A luz certa
em sua casa
Luz certa e energeticamente eficiente
Índice Luz certa e energeticamente eficiente Exemplos Sala de estar Cozinha Sala de jantar Átrios e escadarias Casa de banho Quartos de dormir - adultos Escritório Quartos de crianças Outras salas/ espaços Espaços exteriores
2-3 4-19 4 -5 6-7 8 9 10-11 12 13 14-15 16-17 18–19
Boa iluminação “para toda a vida” 20-21 Luz natural 22–23 Luz artificial 24-25 Fontes de luz 26-27 Acessórios 28 Luminárias 29 Quanto posso poupar? 30 Onde posso encontrar mais informação? 31
Para mais informações
www.adene.pt Título: A luz certa em sua casa Edição: ADENE- Agência para a Energia com o apoio técnico do CPI- Centro Português de Iluminação Data: Junho 2010 (32 páginas, 20 x 20 cm) Tiragem: 10.000 exemplares (4ª edição) ISBN: 978-972-8646-13-4 Depósito legal: 301198/09 Para mais informações contactar: ADENE – Agência para a Energia Morada: Rua Dr. António Loureiro Borges, Nº5-6 piso, Arquiparque-Miraflores 1495-131 Algés e-mail: geral@adene.pt • Internet: www.adene.pt Publicação original: ELFOR (Association of Danish Electric Distribution Companies) and Elsparefonden (The Danish Electric Saving Trust) Produzido por: LystekniskSelskab ( the Danish Illuminating Engineering Society) com assistência técnica de VELUX Dinamarca e Delta. Fotos: Hans Ole Madsen, Jeppe Sorensen e Thomas Busk. Design KPTO as. A informação contida nesta brochura é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduz a opinião da Comunidade Europeia. A Comissão Europeia não é responsável pela utilização que possa ser feita da informação incluída nesta brochura.
A luz é essencial para a realização de inúmeras tarefas domésticas. Nas habitações, a luz é crucial para a nossa segurança. A utilização de fontes de luz adequadas permite criar uma ambiência luminosa correcta, respeitando a saúde e o conforto visual. Em resumo: luz é vida. A iluminação, enquanto ciência, integra o conhecimento das fontes de luz, de colorimetria e de óptica fisiológica. Poucas pessoas sabem que a iluminação deficiente é globalmente prejudicial, incluindo os custos de consumo de electricidade a ela associados. A maioria das casas de habitação pode reduzir o consumo de electricidade para iluminação entre 15 a 20%, sem prejuízo de usufruir dos benefícios de uma luz de melhor qualidade. É tudo uma questão de ter a luz certa, no local certo e no momento certo – nem mais nem menos. Esta brochura tem por objectivo servir como fonte de inspiração e ser um guia de referência para as pessoas que desejem obter informação sobre iluminação eficiente em sua casa. Utilize melhor a luz: • Aproveite, ao máximo, a iluminação natural. • Sempre que possível, recorra à iluminação natural em zonas menos iluminadas, como corredores, escadas e casas de banho. • Utilize iluminação artificial de acordo com as necessidades e fins específicos.
• Porquê pagar pela iluminação artificial, se tem ao seu dispor, gratuitamente, a iluminação natural? • A maioria das casas de habitação pode facilmente reduzir o consumo de electricidade para iluminação, entre 15 a 20%, sem qualquer redução da qualidade da iluminação.
Escolha as lâmpadas e fontes de luz adequadas
Não existe uma solução única para iluminar a sua casa. As modernas tecnologias de iluminação, oferecem muitas soluções que podem constituir alternativas interessantes. No entanto, há um conjunto de factores a ter em conta: Escolha as luminárias1 e as lâmpadas de forma cuidadosa. Tenha em consideração o local onde pretende instalar as luminárias e se a conjugação destas com as respectivas lâmpadas proporcionam luz suficiente sem provocarem encandeamento. Preveja o seu tempo de utilização para saber se poderá beneficiar das vantagens de uma opção por lâmpadas de baixo consumo. Existe uma grande diferença entre a iluminação geral de uma sala e a específica destinada à mesa da cozinha, ao computador, às escadas, à sala de estar, ou para uma festa. Tenha também em atenção que a necessidade de uma boa iluminação aumenta com a idade dos seus utilizadores. Procure a combinação adequada de luz que se traduz na conjugação de diferentes tipos de lâmpadas. Isto, permitirá criar várias “zonas de iluminação” com um efeito muito agradável. Exemplos Nas páginas 4 a 17 são apresentados exemplos de iluminação interior, ilustrados com fotografias, tabelas e plantas das salas.
Luminária – É um aparelho de iluminação cuja principal função é alojar adequadamente as lâmpadas e os seus acessórios e controlar com eficácia a emissão de luz (ex: candeeiro).
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Sala de estar Dicas - período diurno
A sala de estar acolhe diversas actividades e é utilizada diariamente durante muitas horas. Daqui, advém a necessidade de diferentes tipos de iluminação. O mobiliário deverá ser colocado de forma a optimizar o aproveitamento da luz natural. O ideal será dispor de várias luminárias para dar resposta às diferentes situações e ter a opção de regular a intensidade da luz. 1
Opte pela luz natural em vez da artificial, tanto para iluminação geral como para luz de trabalho. Vidros coloridos, paredes escuras e carpetes absorvem muita luz. Escolha cortinados de cor clara e persianas/estores que possam ser completamente abertos. Escolha cores claras para a caixilharia das janelas, bem como para as paredes, já que é nelas que a iluminação natural incide e se reflecte.
Dicas - período nocturno Opte por luminárias de diferentes tipos a diferentes alturas. Não é necessário que todas as luzes estejam acesas ao mesmo tempo. Luminárias com difusor opalino espalham bem a luz, evitando cantos escuros. Os candeeiros de pé, de mesa e de parede são os ideais para, por exemplo, a leitura e a costura. A iluminação especificamente dedicada a realçar quadros, estantes de livros ou quaisquer outros objectos dão “vida” à sala de estar. Use lâmpadas de halogéneo se pretender que as cores da sala pareçam naturais, por exemplo, por cima da mesa do café e do cadeirão. Estas lâmpadas têm máxima restituição de cor.
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Luminária
Lâmpada
Candeeiro de pé (peq.)
Fluorescente compacta 7 W (Cor 827)**
Candeeiro de pé
Halogéneo*
Candeeiro de mesa
Fluorescente compacta
Candeeiro de tecto (desligado) Halogéneo Candeeiro de pé
Halogéneo (12 V)
Potência 50 W 11 W (827)**
8 W (827) + 3x5 W 50 W
*com regulador ** tonalidade aconselhada
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1. Na sala de estar, a iluminação junto ao sofá/maple e por detrás do televisor cria diferentes “zonas de luz”. Se a luz do candeeiro por cima da mesa estivesse acesa, em vez da que está por detrás do televisor, o aspecto da sala mudaria. 2. A iluminação natural, proveniente da clarabóia, proporciona luz suficiente para a leitura durante a maior parte do dia. Um estore/persiana exterior, assegura protecção contra a luz solar, sem restringir a visão exterior.
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5a
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Lâmpadas de halogéneo de elevadas potências em luminárias de luz indirecta consomem muita energia e podem ser substituídas por lâmpadas economizadoras (de mais baixo consumo).
3: Para actividades como a costura, é necessário um candeeiro que direccione a luz em quantidade suficiente para a realização do trabalho, sem provocar encandeamento. Solução proposta: candeeiro de pé com uma lâmpada de halogéneo de 20 W (boa restituição de cor). 4: A iluminação nesta sala de estar está bem delimitada, impedindo que as actividades dos seus ocupantes interfiram entre si. Soluções propostas: para a mesa do computador, candeeiro de mesa com lâmpada de halogéneo de 35 W; para o sofá, candeeiro de parede com uma lâmpada economizadora de 11 W e candeeiro de pé com uma lâmpada economizadora de 15 W; para a estante de livros, candeeiro com uma lâmpada economizadora de 11 W.
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5c
5: Na sala de estar, a substituição do difusor opaco do candeeiro de pé por um opalino, permitiu trocar a lâmpada de halogéneo de 300 W por uma economizadora de 23 W. A economia de energia gerada, permite o retorno do investimento da aquisição da lâmpada economizadora, num período muito curto. Esta substituição possibilitou ainda uma melhor distribuição da luz na sala. Durante o dia, a iluminação natural, proveniente das janelas e das clarabóias enche de luz a sala de estar (5a). Ao anoitecer, os residentes ligam a iluminação artificial, podendo constatar-se duas ambiências distintas: a resultante da utilização do “velho” candeeiro com difusor opaco equipado com uma lâmpada de halogéneo de 300 W (5b) e a resultante do “novo” candeeiro com difusor opalescente equipado com lâmpada economizadora de 23 W (5c); na sala de estar encontram-se ainda dois candeeiros (apliques) por detrás do sofá com lâmpadas de halogéneo de 10 W; um candeeiro de mesa com uma lâmpada economizadora de 9 W e três pequenos candeeiros equipados com lâmpadas economizadoras de 7 W, 9 W e 11 W (cor 827).
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Cozinha Dicas – período diurno
A cozinha é um dos espaços mais importante da casa, sendo utilizada para várias actividades durante muitas horas por dia. Por esse motivo, a luz natural e a artificial são igualmente importantes para o duplo objectivo de se obter um ambiente agradável e uma iluminação eficiente para a preparação das refeições e evitar acidentes. 1
Para todas as actividades, use ao máximo a luz natural, pois esta dá à comida um aspecto mais apetitoso.
Dicas – período nocturno Nas áreas de preparação das refeições, opte por lâmpadas de halogéneo ou fluorescentes com óptimo índice de restituição de cor (cores 827/830). Para iluminação geral, escolha luminárias de tecto que possam ser desligadas individualmente. A iluminação ambiente deve chegar até ao interior de todo o mobiliário e alcançar o pavimento da cozinha. Dessa forma, é mais fácil o trabalho de limpeza e a detecção de objectos caídos no chão.
Luminária Luminária pendente* Luminária pendente
O ideal, seria integrar no extractor de fumos sobre o fogão uma lâmpada com bom índice de restituição de cor (827).
Candeeiro de parede Projector Luminária pendente
Coloque luminárias pendentes por cima do lava-louças, já que estas proporcionam uma iluminação mais adequada para a lavagem e preparação de vegetais. Instale luminárias por baixo dos armários de parede, ou por cima de mesas de trabalho.
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Lâmpada Potência Fluorescente compacta 9 W Economizadora 18 W (cores 827/830)** Fluorescente 11 W compacta (827/830)* Halogéneo 20 W Fluorescente compacta 9 W
* tonalidades aconselhadas
1: Na cozinha, precisamos que a iluminação alie o conforto ambiente à eficiência energética. Um espaço amplo como o da figura, requer uma atenção especial em termos de iluminação. 2a
2b
2: Em cozinhas pequenas, a colocação de luminárias no tecto (equipadas com lâmpadas economizadoras de 15 W), a par de outras instaladas por baixo dos armários (equipadas com lâmpadas fluorescentes de 8 a 13 W com bom índice de restituição de cor, i.e., cor 827), proporciona uma iluminação agradável e eficiente ao utilizador. Inicialmente, a iluminação era assegurada por 3 lâmpadas incandescentes tubulares de 25 W (2b), assemelhando-se na forma a uma fluorescente, mas uma opção nada económica. O novo sistema, proporciona melhor iluminação e uma poupança de energia de 50% (2a).
4 3
3: A clarabóia circular, quando possível, é uma solução simples e de bom gosto que assegura à cozinha uma iluminação natural extra durante o dia. À noite, a iluminação artificial é assegurada por lâmpadas fluorescentes tubulares (3 x 18 W) que equipam a luminária do tecto. Na base das prateleiras estão instaladas duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 8 W (todas elas com bom índice de restituição de cor, i.e., cor 827). A luz no extractor de fumos está desligada. 4: A janela sem cortinas e as luminárias de cores claras, proporcionam uma iluminação natural excelente para as tarefas a realizar no lava-louças e na bancada de trabalho.
5
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5: Procure instalar as luminárias de forma correcta, pois assim encontrará sempre um espaço devidamente iluminado para as tarefas que vai realizar, como por exemplo, cortar vegetais. Se tiver poucas luminárias, estas deverão ser ajustáveis, evitando assim áreas de obscuridade ou encandeamento. No caso da figura, temos: três candeeiros de parede com lâmpadas economizadoras de 9 W e duas luminárias suspensas do tecto equipadas com lâmpadas economizadoras de 15W, todas na cor 827. 6: Paredes e mobiliário de cores claras, bem como janelas amplas, dão um aspecto leve e arejado à cozinha e acolhedor ao cantinho para as refeições. A iluminação natural é suficiente durante a maior parte do dia. O aspecto e a ambiência desta divisão da casa adquirem uma dimensão especial quando a iluminação natural provém de várias origens.
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Sala de jantar Dicas – período diurno
A luz, por cima da mesa de jantar, deve proporcionar uma atmosfera agradável para o efeito e suficiente iluminação quando a família se reune para, por exemplo, jogar, ou, quando seja utilizada como secretária. O objectivo é limitar a entrada da luz diurna e regular a luz artificial à noite. 1a
A luz do dia através das janelas melhora o aspecto e a ambiência da sala e, evita o consumo de energia.
1b
Se necessário, feche as cortinas para impedir a entrada directa da luz do sol.
Dicas – período nocturno Na mesa da sala de jantar, uma ou mais luminárias suspensas, equipadas com lâmpadas de halogéneo, preferencialmente reguláveis, proporcionam uma boa iluminação e criam uma atmosfera própria para o convívio. Por forma a ter uma iluminação flexível, opte por luminárias amovíveis (susceptíveis de serem levantadas ou rebaixadas), ou por pequenos focos instalados numa calha. Perante paredes escuras, é aconselhável colocar cortinas de cores claras, porque aquelas absorvem muita luz e assemelham-se a buracos negros. Se a mesa da sala de jantar é também utilizada como mesa de trabalho, é importante que a iluminação vá de encontro a ambas as necessidades, podendo ser complementada com um candeeiro de mesa.
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Luminária Lâmpada Luminária pendente Economizadora Aparelho no tecto (luz indirecta)
Fluorescente compacta
Candeeiro de mesa
Economizadora
Potência 11 W (cor 827)* 7W (830)* 11 W (827)*
* tonalidades aconselhadas
2a
2b
2c
1: (1a) As clarabóias proporcionam uma iluminação eficiente e alegre à mesa de jantar. As luminárias que emitem luz para o tecto (1b) podem dar a mesma iluminação e o mesmo aspecto arejado ao espaço à noite, tal como a iluminação natural o faz durante o dia. 2: Na zona das refeições, a colocação de luz por cima da mesa deverá reproduzir com fiabilidade as cores dos alimentos e das bebidas, tanto durante o dia, (2a) como à noite (2b). Para o período nocturno, as luminárias deverão ser equipadas, sempre que possível, com reguladores de intensidade luminosa (2c). Desta forma, consegue-se desfrutar de uma iluminação agradável e ao mesmo tempo poupar energia. Candeeiro equipado com 5 lâmpadas economizadoras de 8 W cada.
Zonas de passagem A luz dos átrios deve ser agradável, tanto para as visitas, como para os donos da casa. A luz dos corredores e das escadas deve transmitir segurança.
Dicas – período diurno 1a
A iluminação natural dá vida às zonas de passagem (átrios, corredores e escadas). Evita, também, que estes espaços tenham um aspecto sombrio e confinado.
1b
2
Espaços interiores podem receber a iluminação natural, através de paredes ou portas de vidro de uma sala contígua. A iluminação natural em abundância, proporciona uma sensação de segurança e uma ambiência agradável, ao mesmo tempo que evita o recurso à iluminação artificial.
Dicas – período nocturno Um ou mais pontos de luz no tecto, são suficientes para a circulação de pessoas ou a realização de trabalhos de limpeza. As luminárias devem fazer chegar a luz a todos os sítios sem provocar encandeamento. Se o corredor ou o átrio forem utilizados como espaço para brincar, será uma boa ideia colocar no tecto ou nas paredes lâmpadas fluorescentes compactas que são energeticamente mais eficientes, ou seja, de classe energética A. Instale um detector de movimento, caso o espaço seja utilizado por curtos períodos de tempo. Poderá, assim, optar simplesmente por instalar uma luminária no tecto equipada com uma lâmpada incandescente ou de halogéneo. Instale um detector de movimento no tecto, que ligue ou desligue as luzes, sempre que alguém entre ou saia do espaço em questão. A acção de desligar, após a ausência de detecção, pode ser regulada (escolher cerca de 1 minuto).
Luminária Lâmpada Luminária Economizadora de parede
Potência 11 W (cor 827)*
* tonalidade aconselhada
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1. A utilização das escadas pode ser perigosa. Por esse motivo, é vital que, tanto de dia, (1b) como de noite (1a), cada degrau seja perfeitamente visível. A colocação de luminárias junto ao chão, proporciona uma iluminação excelente para as escadas, facilitando, ao mesmo tempo, a respectiva limpeza. É uma boa ideia optar por lâmpadas fluorescentes compactas ou economizadoras. 2. No corredor, foi instalada, junto ao espelho, uma lâmpada de halogéneo (muito bom índice de restituição de cor) de 10 W. Dado que, os corredores são muitas vezes utilizados pelas crianças como espaço para brincar, é necessário assegurar uma iluminação adequada e que ofereça segurança. No caso presente, é concretizada através da instalação no tecto de lâmpadas fluorescentes compactas de 16 W (cor 827). 3. Uma clarabóia por cima da escada, proporciona muita luz nos degraus. A reflexão da iluminação natural na parede, destaca a 9 largura do espaço e a posição da escada.
Casa de banho
A iluminação na casa de banho deve permitir uma visão natural dos contornos e das cores. Frequentemente, a casa de banho é um espaço em que se despreza a iluminação natural, apesar da sua indiscutível qualidade.
Dicas – período diurno 1a
A iluminação natural, faz com que a casa de banho seja um espaço agradável e acolhedor. A cor da pele e os contornos do corpo e da face são reproduzidos de forma natural e suave.
1b
As paredes e o tecto, devem ser de cores claras para que a luz seja reflectida de forma eficiente.
Dicas – período nocturno Uma luminária no tecto que espalhe a luz, facilita tanto os trabalhos de limpeza como a detecção de água ou objectos no chão. É importante ter iluminação com boa restituição de cor, sobretudo junto ao espelho. Em certos casos, por exemplo quando a cortina da banheira estiver corrida, é útil a colocação de uma luminária adicional no tecto (se estiver a mais de 2,25 metros do fundo da banheira). Se a máquina de lavar ou de secar roupa estiverem instaladas na casa de banho, é necessário colocar uma luminária na parede ou no tecto para garantir boa iluminação. Todas as luminárias e lâmpadas devem ser certificadas como adequadas para utilização em ambientes húmidos. Para efeitos de iluminação geral da casa de banho, o uso exclusivo de lâmpadas de halogéneo, de tensão reduzida, tem um custo elevado.
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Luminária
Lâmpada
Luminária de tecto
Economizadora
Potência
Projector
Halogéneo (12 V)
20 W (60o)**
Luminária de tecto
Economizadora
11 W (60o)**
11 W (cor 827)*
*tonalidades aconselhadas**abertura do feixe
2a
2b
1. (1b) A luminária do tecto ilumina todo o espaço. (1a) Os três projectores, equipados com lâmpadas de halogéneo, no tecto branco junto ao espelho, proporcionam boa iluminação na área do lavatório. 2. (2a) A luminária na banheira, (economizadora 11 W) deve ter difusor opalino e ser dimensionada para assegurar uma boa iluminação ao utilizador. (2b) Pequenas luminárias de tecto (no nosso caso, um aparelho com uma lâmpada de halogéneo de 50 W) poderão produzir sombras muito acentuadas no chão e, por isso, não serem as mais adequadas.
