Longevidade em Foco Revista 09

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ANO 5 • N.9 • 2017

Publicação oficial do Grupo Longevidade Saudável

ANO 5 N.9 2017

Longevidade em foco

Ceará ganha Regional da SBCM

Dr. ítalo Rachid assumiu a presidência a convite do presidente da SBCM, professor doutor Antônio Carlos Lopes

Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana Nutrigenética e biotecnologia estão na pauta do evento, que será realizado em outubro

Medicina moderna

Robôs cuidadores são uma das inovações científicas para o tratamento de doenças Dr. Antônio Carlos Lopes (esquerda) e Dr. Ítalo Rachid (direita)


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editorial Caros amigos, Este é um momento de grande importância, em que estamos escrevendo, a cada dia, páginas novas na história da Medicina do nosso país. O reconhecimento do trabalho e das ferramentas que disponibilizamos para os médicos e para a sociedade pode ser mensurado com a criação da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) Regional Ceará. Com muita honra e revestido de enorme senso de responsabilidade, aceitei o nobre convite feito pelo professor doutor Antônio Carlos Lopes para ser presidente da entidade, cuja missão é integrar o conhecimento médico em prol da qualidade de vida. A nova diretoria assumiu recentemente e já vem trabalhando para fortalecer o relacionamento com os associados, promover a integração entre eles e contribuir para a capacitação profissional e a difusão maior de um modelo de Medicina voltado para a prevenção. Além de falar sobre o tema, a revista Longevidade em Foco abre espaço para mostrar que o colesterol não é o vilão das doenças cardiovasculares. Tentar reduzir o nível da substância no organismo com drogas como as estatinas é um desperdício de tempo e de recursos, sem mencionar os malefícios à saúde. Pesquisa recente, de cientistas da Escócia, Suécia e Irlanda, demonstrou que idosos com taxas elevadas de LDL (lipoproteína de baixa densidade, chamada de “colesterol ruim”) viveram mais tempo e tiveram menos problemas cardíacos. O trabalho, resultado da revisão de estudos anteriores, envolveu cerca de 70 mil pessoas com mais de 60 anos. Os achados foram publicados no jornal BMJ, do Reino Unido. Outro assunto de relevância nesta edição, que circula com 88 páginas, é a realização do VI Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana. O evento será realizado entre 27 e 29 de outubro e deve reunir cerca de mil profissionais, entre médicos, professores, pesquisadores e cientistas brasileiros e estrangeiros. Paralelamente ao congresso, no dia 27, acontecerá o I Workshop de Genética. Já no dia 28, ocorrerá o VI Workshop de Nutrição Bioquímico-Fisiológica. Entre os demais temas abordados nas próximas páginas estão a acrilamida e o risco aumentado de câncer; a associação entre terapia com testosterona e menores chances de câncer de próstata; os efeitos da vitamina D3 na função cardíaca em pessoas com insuficiência coronariana crônica; os benefícios do magnésio para a longevidade; e por que o horário das refeições é tão importante quanto o que se põe no prato. Boa leitura!

Dr. Ítalo Rachid Diretor científico do Grupo Longevidade Saudável


sumário 06 Cuidado com alimentos muito torrados 08 Bebida em excesso e o risco para a saúde cardíaca 10 Magnésio e longevidade

12 TURISMO | Canadá reúne belezas naturais e lugares históricos 15

Compostos naturais contra a insônia

16 Açafrão para proteger a saúde ocular 18 Estresse e as doenças cardiovasculares 20 Vitamina D no tratamento da insuficiência cardíaca crônica 23 Sedentarismo acelera envelhecimento celular

24 CAPA | Dr. ítalo Rachid é o presidente da SBCM-CE 28 Terapia com testosterona reduz risco de câncer de próstata agressivo 30 Ciência e tecnologia a serviço da saúde 34 Testosterona estimula a produção da telomerase 36 O cérebro também agradece quando você se exercita 38 A longevidade incomum dos moradores de Acciaroli 42 Um olho no prato, outro no relógio

REVISTA LONGEVIDADE EM FOCO – Publicação oficial do Grupo Longevidade Saudável PRODUÇÃO: SB Comunicação (www.sbcomunicacao.com.br) • JORNALISTA RESPONSÁVEL: Simone Beja • EDITORA: Silvana Caminiti • JORNALISTA: Camilla Muniz • FOTO DE CAPA: SBCM • FOTOS DAS MATÉRIAS: CC0 Creative Commons; dreamstime.com; pixabay.com; unsplash.com • DESIGN GRÁFICO: Maurício Santos • DIAGRAMAÇÃO: Cintia de Sá, Carol Cardinali e Maurício Santos • IMPRESSÃO: Gráfica Cearense GRUPO LONGEVIDADE SAUDÁVEL – Av. José Moraes de Almeida, 783, Coaçu, CEP: 61760-000, Eusébio/CE. Tels.: 0800 0011223 / (55) (85) 3246 2126 DIRETOR CIENTÍFICO: Dr. Ítalo Rachid • DIRETORA DE MARKETING: Polliana Rachid • DIRETOR EXECUTIVO: Carlos Avellar CONTATO COMERCIAL E ASSINATURAS: Raquel Dantas – raqueldantas@longevidadesaudavel.com.br • EXECUTIVA COMERCIAL: Ives Regina – ivesregina@longevidadesaudavel.com.br • RELACIONAMENTO COM O CLIENTE E MARKETING: Polliana Rachid – pollianarachid@longevidadesaudavel.com.br O CONTEÚDO DOS ANUNCIANTES É DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS MESMOS.


44 O colesterol e sua saúde 48 O atendimento multidisciplinar na atenção ao distúrbio alimentar 52 Uso prolongado de medicamentos traz riscos à saúde 54 FITNESS | Balé fitness conquista adeptos 58 Obesidade infantil e combate à bebida açucarada 60 Uso excessivo de tecnologias pode afetar visão das crianças 62 Passar muitas horas sentado aumenta o risco de trombose

66 Vida sexual ativa protege da hipertensão 69 LIVROS 70 Como preparar um churrasco saudável para evitar o risco de câncer 72 ARTIGO | Você e o mercado 74 Dieta pouco saudável aumenta o risco de demência 76 Enzima pode estar ligada à gordura abdominal na menopausa 78 VI Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana

80 BELEZA E SAÚDE | Cuidados com a pele durante a gestação 84 Aproveite a vida e viva mais 86 Benefícios da testosterona para homens com hipogonadismo


Torrados e perigosos Batatas fritas, pães tostados e biscoitos crocantes com cor amarronzada podem esconder composto que eleva risco de câncer, alertam agências de saúde

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ocê já ouviu falar em acrilamida? Essa substância é formada naturalmente por uma reação química entre aminoácidos, açúcares e a água presente em alguns alimentos — principalmente os ricos em amido, como batatas e produtos de cereais — quando eles são torrados, fritos ou grelhados em alta temperatura durante muito tempo. Segundo cientistas, tal composto pode aumentar o risco de câncer.

Para se ter uma ideia, a Agência de Normas Alimentares da Grã-Bretanha (Food Standards Agency – FSA) divulgou recentemente um alerta orientando as pessoas a tostar, fritar ou assar os alimentos até que atinjam, no máximo, uma cor dourada, evitando consumi-los quando estiverem com coloração marrom. A entidade diz, em seu site, que ainda não está exatamente claro quanto da substância o organismo humano pode tolerar, mas deixa claro que podemos estar consumindo-a demais. “Os níveis mais elevados de acrilamida são encontrados em alimentos com alto teor de amido preparados em temperatura acima de 120 graus, em casa, como batatas fritas ou pão

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gastrointestinal e depois é distribuída para praticamente todos os órgãos, sendo extensamente metabolizada no organismo”, explica.

torrado, ou ainda durante o processamento na indústria, como no caso de biscoitos crocantes. A cor escurecida indica a presença de acrilamida, e quanto mais escura a comida, mais contém a substância”, explica o clínico geral, Dr. Daniel Lopes Marques (CRM SP-43752), professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O médico lembra que cientistas de diferentes países da Europa, como Inglaterra, Suécia, Holanda e Suíça, e também dos Estados Unidos já pesquisaram o consumo da substância e sua relação com a saúde. Todos os estudos mostraram que a acrilamida é tóxica e leva a mutações genéticas que, além de câncer, podem afetar os sistemas nervoso e reprodutivo.

Perigo também vem do tabaco Ainda segundo o médico, há cerca de dois anos, a European Food Safety Authority (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) divulgou um parecer científico sobre a acrilamida nos alimentos, em que definiu a presença da substância como um motivo de preocupação para a saúde pública. “Após ser ingerida, a acrilamida é absorvida a partir do trato

Mas o prato não é a única origem de acrilamida. A substância também está na fumaça de cigarros. “O tabaco é uma fonte de exposição ainda maior do que a alimentação”, alerta o clínico geral. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta em seu site que, para prevenir a formação do composto, os alimentos não devem ser cozidos por longo tempo em temperaturas superiores a 120 graus. O órgão regulador ressalta que não existem evidências suficientes sobre a quantidade de acrilamida presente nos diferentes tipos de alimentos, para recomendar que se evite algum tipo em particular.

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Beber em excesso aumenta o risco de doenças cardíacas

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abuso do álcool causa sérios problemas ao organismo, sendo responsável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por quase 4% das mortes no mundo. Mas, embora já se saiba que o consumo em excesso prejudica o fígado, eleva a pressão arterial e aumenta o risco de vários tipos de câncer, pela primeira vez um estudo científico mostrou a ligação direta de bebidas alcoólicas com infarto e doenças cardíacas. Publicada no Journal of the American College of Cardiology por cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a pesquisa envolveu cerca de 15 milhões de pacientes adultos, que passaram por cirurgia, atendimento de emergência ou internação hospitalar entre 2005 e 2009. Segundo os cientistas, o exagero na ingestão do álcool amplia em 40% o risco de ataque cardíaco, duplica as chances de fibrilação atrial

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e aumenta em até três vezes os casos de insuficiência cardíaca congestiva. Os pesquisadores descobriram ainda que excessos podem levar a problemas no coração, mesmo em pessoas que não têm histórico familiar de doenças no órgão nem outros fatores de risco. Na literatura médica internacional, há várias definições para classificar o consumo de álcool. De acordo com a publicação “Self-Help Strategies for Cutting Down or Stopping Substance Use: a Guide (2010)”, da OMS, se a pessoa bebe, já há risco para a saúde, especialmente se consome mais de duas doses diárias ou se não deixa de beber em dois dias da semana, pelo menos. “A ingestão de bebidas alcoólicas favorece a liberação de dopamina no cérebro. Esse hormônio neurotransmissor é responsável pela regulação de outras substâncias que, por sua vez, têm ação sobre o sistema cardiovascular. Por isso, beber em excesso pode causar alterações na pressão arterial, na frequência cardíaca e nos vasos sanguíneos. A taquicardia e a hipertensão são outras consequências provocadas pelos excessos”, explica o cardiologista Aloísio Rocha (CRM-SP 79144).

No caso da fibrilação atrial (quando a frequência cardíaca é irregular e mais acelerada do que o normal, o que dificulta o fluxo sanguíneo), o cardiologista lembra que estudo anterior já havia associado a ingestão de álcool – independentemente de ser vinho, cerveja ou destilado – ao aparecimento da arritmia cardíaca. E quanto maior o consumo, maior o risco do surgimento do problema.

40% 2x 3x

“A fibrilação atrial pode ter como consequência um acidente vascular cerebral, tromboses em membros e órgãos e a embolia pulmonar. Isso porque a arritmia favorece a formação de coágulos que, quando conseguem entrar na corrente sanguínea, podem obstruir algum vaso sanguíneo”, explica.

Perigo em números mais chances de ataque cardíaco mais chances de fibrilação atrial mais casos de insuficiência cardíaca congestiva

O cardiologista lembra que o consumo excessivo de álcool causa danos também a outros órgãos, como pulmões, rins e pâncreas. “No caso deste último, o álcool pode gerar uma inflamação, com risco de evolução para pancreatite. Nos pulmões, o etanol deixa as trocas gasosas lentas, e o resultado é uma respiração mais difícil. E o sistema renal tem sua capacidade reduzida, o que pode alterar os hormônios que controlam a pressão arterial e levar à hipertensão”, explica o médico.

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Magnésio e o que ele pode fazer por você

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rucial para converter a energia química dos alimentos em combustível para o corpo, ele também influencia a regulação do açúcar no sangue e a saúde de vasos sanguíneos e ossos. Assim é o magnésio, mineral considerado peça-chave para a promoção da longevidade. Estudos mostram que a ingestão dele protege contra uma série de problemas relacionados à maturidade, incluindo doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, diabetes e osteoporose. As fontes na alimentação são variadas: cereais, leguminosas (como grão-de-bico, lentilha e amendoim), castanha-do-pará, quinoa, frutos

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secos, tofu, chocolate amargo, vegetais de folhas verdes (como espinafre), água de coco, salmão e sementes de abóbora, entre outros. Como se não bastasse, mais de 300 enzimas no organismo precisam do magnésio para funcionar adequadamente. Ele também ajuda a diminuir a atividade dos radicais livres nas células, colaborando para retardar o envelhecimento, e tem papel crucial na atividade elétrica do cérebro. “Nos últimos anos, a ciência voltou a atenção para o mineral, e vários estudos mostraram que aqueles com maior ingestão de magnésio têm taxas muito mais baixas de hipertensão e de doenças cardíacas e renais, além de apresentarem risco menor de declínio cognitivo e até mesmo de enxaquecas”, diz o nutrólogo José Antônio Lemes (CRM SP 59300), professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo o médico, o elemento químico regula múltiplos processos metabólicos, influenciando o modo como funcionam os sistemas de todo o organismo. Ele também interfere no equilíbrio e na ação de outros minerais, como o cálcio e o potássio, e é essencial à saúde de ossos e dentes.

