GUIA INFRAESTRUTURAS NO ÂMBITO DAS COMPETIÇÕES PROFISSIONAIS PORTUGUESAS
2020-21
MENSAGEM DA DIRETORA EXECUTIVA DAS COMPETIÇÕES – HELENA PIRES O ESTÁDIO
5 7
Localização 8 Orientação do campo 8 Cobertura 9 Terreno de Jogo Separação entre terreno de jogo e área destinada ao público
9 10
Iluminação 10 Parque Estacionamento 11
BANCADAS 13 Capacidade mínima e possibilidade de crescimento Lugares destinados ao público
13 14
Locais para mobilidade reduzida Instalações sanitárias
15 16
Salas de primeiros socorros Instalações para a comunicação social
16 16
TV Compound
16
Dispositivos de controlo de entradas Videovigilância (CCTV)
17 17
Ecrã gigante / Marcador eletrónico
ZONA TÉCNICA - INFRAESTRUTURAS DE APOIO
17
19
Bancos delegados, equipa técnica e jogadores suplentes :
19
Balneários das equipas Balneários da equipa de arbitragem
20 20
Sistema de AQS para balneários
20
Posto Médico
20
Sala de Controlo Antidoping Sala de Organização de Jogos
20 20
ÁREA MARKETING
23
Ocupação das bancadas e Câmara Master
23
1ª linha de publicidade
23
2ª linha de publicidade 24 Bancos delegados, equipa técnica e jogadores suplentes
24
Suportes de publicidade vertical: Lonas publicitárias
25 25
Zonas de aquecimento Apanha bolas
26 26
Assistentes Recintos Desportivos
27
Bares 27
DOCUMENTOS PARA LICENCIAMENTO:
29
CATEGORIZAÇÃO 31
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MENSAGEM DA DIRETORA EXECUTIVA
DAS COMPETIÇÕES
HELENA PIRES A aposta na profissionalização das estruturas foi, e será sempre, uma das
principais bandeiras desta Direção Executiva da Liga Portugal, ao acreditar firmemente que a evolução do futebol português estará diretamente ligada com a capacidade de cada Sociedade Desportiva em potenciar as condições de trabalho de jogadores, staff técnico, restantes intervenientes. Ganha, claramente, o espetáculo desportivo. Este é um Guia que serve de orientação a uma melhor potenciação das infraestruturas, tendo sempre como base o Regulamento das Infraestruturas e Condições Técnicas e de Segurança nos Estádios, anexo ao Regulamento das Competições organizadas pela Liga Portugal. Numa altura em que o fundo de infraestruturas da LigaPro está ativo desde 2018-19, entendemos que este Guia é um excelente impulso para uniformizar, dentro do que for possível, os parâmetros na organização do Futebol Profissional. Medidas que, sem dúvida, podem aproximar as equipas do nível de excelência que pretendemos para as competições da Liga Portugal. Este Guia de Infraestruturas, dividido em seis áreas, pretende deixar orientações claras sobre os melhores procedimentos a adotar nos diversos parâmetros da organização de jogo. Nas áreas de Estádio, aborda-se a importância da sua localização, da correta iluminação (artificial e natural), a importância da qualidade do terreno, entre outros. Passando às bancadas, é analisada a capacidade mínima e de potencial crescimento das mesmas, a importância das salas de primeiros socorros, instalações para a comunicação social, sala de videovigilância (CCTV), entre outros temas. As zonas técnicas, as ativações de Marketing nas partidas de futebol, os documentos para licenciamento e a categorização dos estádios são também abordadas neste guia completo. Queremos, com este guia, continuar a trilhar o caminho da profissionalização das competições e das equipas, tendo como certo que a aplicação destas recomendações fará com que se chegue aos resultados esperados mais rapidamente. Como todos ambicionamos!
INFRAESTRUTURAS Informação com base no Anexo IV do Regulamento de Competições da Liga Portugal
O ESTÁDIO O tamanho e o nível da qualidade de um estádio novo serão sempre proporcionais aos recursos financeiros disponíveis. Contudo, projetar um estádio deve ter em conta diversos fatores: • a comunidade que o envolve • o futuro a médio-longo prazo • a competição em que o clube está envolvido: Liga NOS ou LigaPro. Num sentido de continuidade e conforto de todos os intervenientes e espectadores, devem estar sempre dotados dos melhores requisitos, a bem do espetáculo.