4 3: A iluminação natural, possui um óptimo índice de restituição de cores que nos permite distinguir pequenas diferenças de tonalidade na pele e nas roupas. Ao espelho, com iluminação natural, podemos ver exactamente como somos e como as outras pessoas nos vêem ao longo do dia.
3
4: Uma clarabóia, proporciona mais luz do que a proveniente de janelas (laterais) e de luz artificial de tecto. A clarabóia pintada de branco espalha a luz uniformemente por toda a casa de banho.
5
6a
6b
5: A colocação de uma luminária, em cada um dos lados do espelho, proporciona uma visualização excelente ao espelho. Pelo contrário, a colocação de aparelhos sobre o espelho, apenas aumenta a quantidade de luz sem beneficiar a visão (ver página 21). 6: A remodelação da iluminação nesta casa de banho, permitiu economias de energia de 50% e, ao mesmo tempo, a melhoria da visão ao espelho e a redução do encandeamento. O sistema de iluminação anterior era constituído por 11 lâmpadas de halogéneo de 20 W, todas elas colocadas no tecto (6a). O novo sistema é composto por duas luminárias de tecto equipadas com lâmpadas economizadoras de 15 W (cor 827), dois apliques no espelho e uma luminária no tecto da banheira, equipada com uma lâmpada de halogéneo de 20 W / 12 V (6b).
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Quarto de dormir-adultos No quarto de dormir, é importante conciliar a iluminação natural com a artificial. Quem não aprecia despertar com a luz do sol? É importante ter boa iluminação geral e nas mesas de cabeceira.
Dicas – período diurno 1
Janelas e portas amplas proporcionam bem-estar e facilitam o arejamento do quarto.
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Estores exteriores podem controlar a entrada da luz e dos raios solares. Com cortinas, estores e persianas é possível regular, de forma gradual, ou bloquear por completo a entrada da iluminação natural.
Dicas – período nocturno Opte, por um ou mais candeeiros de luz difusa, para que todo o quarto seja bem iluminado. A luz deve chegar até ao interior dos roupeiros ou outro mobiliário aí existente. Para iluminação de cabeceira, escolher candeeiros com lâmpadas protegidas, um de cada lado da cama, para cama de casal, ou só de um lado, para cama de solteiro. Tal como nas casas de banho, é importante que a iluminação do espelho seja de excelente reprodução de cor. Deve ser possível ligar/desligar a luz do tecto ou das cabeceiras a partir da porta e da cama.
Luminária
Lâmpada
Luminária de cabeceira Economizadora Luminária de tecto
Economizadora
Potência 8W 15 W (cor 827)*
* tonalidade aconselhada
3
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1: Apliques orientáveis nas camas de casal, garantem boas condições para a leitura. Quando a luz do tecto estiver ligada, consegue-se ter uma iluminação eficiente para o quarto em geral, bem como para o guarda-fatos. 2: Uma boa iluminação natural faz do quarto de dormir um espaço muito agradável. 3: Luz rasante junto ao pavimento, (lâmpada economizadora de 7 W) permite circular pelo quarto em segurança e sem incomodar a outra pessoa. 4: É importante, que nos espelhos e guarda-fatos, exista luz com boa restituição de cor. Neste exemplo, temos um projector em calha electrificada, equipado com uma lâmpada de halogéneo de 20 W/12 V – 60o.
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Escritório Actualmente, em quase todas as casas, existe um computador para trabalho ou entretenimento. No entanto, pode ser difícil encontrar o local com as melhores condições, em termos de iluminação e acomodação.
Dicas – período diurno 1
Se permanecer várias horas por dia em frente ao computador, convém que exista iluminação natural e vista para o exterior. Contudo, é importante que esteja posicionado paralelamente à janela e a uma certa distância desta. Desta forma, evitará demasiada luz e reflexos incómodos no écran.
1: Um candeeiro de mesa eficiente, deverá permitir a fácil leitura dos textos no écran e documentos impressos. Os pequenos candeeiros na prateleira criam uma atmosfera agradável na sala.
Quando a luz do dia é muito intensa, poderá ser necessário correr as cortinas ou os estores para que se possa ler no écran.
Dicas – período nocturno Um candeeiro de mesa deverá assegurar uma boa iluminação para ler os documentos impressos e para ver o teclado. A iluminação geral deve ser uniforme mas não demasiado forte. Desloque o écran até que não haja reflexos.
No caso de se tratar de teletrabalho, o seu escritório deverá estar de acordo com os requisitos regulamentares relativos às condições de higiene, segurança e saúde no trabalho.
Luminária
Lâmpada
Potência
Candeeiro de secretária
Economizadora
11 W (cor 827)*
Candeeiro de mesa
Economizadora
8 W (827)*
Candeeiro de mesa
Economizadora
8W
* tonalidade aconselhada
2a
2b
2: (2a) O posicionamento do computador a uma certa distância da janela proporciona boas condições de leitura. As persianas aqui existentes, podem direccionar a luz para o tecto e ao mesmo tempo disponibilizar luz a partir da janela. Se existir grande diferença entre a iluminação do computador e a iluminação ambiente, tal poderá ser muito cansativo para os olhos. Luz do tecto: lâmpada economizadora de 11 W (cor 830). (2b) Candeeiro de mesa: lâmpada economizadora de 15 W. Luminária pendente: lâmpada economizadora de 20 W.
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Quartos de crianças Dicas – período diurno
As crianças e os adolescentes costumam passar muito tempo nos seus quartos, quer durante o dia, quer à noite. À medida que eles vão crescendo, são necessárias algumas mudanças. A iluminação é normalmente mais colorida do que no resto da habitação. As luminárias deverão ser mais robustas, por forma a resistirem ao desgaste a que irão estar sujeitas. 1
Quando as crianças brincam no chão, a luz natural pode dar uma outra dimensão às suas brincadeiras. Cortinas ou outros dispositivos de controlo da luz do sol, permitem-lhe ajustar a quantidade de iluminação natural, desde um total “blackout” até à situação de entrada franca de luz.
Dicas – período nocturno Escolha candeeiros de tecto e apliques que espalhem bem a luz, mas assegure-se que não causam encandeamento quando as crianças brincam no chão. Eventualmente, será necessária iluminação adicional no local de mudança das fraldas e na mesa de brincar ou na cadeira favorita. É importante ter boa iluminação para leitura na mesa ou no computador (ver página 13) e na cama.
Nunca coloque candeeiros junto a cortinados ou materiais inflamáveis. Nunca cubra as lâmpadas ou os difusores.
Luminária
Lâmpada
Potência
Candeeiro de parede Economizadora
11 W
Projector
20 W
Halogéneo (12 V)
Candeeiro de mesa Economizadora 8 W (cor 827)* Candeeiro de mesa Economizadora
8 W (827)*
Candeeiro da prateleira
Fluorescente
8 W (827)*
Candeeiro sob a mesa
Fluorescente
8 W (827)*
Candeeiro da secretária
Halogéneo (12 V)
Prateleira
LED de cor
20 W 20x0,1 W
* tonalidade aconselhada
1. Quarto de adolescente com iluminação variada. As diversas lâmpadas podem ser ligadas individualmente. Um pormenor engraçado, tem a ver com a iluminação da prateleira, assegurada por LED a qual dá um colorido bonito aos objectos aí colocados.
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2. É prática e útil a colocação de uma luminária extra no local destinado à muda de fraldas, criando uma atmosfera íntima quando a mãe e o filho estão envolvidos pelo mesmo círculo de luz. A luminária está equipada com uma lâmpada economizadora de 8 W.
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3: A luz por baixo do beliche, (lâmpada fluorescente tubular de 8W / cor 827), combinada com a do tecto (3 lâmpadas economizadoras de 15W 827), proporciona boa iluminação para as brincadeiras das crianças. Na cama temos uma lâmpada economizadora de 7 W (desligada) e na mesa do computador, uma lâmpada economizadora de 8 W (827). 4: A luz do dia oferece uma iluminação atractiva, tanto para o quarto em geral, como para a secretária em particular. Uma persiana interna regula a entrada directa da luz solar. 5: A iluminação natural é boa e adequada para as brincadeiras no chão dos mais pequenos e, durante o Inverno, a luz solar directa pode funcionar como incentivo à actividade e à criatividade 6: Uma iluminação colorida é ideal para quando se recebem os amigos. Na figura, podem ver-se, suspensas, 5 lâmpadas incandescentes coloridas de 15 W.
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7: Os mais novos, apreciam candeeiros engraçados junto à cama, devendo ser equipados com lâmpadas fluorescentes compactas 11 W (827) que aquecem menos que as incandescentes e consomem menos energia. NOTA: Todas as ligações eléctricas e candeeiros devem cumprir as regras de segurança para protecção das crianças.
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Outras salas/espaços Dicas – período diurno
Salas de estudo, de trabalho, de bricolage, etc., têm características muito diferentes. Na maioria destes espaços, é necessária boa iluminação geral, complementada com iluminação específica para o local onde se realiza o trabalho. Para todos eles, a opção deverá ser pelas fontes de luz mais natural. 1a
Os electrodomésticos, armários da louça, as prateleiras, etc., devem ser colocados em locais que permitam optimizar o aproveitamento da iluminação natural para a realização das tarefas.
1b
Dicas – período nocturno As salas de trabalho deverão ter óptima iluminação geral, complementada com iluminação adicional dirigida para a área de trabalho (ver páginas 6 e 7 relativas à cozinha). Em caves, uma simples luminária com boa capacidade de difusão da luz deverá ser suficiente para iluminar todo o espaço. Uma calha electrificada permite ajustar a luz quando a sala tem outras utilizações.
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Caso o espaço seja apenas utilizado ocasionalmente, valerá a pena instalar um detector de movimento que ligue e desligue automaticamente a luz.
Luminária
Lâmpada
Potência
Luminária (por baixo da mesa) Fluorescente
8 W (cor 827)*
Luminária suspensa Fluorescente
28 W (830)*
* tonalidade aconselhada
1: Durante o dia, esta sala de trabalho dispõe de boa iluminação natural, proporcionando luz suficiente para as tarefas a realizar. Quando anoitece, uma luminária de tecto (com uma lâmpada fluorescente tubular de 28 W e com bom índice de restituição de cor, i.e., 827/830) assegura uma adequada iluminação geral e para o trabalho a realizar. De realçar a integração por baixo da mesa de trabalho de uma luminária equipada com uma lâmpada fluorescente de 8 W.
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2: A adequada colocação de uma luminária (com uma lâmpada fluorescente compacta de 18 W, (827) no sótão, permite dispor de luz suficiente para acesso em segurança e procura de bens aí guardados.
4 3: A luminária no tecto com uma lâmpada economizadora de 15 W, torna mais fácil a circulação pela oficina (3a). O trabalho de carpintaria, requer uma luminária direccionável equipada com uma lâmpada incandescente de 60 W(3b).
3a
4: Para jogar ténis de mesa, é necessária uma fonte de luz intensa colocada por cima da mesa. Duas luminárias (uma em cada lado da mesa), equipadas com lâmpadas fluorescentes tubulares de 28 W (cor 830), proporcionam óptima iluminação, sem perturbar os jogadores.
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3b
6
5: Para os trabalhos de costura, nomeadamente de tecidos coloridos, é necessária uma boa iluminação com uma tonalidade próxima da cor natural. Candeeiro de mesa com uma lâmpada de halogéneo de 35 W (12 V). 6: No salão de festas, uma calha electrificada com projectores de luz colorida, cria uma atmosfera festiva. Por cima da mesa de matraquilhos, vê-se uma luminária com uma lâmpada fluorescente tubular de 28 W (830). Na parede traseira, luminária em sanca com uma lâmpada fluorescente azul de 36 W. Atrás do bar, luminária com uma lâmpada fluorescente vermelha de 18 W e, por cima, 4 projectores com lâmpadas de halogéneo. No bar, candeeiro de mesa (colorido) com lâmpada economizadora de 9 W.
17
Espaços exteriores A iluminação exterior, deve permitir ver claramente as escadas e os caminhos, transmitir segurança e ser agradável à vista. Atenção especial, deve ser prestada à iluminação de jardins e pátios interiores.
Dicas – período diurno 1
Desligue todas as luzes, ou comande a luz por relógio ou célula fotoeléctrica.
2
Dicas – período nocturno A instalação de luminárias ao longo das veredas dos jardins e das escadas de acesso à casa, permitem uma circulação em segurança. Luminárias na porta da frente, permitem ver quem está da parte de fora, antes da porta ser aberta. O trajecto para a caixa de correio e para o caixote de lixo deve ser bem iluminado. Um sistema de iluminação bem concebido para o jardim e para o pátio interior, permite criar uma ambiência agradável para os serões no Verão e melhora a vista da casa para o jardim. A iluminação do jardim não deve incomodar, nem os vizinhos, nem as pessoas que passem nas suas imediações. A iluminação exterior, não deve provocar encandeamento, mas sim, iluminar o que deve ser visível, como por exemplo as escadas, os caminhos, etc. Uma tomada eléctrica exterior, comandada a partir do interior da casa, pode ser útil para a limpeza ou reparação do automóvel. Se quiser instalar um detector de movimento, que ligue ou desligue automaticamente a luz, utilize lâmpadas de halogéneo de baixa potência, em vez de lâmpadas economizadoras.
18
1: Os degraus da porta de entrada, estão iluminados pelo candeeiro colocado no chão e pelos dois candeeiros ao lado da porta. A pintura a branco, no rebordo dos degraus, dá-lhes maior visibilidade.
Luminária Lâmpada Luminária de parede Economizadora
Potência 15 W (cor 827)*
Candeeiro de chão Economizadora
15 W (827)*
* tonalidade aconselhada
2: Os candeeiros verticais ao longo do caminho para a entrada principal e os focos de luz com LED na relva, aumentam a sensação de segurança.
3
5
3: Tanto os residentes, como os trabalhadores do serviço de recolha de lixo, gostam que o caixote de lixo esteja iluminado. Coloque, como ilustrado, um detector de movimento que liga ou desliga automaticamente a luz, composta por uma luminária de parede com uma lâmpada incandescente de 40 W. 4: O número da porta, a caixa de correio e outros elementos de identificação da casa, devem estar bem iluminados. Aqui, o número, gravado numa placa de acrílico, é iluminado por 5 lâmpadas LED de 0,1 W. Um interruptor crepuscular, liga e desliga, automaticamente a luz.
4
6
7
5: A iluminação de jardim cria uma atmosfera atractiva. Ao mesmo tempo, faz desaparecer a sensação de escuridão no exterior. No entanto, deverá ser adoptado um tipo de iluminação energeticamente eficiente e que não incomode a vizinhança. No nosso exemplo, temos: o globo na relva com uma lâmpada economizadora de 15 W, (cor 865); no terraço, luminária com uma lâmpada economizadora de 15 W (827); três candeeiros no chão com lâmpadas economizadoras de 9 W (827), três lâmpadas LED de 0,1 W, três projectores com lâmpadas de halogéneo de 10 W e candeeiro de parede com uma lâmpada economizadora de 11 W (827). 6: Conforme a ilustração, a luz no interior e no exterior da garagem, facilita a entrada e saída de bicicletas. Realce para o detector de movimento, no canto superior direito, composto por um candeeiro de parede com lâmpada de halogéneo de 40 W. 7: Uma boa iluminação, em frente à porta da habitação, contribui para o aumento da sensação de segurança e permite desfrutar de uma boa conversa com os vizinhos e amigos. Conforme a figura, opte por colocar uma luminária integrada no tecto, com lâmpada fluorescente compacta de 11 W (827).
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Boa iluminação para toda Dicas – período diurno A iluminação natural e a radiação solar directa, especialmente em casa, são boas para si; por isso, procure aproveitá-las o melhor possível.
Com a idade, aumentam as nossas necessidades de mais e melhor iluminação. Por outro lado, aumentam as exigências em termos de posicionamento do mobiliário, em relação à iluminação natural e artificial. É importante dispor de iluminação flexível que possa ser individualmente posicionada. As lâmpadas de luz mais intensa nem sempre são suficientes, sendo necessário recorrer a iluminação adicional. 1 2a
Quando for necessário impedir a entrada da luz do Sol, opte por estores que assegurem uma visão mínima para o exterior.
2b
Dicas – período nocturno Com o avançar da idade, é natural que sinta a necessidade de dispor de mais e melhor luz. Instale iluminação difusa por todas as salas, evitando assim os espaços escuros. Se necessário, instale iluminação adicional nas zonas que precisa de realçar, ou que precisem de iluminação específica (áreas de trabalho, zonas de leitura, confecção de alimentos, etc.). Deverá ser possível ligar manualmente a luz, a partir de cada porta, ou automaticamente, através de detectores de movimento. Para pessoas com dificuldades visuais, são muito úteis os acessórios (interruptores, tomadas, etc.) bem assinalados.
3
1: Durante o dia lê melhor junto à janela. Se a luz do Sol for muito intensa, pode correr as cortinas ou afastar-se da janela. 2: A mesma fotografia, vista por pessoas de diferentes idades: por alguém com uma visão normal (2a) e por uma pessoa idosa com cataratas progressivas (2b). Os idosos precisam de mais luz que os mais novos, sendo qualquer encandeamento mais incómodo para aqueles. Por esse motivo, as pessoas mais velhas necessitam de luminárias, melhor protegidas e posicionadas e que proporcionem luz mais intensa. 3: É importante ter um bom candeeiro para leitura, na cama. No caso da figura, está equipado com uma lâmpada de halogéneo de 30 W.
20
5 4: Candeeiro de tecto equipado com uma lâmpada fluorescente compacta de 18 W (cor 827) e boa difusão do fluxo luminoso, proporciona luz suficiente para que possa movimentar-se em segurança pela casa.
4
5: Os estores translúcidos ou de tecido de cores claras, impedem a entrada excessiva da luz e permitem manter a privacidade dentro da habitação.
7
6: Uma iluminação intensa mas uniforme, permite ver-se ao espelho, ao mesmo tempo que transmite a impressão suave e agradável da pele. A iluminação do espelho é assegurada por três lâmpadas fluorescentes tubulares de 18 W com óptimo rendimento (827). 7: Boa iluminação na poltrona favorita, assegurada por um candeeiro de pé equipado com uma lâmpada economizadora de 11 W (827).
6
8
8: Para os mais idosos, é também importante ter mais e melhor iluminação no lava-louças, aqui assegurada por dois candeeiros de cozinha suspensos e equipados com lâmpadas economizadoras de 11 W (827).
21
Luz natural Como posso ter boa iluminação natural? A quantidade de luz natural que recebemos será tanto maior, quanto mais descoberto estiver o céu. A entrada de luz natural, através de uma superfície envidraçada, é tanto mais restringida, quanto maior for a área ocupada pela respectiva caixilharia. Caixilharias de cores claras ou brancas e paredes de cores claras junto às janelas, permitem optimizar o aproveitamento da luz natural. Além disso, a luz parece menos intensa. Deve existir uma transição suave, entre a janela e os espaços menos iluminados da sala. A luz proveniente de uma clarabóia, proporciona uma maior iluminação natural. Arbustos e árvores de grande dimensão junto às janelas podem dificultar a entrada da luz.
Tome sempre em consideração a iluminação natural quando mobilar uma sala. O melhor aproveitamento da luz solar poupa energia.
22
A luz do dia e, especialmente, a luz do Sol, têm grande influência no nosso bem-estar, muito mais do que imaginamos. A luz natural, faz-nos ficar bem humorados e torna o espaço que nos envolve mais inspirador e atractivo.
