para ele. — Você nunca fica sem energia? Ele empurrou as mangas da camiseta dele. — Eu sou um alfa. Agora mesmo, eu sou um faminto alfa que quer arrancar uma mordida de você por me fazer correr as milhas extras. Levante a tenda. Ela sentou-se, mas não tocou na tenda. — Vá morder a si mesmo. Então, ela estava se sentindo irritada. Isso estava bem para ele. Ele gostou muito mais disto do que a derrotada dor que ele sentiu que tinha chegado perto de quebrá–la hoje cedo. — Na verdade, eu preferiria usar meus dentes em carne mais macia. — Ele estava alcançando-a para prendê-la quando as chamas eclodiram ao longo das costas dela, em seu cabelo. — Sienna! Ela bateu as mãos. — Eu estou bem, estou bem. Não me


toque. Foi um inferno obedecer à ordem. Ele puxou-a em seus braços no instante em que as labaredas de vermelho e amarelo desapareceram. — Quão ruim? — ele perguntou, vendo a dor nos cantos dos olhos dela, sabendo da segunda camada de dissonância agora. — Ruim. Mas não a dissonância. Tão logo o poder atinja um determinado nível, a dissonância ou desliga ou de alguma forma entra em curto-circuito. — A garganta dela se moveu conforme ela engoliu em seco. — E está aumentando mais e mais rápido - eu aterrei depois que você saiu. Ele sentiu uma prolongada sensação gelada – fria o suficiente para queimar - contra a palma da mão enquanto ele a passava sobre o sedoso cabelo dela. — Sienna, o fogo-X pode te queimar? — O lobo não se movia mais, o foco dele, o mesmo foco que tinha ajudado um rapaz de quinze anos a reunir uma matilha quebrada, aguçado. — É assim que Xs geralmente morrem, e se chega a esse ponto, então não há como prever o quão longe a explosão resultante vai se espalhar. — O sorriso dela era tenso, doloroso. — É por isso que nós somos considerados a arma mais perfeita do planeta. Um X pode ‘queimar a terra’, erradicando tudo o que veio antes, mas o dano para o meio ambiente é mínimo. Muito parecido com o depois de um


incêndio real, a terra se recupera forte e saudável - e os agressores têm um ambiente limpo sobre o qual construir o seu próprio império. Ele viu através do discurso racional. — O que você não está dizendo? — Ming tinha uma teoria, de que se eu pudesse de alguma forma remover o meu poder em um nível que eu não posso alcançar com o aterramento, eu poderia iniciar uma explosão restrita do nascente acúmulo que consumiria apenas a mim. — Os olhos dela encontraram os dele. — Se as chamas, alguma vez, se tornarem azul... isso significa que ele estava certo. Prometa-me que você não vai chegar perto de mim, se isso acontecer. — Vamos lá, — ele disse, em vez de dar a ela uma promessa que ele sabia que ele não seria capaz de manter. — Mudança de localização. — Para onde estamos indo? — Ela agarrou a tenda. — Mais perto de um lago que conheço por aqui. Se tudo mais falhar, eu estou te jogando lá dentro. — Eu não sei se isso vai funcionar, fogo-X não é como o fogo normal. — Melhor do que se transformar em uma tocha humana, você não acha? — Virando-se, ele passou a tocar


com os dedos a mandíbula dela, sentindo o coração parar quando ela encontrou seu olhar. Os

olhos,

aqueles

surpreendentes

olhos

cardeais,

estavam se afogando em uma luz cintilante, no letal ouro misturado com carmesim, e neles, ele viu o tempo se esgotando em um ritmo inexorável.

JUDD não sabia quem estava mais surpreso, ele ou Lara, quando ele se teleportou para a enfermaria com o corpo frágil de Alice Eldridge em seus braços. Mas ela libertou-se do choque para correr para ele de uma vez, pegando um scanner do balcão enquanto isso. — O que eu preciso saber? — ela perguntou quando ele colocou o corpo nu da cientista sobre a cama mais próxima. — Suspensão Criônica. — ele disse, a cabeça ainda soando em descrença. — Impossível. — Lara deixou de lado o scanner, pegou um injetor de pressão, e apertou-o contra o pescoço de Alice. — Ninguém nunca foi trazido de volta a partir de suspensão com sua mente intacta. Mesmo os Psy’s tornaram isto ilegal mais de meio século atrás. —

Ela

foi

suspensa

antes

disso,

quando

a


experimentação estava no seu auge. — Foi uma época de caos e mudança quando Alice Eldridge tinha sido capturada, provavelmente

sob

as

ordens

de

um

conspirador

na

superestrutura do Conselho que tivesse tido alguma vaga ideia de acordá-la mais tarde, quando as coisas tivessem se acalmado e ela pudesse ser devidamente interrogada. Mas ninguém nunca tinha vindo para acordá-la, a existência dela submersa pela onda de Silêncio que tinha varrido através da Net. Talvez o arquiteto do rapto dela tivesse sido morto, talvez ele simplesmente tenha se esquecido dela, mas fosse qual fosse a causa, o resultado foi que Alice tinha dormido em repouso por mais de cem anos em uma pequena e profunda instalação na região dos Balcãs. Uma instalação que funcionou com energia solar, mas que não tinha sido monitorada por décadas, listada como um armazém. Um tão pequeno e insignificante que era continuamente empurrada para baixo na lista, quando chegava a hora de inspeções e renovações. Judd tinha perguntado ao Fantasma como ele tinha encontrado aquilo. O outro homem tinha olhado para ele com aqueles olhos que nada mantinham de humanidade. — Eu descobri isso porque eu vou aonde ninguém vai. Há lugares na Net que pertencem somente a mim.


Agora, Judd ignorou o cansaço do duplo teletransporte e disse a Lara tudo o que sabia. — Ela foi encontrada em uma câmara

experimental

criada

por

um

cientista

que

foi

considerado estar à beira de desvendar o segredo da criogenia. — Se ele tivesse, não seria ilegal agora, — Lara murmurou enquanto ajustava uma touca de tecido fino com componentes eletrônicos sobre a cabeça de Alice e dava a volta até o controlador no fim da cama para digitalizar a leitura. Pela centésima vez, Judd tentou sentir se a mente de Alice estava ativa e veio contra o mesmo inesperado escudo que tinha obstruído as suas tentativas anteriores. — Ele era um telepata, teve um surto psicótico em que ele destruiu seu laboratório e todos os registros associados antes de sua família e ele mesmo. — Talvez fosse essa a razão pela qual os sequestradores tinham abandonado Alice Eldridge - ninguém sabia quais substâncias químicas o cientista tinha usado para induzir a suspensão, muito menos como reverter a situação. Lara bateu com o punho no painel de controle. — Merda, — ela murmurou, encarando a mulher que estava deitada tão sem vida sobre a cama, — apenas, merda. Judd nunca tinha visto aquela expressão no rosto da curadora. — Quão ruim? — Isto é a coisa, eu não sei. Não é como se eles nos ensinassem isso na escola de medicina. — Ela se inclinou para


frente, as mãos apertadas ao redor das bordas do painel. — Eu preciso de Tammy e Ashaya. — Qual primeiro? — Ele podia fazer mais um duplo teletransporte. Um momento de pausa. — Ashaya. Ela não é uma médica, mas ela é uma cientista, e ela pode discutir a situação com Amara. A gêmea de Ashaya, Judd sabia, era louca. Ninguém confiava nela, e ela não poderia ser permitida na Toca, mas não havia como negar a inteligência dela. — Eu vou pegar Ashaya, — ele disse. — Você chama Tammy, tenha ela dirigindo pra cá. — O teletransporte para a casa de Dorian e Ashaya não foi difícil, desde que ele já tinha estado no local antes. Ele tinha energia suficiente para levar a M-Psy, antes que ele deslizasse pela parede e no chão da enfermaria. As duas mulheres o ignoraram enquanto trabalhavam sobre Alice, com Tamsyn chegando setenta minutos mais tarde. Em algum momento no meio disso, Brenna o encontrou, exatamente como ele sabia que ela faria. — Querido, — ela disse, ajoelhando-se ao lado dele. — Você está prestes a desmaiar. Ele deu um leve aceno de cabeça. — Não tão perto. — Mas ele estava balbuciando, então ele encostou-se contra ela quando se sentou ao lado dele. . . e, em seguida, ele estava


estendido com a cabeça no colo dela. A última coisa que ele se lembrava de dizer era: — Walker encontre-o. — Seu irmão mais velho tinha uma maneira de ver o coração das coisas, saberia se eles deveriam ou não dizer a Sienna o que tinha acontecido quando havia uma boa chance de Alice Eldridge nunca acordar. Mesmo se ela acordasse, não havia garantia de que ela seria capaz de dizer-lhes qualquer coisa - o Fantasma tinha encontrado dados que sugeriam que ela podia ter pedido a um E para limpar essa parte da memória dela.

SIENNA deu um pontapé de raspão no ouvido de Hawke, enquanto as estrelas se transformavam em brilhantes sinais de localização lá em cima. — Você não pode ficar aqui, — ela disse enquanto ele fazia um fluido movimento para evitar o golpe. — Você sabe disso. — Não importa o quão bem preparado era o povo dele, quão bem exercitados, eles eram changeling, eram lobos - sem o seu alfa, a matilha estaria perdida, sem raízes. Mais, ela entendia que o lobo dele precisava ficar na linha de fogo, para ser a primeira linha de defesa de SnowDancer. Ele dançou fora do caminho do golpe dela. — Você pode


fazer melhor do que isso, baby. — Bloqueando seu próximo chute com a mão, ele empurrou até que ela não tinha escolha senão sacudir-se e cair duramente em seus pés. — Eu não vou deixar você aqui sozinha. Quando ele tinha sugerido um treino mano-a-mano, ela tinha achado que poderia muito bem aceitar uma vez que ela não ia dormir. Agora ela conhecia o astucioso plano dele esgotar e arrebatar o argumento dela. Mas ambos sabiam que ela estava certa. — Eu vou ficar bem, — ela disse depois que seus dentes pararam de vibrar. — Eu tenho suprimentos. — Tomando um momento para recuperar o fôlego, ela decidiu que era injusto que ele tivesse aquela parte lambível superior do corpo em exibição. — Coloque o seu moletom de volta. Os olhos dele brilhavam um lobo azul na noite. — Se aproxime e me faça colocar. Os lábios dela tremeram, embora ela tivesse pensado que o frio fogo tinha queimado o riso para fora de seu coração. — Talvez eu devesse tirar o meu próprio top. Um sorriso cheio de dentes. — Talvez você devesse. Rindo, ela moveu os pés para mais uma tentativa de levá-lo para baixo. — Fale-me dos planos de defesa da matilha. — Se ela conseguisse adiar a sinergia, então ela ainda poderia ser capaz de ajudar os SnowDancer. Movendo-se com graça letal em torno dela, Hawke falou,


ouvindo quando ela fazia perguntas ou sugestões. Houve uma perfeição no momento que Sienna fez pensar: Sim, é isso. Isso é quem nós estamos destinados a sermos juntos. Se ela pudesse, ela teria congelado o tempo naquele instante, mas segundo a segundo, minuto a minuto, as estrelas enfraqueciam, o céu clareava - até o amanhecer riscado por brilhante explosão de cor através da Sierra. Tão brilhante como o fogo frio dentro dela, voraz e violento. — Sienna, seus olhos. — Eu sei. — Pisando em uma pequena distância mais longe, ela deixou que as chamas derramassem para fora dela e para a terra em uma tempestade de fogo selvagem que era uma parede impenetrável entre ela e o lobo dela.

Capítulo 50


HAWKE DESLIGOU o telefone sentindo como se ele tivesse levado um soco no peito por um punho de granito. Sienna olhou para ele de onde estava sentada à beira do lago, a luz do sol da manhã dançando sobre o cabelo tão preto quanto o coração de um rubi. — O que foi? — Uma mulher morta voltando à vida. — Quando ele disse a ela o que – quem - Judd tinha trazido para casa, esperança fulgurou como uma nova moeda brilhante nos olhos dela por um único brilhante segundo. Tornou-se indiferente tão rápido quanto. — Não há como saber se ela vai acordar, — Sienna disse, — Muito menos se ela vai acordar sã. Eu tenho que ficar aqui em cima. Ele tinha pensado que poderia deixá-la, que poderia sacrificar o coração pela matilha, mas agora que o momento tinha chegado, tanto o homem quanto o lobo se rebelaram. — Não, — ele disse, agachando-se ao lado dela. — Você está descendo comigo. — Hawke, você prometeu que me ouviria sobre a minha capacidade.

Um

lembrete

firme,

mas

os

dedos

na

mandíbula dele eram uma carícia. — Eu sei o que eu sou. Eu sei a destruição da qual eu sou capaz, não me faça matar aqueles que eu amo. — Você é capaz de monitorar seus níveis de poder, saber quando está prestes a ficar crítico. — Ele a tinha visto extrair


a violência da capacidade dela duas vezes mais durante a noite, as chamas parecendo extinguir-se sobre o próprio lago. — Nós não podemos apostar nisso. — Você pode se aproximar da Toca. — Ele não estava acostumado a perder. No entanto, a obstinação de Sienna foi uma das primeiras coisas que o tinham atraído a ela. — Não. — Ficando de joelhos, ela colocou as mãos nos ombros dele, sem estrelas nos olhos. — Mas eu não vou ir mais longe do que aqui. Ele olhou para ela, o lobo tentando dominá-la em aquiescência. Mesmo quando ele disse, — Promete? — não havia nenhuma aceitação nele. — Pelo meu coração. Puxando-a contra ele, ele a marcou com a boca, com os lábios, com a respiração antes de sair com uma única, furiosa ordem. — Fique viva.