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LOCALIZAÇÃO O estádio deve estar localizado num local suficientemente espaçoso e seguro para a circulação e atividades do público e ter espaço para manobra de veículos de serviço e operações. É normal que os espectadores cheguem ao estádio espaçadamente e durante um maior período de tempo, podendo evitar filas desnecessárias nas entradas. Por outro lado, na hora da saída, a evacuação acontece ao mesmo tempo, o que aumenta muito a necessidade de espaço envolvente.
ORIENTAÇÃO DO CAMPO Deve ter-se extremo cuidado com o ângulo do campo em relação ao sol e com as condições climáticas predominantes. Os jogadores, os adeptos e a comunicação social devem ficar abrigados o máximo possível de serem encadeados pelo sol. Contudo, o efeito da cobertura do estádio sobre o campo deve ser também levado em consideração. Todos os lados do campo devem receber uma quantidade razoável de luz solar direta.
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COBERTURA
A cobertura deve ser projetada de forma a não criar sombra na zona de jogo – relvado, por forma a não ser prejudicial para o seu desenvolvimento. Uma maior cobertura do espaço garante seguramente melhores condições para os adeptos e demais intervenientes na organização de jogo. Preconiza o nosso regulamento, uma cobertura de 60%.
Cobertura transparente
Cobertura opaca
Zona com sol
Zona sombreada
Zona com sol
TERRENO DE JOGO Deve ter as medidas regulamentares:
105x68m - mínimo (100x64m) O relvado deve apresentar a superfície uniformemente plana, cortada em listas paralelas à linha de meio campo e com as marcações impostas pela regulamentação em vigor.
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SEPARAÇÃO ENTRE TERRENO DE JOGO E ÁREA DESTINADA AO PÚBLICO O estádio deve possuir uma separação entre o terreno de jogo e a área destinada ao público, resguardo de 90 cm ou uma vedação de 2,0mts. Existe também a possibilidade de recurso a fosso, o qual deve estar protegido.
Deve existir uma proteção que delimite os locais destinados ao público e túnel de acesso aos balneários, de acordo com a legislação em vigor. • Manga com 5 mts, desde a delimitação para o público até ao relvado; • Linhas laterais: mínimo 2 mts *; • Linhas de baliza: mínimo 3 mts*; *(Recomenda-se entre 4m e 5m em virtude de acautelar interesses comerciais da competição). Importante acautelar a distância que permita potenciação publicitária de 1ª e 2ª linha.
ILUMINAÇÃO Os níveis de iluminação devem ser no mínimo: • Liga NOS:1400 Lux´s para transmissão TV • LigaPro:1200 Lux´s para transmissão TV (mínimo de 350 lux sem TV) É aconselhável, mesmo na LigaPro, o mínimo de iluminação de 1200Lux para que, em caso de transmissão televisiva, a mesma possa ser instalada desde o início da época. Além do descrito, o estádio deve possuir um sistema de iluminação de emergência, de arranque automático. (O sistema de iluminação de emergência deve arrancar automaticamente em caso de quebra da tensão na rede de alimentação.) Ao longo do terreno de jogo devem ser efetuados testes de manutenção por forma a potenciar um melhor espetáculo TV e garantir a uniformização da iluminação devido ao VAR. A utilização de LEDS, deve ser potenciada em virtude de: 1. Qualidade melhor no espetáculo TV; 2. Melhor experiência dos fãs no estádio; 3. Redução dos custos a longo prazo;
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PARQUE ESTACIONAMENTO Na área onde se encontra o estádio, deve ser permitida a instalação de parques de estacionamento de viaturas, em conformidade com as lotações atribuídas de: • 1 Lugar para o Presidente da Liga • 1 Lugar para veículo ligeiro dos Árbitros: • 1 Lugar para veículo pesado de passageiros (autocarro da equipa visitante): • 4 Lugares para veículos dos delegados, observador e organização jogo. • 3 Lugares para veículos da equipa visitante, com acesso à zona técnica. • 5 Lugares para veículos da equipa visitante, com acesso à zona VIP. • 1 Lugar para viatura do Comando das Forças Policiais. • 1 lugar para viatura de ativação/implementação publicitária da Liga Portugal • 1 lugar para viatura de ativação da mascote “O Ligas”
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BANCADAS CAPACIDADE MÍNIMA E POSSIBILIDADE DE CRESCIMENTO Os estádios devem ter: • Mínimo de 4000 lugares (Liga NOS) sendo recomendável os 5000. • Mínimo de 1000 Lugares (LigaPro) sendo recomendável os 2500. Esta situação deve ser bem ponderada para uma capacidade de crescimento, solução que não esteja limitada logo à partida para um aumento futuro. As bancadas são fonte de conforto para os adeptos. Assim, será cada vez mais considerada a necessidade destas se encontrarem limpas e com as melhores condições para receber público.