Janelas e vidraças
1
2
O posicionamento da janela na parede ou no tecto, tem grande influência na quantidade e qualidade da luz natural. Como regra, quanto maior for a altura a que se encontre a janela, mais luz a sala recebe. Para além disso, quanto mais luz natural e raios de Sol entrarem, menos necessidade há de iluminação artificial. Actualmente, existe uma grande variedade de janelas e tipos de vidro por onde escolher. O ideal, é escolher janelas com vidro duplo de baixa transmissão de calor (Ug max. 1,2W/m2K). A quantidade de luz que atravessa a vidraça, diminui à medida que aumenta o número de vidros que tem de atravessar. Como regra prática, o vidro duplo deixa passar cerca de 80% da luz natural, enquanto que o vidro triplo, deixa até 70%, quando comparados com uma janela aberta. Vidraças coloridas e de cristal, podem reduzir a entrada de luz até 20%, além de alterar, de forma significativa, as cores no espaço interior.
Protecção solar
A protecção solar é tão importante quanto a luz natural. Existe uma grande variedade de dispositivos para protecção solar, interior e exterior. Para o interior, utilize um estore ou um cortinado leve. Para o exterior, é aconselhável optar por persianas, estores ou toldos, na ausência de elementos construtivos no edifício que satisfaçam essa necessidade.
3
1: Portas, janelas, vidraças e paredes escuras absorvem grandes quantidades de luz. Janelas e portas com caixilharia de cor escura podem provocar encandeamento. 2: As superfícies de cores claras reflectem melhor a luz natural. 3: Mesmo uma pequena clarabóia, pode fornecer uma grande quantidade de luz natural ao interior da casa e, normalmente, evita a formação de zonas mal iluminadas.
3
4
7
5
8
6
4: Luz do Sol directa fornece muita luz directa à sala. A luz do dia, no exterior, resulta da combinação da luz directa do Sol com a luz difusa do céu. A penetração da luz do Sol, depende da orientação da fachada onde se encontra a janela (Sul, Este ou Oeste) e do período do ano (altura do Sol). A entrada da luz do Sol nesta sala de estar, cria uma atmosfera de luz e sombra bastante agradável. 5: Luz reflectida mesmo quando não temos o céu limpo, a luz penetra pelas vidraças. No exemplo da imagem, a grande quantidade de luz reflectida pela fachada vizinha, penetra no interior da cozinha. 6: A luminescência é uma luz difusa que se pode observar em dias de céu limpo ou nublado e que proporciona uma iluminação suave. Quanto maior for a porção de céu visível, maior será a luminescência recebida. 7: A clarabóia proporciona boa iluminação natural na casa de banho. 8: Uma das vantagens dos estores verticais, é poderem ser ajustados em função da quantidade de luz que entra, ao mesmo tempo que a vista para o exterior se mantém a toda a altura.
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Luz artificial Planeie cuidadosamente o seu sistema de iluminação. Antes de comprar lâmpadas e
Que tipo de iluminação utilizar e onde? Dependendo da função a que se destinam, podem-se escolher diferentes tipos de iluminação: Luz indirecta para o tecto e paredes, tanto para iluminação geral do espaço, como para criar efeitos especiais de iluminação. Luz difusa/dispersa para iluminação geral. Luz directa de um projector para luz de trabalho ou de realce. Luz directa e confortável para a mesa das refeições, sofás e cama. Luz sinalizadora de degraus e caminhos. Luz colorida para os quartos das crianças e para festas.
Paredes e mobiliário de cores claras proporcionam melhor iluminação e poupam energia.
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luminárias, pense bem onde irá colocá-las e para que funções se destinam. Cada luminária (e também cada janela) cria o seu próprio espaço de luz.
Existem três aspectos cruciais a ter, simultaneamente, em consideração: escolher a lâmpada, a luminária e o posicionamento correctos. Além disso, deve ter em conta as cores da sala – se são claras ou escuras.
1a
1b
Quanta luz é necessária? 2a 2b É importante ter luz suficiente para ver sem qualquer dificuldade. A quantidade de luz necessária, depende do que se pretende ver. Os pequenos detalhes e contrastes, requerem mais luz do que os maiores. Visualizar o buraco da agulha, requer mais luz do que a leitura do jornal. É, igualmente importante, que não haja muito contraste entre os espaços 3a 3b claros e escuros. O excessivo contraste é cansativo para os olhos. É preferível optar por várias luminárias pequenas que possam ser ligadas/desligadas, individualmente, e de acordo com as necessidades. Assim, será possível criar diversas ambiências luminosas. Deverá ser fácil ligar a iluminação geral da 1: (1a) Luminária incorrectamente posicionada, a sala, idealmente, através de comandos pessoa está sentada por baixo da fonte de luz. Em instalados em cada porta. (1b) a luminária está bem posicionada.
Como evitar o encandeamento? O encandeamento é o problema mais comum na iluminação da casa (3a + 3b). Causa desconforto e pode afectar a sua visão. Felizmente, pode ser facilmente evitado, através da escolha adequada do tipo de luminária que suporta a lâmpada e da sua colocação à altura apropriada. O objectivo é não ver a lâmpada, mesmo quando estiver sentado.
2: (2a) Reflexos incómodos na revista, causados pela luz que incide directamente. Através do espelho de bolso, pode ver-se a imagem da lâmpada. Na fotografia (2b) a lâmpada foi deslocada para um dos lados e pode verificar-se pelo espelho que a imagem da lâmpada desapareceu. 3: (3a) A lâmpada provoca encandeamento porque a luz emitida é excessivamente brilhante em contraste com o espaço envolvente. (3b) A lâmpada deverá estar bem protegida para que não seja possível ser directamente visível.
4
5
10%
75%
Luz e cores
As cores de uma sala têm grande influência na iluminação. Paredes, tectos, pavimento e mobiliário de cores claras proporcionam boa reflexão da luz. Adicionalmente, são suavizadas as sombras e reduzidos os contrastes, ao mesmo tempo que as luminárias tendem a provocar menos encandeamento. Quanto mais escuras forem as cores escolhidas, menos luz é reflectida e maior é a necessidade de iluminação (4).
Experiência com luz colorida
É divertido usar luz colorida, por exemplo, nos quartos de crianças e adolescentes e na sala de estar, caso pretenda criar uma atmosfera especial para uma ocasião festiva. Devem-se evitar difusores e luminárias muito coloridos para a iluminação do dia-a-dia (6).
6
A manutenção vale a pena!
O pó e a sujidade nas janelas, nas fontes de luz e luminárias, podem reduzir em 25% o rendimento do sistema de iluminação, mantendo o mesmo consumo de electricidade. Por isso, deve proceder-se à limpeza regular das janelas e luminárias. Não esquecer de desligar a alimentação da rede eléctrica, enquanto se procede à limpeza das luminárias ou à substituição de lâmpadas (5).
4: As cores das superfícies da sala têm grande influência na iluminação da sala. Cores escuras absorvem muita luz e reflectem pouca luz para a sala. As cores claras reflectem muita luz para a sala e têm um factor de reflexão alto. É portanto uma boa ideia a opção por cores claras já que fazem diminuir as necessidades de iluminação. 5: Vale a pena limpar regularmente as luminárias. 6: Sala de estar onde foi criada uma atmosfera especial para ocasiões festivas, através da colocação junto às janelas de duas lâmpadas fluorescentes coloridas de 36 W.
25
Fontes de luz A: Lâmpadas incandescentes de casquilho (grosso) E27. Fosca 15-150 W (1), Clara 15-150 W (2), de tonalidade 25-100 W (3), krypton 40-100 W (4), Esférica 40 100 W (5). B: Lâmpadas incandescentes de casquilho (fino) E14. Reflectora 25-150 W (1), de fogão 15-40 W (2), chama fosca 15-40 W (3), esférica opalina 25-40 W (4).
A 1
2
3
4
B
1
2
4
C
1
2
3
4 5cm
D
D: Lâmpadas de halogéneo, 12 V. Cápsulas 5-100 W (1+2); Reflectoras 20-50 W (3+4); Reflectoras de casquilho (5).
1
3
2
4
E: LED (1-5). Disponíveis nas versões branca e colorida (azul, verde, amarelo e vermelho).
26
3
5cm
C: Lâmpadas de halogéneo, 230 V. Compactas (E27) 40-150 W (1). Tubulares-iodine 60-500 W (muitas vezes utilizada em luz indirecta e como luz de mesa/trabalho) (2); Reflectora (E14) 25-75 W (normalmente para luz de realce) (3); Cápsulas 25-75 W (4).
Iluminação por fibra óptica. A luz é emitida por pequenos pontos (6).
5 5cm
5
1
2 6
4
A lâmpada incandescente, é uma fonte de luz com base em tecnologia que remonta ao princípio do século passado. É uma lâmpada de construção muito simples e cujo princípio de funcionamento é o da passagem de corrente eléctrica por um filamento, que, por essa acção, fica incandescente e emite luz. Por conseguinte, é uma lâmpada que, para além de durar pouco, quase toda a energia que consome transforma-se em calor sendo o restante para luz. Para o mesmo tipo de ambientes, estas lâmpadas poderão ser substituídas por equivalentes de halogéneo energeticamente eficientes, sem prejuízo da qualidade de luz.
Lâmpadas de halogéneo As lâmpadas de halogéneo podem ser utilizadas em qualquer espaço da casa onde, para além da eficiência energética, os efeitos de luz e/ou uma boa restituição cromática são importantes. Poderão ser de luz dirigida (reflectoras e dicróicas), ou de emissão omnidireccional. Existem dois tipos básicos de lâmpadas de halogéneo: as standard de 230 V e as de tensão reduzida de 12 V que requerem o acoplamento de um transformador (que sendo do tipo electrónico trará maiores poupanças energéticas). Estas últimas, não devem ser confundidas com as lâmpadas economizadoras fluorescentes compactas com balastro integrado (CFLi).
5cm
E
3
Lâmpadas incandescentes
5
5cm
LED e sistemas de iluminação por fibra óptica Um LED é constituído por várias camadas de material semicondutor. A sua potência varia tipicamente entre 0,1 e 3 W, sendo conjugados em lâmpadas ou luminárias. São normalmente aplicados na iluminação decorativa e de sinalização, sendo que estarão brevemente disponíveis lâmpadas de LEDs com capacidade para substituir algumas lâmpadas clássicas. Os sistemas de iluminação por fibra óptica (constituídos por fibras de vidro ou plástico), podem ser utilizados em espaços onde as pontas terminais se encontrem em espaços húmidos como casas de banho e jardins.
Classe Economia 3) energética
Vida útil (horas)
Regulação do fluxo
E-G
1000
Sim
Incandescente
Potência Índice de restituição (W) 1) de cor (Ra) 15-150 99
Halogéneo 230 V
25-500
99
C-E
*
1500-3000
Sim*
Economizadora 2) 4) 5)
3-27
80-89
A-B
****
6000-15000
Não
Fluorescente compacta4)
5-55
80-93
A-B
****
8000-20000
Possível
Fluorescente tubular4)
4-80
50-97
A-B
*****
6000-20000
Possível
Tipo de lâmpada
*
Etiqueta Energética
* Com limitações
1) o rendimento de cor de uma lâmpada é avaliado com base na escala Ra que vai de 0 a 100, sendo 100 o máximo do índice. 2) as lâmpadas economizadoras de potência inferior a 11 W tendem a ter uma cor ligeiramente esverdeada. 3) economia = custo da electricidade + custo da lâmpada: ***** melhor, * pior. 4) fluxo luminoso máximo após 20 a 60 segundos. 5) com balastro incorporado.
F: Lâmpadas economizadoras tipo bolbo (base E14 e E27) de 4 a 23 W. Em determinadas luminárias, estas lâmpadas proporcionam uma melhor distribuição da luz do que as referidas em G. Tonalidades disponíveis: 827 (quente) / 840 (intermédia) / 865 (fria).
F
5cm
G: Lâmpadas economizadoras (base E14 e E27), com formatos variados, de 3 a 23 W. Aplicáveis na maioria dos espaços interiores. Algumas para iluminação exterior. Existem versões coloridas e com reflector incorporado (ditas, reflectoras). Tonalidades disponíveis: 827 (quente) / 840 (intermédia) / 865 (fria). H: Lâmpadas fluorescentes compactas, 7 W (1). Tipo 2D 10-55 W (2); de 2 ou 4 pinos 5-55 W (3;4,5), sendo que as de 4 pinos se destinam a funcionar com balastros electrónicos. Tonalidades disponíveis: 827 (quente) / 840 (intermédia) / 865 (fria).
I: Lâmpadas fluorescentes tubulares: Circular 22-25 W (1); T2 (Ø 7 mm) 6-13 W (2); T5 (Ø 16 mm) (T5) 14-80 W (3); T8 (Ø 26 mm) 4-58 W (4). Tonalidades disponíveis: quente / intermédia. quente / intermédia / fria.
G
NB 1: existem diversos tipos de lâmpadas economizadoras em termos de vida útil e restituição de cor. As lâmpadas de classe A da lista acima foram testadas segundo o definido nas normas europeias para efeito de determinação do tempo de vida útil, número de vezes em que são ligadas ou desligadas e propriedades de cor. NB 2: a opção por lâmpadas de halogéneo poderá, em certos casos, revelar-se como mais eficiente em relação à opção por lâmpadas incandescentes.
Lâmpadas economizadoras com balastro integrado
A lâmpada economizadora é basicamente uma lâmpada fluorescente dobrada, eventualmente com formato idêntico ao das vulgares lâmpadas incandescentes e com acessórios de funcionamento electrónico integrados. A luz é difusa e o índice de restituição de cor é ligeiramente inferior ao das lâmpadas incandescentes e às de halogéneo. Em contrapartida, as lâmpadas economizadoras proporcionam até 5 vezes mais luz por unidade de potência e têm um período de vida útil 6 a 15 vezes superior ao de uma lâmpada incandescente. As lâmpadas economizadoras são adequadas para a iluminação interior, mas podem também ser utilizadas no exterior. Existem versões coloridas.
5cm
H
1
2
3
4
5
Lâmpadas fluorescentes compactas
As lâmpadas fluorescentes compactas são lâmpadas fluorescentes dobradas com pinos e sem balastro integrado. Devem ser utilizadas apenas em luminárias equipadas com balastro, de preferência electrónico (menos 25% de consumo de energia).
5cm
Lâmpadas fluorescentes tubulares
I 1
2 3 4 5cm
As lâmpadas fluorescentes tubulares são adequadas para utilização geral em cozinhas, salas de serviços e caves. Estas lâmpadas podem ser circulares ou tubulares, apresentando-se com diferentes tonalidades. Para as cozinhas, recomenda-se a utilização de lâmpadas com o melhor índice de reprodução de cor. Existem, igualmente, versões coloridas. Devem ser utilizadas apenas em luminárias equipadas com balastro, de preferência electrónico (menos 25% de consumo de energia). 27
Acessórios Vários acessórios oferecem flexibilidade na utilização da iluminação, economizando energia. Evitam actuação em espera para economizar energia.
A: Reguladores de luz. Disponíveis para montagem na parede (1, 3 e 5), no circuito da lâmpada (4) ou para funcionamento com telecomando (2). Potência admissível de 250 / 320 W, podendo, nalguns casos, ir até aos 2 000 W.
D: Transformadores de tensão reduzida. Transformador electrónico (1). Modelo com regulador integrado (2). Modelo convencional (ferromagnético) para ligação a tomada (3).
E: As calhas eléctricas estão disponíveis em diferentes secções e tipos de montagem, para 1/2/3 circuitos, e em vários comprimentos. Existem para tensão reduzida (12 V) ou 230 V.
28
2
4
3
5 5cm
B: Diferentes tipos de detectores de movimento (1, 2 e 4) para uso interior, sendo que (1 e 2) integram um célula fotoeléctrica. Disponíveis para montagem na parede ou no tecto, com ângulos de cobertura de 180o a 360o. Detector do tipo (4) deverá ser instalado no tecto. Temporizador (3) para ligação através de tomada. C: Célula fotoeléctrica (1); detector de movimento com célula fotoeléctrica integrada (2); lâmpada economizadora com célula fotoeléctrica integrada (3). Todos disponíveis para utilização exterior.
A
1
B 1
2
3
4 5cm
C
2
1
3
Reguladores de luz
Controlam, através de um circuito electrónico, a potência fornecida à lâmpada, permitindo desta forma ajustar o fluxo luminoso às necessidades. Particularmente recomendadas para lâmpadas incandescentes ou de halogéneo (de 230 V ou 12 V). Já existem lâmpadas economizadoras especiais que permitem a regulação de luz. A regulação das lâmpadas fluorescentes compactas, faz-se através de balastros electrónicos reguláveis.
Detectores de movimento, células fotoeléctricas, etc.
Os detectores de movimento, os sistemas de controlo fotoeléctrico e os temporizadores, ligam e desligam a luz em função do movimento ou da luz natural. Os detectores de movimento são adequados para escadas, corredores, átrios, salas de serviço, caves e espaços exteriores (p. ex., a porta da garagem). As lâmpadas economizadoras que não tenham balastro electrónico, não são adequadas para actuarem com os detectores de movimento. Os temporizadores horários, podem ser programados para ligar e desligar a luz em locais estratégicos da casa quando estamos ausentes por um período alargado de tempo, (p. ex., nas férias para dar a ideia da casa estar ocupada).
5cm
D
3 1
2
5cm
E
5cm
Transformadores
As lâmpadas de halogéneo de tensão reduzida necessitam de um transformador para converter a tensão de alimentação de 230 V na de 6, 12 (a mais comum) ou 24 V. Ter em atenção que o transformador em espera consome energia e, por isso, se possível, convém desligálo da alimentação. Se optar por um transformador electrónico, estas perdas são insignificantes.
Calhas eléctricas
As calhas eléctricas oferecem soluções práticas para a instalação de projectores/luminárias, evitando a exposição dos cabos eléctricos. A alimentação eléctrica ao projector, faz-se através dum adaptador que pode ser colocado em qualquer ponto da calha. Podem usar-se vários adaptadores na mesma calha. Dar preferência a calhas normalizadas para a instalação de aparelhos de várias marcas.
Luminárias Guia para a escolha de luminárias
É importante analisar antecipadamente as suas opções antes de proceder à escolha das luminárias. O ideal seria poder vê-las em funcionamento em casa e só depois as adquirir. A
B
A luminária deve dirigir o fluxo luminoso para onde é preciso. O encandeamento directo pode ser evitado, através de um bom difusor. Este deve cobrir toda a lâmpada. A luminária é orientável? Deverá poder regulá-la sem queimar as mãos. A luminária deverá ser fácil de limpar e permitir a fácil substituição da lâmpada.
C
D
D: Luminária de fluxo luminoso misto que espalha a mesma quantidade de luz para cima e para baixo. As sombras são ligeiramente mais suaves do que no caso de A.
Nunca utilize lâmpadas com potência superior à permitida pela luminária.
E
Se quiser utilizar lâmpadas economizadoras, verifique se as luminárias são adequadas e se espalham correctamente a luz.
F
E: Luminária de luz essencialmente indirecta cujo fluxo luminoso é essencialmente dirigido para cima, espalhando mais luz para cima do que para baixo. As sombras são suaves e menos marcadas do que no caso de C. F: Luminária de luz indirecta cujo fluxo luminoso é dirigido para cima, iluminando essencialmente a parte superior da sala e, por reflexão, todo o espaço. As sombras no chão serão inexistentes.
A luminária e o tipo de fonte de luz são normalmente compatíveis. As luminárias para crianças, deverão ser robustas e instaladas com toda a segurança, para evitar o risco de fogo e assegurar que não magoam os seus pequenos dedos.
B: Luminária de luz essencialmente directa cujo fluxo luminoso é essencialmente dirigido para baixo mas que, no entanto, espalha alguma luz para o resto da sala. A luz é distribuída de forma mais uniforme e os contornos são mais suaves do que no caso de A. C: Luminária de luz difusa distribui a luz de forma uniforme pela sala. As sombras tornam-se mais suaves.
Evite a opção por luminárias de cores escuras, para evitar a coloração da luz no espaço.
Verifique a qualidade. A diferença de tempo de vida útil, em termos de materiais, condutores e pintura, é grande. Normalmente, o preço acompanha a qualidade.