“Com participação ativa na absorção do cálcio e na conversão da vitamina D na sua forma ativa, ambos fundamentais para a mineralização óssea, o magnésio é importante para o crescimento e o desenvolvimento de crianças e adolescentes”, comenta o especialista.

Saúde do coração Outro importante benefício do mineral é a capacidade de reforçar a prevenção contra doenças cardiovasculares, já que ele auxilia o músculo cardíaco no bombeamento do sangue. “O coração requer uma tremenda quantidade de energia para funcionar corretamente, e o magnésio é necessário no passo final de toda a síntese de energia”, explica o Dr. Lemes. De acordo com o médico, o elemento químico ainda ajuda a prevenir arritmias e a proteger os vasos sanguíneos do acúmulo de cálcio, o que reduz o risco de aterosclerose. “A literatura médica é farta de estudos que mostram os perigos de baixos níveis de magnésio para a saúde cardiovascular”, conta o especialista.

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turismo

Canadá Belezas naturais e lugares históricos

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leito o melhor destino de viagens em 2017 pela editora de guias de viagem Lonely Planet – a maior do mundo – e pelo jornal americano The New York Times, o Canadá pode ser uma boa opção para quem ainda está pensando aonde ir nas férias. Com belas paisagens e cultura variada, o que já são boas razões para fazer uma visita, o país agora oferece um atrativo a mais para os turistas: cerca de 200 parques e locais históricos estão com entrada gratuita durante todo este ano, para celebrar o 150º aniversário da Independência.

O valor do dólar canadense, que tem cotação em relação ao real bem mais vantajosa do que a moeda americana (R$ 1 a menos, em média), é outro elemento que pesa a favor. A gama de lugares deslumbrantes para conhecer no país inclui metrópoles como Toronto e Vancouver, além de cidades charmosas e de herança francesa, como Montreal.

Toronto é a maior cidade do Canadá e também uma de suas capitais culturais

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Isso tudo se soma a belezas naturais, como as Cataratas do Niágara, e parques, a exemplo do Nacional Banff, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984. O local, com lagos de cor azul-turquesa e picos montanhosos, fica na província de Alberta, na costa oeste do Canadá, e é uma das áreas verdes mais visitadas em todo o mundo. Em Vancouver, durante o verão, a temperatura chega aos 30 graus. Entre as atrações turísticas mais visitadas, estão os parques Stanley Park e o Queen Elizabeth Park; a praia Kitsilano Beach; e a Capilano Suspension Bridge, uma ponte de 140 metros de comprimento suspensa a 70 metros acima do Rio Capilano. Para quem preferir desembarcar lá no inverno (a estação vai de dezembro a março), fica a dica: as principais estações de esqui, como a Grouse Montain e a Cypress Mountain, se localizam no norte da cidade.

O que ver em Toronto Em Toronto, capital da província de Ontário, há a Casa Loma, um centenário castelo com 98 cômodos, decorados com obras de arte e mobílias vindas de diversas partes do mundo. Também são atrações a Torre CN, a terceira mais alta do mundo, com 533 metros de altura; o High Park, com 161 hectares de área verde; e o Lago Ontário, um dos cinco maiores da América do Norte.

Na Colúmbia Britânica, um dos destaques é Osoyoos, pequena e charmosa cidade onde fica uma das maravilhas naturais mais incomuns do mundo: o Lago Manchado

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E, claro, quem for a Ontário não pode deixar de visitar as Cataratas do Niágara, a 120 quilômetros de Toronto, que ficam em uma pequena cidade de mesmo nome (Niagara Falls). O Queen Victoria Park possui vários pontos de observação com vista espetacular para as cataratas. Já a torre Skylon Tower oferece uma vista panorâmica a 230 metros de altura.

Águas coloridas Na Colúmbia Britânica, um passeio imperdível é conhecer Osoyoos, pequena e charmosa cidade que fica na melhor região vinícola do país. É lá que está uma das maravilhas naturais mais incomuns do mundo: o Lago Kliluk. Localizado entre os vales de Okanagan e de Similkameen, no deserto, ele também é conhecido como Lago Manchado por causa do efeito colorido resultante da grande quantidade de minerais presentes em suas águas.

O colorido de Vancouver no outono

No verão, a água evapora, deixando para trás piscinas coloridas, separadas por pequenos caminhos formados por terra endurecida. Cada uma tem um tom diferente de verde, amarelo e marrom, dependendo dos depósitos minerais — titânio, cálcio e prata, entre outros — e da quantidade de chuvas do ano. Cataratas canadenses do Niágara

Vista da cidade de Niagara Falls, onde à noite holofotes iluminam as cascatas

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Compostos naturais contra a insônia

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e você sente dificuldades para adormecer, saiba que não está sozinho. Estima-se que a insônia atinja cerca de 20% da população adulta no Brasil. A boa notícia é que produtos naturais podem ajudar a relaxar e proporcionar um descanso de mais qualidade. Chás ou comprimidos fitoterápicos à base de valeriana, comprados sem receita médica nas farmácias, são alguns deles. As propriedades calmantes da planta se encontram em sua raiz, usadas no preparo da bebida.

Outra erva que pode ajudar é a Withania somnifera (ou ginseng indiano). Ela contém um composto que induz o equilíbrio fisiológico e reduz os impactos do estresse, com um resultado benéfico sobre a ansiedade. O lúpulo — sim, aquele ingrediente da cerveja junto com malte, cevada e levedo — também pode auxiliar no combate à falta de sono quando colocado em sachês dentro da fronha do travesseiro ou usado para fazer chá. Se misturado a extrato de maracujá e erva-cidreira no preparo da bebida, tem seu efeito calmante potencializado.

Valeriana, ginseng indiano e lúpulo são algumas das plantas cujas propriedades ajudam a relaxar e a dormir melhor dormir. Também se deve evitar a automedicação com indutores de sono (benzodiazepínicos), que apresentam uma longa lista de efeitos colaterais e afetam a qualidade de vida. A privação crônica de descanso é um problema que tende a piorar com o avanço da idade. Na pesquisa Sono: uma Perspectiva Global, desenvolvida pela Associação Mundial de Medicina do Sono com 8 mil pessoas em dez países, 83% dos entrevistados disseram que não conseguem dormir direito durante a noite. Já 22% responderam que dormem menos tempo do que gostariam de cinco a sete vezes por semana.

Mas aqui fica uma dica: mesmo sendo compostos naturais, o uso prolongado de algumas substâncias pode trazer danos à saúde. O ideal é consultar um médico para saber a razão da dificuldade de

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Açafrão para proteger a saúde ocular

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lém de dar mais cor e sabor aos alimentos, o açafrão é um excelente aliado da saúde dos olhos. Diversas pesquisas têm mostrado que a inclusão da especiaria na dieta pode ajudar a prevenir e até retardar os efeitos da degeneração macular, lesão crônica que leva à perda gradual da visão. O tempero amarelo contém carotenoides (tipo de pigmento) denominados crocina e crocetina, dois poderosos antioxidantes capazes de proteger a retina e melhorar a acuidade visual em pacientes com a doença. No Brasil, a estimativa é que 2 milhões de pessoas, principalmente com idade acima de 60 anos, tenham a degeneração macular diagnosticada. O problema afeta a área central da retina, chamada mácula, responsável pela visão de detalhes. Tal comprometimento prejudica tanto a visão de longe quanto a de perto, o que pode dificultar ou impedir atividades importantes do dia a dia, como a leitura.

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Estudo italiano mostrou que a especiaria ajuda a preservar a morfologia da retina e a função visual, ao defender as células de danos oxidativos induzidos pela luz

Um estudo conduzido por cientistas do Departamento de Biotecnologia e Aplicação Clínica da Universidade de Áquila, na Itália, mostrou que tanto a crocina quanto a crocetina são capazes de proteger o fotorreceptor P2X7, encontrado nas células da retina, dos danos oxidativos provocados pela luz. O benefício preserva essa parte do olho e a função visual. O oftalmologista Renato Nogueira (Cremerj 52.70436), professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que outros estudos também já mostraram os benefícios do açafrão.

“A flor da especiaria contém alfa-caroteno, um pigmento que dá a cor amarela e, assim como os componentes principais, protege as células pigmentadas da retina de danos. Isso foi demonstrado em um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Harvard que, durante 20 anos, analisaram dados de cerca de 100 mil pessoas, entre homens e mulheres, com mais de 50 anos. Os achados tornam claro que o alfa-caroteno oferece defesa contra a degeneração macular relacionada à idade em seus estágios iniciais”, comenta.

Vegetais e peixes: outros aliados Segundo o especialista, outras substâncias com ação antioxidante também ajudam a prevenir o aparecimento da doença. Entre elas, o oftalmologista cita a luteína e a zeaxantina. “Esses elementos são encontrados em alimentos como espinafre, couve e agrião. Eles têm pigmentos amarelos que, de forma eficiente, absorvem a luz, impedindo que ocorram danos aos tecidos da retina. Além disso, a luteína e a zeaxantina combatem os radicais livres, o que reduz impactos prejudiciais às células dessa região dos olhos”, comenta o Dr. Nogueira. Mais um aliado da saúde ocular é astaxantina, presente no salmão, em crustáceos e no camarão. “Além de proteger as células da retina dos efeitos do estresse químico e físico, a substância ajuda a prevenir lesões relacionadas ao aumento da pressão no olho”, diz.

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Estresse: uma bomba para o coração

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e você tem levado a vida no limite do nervosismo, é melhor colocar o pé no freio. O estresse crônico pode ser considerado um fator de risco tão importante quanto o tabagismo e a pressão alta para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares. A conclusão é resultado de um estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet, senso melhorado de bem-estar conduzido por cientistas da Faculdade de Medicina da psicológico”, afirma, em artigo cienUniversidade Harvard, nos Estados Unidos. A pesquisa tífico, o Dr. Tawakol, que é professor apontou que o estresse afeta a amígdala — região do da Faculdade de Medicina em Harvard cérebro associada a emoções, lembranças e memória e vice-diretor do Departamento de —, o que deixa as pessoas mais suscetíveis a doenças Cardiologia do Massachusetts General cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC). Hospital, em Boston, nos EUA.

A pesquisa envolveu 300 pacientes. Aqueles com maior atividade na amígdala se mostraram mais propensos a apresentar complicações cardiovasculares — e mais cedo do que outros. Segundo o cardiologista Ahmed Tawakol, principal autor do trabalho, a amígdala, quando muito ativa, envia sinais para a medula óssea para que sejam produzidas mais células brancas para o sangue. E são essas células que causam inflamação nas artérias, elevando o risco de ataques cardíacos e AVC. Para chegar a essa conclusão, os cientistas trabalharam em duas frentes de pesquisa. Em uma delas, avaliaram exames de imagens (como ressonância magnética e tomografia computadorizada) do cérebro, da medula óssea, do baço e de artérias dos pacientes. Durante cerca de quatro anos de monitoramento, aqueles com maior atividade da amígdala apresentaram ou ataques cardíacos ou AVC. Em outra frente, analisou-se a relação entre níveis de estresse e inflamação no corpo. “Conseguimos mostrar que a redução do estresse pode produzir benefícios que vão além de um

Importância do estudo O cardiologista Ricardo Peixoto (CRM RJ 5271733-9) lembra que o tabagismo, a pressão alta e o diabetes são fatores de risco bem estabelecidos para doenças cardíacas e que algumas pesquisas anteriores já apontavam para a possibilidade de o desgaste físico e mental crônico ser outro perigo. “Estudos com animais encontraram ligação entre estresse e maior atividade na medula óssea e nas artérias”, comenta. Ainda segundo o especialista, pessoas com transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade e depressão apresentam maior atividade da amígdala. “Porém, antes desse novo trabalho, não se sabia qual região do cérebro associa o estresse ao ataque cardíaco e ao acidente vascular cerebral. Por isso, o achado é importante”, diz. Além do sistema cardiovascular, outras partes do organismo são afetadas pelo nervosismo, o que pode desencadear problemas como hipertensão, infecções, distúrbios gastrointestinais, desordens alimentares, dores tensionais, insônia, queda de cabelos, diminuição do desejo sexual e impotência temporária em homens.