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LUGARES DESTINADOS AO PÚBLICO
Têm de ser sectorizados, de modo a existir uma separação destinada a adeptos de uma e outra equipa. • Cada sector com saídas de emergência em número suficiente de forma a permitir uma eficaz evacuação; • Portas de emergência pintadas a cor contrastante à restante bancada; • Lugares têm de ser sentados, individuais e numerados, equipados com cadeiras; • Cada sector ter, no máximo, 40 cadeiras e ser dotado de coxias de acesso; • Devem estar definidos lugares específicos para os adeptos portadores de cartão de adepto (GOA) e para o público em geral, tanto visitado como visitante. Preferencialmente, os GOA’s de ambas as equipas devem estar em bancadas opostas; • As coxias e os corredores de circulação têm de estar pintados a cor contrastante; • As bancadas devem ser devidamente iluminadas, por forma a garantir a melhor visibilidade. A título de exemplo devem cumprir:
Diagrama 6a: Assentos Elevação (a) = min. 0,3 m Superfície (b) = min. 0,8 m Ângulo de inclinação (d) = max. 34º
0,5 m
0,5 m
a 0,8
14
b
d
a 0,8
b
d
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Diagrama 6b: Linha de visibilidade Painel de anúncios
c
Linhas de visão
e
Elevação de assento acima do campo - mín. 1 m
c
Valor
e
c
Valor de c
Mín. absoluto
0,06 m
60
Mín. recomendado
0,09 m
90
Ideal
0,12 m
120
LOCAIS PARA MOBILIDADE REDUZIDA
Deve ser garantido um rácio de assentos de mobilidade reduzida na proporção de, pelo menos, “1 por cada 900 lugares”. Estes devem ser dotados de instalações especificas e que garantam as melhores condições.
q
Diagrama 6d: Dimensões da área de visualização
d b
q
= 1,5 m
b
= 1,40 m
d
= 0,9 m Linha de visão
b
q
d b
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d
b
d
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INSTALAÇÕES SANITÁRIAS As bancadas devem possuir instalações sanitárias: • Homens (por cada 1000) - cada sector com cinco urinóis, duas sanitas e cinco lavatórios; • Mulheres (por cada 1000) - por cada sector cinco sanitas e cinco lavatórios; • Mobilidade Reduzida: Uma instalação sanitária devidamente adaptada, por cada 10 lugares previstos. Ao longo da época deve garantir a sua limpeza e higiene como forma de manter a infraestrutura nos padrões elevados exigidos pelos adeptos.
SALAS DE PRIMEIROS SOCORROS Devem existir duas salas de primeiros socorros, localizadas em zonas opostas do estádio, com: • Pelo menos 10 m2; • Uma marquesa de 0,8mx2m; • Uma maca; • Uma secretária com duas cadeiras; • Armário com produtos médico-farmacêuticos de primeiros socorros; • Conjunto de material de reanimação do modelo mais atualizado; • Instalação sanitária – sanita e lavatório; A tribuna presidencial deve estar coberta por serviços de emergência médica. Em cada jogo deverá haver um dispositivo de primeiros socorros que garanta emergência médica aos diversos intervenientes no jogo. Deve dispor de uma ambulância equipada com medicamentos.
INSTALAÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL • Uma cabine para o operador televisivo, com pelo menos 8x2mts, para a disposição de 4 câmaras (Zona Central da Bancada Poente); • Cinco postos de trabalho para rádio; (Zona Central da Bancada Poente); • Vinte lugares para imprensa escrita; (Zona Central da Bancada Poente); • Local para estúdio de TV com vista para o terreno de jogo, com as dimensões de 5m x 5m x 3m (L x C x A), para acomodar 3 pessoas ao vivo; • Dois locais para duas câmaras de fora-de-jogo (Posicionamento na linha da grande área); • Dois locais nos topos Lugar para duas câmaras nos topos ; • Local para câmara (ângulo inverso- central bancada nascente);
TV COMPOUND Área de parque para carros exteriores, estações de satélite e carros de produção, localizados do mesmo lado do estádio onde ficam as câmaras principais, com dimensão não inferior a 300m². Deve estar rodeado com barreiras móveis e com segurança desde a chegada dos veículos até à sua saída. Deve ter instalado 3 tomadas de 125 amp., 63 amp. e 32 amp. trifásico. Todas as zonas devem ser dotadas de tomadas elétricas e linhas telefónicas isoladas dos espectadores. Importante manter esta zona devidamente vedada e acesso condicionado com recurso a ARD’s.
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DISPOSITIVOS DE CONTROLO DE ENTRADAS Tem de existir um sistema de controlo e contagem automática de entradas, tipo torniquete que pode ser desativado manualmente do interior. Pode-se igualmente optar pelo controlo através de PDA’s. O fácil e rápido acesso ao estádio depende também da eficaz operacionalidade do sistema implementado.
VIDEOVIGILÂNCIA (CCTV) Um estádio deve contar com câmaras de segurança a cores fixas, internas e externas, com movimentos de inclinação e rotação. As câmaras devem monitorizar todas as redondezas do estádio e todas as áreas públicas internas e externas. O sistema de circuito fechado deve possuir alimentação independente e circuito exclusivo, e ser operado e controlado a partir da sala de controle do estádio, onde devem estar situados os monitores. Deve ser possível fotografar tanto o exterior quanto o interior do estádio. Devem possuir captação de som. Deve ser aprovado nos termos constantes do artigo 14º do Decreto regulamentar n.º 10/2001, de 7 de junho, pelo Comandante das Forças de Segurança presente na vistoria.
ECRÃ GIGANTE / MARCADOR ELETRÓNICO O estádio deve possuir um ecrã gigante ou um marcador eletrónico num local o mais visível possível. A Liga Portugal, em articulação com as SD, poderá utilizar o ecrã gigante, para efeitos de divulgação de campanhas ou parcerias institucionais, de acordo com o âmbito de atuação da Fundação do Futebol. (ver regulamento competições, art.96º)
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ZONA TÉCNICA INFRAESTRUTURAS DE APOIO BANCOS DELEGADOS, EQUIPA TÉCNICA E JOGADORES SUPLENTES • Banco de suplentes - pelo menos, 14 lugares cobertos; • Bancos suplementar - pelo menos, 5 lugares cobertos, colocados a 3 mts dos bancos de suplentes; •
Banco para o 4º Árbitro - coberto e dotado de banco com mesa de apoio, situado entre os dois bancos de suplentes;
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BALNEÁRIOS DAS EQUIPAS Devem ter uma área mínima de 25 m2, excluída a área de chuveiros. É essencial que os dois balneários principais do estádio tenham igual tamanho, design semelhante e o mesmo nível de conforto. Frequentemente, o tamanho do balneário do visitado é superior ao do visitante sendo aceitável para jogos de nível nacional, mas reduz a possibilidade do estádio ser utilizado como campo neutro para competições em que os organizadores devem oferecer instalações iguais para ambas equipas.
Um balneário ideal deve ter: • Local para vestir - bancos, estrados e cabides em número não inferior a vinte; • Local de duche com pelo menos oito chuveiros; • Local para massagens/fisioterapia; • Instalações sanitárias - mínimo de dois lavatórios, duas sanitas e dois urinóis; • Escritório de apoio – habitualmente designado como balneário do treinador; • A ventilação é um fator fundamental para a higienização dos balneários. Devem garantir ventilação mecânica e filtros EPA.