A: Luminária de luz directa ou projector cujo fluxo luminoso é dirigido para baixo e ilumina uma determinada área de forma intensa. Tem como resultado a visualização clara dos contornos.
Escolha luminárias que já tenha visto acesas. Primeiro, tenha em consideração onde quer utilizar a luminária e o fim a que se destina, e, só depois, tenha em conta a aparência.
29
Quanto posso poupar? Os vários exemplos de iluminação apresentados nesta brochura, mostram como pode poupar cerca de 15 a 20% na sua factura de electricidade, sem comprometer a qualidade da iluminação.
Ao substituir uma lâmpada incandescente por uma economizadora, qual deverá ser a potência escolhida para esta última? Lâmpada Lâmpada incandescente economizadora 25 W
5W
40 W
8W
60 W
11 W
75 W
15-17 W
100 W
20-23 W
Nas embalagens das lâmpadas economizadoras, os fabricantes muitas vezes declaram uma potência que assegura um fluxo luminoso ligeiramente inferior ao das lâmpadas incandescentes correspondentes. Por esse motivo, é conveniente optar por lâmpadas economizadoras de potência imediatamente superior à indicada, para evitar diminuição da quantidade de luz. Ao substituir uma lâmpada incandescente de 60 W por uma lâmpada economizadora de 15 W que esteja ligada 4 horas por dia, poupará anualmente e por um período de 8 a 10 anos, entre 8 e 9,5 €. O preço de uma lâmpada de classe A é normalmente de cerca de 6,5€.
Ao fazer a combinação correcta de diferentes tipos de lâmpadas, poderá obter uma iluminação mais eficiente e apelativa, com menor consumo de electricidade. Para tal, é necessário que escolha cuidadosamente as suas luminárias e lâmpadas e que não se esqueça de desligar as luzes, quando estas não dispuserem de controlo automático. Se optar por realizar trabalhos, ou colocar luminárias que requeiram mais luz junto às janelas, e ao mesmo tempo afastar estas últimas dos grandes objectos e das cortinas escuras, poderá maximizar o aproveitamento da luz natural. Simultaneamente, reduzirá o consumo de electricidade associado à iluminação artificial. No exemplo aqui apresentado (ver tabela), a sala de estar é a mesma da página 4, fotografada de um ângulo diferente. Através da substituição de lâmpadas incandescentes, por lâmpadas economizadoras, foi alcançada uma economia de energia de cerca de 65%. A deslocação das cadeiras e sofás para junto das janelas, permitiu uma melhor e maior utilização da luz natural, daí resultando uma diminui-ção de aproximadamente 15% (de 60 para 51 kWh) do consumo de electricidade, associado à iluminação artificial, a que se adicionam os 30% atrás referidos. Assim, a poupança anual de custos de electricidade para a sala de estar foi de 22,5 .
Nesta sala de estar, é possível reduzir até 80% o consumo de electricidade.
Candeeiro junto ao televisor
25 W
7W
Candeeiro do sofá/cadeirão
50 W
50 W
Candeeiro na mesa pequena
40 W
11 W
Candeeiro na mesa pequena
40 W
11 W
40 W 3x25 W
8W 3x25 W
60 W
113 W
Candeeiro por cima da mesa de café Candeeiro do sofá/cadeirão Potência instalada
330 W
254 W
Consumo anual 1)
175 kWh
60 kWh
Melhor utilização da luz natural 2)
-
51 kWh
1) A poupança de electricidade é calculada com base no tempo de funcionamento de cada lâmpada numa sala de estar com boa iluminação natural. 2) Consumo anual estimado de electricidade.
Quanto posso poupar com a instalação de um regulador de fluxo luminoso? É útil dispor da possibilidade de controlar o fluxo luminoso e, não apenas, quando se trata de lâmpadas incandescentes ou de halogéneo. Existe a percepção que a redução de consumo de electricidade é directamente proporcional à diminuição do fluxo luminoso. Contudo, não é isso que se passa, conforme se pode verificar no gráfico. Se diminuir o fluxo luminoso em 50%, apenas economizará cerca de 25% de electricidade.
100
Onde posso encontrar mais informação sobre o projecto?
Consumo de electricidade (%)
www.adene.pt www.enerlin.enea.it
75 50 25 0
0
25
50
75
100
Fluxo luminoso (%)
Faça você mesmo, mas com cuidado!
As luminárias não deverão ser comercializadas sem serem acompanhadas pelo respectivo folheto de instruções, relativos à montagem, instalação ou utilização em segurança da lâmpada. As instruções, deverão vir na língua do país onde é comercializada, ou conter ilustrações de fácil compreensão. O distribuidor, disponibilizará informação relativa aos requisitos que deverão ser cumpridos pelas luminárias.
Neste website, poderá encontrar informação mais detalhada sobre iluminação, bem como, exemplos de utilização e aproveitamento eficiente da luz.
Onde posso obter ajuda?
O seu distribuidor de electricidade poderá aconselhá-lo e responder a questões específicas sobre o seu consumo de energia eléctrica. Para além disso, aconselha-se a consulta da informação disponibilizada pelas empresas fabricantes de equipamento.
31
Papel 100% reciclado
Certificação Energética e Ar Interior nos Edifícios. Um dia todos os edifícios serão verdes.
O sector dos edifícios é responsável pelo consumo de aproximadamente 40% da energia final na Europa. No entanto, mais de 50% deste consumo pode ser evitado, através de medidas eficiência energética, o que pode representar uma redução anual de 400 milhões de toneladas de CO2 – quase a totalidade do compromisso da UE no âmbito do Protocolo de Quioto. Para fazer face a esta situação, os Estados-Membros, têm vindo a promover um conjunto de medidas com vista à melhoria do desempenho energético e das condições de conforto dos edifícios. É, neste contexto, que surge a Directiva nº 2002/91/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios, cuja transposição em Portugal, conduziu à implementação do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior (SCE).
Vamos poupar energia para poupar Portugal Para mais informações:
www.adene.pt Coordenação:
O SCE é um dos três pilares sobre os quais assenta a nova legislação, relativa à qualidade térmica dos edifícios em Portugal e que se pretende venha a proporcionar economias significativas de energia para o País, em geral, e para os utilizadores dos edifícios. Para além disso, é um dos 12 programas do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAAE), o qual para o sector “Residencial e Serviços” aponta para uma eliminação progressiva de um grande número de lâmpadas incandescentes, até 2015. É, neste contexto, que se insere esta brochura, cujo objectivo é o de explicar o que significa ter boa luz em casa e aumentar a consciencialização, no que diz respeito ao consumo de energia para iluminação no sector residencial. Esperamos que conserve esta brochura e a use como guia para a iluminação eficiente em sua casa.
Apoios:
GUIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
GUIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
06 08 09 10 11 11 11 12 13 13
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA
14 16 18 20 22 24 26 27
A HABITAÇÃO
29 30
31 32 33 34 38 43 45 47 50 52 54 54
CONSEQUÊNCIAS DO CONSUMO DE ENERGIA FONTES DE ENERGIA RENOvávEIS E NÃO RENOvávEIS IMPACTOS NEGATIvOS SOBRE O MEIO AMBIENTE NóS TAMBÉM PRODUzIMOS CO2 EM CASA O EFEITO DE ESTUFA
O PROTOCOlO DE QUIOTO
O CONSUMO ENERGÉTICO EM PORTUGAl CONSUMO DE ENERGIA POR SECTORES
ElECTRODOMÉSTICOS FRIGORíFICO MáQUINA DE lAvAR lOIÇA MáQUINA DE lAvAR ROUPA MáQUINA DE SECAR ROUPA MáQUINA DE lAvAR E SECAR ROUPA FORNO PlACAS MICROONDAS
ElECTRODOMÉSTICOS SEM ETIQUETA ENERGÉTICA Tv E EQUIPAMENTOS AUDIOvISUAIS EQUIPAMENTOS INFORMáTICOS
IlUMINAÇÃO AQUECIMENTO O ISOlAMENTO AR CONDICIONADO
áGUA QUENTE
A CASA NOvA
55 55 55 56 57 57 58 59
FORMA E ORIENTAÇÃO
PAISAGISMO IlUMINAÇÃO NATURAl ENERGIAS RENOvávEIS EM CASA ENERGIA SOlAR TÉRMICA ENERGIA SOlAR FOTOvOlTAICA ENERGIA DA BIOMASSA ENERGIA EólICA
61 63 64 64 64 64 65 65 65 66 70 70 71 72 72 73 73
O CARRO
74 77
O lIxO E O APROvEITAMENTO ENERGÉTICO
80
PlANO NACIONAl DE ACÇÃO PARA A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
82
QUEM É A ADENE?
CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA DAS CASAS ASPECTOS BIOClIMáTICOS
ACABAMENTOS ExTERIORES E ENvOlvENTES DO EDIFíCIO
CONSUMO, CUSTOS E UTIlIzAÇÃO O CARRO E A POlUIÇÃO EMISSÕES RUíDO A COMPRA DO CARRO NOvAS ENERGIAS NOS TRANSPORTES ETIQUETA INFORMATIvA DE ECONOMIA DE COMBUSTívEl CONDUÇÃO EFICIENTE DO AUTOMóvEl
OS 10 MANDAMENTOS DE UMA CONDUÇÃO EFICIENTE MOBI.E — A ENERGIA QUE NOS MOvE FUNCIONAMENTO DA REDE REDE DE ABASTECIMENTO lOCAlIzAÇÃO DOS PONTOS DE ABASTECIMENTO ABASTECIMENTO DO vEíCUlO ElÉCTRICO FUNCIONAMENTO DO ABASTECIMENTO NO FUTURO
A REGRA DOS TRÊS R'S (REDUzIR, REUTIlIzAR, RECIClAR)
VAMOS POUPAR ENERGIA PARA POUPAR PORTUGAL
Promover a eficiência energética é tornar o mundo melhor e mais sustentável. Algumas medidas de eficiência energética são amplamente conhecidas por serem do senso comum, por exemplo, apagar a luz quando não estamos numa divisão da casa. Outras, são alcançadas por desenvolvimentos tecnológicos e não são do conhecimento geral, por exemplo, a possibilidade de produzimos energia na nossa casa. Este guia pretende ajudar a utilizar a energia de forma moderada e eficiente assim como apresentar algumas medidas para que todos possamos contribuir com um consumo mais racional e aumentar deste modo, a eficiência global.
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA
6
À medida que uma sociedade é mais desenvolvida, aumenta o consumo de energia, mas nem sempre de um modo eficiente. Com uma utilização responsável podemos ter disponíveis uma maior diversidade de serviços e conforto, sem aumentar o consumo. Os países serão mais competitivos à medida que aumentarem a sua eficiência energética, consumindo menos energia por unidade de produto realizado ou de serviço prestado. Este é o cenário actual dos países desenvolvidos, particularmente no sector industrial. No entanto, nos sectores dos transportes e dos edifícios, incluindo as habitações, a situação é diferente, pois a eficiência energética não tem aumentado como seria desejável.
7
CONSEQUÊNCIAS DO CONSUMO DE ENERGIA
8
O consumo de energia é necessário para o desenvolvimento económico e social a nível mundial. Graças à energia, é possível ter um estilo de vida que seria impossível desfrutar caso não dispuséssemos de recursos energéticos. Então por que é que temos que poupar energia? Por que é que devemos mudar o modelo energético actual? Por que é que se torna necessário aumentar a eficiência energética? Existem razões importantes, tais como: • A extinção das energias não renováveis ou de origem fóssil. •
Fontes de energia renováveis e não renováveis As fontes de energia renováveis são todas aquelas a que se pode recorrer de forma permanente, porque são inesgotáveis, como por exemplo a energia Solar, Hídrica, Eólica, Biomassa, Marés, Energia das Ondas e Geotérmica. As energias renováveis caracterizam-se igualmente por terem um impacto ambiental nulo na emissão de gases que provocam o efeito de estufa. As energias não renováveis, são aquelas cujas reservas são limitadas, ou seja, diminuem à medida que as consumimos. São exemplos o Carvão, Gás Natural, Petróleo e Urânio.
Podem ser de origem fóssil, formadas pela transformação de restos orgânicos acumulados na natureza há milhões de anos ou de origem mineral. São de origem fóssil o carvão, o petróleo e o gás natural. De origem mineral, temos o urânio, utilizado para produzir energia eléctrica. À medida que as reservas são menores, torna-se cada vez mais difícil a sua extracção e, consequentemente, aumenta o seu custo.
Os impactos negativos sobre o meio-ambiente.
Exemplo de energias renováveis
Inevitavelmente, se se mantiver o modelo de consumo actual, os recursos não renováveis deixarão de estar disponíveis num futuro próximo, quer seja pela extinção das suas reservas, quer seja porque a sua extracção deixará de ser economicamente rentável a médio prazo.
Exemplo de energias não renováveis
Recursos
Anos
Carvão
200-250
Urânio
70-90
Gás Natural
60-80
Petróleo
40-50
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IMPACTOS NEGATIVOS SOBRE O MEIO AMBIENTE A transformação, transporte e uso final da energia causam impactos negativos no meio-ambiente, quer seja a nível local, quer seja a nível global. Inicialmente, durante a fase de exploração produzem-se resíduos, contaminam-se as águas e os solos, além de se gerarem emissões para a atmosfera. Também o transporte e distribuição da energia afecta o meio-ambiente através dos impactos das redes eléctricas ou oleodutos e gasodutos e até as chamadas marés negras, com dramáticas consequências para os ecossistemas e economias das zonas afectadas. Paralelamente, o consumo energético a partir de energias fósseis, necessita sempre de um processo de combustão, tanto nas centrais eléctricas para produzir electricidade, como localmente em caldeiras ou motores de veículos. Esta combustão dá lugar à formação de CO2, o principal gás causador do efeito de estufa, e a outros gases e partículas poluentes que prejudicam a saúde.
10
Há que ter em conta que a produção de energia e o seu uso, tanto na indústria como nas habitações e meios de transporte, é responsável pela maioria das emissões de CO2 causadas pelo Homem. Devemos saber também que a geração de electricidade com centrais nucleares não produz CO2, criando resíduos radioactivos de difícil e dispendioso tratamento.
Principais emissões causadas pelo consumo de energia
Origem
Efeitos
CO2
Reacções de combustão
Contribui para o efeito de estufa ao reter a radiação infravermelha que a Terra emite para o espaço
CO
Produz-se na combustão incompleta da mistura combustível-ar
Altamente tóxico para o Homem
NOX
Reacções de alta temperatura entre o nitrogénio e o oxigénio presentes no ar, nos processos de combustão
Chuva ácida, alterações de ecossistemas florestais e aquáticos. Irrita os brônquios
SO2
Resulta da combustão dos combustíveis fósseis, devido ao enxofre que contêm
Chuva ácida, alterações de ecossistemas florestais e aquáticos. Doenças do tipo alérgico, irritação dos olhos e vias respiratórias
COV
Gases de escape originários de uma combustão deficiente ou da evaporação de combustível
Efeitos cancerígenos, doenças do tipo alérgico, irritação dos olhos e vias respiratórias
Partículas e fumo
Resulta da má combustão dos combustíveis (especialmente motores Diesel)
Sujidade ambiental, visibilidade reduzida e afectam as vias respiratórias
(Dióxido de carbono)
(Monóxido de carbono)
(Óxido de Nitrogénio)
(Dióxido de enxofre)
(Compostos Orgânicos Voláteis)
Nós também produzimos co2 em casa
O uso do veículo, o aquecimento e, inclusivamente, o nosso consumo eléctrico (nas centrais térmicas onde é gerada a electricidade) são responsáveis pela emissão de 5 toneladas de CO2 por ano.
O Efeito de estufa O efeito estufa é o processo natural responsável pela regulação da temperatura na Terra. A radiação directa do sol é absorvida à superficie, existindo uma quantidade de calor que é reflectida pela próprio Planeta. Esta última, é por sua vez devolvida pelas moléculas de determinados gases existentes na atmosfera. Quando artificialmente se aumenta a concentração destes no ar, rompe-se o equilíbrio natural e é devolvida uma quantidade maior de radiação, a qual produz um aumento artificial da temperatura. Este acto conduz a fenómenos como a desertificação, diminuição das massas de gelo nos pólos ou inundações. Por isso, a atmosfera actua como o vidro de uma estufa: permite a passagem de luz, mas não deixa escapar o calor recolhido junto da superfície. Este fenómeno conduz ao aquecimento do planeta Terra.
NÃO SE ESQUEÇA
•
O consumo de energias de origem fóssil provoca a extinção de reservas, dependência energética, dificuldade de abastecimento e contaminação ambiental;
•
O principal problema do consumo actual do meio ambiente à escala mundial é o efeito de estufa;
•
O uso do veículo, do aquecimento e o consumo eléctrico em casa, são os principais responsáveis pela emissão de CO2 para a atmosfera, aumentando o efeito de estufa;
•
As energias renováveis não se esgotam quando as consumimos, visto que se renovam de forma natural. Além disso, têm um reduzido impacto ambiental.
O protocolo de Quioto A consequência mais importante do aumento do efeito de estufa são as alterações climáticas. Para diminuir ao máximo as suas consequências, 36 países industrializados assinaram em 1997 o Protocolo de Quioto, cujo principal objectivo é a redução global de emissões de gases que provocam o efeito de estufa. Para que o Protocolo de Quioto entrasse em vigor deveria ser assinado por um número suficiente de países, que em conjunto fossem responsáveis por 55% das emissões dos países industrializados. Depois da assinatura da Rússia em 2004, o protocolo entra em vigor em Fevereiro de 2005, e, para o período de 2008-2012, prevê a redução global acordada de 5,2%. A redução seria de 8% para o conjunto da UE comparativamente às emissões de 1990.
11
O CONSUMO ENERGÉTICO EM PORTUGAl
12
Peso dos sectores no consumo de energia %
CONSUMO DE ENErGIA
POr SECtOrES
Segundo a DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia) em 2008, a dependência de Portugal em termos de importação de energia foi de 82%. A produção interna baseou-se, exclusivamente, em fontes de energia renováveis, fundamentalmente hídrica e eólica. Esta produção cresceu 45% desde 1990. O abastecimento de energia primária no nosso país também cresceu visivelmente desde 1990 em cerca de 55%. Este valor deve-se, principalmente, ao aumento do abastecimento de petróleo (29% desde 1990) e de combustíveis sólidos (31% desde 1990). O gás natural foi introduzido no abastecimento de energia primária de Portugal, pela primeira vez em 1997 e atingiu os 17% de quota de abastecimento total de energia em 2008. Em termos de fontes renováveis a quota foi de 18%. A nível internacional existem os seguintes compromissos até 2020: • redução do consumo de energia primária em 20% (meta da eficiência energética);
De acordo com a DGEG, desde o início da década de noventa, o consumo de energia final cresceu 3,2% ao ano, cerca de sete décimas acima da taxa de crescimento média do PIB registada nesse período. A pressionar o crescimento energético estiveram os sectores de Serviços e transportes, que cresceram consistentemente acima dos 5% ao ano. Especial destaque para o sector de Serviços que, na segunda metade da década, apresentou taxas de crescimento médias anuais de dois dígitos (11%). No balanço de 2008, os transportes eram responsáveis por 36,3% da energia consumida, a Indústria por 29,5%, o Sector Doméstico por 16,8%, os Serviços por 11,5% e os restantes 5,8% em outras actividades como a Agricultura, Pesca, Construção e Obras Públicas.
•
aumento do recurso a energias renováveis para 20% do mix europeu (meta indicativa para Portugal: 31%);
•
incorporação de 20% dos biocombustíveis nos carburantes até 2020.