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no tratamento da insuficiência cardíaca crônica


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ubstância fundamental para a formação de ossos fortes, para a manutenção de um cérebro saudável e até para o reforço da imunidade, a vitamina D também é capaz de melhorar a função coronariana em pessoas com insuficiência cardíaca crônica. Foi o que mostrou um estudo randomizado, controlado com placebo, apresentado no American College of Cardiology, em Chicago. A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido. O trabalho durou cinco anos e envolveu mais de 160 pacientes submetidos a tratamentos convencionais para a doença, como o uso de fármacos betabloqueadores e inibidores da enzima conversora da angiotensina (também chamados de inibidores da ECA) e marca-passos.

Idosos produzem menos vitamina D3 em resposta à luz solar do que jovens

Durante um ano, metade dos voluntários passou a receber uma dose diária de vitamina D3 — ou colecalciferol, produzida pelo corpo em resultado a exposição à luz solar, mais especificamente, à radiação ultravioleta B —, enquanto o restante recebeu placebo. Segundo o cardiologista Klaus Witte, professor da Escola de Medicina de Leeds e líder do estudo, aqueles que tomaram o composto apresentaram melhoria significativa na função cardíaca. “As alterações foram avaliadas por meio de ecocardiogramas e com a medição do percentual de sangue que entra e sai do coração a cada batimento, parâmetro conhecido como fração de ejeção”, explica o especialista. A fração de ejeção de uma pessoa saudável é geralmente entre 60% e 70%. Mas, em pessoas com insuficiência cardíaca, o percentual é significativamente mais baixo. No caso do estudo, os

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Para avaliar a função coronariana, os cientistas realizaram ecocardiogramas e mediram o percentual de sangue que entra e sai do coração, a cada batimento

pacientes apresentavam uma fração de ejeção média de 26%. Após a suplementação com vitamina D3, o índice subiu para 34%.

De acordo com o Dr. Witte, o resultado da pesquisa significa que, para pelo menos parte dos pacientes com insuficiência cardíaca crônica, tomar regularmente vitamina D3 pode diminuir a possível necessidade do uso de um cardioversor desfibrilador implantável (ICD). O dispositivo é capaz de detectar arritmias graves e tratá-las imediatamente, por meio de estímulos elétricos. Para o cardiologista Jorge Elias Neto (Cremesp 25742), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), essa é uma evidência pioneira, que pode representar um avanço importante na forma de tratar a insuficiência cardíaca crônica.

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Uma das maiores autoridades mundiais em suplementação de vitamina D, o endocrinologista, doutor em bioquímica e professor da Universidade de Medicina de Boston Michael Holick concorda com o Dr. Elias Neto. Ele lembra ainda que pacientes com a doença costumam sofrer da falta da substância, já que idosos produzem menos quantidade dela do que jovens. “Por isso, é absolutamente necessário combater a deficiência de vitamina D3, que afeta milhões de pessoas, para prevenir e tratar doenças crônicas, incluindo as cardíacas”, explica.


Sedentarismo pode acelerar o envelhecimento celular Pesquisa mostra que processo de encurtamento das extremidades dos cromossomos é mais veloz em mulheres que não praticam exercícios

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quão importante é a atividade física para o organismo feminino após os 60 anos? A resposta para essa questão acaba de vir de um estudo que mostrou que o envelhecimento celular pode ser acelerado em mulheres mais velhas com estilo de vida sedentário. De acordo com a pesquisa, o processo de encurtamento dos telômeros (extremidades dos cromossomos presentes nas células) nessas pessoas é muito mais veloz do que naquelas que fazem, pelo menos, 30 minutos de exercícios diários. “Todos sabemos dos benefícios da atividade física quando somos jovens, mas ela deve continuar a ser parte de nossa vida diária à medida que envelhecemos, mesmo aos 80 anos”, diz o professor doutor Aladdin Shadyab, principal autor do trabalho. Especialista em epidemiologia, genética da longevidade e saúde pública, o cientista explica que, por conta da relação entre sedentarismo e envelhecimento celular,

nem sempre a idade cronológica corresponde à biológica. O estudo foi realizado pela Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, envolvendo 1,5 mil mulheres, com idades entre 64 e 95 anos. As voluntárias fazem parte da Iniciativa de Saúde da Mulher (WHI, na sigla em inglês), uma investigação nacional sobre fatores determinantes para doenças crônicas na pós-menopausa. O resultado da pesquisa foi publicado recentemente no American Journal of Epidemiology.

Segundo o Dr. Shadyab, futuros estudos serão realizados para saber como o exercício se relaciona com o comprimento dos telômeros em pessoas mais jovens e em homens mais velhos. Vale lembrar que, à medida que as células se dividem — para renovar órgãos como pele, pulmões e fígado —, as extremidades dos cromossomos vão naturalmente ficando mais curtas. Quando elas atingem um tamanho muito limitado, as células perdem a capacidade de se dividir, o que promove a degeneração dos tecidos e, consequentemente, o envelhecimento.

Os cientistas analisaram amostras de sangue das participantes, que preencheram questionários sobre suas atividades e usaram um acelerômetro (aparelho que mensura movimentos) no quadril, tanto no período de vigília quanto nas horas de sono. Depois, os pesquisadores compararam o comprimento dos telômeros com a prática de atividade física, em busca de possíveis associações entre tal hábito e o envelhecimento.

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ítalo Rachid assume

presidência da SBCM-Ceará Nova diretoria trabalha para a difusão mais ampla de um modelo de Medicina voltado para a prevenção

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ntegração do conhecimento médico em prol da qualidade de vida. Essa é a missão da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) Regional Ceará, que agora tem como presidente o Dr. Ítalo Rachid (Cremec 4554). A nova diretoria da entidade, com sede em Eusébio, na Grande Fortaleza, tomou posse recentemente e já vem trabalhando duro. As primeiras medidas visam fortalecer o relacionamento com os associados, promover a integração entre os médicos e contribuir para a capacitação profissional e a difusão, cada vez maior, do modelo de Medicina voltado para a prevenção. A indicação de Rachid para o cargo foi feita pelo presidente da SBCM, Dr. Antônio Carlos Lopes.

Professor titular de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Dr. Antônio Carlos é um dos mais respeitados nomes da Medicina brasileira. Ele é autor do principal livro de Clínica Médica no país, o Tratado de Clínica Médica, que tem três volumes e mais de 5.500 páginas. “A partir desse acordo de cooperação científica entre a SBCM e a Sobraf (Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia), ambas as instituições passam a dar oficial acreditação aos cursos do Grupo Longevidade Saudável e a todo o nosso projeto pedagógico. Por outro lado, será disponibilizado aos sócios da entidade um programa de educação médica continuada, que permitirá a atualização profissional e a indispensável


Indicação de Rachid para o cargo foi feita pelo presidente da SBCM, Dr. Antônio Carlos Lopes, um dos nomes mais respeitados da Medicina brasileira

A SBCM – que conta com regionais em 16 estados, incluindo a do Ceará, e mais de 14 mil médicos associados – tem como pilares a valorização do clínico, a humanização da Medicina, a relação médico-paciente e a democratização do conhecimento.

Mudança de foco integração multidisciplinar do conhecimento em prol da qualidade de vida”, explica o Dr. Rachid, diretor científico do Grupo Longevidade Saudável e presidente da Sobraf. “O Dr. Antônio Carlos percebeu a importância da nossa proposta terapêutica, no sentido de transformar o clínico em um profissional preparado não apenas para tratar as enfermidades da melhor forma possível, mas para cuidar da saúde prioritariamente”, completa o Dr. Rachid. “Esse conhecimento vem preencher uma lacuna existente na formação dos médicos e permitirá a eles desenvolver habilidades complementares para o diagnóstico de potenciais ameaças à saúde”, confirma o Dr. Antônio Carlos, que também é diretor da Escola Paulista de Ciências Médicas e tem trabalhado pela compreensão de que o melhor médico é aquele com formação mais holística.

Segundo o Dr. Rachid, em sua formação de base, o médico é treinado para enxergar apenas o que é perceptível por meio de sinais ou sintomas. Desse modo, a incidência e o transcurso das doenças, em grande parte, são compreendidos como circunstâncias ou fenômenos pouco suscetíveis a modificações, sob o prisma essencialmente curativo da Medicina. “A ausência de sintomas não significa necessariamente saúde. Os médicos são treinados a perguntar ao paciente o que ele está sentindo, não a lidar com a prevenção. É preciso que o foco da estratégia terapêutica passe a ser mais amplo e integrado, contemplando não só o tratamento de disfunções, mas também, sobretudo, sua detecção precoce e as formas de evitá-las. Assim, é possível alcançar um objetivo maior: dar qualidade à quantidade de vida, por meio da intervenção antes que os problemas se manifestem”, esclarece o Dr. Rachid.

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Equilíbrio para uma boa saúde

XIV Congresso Brasileiro de Clínica Médica, que será realizado em outubro, em Belo Horizonte.

O diretor científico do Grupo Longevidade Saudável lembra ainda que a base de uma boa saúde é formada pela dieta geneticamente correta, pelo controle do estresse e por um estilo de vida e níveis hormonais apropriados. O desequilíbrio desses fatores, juntamente com a excessiva produção de radicais livres e alterações na bioquímica cerebral, desencadeiam a inflamação crônica subclínica, causa das doenças associadas ao envelhecimento.

O conceito de Medicina focado na prevenção deve passar a integrar o currículo do curso de graduação em Medicina da Escola de Saúde do Exército, em São Paulo. “A ideia é elaborar um projeto pedagógico de forma a apresentar esse conteúdo dentro da formação médica, o que dará outra perspectiva para o aluno”, explica o Dr. Rachid. Com isso, a instituição será uma das primeiras escolas do mundo a oferecer tal conhecimento na graduação.

“Em geral, problemas que surgem com o avanço cronológico eram compreendidos como um processo previsível e, muitas vezes, inevitável. Novos conceitos em fisiopatologia nos ensinam que o envelhecimento acelerado e as doenças relacionadas a ele se devem à ação crônica, recorrente, precisa e combinada de uma gama de fatores, que hoje já podem ser mensurados de forma precoce e, sobretudo, ainda em fase assintomática, qualquer que seja a idade do indivíduo”, diz. Com o intuito de apresentar e aprofundar um pouco mais a discussão dessas ideias na SBCM, o Dr. Rachid vai ministrar uma palestra sobre o tema durante o

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Diretoria da SBCM-Ceará Os valores que pautam as ações da SBCM-Ceará são a vida em primeiro lugar, o humanismo na Medicina, o tratamento da saúde, a valorização do ato médico e o resgate da relação médico-paciente.

A diretoria da entidade, agora, é composta por: Presidente:

Dr. Italo Rachid Vice-presidente:

Dr. José Luiz Verde Primeiro-secretário:

Dr. Ronald Canejo Segundo-secretário:

Ellysson Abinader Primeiro-tesoureiro:

Dr. Idilio Dias Segundo-tesoureiro:

Dr. Carlos Lopes Clínicos que quiserem se associar à entidade podem obter mais informações no site www.sbcmce.org.



Testosterona reduz risco de câncer de próstata agressivo

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m novo estudo científico chega para derrubar a ideia de que há ligação entre a terapia de reposição hormonal com testosterona e o risco aumentado de câncer de próstata. Apresentado na reunião anual da American Urological Association, em San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos, o trabalho mostrou que não só não houve elevação do risco, como também os homens em tratamento durante mais de um ano tiveram 50% menos chances de desenvolver uma forma agressiva da doença em comparação àqueles não tratados.

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A pesquisa, conduzida por cientistas do Centro Médico Langone, da Universidade de Nova York, e do Centro de Câncer Laura e Isaac Perlmutter, na mesma cidade, é resultado da análise de registros médicos de mais de 231 mil homens. Foram utilizados dados do Registro Nacional de Câncer de Próstata e do Registro de Medicamentos Prescritos na Suécia. Dos 38.570 homens que desenvolveram câncer de próstata entre 2009 e 2012, 284 fizeram reposição hormonal antes do diagnóstico da doença, porém eles apresentavam fatores de risco.


O líder da pesquisa, Dr. Stacy Loeb, professor assistente de Urologia e Saúde da População na Universidade de Nova York e especialista em câncer de próstata, diz que, com base nos resultados, é possível orientar os médicos para que fiquem atentos aos pacientes que têm fatores de risco para câncer de próstata e estão em terapia hormonal. No entanto, não é preciso hesitar em prescrever o tratamento por medo de aumentar a probabilidade de surgimento do problema.

Suporte para avaliação médica O urologista Márcio de Carvalho (CRM PR-12020) comenta que os resultados do estudo reforçam as vantagens da reposição de testosterona. “Os achados oferecem informações importantes para a avaliação do risco/benefício para homens com deficiência androgênica e que estão considerando o tratamento”, explica. Um dos maiores estudiosos internacionais do tema, o norte-americano Abraham Morgentaler, mestre e doutor em Urologia e professor da Harvard Medical School, tem a mesma opinião. “Agora está bem claro: não

Homens em terapia de reposição hormonal durante mais de um ano apresentaram

50%

menos chances existe nenhuma relação entre níveis mais elevados de testosterona e câncer de próstata. Essa hipótese foi baseada em pesquisas mal interpretadas, conduzidas há mais de quatro décadas”, diz.

de desenvolver a doença

O especialista, que em 2011 publicou um trabalho sobre o assunto, ressalta que análises longitudinais anteriores já apontavam para tal evidência. “No estudo que fizemos há seis anos, os pacientes receberam reposição hormonal por um período médio de dois anos e meio, apesar de terem câncer de próstata em observação. Todos eles tiveram biópsias de acompanhamento da glândula, e nenhum sofreu progressão da doença”, relata. Segundo o Dr. Márcio de Carvalho, os fatores que podem aumentar o risco do problema são idade (acima de 50 anos), raça (homens com ascendência africana são mais acometidos) e histórico familiar.