BALNEÁRIOS DA EQUIPA DE ARBITRAGEM Área mínima de 10 m2, excluída da área do balneário, pavimento antiderrapante e paredes revestidas a material lavável. Balneário com, pelo menos: • Dois chuveiros; • Um lavatório; • Uma sanita;
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SISTEMA DE AQS PARA BALNEÁRIOS Devem ser previstos sempre que possível, sistemas de energia alternativa para AQS (águas quentes sanitárias) para os balneários. Estes sistemas podem ser com recurso a painéis solares, já que estas soluções permitem poupar uma elevada quantidade de energia. Este facto é principalmente relevante de março a outubro, onde verificamos que a energia fornecida pelo sistema solar é normalmente superior às necessidades de energia para aquecimento de água. Logo, o aproveitamento do sistema solar é quase perfeito, não sendo necessário, normalmente, a utilização de sistemas de apoio para produção de água quente. Todos nós devemos e podemos aproveitar este recurso natural.
POSTO MÉDICO Na zona técnica deve igualmente haver um posto médico com uma área de pelo menos 15m2, devidamente equipada. Os departamentos médicos das sociedades desportivas devem agilizar as necessidades neste âmbito em virtude das especificidades.
SALA DE CONTROLO ANTIDOPING A sala de trabalho deve ter: • Uma área de, pelo menos, 15 a 20 m²; •
Um espaço contiguo que sirva de local espera, com 4 cadeiras, entre 20 a 25 m²;
• Uma secretária, quatro cadeiras e um lavatório; • Próxima aos balneários e inacessível ao público e OCS; • Possuir duas sanitas e dois chuveiros, entre 10 a 15m²; • Um frigorífico e um armário com chave;
SALA DE ORGANIZAÇÃO DE JOGOS Deve possuir, no mínimo: • Uma mesa • Onze cadeiras • Aparelho de fax com linha direta • Acesso à internet com wireless. Sempre que possível, a reunião de organização de jogo deve ter lugar na sala de conferência de imprensa. A sala deve encontrar-se em lugar que permita fácil acesso ao relvado e balneários, principalmente ao da equipa de arbitragem.
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ÁREA MARKETING OCUPAÇÃO DAS BANCADAS E CÂMARA MASTER
Sempre que possível, a câmara master de transmissão televisiva deve ser colocada na bancada oposta à de maior ocupação de sócios / adeptos do clube visitado - tentando que esta seja também a bancada com melhor aspeto visual. Esta decisão prende-se com a preocupação de transmitir bancadas mais preenchidas e defender desta forma um produto televisivo mais atrativo - em articulação com o media partner/detentor dos direitos de imagem. Recomenda-se que a prioridade na venda de bilhetes para sócios e público geral seja dada para esta mesma bancada. No caso dos jogos serem transmitidos apenas por streaming, o clube deverá criar condições para que esta filmagem seja feita da mesma bancada onde normalmente está colocada a câmara master nas transmissões televisivas.
1ª LINHA DE PUBLICIDADE Esta linha de publicidade é caracterizada pela colocação de painéis estáticos de 3m largura x 1m altura, ou, em alternativa linha digital ao longo de 110m, junto das linhas de baliza e central do terreno de jogo, oposta à câmara master de transmissão, cumprindo com o disposto regulamentar, quanto às medidas a adotar para cada estádio.
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2ª LINHA DE PUBLICIDADE
(SEPARAÇÃO ENTRE TERRENO DE JOGO E ÁREA DESTINADA AO PÚBLICO) A segunda linha de publicidade é o espaço entre a primeira linha estática/digital (110m) e a primeira fila da bancada, normalmente constituído por muro ou vedação de separação entre a referida bancada e o terreno de jogo (RC Anexo IV - art.10.º).
Recomenda-se que todos os estádios disponham desta linha podendo ela ser estática ou digital. Estes espaços com visibilidade de televisão deverão ser decorados com material em cor monocromática (de preferência com a cor padrão do clube) e apostos com os logos dos principais patrocinadores do clube, sempre em cor negativa. Para maior visibilidade do logo, este deverá ser aplicado numa mancha que cubra até 70% da altura do material e espaçado pelo menos 2 metros entre logótipos.
BANCOS DELEGADOS, EQUIPA TÉCNICA E JOGADORES SUPLENTES
Tal como as áreas de segregação do público para o terreno de jogo, as costas dos bancos de suplentes, bancos suplementares e 4.º árbitro deverão igualmente estar decorados da mesma cor das áreas de separação de publico, garantindo desta forma uma uniformização cromática do estádio e promovendo uma maior visibilidade e clareza dos patrocinadores do clube.
