Negócios Industriais

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LETRA DE FORMA|P2SA

Bate-papo com Francisco Amerio, superintendente da Usiminas

MEIO AMBIENTE

Sawomir Pryc - Fotolia

Navipeças: mercado promissor Pólo Metalmecânico do Vale do Aço promove aproximação com Sinaval e estaleiros

A importância da gestão de resíduos ENTREVISTA

Franco Papini vice-presidente do Sinaval ENERGIA

Como usar o gás natural em sua indústria


Unidade Leste de Minas

Por que um V no lugar do U? 2

| Saúde | Jurídico | Financial | Manufatura | Varejo | Educacional | Distribuição e Logística | Construção e Projetos | Serviços | Small Business Agroindústria Services Negócios Industriais | Mar.Abril 2010


A TOTVS é uma das maiores empresas de software do mundo, mas muita gente se pergunta por que um V no lugar do U? Bem, porque TOTVS é latim e porque, em latim, TOTVS se escreve assim, com V, e significa tudo, todos. E é exatamente isso que nós fazemos: software que todas as empresas podem ter, soluções para todo mundo. Tem gente que pensa que trocamos nosso U pelo V só para dizer que nossa missão é ser vitoriosa, é criar valor, é ser verdadeira. Mas no fundo, no fundo, a gente gosta mesmo de ver esse V no lugar do U só para lembrar que, no nosso negócio, tudo pode parecer igual, mas tem sempre um jeito de ser diferente. TOTVS. Igual, sendo sempre diferente. Conheça as soluções TOTVS para sua empresa. Acesse www.totvs.com ou ligue (31) 3822-5016 (Ipatinga) | (33) 3271-7010 (Gov. Valadares). Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista

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carta do presidente

Jeferson Bachour Coelho

DIRETORIA Jeferson Bachour Coelho - Presidente Gláucio Luiz Gaze Campelo - Vice-Presidente Carlos Afonso de Carvalho - Diretor Administrativo José Geraldo da Rocha - Diretor Financeiro Antônio José Moreira - Diretor de Desenvolvimento Daniel das Dores Muniz - Diretor Social Marcília Moreira Silva - Gerente Administrativo/Comercial Nilton Diniz - Gerente Executivo Ronaldo Soares - Analista de Negócios

SEDE DO SINDIMIVA Rua Cristóvão Colombo, 15, 3º andar | Cidade Nobre | IpatingaMG CEP 35162-363 | Telefone: (31) 3824-2710 E-mail: sindimiva@fiemg.com.br e sindimiva@hotmail.com www.sindimiva.com.br

negócios INDUSTRIAIS

A Revista Sindimiva/Negócios Industriais é produzida e comercializada pela Letra de Forma Comunicação Empresarial através da parceria com o Sindimiva (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Ipatinga). P2SA COMUNICAÇÃO LTDA | CNPJ 07.291.053/0001-58 Rua Marília, 33 A, Bela Vista, Ipatinga-MG CEP 35160194 EDITOR Paulo Assis | MG 07169JP paulo@negociosindustriais.com REDAÇÃO Aline Alves e Paulo Assis redacao@negociosindustriais.com CRIAÇÃO Gabriel Tôrres e Paulo Assis publicidade@negociosindustriais.com PUBLICIDADE Daniele Assis (31) 3823-1316 | 8634-2450 comercial@negociosindustriais.com CARTAS À REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões, releases e critícas às matérias - redacao@negociosindustriais.com RECEBER A REVISTA A Revista Negócios Industriais é distribuída gratuitamente. Para recebê-la basta enviar um e-mail para comercial@ negociosindustriais.com informando nome de destinatário, empresa, endereço, e-mail e telefone. TIRAGEM 1.730 exemplares IMPRESSÃO Gráfica Damasceno

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O Pólo Metalmecânico do Vale do Aço não para de mostrar a sua força e competência para Minas e o Brasil. Desde o final de 2008 intensificamos as ações de relacionamento com mercados até então pouco - ou nada - explorados pelas indústrias regionais associadas ao Sindimiva. Promovemos missões empresariais e eventos que permitiram uma aproximação com a Cadeia de Petróleo e Gás. Em uma segunda etapa estamos incentivando as vendas e a qualificação para a indústria de navipeças. É um mercado que, a reboque dos investimentos do PréSal, está em franca expansão, conforme explica nas próximas páginas o vice-presidente do Sinaval, Franco Papini. A busca de novos mercados não significa colocar os tradicionais em segundo plano. Pelo contrário. No início de fevereiro o Sindimiva esteve presente na assinatura do contrato entre a Usiminas e fornecedores locais. Em todos os setores, a ação próativa das empresas, apoiadas pelo Sindimiva, está se transformando em novos negócios, construção de parcerias sólidas e desenvolvimento profissional. Claro que os reflexos de momentos difíceis ainda são percebidos. É nesse sentido que o Sindimiva, por meio do Sistema Fiemg, oferece aos seus associados consultoria na área de financiamentos e, numa grande parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Sebrae, realizará um curso de Gestão Empresarial focado nas necessidades dos empresários. Gostaria de aproveitar esse espaço para agradecer o apoio que sempre recebemos do Dr. Robson Braga, presidente do Sistema Fiemg homenageado em nossa última edição. É uma grande satisfação saber que um empreendedor com suas qualidades assumirá, em breve, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Toda a indústria brasileira sairá ganhando. Jeferson Bachour Coelho SUMÁRIO

06 Giro Sindical 08 Artigo 10 Painel 14 Encontro incentiva fornecedores de navipeças 16 Entrevista com Franco Papini 18 Capital de giro para impulsionar retomada 20 Polikini, associada da edição 21 Fiemg realiza curso de Gestão Empresarial 25 Indústrias regionais apostam no gás natural 28 Bate-papo com Francisco Amerio 30 Peiex: Sua empresa no padrão internacional


PÓS

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Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista

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GIRO SINDICAL central denegócios

Jorge Vello, diretor da Arcon e da Central de Negócios Metal Mecânico, apoiada pelo Sindimiva, viajou para a Alemanha entre os dias 20 e 27 fevereiro com o intuito de conhecer uma central de negócios que atua na cidade de Dortmund. O intercâmbio cultural foi promovido pelo Sebrae. Além de Jorge Vello, também foram para a Alemanha dois membros do Sebrae e um consultor. “Temos muito para aprender. O principal diferencial que vimos é mesmo cultural. É a questão de confiança uns nos outros. Isso é muito grande lá e a vontade de trabalhar em conjunto é muito grande.” Em três anos de existência, a rede MIRU tem 58 empresas afiliadas todas empresas do setor metalmecânico, em diversas especialidades.