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Ciência e tecnologia a serviço da saúde Estudos genéticos e criação de robôs humanoides para cuidar de idosos trazem a possibilidade de novos tratamentos e mais qualidade de vida para pacientes

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equenciamento de genes em crianças com distúrbios de desenvolvimento raros e ainda não diagnosticados. Criação de robôs humanoides capazes de reconhecer as emoções humanas e ajudar no cuidado com o paciente, como lhe trazer o remédio na hora certa. Uso de medicina regenerativa para combater doenças relacionadas à idade, com foco na reparação de danos em tecidos, células e moléculas. Esses são alguns exemplos do avanço tecnológico e científico que pode ser traduzido em novas terapêuticas para tratar e evitar problemas de saúde e, assim, dar mais qualidade de vida à população. A cada ano, nascem em todo o mundo milhares de bebês que não se desenvolvem normalmente por causa de erros em seu DNA. Isso pode levar a condições como deficiência intelectual, epilepsia, autismo ou defeitos cardíacos. Para se ter uma ideia, hoje existem mais de mil falhas genéticas cientificamente reconhecidas, porém, muitos transtornos são tão raros que as causas permanecem obscuras. Foi a partir dessa realidade que 200 geneticistas do Reino Unido iniciaram o estudo Deciphering Developmental Disorders (Decifrando Transtornos do Desenvolvimento, em tradução livre).

Pesquisa realizada por 200 geneticistas clínicos do Reino Unido descobriu 14 tipos de distúrbio do desenvolvimento causados por mutações genéticas

Eles examinaram todos os 20 mil genes de mais de 4 mil famílias que têm entre seus membros uma criança com problema de desenvolvimento. E o resultado, publicado na revista Nature, em janeiro último, foi surpreendente: foram descobertos 14 tipos de transtorno, todos causados por mutações genéticas encontradas nos pequenos, mas não no DNA do pai ou da mãe.

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“As famílias querem entender a causa da desordem de seus filhos. E pode ser um grande alívio obterem, finalmente, um diagnóstico”, comenta o professor doutor David Fitz Patrick, um dos autores do trabalho.

Pepper, o robô camarada Pepper: esse é o nome do primeiro robô humanoide capaz de reconhecer as principais emoções humanas e reagir a elas, adaptando-se ao humor de seu interlocutor. Com base nas palavras ditas pela pessoa e na expressão de seu rosto e gestos corporais, ele interpreta o estado emocional e responde mudando a entonação da voz e a cor de seus olhos e do tablet que traz no peito. Atualmente, uma equipe internacional de cientistas está trabalhando em um projeto de 2 milhões de libras (cerca de R$ 8 milhões), patrocinado pela União Europeia e pelo governo do Japão, para a construção dos robôs, que serão usados para fazer companhia a idosos que vivem em casas de repouso. Os primeiros humanoides começam a operar dentro de dois anos. Segundo Amit Humar Pandey, cientista-chefe da Softbank Robotics, fabricante do Pepper, robôs semelhantes já estão sendo usados em hospitais no Japão para realizar tarefas como levantar pacientes e servir comida.

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Combate ao envelhecimento Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os países com maior expectativa de vida para mulheres são Japão (86,8 anos), Cingapura (86,1 anos) e Espanha (85,5 anos). Entre os homens, os campeões são Suíça (81,3 anos), Islândia (81,2) e Austrália (80,9). Mas pessoas de qualquer país podem ter a longevidade aumentada nas próximas décadas. Essa é a aposta da Fundação de Pesquisa SENS, com sede na Califórnia, nos Estados Unidos. A entidade realiza e financia pesquisas biomédicas, na busca de soluções que serão usadas para tratar doenças associadas ao envelhecimento. Fundador e diretor científico da SENS, o doutor em Biologia Aubrey de Grey será um dos palestrantes do VI Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana, que será realizado no próximo mês de outubro, em São Paulo. Entre as pesquisas desenvolvidas pela SENS estão a utilização de células-tronco para tratamento de mal de Parkinson; a vacinação contra detritos extracelulares que contribuem para doenças como Alzheimer; a indução de autodestruição de células senescentes (que já não se dividem, mas produzem substâncias inflamatórias que contribuem para problemas do envelhecimento); e a eliminação da telomerase como meio de controle do câncer.



Testosterona pode ‘rejuvenescer’ homens e mulheres Cientistas brasileiros e americanos descobrem que tratamento com o hormônio é capaz de reverter processo que leva ao envelhecimento celular

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m estudo pioneiro e conduzido por dois médicos brasileiros, entre outros pesquisadores, detectou que o uso de hormônios androgênicos — principalmente testosterona — pode ajudar a prevenir o envelhecimento celular em homens e mulheres. De acordo com o trabalho, publicado na revista científica New England Journal of Medicine, esses hormônios estimulam o organismo a produzir a enzima telomerase, capaz de prolongar a capacidade de as células se dividirem. Na ponta dos cromossomos, existem estruturas chamadas telômeros, responsáveis por manter a

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integridade do material genético durante a divisão celular. Com o passar do tempo, os telômeros vão se encurtando, o que impede as células de se reproduzirem e as leva ao envelhecimento. Tal processo está ligado à redução da telomerase, cuja ação repara os telômeros.

Na pesquisa, o Dr. Rodrigo Tocantins Calado, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); o Dr. Phillip Scheinberg, chefe da Hematologia Clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo; e equipe trabalharam realizando testes em laboratório. Depois, com base nos resultados, desenvolveram um protocolo clínico em que pacientes com telômeros muito curtos e doenças associadas a mutações no gene codificador da telomerase — como anemia aplástica e fibrose pulmonar — receberam danazol (hormônio sexual sintético) por dois anos. O objetivo do experimento era diminuir a taxa de encurtamento das extremidades dos cromossomos. Segundo o Dr. Calado, os resultados foram inesperados e surpreendentes. Dos 27 pacientes que participaram do estudo, 45% apresentaram pro-


longamento dos telômeros. “Inicialmente, tínhamos como meta reduzir o encurtamento, mas o que observamos foi o alongamento em quase metade dos casos. Essa foi a primeira demonstração de que estender essas estruturas é possível em humanos com o uso de medicação”, diz. Para o médico e professor russo Vladimir Khavinson, uma das maiores autoridades mundiais quando o tema é telomerase, o estudo abre caminho para a investigação de estratégias similares que possam tratar doenças crônicas associadas a telômeros mais curtos. “É a primeira vez que se demonstra a possibilidade de reconstituir telômeros em seres humanos, com efeitos positivos para a saúde”, diz o médico, presidente da regional europeia da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria. O trabalho, denominado Danazol Treatment for Telomere Diseases, foi realizado em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).

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O cérebro agradece quando você se exercita

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ue praticar exercícios faz bem ao corpo, ninguém duvida. Mas vários estudos científicos têm demonstrado que, além de eliminar gordura e tonificar os músculos, a inclusão de esportes na rotina favorece o desempenho cerebral. Entre as vantagens, estão a melhora das capacidades de concentração, memória e atenção. Outro grande benefício da atividade física é o bom humor. Uma simples caminhada ou uma corrida resultam no aumento dos níveis de substâncias como serotonina, endorfina e dopamina, ligadas à sensação de bem-estar. Outros esportes podem contribuir de forma diferente para a saúde cerebral. É o caso, por exemplo, de atividades que requerem tomadas rápidas de decisão, como o futebol, o basquete, o vôlei e a esgrima. Segundo estudo publicado pela L’Università degli Studi di Roma, na Itália, a prática dessas modalidades incrementa a função cognitiva, tanto em jovens como em idosos. Já exercícios aeróbicos — como pedalar, por exemplo — podem ajudar a aumentar a concentração. Segundo o ortopedista e especialista em Medicina do Esporte Cláudio Frota de

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Souza (Cremerj 52.538609), isso ocorre porque a atividade eleva o fluxo sanguíneo e os níveis de oxigenação no corpo. Isso também estimula uma comunicação mais eficiente entre os neurônios, colaborando para a regulação do sono, da fome e do humor, entre outros benefícios.

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Atividade no hipocampo “Pesquisas recentes mostraram, por meio de ressonância magnética, que pessoas que fazem exercícios regularmente apresentam uma intensa atividade no hipocampo, região do cérebro ligada à memória e à aprendizagem”, lembra Souza. O especialista ressalta ainda que mexer o corpo ajuda a ampliar o surgimento de novos vasos sanguíneos no cérebro, fazendo com que mais oxigênio seja levado ao órgão. “Isso significa mais facilidade para desenvolver tarefas do cotidiano, como pensar, enxergar, sentir e se mover”, explica o médico.

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A longevidade incomum dos moradores de

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aldeia Acciaroli, na província de Salerno, no sul da Itália, tem atraído nos últimos anos a atenção de cientistas de todo o mundo, que tentam desvendar a longevidade incomum de seus habitantes. Para se ter uma ideia, cerca de 20% dos moradores da cidade — que fica 140 quilômetros ao sul de Nápoles e é banhada pelo mar Tirreno — têm mais de 100 anos. Um dos primeiros pesquisadores a se interessar pelo local foi o cardiologista norte-americano Alan Maisel. Ele visitou a vila pela primeira vez em 2012, quando estava de férias, e ficou impressionado com a grande quantidade de pessoas idosas.

Com parte da população com 100 anos ou mais, aldeia no Sul da Itália chamou a atenção de cientistas, que estudam a genética e o estilo de vida dos moradores

Intrigado, o Dr. Maisel, professor de Medicina na Universidade da Califórnia, em San Diego, iniciou um estudo em parceria com colegas da Universidade La Sapienza, de Roma. Eles passaram seis meses na aldeia e fizeram descobertas sobre os hábitos de vida dos moradores, como o consumo de bastante carne de coelho (que eles mesmos criam) e de anchovas pescadas em suas praias. A alimentação é baseada na dieta mediterrânea, composta por frutas frescas, vegetais, peixe e azeite de oliva de fabricação própria. Outra curiosidade na culinária local: os residentes em Acciaroli usam alecrim em tudo que cozinham. Como algumas pesquisas têm mostrado que a especiaria pode auxiliar a função cerebral, os cientistas acreditam que a variedade cultivada na vila italiana pode ter concentrações especialmente altas de substâncias benéficas. Com ar puro, temperatura amena e sol em abundância, a cidade é um ambiente agradável para passar bastante tempo ao ar livre, nadando, pescando, cuidando do jardim ou subindo as colinas íngremes que cercam a localidade. E muitos usam bicicletas para se locomover pelas ruas, inclusive aqueles com mais de 90 anos. A qualidade de vida dos moradores quase centenários é elevada: praticamente ninguém tem catarata ou sofreu fraturas ósseas; a saúde cardíaca deles é excelente; e a incidência de Alzheimer, baixa. Entre as 80 pessoas que participaram do estudo, 25 delas com mais de 100 anos, nenhuma apresentava sinais de declínio cognitivo.

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Saúde da circulação preservada Além de investigar o estilo de vida, os pesquisadores também se debruçaram sobre a genética dos habitantes de Acciaroli. Foram feitos diferentes testes sanguíneos e o acompanhamento das condições cardíaca e neurológica deles. O trabalho — que reuniu 27 famílias com, pelo menos, um membro com 90 anos ou mais — descobriu que os idosos têm baixas taxas de adrenomedulina, um hormônio peptídeo vasodilatador que atua nos vasos sanguíneos. Segundo o Dr. Maisel, normalmente, conforme se envelhece, os níveis de adrenomedulina aumentam no organismo, o que afeta a microcirculação (circulação sanguínea capilar). Mas, nos anciãos da aldeia, as taxas encontradas são iguais às de pessoas de 20 a 30 anos. “Com muita quantidade desse hormônio, não há um bom fluxo sanguíneo para órgãos e músculos”, explica o professor, ressaltando que ainda não está clara a razão pela qual os moradores apresentam pouca adrenomedulina no organismo.

Entre os 80 participantes da pesquisa, sendo 25 com mais de 100 anos, nenhum apresentou sinais de declínio cognitivo

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Após os primeiros achados, os cientistas decidiram estender o estudo para aprofundar a investigação, que não tem, por enquanto, data para terminar. Uma das teorias que ainda serão verificadas é a possível presença de algum gene capaz de extrair, de forma mais eficaz, as propriedades benéficas de produtos consumidos regularmente, como o alecrim, por exemplo. Segundo o último censo da prefeitura local, Acciaroli possui 2 mil residentes, sendo 400 centenários. Já na região onde fica a vila, a população é de 60 mil pessoas, e o total de pessoas com mais de 100 anos chega a 2 mil. A proporção é excepcionalmente alta, o que confere ao lugar o título de capital mundial da longevidade junto com Okinawa, ilha no sul do Japão. Na localidade asiática, para cada grupo de 100 mil habitantes, 50 são centenários.