1990
2008
Indústria
35,4
29,5
Transportes
30,7
36,3
Sector Doméstico
20,8
16,8
Serviços
6,7
11,5
Agricultura
4,9
2,4
Construção e Obras Públicas
1,5
3,4
TOTAL
100,0
100,0
Fonte: DGEG - Direcção Geral de Energia e Geologia
nÃo se esQueÇa
•
Cada vez consumimos mais energia. Assim, apenas serão necessários 35 anos para duplicar o consumo mundial de energia e menos de 55 anos para o triplicar.
•
Os sectores da habitação e dos transportes foram, nos últimos anos, os que mais aumentaram o consumo.
•
Portugal tem uma dependência energética do exterior de 82%.
•
A principal fonte de energia para o consumo energético em Portugal é o petróleo e os seus derivados (gasolina, gasóleo, butano e propano).
abastecimento de energia Primária (2008) 3% 18%
52%
17%
Petróleo Combustiveis sólidos Gás natural Renováveis Outros
10% Fonte: DGEG, Estatísticas-Balanços Energéticos 2008 (provisório)
13
A HABITAÇÃO
14
O consumo de energia na nossa habitação depende de diversos factores, tais como a zona onde se situa a casa, a qualidade de construção, o nível de isolamento, o tipo de equipamentos utilizados e até o uso que lhe damos.
Em Portugal, o sector residencial, com cerca de 3,3 milhões de edifícios, contribuiu com 17% do consumo de energia primária em termos nacionais, representando cerca de 29% do consumo de electricidade, o que evidencia, desde logo, a necessidade de moderar especialmente o consumo eléctrico. Outra causa para o aumento do consumo de energia reside na ineficiência dos próprios equipamentos utilizados no sector, edifícios incluídos, e dos procedimentos e hábitos de utilização desses mesmos equipamentos. Isto deve-se, não só a razões comportamentais dos consumidores, como também ao período necessário para a substituição dos equipamentos e progressiva recuperação dos edifícios.
Com algumas pequenas intervenções nos edifícios, é possível poupar até 30-35% de energia, mantendo as mesmas condições de conforto.
Repartição dos consumos de electricidade pelos diferentes usos finais (Total 2004: 11087 GWh) Frigorífico / Combinado 12%
1%
Existem medidas de baixo custo, ou sem qualquer custo adicional, que podem reduzir o nosso gasto de energia entre os 10% e os 40%.
Congelador
22%
Máquina Lavar Roupa
2%
Secador Roupa Máquina Lavar Loiça
15%
Audiovisuais 10%
Os consumos energéticos das habitações portuguesas têm registado um crescimento significativo, em parte, também devido ao aumento da aquisição de equipamentos consumidores de energia. No que diz respeito ao consumo eléctrico, uma habitação média consome cerca de 4.000 kWh por ano, divididos da seguinte forma:
Informática Iluminação
5%
5% 12%
2%
3% 9%
2%
AQS Eléctrico Aquecimento ambiente Arrefecimento ambiente Forno Outros
Fonte: DGEG/IP-3E, Eficiência Energética em Equipamentos e Sistemas Eléctricos no Sector Residencial, Abril 2004
15
ElECTRODOMÉSTICOS
16
Os electrodomésticos de linha branca (máquinas de lavar, frigoríficos, etc), os fornos eléctricos, o ar condicionado e as fontes de luz, são equipamentos de uso comum nas nossas casas. Comprar um equipamento eficiente é importante e fácil de identificar, graças à etiqueta energética..
A etiqueta energética O seu âmbito de utilização é comum em toda a Europa e constitui uma ferramenta informativa ao serviço dos utilizadores de aparelhos eléctricos. Segundo a legislação vigente, é obrigatório o vendedor exibir a etiqueta energética de cada modelo de electrodoméstico, assim como é obrigatório para o fabricante fornecer os valores que avaliam um dado modelo de electrodoméstico com etiqueta energética. As etiquetas Energy Star e GEA são utilizadas em equipamentos de escritório e na electrónica de consumo.
Estabelecem o valor máximo para o consumo energético do aparelho quando não está a ser utilizado ou quando está em modo de espera (stand-by). Os tipos de equipamentos que têm estabelecida a etiquetagem energética são: •
Frigoríficos, congeladores e combinados.
•
Máquinas de lavar e/ou secar roupa.
•
Lâmpadas.
•
Forno eléctrico.
•
Ar condicionado.
A etiqueta energética permite ao consumidor conhecer de forma rápida a eficiência energética de um equipamento. As etiquetas têm uma parte comum que faz referência à marca, denominação do aparelho e classe de eficiência energética. Têm uma outra parte, que varia consoante o electrodoméstico, que apresenta outras características, segundo a sua funcionalidade. Por exemplo, a capacidade de congelamento para frigoríficos ou o consumo de água para máquinas de lavar roupa.
Existem 7 classes de eficiência, identificadas por um código de cores e letras que vão desde o verde para a letra A, no caso dos equipamentos mais eficientes, até ao vermelho para a letra G, no caso dos equipamentos menos eficientes. A etiqueta energética é regulada a nível europeu por uma normativa composta por diversas Directivas Europeias. + Eficiente
A
B
C
D
E
F
G
- Eficiente
É fundamental saber que o consumo de energia, para desempenhos idênticos, pode chegar a ser quase três vezes superior nos electrodomésticos da classe G, quando comparados com os da classe A. Se a isto, juntarmos o facto de que a maior parte dos equipamentos (com excepção das fontes de luz) têm uma
vida útil que supera os 10 anos, podemos ter uma poupança energética de 780€. Por isso, na hora da compra, há que ter em atenção o consumo energético e escolher, preferencialmente, os de classe A, pois são energeticamente mais eficientes. É muito importante escolher um electrodoméstico adaptado às nossas necessidades. Não basta que seja eficiente, mas também que tenha o tamanho e desempenho ajustado ao que precisamos. Por exemplo, um frigorífico de classe A de 300 litros de capacidade pode gastar mais electricidade do que um de 100 litros de classe G.
17
Este é o electrodoméstico que mais energia consome. Por ter um uso contínuo (apenas se desliga para limpeza ou devido a ausências prolongadas), tem um consumo considerável, ainda que não tenha uma potência elevada: 200 W, face a um secador que pode chegar a atingir potências de 2.000 W. No entanto, o uso que fazemos do secador é inferior, tal como o seu consumo ao longo do ano. O gelo que se forma no interior do frigorífico é isolante e dificulta o arrefecimento. Existem modelos, conhecidos por “no-frost”, ou sem gelo, que têm uma circulação contínua de ar no interior que evita a formação de gelo, resultando numa melhoria da eficiência energética.
etiQueta energÉtica Para eQuiPamentos de frio domÉstico
Energia
Designação ou marca do fabricante/Referência do aparelho
Fabricante Modelo
Mais Eficiente
A
B
Classe de eficiência energética
C
D
Classe A+ e A++
FRIGORíFICO 18
Para os frigoríficos e congeladores aprovaram-se duas novas classes energéticas ainda mais eficientes do que a classe A: a classe A+ que engloba todos aqueles aparelhos que tenham um consumo inferior a 42% do consumo médio de um aparelho equivalente e a classe A++ para todos aqueles com um consumo inferior a 30%.
Menos Eficiente
Consumo de Energia
Etiqueta ecológica europeia
E
F
G
kWh/ano
Com base nos resultados de ensaio normalizado de 24 h
O consumo real varia com as condições de utilização da máquina e com a sua localização
Volume de alimentos frescos L Volume de alimentos congelados L
Nível de ruído [dB(A) re 1 pW] ficha pormenorizada no folheto do produto Norma EN 153, Maio de 1990 Directiva 94/2/CE relativa a etiquetagem de frigoríficos
Consumo anual de energia kWh
Capacidade (I) e número de estrelas Nível de ruído (dB(A))
Bandeira Europeia
Praticamente 32% da electricidade consumida nas habitações portuguesas destina-se à refrigeração e congelação dos alimentos.
conselHos Práticos
1.
Compre frigoríficos com etiqueta energética de classe A+ e A++. Poupam energia e dinheiro.
tabela comParativa de classe de eficiência energÉtica
Consumo de energia em 15 anos (kWh)
Custo económico em 15 anos (ˆ )
Poupança na substituição por um produto de classe A++ (ˆ )
2.
Não compre um equipamento com mais capacidade do que necessita.
a++
2.956
325
-
3.
a+
4.138
455
130
a
5.420
596
271
Coloque o frigorífico ou o congelador num local fresco e ventilado, afastado de possíveis fontes de calor: radiação solar, forno, etc.
b
6.406
705
380
4.
c
8.130
894
569
limpe, pelo menos uma vez por ano, a parte traseira do aparelho.
d
9.855
1084
759
5.
e
10.348
1138
813
Descongele antes que a camada de gelo atinga os 3mm de espessura. Com isto, poderá conseguir poupanças até 30%.
f
11.580
1274
949
6.
g
12.319
1355
1030
Certifique-se que as borrachas das portas estão em boas condições e fecham bem de modo a evitar perdas de frio.
7.
Nunca coloque alimentos quentes no frigorífico. Se os deixar arrefecer no exterior, poupa energia.
8.
Quando tira um alimento do congelador, para consumi-lo no dia seguinte, descongele-o no frigorífico em vez de no exterior. Deste modo, terá ganhos gratuitos de frio.
9.
Abra a porta o menos possível e feche-a rapidamente. Evitará um gasto inútil de energia.
Fonte: Guia Prático de Energia - Consumo Eficiente y Responsable causas Para a Perda de frio 7%
4%
Custo considerado por kWh: 0,11ˆ
Isolamento
8%
Alimentos Junta da porta
13% 68%
Aberturas Outros
10. Ajuste o termostato de forma a manter a temperatura de 5ºC no compartimento do frigorífico e -18ºC no congelador.
19
É um dos electrodomésticos que mais energia consome, correspondendo 90% desse consumo ao aquecimento da água. A etiqueta energética de uma máquina de lavar loiça tem em linha de conta a eficácia da lavagem, da secagem e os consumos de água e energia por lavagem, mensurados no programa económico.
etiQueta energÉtica Para máQuinas de lavar loiÇa Máquina de lavar loiça
Energia
Designação ou marca do fabricante/Referência do aparelho
Fabricante Modelo
Mais Eficiente
A
B
Classe de eficiência energética
C
D
Etiqueta ecológica europeia
E
F
Menos Eficiente Consumo de Energia
G
kWh/ciclo
Com base nos resultados dos ensaios para o ciclo de lavagem padrão recomendado pelo fabricante, com enchimento a água fria
Consumo de energia (kWh) por ciclo padrão
O consumo real de energia dependerá das condições de utilização do aparelho
Eficiência de lavagem A: mais elevada
G: mais baixa
Eficiência de secagem A: mais elevada
G: mais baixa
velocidade de centrifugação Serviços de loiça padrão Consumo de água
l/ciclo
Nível de ruído [dB(A) re 1 pW] ficha pormenorizada no folheto do produto Norma EN 50242 Directiva 97/17/CE relativa a etiquetagem de máquinas de lavar loiça
MÁQUINA DE LAVAR LOIÇA 20
Classe de eficiência de lavagem Classe de eficiência de secagem Capacidade do aparelho e consumo de água (I) Nível de ruído
Bandeira Europeia
CONSELHOS PRÁTICOS
UM CASO PRÁTICO Nesta tabela, podemos verificar a poupança que é possível alcançar, com uma máquina de lavar loiça de classe A ao longo da sua vida útil, face a outra de classe inferior. Classe
Consumo de energia em 10 anos (kWh)
Custo económico em 10 anos (€)
Poupança na substituição por um produto de classe A (€)
A
2.544
280
-
B
2.784
306
26
C
3.240
356
77
D
3.720
409
129
E
4.200
462
182
F
4.680
515
235
G
4.920
541
261
Fonte: Guia Prático de Energia - Consumo Eficiente y Responsable
Custo considerado por kWh: 0,11€
1.
As máquinas com etiqueta energética de classe A poupam dinheiro e energia.
2.
Escolha a capacidade da sua máquina de acordo com as suas necessidades.
3.
Procure utilizar a máquina quando está completamente cheia.
4.
Com meia carga, use programas curtos ou económicos.
5.
Se necessita de passar a loiça por água antes de a meter na máquina, utilize água fria.
6.
Uma boa manutenção melhora o comportamento energético: limpe frequentemente o filtro.
7.
Mantenha sempre cheios os depósitos de abrilhantador e sal, pois reduzem o consumo de energia na lavagem e secagem, respectivamente.
21
A maior parte da energia que consome (entre 80% e 85%) é utilizada para aquecer a água, pelo que é muito importante recorrer a programas de baixas temperaturas. Na etiqueta energética da máquina de lavar roupa aparecem reflectidos a eficácia da lavagem e da centrifugação assim como o consumo de água e de energia por ciclo.
etiQueta energÉtica Para máQuinas de lavar rouPa
Máquina de lavar roupa
Energia
Designação ou marca do fabricante/Referência do aparelho
Fabricante Modelo
Mais Eficiente
A
B
Classe de eficiência energética
C
D
Etiqueta ecológica europeia
E
F
Menos Eficiente
Começam a aparecer no mercado máquinas de lavar roupa de entrada bitérmica (entradas separadas para água quente e fria), as quais reduzem o tempo de aquecimento da água, alcançando uma importante poupança de energia, especialmente associada à utilização de painéis solares térmicos.
Consumo de Energia
kWh/ciclo
Com base nos resultados do ciclo de lavagem normalizado de tecidos de algodão a 60ºC
Eficiência de lavagem A: mais elevada
G: mais baixa
Eficiência de lavagem
Eficiência de centrifugação A: mais elevada
G: mais baixa
velocidade de centrifugação Capacidade (algodão) kg Consumo de água
Nível de ruído [dB(A) re 1 pW]
l
Lavagem Centrifugação
ficha pormenorizada no folheto do produto
22
Consumo de energia (kWh) relativamente a um ciclo a 60ºC
O consumo real de energia dependerá das condições de utilização do aparelho
Norma EN 60466 Directiva 95/12/CE relativa a etiquetagem de máquinas de lavar roupa
MÁQUINA DE LAVAR ROUPA
G
Eficiência de centrifugação Capacidade (algodão) kg e consumo de água (I) Nível de ruído para a lavagem e centrifugação (dB(A)) Bandeira Europeia
UM CASO PRáTICO
conselHos Práticos
Nesta tabela, podemos ver a poupança de energia que se pode obter, ao longo da sua vida útil, com uma máquina de lavar roupa de classe A, face a outra de classe inferior.
1.
Compre máquinas de lavar roupa com etiqueta energética de classe A. Poupará energia e dinheiro.
2.
Aproveite ao máximo a capacidade da sua máquina e coloque-a em funcionamento sempre com carga completa.
3.
Existem no mercado máquinas com programas de meia carga, o que reduz substancialmente o consumo de energia.
4.
As máquinas com sonda de água, que mede a sujidade da mesma, não a renovam enquanto tal não for necessário, reduzindo de forma importante o consumo de água e de energia.
5.
Utilize preferencialmente programas de baixa temperatura.
6.
Aproveite o calor do sol para secar a roupa.
7.
Utiliza-se muito menos energia centrifugando do que utilizando uma máquina de secar roupa.
8.
Use produtos anti-calcário e limpe regularmente de impurezas o filtro da máquina. Assim, não diminuirá o seu desempenho, poupando energia.
9.
Se tem contratada a tarifa bi-horária, procure fazer as lavagens e utilizar a maior parte dos electrodomésticos no período nocturno.
Classe
Consumo de energia em 10 anos (kWh)
Custo económico em 10 anos (ˆ )
Poupança na substituição por um produto de classe A (ˆ )
A
2.508
276
-
B
2.964
326
50
C
3.762
414
138
D
4.560
502
226
E
4.788
527
251
F
5.358
589
314
G
5.700
627
351
Fonte: Guia Prático de Energia - Consumo Eficiente y Responsable
Custo considerado por kWh: 0,11ˆ
Ao substituir uma máquina de classe G por uma de classe A, a poupança ao longo da sua vida útil ascende a 351ˆ , compensando assim o valor da nova.
Embora pouco difundidas, existem no mercado máquinas bitérmicas, com duas entradas de água independentes: uma para a água fria e outra para a quente. Desta forma utiliza-se o sistema de produção de águas quentes da casa, permitindo poupanças de 25% no tempo de lavagem.
23
É um grande consumidor de energia. Assim, recomenda-se que o seu uso seja restrito a situações em que as condições climatéricas não permitam a secagem da roupa ao sol. Em qualquer caso, é conveniente centrifugar a roupa antes de utilizar a máquina de secar. Depois de uma centrifugação a 1.000rpm existe um remanescente de humidade de 60%. Quer isto dizer que se a carga da máquina é de 6kg de algodão, no final da lavagem a roupa contém cerca de 3,5 litros de água que tem que ser eliminada pelo processo de secagem. Por isso, é tão importante centrifugar a roupa o máximo possível para poupar energia durante a secagem. Na etiqueta energética da máquina de secar está indicado se a lavagem é de extracção ou condensação.
MÁQUINA DE SECAR ROUPA 24
etiQueta energÉtica Para máQuinas de secar rouPa
secador de roupa
Energia
Designação ou marca do fabricante/Referência do aparelho
Fabricante Modelo
Mais Eficiente
A
B
Classe de eficiência energética
C
D
Etiqueta ecológica europeia
E
Menos Eficiente
Consumo de Energia
F
G
kWh/ciclo
Com base nos resultados do ciclo normalizado “secagem de tecidos de algodão”
O consumo real varia com as condições de utilização da máquina e com a sua localização
Capacidade (algodão) kg Extracção (Saída de Ar) Condensação
Nível de ruído [dB(A) re 1 pW]
Lavagem Centrifugação
ficha pormenorizada no folheto do produto Norma EN 61121 Directiva 95/13/CE relativa a etiquetagem de secadores de roupa
Consumo de energia (kWh) relativamente a programa de 5kg de algodão Capacidade (kg) Tipo de aparelho Nível de ruído (dB(A)) Facultativo Bandeira Europeia
A secagem pode ser feita por:
UM CASO PRáTICO
•
Nesta tabela, podemos verificar a poupança que é possível alcançar, com uma máquina de secar roupa de classe A ao longo da sua vida útil, face a outra de classe inferior.
EXtrACÇãO: O ar aquecido e húmido é expulso para o exterior de modo a eliminar a humidade e continuar a secagem (Ineficiente).
•
CONDENSAÇãO: O ar quente e húmido da secagem é utilizado num circuito de condensação que elimina a água (Eficiente).
Classe
Consumo de energia em 10 anos (kWh)
Custo económico em 10 anos (ˆ )
Poupança na substituição por um produto de classe A (ˆ )
A
1.672
184
-
B
1.976
217
33
C
2.508
276
92
D
3.040
334
150
E
3.192
351
167
F
3.572
393
209
G
3.800
418
234
Fonte: Guia Prático de Energia - Consumo Eficiente y Responsable
O controlo pode ser por: •
SENSOr DE HUMIDADE: Sistema inteligente que pára o processo quando é atingida a humidade desejada pelo utilizador (Eficiente).
•
tEMPOrIzADOr: O processo pára quando passa o tempo previsto de programação (Ineficiente).
conselHos Práticos
1.
Aproveite ao máximo a capacidade de carga e procure que trabalhe sempre quando completa.
2.
Antes de cada utilização, centrifugue a roupa na máquina de lavar.
3.
Não seque a roupa de algodão e a roupa pesada na mesma carga de secagem.
4.
Periodicamente limpe o filtro da máquina e inspeccione a saída de ventilação para assegurar-se que a mesma não está obstruída.
5.
Use o sensor de humidade para evitar que a sua roupa seque excessivamente.
6.
Se tiver disponível, utilize o programa “passar a ferro”, que não seca a roupa completamente.