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hannover Três representantes de empresas associadas ao Sindimiva participarão da missão empresarial promovida pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) à Feira Industrial de Hannover (Alemanha) entre os dias 19 e 23 de abril. As escolhidas foram Bema Indústria Mecânica, CMI e Indústria Mecânica Líder. “É uma grande oportunidade que a Federação das Indústrias está oferecendo”, diz Luciano Araújo,

presidente Regional da Fiemg. A Hannover Messe 2010 – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria - é o maior evento do mundo na Área de tecnologia para o setor produtivo. Durante o evento, os empresários brasileiros receberão apoio de consultores e técnicos da Rede CIN, especialmente nas visitas técnicas e reuniões de negócios. A Feira conta também com uma programação paralela que inclui, por exemplo, o World Ener-

gy Dialogue, que reúne os mais importantes lançamentos no setor energético, o Energy Eficiency, exposição especial para produtos, soluções e processos inovadores e energeticamente eficientes, e a RoboCup German Open, um campeonato de futebol entre robôs, que objetiva testar as possibilidades da inteligência artificial e da robótica móvel. Em 2009, cerca de 210 mil visitantes tiveram acesso aos mais de seis mil expositores.

ISO 9001:2008 Sete empresas associadas ao Sindimiva já aderiram ao projeto de certificação desenvolvido pela entidade. Através da parceria com uma empresa de consultoria, o Sindicato está oferecendo às suas associadas a certificação com um investimento até 30% menor que o cobrado no mercado. O valor só é possível por causa da união das empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço.

estadodeminas “Minas não tem mar, mas produz navios. Ou, pelo menos, parte deles.” As ações do Sindimiva para que as empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço integrem a cadeia produtiva naval foram manchete do jornal “Estado de Minas”, edição do dia 15 de março. Com o título “Mar rende expansão de negócios para Minas”, a reportagem mostra como indústrias da região, mesmo distantes do mar, passaram a vender para o Estaleiro

STX Europe (o tema foi abordado na edição anterior da Revista Sindimiva/ Negócios Industriais). O texto destaca ainda o Seminário para o Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças (capa desta edição), realizado com o apoio do Sinaval, Fiemg e Prefeitura de Ipatinga, e os contratos da Viga Caldeiraria com o STX e da Arcon Engenharia de Climatização, que iniciará a fabricação de dutos para ventilação e exaustão de embarcações para o estaleiro Mauá.


LETRA DE FORMA|P2SA

INFORME PUBLICITÁRIO

Emalto investe R$ 25 milhões em modernização e nova fábrica A Emalto Indústria Mecânica, localizada em Timóteo-MG, chega aos seus 36 anos concluindo dois arrojados projetos: a modernização da fábrica 1 e a construção da unidade de estruturas metálicas. Com investimentos de R$ 25 milhões, a empresa – que possui cerca de 500 colaboradores -, vai gerar 150 novos empregos. As obras serão concluídas no segundo semestre de 2010. De acordo com Alexandre Torquetti Jr., diretor administrativo da empresa, com os investimentos a empresa vai diversificar sua área de atuação, hoje concentrada na indústria de base, e atender à crescente demanda em obras de infraestrutura, impulsionadas pela Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 e os projetos do Pré-Sal. “O crescimento constante através do reinvestimento dos seus lucros faz parte dos objetivos da Emalto ao longo destes seus 36 anos. Quando iniciamos nossas atividades éramos voltados exclusivamente para a produção de estruturas metálicas. Com o passar do tempo, agregamos valor à produção através da indústria mecânica, pois houve períodos de desaquecimento deste mercado. Hoje, 80 % do faturamento provêm da indústria mecânica, ou seja, de equipamentos industriais para a siderurgia, mineração, papel e celulose, a hidrogeração de energia e 20 % da produção de estruturas metálicas. Este investimento em curso é para ampliarmos nossa receita nos próximos anos”, detalha.

Vídeo com detalhes da expansão está disponível no Youtube

A nova fábrica, totalmente automatizada, terá uma capacidade produtiva de 1 mil toneladas mensais (a fábrica 1 tem, atualmente, 1.500 ton). Uma animação em 3D postada no perfil da Emalto no Youtube (www.youtube. com/emaltoind) apresenta as ações de expansão implementadas pela empresa localizada em Timóteo. Na fábrica 1 são 6.800 metros quadrados com modernos equipamentos, enquanto a fábrica 2 (Emalto Estruturas Metálicas) é ainda maior: 8.800. A EmAlto Criada em 1974 a partir de um galpão no fundo do quintal do então recém-aposentado Alexandre Torquetti, a Emalto transformou-se num grupo

que conta com Fundação Emalto, com projetos educativos e ações de apoio à cidadania e comunidade em geral, a Emalto Agronegócios para preservação e reflorestamento da região, e a Torque Diesel como diversificação do negócio. De acordo com sua estratégia de agregar maior valor aos negócios, em 2010 a empresa consolida a quarta grande modernização tecnológica de seu parque industrial, envolvendo parcerias internacionais para implantação de processos de última geração, tais como nova prensa de 3 mil toneladas, eletroímãs para transporte de chapas, forno para tratamento térmico até 1.150 °C e fabricação automatizada de perfis e estruturas metálicas.

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista Timóteo-MG | www.emalto.com.br

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ambiental Óleo de cozinha Um resíduo especial Um litro de óleo vegetal descartado sem o devido manejo e cuidado na pia da cozinha pode chegar a contaminar 20 mil litros de água. Estima-se que cada família gere em torno de 1,5 litro de óleo por mês. Faça as contas e veja o caos! O óleo de fritura, por exemplo, geralmente é jogado no esgoto ou misturado ao lixo doméstico. Neste caso, ele impermeabiliza o solo e atrapalha o ciclo das águas. Quando vai para o esgoto, além do mau cheiro, a presença de óleo e gordura na rede causa seu entupimento. Para retirar o óleo são usados produtos químicos, comprometendo a qualidade da água mesmo após um tratamento de esgoto. A quantidade de recursos financeiros destinados à sua separação, além de comprometer o tratamento de esgoto, também o encarece, trazendo ao consumidor mais um ônus do descarte inadequado de óleo. Quando jogado a céu aberto, podemos contabilizar mais um impacto, a impermeabilização do solo. Ufa!!! Então o que fazer.... abrir mão das frituras? Definitivamente não é a solução. O recomendável é juntar esse resíduo e entregar em postos de coleta ou mesmo em instituições que dão o destino correto a esse resíduo. Como recomenda a Agenda 21 Global, a participação da sociedade é prioritária e fundamental para que ocorra êxito na resolução dos grandes e graves problemas socioambientais da região. A participação social baseia-se na sensibilização e a mobilização dos mais variados segmentos sociais e assim tem-se o fortalecimento da cidadania. A mobilização nas campanhas de doações de óleo, quando ativamente realizadas, leva aos cidadãos a praticar ações de proteção ao meio ambiente, ou seja, ficarem livres de um resíduo tão incômodo e praticarem também ações sociais (o óleo é vendido e o dinheiro revertido para projetos sociais). Então procure um posto de coleta e exerça duas vezes a sua cidadania.

