Catarina Almeida vence...

Page 1

Catarina Almeida vence… … XIII Concurso Manuel Maria Barbosa du Bocage 1.

Identificação (nome, morada, idade, filiação, ano de escolaridade, escola que frequentas, …)

· Nome: Catarina Alexandra Duarte Almeida · Morada: Vila Ruiva · Idade: 15 anos · Ano de escolaridade: 11.º ano · Estabelecimento de Ensino: Escola Secundária de Nelas · Filiação: Laurinda Marques Duarte Almeida Albano Borges de Almeida 2.

Tens por hábito ler? Onde?

A leitura ocupa grande parte dos meus tempos livres, sejam revistas ou livros. As primeiras, tenho por hábito ler em suporte físico, mas sou também leitora assídua de magazines virtuais, onde encontro temas generalistas que vão ao encontro das minhas preferências. Quanto ao local, em casa, o quarto é o espaço que mais utilizo. No entanto, a leitura acompanha-me por todo o lado: é provável encontrarem-me a ler num transporte público, na escola ou num parque. Felizmente possuo a capacidade de me isolar num determinado espaço e abstrair-me de tudo o que se passa à minha volta, ocultando todos os sons ou acontecimentos que possam estar naquele momento a decorrer. E considero-o uma maisvalia. 3.

Tipo de leitura e horas que disponibilizas por dia para a mesma? Qual o teu autor e género literário preferido?

Tenho vários géneros literários com os quais me identifico. O romance histórico, o policial e o dramático são os que mais aprecio. No primeiro, procuro a história e o conhecimento sobre novos temas; no segundo, exercito a mente e o último, escolho-o para uma pausa em que, em determinado momento, o meu estado de espírito para aí se inclina. Normalmente não leio todos os dias. A vida escolar condiciona muito os meus hábitos, mas, em média, dedico cerca de uma hora por dia a esta atividade. Como disse acima, o romance é o estilo que mais me agrada - procuro sempre aprender um pouco mais com o livro que estou a ler. A boa leitura deve facultar-nos novos temas e assuntos, incutir- nos conhecimentos - assim sendo, a minha escolha recai sobre José Rodrigues dos Santos. Admiro a sua capacidade de introduzir tanta cultura num romance sem que a sua leitura deixe de ser interessante.


4.

Foste ou não influenciada por algum professor para ler?

Não, é certo que me foram dadas dicas de leitura ao longo do meu percurso escolar, mas não posso dizer que algum professor me tenha incutido o gosto que hoje possuo. 5.

O que te levou a participar no XIII Concurso Manuel Maria Barbosa du Bocage?

A história é caricata: a minha participação no concurso aconteceu principalmente como uma espécie de “treino”. O meu objetivo principal era familiarizar-me com e aprender as regras a que devia obedecer um trabalho a ser apresentado a concurso. Talvez por isso tenha sido tão “desleixada” ao ponto de nem sequer enviar a minha morada em anexo. 6.

Aquando do Concurso e no grupo de concorrentes, sentiste que poderias ser um dos vencedores?

Antes de enviar o meu trabalho, pesquisei sobre os anteriores vencedores e quais os géneros literários que o júri exigia. A verdade é que essas pesquisas foram infrutíferas: a informação disponibilizada era muito escassa e os textos vencedores não se encontravam em suporte digital, pelo que decidi enviar o que tinha, quase “às cegas”. Sabia apenas que a modalidade a que concorria abrangia jovens com idades até aos 20 anos e que os trabalhos apresentados rondavam, em média, anualmente, as duas centenas e meia. É obvio que imaginei o que faria se ganhasse, mas, dado o número alargado de participações, nunca depositei muita confiança na ideia. 7.

O que sentiste quando soubeste que tinhas sido a vencedora?

Fui contactada pela direção do concurso, devido à falta de informações que deviam acompanhar o meu trabalho. Estava à procura de esclarecimentos quando decidi consultar o meu e-mail, verificar se tinha algum correio. Quando abri e li o mail que me havia sido enviado, fiquei perplexa. Pensei que se haviam enganado ao abrir os envelopes, não senti que fosse uma informação credível. Ansiava por acreditar, mas, ao mesmo tempo, lutava contra isso: se tivesse sido mesmo engano e tivesse acreditado, quando mo dissessem ficaria realmente muito desiludida. Estava sozinha nesse momento, ainda ensonada e de pijama. Quis gritar mas não consegui emitir qualquer som. Depois, a adrenalina despertou, senti uma vontade imensa de expulsar a energia que se acumulava no meu corpo. Quando dei por mim estava já a correr sem dar conta, pelo que só voltei a casa algum tempo depois, enquanto na minha mente apenas uma questão se erguia: “E agora, o que é que eu faço?!” 8.

Como reagiu a tua família a este prémio?

A minha mãe foi a primeira a saber, na mesma manhã em que recebi a notícia. Não deu crédito algum à ideia, tomou-a simplesmente por uma partida. Começou lentamente a assimilar quando viu a minha expressão corporal, sobretudo as minhas pernas que tremiam descontroladamente. Tive que recontar tudo, desde a minha primeira abordagem ao Regulamento até ao contacto nesse mesmo dia. Embora lhe tivesse contado tudo acerca do mesmo, tem por hábito não se envolver nas atividades em que usualmente participo. Já o meu pai acreditou apenas quando chegou o convite formal da entidade promotora do concurso, através de carta. Não fiquei surpreendida, afinal, ele pratica regularmente o “isso nunca nos acontece a nós”. 9. Como reagiram os teus colegas de turma/escola e amigos a todo este protagonismo?


Apenas dois colegas souberam do concurso e depois tiveram conhecimento do prémio. A meu ver, penso que ficaram simultaneamente surpresos e felizes, porque sabiam que a escrita é algo que me realiza. Depois, quando divulgado na escola, alguns felicitaram-me. Parece bizarro, mas fiquei satisfeita: o protagonismo não é algo que encaixe muito bem na minha personalidade. 10. Pretendes continuar a escrever e a tomar este tipo de iniciativa?

Sim, sempre que possível. Como já disse, a escrita é algo que me realiza, e vou certamente continuar a fazê-lo. 11. Gostarias, um dia, de ser uma escritora conceituada? Rumarias a um país estrangeiro, se houvesse necessidade de afirmar a tua escrita?

Para quem escreve e põe algo de si na escrita, é extremamente gratificante quando o trabalho que realizamos é finalmente reconhecido, o que, aliás, aconteceu comigo. Sermos portadores de um estilo que se revela único e merecedor de distinção é um prazer enorme e se, no futuro, o meu nome fosse associado a um bom livro, sentir-me-ia decerto muito honrada. Luto sempre por aquilo que defendo, o que, naturalmente, se revela na escrita. Assim sendo, sentir-me-ia na obrigação de defender e afirmar o que é meu com toda a certeza, independentemente do lugar onde o mesmo tivesse que ser feito. 12. Já algum dia te imaginaste a assinar livros? E a vê-los expostos numa biblioteca?

A ideia é um pouco vaga, ainda, mas não a descarto de todo. Nunca me imaginei a fazê-lo, associo-o a alguém mais sábio e com mais maturidade.

Para mais informações consultar os seguintes links: - O jornal “O Setubalense” http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=688&id=23184&idSeccao=5061&Action=noticia

- A opinião do júri sobre os trabalhos vencedores http://nestahora.blogspot.com/2011/09/premio-literario-bocage-entregue-pela.html


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.