WALKER bateu na porta do escritório de Lara naquela tarde, e não se surpreendeu ao encontrá-la ainda vestida com as roupas que ela usara ontem, sombras pretas sob seus


olhos. Desta vez, ele não a repreendeu por não cuidar melhor de si mesma. Em vez disso, ele puxou-a em seus braços e segurou-a por um longo momento antes de permiti-la se afastar. — Eldridge? O olhar de Lara era desolador. — Os exames detectaram atividade cerebral, mas isso não significa nada se não pudermos descobrir uma maneira de acordá-la. Ashaya e Amara vieram com um coquetel químico, que nós injetamos nela algumas horas atrás, mas até agora não houve nenhuma mudança. Walker sabia que tanto Judd quanto Sascha tinham tentando atravessar o estranho escudo em torno da mente de Alice em um esforço para empurrá-la para consciência no nível psíquico. Walker, também, já havia tentado. Sem sucesso. E agora. — Eu tenho que ir. Lara o tocou naquele jeito lupino, acariciando o cabelo dele, deslizando a mão sobre seus peitorais como se para suavizar sua camisa. — Por quê? Ele se inclinou em direção a ela, tornando mais fácil para ela — mimá-lo, — como os lobos chamavam isso. — Hawke me quer com as crianças quando elas evacuarem. — O rosto do alpha SnowDancer tinha estado desenhado em linhas duras quando ele voltou para a Toca esta manhã, mas ele tinha dado a ordem para evacuar com um decidido e claro


foco, como tinha feito tantas outras vezes. De acordo com Judd, que tinha voltado com força total esta noite, a vigilância no complexo da América do Sul estava mostrando um aumento do nível de atividade conforme as pessoas da PurePsy começaram a se recuperar do vírus. A pista seria concluída até a manhã seguinte, o que significava que o complexo tinha que ser retirado da equação esta noite no mais tardar, antes que qualquer uma das pesadas armas fossem transportadas. Todos concordaram que as crianças precisavam ter ido embora antes disso. Porque uma vez que SnowDancer atacasse o complexo, a guerra começaria. Não havia esperança de paz. Tanto Nikita quanto Anthony tentaram argumentar com Henry em um último esforço para deter as hostilidades. A resposta do outro Conselheiro tinha sido tentar assassiná-los no plano psíquico. — É claro, — Lara disse, a mão acomodada na cintura dele. — Você é a escolha perfeita, as crianças vão ouvi-lo e sentiram-se seguras ao mesmo tempo. O imediato apoio dela a ele, produziu uma inesperada onda de calor em seu abdômen. — Drew me prometeu espiar você para mim e relatar se você não estiver não comendo. — O covarde vá fazê-lo, também. — O sorriso dela desapareceu cedo demais. — É uma coisa difícil de pedir a


você agora, não é? Para deixá-la? — Ela colocou os braços ao redor dele. — Sienna seria a primeira a me dizer para ir, — ele sussurrou na suavidade dos cachos dela, entorpecendo a dor que permeava o peito dele com o pensamento da garota que ele nunca tinha sido capaz de proteger. A única coisa que podia fazer por ela agora era garantir que aqueles que ela amava estavam a salvo. — Ela faria qualquer coisa por Toby e Marlee. Lara beijou-o, quente, rendida e possessiva, de uma forma que ele nunca teria esperado dela antes que tivesse realmente a conhecido. Deslizando a mão sob o cabelo dela, ele inclinou a cabeça, entregue na doçura selvagem dela por um momento. — Eu vou entrar em contato com você assim que soubermos de alguma coisa, — ela disse quando eles se separaram, os lábios molhados, os olhos determinados. — Vamos continuar trabalhando com Alice. — Eu sei que você vai. — Um pedaço dele ameaçou quebrar, um pedaço que levava o nome de Sienna, o nome de uma menina que era tanto sua filha como Marlee. — Cuide de si mesma Lara. — Porque ela possuía um pedaço dele, também, um pedaço quebrado que de alguma forma ela tinha soldado junto de volta e que levava a marca dela agora.


Ele não conseguia dizer as palavras, tinha passado muito tempo no Silêncio, mas ele tinha aprendido outras maneiras de falar. Tomando o peso de papel que ela tinha derrubado da mesa para o bolso dele, ele o colocou em suas mãos. — Está consertado. Contanto que você não se importa com mais do que algumas cicatrizes. Com lágrimas nos olhos, ela apertou os lábios, sacudiu a cabeça... e segurou o peso de papel perto do coração dela. — Eu te amo, Walker. Ele saiu com aquelas palavras guardadas na parte mais secreta dele, mas ao invés de se juntar a evacuação, ele foi até onde Sienna estava, sentada ao lado de um grande e azul lago que refletiam as montanhas com tal perfeição, que parecia que não havia céu, apenas uma vista interminável de picos irregulares tocados com neve. Quando ela voou para seus braços, ele a abraçou com força. E viu o fogo frio de um X lamber o cabelo dela, sobre sua coluna. Ela se soltou, os olhos secos de lágrimas, a voz resoluta. — Eu tenho que aterrar. Ele teria esperado, teria feito qualquer coisa que pudesse para a menina que ele percebeu que tinha se tornado uma mulher de coragem e força, mas ele sabia que ela não queria que ele a visse assim. Então, ele caminhou para frente, segurou o rosto dela, e pressionou os lábios em sua testa. Lute, querida, lute.


Conforme se virava, ele sentiu a terra tremer sob um pulso de força bruta e sabia que, se ele olhasse por cima do ombro, ele não veria nada além de uma coluna de amarelo selvagem e um brilhante vermelho, uma mulher consumida em chamas.

TENDO confirmado que o armazém que os jovens tinham encontrado na cidade armazenava o esconderijo de armas, os SnowDancer atacou o acampamento da América do Sul à meia-noite. Aviões furtivos sobrevoaram a cidade às três horas da madrugada. Agentes PurePsy começaram a aparecer ao longo do perímetro

SnowDancer-DarkRiver

uma

hora

depois,

despejados da aeronave que pousou fora do alcance das armas antiaéreas sobre o território changeling, a maioria cobrindo a distância restante a pé, enquanto um guarda da frente permanecia pronto para o teletransporte. Os invasores estavam carregados com tantas armas que se os changelings estavam contando apenas em sua força física, a batalha teria acabado antes de começar. Da forma que era, os atiradores de Alexei, juntamente com aqueles treinados


por Dorian e Judd, estavam em posição privilegiada para apanhar os atacantes que foram teletransportados para dentro. E os changelings tinham visão noturna extraordinária. O inimigo aprendeu rapidamente e começou a se teletransportar mais distante do perímetro, dentro da terra de DarkRiver. Mas os leopardos conheciam aquela terra como a palma de suas mãos, e embora seu povo estivesse todo na cidade hoje à noite, eles tinham estendido um tapete de boasvindas, uma parte dos agressores foi vítimas de suas armadilhas. E desta vez, não havia dúvida sobre a fidelidade dos combatentes inimigos. Eles usavam o emblema em seus ombros. — A teia da aranha negra. — A voz de Matthias veio no fone de ouvido de Hawke. — É o símbolo de Henry Scott. Não inesperado, mas era sempre bom ter a confirmação. — Se o inimigo te bate com um golpe psíquico, — ele disse ao seu povo enquanto se preparavam para se envolver, — mirem nas cabeças deles. Se você não tem um tiro, vire-se e corra como o inferno até estar fora de alcance. — Os escudos changeling eram fortes, mas não eram impenetráveis. — Eu preciso de soldados vivos, não heróis mortos. Uma risada da fileira, seus lobos prontos para a batalha. Então, Henry Scott teletransportou-se para dentro do


perímetro, cercado por uma guarda armada tão espessa, que era impossível para qualquer um conseguir um tiro direto. O Conselheiro levantou uma mão. Sabendo que o tempo e o vento ajudariam seu povo a identificar os locais das equipes PurePsy, Hawke deu a ordem de escutar. — Isso, — Henry disse, — é sua última chance. Rendam-se e vou deixar vocês irem embora. O lobo de Hawke queria rasgar a garganta do homem, mas era melhor deixar o bastardo falar, descobrir o máximo que podiam. — Agora, por que, — ele disse a partir de sua posição atrás de uma ligeira elevação, — nós iriamos querer fazer isso quando esta é a nossa terra? — A casa deles. A voz de Henry Scott era, em última análise, razoável. — Você foi pego no meio de uma situação política que não tem esperança de compreender. É de seu interesse se render. — O que vocês dizem meninos e meninas? — Hawke murmurou no microfone enganchado na gola do preto colete à prova de balas que ele usava sobre a camiseta de manga longa da mesma cor. O uivo iniciou em uma extremidade da linha e foi transmitido de soldado a soldado, até que reverberava em torno da montanha. O lobo de Hawke arreganhou a boca. — Vão!


TENDO tido um relatório telepático de Judd bem como uma chamada de Hawke no telefone via satélite que ele tinha deixado para ela, Sienna tinha aterrado e checado duplamente suas reservas de poder. A chance de um pico imprevisível permanecia, mas desde que aquilo não importava se as pessoas que ela amava estavam morrendo quando poderia têlos salvado, ela assumiu o risco de descer. Ela chegou à zona de combate assim que as hostilidades começaram, os cabelos na parte de trás do seu pescoço subindo ao som dos uivos de lobo cantando através do ar. Apesar do quão tentador era desviar-se, para vislumbrar a batalha, ela fez seu caminho diretamente para o local que Hawke tinha apontado no mapa territorial, o que parecia meses atrás. Havia um par de lentes de visão noturna esperando por ela, juntamente com uma pequena chave em uma corrente de prata fina. Se você quer saber o que isso abre, fique viva. -H. — Olá, lobo. — Colocando a corrente em volta de seu pescoço, ela deslizou as lentes de visão noturna em seu rosto e começou a varrer a zona de combate. Foi automático procurar pela vívida juba de prata e


ouro, distintiva mesmo através da distorção de cor causada pelas lentes. Mas ela não podia vê-lo em qualquer lugar. Seu coração parou de bater com a ideia de que ele tinha sido atingido,

estava

caído,

e

então

ela

percebeu

-

cada

SnowDancer em forma humana estava usando um gorro sobre a cabeça. Sim, é claro. O inimigo nunca saberia qual era Hawke, não lhes dava nenhum alvo específico. — Vamos lá, — ela disse, sussurrando encorajamento embora ela soubesse que eles não podiam ouvi-la, — Nós podemos fazer isso. — Foi quando ela o viu, embora o cabelo permanecesse coberto, o rosto dele virou-se. Ainda assim, ela soube pela maneira como ele se moveu, um lobo humano. O lobo dela.

HAWKE viu vários de seu povo cair, sabia que eles tinham sido atingidos por uma explosão psíquica. Correndo para o mais próximo, ele puxou a parte traseira do macho para fora do alcance com um aperto no colete à prova de balas dele, em seguida, voltou para recuperar outro, uma mulher. Ao redor dele, mais soldados SnowDancer estavam fazendo o mesmo, enquanto outros lutavam contra os agentes PurePsy mirando os que tentavam ajudar os feridos.


Não havia dúvida de que Scott tinha uma enorme vantagem com seus telepatas e telecinéticos, mas a partir da aparência das coisas, a unidade Tk estava começando a se cansar dos movimentos da tropa - o que significava que SnowDancer não tinha que se preocupar com mísseis sendo arremessados contra eles sem aviso prévio, embora os técnicos tivessem se preparado para essa eventualidade, colocando algumas unidades de

interceptação ao longo da

linha

defensiva. Os changelings também haviam igualado o campo com a preparação, a escolha de quando lutar, e o conhecimento do terreno de casa. Os soldados inimigos que tentaram se teletransportar por trás da linha de defesa SnowDancer encontraram-se preso entre camadas de lobos dispostos acima e abaixo da montanha. Nem todos esses lobos eram changeling. Bom, Hawke uivou para os lobos selvagens que o trataram como alfa. Assistam. Esperem. Os lobos uivaram em uníssono em resposta, e Hawke viu o inimigo congelar por um instante. Em seguida, o barulho de briga e o cheiro de sangue fresco da batalha começaram novamente. Contrariando as expectativas de Hawke, Henry Scott permaneceu no campo. O conselheiro permaneceu no centro dessa guarda cerrada, os olhos fechados - Hawke


percebeu que o homem estava usando suas consideráveis habilidades psíquicas contra os changelings, ao mesmo tempo em que ele viu um tiro vindo direto para um soldado. — Drew, abaixe-se! Drew se lançou na planície. Seu olhar estava aborrecido quando ele ergueu a cabeça. — Eu juro por Deus, se eu levar um tiro de novo, Indigo vai me estrangular. — Obviamente irritado com isso, ele virou-se e atirou no homem que tinha vindo atrás dele, assim que as defesas dos SnowDancer incendiaram uma aeronave que chegava, fazendo todo mundo correr para se esconder dos escombros caindo. Juntando-se a Hawke, Drew encostou-se em uma árvore. — Isso deve lembrá-los de manter-se fora de nossos céus, — ele murmurou, então pressionou o dedo em uma orelha. — Eu tenho informações vindas dos Ratos, os agentes de Henry estão aterrissando sobre vários lugares em San Francisco.