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Daniele Lima | daniele@fonteambiental.com ECO BAGS É fato que as sacolas plásticas causam danos ambientais desde sua produção com o consumo excessivo de água até o seu destino final como a impermealização de aterros, entupimentos de bueiros - contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo, se descartadas em locais incorretos. Quando incinerado, libera toxinas perigosas para a saúde, sem contar no famoso ‘Mar de Plástico’ (sacos plásticos são confundidos por peixes, aves, e tartarugas marinhas com um de seus alimentos e ao consumi-los morrem por obstrução do seu trato digestivo). Por outro lado também não é fácil ficar trazendo a mão sacos retornáveis para fazer as compras, mas tudo é uma questão de hábito: padarias e supermercados da nossa região já disponibilizam sacolas retornáveis e incentivam seu uso habitual. A produção de sacolas retornáveis cumpre ainda outro papel: gera emprego e renda para algumas famílias. Mas se você quer sacolas ainda mais bonitas e estampas exclusivas a idéia são as sacolas feitas com baners e empenas do projeto Eco Bolsa. Quem prestigiou a Cerimônia de Entrega do Prêmio Regional de Qualidade Vale do Aço, no ínicio de dezembro, teve a oportunidade de receber esse agrado de grande utilidade também ao meio ambiente. (www.projetoecobolsa.com.br) RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO Em 2009, mais de 10 mil pessoas trabalharam com carteira assinada no setor de construção civil em Ipatinga. O maior setor contratante, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. O bom momento do setor possui um lado que requer cuidado por parte dos empreendedores e dos órgãos ambientais: o que fazer com os resíduos? Uma alternativa interessante para o empreendedor responsável é a Bolsa de Recicláveis (www. bolsaderecicláveis.com.br), que possui quase 1.500 empresas cadastradas. Ali, elas negociam aquilo que para muitos é lixo: papel, metal, borracha e resíduos da construção.

IPTU VERDE EM IPATINGA Em Ipatinga já é lei. O cidadão que investe em práticas ambientalmente responsáveis em sua residência tem desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Somados, os descontos podem chegar a 13%.“O interessado em obter o benefício tributário deve protocolar requerimento devidamente instruído com as provas de cumprimento das exigências necessárias à sua concessão, perante a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, a quem compete a análise preliminar do pedido, estritamente do ponto de vista técnico-ambiental." Até o momento não houve campanha para esclarecer a operacionalização, mas já é bom saber que os cidadãos ipatinguenses possuem esse direito.


Tremonhas de Retenção para Alto Fornos

Dutos para precipitador eletrostático

Sistema de Injeção de Óleo nos Fornos de Reaquecimento de Placas

Chutes – Fabricação de Chutes

Silenciador da Válvula Snort – Alto Forno

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PAINEL FORNECEDORES LOCAIS

Divulgação Usiminas

expousipa

Empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço associadas ao Sindimiva estão inseridas na Política de Priorização de Fornecedores Locais da Usiminas. Em janeiro, a siderúrgica assinou contrato com oito empresas da região e duas de São Paulo/ Cubatão. O acordo tem um ano de duração e está focado, nessa primeira fase, em empreendimentos dos setores de caldeiraria e usinagem (categoria “leve”). Antes realizadas de formas pontuais e de acordo com a demanda da empresa, agora as compras poderão ser programadas e atendidas de forma mais ágil. O contrato prevê ainda que qualquer oportunidade de melhoria identificada pelo fornecedor – como otimização do processo ou redução de custo – será analisada pela equipe técnica da empresa. Comprovada sua aplicabilidade, o ganho é dividido em 50% com o empreendedor. De acordo com o diretor de Suprimentos da Usiminas, Antônio Carlos da Rosa Pereira, o Vale do Aço tem tudo para se desenvolver como um grande pólo metalmecânico, geran-

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do valor e desenvolvendo competências na região. “A Usiminas quer fazer parte desse crescimento. Vamos e precisamos valorizar os fornecedores locais – que é o que estamos fazendo hoje – mas precisamos também deixá-los cada vez mais competitivos. Competitividade gera competência”, afirma. Para Jeferson Bachour Coelho, presidente do Sindimiva, o contrato proporciona tranquilidade para as empresas. “Agora temos mais condições de programar investimentos em maquinário, qualificação profissional e certificações”. Lançada no começo de 2009, a iniciativa foi criada com o objetivo de movimentar os negócios locais, minimizando o impacto dos efeitos da recessão econômica. O primeiro passo para efetivar essa ação foi a criação de uma estrutura para atendimento e facilitação do processo de cadastramento das novas empresas. Devidamente cadastradas no sistema da Usiminas, as empresas começam agora a colher os primeiros resultados dessa política.

Com 22 anos de história de sucesso para os negócios no Vale do Aço, a Expo Usipa já iniciou as vendas dos estandes para a edição de 2010. Neste ano, a exposição que está entre as maiores de Minas Gerais acontecerá entre os dias 21 e 24 de julho. Interessadas em expor seus produtos em Ipatinga, empresas de grandes centros como São Paulo já garantiram o espaço no evento. Em uma área de 15 mil metros quadrados na Usipa, a exposição terá oito áreas nas quais serão distribuídos 214 estandes. Além de participarem da exposição aberta ao público em geral, as empresas que confirmarem presença no evento poderão agendar reuniões exclusivas com os compradores das grandes indústrias da região como Usiminas, Usiminas Mecânica, Cenibra, Vale e ArcelorMittal Inox no Encontro de Negócios. Para reservar um estande ou solicitar mais informações, a empresa interessada pode entrar em contato com a organização do evento pelo telefone (31) 3801 4351 ou pelo e-mail luizaelizabete@usipa.com.br .