Custo considerado por kWh: 0,11ˆ
25
A máquina de lavar e secar combina duas funções num só equipamento. Como máquina de lavar aplicam-se as mesmas melhorias tecnológicas das máquinas de lavar "normais". As recomendações de manutenção são também idênticas. Como máquina de secar, trata-se de um tipo especial de secador por condensação, mais eficiente que um de extracção.
etiQueta energÉtica Para máQuinas de lavar e secar rouPa Máquina de lavar e secar roupa
Energia
Designação ou marca do fabricante/Referência do aparelho
Fabricante Modelo
Mais Eficiente
A
B
Classe de eficiência energética
C
D
Menos Eficiente
Consumo de Energia
Etiqueta ecológica europeia
E
F
G
kWh
Com base nos resultados de ensaio para um ciclo completo (lavagem e secagem de capacidade máxima de 60ºC)
Lavagem (unicamente)
O consumo de energia dependente das condições de utilização do aparelho
Numa máquina de lavar e secar roupa pode-se secar metade da roupa que se pode lavar (6kgs lavados contra apenas 3kgs secos). A sua etiqueta energética, na verdade, unifica 2 etiquetas, com especial atenção para a lavagem.
26
ciclo completo (lavagem + centrifugação + secagem) a 60ºC
Consumo de energia (kWh) para um ciclo completo (lavagem + centrifugação) a 60ºC
Eficiência de lavagem
A: mais elevada G: mais baixa Velocidade de centrifugação
Capacidade
Lavagem
(algodão) kg
Secagem
Eficiência de lavagem Capacidade para a lavagem e secagem (kg)
Consumo de água (total) l
Consumo de água (I)
Nível de ruído [dB(A) re 1 pW]
Nível de ruído (dB(A))
Lavagem Centrifugação Secagem
ficha pormenorizada no folheto do produto Norma EN 50229 Directiva 96/60/CE relativa a etiquetagem de máquinas de lavar/secar roupa
MÁQUINA DE LAVAR E SECAR ROUPA
Consumo de energia (kWh) para um
Bandeira Europeia
Existem 2 tipos de fornos: a gás e eléctricos, sendo que os primeiros são energeticamente mais eficientes.
etiQueta energÉtica fornos elÉctricos
forno eléctrico
Energia
Designação ou marca do fabricante/Referência do aparelho
Fabricante Modelo
Os fornos eléctricos dispõem de etiquetas energéticas que nos permitem saber quais os aparelhos mais eficientes. A sua etiqueta energética distingue entre 3 tipos de tamanho, segundo o volume útil do forno: pequeno, médio e grande. Um forno de classe G consumirá mais do dobro da energia de um forno de classe A.
Mais Eficiente
A
B
Classe de eficiência energética
C
D
Etiqueta ecológica europeia
E
F
Menos Eficiente Consumo de Energia
G
(kWh)
Função de aquecimento: Convencional Convecção focada de ar
Consumo de energia (kWh)
(Com base na carga - padrão)
Volume Útil
litros
Volume útil (I)
Tamanho
Pequeno Médio Grande
Tamanho do compartimento
Nível de ruído [dB(A) re 1 pW] ficha pormenorizada no folheto do produto
Nível de ruído (dB(A))
Bandeira Europeia
Norma EN 50304 Directiva 2002/40/CE relativa a etiquetagem de fornos eléctricos
FORNO 27
conselHos Práticos
28
1.
Procure um forno de classe A.
2.
Não abra o forno desnecessariamente. Cada vez que o faz está a perder no mínimo 20% da energia acumulada no seu interior.
3.
Procure aproveitar ao máximo a capacidade do forno e cozinhe, se tal for possível, o maior número de alimentos.
4.
Normalmente não é necessário pré-aquecer o forno para cozinhados com duração superior a 1 hora.
5.
Apague o forno um pouco antes de acabar de cozinhar: o calor residual será suficiente para acabar o processo.
6.
Os fornos com ventilação interna favorecem a distribuição uniforme de calor, poupam tempo e, portanto, gastam menos energia.
Dependendo da energia que utilizam, podemos distinguir dois tipos de placas: a gás e eléctricas. Estas últimas, por sua vez, podem ser de resistências convencionais, de tipo vitrocerâmico ou de indução. As placas de indução aquecem os alimentos ao gerarem campos magnéticos. São muito mais rápidas e eficientes que as eléctricas.
Numa placa eléctrica, se utilizarmos uma panela aberta e com um fundo com má difusão de calor, implica que para manter em ebulição 1,5 litros de água seja necessária uma potência de 850 W. Numa panela com um fundo que difunda bem o calor, o mesmo exercício requer apenas 150 W.
PLACAS 29
Trata-se de um dos electrodomésticos com maior taxa de crescimento nos últimos anos. Utilizar o microondas em vez do forno tradicional reduz o consumo de energia em cerca de 60% a 70%, para além de uma poupança significativa de tempo.
conselHos Práticos
MICROONDAS 30
1.
Para cozinhar, escolha eficazmente os recursos disponíveis: microondas, fogão e por último, o forno.
2.
Procure que o fundo dos recipientes seja ligeiramente maior do que o bico do fogão de modo a aproveitar o calor ao máximo.
3.
Utilize panelas com fundos de grande difusão de calor.
4.
Sempre que possível, utilize panelas de pressão: consomem menos energia e poupam muito tempo.
5.
tape as panelas durante a cozedura: consumirá menos energia.
6.
Aproveite o calor residual das placas eléctricas, apagando-as uns cinco minutos antes do prato estar pronto.
PEQUENOS DOMéStICOS Os pequenos electrodomésticos que se limitam a realizar alguma acção mecânica (bater, cortar, etc.), com excepção do aspirador, têm geralmente baixas potências. No entanto, os que produzem calor, (ferro, torradeira, secador, etc.) têm potências maiores e, consequentemente, consumos mais significativos.
ElECTRODOMÉSTICOS SEM ETIQUETA ENERGÉTICA
Uma curiosidade: o uso de uma máquina de barbear eléctrica pode significar um consumo de energia menor do que uma barba feita com uma lâmina. tudo depende do tempo que a água estiver aberta, pois o consumo desta implica igualmente um consumo de electricidade, ao accionarem-se bombas de pressão eléctricas que fazem chegar a água à torneira.
conselHos Práticos
1.
Não deixe os aparelhos ligados se tiver que interromper a tarefa (por exemplo, o ferro de engomar).
2.
Aproveite o aquecimento do ferro para passar grandes quantidades de roupa de uma só vez, evitando ligar o ferro muitas vezes para pequenas quantidades de roupa.
3.
A escolha acertada de um pequeno electrodoméstico pode poupar energia, devido ao seu menor consumo energético.
4.
Às vezes, é possível evitar o uso da ventilação, abrindo a janela e provocando correntes de ar naturais. 31
Tal como acontece com os frigoríficos, a potência unitária destes aparelhos é pequena, mas a sua utilização é constante, o que os faz serem responsáveis por um consumo importante de energia. A tendência actual evidencia um aumento da procura de aparelhos de ecrã cada vez maior e com mais potência. Uma televisão em modo de espera (stand-by), pode consumir até 15% do consumo realizado em condições normais. Por isso, em ausências prolongadas ou quando não está a ver televisão, convém apagá-la, no botão de desligar.
TV E EQUIPAMENTOS AUDIOVISUAIS 32
Os audiovisuais representam 9% do consumo eléctrico das famílias portuguesas e, depois dos frigoríficos, são o equipamento de maior consumo a nível global.
conselHos Práticos
1.
Não deixe a sua televisão em modo de espera.
2.
Uma boa ideia é ligar a televisão e todos os equipamentos audiovisuais (sistema de som, DvD, descodificador digital, etc.) a uma ficha múltipla com botão ON e OFF. Ao desligarmos este botão, apagaremos todos os aparelhos, conseguindo-se poupanças superiores a 40 euros por ano.
Na última década, os equipamentos informáticos tiveram um rápido crescimento. O ecrã do computador é o componente que mais energia consome e quanto maior for, mais consumirá. Os ecrãs planos (tFt) consomem menos energia do que os convencionais.
Os equipamentos informáticos com etiqueta Energy Star têm a capacidade de passar ao modo de baixo consumo (estado de repouso) passado algum tempo de não estarem a ser utilizados. Neste estado o seu consumo de energia é apenas 15% do normal.
conselHos Práticos
EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS
1.
Compre equipamentos com sistemas de poupança de energia (símbolo Energy Star) e desligue-os completamente caso preveja ausências superiores a 30 minutos.
2.
Opte por comprar impressoras que imprimam dos dois lados do papel e aparelhos de fax que usem papel comum.
3.
Ao utilizarmos o computador apenas por períodos curtos, podemos desligar somente o ecrã, poupando assim energia. Ao regressarmos, não teremos que esperar que se reinicie o equipamento.
4.
Os ecrãs lCD poupam cerca de 37% de energia em funcionamento e cerca de 40% em modo de espera.
5.
A protecção do ecrã que mais energia poupa é a totalmente negra.
6.
Devem ligar-se vários equipamentos informáticos a uma ficha múltipla com botão de ON e OFF. Ao desligar este botão, desligaremos automaticamente todos os aparelhos, poupando energia.
33
IlUMINAÇÃO
34
A luz faz parte da nossa vida. Por esta razão é uma das necessidades energéticas mais importantes nos nossos lares, representando cerca de 20% da electricidade que consumimos em casa. Para conseguir uma boa iluminação, há que analisar as necessidades de luz de cada uma das zonas da casa, já que nem todos os espaços requerem a mesma luminosidade, nem durante o mesmo tempo, nem com a mesma intensidade. Torna-se fundamental esclarecer a ideia errada, mas muito comum, de associar a luz que uma lâmpada difunde com a quantidade de electricidade necessária para a produzir. Falamos assim de uma lâmpada de 60 a 100 watts como sinónimo de lâmpadas que produzem uma certa luminosidade, quando na realidade, o "watt" é uma medida de potência e a luz tem a sua própria unidade de medida: "o lumen". A eficácia luminosa de uma lâmpada é a quantidade de luz emitida por unidade de potência eléctrica (W) consumida. Mede-se em “lumens por watt” e permite comparar a eficiência de diferentes fontes de luz. A eficácia luminosa das lâmpadas incandescentes situa-se entre os 12 lm/W e os 20 lm/W, sendo que, para as lâmpadas fluorescentes, a eficácia situa-se entre os 40 lm/W e os 100 lm/W.
EXISTEM DIFERENTES TIPOLOGIAS DE LÂMPADAS 1.
Lâmpadas incandescentes: A luz produz-se pela passagem da corrente eléctrica através de um filamento metálico, com grande resistência. São as que apresentam maior consumo eléctrico, as mais baratas e as de menor duração (1.000 horas).
2.
Lâmpadas de halogéneo: Têm o mesmo princípio das anteriores. Caracterizam-se por uma maior duração e pela qualidade especial da sua luz. Existem lâmpadas de halogéneo que necessitam de um transformador. Os do tipo electrónico diminuem as perdas de energia, quando comparados com os tradicionais, e o consumo final de electricidade (lâmpada mais transformador) pode ser até 30% inferior ao das lâmpadas convencionais.
3. Lâmpadas fluorescentes tubulares: Baseiam-se na emissão luminosa que alguns gases como o flúor emitem quando submetidos a uma corrente eléctrica. A eficácia luminosa é assim muito maior do que no caso das lâmpadas incandescentes, pois neste processo produz-se menos calor e a electricidade destina-se, em maior proporção, à obtenção da própria luz. São mais caras do que as lâmpadas incandescentes, mas consomem até menos 80% de electricidade que estas para a mesma emissão luminosa e têm uma duração entre 8 a 10 vezes superior. 4. Lâmpadas de baixo consumo: São pequenos tubos fluorescentes que têm sido progressivamente adaptados a vários tamanhos, formas
e suportes (casquilhos) das lâmpadas a que estamos normalmente habituados. Por esta razão, as lâmpadas de baixo consumo são também conhecidas por compactas. São mais caras que as tradicionais, se bem que a sua poupança em electricidade permite amortizar um maior investimento muito antes de terminar o seu tempo de vida útil (entre 8.000 e 10.000 horas). Duram oito vezes mais que as lâmpadas tradicionais e proporcionam a mesma luz, poupando cerca de 80% de energia quando comparado com as incandescentes. Por isso, o seu uso é recomendável. Em locais onde o acender e apagar seja muito frequente, não é recomendável o uso de lâmpadas de baixo consumo convencionais, isto porque a sua vida útil será reduzida de forma significativa. 35
As lâmpadas convencionais incandescentes só aproveitam em iluminação cerca de 5% da energia eléctrica que consomem. Os restantes 95% são transformados em calor, sem aproveitamento luminoso.
Instalações em condomínios
UM CASO PRÁTICO Lâmpada convencional a substituir
Lâmpada de baixo consumo com a mesma intensidade de luz
Poupança em kWh durante a vida de uma lâmpada
Poupança em custo de electricidade durante a vida de uma lâmpada (€)
25 W
5W
160
18
40 W
9W
248
27
60 W
11 W
392
43
75 W
15 W
480
53
100 W
20 W
640
Fonte: Guia Prático de Energia - Consumo Eficiente y Responsable
36
70 Custo considerado por kWh: 0,11€
Podem-se conseguir poupanças energéticas, criando-se sectores de iluminação de forma a que se acendam somente as luzes do espaço onde se encontra. Nas zonas de passagem, como escadas ou halls, é importante utilizar sistemas temporizados ou detectores de presença que accionem automaticamente as luzes.
conselHos Práticos
nÃo se esQueÇa
1.
Sempre que possível, utilize luz natural.
•
2.
Prefira cores claras nas paredes e tectos. Aproveitará melhor a iluminação natural e poderá reduzir a artificial.
3.
Não deixe luzes acesas em divisões que não estão a ser utilizadas.
Os equipamentos com a etiqueta energética A, A+ ou A++ são os mais eficientes e, ao longo da sua vida útil, poderão trazer poupanças significativas na factura de electricidade.
4.
reduza ao mínimo a iluminação ornamental em zonas exteriores (jardins, etc.).
•
Não escolha aparelhos com maior potência do que aquilo que necessita. Estará a gastar dinheiro e energia.
5.
Mantenha limpas as lâmpadas e respectivas protecções ou ornamentos. terá mais luminosidade, sem aumentar a potência.
•
A manutenção adequada e a limpeza dos electrodomésticos, prolonga a sua vida e poupa energia.
6.
Substitua as lâmpadas incandescentes pelas de baixo consumo. Para um nível idêntico de iluminação, poupam até 80% de energia e duram 8 vezes mais. Na substituição, dê prioridade às que têm mais uso.
•
7.
Adapte a iluminação às suas necessidades e dê preferência à que é localizada. Para além de poupar, conseguirá ambientes mais confortáveis.
O frigorífico e a televisão são os electrodomésticos de maior consumo global, apesar de terem potências unitárias inferiores a outros electrodomésticos, tais como as máquinas de lavar roupa, loiça ou o ferro eléctrico.
•
é recomendável desligar a televisão e ter todos os aparelhos em modo de repouso quando não estão em uso.
8.
Coloque reguladores de intensidade luminosa electrónicos. Poupará energia.
•
9.
Use lâmpadas tubolares fluorescentes onde necessite de luz por muitas horas, como por exemplo, na cozinha.
Escolha computadores e impressoras que tenham modo de poupança de energia.
•
Nos pontos de luz que estejam acesos mais do que uma hora por dia, instale lâmpadas de baixo consumo ou tubolares fluorescentes.
10. Nos halls, garagens ou zonas comuns, coloque detectores de presença para que as luzes se acendam e apaguem automaticamente.
37
AQUECIMENTO
38
SISTEMAS DE AQUECIMENTO Cerca de 15% do consumo de electricidade de uma família portuguesa é destinado ao aquecimento ambiente.
É importante que escolhamos caldeiras de maior rendimento. Atendendo ao tipo de combustão, as caldeiras podem ser:
A zona climática, o tipo de uso que se dá à habitação, o custo dos diferentes sistemas e equipamentos podem condicionar as nossas escolhas.
•
Atmosféricas: quando a combustão se realiza em contacto com o ar da divisão em que está colocada.
•
Estanques: quando a admissão de ar e a extracção de gases têm lugar numa câmara fechada, sem qualquer tipo de contacto com o ar da divisão onde se encontra instalada. Têm melhor rendimento que as caldeiras atmosféricas.
Sistema de aquecimento central Sistema destinado ao aquecimento das divisões, pode ainda produzir água quente para uso doméstico. Os sistemas mais comuns de aquecimento central são compostos pelos seguintes elementos: 1. Gerador de calor: geralmente uma caldeira, na qual a água é aquecida até uma temperatura próxima dos 90ºC. 2. Unidades de regulação e controlo: servem para adequar a resposta do sistema às necessidades de aquecimento, procurando que se alcancem, mas não se ultrapassem, as temperaturas de conforto pré-estabelecidas. 3. Sistema de distribuição e emissão de calor: composto por tubagens, bombas e radiadores, no interior dos quais a água circula distribuindo o calor.
CALDEIRAS Para as caldeiras domésticas (entre 4 e 400 kW de potência) e que utilizem combustíveis líquidos ou gasosos, existe um sistema de catalogação por estrelas que compara os rendimentos energéticos.
Destacam-se também as caldeiras com modelação automática da chama. Este sistema minimiza os arranques e paragens da caldeira, poupando energia ao adequar continuamente o calor produzido às necessidades reais, mediante o controlo da potência térmica produzida (potência da chama).
Define-se numa escala de uma a quatro estrelas. Quanto maior for a caldeira maior será a sua eficiência.
Além das caldeiras normais, existem no mercado outro tipo de caldeiras com rendimentos superiores: •
Caldeiras de temperatura variável
•
Caldeiras de condensação
Apesar de serem mais caras que as convencionais (até ao dobro do preço), podem produzir poupanças de energia superiores a 25%, recuperando-se desta forma o seu investimento adicional. 39
O aquecimento central colectivo, é do ponto de vista energético e económico, um sistema muito mais eficiente que o de aquecimento individual.
RADIADORES
SISTEMA DE PISO RADIANTE
Os radiadores são os elementos onde é feita a troca de calor entre a água aquecida e o espaço que se quer aquecer. São fabricados em chapa, alumínio ou aço.
Os radiadores de água quente podem ser substituídos por uma serpentina em tubo flexível onde circula água quente, estando o mesmo embutido no chão das divisões. Desta forma, o solo converte-se em emissor de calor. A temperatura a que tem que se aquecer a água é muito inferior (normalmente entre os 35ºC e os 45ºC) face a um sistema de aquecimento tradicional.
A melhor colocação dos radiadores, por motivos de conforto, é por baixo das janelas, fazendo coincidir a longitude do radiador com a da janela, de modo a favorecer a correcta difusão do ar quente pela divisão aquecida.
40
Num bloco de apartamentos, um sistema de aquecimento central colectivo apresenta vantagens importantes quando comparado com um individual: o rendimento de uma caldeira de maior capacidade e potência é superior ao das pequenas caldeiras, pelo que o consumo de energia é inferior. Consegue-se aceder a tarifas mais económicas para os combustíveis e o custo de instalação colectiva é inferior à soma dos custos das instalações individuais.
Sistemas eléctricos RADIADORES E CONVECTORES ELÉCTRICOS
São equipamentos independentes nos quais o aquecimento se realiza mediante resistências eléctricas. Do ponto de vista de eficiência energética, não são aconselháveis. PISO RADIANTE ELÉCTRICO
Tal como no caso anterior, o aquecimento faz-se com o passar da corrente eléctrica por um fio ou resistência (efeito "Joule"). Estas soluções eléctricas não são tão económicas. SISTEMA DE BOMBA DE CALOR
Sendo na sua generalidade equipamentos independentes, são mais recomendáveis os sistemas centralizados, nos quais o calor transferido pela bomba de calor é distribuído por uma rede de condutas de ar e difusores (o mais comum), ou mediante a passagem de ar por entre tubos com água quente (fan-coils). A vantagem do sistema é a sua alta eficiência: por cada kWh de calor de electricidade consumida, transfere-se entre 2 a 4 kWh de calor. Para além disso, a bomba de calor permite, não apenas aquecer a habitação, mas igualmente arrefecê-la. O seu inconveniente dá-se quando as temperaturas exteriores são muito baixas, pela dificuldade em captar o calor necessário para aquecer o interior.