TEIJAN e seu povo estavam acostumados a ser esquecido,

serem

deixado

de

lado.

Eles

eram

ratos,

acostumados a viver em baixo, onde o mundo não poderia machucá-los. Mas os gatos de DarkRiver os tinham visto,


tinham-lhes tratados como seres conscientes, capazes de dar algo de volta. Quanto aos lobos - bem, os Ratos permaneciam desconfiados com eles, mas não havia argumentos de que SnowDancer deixasse de cumprir sua parte no trato. Mais de um Rato tinha sido tirado de apuros ou recebido proteção de um lobo que era, senão, um estranho. — É nossa casa, — Zane tinha dito quando Teijan tinha dito ao seu povo o que podia estar vindo e ofereceu-lhes a opção de sair. — Nós ficamos e lutamos. Agora, eles fizeram exatamente isso. Tendo trabalhado com DarkRiver ao longo dos últimos meses para se conectar com a rede dos gatos de humanos e changeling

não-predatórios

lojistas

em

Chinatown,

essa

conexão se espalhando através de familiares e contatos de negócios como uma árvore sempre crescente, os Ratos tinham um fluxo de informações chegando que nem mesmo a PsyNet poderia vencer. Eles sabiam onde o pessoal de Henry Scott estava pousando, seus números, o tipo e número aproximado de suas armas dentro de segundos a cada aterrissagem. Todos esses dados eram encaminhados imediatamente para as equipes DarkRiver

encarregados

de

manter

a

cidade

enquanto

SnowDancer mantinham as montanhas. A divisão tática mostrou uma enorme quantidade de


confiança de ambas as matilhas - porque parte daquela montanha era um território DarkRiver, e se San Francisco caísse, o exército de Henry Scott teria o local perfeito para entrincheirar-se e lançar assalto após assalto aos lobos. Ambas as partes da defesa teriam que se segurar se eles quisessem vencer esta batalha. — Uma nova equipe está descendo de rapel perto de Russian Hill, — Teijan informou a Clay, — e uma maior cercou o prédio de Nikita. A voz de Clay veio salpicada com os sons de tiros. — Ela disse que não precisava de ajuda, mas... — Espere. — Teijan xingou baixo e áspero. — Nikita não gosta de gente invadindo seu território. Quinze atacantes apenas caíram com a síndrome do cérebro explodindo. — Não havia outra maneira de dizer isso – na imagem de vídeo vindo através de uma câmera de rua, as pessoas de Scott caíram onde estavam, seus cérebros vazando de seus ouvidos. Os sobreviventes sabiamente decidiram dar o fora da zona de Nikita. Teijan sorriu e trocou de ligação. — Eles estão indo em sua direção, Vaughn. — Ele tinha, ele decidiu, desenvolvido um súbito fraco por Nikita Duncan, especialmente tendo em conta que os Psy leais a ela também estavam alimentando de informações a rede dos Ratos.


Pegando um novo conjunto de dados, ele trocou de ligação novamente. — Lucas, eu peguei jatos sobrevoando SoMa. Você precisa estar preparado para um ataque aéreo. — Conectado como ele estava aos sistemas de comunicação, ele ouviu o alpha de DarkRiver dizer, — Judd, você pode desviar? — assim que a esquadrilha começou a soltar bombas pequenas, mas de alto impacto. — Entendi. Na tela, Teijan assistiu as bombas desviarem-se de volta para

os

jatos,

transformando-os

em

bolas

de

fogo

espetaculares. — Puta merda, — Zane murmurou de onde ele estava mantendo contato com os lobos. — Meio que me assusta que esse cara tem estado na região todo esse tempo sem o nosso conhecimento. Teijan tinha conhecido Judd Lauren mais cedo naquele dia, e tinha que concordar com Zane. — Pelo menos ele está do nosso lado. — Passando por tela após tela de informações, ele conectou-se aos telepatas e telecinéticos fornecidos por Nikita e Anthony. — Unidade completa dirigindo-se através de Chinatown para a sede de DarkRiver. Certifique-se de que os guardas estão protegidos contra ataques mentais. — Entendido. Mensagem enviada a todas as unidades Tp na área.


Zane bateu uma tela. — O inimigo está ignorando o abrigo, — ele disse, referindo-se ao terceiro sub-porão de um edifício

de

propriedade

da

DarkRiver

na

periferia

de

Chinatown, mas dirigido sob o nome de uma empresa independente. Agora mesmo, era a casa da curandeira leopardo e sua equipe, bem como da companheira do alfa de DarkRiver, a filha deles tendo sido levada com segurança pela equipe de evacuação. — Você teria a sua companheira em uma zona de guerra, Teijan? — Sim, — disse ele sem hesitação. — O casal alfa deve ser sempre parte de uma luta. Sascha está segura no abrigo. Os PurePsy não têm ideia de que ele existe. — Se houvesse uma violação, Teijan tinha uma equipe à disposição para leválos para fora e para longe através dos túneis. — Whoa! — Ele socou um punho no ar quando Judd ‘Aberração Assustadora’ Lauren

reverteu

um

míssil

direto

a

uma

aeronave,

transformando o céu da noite em incandescente. Mas o doce momento foi cortado um instante mais tarde, quando Zane arrancou seu fone, colocou a mão no seu ouvido. — Oh merda, alguma coisa ruim aconteceu nas montanhas.


Capítulo 51 AGONIA nublou o cérebro de Hawke. E ele percebeu que Henry Scott só poderia tê-los enganado depois de tudo. — Brenna, — ele disse no microfone, — você pode bloquear isso? — Era quase impossível falar. A voz de Brenna saiu truncada, e ele foi mudar para um


canal melhor... quando ele percebeu que era sua audição que tinha ido, sangue escorrendo dos lados do rosto dele dos tímpanos violentamente rompidos. Incapaz de descobrir o que ela estava dizendo, ele examinou a zona de combate. Um grande número de seu povo tinha caído, as mãos sobre os ouvidos. Outros permaneceram em pé, mas estava claro que o equilíbrio fora atingido. Os únicos não afetados eram os membros humanos da matilha. Na frente dele, Kieran afastou um membro da matilha da linha de fogo e assumiu contra um atacante num combate corpo-a-corpo, enquanto um mais uma vez machucado Sam, o ombro

carregando

um

curativo

da

batalha,

arrastava

SnowDancer após SnowDancer caído para a segurança. Mas não havia muitos companheiros de matilha humanos. Não o suficiente. Os

homens

de

Henry

não

estavam

sequer

se

incomodando em atirar mais. Em vez disso, eles iam andando até os lobos atordoados e sangrando, e esmagando-os por trás de suas cabeças. Prisioneiros, Hawke pensou enquanto ele abatia tantos inimigos quanto podia, Scott queria prisioneiros. Para torturar? Para experimentos? Isso não importava. Nenhum SnowDancer jamais iria sofrer como o pai de Hawke tinha sofrido. Ele continuou a disparar, cobrindo aqueles soldados

arrastando

os

inconscientes

ou

machucados

companheiros de matilha. Mas, mesmo com a força de um


alfa, ele não era mais tão rápido ou tão eficaz. Seu povo continuou a cair sob estalos brutais dos ossos. Eles tinham uma última arma. Seu lobo a tinha cheirado nas correntes de ar, o outono e especiarias dela tão vívido para ele como o sangue que saturava o ar. O único problema era que ele não queria usá-la dessa maneira.

SIENNA cravou as unhas nas folhas do pinheiro – e espalhou-as na terra. Eles estavam caindo sobre os joelhos um a um, seus amigos, sua família, Hawke. Energia percorreu o corpo dela, um enorme acúmulo de fogo-Xfire que precisaria ser aterrado logo - ou usado em combate, como ele foi concebido para ser utilizado. — Hawke, eu estou aqui, — ela sussurrou, sem saber se intervinha ou aguardava o sinal, conforme o combinado. Se ela entrasse no conflito na hora errada, ela poderia estragar tudo. De repente, com medo de que não haveria nenhum sinal porque Hawke estava morto, ela estendeu seus sentidos telepáticos em uma busca desesperada. A mente dela recuou da de outro telepata poderoso, mas Henry Scott a tinha sentido. Ela viu os olhos dele piscarem abertos conforme ele procurava a mente desconhecida.


— Por favor, — ela sussurrou quando os atacantes começaram a bater as armas nos crânios dos SnowDancer. — Use-me. — Deixe-me fazer isso. A respiração dela era uma navalha no peito quando um uivo - quebrado, a cadência toda errada, levantou-se no ar. Não soava como deveria ter, mas ela entendeu. Era hora. Abandonando qualquer tentativa de sigilo, ela saiu para o campo de batalha envolto na noite, banhada no brilho vermelho e dourado do fogo frio. O inimigo poderia estar no Silêncio, mas eles empalideceram ao vê-la. Um instante depois, eles começaram a atirar. Ela teria assumido uma ação evasiva... exceto que as chamas ao redor dela repelia tudo, derretendo as balas ao chão como nada, refletindo os lasers de volta aos atiradores. Foi então que ela percebeu que Judd não poderia ter agido como um backup. Nenhuma bala a teria atingido. Essa não foi a parte mais assustadora, o link dela com a LaurenNet foi protegido pelo fogo frio que mesmo Sienna não seria capaz de romper, a medida defensiva final de uma mente marcial. Mas isso não era um problema. Ela sabia o que fazer agora, e ela iria fazê-lo depois que a batalha terminasse e sua matilha estivesse a salvo. Zangada e enojada com a visão dos SnowDancers


quebrados e feridos ao seu redor, Sienna estendeu os braços, as palmas voltadas para o céu. E o fogo com gelo, um núcleo frio tocou o inimigo, e eles não estavam mais lá. Ela apontou a mais poderosa onda para Henry Scott, sabendo que ele tentaria alcançar seus homens para que o teletransportassem para fora. O bastardo gritou alto e estridente antes de desaparecer. Ela não sabia se ele estava morto, mas ela sabia que a força de ataque deveria ter recuado diante da visão dela. No entanto, as balas continuaram a voar, agora dirigidas aos changelings caídos. Não. Algo ártico, escuro e mortal levantou dentro dela quando o fogo-X emergiu em uma linha reta em ambos os lados do seu corpo, cortando o inimigo no caminho pela metade e cauterizando as feridas enormes com tal perfeição, que parecia que os homens tinham caído em duas partes puras. O resto deles estava preso além da parede de fogo voraz, mas eles continuaram a atirar. E então a mente dela, uma grande, vasta, infinita coisa que via e ouvia cada suspiro, cada batimento cardíaco, pegou o sussurro de mais deles descendo através das montanhas. Eles tinham deslizado pelas defesas quando a arma sônica acertou os changelings, bem como os lobos ferozes, e agora eles cogitavam flanqueá-los por trás.


— Traidora! — A palavra veio das gargantas das pessoas na frente dela e ela reconheceu-os, então. PurePsy. Fanáticos. Eles não recuariam. Muito bem. A coisa escura e fria dentro dela empurrou de lado todo o resto... E as chamas começaram a se alimentar. Gritos encheram o ar, encheram a consciência dela, encheram o céu. O monstro dentro dela, ela pensou com uma pequena parte da infinita imensidão que era sua mente, tinha tomado o controle. O problema era... os Psy não eram os únicos alvos nos arredores.

HAWKE puxou seus feridos para fora do alcance dos agentes PurePsy que tinham sido presos no seu lado da divisão quando Sienna criou aquela parede semelhante a uma lâmina de fogo-X. Ficou claro que o inimigo não se renderia, mas presos como estavam, ele ofereceu-lhes uma chance final. A resposta foi uma saraivada de balas, então ele deu a ordem. Quando isso foi feito, ele verificou seu povo. A maioria estava olhando em estado de choque para Sienna enquanto ela brilhava em uma tempestade de vermelho e ouro, com os


cabelos voando em uma brisa terrível, seus olhos cavernas de pura e bruta força. No início, o muro de fogo frio havia tocado somente o inimigo, mas agora mudava de forma, tornando-se uma onda que se agitava para fora em ambas as direções, cada vez mais perto dos SnowDancers feridos e sangrando. Ignorando a dor dos tímpanos destruídos apenas começando a curar graças à sua força como alpha, ele gritou, — Sienna! — conforme ele correu para ela, mesmo sabendo que ela não podia ouvi-lo dentro do inferno que a consumia, até que derramava dos olhos dela, da boca, de cada poro e cada célula. A queimadura fria bateu nele um metro da borda rapidamente rastejando. Ele sabia que ela tinha dito a ele para não fazer isso, que o fogo-X poderia matá-lo da mesma forma que qualquer outra pessoa, se ela não estivesse no controle de sua consciência. Mas ele tinha que pará-la, tinha que salvá-la. Se ela tirasse a vida de um único SnowDancer e sobrevivesse para testemunhar o que ela tinha feito, a quebraria. — Baby, é melhor você estar aí! — Correndo de volta, ele pegou distância e pulou através das chamas, esperando fritar. Em vez disso, ele bateu no corpo dela, os braços indo ao redor dela, mas ela não caiu - como se o fogo frio a tivesse enraizado na terra.