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Um olho no prato, outro no relógio Comer em horários irregulares afeta o ritmo do organismo e eleva o risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade

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limentar-se em horários regulares é tão importante para a saúde quanto o que se coloca no prato. A conclusão é de pesquisadores britânicos que revisaram 28 estudos publicados anteriormente sobre o impacto dos padrões alimentares no organismo. Os resultados foram publicados no periódico científico Proceedings of the Nutrition Society e mostraram que comer em horários irregulares está associado a maior risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade. Principal autora do trabalho, a nutricionista e doutora em Ciência da Nutrição Gerda Pot, professora do Kings’ College of London, na Inglaterra, e da Vrije Universiteit, em Amsterdã, diz que os hábitos relativos à dieta podem alterar o ritmo circadiano (relógio biológico interno), afetando o funcionamento de órgãos como fígado e intestino. “Nosso corpo é regido pelo ritmo circadiano, que se repete a cada 24 horas. E muitos processos metabólicos, como o apetite, a digestão e o metabolismo da gordura e da glucose, seguem

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Privação de sono e consumo de calorias O estudo mostrou ainda que pessoas que tinham problemas para descansar bem à noite consumiram uma média de 385 calorias a mais no dia seguinte, porém sem gastar a energia extra. A análise incluiu a comparação de dados de um grupo com restrição parcial de sono e de outro que dormia oito horas por noite. Depois, foi feita a medição das calorias ingeridas por todos os voluntários nas 24 horas seguintes. esse ritmo. Por isso, desrespeitar nosso relógio interno traz danos à saúde”, comenta a pesquisadora. De acordo com a Dra. Gerda, entre os distúrbios que podem surgir quando o estilo de vida não é compatível com o relógio biológico interno, estão a síndrome jet lag social (que ocorre principalmente quando se muda o padrão de sono nos fins de semana), desordens alimentares e dificuldades para dormir. Em seu artigo, a autora explica que quem trabalha em turnos corre mais risco de desenvolver câncer, doenças cardiovasculares, pressão alta, diabetes tipo 2 e obesidade. Já o jet lag social foi associado a maiores chances de obesidade e síndrome metabólica. Noites mal dormidas têm ligação com ganho de peso.

Os pesquisadores descobriram que os indivíduos privados de sono consumiam proporcionalmente mais gordura e menos proteína em relação àqueles que dormiam bem. “Se a privação de sono em longo prazo continuar resultando em um aumento da ingestão de calorias nessa magnitude, isso pode contribuir para o ganho de peso”, diz a Dra. Gerda. A nutricionista clínica funcional Aline Monteiro (CRN 2000.100.386-5) afirma que o achado reforça as evidências já existentes a respeito de horários regulares para a alimentação. E lembra outro fator importante: “As refeições em família contribuem para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis em crianças e adolescentes, o que beneficiará o adulto no futuro”, comenta.

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Colesterol: o que você realmente precisa saber sobre ele Não existe versão ruim dessa substância, reduzir o consumo dela não impede o risco de ataques cardíacos e usar medicamentos para controlar seus níveis no sangue pode ser prejudicial à saúde

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corpo humano é uma máquina com design perfeito. E nada que ele produz faz mal ou está ali por acidente. O colesterol, certamente, não é exceção à regra. Por isso, médicos e pesquisadores de todo o mundo vêm, nos últimos anos, tentando derrubar o maior mito em relação à substância: não, não existe colesterol ruim. Uma vasta literatura científica mostra que o composto não causa doença cardíaca, e tentar reduzir o nível


dele com drogas, como as estatinas, é um desperdício de tempo e de recursos, sem mencionar os malefícios para a saúde. O colesterol é, na verdade, fundamental para o organismo, com diversas funções importantes, como auxiliar a manutenção da saúde do sistema nervoso e a produção de hormônios esteroides (incluindo progesterona, estrogênio e testosterona) e corticoides (adrenalina e cortisol). Além disso, o composto é crucial para o bom funcionamento dos receptores de serotonina no cérebro; para a digestão (os sais presentes na bile, fluido necessário ao metabolismo das gorduras, são produzidos a partir de colesterol); e para a síntese de vitamina D, quando se está exposto ao sol. Mas qual a origem do colesterol no corpo? Cerca de 80% são produzidos pelo fígado, e o restante vem do consumo de alimentos. As principais fontes são ovos; leite e derivados, como manteiga e queijo; carnes bovina e suína; pele e miúdos de aves, como fígado; e frutos do mar, como lagosta.

Mais tempo de vida Um estudo internacional recente, feito por pesquisadores da Escócia, da Suécia e da Irlanda, mostrou que 92% das pessoas com nível elevado de colesterol viveram mais tempo. O trabalho é resultado da revisão de pesquisas anteriores, envolvendo cerca de 70 mil participantes com mais de 60 anos. Os achados foram publicados no jornal BMJ, do Reino Unido. “O que encontramos foi que idosos com níveis elevados de LDL (lipoproteína de baixa densidade), o assim chamado colesterol ruim, viveram

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EUA deixam de recomendar ingestão menor O Dr. Rachid lembra que, em 2015, o governo dos Estados Unidos já havia liberado o consumo de alimentos ricos em colesterol. Anteriormente, as Diretrizes Dietéticas para os americanos recomendavam a ingestão máxima de 300 mg da gordura por dia. Mas a orientação foi retirada por falta de evidências que demonstrassem a relação entre a presença da substância na dieta e o colesterol existente no sangue, de forma alinhada com o relatório da American Heart Association e American College of Cardiology.

mais tempo e tiveram menos doenças cardíacas”, disse o Dr. Malcolm Kendrick, um dos autores da pesquisa, que há anos trabalha para desmitificar a ligação entre colesterol alto e mortes por enfarte. O médico, até, publicou um livro sobre o tema, The Great Cholesterol Con, em 2008. Para o Dr. Ítalo Rachid (Cremesp 114612), diretor científico do Grupo Longevidade Saudável, esse estudo vem ratificar a ideia de que a classe médica precisa reavaliar as diretrizes para a prevenção de problemas cardiovasculares. “Colesterol na dieta não é a causa de doença cardíaca coronariana. Pelo contrário, taxas altas da substância no corpo são uma indicação clara de que o fígado está em boa saúde. Vários trabalhos já mostraram que indivíduos que sofrem ataques cardíacos têm níveis normais de colesterol”, justifica.

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Vale ressaltar que o documento, do início do século passado, apontou os ovos como um dos principais inimigos do coração e deu início ao combate ao consumo de alimentos ricos em colesterol. A determinação, adotada ao redor do mundo, se manteve intocável até dois anos atrás. Entre os muitos trabalhos científicos que desmitificam a ideia de que é preciso baixar os níveis de colesterol, estão aqueles realizados pelo grupo International Network of Cholesterol Skeptics (THINCS, Rede Internacional de Céticos sobre Colesterol, em tradução livre). Formada em 2002 por médicos, acadêmicos e pesquisadores de diferentes países, a equipe diz, em seu site oficial (www.thincs.org), que seu objetivo é informar ao público em geral que essa teoria não só não tem base científica como também existe um grande número de estudos que a contradizem diretamente.


Estatinas causam sérios efeitos colaterais

O colesterol é essencial para o funcionamento das células do sistema nervoso, para o metabolismo das gorduras e para a produção de vitamina D

Em setembro do ano passado, o THINCS lançou o livro Fat and Cholesterol Don’t Cause Heart Attacks and Statins Are Not the Solution (Gordura e colesterol não causam ataques cardíacos e estatinas não são a solução, em tradução livre). A obra, assinada por 21 autores, diz, entre outras coisas, que a recomendação de dietas com pouca gordura é, provavelmente, a causa da epidemia de obesidade e diabetes tipo 2. Também detalha os efeitos adversos das estatinas (classe de drogas inibidoras da enzima responsável pela síntese do colesterol nas células), que foram ignorados ou suprimidos em relatórios de ensaios patrocinados por companhias farmacêuticas, como o desenvolvimento de aterosclerose coronária e insuficiência congestiva. Já o professor e pesquisador francês Philippe Even, autor de vários artigos científicos sobre o tema, publicou o livro The Truth About Cholesterol (A verdade sobre o colesterol, em tradução livre) em

fevereiro de 2013. Ele explica que a substância é essencial para a vida e deixa clara a inexistência de relação entre altos níveis dela e doenças arteriais. Também refuta a necessidade e eficiência do tratamento da hipercolesterolemia (excesso de colesterol no sangue), sobretudo com estatinas, destacando seus efeitos colaterais. Estimativas mostram que, no Brasil, cerca de 8 milhões de pessoas fazem uso dessa classe de medicamentos. Nos Estados Unidos, 36 milhões consomem o remédio; no Reino Unido, 5,2 milhões; e na França, 6 milhões. Globalmente, calcula-se que 1 bilhão de pacientes tomem estatinas.

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múltipla aos

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roblema, de ordem mundial, que afeta homens e mulheres de diferentes idades, o transtorno alimentar não tem uma só causa; ao contrário, trata-se de um mal de origem multifatorial, que envolve componentes biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares. Por isso, o tratamento deve ser multidisciplinar, realizado por profissionais como o nutricionista e o educador físico (que vão preparar, respectivamente, o programa alimentar e o de exercícios), o médico (que atuará na reposição hormonal), o psicólogo e, quando preciso, o psiquiatra. O trabalho em equipe é fundamental para amenizar os sintomas físicos e psíquicos que provocam sérios danos na qualidade de vida do paciente.

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Embora não haja uma estatística oficial do número de casos de transtornos alimentares no Brasil, apenas no estado de São Paulo, estima-se que, a cada dois dias, uma pessoa seja internada por anorexia ou bulimia em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). E 77% das mulheres jovens têm propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio relacionado à alimentação. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.

ANOREXIA

Os três tipos mais comuns de transtorno alimentar são anorexia nervosa, bulimia e compulsão alimentar. Os dois primeiros apresentam os mesmos aspectos centrais: o medo intenso de engordar e a preocupação excessiva com a forma do corpo. Se, na anorexia, a obsessão por perder peso leva o paciente a adotar dietas extremamente restritivas, a bulimia é caracterizada pela ingestão descontrolada de grandes quantidades de alimentos, seguida de comportamentos “compensatórios”, como vômitos forçados, exercícios extenuantes, abuso de laxantes e diuréticos e jejuns prolongados. Já na compulsão alimentar, o paciente não tem a preocupação com o peso, mas a sensação de não conseguir controlar o quanto come. Assim, ingere porções exageradas em um curto espaço de tempo. Um dos sinais da síndrome pode ser comer escondido, como explica a psicóloga clínica Maria das Graças de Souza (CRP-02/10139). “Esperar todos em casa irem dormir para atacar a geladeira, por exemplo, é uma tentativa de evitar possíveis críticas quanto à qualidade e à quantidade do que se ingere e à velocidade com que se faz isso”, diz. Ainda segundo a psicóloga, comer muito rápido é outro sintoma que faz parte dos critérios para diagnóstico da compulsão alimentar.

COMPULSÃO REVISTA LONGEVIDADE EM FOCO

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BULIMIA

A Dra. Liliane Kijner Kern (Cremesp 59173), psiquiatra do Programa de Orientação e Atenção a Pacientes com Transtorno Alimentar (Proata), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que 96% dos casos de anorexia surgem a partir de dietas. “Pode-se dizer que o quadro é patológico quando a própria pessoa perde a noção de que a magreza traz um comprometimento para a vida dela”, comenta.

Obsessão por saúde Outro distúrbio alimentar é a ortorexia nervosa, caracterizada pela obsessão por uma alimentação saudável, com a ingestão de alimentos “puros” apenas. A doença foi descrita pela primeira vez na década de 90, pelo médico americano Steven Bratman, mestre e doutor em Saúde Pública e autor do livro Health Food Junkies (Viciados em Comida Saudável, em tradução livre). Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que estima que 28% da população ocidental sofra do problema. De acordo com o Dr. Bratman, as pessoas com ortorexia nervosa costumam seguir dietas sem orientação de um nutricionista. Também deixam de consumir grupos alimentares como carnes, laticínios, gorduras e carboidratos, sem fazer ORTOREXIA a substituição adequada.

Desequilíbrio hormonal É importante lembrar que transtornos alimentares afetam o sistema endócrino, com sérias consequências para o organismo. Vários estudos mostram que mulheres com anorexia, por exemplo, apresentam diminuição dos níveis de estrogênio sérico, enquanto, nos homens, ocorre a redução dos níveis de testosterona. A amenorreia secundária (ausência de menstruação na idade reprodutiva) afeta cerca de 90% das adolescentes com o distúrbio. Comer de forma restritiva continuamente também pode prejudicar a tireoide. A glândula passa a produzir menos hormônios, o que reduz a velocidade do metabolismo na tentativa de preservar calorias do corpo.