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IPATINGA ESTÁ DANDO CERTO:

É A CIDADE QUE MAIS

GERA EMPREGO EM MINAS. Ipatinga já começa o ano com uma grande conquista. Segundo pesquisa* do Ministério do Trabalho e Emprego, é a cidade que mais emprega com carteira assinada em Minas. Um crescimento três vezes maior que a média do estado. O resultado indica uma forte recuperação da atividade econômica em Ipatinga, fruto de um trabalho sério da nova Prefeitura.

* Pesquisa realizada em janeiro de 2010.

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BIG

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MERCADO

Incluir as indústrias do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço no bilionário mercado da indústria naval e offshore brasileiro. Com esse objetivo, o Centro Integrado Sesi/Senai Rinaldo Campos Soares, localizado em Ipatinga, recebeu no dia 23 de fevereiro o “Encontro de Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças do Vale do Aço”.

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Agência Petrobras

Encontro incentiva fornecedores de navipeças

O evento foi promovido pelo Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Vale do Aço (Sindimiva), o Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), a Prefeitura Municipal de Ipatinga e o Sistema Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais). De acordo com o Sindimiva, cerca de 10 empresas da região já fornecem navipeças, como portas de visitas, escadas, passarelas, blocos de navios e calhas de amarra. “Com essa ação esperamos incentivar os empresários locais a se capacitar para atender às demandas específicas da indústria naval”, detalhou o presidente da entidade, Jeferson Bachour. Estimativas do Sinaval apontam para investimentos na casa de 5 bilhões de dólares e a construção de mais de 200 navios até 2015 somente através do Programa de Modernização e Expansão da Frota e de Embarcações de Apoio da Petrobras (Promef), uma iniciativa do governo federal com o intuito de suprir as necessidades da Transpetro (subsidiária da Petrobras) com fornecedores nacionais. Apesar de estarem longe do mar, onde geralmente se localizam os grandes estaleiros, o Pólo Metalmecânico do Vale do Aço se desenvolveu historicamente para atender setores exigentes como o siderúrgico e o de mineração. “Os estaleiros precisam de fornecedores qualificados e nós preenchemos esses requisitos. Um evento como esse abre portas para novos negócios”, disse Jeferson. É de olho nesses frutos que as indústrias regionais conquista-


ram parceiros como a Prefeitura e o Sistema Fiemg para promover o encontro. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Ipatinga, Marco Aurélio Sena, explica que cerca de 45% das indústrias associadas ao Sindimiva estão localizadas em Ipatinga e a promoção de novos negócios gera emprego e divisas para o município. “A administração municipal vem apoiando as iniciativas das entidades de classe para promover o desenvolvimento do setor produtivo. No ano passado, apoiamos o Seminário de Petróleo e Gás e agora somos parceiros no Encontro de Navipeças. Isso é um investimento no desenvolvimento social e econômico do município feito em parceria com a iniciativa privada”, destacou. Para o presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Luciano Araújo, é essencial para as indústrias regionais a diversificação do mix de clientes. “Quando os setores organizados da indústria do Vale do Aço se unem para buscar novos mercados, isso significa desenvolvimento das próprias empresas, menor dependência das oscilações do mercado e, claro, a participação numa fatia importante de um setor que irá gerar divisas para todo o País, como o naval.” Um exemplo é a Viga Caldeiraria, empresa localizada no Distrito Industrial de Santana do Paraíso, que acaba de fechar um contrato para fornecer blocos de navios para o estaleiro STX. Segundo o diretor da empresa, Flaviano Gaggiatto, na década de 90, a indústria fabricou balsas e empurradores para o Rio São Francisco. “Em função da quantidade de navios, plataformas e sondas de perfuração que serão necessários nos próximos anos, a perspectiva de um

Paulo Assis/Letra de Forma

Os estaleiros desenvolveram suas próprias unidades de treinamento e qualificação. Com esta rede em operação, um anunciado “apagão” de soldadores qualificados foi evitado. Com as novas encomendas, o número de empregos diretos nos estaleiros pode chegar a 60 mil até 2012. Para cada emprego direto em estaleiro, são gerados aproximadamente 5 empregos indiretos na cadeia produtiva da Indústria Naval, atingindo 300 mil nos próximos anos. enorme crescimento. A experiência que temos nos ajuda, inicialmente, a participar desse mercado”, destacou, frisando a parceria com outras empresas do Pólo Metalmecânico. Gaggiatto acredita que são necessárias apenas algumas melhorias na qualificação profissional para que o Pólo torne-se pleno para atender a demanda do setor de navipeças. “Não são ajustes muito severos

porque as empresas já são certificadas ISO 9001. Temos que fazer algumas adequações de soldadores, mas não é uma coisa complicada. Tem funcionários nossos nos estaleiros do Rio de Janeiro adquirindo essa tecnologia e conhecimento para trazer para o Vale do Aço, não só para a Viga, mas para todas as empresas do Sindimiva”, completou o empresário.

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entrevista

Franco Papini O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Franco Papini, que lidera ainda o Comitê de Navipeças da instituição, participou do Encontro de Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças, realizado em Ipatinga. Numa entrevista à Revista Sindimiva/ Negócios Industriais, ele falou sobre o potencial do mercado nacional, das oportunidades para o Vale do Aço. “Nós sabemos que temos 40 sondas para fazer, 12 no exterior e 28 no Brasil; e já ouvimos que não são mais 40, são 80. A cada sonda tem uma plataforma, a cada plataforma tem 4 ou 5 barcos de apoio, para cada plataforma tem dois navios aliviadores. Tudo isso que eu mostrei provavelmente pode dobrar. Esse é o tamanho da coisa.” Como está o Pólo Metalmecânico para fazer uma parceria com o Sinaval? É obrigação do Sinaval desenvolver a cadeia de fornecedores. A tendência hoje dos estaleiros é se tornarem empresas montadoras e hoje o Brasil tem um grande potencial em áreas como siderurgia, máquinas e equipamentos, mobiliário. Queremos mostrar a imensidão que esse mercado tem para os próximos 30 anos. Outras gerações vão poder usufruir das benécifies que esse mercado vai criar a nível de emprego, renda, qualidade de vida para

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Paulo Assis/Letra de Forma

toda a população. O senhor falou em imensidão. De quantos navios, de quantos bilhões em investimentos estamos falando? A Petrobras anuncia hoje, oficialmente, 174,4 bilhões de dólares até 2017. Agora a gente sabe que a camada de Pré-Sal tem uma reserva muito maior do que a demanda proporcionalmente estimada. Sabemos que temos 40 sondas para fazer, 12 no exterior e 28 no Brasil; e já ouvimos que não são mais 40, são 80. A cada sonda tem uma plataforma, a cada plataforma tem 4 ou 5 barcos de apoio, para cada plataforma tem dois navios aliviadores. Tudo isso provavelmente pode dobrar. Esse é o tamanho da coisa.


