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Imagens 9 e 10. Estampas de Azevedo Fortes presente no Engenheiro Portuguez
Imagens 9 e 10. Estampas de Azevedo Fortes presente n’O Engenheiro Portuguez
Na primeira imagem, verifica-se um hexágono com a tenalha; na segunda, no detalhe do traçado do baluarte, a referência ao “novo sistema de M. de Vauban”.374 O refinamento do conhecimento sobre o sistema abaluartado de defesa em Portugal deve-se ao trânsito do conhecimento produzido na Europa, sobretudo Itália e França. Isso está ligado à mobilização dos mestres de fortificação, e mais tarde engenheiros, e ao aprimoramento do conhecimento da matemática e da geometria. Além disso, destacam-se as inovações de guerra, como as armas de fogo e os canhões para os quais os modelos medievais de defesa mostravam-se obsoletos.
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Azevedo Fortes sintetiza bem esse momento de transição “nos tempos antigos os aríetes, catapultas, balestas, dardos, pedras, lenha e fogo eram as armas com que os expugnados combatiam e se defendiam os sitiados”. Todavia, “neste tempo a lenha das minas se transformou em pólvora, as pedras em granadas, os dardos em espingardas, e mosquetes, as frechas em pilouros, os arietes em canhões, e as balestras em colubrinas que são as armas que hoje uns se expugnam e outros defendem”.375
As mudanças nas tecnologias de guerra implicaram na renovação da ciência militar e de defesa. Por outro lado, esses vários tratados eram confrontados com os mais variados espaços nas áreas coloniais. Estabelecer-se em pontos estratégicos na Ásia, África e América implicava a difícil tarefa de fortificar, principalmente pontos de comércio. Essa matriz de conhecimento, que
374 Idem, estampa 7. 375 Idem, p. 5.