Os olhos dela, aqueles olhos cheios de vermelho e dourado, tão impressionante, tão letal, pareceram vê-lo por um segundo, e ele tinha quase certeza de que ele ouviu, Perdoe-me, profundamente dentro de sua cabeça antes de algo escuro e interminável agarrasse a mente dele, perfurando com tal força selvagem que o trouxe de joelhos. Empurrando de lado a dor latejante conforme o choque do impacto vibrava através de seu corpo, ele levantou a cabeça e olhou para fora através da parede de fogo-X, vendo as chamas lamber para fora, sobre o seu povo, a uma velocidade da qual nem mesmo um lobo poderia fugir. Não. Espalhou-se, uma onda crepitante de cor selvagem sobre os feridos, sobre aqueles que estavam de guarda, ao longo dos sentinelas e para a floresta, passando sem parar em todas as direções até que o seu povo foi consumido por ele. Até que eles queimaram nisso, tão rápido e duro que não houve gritos. Apenas um terrível e infindável silêncio. — Não, Sienna, não, — ele disse, levantando-se para segurá-la com ele em uma tentativa fútil de chegar até a mulher por trás da vasta escuridão de poder voraz. Ela tinha vindo para salvá-los, mas o que estava dentro dela tinha quebrado em liberdade e agora, ela matava a matilha que ela queria proteger. Seu lobo sabia o que ele tinha que fazer, mas


ele não conseguia quebrar o pescoço dela, não podia matá-la. Que Deus o ajudasse, ele não podia, nem mesmo para salvar os SnowDancer. Um minuto, uma eternidade depois, o fogo se apagou, e Sienna caiu em seus braços. — Sienna. — Ele ficou chocado por como ela estava muito leve, muito frágil. — Não se atreva a me deixar. Quando ele levantou a cabeça, olhou primeiro para o lado dos PurePsy, incapaz de suportar o que ele vislumbraria do outro. Tudo - o inimigo, as árvores, a grama, as rochas – tinha ido, manchas de cinza quase invisível até com sua visão noturna. Dor agonizante em seu coração, ele se virou. E viu. — Oh, amor, eu entendo. — Tão inteligente, sua Sienna, consciente de que o lobo dele reconheceria todos e cada um de seu povo, os lobos selvagens incluídos. — Não há necessidade de perdão, você me ouve? Os olhos dela se abriram por um instante, e eles não eram

o

céu-noturno

de

um

cardeal.

Eles

eram

um

surpreendente, incrível ouro intocado pelo vermelho. — Uma centena de anos, — ela sussurrou. — Isso teria sido bom, você não acha? — Isso ainda não acabou. — A ligação da LaurenNet permanece protegida, — ela


disse, e ele teve a impressão de que ela estava falando consigo mesma. — Estranho. Mas não importa. — Ouro derretendo no azul dos olhos dela, ela empurrou-o com força sem aviso prévio, terminando esparramada sobre a terra. — Eu te amo. — Chama azul lambeu aquele emaranhado selvagem de vermelho rubi, o cheiro de cabelo queimado forte e picante. Ambos, homem e lobo, percebendo o que ela pretendia fazer, disseram, FODIDAMENTE NÃO! Usando a porta que ela tinha aberto quando ela furou a mente dele, o lobo empurrou a selvagem energia changeling dentro dela, curvando as costas dela, estalando os olhos dela abertos novamente, e desligando aquela chama azul letal. — O que você fez? — Uma pergunta cheia de horror conforme a pressão violenta do vínculo do acasalamento trouxe-o de joelhos ao lado dela.

NO meio de uma rua de San Francisco sob o cerco de duas unidades PurePsy, Judd agarrou sua cabeça. — Não, — ele sussurrou, e então não havia mais nenhum pensamento.


HÁ HORAS de distância, em uma zona segura e protegida no meio de uma serra diferente, a mente de Walker Lauren ficou em branco quando algo colidiu com ele com tanta força, que ele nem sequer teve a chance de alertar os outros guardiões. As crianç Há metros de distância, Toby estava caído sobre uma mesa, enquanto Marlee caiu de sua cadeira para o chão.

NA Toca, o centro de comando foi lançado em caos quando Brenna caiu onde ela estava. — Judd! — Mariska gritou, batendo de joelhos ao lado do corpo inerte de Brenna. — Descubra se alguma coisa aconteceu com Judd!

HAWKE permitiu que Lara o curasse primeiro depois que tudo tinha acabado, porque sem ele, ela entraria em colapso sob o peso dos feridos. — Onde está Sienna? — ela perguntou-lhe depois que terminou de curar o dano restante dos tímpanos dele. O lobo dele odiava a resposta que ele tinha para dar, a


escolha que teve que fazer. — Eu pedi a Drew para levá-la até o lago nas montanhas. Ela está inconsciente. — Ele não sabia o que os outros pares acasalados viram através do vínculo, mas ele viu a ondulação vermelha e ouro, o vínculo deles tão cru e novo que era um sofrimento doloroso. Agora mesmo, o fogo-X era uma piscina tranquila, a batalha tendo drenado Sienna em um nível muito profundo. Mas ele iria crescer de novo, mais frio, mais forte, mais voraz. Quando crescesse, o vínculo daria a ele aviso suficiente de forma que ele seria capaz de levar sua companheira para a profundidade do lago, longe, muito abaixo da superfície. Onde ele a seguraria quando o fogo frio consumisse os dois, a fúria destrutiva abafada pela água. As paredes de pedra da Toca, muito mais espessas e mais fortes do que as rochas que Sienna tinha neutralizado, e reforçadas com placas de titânio em vários lugares, protegeria a matilha se a água e a distância não fossem suficientes. — Walker e as crianças? — Os olhos de Lara estavam assombrados quando encontraram os dele. Ele acariciou o cabelo dela num conforto sem palavras. — No mesmo estado de Brenna e Judd. Você quer todo mundo movido para cá? — Judd tinha sido levado para o abrigo na cidade, enquanto os outros permaneceram na zona de segurança.


— Não. — Ela começou a curar um soldado do sexo feminino cujo cérebro estava inchando dentro do crânio. — É provavelmente melhor se nós não os movermos, desde que não temos ideia do porque eles entraram em colapso. — Os gatos vão chegar para ajudar uma vez que cuidarem de seus próprios feridos. — DarkRiver tinha sofrido muito menos dano, cuidaria da cidade e do perímetro contra ataques oportunistas até que SnowDancer estivesse funcional novamente. — Tome tudo o que precisar de mim, — ele disse, seu lobo dividido entre o seu dever para com a matilha e sua necessidade de estar com Sienna. A única coisa que o acalmava, que lhe permitia manter o foco na canalização de energia da matilha para Lara, era que Sienna não estava sozinha. Todo mundo na zona de combate tinha visto o que ela tinha feito. Todos entendiam o preço que ela pagaria. Ninguém iria deixá-la sozinha no escuro. Foi mais de cinco horas depois quando Judd cambaleou até a enfermaria, apoiado por Clay e Vaughn. Desde que Lara, exausta, precisava de uma pausa de qualquer maneira, Hawke a sentou com uma ordem para não se mover, antes de se virar para Judd conforme o outro homem colocou-se contra uma cama. — Brenna? — O tenente perguntou, a voz crua. — A minha família? — Inconsciente, mas por outro lado, bem. — Hawke


empurrou-o em uma cadeira, quando o ex-Arrow ameaçou tombar. — O que diabos aconteceu com todos vocês? Será que Henry... Mas Judd estava balançando a cabeça. — Você. Hawke franziu a testa, e olhou para Vaughn. — Ele bateu a cabeça quando caiu? — O vínculo do acasalamento, — Judd murmurou. — Desestabilizou a balança... — Foi a última coisa que ele disse antes de cair. Clay o pegou antes que ele tivesse caído da cadeira, e junto com Vaughn colocou-o em uma cama no mesmo quarto de Brenna. — A onda de choque sonora foi ouvida por toda a cidade, — Vaughn disse a ele depois disso, — mas não foi forte o suficiente para incapacitar. — Nós temos pessoas suficientes para nos cobrir no caso de eles voltarem? — Ele sabia que Riley tinha contatado os gatos, mas ele não tinha tido a chance de falar com o tenente. Um aceno. — Os falcões de Windhaven estão varrendo toda a área agora, foi uma boa ideia mantê-los na reserva. Ratos têm os sistemas de inteligência da cidade cobertos. Antes que Hawke pudesse pedir qualquer coisa mais,


Vaughn fechou a mão sobre seu ombro. — Cuide bem do seu povo, Hawke. Nós vamos lidar com isso. Confiança, Hawke pensou , vem de muitas formas. Um bebê nos braços dele. Uma onda de fogo mortal lambendo seu povo. Um leopardo guardando o portão. — Vá.

A primeira coisa que Judd fez quando conseguiu furar o véu da consciência ao amanhecer foi verificar se sua companheira e familiares estavam bem. A segunda foi encontrar a cama de Alice Eldridge, que havia sido empurrada para um canto sossegado da enfermaria agitada. Ela estava tão silenciosa e sem vida como sempre, seus segredos trancados dentro de sua mente. Judd tinha uma consciência. Ele também sabia que ele poderia ter sido tentado a rasgar a mente de Alice para uma busca por respostas se isso salvasse Sienna, mas quem quer que tenha apanhado Alice, tinha feito alguma coisa com ela. A mente dela estava costurada tão apertada que estava mais bem protegida do que a maioria dos Psy, o problema era os escudos de Alice tinham sido bloqueados no lugar. A única maneira de penetrá-los sem uma específica ‘chave’ telepática, agora perdida no tempo, seria matá-la.


Exausto, com a cabeça entre as mãos conforme ele apoiou os cotovelos na cama dela, ele quase perdeu o bip do monitor em cima da cama. Em seguida, ele soou novamente. Empurrando em uma posição vertical, ele procurou por Lara, e viu Hawke levando a curandeira para o escritório onde ela tinha um sofá. Do jeito protetor que o alpha a segurava, parecia que ela tinha perdido a consciência, nenhuma surpresa dado o número de lesões que os SnowDancer tinham sofrido. — Alice, — ele sussurrou, virando-se para apertar sua mão em torno da fina mão da mulher enquanto mantinha um olho na leitura eletrônica acima da cabeça dela. Os olhos dela se abriram. Tão profundo e intenso era o marrom de suas íris que era difícil distinguir a pupila da íris, mesmo quando ela se concentrou no rosto de Judd. Seus lábios se separaram, como se ela tivesse falado, mas a garganta não emitiu nenhum som. Apertando a mão dela, ele estendeu a mão para pegar alguns pedaços de gelo de um carrinho de enfermagem para molhar a garganta dela. — Arrow, — ela disse em um sussurro rouco, mas não havia medo dentro dela, só desafio. — Reformado. — Talvez ele devesse ter esperado, mas ele tinha que obter as informações enquanto ela estava consciente e lúcida. — Precisamos saber se você descobriu


qualquer coisa sobre X-Psy que ajudaria a salvar uma que está prestes a ficar numa situação crítica. Confusão. — X? — Fogo frio, — ele disse. — Fogo X. Lembre-se. Nem mesmo um lampejo de reconhecimento e ele soube que o Fantasma tinha razão. Alice tinha pedido para suas próprias memórias serem apagada. Tinha que ser a razão pela qual ela acabou em suspensão criogênica ao invés de assassinada, seus sequestradores precisando de tempo para descobrir como recuperar os dados. No entanto, ele se recusava a desistir - ela tinha estado em paralisia durante muito tempo. Não havia como saber de que forma isso tinha afetado a mente dela. — Aqueles que queimam, — ele disse, usando cada palavra chave que ele poderia pensar. — Fogo. Chama. Sinergia. Um instante de aguda clareza. — Encontre a válvula.


Capítulo 52 Hawke sentiu todos na enfermaria e cedeu em alívio quando chegou o primeiro dos curandeiros dos outros setores. Eles pediram para vir antes do conflito, mas SnowDancer não podia correr o risco de colocar todos os seus curandeiros tão perto do perigo. Mas agora eles eram necessários e nada poderia mantê-los longe. Custou-lhe, mas ele não saiu até que os curandeiros declararam que os feridos foram estabilizados o suficiente para que pudesse fazer uma pausa. Ele foi direto para a mulher que era o coração dele. A tenda que Drew armou sobre o corpo inconsciente de Sienna estava vazia, seus companheiros de clã saíram quando eles sentiram a sua aproximação.