Essa é uma INDÚSTRIA PUJANTE O Sinaval tem parceria com as Federações das Indústrias e nós agora estamos firmando uma parceria também com o Pólo Metalmecânico do Vale do Aço. Estamos com as portas abertas para os fornecedores, para as empresas e, toda vez que for necessário, estaremos presentes porque é do nosso interesse desenvolver cada vez mais essa cadeia de fornecedores brasileira.

2010. Em 2012, devemos chegar a 60 mil funcionários diretos e, em 2015, provavelmente, a 100 mil quando o Pré-Sal estiver já quente. Eu acredito que na cadeia de fornecedores diretos aos estaleiros você pode ter um multiplicador de cinco, ou seja, se falamos de 100 são 500 mil; e nos subfornecedores você pode multiplicar por 15, ou seja, é um novo País. Portanto, é um potencial que sinceramente não tenho nem pulmão para falar porque é muito grande, é muito interessante. A empresa que se equipar, estiver junto, ela vai ter o seu lugar ao Sol e vai aumentar seu faturamento e seu nível de emprego. Enfim, essa indústria é pujante.

Existe alguma regra para a indústria do Pólo Metalmecânico participar desse mercado?

O que o Pólo Metalmecânico do Vale do Aço pode oferecer para a cadeia de navipeças?

Uma empresa que queira oferecer blocos para o estaleiro deve estar dentro de todas as práticas certificadas inerentes à construção naval. Não é uma mera solda, uma mera montagem; um navio tem que precipitar a certificações internacionais da IMO (International Maritime Organization), da Solas (International Convention for the Safety of Life at Sea), tem que ter sociedade classificadora.

Vai desde o casco, onde você pode fornecer blocos. A Usiminas está presente aqui, é uma antiga fornecedora de chapas, e sabemos que vai montar uma nova unidade para fornecer blocos, já montados. Isso é um grande avanço porque para os estaleiros vai ser ótimo, pois reduz até o tempo de investimento. Tendo o bloco pronto, você chega lá e acopla, a velocidade em que esse navio será construído é outra. Se o estaleiro não precisar cortar a chapa dentro do estaleiro e já receber blocos prontos imagina a velocidade que isso dá.

Como o Sinaval pretende estar presente na vida da comunidade do Vale do Aço já que é uma novidade para a maioria e também uma forma de geração de emprego e renda?

Não é ter uma instalação, poder comprar chapas e meramente soldar. Tem todo um procedimento que precisa ser acompanhado. Agora, como iniciativa, é extremamente positivo e vamos fazer todo o esforço possível para que as indústrias do Vale do Aço se insiram nesse processo da indústria da construção naval, que tem muita obra até 2030, no mínimo. A região tem potencial para isso. Já foi estimado pelo Sinaval quanto essas demandas vão envolver em termos de mão-deobra? Nós saímos do ano de 2000 de 1.900 funcionários diretos e estamos com 46.300 no começo de

Além do Vale do Aço, que tenta entrar nessa cadeia, quais são as regiões que fornecem para as indústrias do setor? Tem um fornecimento forte em São Paulo, no Rio de Janeiro e Pernambuco. Não tem muito obstáculo, é querer fornecer, ter qualidade, ter preço, ter prazo. Essa distância do Vale do Aço, é um impeditivo? Acredito que não.

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financiamento

Capital de giro para impulsionar retomada Uma linha de crédito oferecida pelo BDMG auxiliará as empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço e associadas ao Sindimiva a obter capital de giro nesse momento de recuperação: o Empresa Mineira Competitiva com recursos do FUNDESE. De acordo com Francisleila Melo Santos, consultora financeira da Fiemg Regional Vale do Aço, a linha é direcionada para empresas não optantes pelo Simples Nacional e com faturamento superior a R$ 2,4 milhões anuais. “É um produto com o perfil das empresas associadas ao Sindimiva, que estão precisando de capital de giro para retomar a produção nesse momento de retomada da economia. Por ser uma linha de financiamento baseada no faturamento bruto, as empresas poderão solicitar até 20% do mesmo como capital de giro puro. Vale ressaltar que no Empresa Mineira Competitiva não há incidência de IOF.” O acesso ao crédito ainda é um gargalo para a indústria mineira, segundo o Sondagem Industrial divulgada pela Fiemg. De acordo com o estudo, no quarto trimestre de 2009, o grau de satisfação atingiu 42,6 pontos (somente valores acima de 50 pontos são considerados positivos). O Programa Empresa Mineira Competitiva financia até R$ 3 milhões, com prazo de 24 meses, carência de 3 meses, e juros de (aproximadamente) 0,87% mensais. De acordo com Francisleila, a liberação é feita em 20 dias. O empresário precisa apresentar como garantia a alienação fiduciária de um bem e para valores até R$200.000,00 é aceito o aval dos sócios. Outra opção semelhante é o Progeren, do BNDES, cuja taxa é de 1,1%. Mais informações 31 3822-1414 com Francisleila.

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Fotolia

Ampliado o limite do Cartão BNDES O BNDES ampliou para R$ 1 milhão o limite de crédito que pode ser oferecido aos clientes do Cartão BNDES. Anteriormente, o limite era de R$ 500 mil. O prazo máximo de amortização não foi alterado, permanecendo em 48 meses. As operações do Cartão BNDES são realizadas por meio dos bancos que operam o produto, uma linha de crédito rotativo automática. As instituições financeiras são Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Nossa Caixa. Os clientes do Cartão podem ter acesso, por meio da Internet

(www.cartaobndes.gov.br), a 18 mil fornecedores credenciados, entre fabricantes, distribuidores autorizados e prestadores de serviços, que disponibilizam em seus catálogos de produtos e serviços cerca de 125 mil itens autorizados. Atualmente, já são mais de 230 mil empresas (97% micro e pequenas) que possuem o Cartão BNDES, perfazendo um limite de crédito total de R$ 9 bilhões para a aquisição financiada de máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, insumos industriais autorizados e, mais recentemente, serviços tecnológicos voltados à inovação.