Nestes casos, alguns equipamentos recorrem a resistências eléctricas de apoio. Os aparelhos do tipo “inverter”, que regulam a potência por variação da frequência eléctrica, poupam energia e são mais eficazes com baixas temperaturas exteriores. AQUECIMENTO ELÉCTRICO POR ACUMULAÇÃO
Este sistema costuma estar associado à contratação da tarifa bi-horária, mediante a qual se obtêm descontos no preço do kWh consumido durante a noite. O calor é armazenado num núcleo de placas de acumulação, ficando disponível para aquecer a casa de acordo com as necessidades, sem um consumo energético adicional até ao início do próximo período de carga, na noite seguinte. O aquecimento eléctrico por acumulação tem o inconveniente da recarga estar relacionada com o período nocturno anterior, não se podendo adaptar às condições de cada dia, pelo que poderá existir um excedente de calor ou a recarga não ser suficiente para as necessidades.
A REGULAÇÃO DO AQUECIMENTO As necessidades de aquecimento de uma habitação são inconstantes, tanto ao longo do ano, como ao longo do dia, pois existem oscilações de temperatura diária não sendo necessária a mesma em todas as divisões de uma habitação. Naquelas que se utilizem de dia (zona de dia), a temperatura deverá ser maior do que nos quartos (zona de noite). Há igualmente espaços, como a cozinha, que têm as suas próprias fontes de calor e que requerem menos aquecimento. Por isso, é muito importante dispor de um sistema de regulação de aquecimento que adapte as temperaturas da habitação às nossas necessidades.
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A temperatura de conforto no Inverno A temperatura a que programamos o aquecimento condiciona o consumo de energia do próprio sistema. Cada grau de temperatura que aumentamos, implica igualmente um acréscimo do consumo de energia em aproximadamente 7%. Ainda que a sensação de conforto seja subjectiva, pode-se assegurar que uma temperatura entre os 19ºC e os 21ºC é suficiente para a maioria das pessoas. Para além disso, durante a noite, nos quartos basta ter uma temperatura de 15ºC a 17ºC para nos sentirmos confortáveis.
Em condições normais, é suficiente ligar o aquecimento durante a manhã. Durante a noite, excepto em zonas muito frias, deve apagar-se o mesmo, já que o calor acumulado na habitação costuma ser mais do que suficiente (especialmente se se fecharem persianas e cortinas).
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Nos casos em que a habitação esteja vazia durante um elevado número de horas, é importante considerar a substituição do termostato normal por um programável, em que se pode fixar as temperaturas em diferentes ciclos horários, inclusivé fins de semana ou dias específicos.
CONSELHOS PRÁTICOS
1.
Uma temperatura de 20ºC é suficiente para manter o conforto numa habitação. Nos quartos a temperatura pode variar entre os 15ºC e os 17ºC.
2.
Ligue o aquecimento só após ter arejado a casa e fechado as janelas.
3.
As válvulas termostáticas em radiadores e os termostatos programáveis são soluções práticas, fáceis de instalar e que podem amortizar rapidamente o investimento realizado através de importantes poupanças de energia (entre 8% e 13%).
4.
Se se ausentar por umas horas, reduza a posição do termostato para os 15ºC (o modo de “economia” de alguns modelos corresponde a esta temperatura).
5.
Não espere que os aparelhos se degradem. Uma manutenção adequada da caldeira individual poupar-lhe-á até 15% em energia.
6.
No caso dos radiadores a água, o ar que possam conter no seu interior dificulta a transmissão de calor da água quente para o exterior. É conveniente purgar este ar, pelo menos uma vez por ano, no início da utilização. No momento em que deixe de sair ar e passe apenas a sair água, a purga estará feita.
7.
Não cubra os radiadores nem encoste nenhum objecto, pois dificultará a adequada difusão do ar quente.
8.
Para ventilar completamente uma habitação é suficiente abrir as janelas por um período de 10 minutos. Não é necessário mais tempo para a renovação do ar.
9.
Feche as persianas e cortinas durante a noite para evitar perdas de calor significativas.
É importante saber a quantidade de calor que se necessita para manter a casa a uma temperatura confortável. Tal depende, em boa medida, do seu nível de isolamento térmico. Uma casa mal isolada, necessita de mais energia. No Inverno, arrefece mais rapidamente e pode apresentar condensações no interior. No Verão, aquece mais e em menos tempo.
é através da cobertura exterior de um edifício que se perde ou ganha calor, se esta não estiver bem isolada. Por essa razão, os sótãos são geralmente mais frios no Inverno e mais quentes no verão. De qualquer forma, um bom isolamento das paredes, mesmo as que separam habitações contíguas, para além de diminuir os ruídos, evita perdas de calor. Mas o calor pode sair por muitos outros sítios, principalmente, pelas janelas e superfícies vidradas, molduras das portas e das janelas, caixas de persianas de enrolar sem isolamento, tubos e condutas, chaminés, etc. Por isso, é muito importante dispor de um sistema de regulação de aquecimento que adapte as temperaturas da habitação às nossas necessidades.
O ISOLAMENTO 43
JANElAS Cerca de 25% a 30% das nossas necessidades de aquecimento são devidas às perdas de calor que se originam nas janelas. O isolamento térmico de uma janela depende da qualidade do vidro e do seu caixilho. Os sistemas de vidro duplo ou janela dupla reduzem praticamente para metade as perdas de calor, face ao vidro normal, para além de diminuirem as correntes de ar, a condensação de água e a formação de gelo. O tipo de moldura é igualmente determinante. Alguns materiais como o ferro ou o alumínio caracterizam-se pela sua alta condutividade térmica, pelo que permitem a passagem do frio ou do calor com muita facilidade. São de destacar as caixilharias denominadas com corte térmico, as quais contêm material isolante entre a parte interna e externa.
44
conselHos Práticos
1.
Se vai construir ou reconstruir uma habitação não poupe nos isolamentos de todos os acabamentos exteriores. Ganhará em conforto e poupará dinheiro em climatização.
2.
Instale janelas com vidro duplo ou janelas duplas e caixilharias com corte térmico.
3.
Descubra as correntes de ar. Por exemplo, num dia de muito vento, coloque uma vela acesa junto às janelas, portas, condutas ou qualquer outro lugar por onde possa passar o ar exterior. Se a chama oscilar, localizou um ponto onde se produzem infiltrações de ar.
4.
Para tapar fugas ou diminuir as infiltrações de ar de portas e janelas, pode utilizar materiais fáceis e baratos como o silicone, massa ou fitas isolantes.
O ar condicionado é também um dos equipamentos mais adquiridos nos últimos anos. Ao contrário do que acontece no caso dos aquecimentos, são muito poucas as casas que são construídas com instalações centralizadas de ar condicionado. Isto provoca que a maioria das instalações seja composta por elementos independentes, sendo particularmente raras as instalações centralizadas ou colectivas, que são muito mais eficientes e evitam o problema de ter que colocar os aparelhos nas fachadas dos prédios.
AR CONDICIONADO
tIPO DE APArElHO DE Ar CONDICIONADO •
Monoblocos convencionais, (instalação em janela), compostos por uma só unidade, geralmente com dimensões mais pequenas que os outros tipos de aparelhos, o que pode prejudicar a eficácia. Consomem mais energia que os split.
•
Unidades portáteis convencionais; semelhantes aos monoblocos mas portáteis. São modelos de pequenas dimensões, o que os torna menos eficazes.
•
Split, os modelos mais comuns, são compostos por duas unidades: uma para colocar no interior e outra no exterior da habitação. Existem modelos que apenas permitem arrefecer o ar ou adicionalmente, aquecê-lo, quando equipados com bomba de calor.
•
Multi-split, compostos por uma unidade para colocação no exterior e várias para o interior da habitação, o que permite ter ar condicionado em várias divisões da casa.
Para o mesmo nível de desempenho, há aparelhos que consomem até mais 60% de electricidade do que outros. 45
Superfície a refrigerar (m2)
Potência de refrigeração (kW)
9-15
1.5
A etiqueta energética dos equipamentos de ar condicionado, contém a seguinte informação: • Consumo anual de energia.
15-20
1.8
•
A capacidade de arrefecimento.
20-25
2.1
•
25-30
2.4
30-35
2.7
Os coeficientes de eficiência energética em frio (EEr) ou calor (COP), e respectivas medidas de eficiência (conforme existam).
35-40
3.0
40-50
3.6
•
50-60
4.2
Os aparelhos com EEr ou COP elevados são os mais eficientes no desempenho e na poupança de energia.
tabela orientativa Para eleger a Potência de refrigeraÇÃo de um eQuiPamento de ar condicionado
é importante deixar-se aconselhar por um profissional qualificado sobre o tipo de equipamento e potência que melhor responde às suas necessidades de frio e/ou calor. Dependendo das características da habitação a climatizar, se a habitação é muito solarenga, ou no caso de um sótão, devemos incrementar os valores da anterior tabela em 15%. Por outro lado, os materiais de construção, a orientação da nossa casa e o desenho da mesma, influenciam em grande medida as necessidades de climatização.
Os aparelhos do tipo “inverter” consomem entre 20 a 30% menos de electricidade que os aparelhos ditos convencionais, constituindo uma solução eficiente.
conselHos Práticos
1.
Na hora da compra, aconselhe-se com profissionais.
2.
Fixe a temperatura de refrigeração nos 25ºC.
3.
Quando ligar o aparelho de ar condicionado, não ajuste a temperatura para um valor mais baixo do que o normal: não arrefecerá a casa de forma mais rápida, podendo o arrefecimento ser excessivo e, por isso, resultar num gasto desnecessário.
4.
Instalar toldos, fechar as persianas e correr as cortinas são sistemas eficazes para reduzir a subida de temperatura nas nossas casas.
5.
No verão, areje a casa quando o ar da rua estiver mais fresco (primeiras horas da manhã ou à noite).
6.
Uma ventoínha, especialmente de tecto, pode ser suficiente para manter um nível adequado de conforto.
7.
é importante colocar os aparelhos de ar condicionado em locais que não sejam atingidos pelo sol, bem como onde haja uma boa circulação de ar. No caso das unidades condensadoras encontrarem-se colocadas no telhado, é recomendável criar um sistema de sombreamento.
8.
As cores claras em tectos e paredes exteriores reflectem a radiação solar evitando, assim, o aquecimento dos espaços interiores.
É possível conseguir poupanças superiores a 30%, caso se instalem toldos nas janelas mais expostas ao sol e isolando adequadamente paredes e tectos.
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รกGUA QUENTE
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A produção de água quente, é o segundo maior factor de consumo de energia nas nossas casas: 26% do consumo energético total.
Existem dois tipos principais de sistemas de águas quentes sanitárias: • Sistemas instantâneos •
Sistemas de acumulação
Os sistemas instantâneos aquecem a água ao mesmo tempo em que tal é solicitado. É o caso dos esquentadores a gás, eléctricos ou das caldeiras murais. O seu inconveniente é que, até que se atinja a temperatura desejada, desperdiça-se uma quantidade considerável de água e energia, tanto maior quanto a distância entre o sistema de aquecimento e o ponto de consumo. Outra desvantagem importante é que cada vez que queremos água quente, colocamos o equipamento em funcionamento. Este “pára-arranca” do sistema incrementa consideravelmente o consumo, bem como deteora o equipamento.
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Por outro lado, apresentam igualmente prestações muito limitadas no abastecimento de dois pontos de consumo em simultâneo. Apesar disto, os sistemas instantâneos continuam a ser os mais habituais na produção de água quente. Os sistemas de acumulação podem ser subdivididos em dois tipos: • Equipamento que aquece a água (por exemplo, uma caldeira ou uma bomba de calor) e termoacumulador. •
Termoacumuladores de resistência eléctrica.
Os sistemas de caldeira com acumulador integrado, são os mais utilizados entre os sistemas de produção centralizada de água quente. A água, uma vez aquecida, é armazenada para uso posterior, num tanque acumulador isolado. Estes sistemas apresentam inúmeras vantagens: • Evitam os permanentes “pára-arranca”, passando a trabalhar de forma contínua e, portanto, mais eficiente. •
A água quente acumulada permite utilizações simultâneas mantendo os níveis de conforto.
Os termoacumuladores de resistência eléctrica são um sistema pouco recomendável do ponto de vista energético e financeiro. Quando a temperatura da água contida baixa a um determinado nível, entra em funcionamento uma resistência auxiliar. É, por isso, importante que o termoacumulador, para além de estar bem isolado, seja apenas utilizado quando é realmente necessário, através de um relógio programador.
CONSELHOS PRÁTICOS
NÃO SE ESQUEÇA
1.
Os sistemas com acumulação de água quente são mais eficientes que os sistemas de produção instantânea e sem acumulação.
•
Um bom isolamento é a base da poupança em climatização.
2.
É muito importante que os acumuladores e as tubagens de distribuição de água quente estejam bem isolados.
•
O aquecimento representa quase metade da energia que consumimos em casa.
•
Os telhados e as janelas são responsáveis pela saída do calor interior no Inverno assim como pela entrada do calor exterior no Verão.
•
Evite fugas e o pingar das torneiras. O simples gotejar de uma torneira pode significar uma perda de 100 litros de água por mês.
É importante ajustar a temperatura do aquecimento às necessidades reais de cada zona da nossa habitação.
•
Para a produção de água quente são aconselháveis os sistemas com acumulação.
5.
Coloque nas torneiras redutores de caudal de água.
•
6.
Os reguladores de temperatura com termostato, principalmente no duche, podem poupar entre 4% a 6% de energia.
Analisar e comparar anualmente os consumos de energia, é uma mais valia que permite realizar propostas de melhoria energética e controlar os custos.
•
Uma temperatura entre os 30ºC e os 35ºC é mais do que suficiente para ter uma sensação de conforto na higiene pessoal.
A soma de uma correcta manutenção e um bom sistema de regulação permite poupanças totais superiores a 20% nos serviços comuns.
•
Em geral, os sistemas eléctricos de aquecimento e produção de água quente sanitária não são recomendáveis do ponto de vista energético. Dentro das variantes de aquecimento eléctrico, os sistemas mais adequados são a bomba de calor e a acumulação com tarifa bi-horária. Os menos adequados são os elementos individuais (radiadores eléctricos, convectores, etc.) distribuídos pelas habitações.
3.
4.
7.
Um duche pode consumir cerca de quatro vezes menos água que um banho de imersão. Tenha isso em conta.
8.
Troque as torneiras independentes de água fria e água quente por aquelas que misturam as águas de diferentes temperaturas.
9.
Os sistemas de duplo botão ou de descarga parcial para o autoclismo, poupam uma grande quantidade de água.
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A CASA NOVA
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O conforto de uma casa fica comprometido por vários factores, tais como, maus acabamentos, isolamentos inadequados ou insuficientes assim como instalações de aquecimento, água quente e ar-condicionado de menor qualidade. Por fim, os elevados custos da factura energética aumentarão também, o desconforto. A avaliação das características de construção e dos sistemas de aquecimento e arrefecimento é especialmente importante quando se compra uma casa nova. É fundamental que, para além do aspecto agradável da habitação e do seu custo de aquisição, também sejam tidos em conta os pré-requisitos de eficiência energética.
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CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA DAS CASAS
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Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) Numa óptica de eficiência energética, é urgente incentivar a integração dos princípios de racionalização de energia nos edifícios em construção ou reabilitação de forma a evitar que os consumos energéticos aumentem drasticamente. O principal objectivo do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar dos Edifícios (SCE) é o de melhorar o desempenho energético dos edifícios e tem como base o seguinte plano de acções: Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar nos Edifícios (SCE) Implementação faseada do Sistema de Certificação Energética de acordo com o definido na respectiva regulamentação legal, nomeadamente: . 1ª fase - a partir de 1 de Julho de 2007 aos novos grandes edifícios de habitação e de serviços (>1.000 m2) ou grandes remodelações. . 2ª fase - a partir de 1 de Julho de 2008 a todos os edifícios novos de habitação e serviços independentemente da área ou fim. . 3ª fase - a partir de 1 de Janeiro de 2009 aos edifícios existentes para habitação e serviços, aquando da celebração de contratos de venda e locação ou cuja área seja superior a 1.000 m2.
Eficiência nos edifícios residenciais
Eficiência nos Serviços
Alinhamento progressivo da fiscalidade com a classe de eficiência energética dos edifícios: . Em sede de IRS, bonificação em 10% dos benefícios associados ao crédito habitação para edifícios classe A/A+.
Obrigatoriedade para edifícios > 1.000 m2: . Realização de auditoria energética de 6 em 6 anos e inspecções periódicas a caldeiras e sistemas de ar condicionado. . Plano de manutenção e técnico responsável pelo bom funcionamento dos sistemas de climatização.
Acesso a crédito bonificado para implementação das medidas de eficiência energética e reabilitação previstas no certificado energético. Incentivo à bonificação de Licença de Construção que prevejam a edificação de edifícios classe A ou superior.
Dinamização da instalação de sistemas de monitorização e gestão de energia: . Obrigatória em equipamentos com potência > 100kW (monitorização) e 200kW (gestão). Incentivo à cogeração através da dinamização de estudos de viabilidade: . Obrigatória para edifícios > 10000 m2 dos sectores de saúde, turismo e comércio. Regulamentação sobre iluminação com máximo de W/m2 consoante as utilizações
Residencial: 200 mil fogos/ano certificados Serviços: 20 mil fracções/ano certificadas
1 em cada 15 lares com classe energética eficiente (B- ou superior)
30% do parque > B- em 2015 50% das grandes reparações A
Mediante a certificação energética, os proprietários podem conhecer a qualidade energética de uma casa antes de a comprarem e os promotores e construtores terão tendência a utilizar componentes estruturais e equipamentos de maior qualidade. A face mais visível deste trabalho é o Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior emitido por um perito qualificado para cada edifício ou fracção autónoma, onde o mesmo será classificado em função do seu desempenho numa escala predefinida de 9 classes (A+ a G). Uma fracção que cumpra os mínimos exigidos pelos novos regulamentos será enquadrada na classe energética “B -”. Nos edifícios existentes, o certificado energético proporciona informação sobre as medidas de melhoria de desempenho energético e da qualidade do ar interior, com viabilidade económica, que o proprietário pode implementar para reduzir as suas despesas energéticas, bem como para assegurar uma boa qualidade do ar interior, isento de riscos para a saúde pública e potenciador de conforto e produtividade. É importante, na altura da compra ou arrendamento de uma casa, analisar as respectivas características ambientais e tecnológicas desejadas. Apresentam-se algumas informações úteis que podem ajudar na decisão.
Fonte: PNAEE – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética
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Se vai construir uma casa ou tem capacidade de decisão sobre a sua construção, convém saber que pode poupar na factura energética se tiver em conta determinados aspectos de construção, nomeadamente a localização do edifício e o microclima em que este se integrará. Poderá assim adaptar o imóvel à envolvência em que será construído.
Objectivos da arquitectura bioclimática: 1. limitar as perdas de energia do edifício, orientando-o e desenhando adequadamente a sua forma, bem como organizar os espaços interiores e utilizar envolventes protectores. 2. Optimizar a orientação solar, mediante superfícies vidradas e utilizando sistemas passivos de captação solar. 3. Utilizar materiais de construção que requeiram pouca energia na sua transformação ou fabrico.