Era como se ela estivesse esperando por ele. — Não. — Foi um sussurro tão quieto que mesmo a maioria dos changelings não teria ouvido. Mas Sienna era de Hawke, sempre tinha sido sua quer ela soubesse ou não, quer ele aceitasse ou não. — Sim, — ele murmurou, mergulhando o dedo em uma garrafa de água e esfregando-o sobre os lábios dela. — Sim. Um aceno de sua cabeça, mas seus lábios se separaram em busca de mais. Ele gotejou um pouco em sua boca, fazendo sons baixos e profundos de encorajamento em sua garganta. — Venha agora. Abra esses olhos bonitos para mim. — Escuridão. Ele não sabia o que ela queria dizer com aquilo, mas impulsionado por seu lobo, ele se inclinou para beliscar em seu lábio inferior. — Hawke, — disse ele. — Essa é a palavra que você precisa dizer. Linhas se formaram entre as sobrancelhas dela. — Hawke, — ele repetiu, apertando seu quadril. — Hawke. — Hawke. — Foi um murmúrio sonolento enquanto seus olhos se abriram. Aquele olhar cardeal exibiu uma explosão selvagem de felicidade não adulterada por um deslumbrante instante antes de ser apagado por horror chocado quando ela rapidamente ficou em uma posição sentada. — O que você fez? — Uma porta mental se fechou com tanta força que dispararam alfinetadas de luz por trás de


suas pálpebras. Rosnando, ele segurou seu queixo, — Não se atreva a tentar me bloquear. — Seu lobo começou a bater na parede que ele não podia ver, mas podia sentir amarrados como estavam pelo vínculo de acasalamento, um vínculo que nunca permitiria esse tipo de distância. A barreira quebrou em uma avalanche de emoções, enredando-os até que ele podia sentir ela em cada parte dele. Tomando uma respiração trêmula, ele apertou a cabeça dela entre as mãos e disse: — Tente isso de novo e eu vou punir você. Seus olhos se estreitaram. — Não fale comigo desse jeito. A risada veio de algum lugar profundamente dentro dele. — Bom dia para você também, raio de sol. Em seguida, ele a beijou. E continuou a beijá-la até que ela mordeu o lábio inferior dele. — O que foi? — Ele rosnou. — Ar. O suspiro lhe deu o ímpeto para controlar a si mesmo. — Judd disse que sua família está bem. — Hawke não perguntou por muito mais, especialmente quando o ex-Arrow disse-lhe o que Alice Eldridge falou antes de cair de volta para o mesmo estado de coma em que ela esteve desde que entrou na toca. Lembrando-se da sensação dolorosa que tinha rasgado por ela antes dela perder a consciência, Sienna fechou os


olhos e entrou no que deveria ter sido a LaurenNet. — Não era. Ela piscou, sacudiu a cabeça. — Sienna. — Lábios em sua mandíbula. Ela enfiou a mão em seu cabelo. — Pare de me distrair. — No entanto, ela virou o rosto na direção dele, tomando um pouco mais apesar do nó de medo em sua garganta e dando também. Ele era changeling o toque era essencial para a sua felicidade. — A LaurenNet se foi. A cabeça dele se levantou. — O que? — Shh. — Ela tocou com dedos psíquicos à brilhante elo azul que conectava ela ao Hawke — Oh, Deus, — mas tentador como era se concentrar na beleza e terror disso, ela continuou, espalhando seus sentidos psíquicos. Ela encontrou Judd primeiro, ligado como ele estava a Hawke. Ligado a ele estava uma mente que Sienna estava acostumada a ver na LaurenNet, embora não fosse Psy, Brenna. Judd, também estava ligado de uma maneira inteiramente diferente a outra mente que ela reconheceu: Walker. Ela mesma também estava conectada à Judd e Walker e os três tinham ligações diretas para Toby e Marlee. No entanto, essas não eram as únicas mentes nesta rede. Nove outras mentes, fortes e selvagens de uma forma que ela não podia explicar, estavam ligadas ao ponto central que era Hawke, os raios de uma roda. Uma décima mente era


mantida mais perto de uma forma mais protetora. Todos eram fortificados por escudos naturais então seria preciso uma força selvagem para penetrar, uma punhalada de dor, de memória e nem um único era Psy. Uma série de outras mentes conectadas externamente através dos raios. — Eu posso ver Lara, ver os seus tenentes, — ela sussurrou, impressionada por como confusa esta rede era, tantas mentes interligadas e cruzando conexões. — Indigo... Eu a conheço. Ela é faíscas, força e vida. E Drew, ligado a ela tão fortemente profundo. — Seu coração sorriu. — Esta deve ser a companheira de Cooper. — Mesmo aqui, ele era protetor sua mente perto da dele. — Riley. Eu o conheço também. — Ele era a calma no meio da tempestade, a rocha sobre a qual cada um deles dependia. — Estranho, — Ela sussurrou, vendo como o mais poderoso vínculo de Riley desaparecia para lugar nenhum. — Mercy. Fortes, dedos ligeiramente ásperos em sua mandíbula. — Todo mundo está seguro? — Sim. — Ela tocou dedos psíquicos no vínculo de Lara. Ele não era como os outros e ela soube em um nível intuitivo que o vínculo entre o alfa e curador tinha seu próprio conjunto de regras, assim como as ligações entre os tenentes e os curandeiros. Tão complexo. Tão glorioso. — Sienna. Abrindo os olhos, ela encontrou os olhos de um lobo. A


LaurenNet ela pensou, tinha segurado Judd mesmo após o vínculo de sangue com Hawke, porque a neo-senciência dentro da rede familiar sabia que eles não poderiam sobreviver sem ele. Mas o que Hawke fez no campo de batalha pendeu a balança e amarrados como estavam uns com os outros na família, Judd e Sienna carregaram todos para a web SnowDancer. — Bom. — Ele beijou-a com força. — Agora me explique o que diabos você estava pensando que estava fazendo se transformando em uma tocha humana! Indignada com a acusação, ela quase esqueceu o que ela queria dizer. Quase. — Você seu idiota! — Ela empurrou seus ombros e não conseguiu movê-lo nem um centímetro. — Era seguro! Eu estava quebrada, as chamas teriam me consumido sozinha. — Ela soube após o Fogo-X deslizar seu agarre, frio, tão frio dentro dela que foi a única maneira de garantir que ela nunca causaria esse tipo de carnificina novamente. — Por que você me parou? — Eu peguei o que era meu. — O que eu fiz, — absoluto e implacável terror, — Pode ter me apagado por um curto período, mas eu não estou estável, Hawke. — Você queria que eu te visse queimar? Foda-se! — O lobo olhou para ela, arrogante, insultado e furioso. Mas ela não estava prestes a desistir. — Sim! Você deveria ter me deixado desativar a arma.


Isso era o que ela era, como ela deveria ser tratada. — Corte, — ela ordenou. — Corte o vínculo de acasalamento. Ela já tinha tentado fazer isso e descobriu que não podia, pois não era uma construção Psy, então não seguia nenhuma regra de poder psíquico que ela conhecia. — Corte isso! — Eu sou um changeling, baby. — A declaração rosnada. — Eu não poderia cortá-lo mesmo se eu quisesse. — Eu vou fazer, — ela disse, tremendo de pânico. — Deve haver uma maneira. Eu vou ter que entrar em sua mente e... Seu rosto de repente estava junto ao dela. — Tente. Vacilando, ela estava fazendo exatamente isso, porque não iria machucá-lo, machucar nenhum deles... e descobriu que ela não podia. Ele estava dentro dela, seu companheiro, essa impossível e bela palavra e a ideia de violar ele era um anátema. — Sinto muito. — Seus ombros caíram. — Pelo o que eu fiz antes. Inchada com o poder, ela tinha rasgado através dos escudos dele para dentro de sua mente naquele campo de batalha, em uma tentativa final e fracassada de salvar seus companheiros de matilha, mesmo enquanto ela incinerou o inimigo. O lobo de Hawke conhecia todos e cada um de seu povo, cada centímetro de sua terra, cada um dos lobos selvagens, ela pensou em mantê-los seguros, mostrando o fogo frio que não podia ser tocado. — Quantos...


— Você não feriu ninguém do bando. — Um tom implacável que a obrigou a escutar. — Nem um único fio de cabelo

chamuscado

além

do

seu

próprio,

você

sua

extraordinária, louca, mulher bonita. Seu lábio inferior tremeu e então ela se viu sendo puxada para frente em um abraço esmagador, seu rosto enterrado no pescoço dele, seus braços agarrando-se a ele. — Eu estava tão assustada, — ela sussurrou, porque podia admitir isso para ele, para o lobo dela que viu até a alma dela. — Todos estão seguros? Uma pausa. — Nós temos vários feridos. Lara entrou em colapso mais cedo, ela vai estar de pé em pouco tempo e começar de novo. Os curadores dos outros setores começaram a chegar. Ela lembrou o repugnante triturar de ossos quando os homens de Henry batiam as armas na parte de trás dos crânios. — Será o suficiente? — Não. — A dura verdade de um alfa. — Mas nós não vamos desistir enquanto eles estiverem aguentando. — Há... — Ela engoliu o enorme nó em sua garganta. — Meus amigos? Seus braços apertaram ao redor dela. Tai está crítico. Assim como Maria. Não, não. O coração de Evie vai quebrar. E Lake. Lake, forte e capaz. Ele amava Maria com uma ternura que parecia gentil mesmo com seu espírito imprudente.


— Sem rendição. — Implacável. Inexorável. — Nunca podemos nos render. — Sem rendição, — ela repetiu, em seguida tomou um longo e trêmulo fôlego. — A palavra válvula tem algum significado específico para você no plano psíquico? — ele perguntou e quando ela balançou a cabeça, ele disse a ela o que Alice Eldridge havia dito. Um som de pura raiva escapou de sua boca e então ela estava batendo seu punho sobre o peito dele. Ele a deixou expulsar a raiva amarga, segurando-a quando ela estava ofegante contra ele. —

Eu

quase

desejo

que

nós

nunca

tivéssemos

encontrado ela, — ela disse, seu peito subindo e descendo enquanto ela tentava sugar o ar. — Eu disse a mim mesma para não ter esperanças, mas eu tive. — Uma pequena parte secreta dela estava convencida de que a cientista iria acordar com as respostas bem a tempo de salvá-la. Outros homens poderiam ter dado a ela palavras bonitas de conforto, mentiras que não significavam nada, mas Hawke, ele falou com a mente marcial dela, falando sobre a batalha. — Nós não estávamos preparados para essa arma sônica. — Seu tom disse a ela que isso não iria acontecer novamente. — Mas por causa de você, nós mantivemos as montanhas. — A cidade? — ela perguntou com a voz rouca.


— Os Leopardos a mantiveram. Um pouco de dano estrutural, mas com danos limitados graças aos ratos, Judd e o pessoal de Anthony e Nikita. Os agentes PurePsy que sobreviveram colocaram o rabo entre as pernas e fugiram. — Ele passou a mão pelos cabelos dela, longo e lento e de novo. — Eu posso sentir o fogo frio através do nosso vínculo. — Sim. — A batalha só a tinha limpado por um tempo. Não tinha feito nada para mudar a verdade fundamental sobre a amplificação de poder. — Está somente cinquenta por cento. — E era glacial até que congelasse seus ossos. Sentia-se mais forte. Escuro. Mais cruel. Medo enrolou em torno de sua garganta, apertado como um laço. — Podemos ir mais longe da toca? Hawke não a questionou, simplesmente disse: — Eu conheço um bom lugar. Eles tinham acabado de sair da tenda, quando o poder dentro dela surgiu com uma raiva violenta. Seus joelhos travando, então cedendo. Ela teria caído para a grama se Hawke não tivesse apertado as mãos em seus braços, enquanto o Fogo-X ameaçou impelir para fora de sua própria pele. —

Não.

Mesmo

a

esta

distância

dentro

das

montanhas, a toca estava muito perto. Seus amigos, sua família, seu bando estava muito perto. — Hawke, eu não posso segurar. — O pânico pulsou em sua garganta. — Se eu me quebrar, o fogo vai consumir todos na vizinhança. — Seu


poder havia crescido ainda mais vasto, ainda mais voraz e iria se mover por quilômetros em todas as direções. Pedra, aço, nada iria parar seu pulsar voraz. Então ela viu o escaldante amarelo e vermelho em chamas começarem a se dividir e se separar em rios cristalinos dentro de sua mente, em preparação para uma fusão final catastrófica. — Eu estou prestes a entrar em sinergia! — Transformando-a em uma bomba humana de incalculável poder destrutivo, uma bomba que iria destruir qualquer traço dos dois bandos chamados SnowDancer e DarkRiver, de uma cidade chamada San Francisco, de uma cordilheira

chamada

Sierra

Nevada...

e

continuaria

destruindo. Se você alguma vez você se tornar uma supernova, a voz ártica de Ming, o continente no qual você estiver poderá deixar de existir. Ming estava errado, ela percebeu naquele momento em que o seu poder era tão puro, tão claro. Não havia nenhum poderá sobre isso. Uma

quente

mão

masculina

segurando

a

sua,

arrancando-a do horrível entendimento sobre o que ela era. — O lago, — seu lobo disse. Ela correu ao lado dele. — Pode diminuir o impacto. — Parte dela sabia que não seria suficiente, mesmo a parte mais profunda do lago não poderia conter a onda de seu poder, mas ela tinha que acreditar. Então, ela sentiu uma inesperada


queimadura psíquica dentro dela, ela viu que o fogo frio estava corroendo seus escudos na Net, logo se derramaria na rede SnowDancer em uma violenta tempestade. Seu poder nunca antes havia tentado penetrar em uma rede psíquica, mas ela nunca esteve tão perto da sinergia. O medo era como facas de gelo cravadas em seu coração quando eles atingiram a água. — Hawke! O fogo-X está se espalhando no plano psíquico. Eu não posso cortar minhas conexões mentais, mas pode... Olhos azuis de lobo encontraram seus olhos. — Não se atreva a me pedir para te machucar. Você malditamente não se atreva. A dor rasgou-a em duas, o mundo já tingido em vermelho e ouro e ela percebeu que seus olhos estavam se afogando em fogo-X. Uma única lágrima escorregou por sua bochecha quando a água gelada atingiu suas coxas. — Eu vou queimar a sua mente. Ele continuou a nadar mais para dentro do lago, puxando-a junto. — Os outros? A água atingiu seus seios, ensopando seu peito, seus ossos. — A web, — ela chutou as pernas na tentativa de ajudá-lo — vai entrar em colapso sem você. — Ele era o centro, a chave. Se sua família tivesse feito parte dele por mais tempo, eles poderiam ter construído conexões à prova de falhas, mas como foi, a web era uma construção totalmente changeling, criada por laços de sangue... O sangue de Hawke.