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No caso em que a decoração de bancos afete a visibilidade do público e/ou a visibilidade da câmara master, os clubes deverão tentar minimizar ao máximo o número de bancos a decorar. Estes devem ser localizados no terreno de jogo até permitir que a câmara master tenha a maior mancha de visibilidade do terreno possível, em concreto, pelo menos 1 metro do terreno para alem da linha lateral do terreno de jogo. Os restantes materiais e estruturas, com visibilidade através da câmara master, com ou sem publicidade, devem ser, sempre que possível, decorados da mesma cor monocromática usada na 2.ª linha de publicidade e/ou no restante estádio. Exemplo: Vomitórios, platibandas, paredes de edifícios ou estruturas de apoio ao clube, balneários, etc.
SUPORTES DE PUBLICIDADE VERTICAL A todos os materiais publicitários da SD que não se encontrem dentro do espaço destinado aos painéis de 1.ª linha de publicidade, recomenda-se que possam ser colocados em zonas de 2.ª Linha de publicidade e, sempre que possível, cumprindo os requisitos definidos de adoção de cor monocromática e aplicação de logotipos a negativo. Os materiais em torno do recinto de jogo que não sejam necessários para o normal desenrolar do mesmo, devem ser armazenados num local que se encontre fora do impacto visual de TV, tal como a presença de veículos e outros agentes de suporte ao jogo, que não tenham absoluta necessidade de aí permanecer, como por exemplo: ambulâncias, dispositivos de segurança, elementos das ativações de publicidade, etc.
LONAS PUBLICITÁRIAS Os clubes podem e devem usar lonas para tapar determinadas zonas do estádio que estejam habitualmente desocupadas ou que se encontrem em trabalhos de requalificação (obras). Sempre que possível estas Lonas devem estar de acordo com a uniformização cromática existente no estádio.
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ZONAS DE AQUECIMENTO Devem ser programadas zonas de aquecimento por forma a garantir que o terreno de jogo é o mais salvaguardado possível. Todos os materiais de aquecimento devem ser utilizados e guardados fora da zona de relvado. Recomenda-se que nos balneários das 3 equipas, seja colocada maquete com zonas de aquecimento antes do jogo e durante o jogo, como o countdown global.
APANHA BOLAS Para evitar problemas de visibilidade, facultar bancos distribuídos pelas posições fixas dos apanha bolas. Devem ter uma faixa etária dos 8 aos 16 anos, e devem ser orientados por forma a manter o mesmo comportamento ao longo do jogo. Não devem utilizar o relvado e bolas durante o intervalo.
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ASSISTENTES RECINTOS DESPORTIVOS Para os elementos que estão na ligação com o campo e para evitar o “ruído visual”, facultar bancos para se sentarem durante o jogo.
BARES Devem existir pelo menos dois bares, cada um para servir os adeptos visitados e visitantes de modo a maximizar o conforto e bem-estar do adepto como potenciar a receita de jogo.
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DOCUMENTOS PARA LICENCIAMENTO • Licença/alvará de utilização; • Protocolo de utilização das instalações; • Aprovação/requerimento de entrada de processo na ANPC das Medidas de auto proteção; • Documento cumpriu o disposto no artigo 176º do REBAP/Regulamento de Estruturas e Betão Armado e Pré-esforçado; • Seguro de responsabilidade civil nos termos regulamentares; • Plano de Emergência e Evacuação: (1) • Regulamento de segurança e utilização dos espaços de acesso público: (1) • Clube envia o Reg. de Segurança e Utilização Espaços de Acesso Público para a APCVD, dando conhecimento à Liga.
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CATEGORIZAÇÃO As infraestruturas dispõem de um sistema de avaliação denominada categorização. a) Estádio de Categoria 1: o que cumpre todos os requisitos do licenciamento de estádios; b) Estádio de Categoria 2: o que cumpre todos os requisitos de nível 2; c) Estádio de Categoria 3: o que, não podendo ser classificado como de categoria 2, apenas não cumpre requisitos que, não só não implicam a recusa de autorização, como são passíveis de suprimento. A categorização poderá ser alterada em virtude da avaliação periódica às infraestruturas, nomeadamente da qualidade de serviço prestada durante o jogo. Cada estádio deverá garantir as melhores condições de acesso, serviços, higiene a todos os adeptos e agentes desportivos envolvidos. (Anexo IV do RC)
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