Beleza e MinistĂŠrio na Igreja do Vaticano II
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Dom Filippo Santoro
Beleza e MinistĂŠrio na Igreja do Vaticano II
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CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ S232b Santoro, Dom Filippo, 1948 Beleza e ministério na Igreja do Vaticano II / Dom Filippo Santoro. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Letra Capital, PUC Rio, 2018. 176 p. : il. ; 15,5x23 cm.
Inclui bibliografia ISBN 978-85-7785-610-7 (Letra Capital) ISBN 978-85-8006-251-9 (PUC Rio)
1. Ministério leigo - Igreja Católica. 2. Igreja Católica - Clero - Vocação. 3. Teologia pastoral. I. Título.
18-50848 CDD: 262.2 CDU: 2-46 Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária CRB-7/6439
Este livro é fruto de uma junção de alguns artigos publicados pelo autor em períodos e Revistas Teológicas diferentes, como é indicado na primeira nota de rodapé, em cada um dos capítulos. Além disso, o autor também apresenta alguns textos que são inéditos para o Brasil, como podemos conferir nos últimos capítulos.
Sumário
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Prefácio – Sempre missionário Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist.
Papado e Episcopado no Vaticano II
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A centralidade do Episcopado no Concílio Vaticano II: aspectos teológicos e as retomadas pastorais
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Identidade e missão do presbítero: perspectivas e desenvolvimento do Vaticano II
77
Educação e Beleza
131
Novos paradigmas e Teologia
141
Beleza e Educação
159
O ministério na opção pelos pobres e na missão: a partir de Aparecida, um magistério universal da Igreja
Prefácio
Sempre missionário
A
Igreja de Cristo, dentre as suas características, é missionária e comunhão de carismas. Ao longo de sua história, têm sido vários os modos como a missão e a comunhão se concretizaram. Dentre essas formas, encontramos a vida e o trabalho de Dom Filippo Santoro. Nascido em Bari, região sudeste da Itália, foi ordenado sacerdote em 1972 e chegou ao Brasil em 1984, a convite de meu predecessor, Cardeal Eugenio de Araújo Sales. Aqui trabalhou na animação do movimento a que pertence, Comunhão e Libertação, ajudando na Paróquia N. Sra. de Copacabana e como professor de Teologia na PUC-Rio, no Instituto Superior de Teologia e na Escola Teológica S. Bento. Seu currículo é ainda mais vasto, cabendo-me, no entanto, destacar estes dois aspectos tão importantes para a Igreja. Missionário, deixou sua terra natal, vindo servir em um contexto cultural diferente, integrando-se, porém, tanto como sacerdote quanto como professor. Nesta comunhão dos carismas, concretizouse a missão na vida de Dom Filippo. Em 1996, foi nomeado Bispo auxiliar do Rio de Janeiro; em 2004, Bispo diocesano de Petrópolis, em nosso Regional Leste 1; e, em 2001, foi chamado de volta à sua pátria para servir como Arcebispo de Taranto. Recordo com carinho de sua posse como Arcebispo de Taranto, quando pude agradecer a missão de Dom Filippo no Brasil que o recebeu como Padre, missionário e intelectual animado pelo trabalho com a juventude e o entregava para a Itália, na época, um Bispo com vasta experiência pastoral e animação missionária, ainda mais cheio de méritos. 9
D. Filippo Santoro
Como professor e pesquisador, publicou vários artigos e livros. Têm um destaque muito grande sua atuação na Teologia e sua presença nas discussões dogmáticas que nortearam seus consistentes artigos. Alguns desses artigos são agora reunidos nesta obra com a qual deseja celebrar seu 70º natalício. São seis artigos interligados ao redor da identidade e da missão da Igreja. Num mundo em profundas transformações, onde os paradigmas de até então já não correspondem mais, Dom Filippo reflete sobre os caminhos da Teologia e consequentemente da missão da Igreja, com destaque para a via pulchritudinis que sempre foi uma das suas teses mais queridas. Reflete também sobre o Papado, o Episcopado e o presbiterato, uma reflexão que, na comunhão dos carismas, vem enriquecer o que se tem produzido para o Ano do Laicato, em curso no Brasil. Sempre se destacou pelo espírito missionário, seja sua atuação pastoral ou intelectual, e em especial no movimento que lhe marcou a espiritualidade, e, tenho certeza, esse espírito está presente nesta coletânea de artigos que ora são publicados. Em nome de meus predecessores e em meu próprio nome, cumprimento por esta obra e pelo aniversário que ela celebra, e agradeço a Dom Filippo pelo trabalho desempenhado na Arquidiocese de S. Sebastião do Rio de Janeiro e no Regional Leste 1 com repercussões em todo o nosso país. Desejo-lhe as bênçãos de Deus para sua vida e seu ministério, bem como a todos os que, através da leitura deste livro, vão crescer na fé, na esperança e na caridade. O servo e amigo, Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist. Arcebispo de S. Sebastião do Rio de Janeiro
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Papado e Episcopado no Vaticano II1
Introdução A relação entre Papado e Episcopado é um tema bastante delicado e fascinante, objeto de tantos estudos e aprofundamentos, de ásperas discussões em diferentes sedes institucionais, acadêmicas, ecumênicas. No cenário eclesial que estamos vivendo com o Papa Francisco, este tema está se configurando em uma perspectiva, com traços também originais, em que de repente está imersa a relação profunda Papa-sede romana, e o grande valor, atribuído à dimensão colegial da Igreja, às conferências episcopais, às quais se quer dar mais espaço, maior autonomia na ação não só em matéria pastoral, mas também de fé, como evidenciou na sua exortação Evangelii Gaudium 32, primeiro texto magisterial totalmente seu. O percurso aqui proposto visa a interpretar o dado magisterial do Vaticano II sobre o ministério do Papa na sua relação com o Episcopado. Não é uma reflexão específica só sobre o ministério petrino, mas uma tentativa de colher os laços profundos e as estruturas que realizam o affectus collegialis.
1. Algumas premissas teológicas e históricas fundamentais Podemos desenvolver a reflexão sobre o relacionamento entre Papado e Episcopado, considerando, antes de tudo, qual é atualmente a doutrina católica sobre este ponto. Escreve a tal propósito Este capítulo foi publicado como artigo: SANTORO, F. Papado e Episcopado no Vaticano II. Atualidade Teológica 48 (2014), p. 493-515. 1
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