— Os membros changelings não sofreram qualquer efeito negativo. — Walker e Judd, — ela engasgou após o frio que a consumia — serão capazes de arrastar as crianças para uma LaurenNet menor. — Ela enviou a Judd um aviso. O doce Toby e a inteligente e engraçada Marlee permaneciam inconscientes, uma pequena bênção. — Quando você morrer... — as palavras não saíam e não tinha nada a ver com o fato de que seu corpo estava na parte mais fria e profunda do lago. — Quando você morrer, — ela se forçou a dizer, — o choque psíquico vai me tirar da web, independentemente dos links com minha família. — Ele se tornará sua âncora em todos os sentidos e perdê-lo iria destruí-la, encerrando sua vida e a ameaça de sinergia. — Nós devemos mergulhar apenas por segurança. — mas uma vez separada da web eu não vou ser mais um perigo. Seu lobo segurou o seu rosto, nada além de uma selvagem devoção em seu toque, em sua voz. — Então, o que há para se ter medo? Quebrou o seu coração, saber que ele era dela. — Eu te amo. Sinto muito. Uma carícia através do vínculo de acasalamento, um beijo selvagem em que ela soube ser seu lobo antes dele dizer: — Para Sempre — e mergulhou com ela em seus braços, a água se fechamento sobre suas cabeças em um lençol azul cintilante.


Frio. Tão, tão frio. Foi a última coisa da qual ela teve consciência física antes do vermelho e dourado colidirem para criar um inferno que derramou sobre e através de seus escudos com uma força cruel que ela nunca poderia esperar conseguir controlar. Hawke! Foi um grito telepático enquanto a chama queimou através do vínculo de acasalamento, transformando-o em uma fita incandescente. Seus braços apertados ao redor dela, trazendo-a de volta ao mundo por um instante antes dela ser puxada para o plano psíquico outra vez. Ela assistiu com horror quando a voraz tempestade de seu poder cresceu em Hawke. Em vez de queimar sua mente, ele foi envolto por isso... e continuou a se espalhar sobre os vínculos que ligavam ele a seus tenentes, seus companheiros, seus curandeiros. Isso queria todos eles. Não! Não!


Capítulo 53 O fogo também correu ao longo dos vínculos familiares. Primeiro atingiu ao Judd. Em seguida, atingiu ao Walker. E foi contido. Ela sabia que ambos os homens tinham voltado à consciência e estavam aguentando até o limite de suas forças para salvar as crianças, bem como Brenna, mas


ela também sabia que eles iriam falhar. O poder continuou a derramar para fora dela, onda após onda mortal. Por um resplandecente instante, a teia SnowDancer foi a coisa mais linda que ela já viu, uma teia de ouro brilhante e vermelho, iluminado com energia puramente crua. Não falava de morte, mas sobre vida. Mas, é claro que isto era uma mentira. Quando as mentes dos tenentes de Hawke brilharam em

um

vermelho

terrível,

Walker

e

Judd

finalmente

quebraram. Walker soube no momento em que a força de Sienna o sobrecarregou que ele iria quebrar. Usando sua telepatia, ele mandou ambas as crianças sonolentas de volta para a inconsciência. Eles não sentiriam qualquer dor, não teriam qualquer consciência de ir para o adeus final. Lara. Um único pensamento doloroso antes de não haver mais tempo. A energia brutal de uma X empurrou em sua mente. Por um instante, era uma coisa sobre beleza, um poder tão puro que ele ficou chocado por isso. Se ao menos houvesse uma maneira de aproveitar isso. Em seguida, colidiu com os seus últimos escudos telepáticos, queimando-os até as cinzas quando a onda quebrou. Ele teve um momento para vislumbrar a teia e pensou que o poder estava apontando para ele, como se ele fosse algum tipo de atrativo. A chama, tão fria, tão violenta, empurrou em seu núcleo psíquico um segundo depois.


A morte nunca se sentiu tão emocionante. No mundo físico, ele caiu de joelhos, sua visão brilhando amarelo e vermelho-sangue, mas no plano psíquico, seu alcance telepático foi ampliado mil vezes em um brilhante momento e ele teve tempo para ser grato por não ter nascido dessa forma, um homem não foi feito para conhecer os segredos do mundo. Ele esperou para morrer, para sentir a fria queimadura do toque de um X, mas o poder continuava a derramar através dele. Rangendo os dentes contra o impacto disto, ele estendeu uma mão telepática para tocar as crianças, os encontrou inconscientes, mas ilesas. Foi então que ele concentrou sua atenção psíquica além da avalanche de poder. E viu algo tão incrível, que teria lhe deixado de joelhos, se ele já não estivesse sobre eles. O estranho movimento em torção no centro de sua estrela mental, não tinha nada a ver com as crianças, nem nada a ver com telepatia. Isso brilhou como diamantes enquanto girava em uma velocidade fenomenal, agindo como um filtro para a energia de Sienna. O potencial de destruição estava preso, erradicado, o resto era devolvido à rede. Os fios interligados da teia continuaram a brilhar, mas a cada segundo o vermelho vicioso estava desvanecendo para um ouro cintilante... até que, finalmente, não havia mais energia crua. A mente de Walker apagou.


Levou dois dias para que todos estivessem funcionais o suficiente para ter uma discussão racional. Eles se reuniram na principal sala de conferências, os tenentes de todo o estado estavam presentes via link. A companheira de Cooper estava ao seu lado, enquanto os outros na web SnowDancer, que era como os Laurens chamavam, sentavam ao redor da mesa de conferência. Os únicos ausentes eram as crianças e os curadores dos outros setores, eles haviam decidido voltar para casa deixando Lara como sua representante. — Aquilo foi uma viagem, — disse Tomás, quebrando o gelo. — Santo inferno, eu estava em velocidade por dois dias. Eu juro que corri em patrulha sem parar por 36 horas. — Nós curamos todos, — Lara disse flexionando os dedos, sua voz muito irregular, muito rápida. — Todos na enfermaria, todos no bando que nós conseguimos

encontrar,

mesmo

aqueles

com

o

menor

machucado. Alguém tem uma dor nas costas? Arranhões? Ao lado dela, Walker fez algo que Hawke não teria esperado do silencioso e contido Psy. Ele colocou a mão sob o cabelo de Lara, curvando-a ao redor de sua nuca. Foi uma exibição muito changeling de posse, um sinal para todos os outros homens na reunião de que Lara estava agora fora dos limites. O lobo de Hawke aprovou. — Eu tive sexo, — Drew disse com um sorriso. — Montes e montes e montes de sexo.


Indigo jogou um pedaço de papel nele, mas ela estava sorrindo. Pegando o papel, ele disse, — Hey, seria desperdício de tanta energia boa indo para o lixo. Todo mundo riu, a atmosfera nada parecida ao que teria sido há alguns dias se eles estivessem falando do poder de Sienna. — Então, — Hawke disse, tocando os dedos pelo cabelo de sua companheira, — parece que todos nós recebemos um estímulo. — Ela age como um mini-reator, — Walker disse naquela maneira intensa e contida que fazia todos prestarem atenção. — Seu poder é infinito. — Então nós vamos continuar recebendo mega estímulo como isto? — Os olhos castanhos escuros de Tomás brilharam quando eles pousaram na cabeça curvada de Sienna. — Não é que eu não aprecie, querida, mas me fez hiperativo de acordo com a minha mãe. — Toby não dormiu por dois dias e contando, — disse Lara. — Ele ultrapassou os seus amigos changelings e ele acha que isso é maaaarrraaavilhossoo. Suas palavras. Sienna falou pela primeira vez. — Eu acho que foi uma única vez, — ela disse, torcendo as mãos debaixo da mesa onde pensou que Hawke não poderia ver. — Walker e eu temos conversado e nossa teoria é que aconteceu porque eu estava tentando conter o poder, então isso construiu uma massa crítica. Se eu liberar um fluxo constante de poder isso vai aumentar os seus níveis de energia sem ter um impacto


perceptível como aconteceu desta vez. Inclinando-se, Hawke beliscou sua orelha. Ela virou-se vermelho brilhante. — Hawke. — Ninguém está com raiva de você, Sienna, — ele murmurou. — Olhe para eles. Ele a viu levantar a cabeça, olhar em volta, sentiu o incrível alívio que passou pelo vínculo de acasalamento. Quando ela virou-se e estendeu a mão para puxar a mão dele de seu cabelo e levá-la aos lábios, ele foi desfeito, seu lobo escravo dela. Olhando para longe dela somente quando ela colocou sua mão em cima da mesa, seus dedos se enredando com os deles, ele percebeu que os outros começaram a falar entre si, dando-lhes privacidade. — Está claro que Walker atua como um filtro... uma válvula, — ele disse durante uma pausa na conversa. Matthias parecia perturbado. — E se algo acontecer com Walker? — Nós estivemos falando sobre isso, — Sienna falou, com a confiança em sua voz que antes tinha desaparecido. — O caracol apareceu na mente de Walker na época em que minha mãe estava grávida de mim, então há uma chance de que um dos outros Psy na rede também desenvolvam essa capacidade. Se eles estivessem certos, ela explicou para Hawke, as implicações eram surpreendentes. Significava que a neo-


senciência em uma rede psíquica, não só organiza a rede, ela poderia influenciá-la no nível individual. O que, se os rumores sobre a podridão atual na PsyNet forem verdadeiras, leva a algumas suposições muito preocupantes. — No entanto, — Sienna continuou, — não estamos contando com isso. Agora que sabemos o que a mente de Walker faz, Judd acha que ele pode treinar sua própria mente para imitar o efeito. Não vai funcionar tão bem quanto, e a oscilação de energia será muito mais áspera... Matthias a cortou. — Funcionará. — Um sorriso feroz. — Isso é o mais importante. Kenji olhou para Walker. — Isso custa alguma coisa para você? — Não. — Walker bateu um dedo na mesa. — Na verdade, eu nunca me senti mais vivo. Pela primeira vez na minha vida, eu estou fazendo uso completo das minhas habilidades.

A válvula é executada em segundo plano

automaticamente, por isso não irá interferir com os meus deveres normais. Jem olhou para o homem Psy. — Wow, eu nunca ouvi você dizer tantas palavras em uma frase antes. Isso fez com que Tomás e Drew gargalhassem. Alexei, Cooper, e Matthias foram um pouco mais contidos, mas mesmo eles tinham sorrisos em seus rostos. O lobo de Hawke riu por dentro. Seu bando, sua companheira. Todos aqui. A vida era boa... exceto pelo fato de que o Conselho Psy agora


sabia que não só Sienna, mas toda a família Lauren, estava viva. Walker manteve a mão nas costas de Lara enquanto eles saíam da sala de reunião. — Você tem algum paciente? — Não. Eu curei a todos, lembra? — Um olhar brilhante vindo daqueles olhos castanhos. — Todo mundo! Mesmo aqueles que estavam morrendo. Eu era uma super-curandeira. Ou bem, super-curandeira com assistentes super-curandeiros. Você sabia que Tai beijou Evie na frente de Indigo? De língua. E Maria cozinhou cupcakes para todos. — Você ainda está bêbada de poder. — Fazia sentido. De acordo com o que eles tinham aprendido ao longo dos últimos anos, parecia que havia sempre uma neo-senciência em qualquer rede psíquica e até mesmo a forma mais embrionária teria entendido que os curandeiros precisariam do poder mais do que ninguém. Exceto que houve tanta energia, que dar energia extra para Lara e os outros não foi realmente necessário. — Quantos dedos eu estou mostrando? Lara deu uma risadinha. Bateu com a mão sobre a boca. — Eu estou tão feliz, todos os feridos estão curados. Na verdade, eu fiquei sem pacientes. Pena que Alice Eldridge não é um lobo ou eu poderia tê-la acordado. Elias está meio que triste, eu o encontrei e curei sem deixar sequer uma pequenina cicatriz para que ele pudesse se gabar. Quando o resto dos jovens estará voltando? Eu aposto com você que eles


vão me dar alguma coisa para curar. Escondendo sua risada devido ao rápido discurso que o lembrou de sua filha, que estava tentando quebrar o recorde mundial de salto na Zona Branca, ele a empurrou na direção em que ele queria que ela fosse. — Amanhã. — Que bom. Como ela deslizou um braço ao redor da cintura dele, ele disse — Drew disse que fez muito sexo. Quer fazer isso? — Ele precisava reivindicá-la em um nível fundamental, tocar, afagar, beijar e saber que ela tinha saído das chamas da guerra incólume. A cabeça de Lara girou. — Agora? — Sim. Ela pegou a mão dele, como se para arrastá-lo atrás dela. — Apresse-se. — Espere, — ele disse quando chegou aos aposentos dela, — você está muito bêbada de poder para dar o seu consentimento? Lara recitou a tabela periódica de volta para ele. — Vê, tenho todas as minhas faculdades mentais. Agora podemos ter sexo? — Sim. Sua

respiração

tornou-se

irregular

quando

ele

a

empurrou para seus aposentos e trancou a porta atrás de si. Aqueles olhos grandes não ficaram menores quando ele desabotoou e tirou a camisa, em seguida, tirou os sapatos e as


meias. Quando ele tirou o cinto de sua calça jeans, ela respirou fundo, avançou. E o mordeu. Direito em seus peitorais, afundando seus dentes profundo o suficiente para deixar uma marca vermelha escura. Isso quebrou o controle restante que ele tinha e se encontrou pegando e jogando ela na cama. Ela levantou como se para fugir, mas ele estava no bando tempo o suficiente para saber que sua loba estava jogando com ele. Tirando os sapatos dela, ele arrancou sua calça jeans e calcinhas com tamanha falta de finesse que poderia ter preocupado ele, se Lara não estivesse fazendo baixos e necessitados sons vindo do fundo de sua garganta. — Tire sua blusa. — Era uma ordem. Uma que ela obedeceu com as mãos trêmulas. — O sutiã. A peça tinha ido embora um instante depois. No entanto, em vez de deitar de costas, ela ficou em suas mãos e joelhos na frente dele, olhando com um olhar distintamente lobo em olhos. — Eu serei gentil. Palavras solenes que o fizeram querer sorrir. — Eu sei que você é virgem. Psy não tem sexo não é? — Não. — Contato íntimo era proibido na PsyNet. — Mas eu acho que eu tenho o conceito sobre o assunto. Rendendo-se a tentação, ele acariciou a mão para baixo da curva de suas costas.