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associada da edição

Vários sonhos; uma empresa Paulo Assis/Letra de Forma

No final da década de 1980, o Brasil engatinhava o período de democracia, após décadas sob o regime de ditadura. Dono de estatais, o governo ainda não sabia o que era negociar com os operários. Foi uma década de greves por todo o País. Um desses episódios contribuiu para a criação da Polikini Indústria e Comércio Ltda, localizada na cidade de Itabira. Em 1989, um grupo de 45 funcionários da então Companhia Vale do Rio Doce participaram de uma greve que mobilizou milhares de operários na mineradora. Temerosos de uma reação da estatal, os funcionários – que atuavam no setor de usinagem da Vale - decidiram criar uma empresa como uma alternativa preventiva. Numa área de 100 metros quadrados, no Caminho Novo, onde funcionava a oficina mecânica de Braz Isidoro da Silva, pai de três sócios, nasceu a Polikini. No início, a empresa foi tratada como um “bico”, pois a maioria dos “sócios fundadores” continuou atuando na Vale do Rio Doce após o encerramento da greve. Com o tempo, alguns aposentaram, outros aproveitaram planos de incentivo de desligamento e passaram a se dedicar

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exclusivamente à Polikini. Em 1995 a empresa deixou o bairro Caminho Novo e foi para o Distrito Industrial, onde hoje ocupa uma área de 23 mil metros quadrados, sendo 6 mil destinados ao parque produtivo. Hoje, a empresa conta com um quadro fixo de 176 colaboradores – eram quase 250 antes da crise – e 35 sócios (23 deles ainda atuam diariamente na Polikini). O conhecimento técnico, adquirido com anos de experiência na CVRD, e a rede de contatos contribuíram para a conquista dos primeiros clientes, inclusive a própria Vale. O portifólio inclui ainda CSN, Votorantim, Demag, Albras, Gerdau, Fermag, Arcelor Mittal, Samarco, Ciafal, ThyssenKrupp, entre outros. Especialista em usinagem e caldeiraria pesada, a empresa, que possui a certificação ISO 9001:2008, atende os setores de mineração, hidromecânica, siderurgia, montagem eletromecânica e já produziu até barcos. A Polikini conta com uma capacidade produtiva de 200 toneladas na área de caldeiraria e 10 mil horas mensais de usinagem.


gestão

Fiemg realiza curso de Capacitação Empresarial A falta de conhecimento gerencial, aliada à elevada carga tributária, são as principais causas do fechamento precoce de negócios em Minas Gerais. “O espírito empreendedor é importante, mas é fundamental que o empresário tenha conhecimentos, mesmo que superficial, de gestão, tributos, finanças empresariais, marketing, logística”, pondera o analista de negócios da Fiemg Regional Vale do Aço, Luiz Sérgio Martins Júnior. Com o intuito de auxiliar os empresários, o Instituto Euvaldo Lodi, o Sebrae e a Regional Vale do Aço da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, em parceria com a Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), vão promover o curso “Capacitação Empresarial para Micro e Pequenas Empresas”. As aulas são coordenadas pelo Núcleo de Gestão Empresarial do IEL.

Com uma carga de 94 horas, divididos em seis módulos (Estratégia Empresarial, Finanças Empresariais, Operações I, Operações II, Conhecimento Empresarial e Workshop) , com aulas às sextas (18h30 às 22h30) e sábados (8h às 12h e 13h às 17h). Os encontros serão mensais e acontecerão no Centro Integrado Sesi/Senai Rinaldo Campos Soares, no bairro Veneza, em Ipatinga. De acordo com a Fiemg, o curso não é uma pósgraduação, mas ao final do curso, que dura cinco meses, os participantes com uma frequência mínima de 70% receberão o certificado. “Antes de dar um título, o nosso objetivo é capacitar o empresário para os desafios de gerenciar uma empresa”, completa Luiz Sérgio. Informações sobre valores e inscrições pelo telefone 31 3822-1414.

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Divulgação/PMI

Novas áreas atraem empresários em busca de expansão Uma nova área de 224 lotes em um espaço de 587 mil metros quadrados. Estas são apenas algumas características do projeto de expansão do Distrito Industrial apresentado pela Prefeitura de Ipatinga. O estudo foi detalhado para empresários e o projeto executivo para expansão do Distrito Industrial está sendo preparado.

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DESENVOLVIMENTO Divulgação/PMI

O modelo de gerenciamento da nova área será discutido juntamente com a Associação dos Empresários do Distrito Industrial e entidades como a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG); Agência de Desenvolvimento Industrial (ADI); Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Sindimiva). O estudo da expansão do Distrito Industrial é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEMDE) da Prefeitura de Ipatinga. A área estudada fica atrás do Distrito Industrial, próximo ao aeroporto, e terá acesso próprio por meio da BR 458. O espaço terá uma área de 200 mil metros para construção de lotes; 302 mil metros de área de preservação ambiental; 70 mil de área de rua e 15 mil de área institucional. O atual Distrito Industrial possui 351 mil metros quadrados dos quais 156,6 são para lotes. O prefeito Robson Gomes reforça o compromisso de ouvir as demandas dos empresários e construir um modelo de expansão do Distrito Industrial que atenda ao coletivo. “Fico feliz quando as pessoas se organizam para colocar em prática os seus sonhos. Compactuo com a ansiedade de vocês que querem não só fazer negócios, mas gerar emprego e renda para a nossa cidade”. Mais de 100 empresas interessadas em se instalarem ou expandirem no Distrito Industrial já fizeram o cadastro. “Temos que investir no desenvolvimento regional e Ipatinga deve ser indutora e líder deste processo. Ainda vamos discutir como será o gerenciamento dessa área e como será o processo”, reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Sena.

Administração debate projeto do Distrito Industrial com entidades e empresários

“Temos que investir no desenvolvimento regional e Ipatinga deve ser indutora e líder deste processo. Ainda vamos discutir como será o gerenciamento dessa área e como será o processo” Marco Sena, Secretário de Desenvolvimento Econômico de Ipatinga Divulgação/PMI

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energia

Indústrias regionais apostam no gás natural

Divulgação/Gasmig

Cinco indústrias do Vale do Aço já assinaram contrato para a utilização do gás natural que será fornecido pela Gasmig a partir do segundo semestre de 2010, com a conclusão do lote 3 da obra, orçada em R$ 635 milhões. Cipalam, Laminação Paraíso, Vamtec, ArcelorMittal Inox Brasil e Cenibra. Maior cliente regional até o momento, com um consumo diário de 200 mil metros cúbicos, a ArcelorMittal estima uma redução de 30% com a substituição do GLP para o gás natural. Outra vantagem prevista pela siderúrgica é a redução das emissões do dióxido de carbono (CO2) em 37 mil toneladas anuais. De acordo com o gerente de Novos Negócios da Gasmig, Décio