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Os perigos da

automedicação prolongada Entre os prejuízos para a saúde, estão lesões estomacais, intoxicação do fígado e dor crônica, que afeta cerca de 60 milhões de pessoas no Brasil

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uita gente costuma recorrer a um analgésico para se livrar daquela dor de cabeça que aparece após passar horas em frente ao computador. Se você é uma dessas pessoas, saiba que o uso prolongado de remédios isentos de prescrição médica pode trazer riscos à saúde. No caso dos analgésicos, por exemplo, a automedicação pode resultar na dor crônica, condição que, hoje, compromete a rotina de cerca de 60 milhões de brasileiros. Além disso, o abuso de fármacos em geral – anti-inflamatórios, relaxantes musculares, antitérmicos e antiácidos, por exemplo – pode resultar em lesões estomacais, hepatotoxicidade (intoxicação do fígado causada por substâncias chamadas hepatotoxinas), sangramentos, hipotermia e inflamação de tecidos renais.

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E nem sempre tomar um comprimido vai resolver a dor de cabeça depois de muito tempo trabalhando ao computador. Nessa situação, o incômodo é resultado da fadiga visual, que ocorre principalmente em razão do esgotamento dos músculos dos olhos, que se esforçam para focar a tela. Segundo o médico Antônio de Freitas (CRM/PR 1228), especialista em dor e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), quem usa analgésicos de forma crônica deixa de perceber o efeito do princípio ativo e tende a ingerir doses maiores. Isso leva ao aumento do risco de gastrites, úlceras gástricas e duodenais e hemorragia digestiva.

Efeitos adversos A interação medicamentosa, que resulta em alterações no efeito de um remédio em razão da ingestão simultânea de outro, também pode trazer prejuízos à saúde. Os antiácidos, por exemplo, contêm diferentes componentes que podem interferir na ação de outros fármacos.

Quem usa analgésicos de forma crônica deixa de perceber o efeito do princípio ativo e tende a ingerir doses cada vez maiores do remédio do curso de Farmácia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), salienta que pacientes que fazem uso contínuo de algum medicamento não podem tomar alguma outra droga sem conversar com o médico. “Pessoas com doenças cardíacas, hipertensão ou problemas renais, por exemplo, devem ser orientadas antes de ingerir um antiácido”, alerta. O farmacêutico lembra ainda que os antissecretores, que reduzem a produção de ácido clorídrico no estômago, quando usados por muito tempo, podem prejudicar a absorção de minerais e vitaminas, além de provocar doenças como osteoporose, anemia e infeções intestinais graves. “Uma das funções do ácido clorídrico é inibir a ida de bactérias para o intestino, o que previne infecções. Suprimir a síntese dele resulta na diminuição da proteção da flora intestinal”, comenta. Além disso, de acordo com o farmacêutico, a mesma célula que produz o ácido clorídrico também produz o fator intrínseco. A substância é essencial à absorção da vitamina B12, cuja deficiência pode causar demência no futuro.

O farmacêutico e mestre em Farmácia Francisco de Souza Mello, professor

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fitness

Malhação na ponta dos pés

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Balé fitness mescla elementos da dança clássica com exercícios como agachamentos e abdominais, que permitem ganho de massa muscular


“O balé fitness trabalha o corpo inteiro, principalmente glúteos, abdômen e lombar. E, além do alto gasto calórico, ideal para quem quer perder ou manter o peso, a atividade melhora a postura, a capacidade cardiorrespiratória, a musculatura, a flexibilidade e o equilíbrio”, afirma Ana Paula Freitas, professora da modalidade.

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ara quem anda à procura de uma atividade que permita alto gasto calórico e boa definição muscular, uma dica é praticar o balé fitness. Oferecida em academias de todo o país, a técnica ganha novas adeptas a cada dia, a exemplo das atrizes Ingrid Guimarães, Laura Neiva, Danielle Winits, Flávia Alessandra, Taís Araújo e Carolina Magalhães. A modalidade, criada há 12 anos pela educadora física e bailarina brasileira Betina Dantas, garante um corpo esculpido, elegante e flexível sem a dura rotina de ensaios, característica da dança clássica. Isso porque mistura elementos tradicionais do balé com exercícios de condicionamento físico e ganho de massa magra, como agachamento, abdominais e flexões.

Durante a aula, as praticantes usam caneleiras e halteres, fazem agachamentos e se exercitam na barra de apoio, o que permite atingir todos os grupos musculares trabalhados tanto pela dança quanto pela ginástica localizada. “Usamos o peso do corpo para ganhar força e definição”, conta a instrutora. Em uma hora de prática da modalidade, é possível queimar até 800 calorias.

Para todas as idades Nunca ter dançado balé ou estar acima dos 50 anos não são empecilhos para aderir ao balé fitness. “O exercício pode ser feito por qualquer pessoa apta à atividade física. Já tive alunas entre 18 e 60 anos. Em geral, quem procura não gosta de fazer musculação, mas deseja obter os mesmos benefícios”, diz.

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A atividade é excelente para quem quer perder ou manter o peso: em uma aula de uma hora de duração, é possível queimar até 800 calorias

Para alcançar os resultados desejados, o ideal é fazer de duas a três aulas por semana, para não precisar de uma atividade complementar. Vale lembrar que pessoas que já tiveram lesões devem conversar com um médico antes de começar. As roupas mais adequadas são malhas, meia calça e sapatilhas (mas não aquelas de ponta, usadas no balé clássico).

Segundo Ana Paula, as características principais do balé fitness são o número de repetições de cada exercício, o tempo de isometria (técnica em que se mantém o corpo em uma posição por um determinado tempo) e a sustentação muscular. “As aulas mesclam aeróbico e anaeróbico, proporcionando à praticante um corpo longilíneo, força, leveza e bem-estar”, comenta. Filha de bailarina, Betina Dantas, criadora do balé fitness, tem formação pelo método Royal Academy of Dance e é graduada em Educação Física. Ela deixou a dança aos 15 anos, quando uma lesão no tornozelo a impediu de continuar no balé clássico. Esse foi o ponto de partida para a invenção da modalidade, que hoje conta com mais de 200 professores preparados para ensinar a técnica em academias.

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Os vilões da boa forma infantil

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obesidade infantil é, hoje, considerada uma epidemia mundial, e muitos países têm lutado para conscientizar a população sobre os malefícios do consumo de refrigerantes e sucos artificiais (em pó ou de caixinha). Mas existem outros vilões, como achocolatados, bebidas lácteas e cereais açucarados que muitas crianças adoram ingerir no café da manhã. Ao acordar, o corpo precisa de energia, mas, se ela vem desse tipo de alimento, pais podem estar colaborando para a criação de hábitos alimentares muito pouco saudáveis entre seus filhos. No Reino Unido, onde a estimativa é que um a cada três pequenos tenha sobrepeso ou seja obeso ao entrar

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na escola primária, um estudo recente mostrou que as crianças estão consumindo 11 gramas de açúcar apenas na primeira refeição. E, de acordo com os pesquisadores, oito em cada dez pais entrevistados disseram acreditar que o café da manhã de seus filhos era saudável.


“O hábito de consumir alimentos nutritivos no café da manhã deve ser criado ainda na introdução alimentar, após os 6 meses de idade”. Alice Bastos, especialista em Nutrição Materno-infantil

Já no Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que um a cada três habitantes com idade entre 5 e 9 anos tem excesso de peso. O problema afeta 33,5% da população infantil atualmente, sendo que o índice mais do que triplicou nos últimos anos. A causa está relacionada, principalmente, à má alimentação. Segundo a nutricionista Alice Bastos (CRN6-7529), especialista em Nutrição Materno-infantil, o papel das bebidas na dieta das crianças é muito mais cultural do que nutricional. Segundo ela, nutrientes como fibras, vitaminas, minerais e compostos fitoquímicos (antioxidantes) que protegem as células são encontrados integralmente na fruta, e não no suco, mesmo que preparado com ingredientes naturais. O ideal é limitar a oferta entre 120 e 180 ml (um copo, no máximo) por dia para pequenos com idade entre 1 e 6 anos, e entre 200 e 350 ml (dois copos) para aqueles acima de 7 e adolescentes até 18 anos.

Frutas devem ter mais espaço no cardápio “Bebidas artificiais e sucos ricos em açúcar devem ser substituídos por frutas in natura ou sucos diluídos, menos concentrados, como os de maracujá, acerola ou cajá”, orienta. No café da manhã, a dica é trocar alimentos açucarados por vitamina de frutas; mingau com cereais nutritivos, como aveia, amaranto ou quinoa; água de coco ou achocolatados naturais. Para o preparo deste, deve-se bater leite de vaca ou bebida vegetal (leite de coco, por exemplo) com cacau e adoçar, se necessário, com ameixa seca ou tâmara. “Bebidas lácteas e achocolatados oferecem poucos nutrientes, mas muitos carboidratos e aditivos. O hábito de consumir alimentos nutritivos no café da manhã deve ser criado ainda na introdução alimentar, após os 6 meses de idade”, ressalta a nutricionista.

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Celulares e tablets podem afetar visão das crianças

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rianças que passam muito tempo em frente à tela do laptop, do tablet ou do smartphone têm risco maior de desenvolver a síndrome do olho seco, doença que, há até alguns anos, atingia apenas adultos. O alerta vem de pesquisadores da Coreia do Sul, que realizaram um estudo com 920 pequenos de idades entre 7 e 12 anos. Durante a pesquisa, foram realizados diversos exames oftalmológicos, como o teste de Schirmer (para analisar se o olho produz quantidade suficiente de lágrima para se manter lubrificado) e a avaliação do filme lacrimal, que mede a quantidade de lágrima produzida e o total de células mortas ou em degeneração na superfície ocular. No fim do trabalho, os cientistas descobriram que as crianças que faziam uso de tecnologias durante mais de três horas por dia (cerca de 7% dos voluntários) apre-

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Passar muitas horas olhando para as telas resulta no aumento do risco de desenvolver a síndrome pediátrica do olho seco

sentavam características da síndrome pediátrica do olho seco. Os resultados mostraram ainda que 55% dos participantes que não tinham sintomas da doença utilizavam seus equipamentos por apenas 37 minutos diários e passavam mais tempo em atividades ao ar livre. Segundo o oftalmologista Alfredo Martineli (CRM SP 23228), a síndrome do olho seco ocorre quando as lágrimas evaporam mais rápido, o que provoca uma anomalia na produção natural do muco que lubrifica a córnea. “Entre os problemas causados, estão ressecamento ocular,

ardência, sensação de areia nos olhos e sensibilidade à luz. Esses fatores podem afetar a visão da criança e, consequentemente, prejudicar o desempenho escolar”, explica. O especialista lembra ainda que o uso de celulares e tablets faz com que as pessoas olhem para a tela por mais tempo e pisquem menos. Dessa forma, a lubrificação ocular fica reduzida. Segundo o médico, o recomendado é não dar aparelhos eletrônicos para menores de 2 anos. “Para aqueles com idade entre 2 e 5 anos, o limite de utilização diária é uma hora”, orienta.



Passar muitas horas sentado aumenta o risco de morte 62

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Pessoas que ficam na cadeira por quatro ou mais horas diárias têm chance 125% maior de desenvolver trombose e embolia pulmonar

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assar muito tempo sentado – seja atrás de uma mesa no trabalho, durante um voo longo ou mesmo no sofá em frente à TV – pode ter consequências mais graves do que uma dor nas costas. Várias pesquisas científicas publicadas nos últimos anos mostram que tal hábito pode influenciar a expectativa de vida. Uma delas, conduzida por cientistas do American College of Cardiology, aponta que pessoas que permanecem sentadas em uma mesma posição por longos períodos, sem movimentar as pernas, estão mais propensas a ter trombose venosa profunda, problema circulatório que pode levar à morte. A trombose se caracteriza pela formação de um coágulo em uma veia profunda, geralmente na perna. Uma vez na corrente sanguínea, ele pode chegar aos pulmões, provocando a embolia pulmonar — ou seja, o bloqueio de uma ou mais artérias do órgão, o que impede o paciente de respirar. Os dados encontrados são alarmantes: indivíduos que passam quatro horas ou mais por dia sentados têm aumento de 125% no risco de eventos cardiovasculares comparados àqueles que passam menos de duas horas na cadeira. E essa associação independe de fatores de risco tradicionais, como tabagismo, hipertensão, falta de atividade física e obesidade.