Ela arqueou ao toque, sua pele brilhando com o calor. — Você está me provocando? — Um olhar desconfiado, mesmo quando ela se colocou de joelhos para dar abrir o primeiro botão da calça jeans dele. — Um pouco. — Ele se inclinou para acariciar-lhe, mordendo-a delicadamente no lóbulo da orelha, como ele havia feito naquela noite em seu apartamento quando tinha falado e feito muito mais. Ela estremeceu. — Você se lembrou. Ele se lembrava de tudo sobre ela, do jeito que ela fez esses minúsculos sons quando lambeu sua língua através da dela, à maneira como ela empurrou seu seio em sua mão quando ele beliscou seu mamilo. — Deite de costas, — ele sussurrou, porque a necessidade nele era uma coisa exigente, uma coisa que queria marcar e reclamar de uma maneira que nunca tinha experimentado ou compreendido antes. Obedecendo

sem

questionar,

ela

apoiou-se

nos

cotovelos, olhando para ele com aqueles olhos brilhantes enquanto ele arrancava sua própria calça jeans. A respiração pesada dela foi uma carícia em seus sentidos. Agarrando seus tornozelos, ele abriu suas coxas. — A quem você pertence, Lara? — ele perguntou calmamente. — Você. — Foi um sussurro. — Só você. Ele não estava surpreso ao sentir ela dentro dele, dentro de seu coração. Claro que era o lugar onde ela estaria, era a única maneira de ter certeza que ele poderia protegê-la. Lara


era uma das pessoas mais vulneráveis que ele já conhecera. Ela tinha a capacidade de enfrentar até mesmo Hawke se ela achasse que o alfa estava causando danos a si mesmo, mas da mesma maneira, ela cortaria seu próprio coração e daria para ele se isso o mantivesse indo em frente. Walker não tinha certeza sobre como ela sobreviveu por tanto tempo sem alguém para cuidar dela. — Walker... nós acabamos de... — Palavras chocadas, respirações rápidas.

Capítulo 54 Ele subiu na cama para ficar em cima dela. — Lara?


— Sim? — Vamos fazer sexo primeiro e falar mais tarde. — Ele pode ter sido silencioso uma vez, mas aquele homem se foi há muito tempo. O homem que restou estava no limite de seu controle. Mãos sobre o peito dele, moldando e acariciando. — Tudo bem. Quando

ele

estendeu

a

mão

para

acariciar

o

escorregadio calor entre suas coxas, ela agarrou seu pulso. — Vamos pular as preliminares desta vez. — Ok. — Espalhando suas coxas, ele entrou dentro dela, indo devagar porque ela parecia muito pequena para tomá-lo. O calor dela foi um choque sensual que ameaçava arrancar as rédeas de suas mãos. Ele pensou sobre se afundar em seu interior apertado, pensou em explorar esse corpo bonito com curvas suaves, mas nunca percebeu como seria o impacto selvagem deste ato. Minha. Era um pensamento primitivo. Logo em seguida, ela trancou as pernas ao redor dele e empurrou seu corpo para cima ao mesmo tempo. Lara gritou quando o calor agressivo de Walker entrou forte dentro dela, agarrando-se a suas costas em uma vã tentativa de encontrar uma âncora. A mente dela estava em estado de choque e espanto, o corpo dela vibrando. Ela abriu os lábios para falar, só para ter as palavras roubadas por uma exigente boca masculina que a liberou apenas o suficiente


para perguntar — Está doendo? — Muito bom. — Ela mordeu o queixo dele e ele reagiu da maneira que sempre reagia quando ela fazia isso. Ele assumiu a boca dela, lambendo, saboreando e exigindo...

enquanto

se

movia

dentro

dela,

lenta

e

profundamente, uma mão calejada em seu quadril para imobilizá-la no lugar. Estando faminta por tanto tempo por este tipo de privilégio de pele, ela o encontrou beijo por beijo, toque por toque, mas era claro como cristal que ela nunca seria a dominante na cama. Seu lobo não tinha problemas com isso. Ela era um curandeira. Ela precisava de um companheiro que fosse forte, capaz de cuidar dela enquanto ela cuidava dos outros. Beijando o pescoço dele quando se estendeu para segurar as nádegas dela, para colocá-la em angulo para uma penetração mais profunda, ela sentiu todo o seu corpo se apertar. — Walker! Por favor. Seus

próximos

golpes

foram

duros,

rápidos

e

possessivos, seus beijos também. Prazer ondulou sobre ela em ondas e depois caiu, quebrando-a em mil pedaços. Ela segurou-o até o fim. Nunca ela iria deixar este homem e seu coração ir. Nunca.


Foi depois da terceira rodada de sexo, sim, ela estava dolorida e não, ela não dava à mínima, que Lara juntou energia suficiente para que seu cérebro voltasse a funcionar em qualquer nível que não fosse o sensual. Aconchegando perto de Walker, que estava deitado ao seu lado acariciando suas curvas com essas deliciosas mãos, ela beijou o peito dele, lambendo o gosto de sal de água escura e abetos de neve. Seu

lobo

aconchegou-se

ao

lado

dele

também,

banhando-se no esplendor do vínculo de acasalamento. Ele era forte e constante, assim como o homem que era seu companheiro. — Você sabe que isso é para toda a vida, certo? — ela perguntou, meio com medo de que ele quisesse sair agora que o alvoroço foi embora. — Sim. — Ele acariciou a mão sobre sua bunda. — O vínculo de acasalamento irá tornar mais fácil manter um olho sobre você. — Walker! Ele trocou de posição para que ele pudesse se inclinar sobre ela. — Lara. Oh, ela sabia que ia ter problemas com ele, mas maldição se ela não estava ansiosa por isso. — Você pode nos ver na web? — Sim. — Um sorriso satisfeito. — Se reorganizou para que você esteja ao meu lado. Onde eu posso protegê-la. — Eu nunca soube que você era tão possessivo.


Sua resposta foi um beijo lento e quente que a fez se esfregar contra a coxa dele. Antes que ele pudesse assumir, ela o empurrou de costas e subiu para ficar em cima dele. Aqueles distintos olhos verdes permaneceram na modesta elevação de seus seios com tanta intenção carnal que os dedos dos pés dela se curvaram. Quando ele estendeu a mão para tocá-la, explorá-la, ele fez com tal intenso foco que ela sentiu como se fosse a coisa mais intrigante que ele já tinha visto. Ele beliscou seu mamilo exatamente da maneira que ela sussurrou

que

gostava

naquela

noite

sensual

em

seu

apartamento. — Lara? — Sim? — Foi uma pergunta tremula. — Ensine-me mais sobre as preliminares que você gosta. Ela era uma changeling, a sensualidade estava em seu sangue e ainda assim o pedido dele a fez conter seu fôlego. — Eu gosto de tudo o que você faz para mim. — Nesse caso, — ele virou-a de costas novamente, abriu as coxas dela, — eu acho que devemos explorar o conceito de sexo oral. Seu cérebro nublou. E ficou nublado. Porque uma vez que Walker Lauren coloca algo em sua mente, ele não tira e o homem não deixa qualquer tarefa inacabada. — Hmm, — ele disse após o orgasmo deixá-la uma massa trêmula de carne feminina. — Vamos fazer isso de novo, agora que eu sei o que estou fazendo.


Agora que ele sabe... — Toque-me e morra. — Agarrando aqueles grandes ombros, ela puxou-o para cima. — Nada mais de sexo oral? — Um calmo e sexy sorriso que ela sabia que seria a única a ver. Seu corpo todo derretido. — Oh, não. Sim, para mais sexo oral. — Empurrando-o de costas, deslizou para cima do seu corpo. Seu companheiro, ela aprendeu, sabia algumas palavras muito interessantes.

Judd tinha ido até Xavier para entregar um cristal de dados codificados com informações relativas a uma mulher que seu amigo estava procurando por anos, mas enquanto ele esperava Xavier terminar de falar com alguém em seu escritório e vir para fora para fora, ele encontrou um homem vestido de negro sentado em um lugar iluminado pela lua perto dele. Ele não estava surpreso, ele esperava isso desde o momento em que o disfarce de sua família foi descoberto. — Olá, Aden. Aden olhou para a horta atrás da igreja. — Eu não esperava encontrá-lo tão perto de um local de adoração.


— Você veio para me matar? — Essas são as minhas ordens. — Já que eu consigo me teletransportar, isso significa que Vasic está próximo. Aden olhou para ele pela primeira vez, aquele rosto com maçãs altas, pele oliva e olhos duros era a essência de um Arrow. Frio. Sem qualquer indicação de um homem por trás da máscara. — Vasic foi retirado do Jax quando você foi, — ele disse, sem aviso prévio, referindo-se a droga que tornou Arrows em assassinos. — Ajudou-o? — Ele disse que não havia mais nada nele para salvar. Os olhos de Judd foram para o emblema no ombro do uniforme de Aden, uma única estrela. — Kaleb não deu a ordem. — Ming. — Aden se virou para olhar para o jardim. — Ele não nos entende, nunca entendeu, embora uma vez ele tenha usado o emblema de um Arrow. Judd inclinou-se para apoiar os braços sobre os joelhos. — Eu quebrei o código. Saí do esquadrão. — Para salvar uma X. — Aden copiou seu movimento, incomum para um Arrow silencioso. — O silêncio foi criado para salvar os Xs, salvar todos nós que não se encaixavam no mundo normal. — E falhou, Aden.


— Sim. Para alguns, pelo menos. — Uma longa pausa. — O Conselho não existe mais, embora a população ainda não tenha percebido. Facções já estão se formando nos bastidores. — Você está falando de uma guerra civil. Uma que iria devastar a Net. — Talvez tenha sido inevitável desde o instante em nossa raça escolheu o silêncio. Sim. — Quanto tempo? — Haverá uma pequena pausa enquanto cada facção reúne apoio... meses, Judd, não anos. Sinos tocaram em algum lugar distante e ambos ficaram quietos. — Walker alguma fez lhe disse que ele me teve como estudante?

Aden

perguntou

depois

que

os

ecos

desapareceram. Judd sacudiu a cabeça. — Ele não fala sobre o seu tempo na sala de aula do esquadrão. — O que ele me ensinou... diga a ele que salvou a vida e a sanidade de mais de um Arrow. Judd pensou na brilhante capacidade de seu irmão em criar enganos telepáticos, sem o qual eles nunca teriam escapado da Net e se perguntou como Aden tinha utilizado essas habilidades. — Se precisar de mim, eu vou ficar ao seu lado. — Você existe. Sienna existe. É o suficiente. Você não só sobreviveu, você encontrou a felicidade. Eu não entendo a


emoção, mas eu sei que é melhor do que a escuridão. Assim como os outros sabem. Esperança, Judd pensou. Essa era a palavra que Aden não conseguia encontrar. — O que você vai fazer? — O silêncio está caindo. — Nenhuma mudança no tom de sua voz, nada para trair a escala do que ele estava falando. — Nós vamos ver, esperar e lutar na guerra quando ela vier. Judd não perguntou de que lado Aden e os outros Arrows estariam. Ele sabia.