Abreu, o gás natural é mais vantajoso do ponto de vista econômico e ambiental. “Ele possui um melhor rendimento térmico, facilita o controle do processo industrial, contribui para maior vida útil dos equipamentos, não emite particulados, nem enxofre e reduz a emissão de CO2”, disse. A questão da segurança também é ressaltada pela empresa, pois não é preciso estocar o produto – que chega através da tubulação -, reduzindo, inclusive, o prêmio dos seguros pagos pelas empresas. Décio explica que o investimento varia conforme o porte da empresa, mas, em geral, o valor já se paga entre 5 e 10 meses. Associada ao Sindimiva, a Cipa-

lam, localizada no bairro Iguaçu, também assinou o contrato. Conforme a Gasmig, a empresa vai consumir 310 mil metros cúbicos mensais. A mesma quantidade está prevista para a Laminação Paraíso, localizada em Santana do Paraíso, que pertence ao mesmo grupo. Para as empresas do Pólo Metalmecânico, o gás natural pode ser utilizado em caldeiras, fornos de reaquecimento, de tratamento térmico e no corte de chapas. As indústrias associadas podem entrar em contato através dos telefones disponibilizados no site www.gasmig.com.br. Devido à legislação em vigor, ainda não é permitida a contratação conjunta do serviço.

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INFORME PUBLICITÁRIO

554 229

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321

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Adm.Pública

Comércio

Construção Civil

Utilidade Pública

-594 Extrativa

-710

Indústria de Transformação

1044

245 1

1

35

- 1646

- 64 O gráfico apresenta o saldo da geração de emprego, por setor de atividade econômica, em janeiro de 2010. Os setores de Administração Pública, Agropecuária e Outros não tiveram saldo. FONTE: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged)

Prefeitura induz geração de emprego e renda Ipatinga é a cidade com a maior variação positiva de admissões e desligamentos em Minas Gerais. Esta é a constatação da última pesquisa realizada em janeiro pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram apresentados em fevereiro pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com o estudo, Ipatinga registrou no primeiro mês do ano 4.157 admissões contra 2.895 demissões, gerando um saldo positivo de 1.262 empregos (+ 1,94%). A informação foi comemorada pelo prefeito Robson Gomes. “Estamos realizando ações importantes para impulsionar a geração de

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emprego e renda no nosso município. Apoiamos grandes eventos de promoção de negócios importantes para a cidade, além do investimento em capacitação. Outra ação de destaque é a ampliação do Distrito Industrial de Ipatinga, com previsão de dobrar os mais de dois mil empregos já existentes no local”, destaca. Entre as ações citadas pelo prefeito Robson Gomes está a realização do Encontro de Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças. O evento foi promovido, no final de fevereiro, pela Prefeitura de Ipatinga juntamente com o Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elé-

trico do Vale do Aço (Sindimiva), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). “Já temos empresas na região que produzem peças para navios e estaleiros. São indústrias com certificação e que irão levar a produção regional para além das fronteiras do estado. No ano passado também apoiamos o Seminário de Petróleo e Gás. Nesta ocasião trouxemos representantes de outros estados para Ipatinga. Isso mostra que a cidade tem potencial para atender as demandas e necessidades das indústrias do País e do mundo”, reforça.


desenvolvimento Qualificação profissional A capacitação profissional é um sonho de muitos cidadãos e necessidade de empresas que não encontram no mercado mão-de-obra qualificada. Para atender esta demanda que gera renda e emprego, a Prefeitura de Ipatinga tem realizado uma série de ações de capacitação de mão de obra no município. Uma delas é a parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) que, em março, forma 90 novos profissionais qualificados nos setores de panificação, corte e costura e construção civil. Os sindicatos patronais identificaram quais eram as áreas de maior demanda. Por meio da parceria serão realizados outros cursos profissionalizantes. O deputado federal, Alexandre Silveira, um entusiasta da geração de emprego e renda, irá destinar R$1,5 milhão para a capacitação profissional na região por meio de emenda parlamentar já aprovada. “O índice positivo no Caged em janeiro é fruto das ações conjuntas do poder público e da iniciativa privada. Quem ganha é a população”, opina. A emenda parlamentar tem como objetivo fazer com que o setor metalmecânico de Ipatinga e região tenha maior participação na fatia de produção

industrial no setor de Navipeças. Os números apontam um ‘boom’ no setor. Durante o Encontro de Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças do Vale do Aço, realizado em Ipatinga, no final de fevereiro, estimativas prevêem investimentos na casa de 5 bilhões de dólares e a construção de mais de 200 navios até 2015, somente por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota e de Embarcações de Apoio da Petrobras (Promef). A geração de empregos é outro ponto forte dos investimentos em estaleiros. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a entidade saiu da casa de 1.900 funcionários em 2000 para 46 mil funcionários em 2010. A estimativa é chegar a 60 mil postos de trabalho em 2012 e 100 mil em 2017. “O setor público pode ser incentivador e daninho. Maligno se não houver visão e incentivador se houver o mínimo de fome e o máximo de visão. A desoneração dos impostos desta cadeia produtiva é tão importante para a geração de renda, empregos diretos e indiretos, além de postos de consumo”, aponta o vice-presidente executivo do Sinaval, Franco Papini. Divulgação/PMI

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BATE-PAPO com francisco amerio Num bate-papo com a Revista Sindimiva/Negócios Industriais, o superintendente geral da Usina de Ipatinga, Francisco Américo, fala sobre as perspectivas da siderúrgica neste momento pós-crise, dos investimentos em andamento, sobre o debate da nova usina de Santana do Paraíso e sobre a parceria com os fornecedores locais. Confira a íntegra da conversa. Quais as perspectivas da Usiminas para os próximos anos? Hoje podemos falar que já passamos pelo ápice da crise. Vencidos os principais obstáculos, somos uma empresa mais ágil, moderna e preparada para enfrentar novos desafios e capturar novas oportunidades. Temos boas perspectivas para 2010, dadas as expectativas de mercado para o crescimento do PIB superior a 5% e de cerca de 12% na produção industrial, ao mesmo tempo em que se espera uma retomada, ainda que parcial, das principais economias do mundo e, nesse sentido, as perspectivas são de crescimento das vendas aos diversos segmentos do mercado, prevendo-se um crescimento da demanda por aços planos no mercado interno, da ordem de 20%, segundo dados preliminares do Instituto Aço Brasil – IABr. No médio e longo prazo haverá impactos favoráveis decorrentes dos investimentos necessários para a realização dos mega eventos esportivos e dos investimentos para exploração dos campos de petróleo do pré-sal. Este cenário deverá representar para a indústria siderúrgica um aumento contínuo no consumo de aço. Quais investimentos estão previstos? Mesmo em meio a crise, prosseguimos com investimentos que consideramos estratégicos, para os quais cerca de R$2,1 bilhões foram desembolsados em 2009, a fim de assegurar nossa presença nos segmentos de maior potencial de desenvolvimento. Na Usina de Ipatinga estão em curso três grandes investimentos: Coqueria: com capacidade produção de 750 mil ton/ano de coque. A previsão de inauguração é Nilmar Lage