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Em viagens com mais de oito horas de duração, meias elásticas de média compressão ajudam a prevenir o inchaço das pernas, mas é preciso consultar um angiologista antes de usá-las

Imobilidade afeta circulação O angiologista e cirurgião vascular André Pacheco (CRM 52763470) explica que, quando o indivíduo fica sentado em uma mesma posição por muito tempo, pode haver dificuldade no retorno do sangue, dos pés ao coração, pelas veias. A partir desse quadro, as chances de ocorrerem trombose e embolia pulmonar são maiores. “Com a imobilidade, as circulações sanguínea e linfática são afetadas. O nosso corpo é uma máquina perfeita, mas foi feita para estar em constante movimento, não para passar horas sentado”, comenta. O médico alerta que pessoas que têm caso de trombofilia hereditária (doença caracterizada pela propensão de desenvolver trombose devido a uma anomalia no sistema de coagulação) na família devem ter cuidado redobrado. O mesmo vale para quem tem deficiência de algum fator de coagulação. Ainda segundo o angiologista, outro fator de risco para a trombose é a presença de varizes volumosas nas pernas. Para quem trabalha sentado, o especialista orienta que se levante e caminhe de tempos em tempos. “O ideal é que, durante o expediente, a pessoa passe cinco minutos em pé para cada 30 sentada”, diz. Em viagens com mais de oito horas de duração, o Dr. Pacheco indica o uso de meias elásticas de média compressão, que ajudam a prevenir o in-

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chaço das pernas e o risco de trombose. Para aqueles com histórico da doença na família, o melhor é procurar um angiologista ou cirurgião cardiovascular antes da viagem. “Caminhar de vez em quando durante o voo também é recomendável, assim como procurar mexer os pés, para cima e para baixo. Esse é um bom exercício para movimentar a panturrilha e auxiliar o bombeamento do sangue nas veias”, afirma.



Sexo

na terceira idade afasta o risco de hipertensão

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iversos estudos confirmam: o sexo saudável é importante em todas as fases da vida. Mas, para elas, o benefício parece ser maior. Uma pesquisa recente mostrou que mulheres mais velhas que se mantêm ativas sexualmente apresentam risco menor de desenvolver hipertensão. O trabalho, o primeiro em larga escala para saber como o sexo afeta a saúde cardíaca na idade madura, foi realizado por cientistas da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos. A pesquisa durou dez anos e envolveu mais de 2,2 mil voluntários, entre homens e mulheres. Os resultados foram publicados no Journal of Health and Social Behavior. Os participantes tinham entre 57 e 85 anos quando houve a primeira coleta de dados, entre 2005 e 2006. Cinco anos depois, os pesquisadores captaram novas informações para fazer comparações. Para avaliar o risco cardiovascular, foram levados em conta fatores como hipertensão, frequência cardíaca rápida, proteína C reativa elevada e eventos como ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. No fim das análises, os cientistas descobriram que mulheres que faziam sexo uma ou mais vezes por semana e achavam isso extremamente agradável ou satisfatório tinham menos chances de ter pressão alta do que aquelas que não faziam sexo frequentemente ou não sentiam prazer.

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“Nosso estudo mostrou que a prática sexual com boa qualidade pode proteger as mulheres mais velhas do risco de doenças cardiovasculares nos anos futuros”, disse a Dra. Hui Liu, professora de Sociologia na Universidade Estadual de Michigan e líder da pesquisa. A cientista lembra que trabalhos anteriores concluíram que estar em um relacionamento com companheirismo e intimidade é uma fonte importante de apoio social e emocional, o que pode reduzir o estresse e, consequentemente, favorecer a saúde cardiovascular. “E isso parece ser mais relevante para as mulheres. Outro fator observado no estudo é que o hormônio sexual feminino liberado durante o orgasmo também pode promover a saúde delas”, explica.

“Um adulto mais velho pode ter mais sabedoria e autoconfiança e saber o que funciona melhor para ele quando se trata do seu prazer.” Dr. Jairo Monson de Souza Filho, cardiologista

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Para o cardiologista Jairo Monson de Souza Filho (CRM RS 11922), a nova pesquisa reforça a ideia de que a sexualidade é um comportamento que não deve terminar com o envelhecimento. “Hoje, os idosos vivem mais, são mais saudáveis e têm mais educação e tempo de lazer. E estão começando a ter consciência da importância do sexo para seu bem-estar”, diz. Segundo o médico, uma boa qualidade de vida inclui realizar atividades físicas, mentais e sexuais regularmente. “Claro que o sexo aos 70, 80 anos não é igual a quando se tem 20 ou 30 anos, mas, em alguns aspectos, pode ser melhor. Um adulto mais velho pode ter mais sabedoria e autoconfiança e saber o que funciona melhor para ele quando se trata do seu prazer, por exemplo”, comenta.


dicas de leitura

livros Nutrição Aplicada à Estética O livro, da Editora Rubio, mostra como a ciência da Nutrição, quando aliada à área da Estética, além dos requisitos fundamentais da dietética, viabiliza a prevenção e o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. A autora Ana Paula Pujol é nutricionista, doutora em Educação pela Universidade Católica de Santa Fé (Argentina), especialista em Nutrição e Qualidade de Vida pela Faculdade Dom Bosco (PR) e coordenadora da Pós-Graduação em Nutrição Aplicada à Estética do Centro Universitário Leonardo da Vinci, em João Pessoa e Recife.

Musculação Além da Ciência A obra, de autoria do educador físico Fabiano Guedes Vieira, aborda temas inerentes ao universo da musculação, explorando não apenas o farto referencial bibliográfico disponível, como também aspectos empíricos colhidos no dia a dia nas academias. O livro, lançado pela Ícone Editora, tem 144 páginas e trata, ainda, de questões como a nutrição desportiva, abrangendo a suplementação específica para praticantes de musculação, e a execução segura e eficiente dos principais exercícios.

Nutrição Infantil Neste e-book, a nutricionista Mariana Braga Neves, pósgraduada em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Lavras (MG) e especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Veiga de Almeida (RJ), traz orientação sobre aleitamento materno exclusivo, alimentação na idade préescolar e reeducação alimentar. A obra, da editora AS Sistemas, também se detém em ações e estratégias de intervenção nutricional na infância e na adolescência, inclusive os serviços de Personal Baby e Personal Kids, que consistem em programas de atendimento personalizado.

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Cuidados na hora do

churrasco

Assar a carne a uma distância maior do carvão e escolher cortes menos gordurosos evitam a formação de substâncias que podem causar câncer

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m dos pratos (e eventos sociais) prediletos do brasileiro, o churrasco foi relacionado a maior risco de câncer em estudos científicos. E o vilão dessa história é a fumaça do carvão, que impregna a carne colocada na grelha para assar. Durante o preparo da comida, além do alcatrão, surgem outras substâncias com alto potencial cancerígeno: os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). O composto se forma quando, por conta da alta temperatura, a gordura derrete e respinga no carvão, para depois se juntar à fumaça e aderir à carne. São os HPAs os responsáveis pelo sabor específico de ali-

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mentos expostos à fumaça da queima de qualquer material orgânico. Ou seja, carnes defumadas e até comida preparada no fogão a lenha também podem ter efeito nocivo. Mas, então, não podemos mais, eventualmente, desfrutar de um churrasco com a família e os amigos? Na verdade, não é bem assim, diz o oncologista Ricardo Alves Penna (Cremesp 116789). Segundo o mé-

dico, é possível tomar alguns cuidados, como preparar a carne um pouco mais afastada do carvão. “Os alimentos devem ser assados pelo calor da brasa e não pelas chamas, que normalmente atingem 500 graus.

O ideal é que haja uma distância entre 50 e 80 centímetros do fogo. Pode demorar um pouco mais, mas é mais saudável”, orienta. Para impedir que substâncias tóxicas se formem durante o churrasco, deve-se dar preferência a carnes sem gordura. Além disso, de acordo com o oncologista, para evitar riscos, é melhor não consumir a iguaria com frequência. “No caso de câncer de boca, estudos mostram que pessoas que comem churrasco mais de três vezes por semana têm de cinco a sete vezes mais chances de desenvolver a doença”, afirma.



artigo

Marketing Digital

O mais importante para você é a sua imagem e credibilidade no mercado

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mídia é o veículo que coloca você em contato com o mercado. A mídia certa traz o cliente certo para você. A mídia errada traz o cliente errado para o seu consultório ou para a sua clínica. O cliente certo gera bons resultados, e o cliente errado toma o seu tempo e gera péssimos resultados. São exemplos de mídias tradicionais: o panfleto, a televisão, o teatro, o jornal, a mala direta, o outdoor, a empena, o telefone, o carro de som, o cartaz, o cinema, a faixa, o adesivo, a revista, o rádio, os brindes e os clientes muito satisfeitos com os seus serviços. São exemplos de mídias da internet: o site, o Youtube, o Instagram, o Facebook, o Twitter, o Linkedin, o blogue, o Webinar e o WhatsApp.

Dr. Roberto Caproni Graduado em Odontologia e em Administração de Empresas. Pós-graduado em Marketing e Psicologia. Especialista em franquias pela Franchising University.

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Nem todas as mídias são adequadas para um profissional da saúde. Conforme Herbert Marshall McLuhan, um dos grandes teóricos mundiais da comunicação, o meio é a mensagem, ou seja, se você usar a mídia inadequada terá problemas de posicionamento, isto é, de imagem no merca-

do. Escolher a mídia certa para o seu consultório ou para a sua clínica tem sido um grande desafio para os profissionais da saúde. O cliente muito satisfeito com o seu atendimento de excelência é a mídia mais poderosa. Ele fala bem de você para três amigos ou conhecidos. Apenas para registrar, um cliente insatisfeito fala mal de você para 11 amigos ou conhecidos. Não estamos aqui considerando as modernas ferramentas da internet, que poderão potencializar estes números de forma avassaladora. No curso MBA Compacto, você aprende como encantar os seus clientes, melhorando o seu resultado financeiro, a sua qualidade de vida e o seu prestígio social. Você terá também profissionais especializados em mídias tradicionais e em mídias da internet para cuidar da sua boa imagem no mercado. Todo profissional da saúde que conclui o curso poderá fazer parte da rededoutor.com, uma plataforma que tem por objetivo divulgar no mercado serviços de excelência na área da saúde. É o marketing digital feito por quem entende que o mais importante para você é a sua imagem e credibilidade no mercado.


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Dieta pouco saudável aumenta risco de demência Hábito de consumir alimentos industrializados e com baixo valor nutricional reduz área do cérebro responsável pela cognição, mostra estudo com idosos

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dosos que consomem regularmente bebidas açucaradas e comidas industrializadas como pizzas congeladas, salgadinhos de pacote, hambúrgueres e conservas apresentam mais risco de demência em relação àqueles que mantêm uma alimentação saudável. A conclusão é uma nova pesquisa desenvolvida por cientistas de duas instituições acadêmicas australianas, a Universidade de Deakin, em Vitória, e a Universidade Nacional da Austrália, em Camberra. Segundo o estudo, a dieta pobre em nutrientes reduz o hipocampo, parte do cérebro responsável pelas lembranças de longo prazo e pela formação de novas, bem como pelo aprendizado e pela regulação do humor. Por isso, danos à estrutura podem levar à perda de memória, como ocorre na doença de Alzheimer, ao declínio cognitivo e ao surgimento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. O tamanho do hipocampo diminui com o passar dos anos, porém a pesquisa encontrou diferenças significativas entre pessoas de mesma idade, mas com hábitos alimentares distintos. Meta-análises recentes já haviam mostrado a existência de relação entre a qualidade da dieta, a depressão e a saúde cognitiva em adultos idosos. O estudo durou mais de quatro anos, e os resultados foram publicados na revista BMC Medicine. Ao todo, participaram 250 voluntários, com idades entre 60 e 64 anos. Eles responderam a questionários a respeito da alimentação diária e foram submetidos a testes cognitivos e exames de ressonância magnética, para medir o tamanho do hipocampo.

Trabalho pioneiro Os pesquisadores também levaram em conta outros fatores que poderiam afetar o volume da estrutura, como sexo, uso de medicamentos, educação e depressão. Mas, segundo os autores, a correlação entre a qualidade da dieta e o tamanho persistiu em todos os participantes. “Está cada vez mais claro que a alimentação é extremamente importante para a saúde mental, assim como para a condição física ao longo da vida”, diz a professora e doutora Felice Jacka, líder do trabalho. A cientista, presidente da International Society for Nutritional Psychiatry Research (Sociedade Internacional de Pesquisa Psiquiátrica Nutricional, em tradução livre), lembra que pesquisas anteriores que verificaram o impacto de dietas saudáveis e insalubres no hipocampo foram realizadas com animais, em laboratório. “Essa é a primeira vez que se mostram os efeitos no cérebro humano. E a descoberta de que o consumo de alimentos pouco nutritivos acelera a atrofia do cérebro tem relevância substancial para a prevenção da demência e a proteção da saúde mental”, afirma.

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Enzima pode favorecer ganho de peso na menopausa

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om a chegada da menopausa, as mulheres passam a acumular mais gordura no abdômen, um problema que, além do prejuízo estético, representa maior risco para doenças cardiovasculares e diabetes. Uma das causas disso é a queda dos níveis de estrogênio, hormônio que controla o desenvolvimento das características femininas e a ovulação. Agora, um novo estudo descobriu que outro fator pode estar associado ao ganho de peso após os 50 anos: uma enzima chamada ALDH1A1.

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, e publicada na revista Diabetes. De acordo com o trabalho, testes em laboratório com fêmeas de roedores mostraram que a ALDH1A1 está relacionada ao aumento da circunferência abdominal. Nos animais dos quais a enzima foi removida, não houve elevação de peso, mesmo quando a dieta oferecida era rica em gorduras.