Atordoada pelo rumo dos acontecimentos que tinha deixado ela com décadas, talvez um século para viver, Sienna estava mais do que grata quando Hawke a levou para a privacidade de sua cabine. Ela encontrou a si mesma sendo beijada um instante depois. Ela queria beliscar esses lábios firmes, mesmo sabendo que seria uma má ideia, pois isso só poderia levá-la a ser devorada. — Espere, Eu... — — Sem conversa, — ele disse com um milímetro entre eles. — Privilégios de pele antes. — Conversar antes. — Ela cravou as unhas em seu peito. Levantando-a ele a prendeu contra a parede, as pernas dela ao redor de sua cintura. — Ok. — Mãos inteligentes


abrindo os botões de sua camisa, uma sexy boca na pele de sua garganta e nas curvas superiores de seus seios. — Hawke. — Foi um gemido, seus dedos nos cabelos dele. — Você não precisa desses, não é? — Seus jeans e calcinhas foram rasgados em pedaços momentos depois, sua mão segurando-a com quente possessividade enquanto beijava a vida para fora dela. — Fora. — Ela puxou os lados da camisa dele e ouviu um botão cair no chão. Ele se recusou a ajudá-la, mais interessado em brincar com sua carne lisa, com provocações e atormentando os seios que tinha descoberto cortando o sutiã com uma garra. Mas Sienna tinha suas próprias garras. Colocando os lábios em seu ouvido, ela disse — Eu quero esfregar meus seios contra seu peito. Ela estava de costas na cama em uma velocidade de tirar o fôlego, um Hawke nu em cima dela momentos mais tarde. Ele estalou os dentes para ela. Rindo, ela fez o mesmo. E então o puxou para baixo e fez exatamente o que ela exigiu. Seu lobo a deixou brincar, brincou com ela e foi só depois que eles estavam deitados no tapete em frente à lareira com Hawke vestido com uma calça jeans mal abotoada, ela com a camisa dele mordiscando uma bandeja de comida, que Sienna tirou a chave que ela usava no pescoço. — O que isso abre?


Ficando em seus pés ele foi até o veículo para voltar com uma caixa de metal pequena que ele colocou ao lado dela antes de retomar a sua posição anterior. Sabendo que o lobo não lhe daria uma pista ela deslizou a chave na fechadura e abriu a caixa. Forrada com veludo azul estava vazia. Estranho quando ela entendeu. — Para as memórias que vamos fazer. — Sua garganta ficou grossa e embora ela soubesse que havia uma chance de que sua resposta iria quebrar o coração dela, ela tinha que fazer a pergunta que não ousara até este momento. — Como é que nós acasalamos? — Será que os acontecimentos no campo de batalha o empurraram para isso? Será que ele se arrependia? Ela não podia falar desses medos em voz alta, mas eles viviam em seu coração, tristes e dolorosos.

Hawke olhou para Sienna e soube que ele segurava a balança do poder, que o que ele falasse em seguida iria afetar o resto de suas vidas juntos na mais profunda das maneiras. Ele poderia responder a sua pergunta sem dar muito, sem inclinar aquele equilíbrio. Ou ele poderia fazer outra escolha, uma que os levaria para além de amantes, além de companheiros, a um verdadeiro par alpha. — Você estava certa, — ele disse e viu uma tempestade de emoção naqueles extraordinários olhos cardeais.


Teria sido fácil para ela sorrir e aceitar a admissão de valor, mas isso não era quem Sienna era. — Sobre o quê? — ela perguntou, olhando-o com uma expressão que tinha ficado um pouco cautelosa. Seu lobo não estava surpreso. Sienna tinha suas próprias cicatrizes e levaria tempo para essas cicatrizes desaparecerem. Hawke

estava

bem

com

isso,

porque

ele

estava

planejando estar lá por um longo tempo, pronto para lutar contra qualquer pesadelo que ousar tocá-la. — Sobre o vínculo de acasalamento. — Erguendo-se para uma posição sentada, ele apoiou um cotovelo sobre o joelho. — Não era o lobo me segurando. Quando Rissa morreu, — ele disse, dando a Sienna este último canto secreto de seu coração, — foi como ter uma parte de mim arrancada. Eu não falei por um mês, não fiz nada a não ser me sentar em seu túmulo. — Menino e lobo, ambos mantiveram a esperança de que se eles quisessem forte o suficiente Rissa voltaria. — Levou-me muito tempo para aceitar que ela se foi, que a única coisa que eu tinha dela era o buraco que ela deixou dentro de mim. Sienna se aproximou o suficiente para colocar sua mão ao redor da panturrilha da perna que ele levantou, os olhos dela negros como tinta. Mas ela não o interrompeu, esta mulher que o entendia de maneira que ele não tinha certeza de que entendia a si mesmo, que o obrigou a enfrentar a verdade nua e crua das mentiras que ele disse a si mesmo ao


longo dos anos. Isso não fazia com que fosse mais fácil de retirar a crosta desta ferida, inferno, ele era alpha por uma razão. Vulnerabilidade não era uma sensação que apreciava. Ele fez suas próximas palavras ásperas, quase duras. — Era mais fácil acreditar que a minha chance de acasalamento morreu com Rissa do que arriscar esse tipo de dor novamente. — Enfiando a mão no cabelo dela, ele balançou a cabeça. — Só que eu nunca tive uma chance quando se tratou de você. Você está em cada respiração, em cada pensamento meu, entrelaçada tão profundamente dentro de mim que amor não é uma palavra forte o suficiente. Você tem a minha devoção, seu nome marcado na minha alma, meu lobo é seu para comandar. Cem anos? Nunca será suficiente. Eu quero a eternidade. Lágrimas, lentas e silenciosas, correram pelo rosto de Sienna. Ele não tinha terminado. — Você tem o poder de me fazer em pedaços, ferir-me tão profunda e verdadeiramente que eu nunca me recuperaria. O que a morte de Rissa fez para o garoto que eu fui? Você tem a capacidade de fazer mil vezes pior para o homem que eu me tornei. Uma parte de mim sabia que isso era uma possibilidade no instante em que você entrou em minha vida, então eu tentei mantê-la longe, mesmo enquanto eu exigia tudo que você tinha. Eu fui um covarde. — Hawke, não. — De joelhos na frente dele, ela balançou a cabeça em aberto desacordo, enxugando as


lágrimas com as costas das mãos. — Eu nunca deveria ter dito isso. — Você me mandou a merda, — ele disse, erguendo o outro joelho e trazendo ela para o meio deles. — Você me fez louco como o maldito inferno e provavelmente será a mesma coisa no futuro quando você fizer isso de novo. Uma advertência. Os lábios dela elevaram em um sorriso trêmulo, ela entrelaçou os braços ao redor do pescoço dele. — Quer dizer que você não vai se tornar dócil e bem-comportado, agora que estamos acasalados? — Pequenos beijos nos cantos dos lábios dele, nas bochechas, no queixo. — Droga. Inclinando-se para o carinho, ele lhe permitiu acalmar as arestas dentro dele. — Eu posso fingir, se você quiser. — Ele acariciou as doces curvas dela para trás, nua sob a camisa que ela pegou. Uma risada rouca. — Eu não te reconheceria. — As próximas palavras dela foram solenes, sua intenção em sua expressão. — Eu sei que tínhamos um acordo sobre nada relacionado à alfa entre nós enquanto estávamos namorando. Mas isso vai mudar. Eu aceito minha posição e eu vou continuar a aceitar ordens daqueles que tem uma posição mais alta. Mas nunca de você. Ela

continuou

a

falar

antes

que

ele

pudesse

interromper, suas mãos se movendo para o rosto dele. — Eu sou sua. Sem limites. Eu vou te dar tudo o que você pedir,


tudo o que você quiser, exceto essa pequena coisa de obediência por causa da posição. Você nunca será meu alfa. Não em público, não em privado. Você é Hawke para mim. Apenas Hawke. Você entende? Seu lobo estremeceu relaxado quando ele se inclinou para colocar suas testas juntas. — Compreendido e aceitado. — Minha, pensou ele, minha. Pela primeira vez em sua vida adulta, ele tinha alguém que era seu e com quem poderia se envolver de uma maneira que não seria possível com qualquer outro membro do seu amado bando. Sentaram-se assim por um longo tempo, seu lobo em paz de uma forma que não acontecia desde que ele assumiu a liderança aos quinze anos. E esse lobo queria o toque dela também. Ele mudou sem dizer a ela, ouviu-a ofegar. Mas quando o lobo colocou sua cabeça em seu colo e fechou os olhos, os dedos dela arrastaram suaves e possessivos em seu pêlo. Contente ele dormiu.

Sienna sentou acariciando o pêlo de prata e ouro do enorme lobo que dormia com a cabeça em seu colo, seu coração cheio de uma profunda admiração e alegria que ela não conseguia compreender. As palavras que ele lhe dera, o poder que ele deu a ela... ela não esperava por isso. Eu te amo além da vida. Foi um pensamento que enviou


através do vínculo de acasalamento e quando o lobo pareceu suspirar ficou claro que uma parte dele ouviu. Essa ligação era tão profunda, tão visceral que ela sabia que nunca haveria outro

para

changelings

qualquer

um

deles,

estavam

certos,

o

se

um

morresse.

acasalamento

Os

acontecia

somente uma vez e para sempre. Uma lágrima silenciosa tocou seu rosto... uma lágrima por Rissa. Se Hawke alguma vez quisesse visitar a menina que ocupou seu coração quando menino, Sienna não iria impedilo. O fantasma de Rissa foi colocado para descansar, o que restou são memórias que devem ser valorizadas e mantidas próximas. De certa forma, ela pensou, Rissa pertencia a ambos agora, assim como sua mãe, Kristine. Pedaços do passado que os havia moldado e os levaram a este momento. Um momento em que ela acariciava um lobo que manteve junto um bando quebrado através de pura coragem e determinação. Não seria uma vida simples ou fácil, ela pensou, seus lábios começaram curvar. Ele iria tentar dominá-la, disso ela não tinha a menor dúvida. Mas ele também iria amá-la com cada poderosa batida do seu selvagem coração changeling. ... você tem a minha devoção, seu nome marcado na minha alma, meu lobo é seu para comandar. Cem anos? Nunca será suficiente. Eu quero a eternidade. Não, não seria simples ou fácil. Intensa, perigosa e extraordinária, essa seria a vida que


ela teria com o seu lobo. Quando o lobo levantou a cabeça, ela sorriu. — Olá. Ele mudou e de repente ela estava sendo beijada por um homem nu que embaralhou seu cérebro. Ofegando rápido quando ele a pegou em seus braços para jogá-la brincando na cama, ela riu. — Já chegou ao limite? — Pergunte-me novamente em um mês ou mais. — Então ele atacou. Após um longo período, sua pele brilhando com tremores de prazer, que ela franziu a testa e disse — Qual é o seu nome completo? O lobo de Hawke brilhou em seus olhos, o azul gelo brilhando com a mesma diversão que aparecia em suas bochechas. — O que te trouxe a isso? — Eu me recuso a ser sua companheira e ficar no escuro. — Ela acariciou com as palmas das mãos a tentação do seu peito, os seios formigando com a lembrança do quão forte e belo ele parecia pressionado contra ela. Apesar de suas palavras anteriores, ele a deixou brincar com o seu corpo, afagar o calor rígido de seu pênis, aprender sobre ele com sua boca. É claro que isso não durou muito tempo. Quando ela reclamou, ele prometeu deixá-la usar as algemas nele na próxima vez. Sienna não podia esperar para lembrá-lo dessa promessa, saborear cada centímetro de seu corpo musculoso,


mas as primeiras coisas primeiro. — Diga. Inclinando-se, ele beliscou o queixo dela, uma rápida mordida carinhosa que a fez empurrá-lo. — Não me distraia, — ela reclamou, esfregando o pé sobre o dorso de sua panturrilha, os pelos das pernas uma carícia sensual contra sua pele. — Eu quero saber. Sua risada vibrou através das palmas que ela tinha sobre aquela carne resistente. — Se você tem certeza. — Outra pequena mordida antes de ele sussurrar em seu ouvido. Ela piscou. — Não. Ele resmungou, mas era brincalhão. — Você não gostou? — É lindo, você sabe que é. — Perfeito para ele. — Mas, então, eu tenho que perguntar sobre o seu primeiro nome. Não parece muito feroz, especialmente considerando a idade e o significado de sua última. Era um nome de família? Ele balançou a cabeça. — Minha mãe tinha decidido sobre um nome se ela tivesse um menino, muito antes de ela conhecer meu pai, independentemente do fato de que Hawke não era qualquer tipo de um nome para um lobo. — Ele caiu sobre ela, um cobertor pesado masculino. — Quando eles acasalaram,

ela

decidiu

levar

o

sobrenome

de

seu

companheiro, que era uma das mais antigas, se não a mais antiga, no Bando, mas ela recusou-se a mudar de ideia sobre o nome de seu filho. Sienna ouviu o eco do amor mais profundo nessa


declaração. — Seu pai aceitou. — Ele a adorava. — Uma simples resposta. — Além disso, ele descobriria que seu filho lidaria com quem o incomodasse sobre o seu nome, e ele estava certo. — A arrogância era puro lobo macho. Encantada, ela beijou uma linha do pescoço. — Em defesa da sua mãe, — ela disse, incapaz de parar de acariciálo, — é um lindo, único nome. — Só não para um lobo. — Ele se inclinou em suas carícias. — Honestamente? Eu gosto que eles me deram esse nome. Ela fez também. — E eu? — Ela perguntou. — Se eu levar seu sobrenome, já que estamos acasalados? — Você quer? — A inclinação de sua cabeça, o lobo vigilante, mas não exigente. Ela considerou a questão com cuidado, pensando quem ela tinha sido, quem ela era agora. — Sim, — ela disse finalmente, — Mas eu gostaria de manter a minha também. — Tal como acontece com Hawke, o passado se foi, mas deixou uma marca indelével, não poderia ser esquecida. — É uma parte de mim. Lábios contra os dela, o beijo de um lobo. — Isso funciona muito bem para mim. . . Sienna Lauren Snow.


Fim.

PRT NĂ­vea e Josy

TAD Anna, Thais, Lucina, Iza Alessandra, Raquel


TAD Lud, Juju


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.