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Crescente valorização da transparência no futebol
Os episódios de más práticas de transparência e de combate à corrupção em alguns dos principais órgãos governadores do futebol internacional (e.g., FIFA, UEFA) tem um grande impacto mediático, ameaçando a credibilidade da indústria.
Nesse sentido, tem existido por parte dos adeptos e stakeholders da indústria, uma forte pressão para a implementação de práticas de valorização da transparência no combate à corrupção na modalidade.
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Face a esta pressão tornou-se clara a necessidade de reação para proteger a indústria e o seu valor, aos olhos de consumidores cada vez mais sensíveis a temas sociais e éticos. Assim, os órgãos governadores têm implementado práticas promotoras de transparência e combate à corrupção, estando estas refletidas nos seus planos estratégicos, através, por exemplo, de mecanismos de controlo ético e controlo de investimento como é o caso da UEFA e da FIFA e das crescentes discussões sobre monitorização da origem do investimento recebido pelos clubes.
É expectável que o elevado escrutínio público se mantenha, continuando a forçar os órgãos governadores, ligas e federações a terem em prática mecanismos cada vez mais exigentes de promoção da transparência e de práticas anticorrupção.
Futebol como promotor da educação e valores sociais
A indústria do futebol, através dos seus stakeholders chave (e.g., federações, ligas, Sociedades Desportivas, atletas) tem aproveitado o seu elevado mediatismo para estimular o desenvolvimento social dos jovens através do desporto, especialmente em comunidades com maior carência social. Portugal tem acompanhado esta tendência, que se faz sentir a nível internacional, com a criação de programas de educação e inclusão para os mais jovens por parte tanto de órgãos institucionais (e.g., Fundação do Futebol) como de Sociedades Desportivas.
O crescente papel mediático e influenciador do futebol, torna-o um excelente promotor de responsabilidade social e veículo impulsionador da educação entre os jovens, sendo esta uma prática cada vez mais disseminada entre os principais stakeholders da indústria.
Aumento da responsabilidade dos órgãos governadores
As diversas preocupações sociais, éticas e ambientais que se fazem sentir globalmente têm sido uma preocupação desta indústria que tem vindo a dar um lugar de destaque à promoção da sustentabilidade através da responsabilidade.
Assim, os principais órgãos governadores internacionais (e.g., FIFA, UEFA), têm vindo a adotar nos seus planos estratégicos medidas que apresentam soluções para continuar a desenvolver o futebol como um meio de promoção de sustentabilidade, combate por causas sociais e criar um impacto positivo no mundo.
Tem-se tornado então essencial, dado o papel e impacto do futebol, que as instituições responsáveis a nível nacional e internacional, tal como a Liga Portugal, procurem ter um impacto sustentável e socialmente positivo.
Maior regulamentação de patrocínios
O forte crescimento do mercado de apostas desportivas que se tem feito sentir em Portugal e internacionalmente poderá trazer consigo alguns riscos para a indústria do futebol, relacionados maioritariamente com o impacto mediático negativo que advém dos malefícios aditivos que esta prática pode provocar.
A nível internacional tem já existido por parte de algumas das entidades reguladoras do futebol internacional (e.g., federações, ligas) e governos locais a implementação de mecanismos de controlo e restrição da presença das empresas de apostas desportivas na indústria do futebol.
Dada a elevada exposição da indústria do Futebol Profissional Português às receitas relacionadas com a indústria das apostas desportivas, é crucial existir uma avaliação do risco e da exposição existente. Este risco não surge apenas de um ponto de vista das receitas, mas também de um ponto de vista mediático.