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A descoberta levou os pesquisadores a acreditarem que bloquear a enzima na menopausa pode evitar o acúmulo de gordura no abdômen, já que a ALDH1A1 é expressa da mesma forma em seres humanos e ratos. Segundo a líder da pesquisa, a médica Ouliana Ziouzenkova, professora de Nutrição na Universidade de Ohio, antes da última menstruação, a atividade da enzima no organismo é dificultada pelos hormônios estrogênio e progesterona. “Mas, com o fim do bloqueio da ALDH1A1, as células adiposas começam a armazenar gorduras em vez de queimá-las”, escreveu a cientista, que comanda um laboratório dedicado a estudar nutrientes que regulam genes e formas de prevenção de doenças metabólicas, como obesidade e diabetes tipo 2.



agende-se

Evento internacional já está com inscrições abertas

Sexta edição do Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana acontecerá entre os dias 27 e 29 de outubro, em São Paulo, e receberá conferencistas de renome mundial

U

m dos maiores eventos internacionais envolvendo médicos, pesquisadores, professores e cientistas da área de Ciências da Longevidade Humana, o Congresso Internacional de Ciências da Longevidade será realizado este ano entre os dias 27 e 29 de outubro, em São Paulo. Em sua sexta edição, o congresso tem como tema central a integração do conhecimento médico, em prol da qualidade de vida. O público estimado é de cerca de mil participantes, entre brasileiros e estrangeiros. O evento terá lugar no Centro de Convenções Frei Caneca, Zona Sul da capital paulista, e as inscrições já estão abertas. No dia 27, paralelamente, acontece o Workshop de Genética, e no dia 28, o VI Workshop de Nutrição Bioquímica Fisiológica, ambos para nutricionistas, com palestras de profissionais de diferentes áreas de Saúde. “O congresso contará com uma agenda dinâmica, oferecendo aos parti-

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cipantes uma excepcional plataforma para troca de ideias e experiências em termos de ciências da longevidade. O objetivo é dar aos participantes a oportunidade de fazer descobertas e ampliar o conhecimento de protocolos clínicos, tendo como base farta evidência científica”, explica o médico Ítalo Rachid (Cremesp 114612), diretor científico do Grupo Longevidade Saudável e vice-presidente da WOSAAM para a América Central e América do Sul. A programação científica contemplará temas-chaves para a manutenção de uma vida longa e com qualidade, como manejo e redução de estresse, nutrigenética, biotecnologia aliada à saúde, equilíbrio hormonal e bem-estar. Entre os palestrantes, estarão o médico belga Thierry Hertoghe, presidente da WOSAAM e da International Hormone Society (IHS); o Dr. Ron Rothenberg, cirurgião e especialista norte-americano em Medicina de Emergência; o Dr. Jonathan Wright,

autor de diversos livros e pioneiro na pesquisa e aplicação de tratamentos naturais para problemas de saúde e promoção do envelhecimento saudável; e o neurocientista Olle Johansson, professor do Departamento de Neurociência da Universidade de Medicina Karolinska, em Estocolmo, na Suécia. Outro destaque na programação científica do VI Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana será a palestra do biomédico e gerontologista norte-americano Aubrey de Grey.

Lançamento de livro Mais um ponto alto dentro da programação do congresso será o lançamento do livro Sincronia Metabólica e Hormonal. A obra, que leva o selo da editora Longevidade Saudável, tem como autor o renomado pesquisador e professor italiano Walter Pierpaoli e como coautor o médico brasileiro Ítalo Rachid.


Fórum Clínico Intensivo em Ciências da Longevidade Humana

Um dos principais pesquisadores neuroendócrinos do mundo, o Dr. Pierpaoli é o criador da Fondazione Interbion, com sede na Suíça, cujo objetivo é promover e apoiar a investigação científica em biologia e medicina - em particular nas áreas de neuroendocrinologia, imunologia e hematologia – para aplicação no campo clínico. O u t r a s informações sobre a obra podem ser obtidas pelo e-mail comercial@longevidadesaudavel.com.br ou pelo telefone 0800-0011223.

Realizado nos dias 11 e 12 de agosto, em São Paulo, o evento contou com a presença de 200 médicos. Este ano, além do grande número de participantes, o Fórum Clínico contou com palestra da renomada médica americana Robyn Kutka, que atua com Naturopatia e é formada pela National College of Natural Medicine, em Portland. O Fórum Clínico Intensivo em Ciências da Longevidade Humana é um evento anual, em que são abordados casos clínicos estrategicamente pré-selecionados. A partir de debates, estudos científicos e das experiências práticas relatadas, chega-se a um consenso quanto à proposta terapêutica ideal para cada caso. Posteriormente, os protocolos clínicos passam pelo crivo final da comissão científica da Sobraf.

Alguns dos palestrantes com presença confirmada

Dr. Thierry Hertoghe

Dr. ´Italo Rachid

Dr. Ron Rothenberg

Dr. Olle Johansson

Dr. Aubrey de Grey

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beleza e saúde

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Pele bonita na gravidez Cuidados que começam com a hidratação podem prevenir alterações, como estrias e hiperpigmentação, que afetam até 90% das gestantes

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gestação é um período marcado por alterações fisiológicas na pele e nos anexos cutâneos, ou seja, nas unhas e nos cabelos. As mudanças, em grande parte, decorrem de fatores imunológicos, metabólicos e hormonais, que provocam o surgimento de sintomas característicos, como estrias e hiperpigmentação. A boa notícia é que esses inconvenientes podem ser prevenidos com cuidados como a hidratação intensa da pele, que se inicia com a ingestão adequada de líquidos.

A dermatologista Daniela Pimentel (Cremesp 112.165) explica que as estrias ocorrem em 90% das grávidas. Elas surgem no início do terceiro trimestre – geralmente no abdome, nas mamas, nas coxas e nos glúteos – e são tratáveis. “A mulher pode realizar a microdermoabrasão, que é um peeling físico, que não tem contraindicação durante a gravidez”, esclarece. Em casa, além de beber bastante líquido, a dica é usar sabonete glicerinado na hora do banho. “O hidratante corporal deve ser aplicado duas vezes ao dia, principalmente nas regiões do abdome,

da lombar, das nádegas, dos quadris, das coxas e dos seios”, orienta. Segundo a médica, diversos fatores favorecem o aparecimento das estrias, como o grau de distensão abdominal e o aumento de peso da mulher, mas a predisposição genética também está envolvida. Na maioria das vezes, as mudanças na pele ocorrem devido à ação de diferentes hormônios sobre receptores localizados, principalmente, em células como os queratinócitos (que produzem a proteína queratina), os fibroblastos (encontrados na derme e produtores de colágeno), os melanócitos (que sintetizam melanina, pigmento que protege dos raios solares) e as endoteliais (que revestem o interior dos vasos sanguíneos).

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Melasma tem tratamento Modificações pigmentares também são frequentes, podendo acometer até 90% das gestantes no rosto, nos seios, nas axilas, nos genitais e na parte interna das coxas. “Uma alteração bem característica é a linha nigra, uma linha escura que aparece no abdome e vai do estômago à região pubiana”, diz.

Entre os fatores que favorecem o aparecimento de estrias, estão o grau de distensão abdominal e o aumento de peso da mulher

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A dermatologista ressalta que algumas mulheres apresentam manchas na face, chamadas de cloasma ou melasma, cuja origem envolve fatores genéticos, raciais, hormonais e ambientais. Entre os tratamentos permitidos, estão o peeling de cristal ou o de diamante. “O procedimento é indicado nessa fase, pois faz a remoção de células mortas e estimula o colágeno, além de deixar a pele mais receptiva para a ação dos cremes com ativos hidratantes e clareadores suaves”, afirma. A drenagem linfática é outra aliada do bem-estar da grávida. A massagem suave ajuda a reduzir a retenção de líquidos, além de diminuir o inchaço e a sensação de peso nas pernas, comuns na gestação.



Aproveite a vida e

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er a vida de forma positiva pode ser o segredo para a longevidade. A conclusão é de pesquisadores ingleses que, por seis anos e meio, acompanharam 9,3 mil pessoas com idade média de 63 anos. Segundo o estudo publicado no British Medical Journal, aquelas que tinham maiores níveis de satisfação em relação à própria existência apresentavam risco de morte entre 17% e 24% menor do que as que não demonstravam prazer no dia a dia. Durante o trabalho, os participantes responderam, em três diferentes períodos, a um questionário com perguntas relacionadas ao bem-estar e à felicidade. Para mensurar o sentimento dos voluntários, os pesquisadores pediram que eles avaliassem, em uma escala de zero a quatro,

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Isolamento social e os impactos na saúde A associação entre bem-estar subjetivo, saúde e longevidade vem sendo observada, nos últimos anos, em pesquisas epidemiológicas realizadas em diferentes países

questões como “eu gosto das coisas que faço”, “eu gosto de estar na companhia de outros” e “eu me sinto cheio de energia nos dias de hoje”. Aqueles que responderam nunca ou raramente para cada afirmação, em todas as ocasiões, foram classificados como desprovidos de prazer de viver. Já aqueles que responderam sempre ou quase sempre para as declarações foram categorizados como altamente satisfeitos. Os autores do estudo, que atuam no Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da University College of London, em Londres, dizem que o trabalho permite compreender melhor o papel do bem-estar subjetivo na saúde de três maneiras. Em primeiro lugar, mostra que a duração da exposição a estados emocionais positivos é importante; em segundo, que a mobilidade reduzida é um preditor independente de mortalidade e está associada a menor prazer com a vida; e, em terceiro, que há associação entre contentamento prolongado e sobrevida em casos de doenças cardiovasculares.

Segundo a psicóloga clínica e psicoterapeuta Clarice Amaral (CRP 05/34086), a associação entre bem-estar subjetivo, saúde e longevidade vem sendo observada nos últimos anos, principalmente, por meio de pesquisas epidemiológicas realizadas em diferentes países. “Uma delas verificou que o isolamento social e a solidão podem ter grande impacto negativo na saúde psicológica e física do idoso. Mas sentir-se bem consigo mesmo e aproveitar a vida é fundamental em qualquer idade”, comenta. Nesse estudo, feito por cientistas da Universidade da Califórnia, em San Francisco, nos Estados Unidos, foram acompanhados 1,6 mil voluntários, com média de idade de 70 anos. Os resultados indicaram que aqueles mais solitários eram os que tinham mais dificuldade para executar atividades do dia a dia. A especialista lembra que outro trabalho científico, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mostrou que o bem-estar psicológico pode afetar genes de células do sistema imune, fundamentais para o controle das defesas do organismo contra vírus e bactérias, por exemplo.

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controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência abdominal peso corporal função sexual massa muscular função urinária controle glicêmico circunferência

Testosterona

no tratamento do hipogonadismo

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elhora das funções sexual e urinária, progresso do controle glicêmico, redução da circunferência abdominal e do peso corporal e aumento da massa muscular. Esses são alguns dos benefícios que o tratamento com testosterona pode trazer a homens com hipogonadismo — síndrome em que o paciente não produz quantidades adequadas do hormônio nem de espermatozoides. O achado é resultado de um estudo que, durante oito anos, analisou 164 homens com idade média de 60 anos. O trabalho foi apresentado no Encontro Anual Científico da Sexual Medicine Society of North America, realizado no Arizona, Estados Unidos. Líder da pesquisa, o doutor Farid Saad, professor de Medicina da University in Ajman, nos Emirados Árabes, destaca que o uso da testosterona é uma das estratégias mais benéficas e, ao mesmo tempo, mais

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subestimadas e subavaliadas na terapia de homens com hipogonadismo.

Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo um formado por voluntários que recebiam testosterona injetável a cada três meses. Observou-se que o hormônio não só melhorou a função urinária como também impediu a progressão de doenças. A avaliação foi feita com a aplicação do questionário Escore Internacional de Sintomas Prostáticos e com um exame que mede o volume residual de urina após a micção.

Durante o estudo, os homens tratados com testosterona tiveram diminuição da circunferência abdominal. A mudança não ocorreu nos demais. A obesidade ou o sobrepeso são sintomas comuns em pacientes de meia-idade com hipogonadismo. “Além da redução de gordura visceral, houve uma queda de 13% no peso corporal. Isso é relevante quando

pensamos na prevenção de doenças cardíacas”, comenta o Dr. Saad. O médico ressalta que a testosterona vai muito além de ser um hormônio sexual, “pois é importante para o metabolismo e para a proteção contra problemas cardiovasculares”.


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ANO 5 • N.9 • 2017

Publicação oficial do Grupo Longevidade Saudável

ANO 5 N.9 2017

Longevidade em foco

Ceará ganha Regional da SBCM Dr. ítalo Rachid assumiu a presidência a convite do presidente da SBCM, professor doutor Antônio Carlos Lopes

Congresso Internacional de Ciências da Longevidade Humana Nutrigenética e biotecnologia estão na pauta do evento, que será realizado em outubro

Medicina moderna

Robôs cuidadores são uma das inovações científicas para o tratamento de doenças Dr. Antônio Carlos Lopes (esquerda) e Dr. Ítalo Rachid (direita)


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