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“Somos uma empresa

mais ágil e moderna” ainda no primeiro semestre deste ano. - Nova linha de galvanização da Unigal: produção de 550 mil ton/ano de galvanizados a quente. Essa nova unidade deve entrar em operação no começo de 2011. - Expansão da Laminação de Chapas Grossas: tecnologia do resfriamento acelerado, em atendimento aos requisitos dos projetos de exploração do pré-sal. Esse investimento vai proporcionar um acréscimo na produção de 350 mil ton/ano. Em Cubatão está em desenvolvimento a Linha de Tiras a Quente nº2 (produção de 2,3 milhões de ton/ano). Temos ainda outros importantes investimentos previstos na Usiminas Mecânica (instalação de uma nova unidade de fundição até o 4º trimestre de 2011), na Soluções Usiminas (ampliação da planta de Taubaté) e na Automotiva Usiminas (ampliação da linha de armação/soldagem). Existe alguma previsão de início das obras do aeroporto? E a nova usina? O projeto da usina de placas em Santana do Paraíso – anunciado em julho de 2008 e suspenso em julho de 2009 em função da crise – vai voltar a ser discutido pelo Conselho de Administração da Usiminas em agosto deste ano. A definição de um novo cronograma vai depender da retomada sustentável por aços planos. Em relação ao aeroporto, estamos em contato permanente com o Governo de Minas Gerais, estudando novas áreas que possam receber o empreendimento. Como os investimentos do pré-sal estão influenciando a visão de mercado da Usiminas?

A Usiminas acredita que o pré-sal é um importante mercado e por isso temos voltado nossa atenção para esse tema. Estamos instalando aqui em Ipatinga o “Resfriamento Acelerado de Chapas Grossas”, uma tecnologia que vai possibilitar a produção de aços de alta resistência para fornecimento aos setores ligados à cadeia produtiva do pré-sal. Essa tecnologia vai ampliar nosso atendimento aos setores naval, de plataformas offshore e de tubos de grande diâmetro. Isso tudo faz parte da nossa estratégia de agregar valor ao aço. A previsão é que o equipamento entre em operação no 3º trimestre de 2010, com capacidade de produção de 300 mil a 500 mil toneladas por ano. Além disso, a Usiminas Mecânica está investindo US$ 200 milhões na construção de uma fábrica de módulos para plataformas marítimas, também mirando os investimentos previstos para a exploração da camada pré-sal. De que forma os fornecedores locais podem auxiliar a siderúrgica nesse novo momento? A Usiminas tem buscado uma aproximação cada vez maior com os fornecedores das cidades onde está localizada. Prova disso é que no ano passado criamos a Política de Priorização dos Fornecedores Locais, uma iniciativa que tem como objetivo fomentar os negócios regionais. O primeiro fruto dessa ação nós colhemos no começo deste ano, quando assinamos contrato com oito empresas do Vale do Aço, voltado para o setor de calderaria e usinagem (categoria leve). Para estreitar ainda mais esse laço, este mês eu recebi também representantes de entidades comerciais e da prefeitura de Ipatinga. Foi um momento importante para falarmos sobre as perspectivas de 2010 e vislumbrarmos futuras parcerias. Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista

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PEIEX Em 1994, Avani Caldeira Junior criou uma empresa para fornecedor modelos industriais em madeira para siderúrgicas do Vale do Aço. Seis anos depois, desenvolveu a técnica de fundição. No ano passado, começou a atuar com usinagem. A empresa localizada em Timóteo, hoje com 14 funcionários, pretende alçar vôos mais altos: atingir o mercado nacional e internacional. Em fevereiro, a Moldam Modelagem e Fundição, empresa associada ao Sindimiva, aderiu ao Peiex, Programa de Extensão Industrial Exportadora, e se juntou a outras 120 empresas que contam com consultorias gratuitas em áreas como marketing, recursos humanos, gestão e produção. “Quando soube do programa, entrei em contato e logo aceitei participar. Contar com uma consultoria que identifica os pontos negativos, oportunidades de melhorias e ainda auxilia na solução dessas dificuldades é muito bem vindo”, atesta Avani. “E ainda tem o benefício de não ter custos. O investimento será com a própria adequação”, completa. A pequena empresa, com uma produção mensal de 2 toneladas e uma carteira que inclui siderúrgicas, mineradoras, produtoras de celulose e indústrias metalmecânicas, espera que a participação no projeto contribua para uma meta antiga. “Sempre pensei em exportar, mas não era o objetivo principal. Se chegarmos a um ponto que dê para exportar, vamos exportar”, destaca Avani. Por enquanto, a equipe do Peiex já apresentou o diagnóstico com medidas que precisam ser implantadas. O monitor extensionista do Peiex Vale do Aço, Fábio Jabour, explica que além das

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Avani, ao lado do espectômetro: qualificação para atingir o mercado externo

Paulo Assis/Letra de Forma

Padrão Internacional visitas, o programa também oferece uma série de palestras onde são abordados assuntos relevantes para a gestão de uma empresa. “É uma oportunidade ímpar para os empreendedores do Vale do Aço. O projeto foi lançado no segundo semestre de 2009 e já temos a participação de quase 120 empresas. Ainda temos vagas para mais 100 empresas, mas é importante que os interessados entrem em contato o quanto antes, pois a adesão deve ser feita até o mês de abril”, explica Fábio. Hoje, as indústrias do vestuá-

rio e metalmecânico lideram a participação no projeto. “Mesmo aquelas empresas que não vendem para o exterior poderão ser capacitadas e colocarem seus produtos e serviços num nível internacional, tornando-se mais competitivas”, reforça o presidente da Fiemg Vale do Aço, Luciano Araújo. Serviço Em Ipatinga, o Peiex está localizado na rua Cristóvão Colombo, 15, Cidade Nobre. Mais informações (31) 3821-2102.


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Com tanta coisa poluindo o meio ambiente, tinha que existir um combustível mais limpo. O gás natural da Gasmig une desenvolvimento e preservação do meio ambiente: move indústrias, carros, pessoas. Tudo isso sem poluir. Gás Natural. Invisível e essencial.

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