ASPECTOS BIOCLIMÁTICOS 54
FOrMA E OrIENtAÇãO A forma desempenha um papel essencial nas perdas de calor de um edifício. Em linhas gerais, pode-se dizer que as estruturas compactas e com formas arredondadas têm menos perdas de energia do que aquelas que têm inúmeras cavidades recolhidas ou salientes. A orientação das paredes e das janelas de um edifício pode influenciar os ganhos ou perdas de calor. Em zonas frias, interessa que as paredes de maiores dimensões, superfícies envidraçadas e as divisões com maior uso, estejam orientadas a sul e sudoeste. Em zonas de muito calor, devem ser orientadas a norte.
Acabamentos exteriores e envolventes do edifício Actuando sobre o exterior do edifício é possível captar, conservar e armazenar recursos energéticos. As superfícies envidraçadas, átrios e pátios, se possuírem uma correcta orientação, permitem que a radiação solar penetre directamente no espaço, o que garantirá uma poupança no aquecimento durante o Inverno. No Verão, os elementos de sombreamento, como toldos e persianas, também podem evitar calor excessivo e o uso de ar condicionado.
Paisagismo
Iluminação natural
As árvores, arbustos e trepadeiras colocados em lugares adequados, não só melhoram a estética e a qualidade ambiental, como proporcionam sombra e protecção do vento. Por outro lado, a água que se evapora durante a actividade fotossintética arrefece o ar e pode conseguir um ligeira descida da temperatura, que pode variar entre os 3ºC e 6ºC nas zonas arborizadas. Paralelamente, as árvores de folha caduca, oferecem um excelente grau de protecção do sol no Verão, ao passo que no Inverno permitem que o sol aqueça a casa. Adicionalmente, se rodearmos o edifício com plantas, em vez de pavimento de cimento, alcatrão ou similares, podemos diminuir a acumulação de calor.
A luz natural que entra em casa depende, não só, da iluminação exterior mas também dos obstáculos existentes, da orientação da fachada, espessura das paredes, do tipo de vidros e dos elementos de sombreamento existentes (persianas e toldos).
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Além da captação directa da energia solar a partir dos elementos estruturais dos edifícios, existem outras possibilidades de aproveitar as energias renováveis em nossa casa, mediante a utilização de equipamento específico capaz de transformar em energia útil, a proveniente do sol ou do vento. Os mais comuns são os painéis solares e as caldeiras da biomassa.
Em Portugal, existe o Programa “renováveis na Hora”, que tem como principal objectivo promover a substituição do consumo de energia não renovável por energia renovável através de uma maior facilidade no acesso a tecnologias de micro-geração e de aquecimento solar. O uso generalizado das energias renováveis não se justifica apenas por uma poupança de energia e rentabilidade económica. Contribui, igualmente, para melhorar o meio ambiente.
ENERGIAS RENOVÁVEIS EM CASA
Com um simples registo on-line, o consumidor pode iniciar “na hora” a construção de uma unidade de microprodução. toda a informação está disponível em www.renovaveisnahora.pt
Renováveis na Hora: Micro-geração
Renováveis na Hora: Programa Solar Térmico
Sistema simplificado de registo para instalação de micro-geração renovável até 5kW: . 10MW por ano a crescer 20%/ano.
Campanhas de divulgação Programa "Renove - Solar Térmico": . Apoio à revitalização de equipamentos de solar térmico existentes.
Obrigatoriedade de instalação 2m2 de solar térmico para aceder à tarifa bonificada: . Estimado em cerca de 1m2. por kW instalado.
Programa de incentivos para instalação de novo solar térmico: . Benefício fiscal até 30% do investimento em sede de IrS
Isenção de licenciamento camarário para pequenas instalações.
Obrigatoriedade de instalação de solar térmico nos novos edifícios. Programas orientados a segmentos específicos: . Habitações Sociais; Piscinas e Balneários; Condomínio Solar.
165 MW de capacidade instalada
1 em cada 15 edifícios com Solar térmico
Fonte: PNAEE – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética 56
O correcto dimensionamento do sistema e uma manutenção adequada, garantem uma elevada produção e uma durabilidade significativa que pode superar os vinte anos, sempre com um bom desempenho. A energia solar térmica integra-se nos novos edifícios como uma instalação adicional que pode garantir uma parte importante das necessidades de água quente sanitária, aquecimento e refrigeração.
Energia solar TÉRMICA A sua principal aplicação é a produção de água quente sanitária. No entanto, pode ser um interessante complemento de apoio ao aquecimento, sobretudo para sistemas que utilizem água a menos de 60ºC, tal como sucede com os sistemas de piso radiante. Em todos os casos, os sistemas de energia solar térmica necessitam de um apoio de sistemas convencionais para produção de água quente (caldeira a gás, caldeira a gasóleo, etc.).
A refrigeração com energia solar é uma das aplicações com mais futuro, já que as épocas de maior radiação solar coincidem com o período de maior necessidade de refrigeração. Os sistemas solares nunca se devem desenhar de forma a responder a 100% das exigências, visto pressupor instalar um sistema capaz de atender às necessidades nas épocas de maior consumo, permanecendo o excesso dos colectores sem uso nas épocas de menor consumo. Um sistema solar térmico, como qualquer outra instalação num edifício, deve ter uma manutenção adequada, realizada por técnicos credenciados.
Energia solar FOTOVOLTAICA A descoberta do efeito fotovoltaico permitiu converter a energia libertada pelo sol, sob a forma de radiação solar, directamente em energia eléctrica. As primeiras aplicações significativas foram realizadas em casas isoladas e sistemas de bombagem. No entanto, o desenvolvimento do sector deu-se com as instalações ligadas à rede, que permitiram o crescimento exponencial da capacidade de produção e da potência instalada a nível mundial.
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TIPOS DE BIOMASSA
As utilizações são crescentes e cada vez mais diversificadas. Podem estabelecer-se dois grandes grupos: •
•
58
Instalações isoladas da rede eléctrica: destacam-se a electrificação rural e as aplicações agrícolas (bombas de água, sistemas de rega, iluminação, fornecimento eléctrico a sistema de ordenha, refrigeração e depuração de águas). No campo das sinalizações e comunicações, existem aplicações utilizadas na navegação aérea e marítima, como faróis, semáforos, indicadores na sinalização rodo e ferroviária, repetidores de sinal de rádio, televisão e telemóveis, etc. Instalações ligadas à rede eléctrica: podem ser centrais fotovoltaicas (de qualquer potência) ou instalações integradas ou sobrepostas nos edifícios (fachadas e telhados). Nestas instalações, o investimento é recuperado mediante a venda de energia produzida a uma tarifa regulada.
1. Resíduos florestais: são produzidos durante as actividades florestais, quer para sua defesa e melhoria, quer para a obtenção de matérias primas para o sector florestal (madeira, resinas, etc.). 2. Resíduos agrícolas herbáceos e de lenha: obtém-se durante a colheita de alguns cultivos, como os dos cereais ou milho e na colheita da azeitona, vinha e árvores de fruto.
Energia DA BIOMASSA A biomassa é a matéria orgânica de origem animal ou vegetal, incluindo os resíduos orgânicos, susceptíveis de aproveitamento energético. De entre os principais biocombustíveis sólidos, podemos destacar os caroços de azeitona, cascas de frutos secos (amêndoa, pinhão) e, claro, os resíduos florestais e das indústrias respectivas.
3. Resíduos de indústrias florestais e agrícolas: são compostos pelas cascas e lascas das indústrias de madeira e pelos caroços, cascas e outros resíduos da indústria agroalimentar. 4. Cultivos energéticos: são cultivos de espécies vegetais destinados especificamente à produção de biomassa para uso energético. 5. Outros tipos de biomassa: Também podem ser utilizados para usos energéticos outros materiais como a matéria orgânica do lixo doméstico ou os subprodutos reciclados da madeira ou de matérias vegetais e animais.
Possibilidades de aproveitamento da biomassa na habitação:
Os aerogeradores que actualmente existem no mercado para uso doméstico, de reduzida potência (inferior a 10kW), são utilizados normalmente para bombear água ou como mini-geradores eólicos para produção de energia eléctrica.
Entre os usos tradicionais da biomassa, o mais conhecido é o aproveitamento de lenha em casas unifamiliares. Estas aplicações têm evoluído nas últimas décadas, incorporando equipamentos modernos, mais eficientes e versáteis. Actualmente, a maioria das aplicações térmicas em edifícios ou redes centralizadas com biomassa, supõem uma poupança de 10%, comparativamente ao uso de combustíveis fósseis, podendo alcançar níveis ainda maiores, dependendo do tipo de biomassa, localização e tipo de combustível fóssil substituído. No mercado existem modelos de caldeiras a biomassa que podem ajustar-se às necessidades de cada um, desde casas unifamiliares até grandes blocos de habitação e desenvolvimento urbanístico.
A biomassa é uma excelente opção para combinar com a energia solar térmica na produção de água quente e aquecimento. Adicionalmente, a biomassa é um combustível mais barato e ecológico que os convencionais, permitindo ainda gerar emprego nas zonas rurais, prevenir incêndios e manter os ecossistemas.
Os investimentos em energias renováveis, destinados a satisfazer as necessidades energéticas de uma casa isolada, são cada vez mais valorizados.
Energia EÓLICA Trata-se da energia do vento, capaz de girar as pás das turbinas eólicas, transmitindo o seu movimento a um gerador que o converte em electricidade. A tecnologia eólica já está na sua fase madura e tem assistido a um grande desenvolvimento comercial. A instalação desta tecnologia de baixa ou muito baixa potência, é indicada para casas isoladas, que se encontrem em zonas ventosas.
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nÃo se esQueÇa
•
60
O consumo de energia de uma casa tem um grande impacto na nossa qualidade de vida e no rendimento familiar. Por isso, na hora da aquisição é muito importante solicitar informação sobre a eficiência energética da casa, tanto dos seus componentes estruturais como dos sistemas de climatização e produção de água quente e ter em conta a qualidade das instalações.
•
Os equipamentos para aproveitamento térmico da energia solar constituem um desenvolvimento tecnológico fiável e rentável para a produção de água quente sanitária no sector da habitação.
•
Um edifício eficiente, com boa arquitectura bioclimática, pode atingir poupanças de até 70% para a climatização e iluminação da casa.
•
é possível utilizar as energias renováveis no fornecimento de energia, incorporando equipamentos que aproveitem a energia proveniente do sol, do vento e da biomassa.
•
Desde 2007 generalizou-se em toda a Europa, com caracter obrigatório, a certificação energética dos edifícios, a qual proporciona informação sobre a eficiência energética de cada casa, em função das características do isolamento, vidros, sistemas de aquecimento, produção de água quente sanitária e ar condicionado.
A Poupança de Energia é a primeira fonte de energia renovável actualmente disponível. Uma utilização eficaz da energia pode melhorar o comportamento energético das casas e o ambiente. Cada cidadão pode e deve desempenhar a sua parte na poupança de energia. Com algumas melhorias nas habitações, é possível poupar até 30-35% de energia, mantendo as mesmas condições de conforto.
O CARRO
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O desenvolvimento social e económico proporcionou mundialmente um aumento na capacidade de mobilidade das pessoas. Este crescimento é uma das causas para a dependência actual dos derivados de petróleo e, consequentemente, a manifestação de graves problemas de contaminação ambiental.
No ano de 2005, o sector de transportes consumiu cerca de 36,7% da energia em Portugal, cabendo ao transporte rodoviário cerca de 90% do consumo energético, sendo por isso, a principal fonte de emissão de substâncias poluentes.
Diferentes meios de transporte
CONSUMO DE ENERGIA FINAL POR MODO DE TRANSPORTE Toneladas equivalentes de petróleo TEP 7.000 6.000
Caminhos de ferro
5.000
Barcos nacionais
4.000 3.000
Aviões nacionais
2.000
Rodoviário
1.000
Total 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Balanços Energéticos (DGEG); INE; Análise ADENE/DGEG 62
Existem grandes diferenças entre os diferentes meios de transporte no que se refere à energia despendida por viajante/km. Em viagens interurbanas, o carro consome por viajante/km quase 3 vezes mais do que o autocarro. Estas diferenças acentuam-se no meio urbano, onde o transporte público é ainda mais eficiente que o carro, para além de que, em muitos casos, é mais rápido e mais barato. Pense nisso antes de utilizar o automóvel para se deslocar na cidade!
CONSUMO
CUStOS EXtErNOS
O desenvolvimento tecnológico nos últimos 20 anos permitiu reduzir o consumo de combustível dos automóveis em cerca de 20%.
Para além dos custos directos, o trânsito gera outros custos chamados “externos”. São custos que são suportados por todos em consequência dos acidentes, engarrafamentos, contaminação atmosférica e o ruído. A Comissão Europeia estima que os custos externos causados pelo congestionamento do trânsito e acidentes representam cerca de 0,5% e 2%, respectivamente, do Produto Interno Bruto da UE.
CUStOS Para calcular o custo total que anualmente representa a utilização do automóvel, há que ter em conta os seguintes aspectos: 1.
o custo do combustível.
2.
o imposto de circulação, o seguro, estacionamento, manutenção e reparações.
3.
a amortização do custo de aquisição do veículo. Este custo depende do tipo de veículo e do número de anos que o venhamos a usar. Pode ser superior à soma dos dois pontos mencionados anteriormente.
UtIlIzAÇãO Mais de 75% das deslocações urbanas realizamse em veículos privados apenas com 1ocupante, sendo que o índice médio de ocupação é de 1,2 pessoas por veículo. Na cidade, 50% das viagens de carros são para percorrer menos de 3 kms. é muito importante utilizar os transportes públicos ou, como alternativa, considerar a possibilidade de dividir o automóvel com outras pessoas que realizem o mesmo percurso. Além de se consumir menos combustível por pessoa, poder-se-á dividir os gastos.
CONSUMO, CUSTOS E UTILIZAÇÃO 63
O CARRO E A POLUIÇÃO 64
EMISSõES
rUíDO
O processo de combustão nos motores gera emissões poluentes que têm efeitos nocivos no ser humano e no meio ambiente. Estes efeitos acentuam-se principalmente nos núcleos urbanos, devido à elevada concentração de veículos. Nas cidades, o automóvel é a principal fonte de poluição e um dos maiores responsáveis pela emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa. As emissões de gases dos automóveis variam dependendo do tipo de combustível. Actualmente, existem tecnologias ou tratamentos associados ao processo de combustão relativamente rápidos na redução dos problemas ambientais. O mesmo não se passa com o CO2, cujas emissões são inevitáveis com a utilização de combustíveis fósseis. Daí a importância de mudarmos os nossos hábitos, de forma a consumirmos menos combustível e, assim, emitirmos menos gases poluentes para a atmosfera.
O trânsito é hoje em dia o principal foco de ruído nas nossas cidades, um problema agravado pelo crescimento do mercado automóvel. O ruído, além de desagradável, provoca efeitos negativos na saúde. 20% da população da UE está exposta a níveis de ruído superiores a 65%, o limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde.
A COMPrA Na hora de comprar um carro, são muitos os factores que influenciam a nossa decisão: a marca, a potência, o tamanho, a segurança, etc. Para além das nossas preferências pessoais, é recomendável escolher um carro que se adapte às nossas necessidades: por exemplo, para deslocações na cidade não é aconselhável um carro grande ou de elevada potência, visto que gasta e polui mais, e as vantagens da condução não se aplicarem ao meio urbano. O Imposto sobre veículos, criado em 2007, pretende penalizar os veículos mais poluentes; alterar a importância da cilindrada no cálculo do imposto para dar mais relevo às emissões de CO2 e transferir parte da cobrança do imposto no momento da compra para um pagamento anual recorrente (pago todos os anos). Assim, na altura de compra de um carro, o consumidor deverá conhecer a cilindrada, o valor de emissões de CO2 e, caso seja um diesel (gasóleo), saber se tem filtro de partículas.
Novas energias nos transportes A Comunidade Europeia tem defendido a concretização de um conjunto de acções destinadas a promover a diversidade de utilização de combustíveis obtidos a partir de energias renováveis. Nessa medida, os Estados-Membros devem: 1.
Assegurar em 2010, a promoção de uma quota de mercado de 7% para os biocombustíveis;
2.
Encorajar a redução do diferencial de preços entre os biocombustíveis e os combustíveis tradicionais;
3.
Incrementar a promoção voluntária de distribuição dos biocombustíveis em larga escala pelas companhias petrolíferas;
4.
Intensificar os esforços de pesquisa neste sector.
Entendem-se por biocombustíveis, os combustíveis líquidos ou gasosos produzidos a partir de biomassa, sendo por isso considerados uma energia renovável. Actualmente, encontram-se disponíveis essencialmente dois tipos: o biodiesel, obtido a partir de sementes (girassol, soja, etc.), óleos vegetais usados e gorduras animais; e o bioetanol, obtido a partir de sementes ricas em açúcar, amido ou celulose mediante fermentação. A Directiva 2003/30/CE estabeleceu em termos energéticos, o objectivo de alcançar em 2010, uma quota de mercado de 5,75% de biocombustíveis para os transportes. No final de 2005, representava 0,44%.
Etiqueta informativa de ecOnomia de combustível Esta etiqueta tem como objectivo informar os consumidores, através de uma escala de cores e letras sobre o consumo de combustível e a emissão de CO2 de cada veículo. Servirá também de base para calcular o valor do imposto automóvel. Marca / Modelo / Versão
Consumo de Combustível
Cilindrada / Transmissão Combustível Consumo de combustível* Emissão de CO2
-
6
10
14
+
* Combinados
Condução eficiente do automóvel Por forma a alcançar uma redução considerável no consumo total de energia no sector dos transportes, o primeiro passo é aumentar a utilização de meios de transporte mais eficientes (comboio e autocarro para viagens interurbanas e andar a pé, de bicicleta ou de transporte público no meio urbano). Ainda assim, é muito importante saber que mesmo que utilizemos o automóvel para nos deslocarmos são possíveis grandes poupanças de energia e emissões poluentes. Com uma condução eficiente, para além de uma melhoria do conforto, um aumento de segurança e uma diminuição do tempo de viagem, conseguiremos também uma redução do consumo de combustível e respectivas emissões poluentes, bem como menores custos de manutenção. Uma condução eficiente permite alcançar ganhos de 15% na redução do combustível e emissões de CO2.
65
1.
2.
3.
OS 10 MANDAMENTOS DE UMA CONDUÇÃO EFICIENTE 66
Arranque e colocação em marcha • ligar o motor sem carregar no acelerador. • Nos motores a gasolina, iniciar a marcha logo depois do arranque. • Nos motores diesel, esperar uns segundos antes de iniciar a marcha. 1ª Velocidade • Usá-la somente no início da marcha e passar para a 2ª velocidade cerca de 2 segundos ou 6 metros depois. Utilização da caixa de velocidades • Circular sempre que possível com as mudanças mais elevadas (5ª e 6ª velocidade) e a baixas rotações. • Durante a aceleração, troque de mudança: - Nos motores a gasolina entre as 2000 e 2500 rpm. - Nos motores a gasóleo entre as 1500 e 2000 rpm.
4.
Velocidade de circulação • Manter a velocidade o mais uniforme possível, evitando travagens, acelerações ou passagens de caixa desnecessárias.
5.
Desaceleração • levantar o pé do acelerador e deixar o carro rodar com a mudança engrenada, sem reduzir. • travar de forma suave e progressiva.
6.
Abrandar • Sempre que a velocidade e o espaço o permitam, abrande o veículo sem reduções de caixas.
7.
Paragens • Em paragens prolongadas, por mais de 60 segundos, é aconselhável desligar o motor.
8.
Antecipação e previsão • Conduzir sempre com uma distância de segurança adequada e garantir um campo de visão que lhe permita ver 2 ou 3 carros à sua frente. • tente prever o que vai acontecer, antecipando as manobras seguintes, tornando a sua condução mais controlada e segura.
9.
Segurança • Na maioria das situações, a aplicação destas regras de condução eficiente contribui para o aumento da segurança rodoviária. Naturalmente que existem situações que requerem acções específicas e distintas para que a segurança não seja afectada.
Outros factores a ter em conta
NÃO SE ESQUEÇA
1.
Os acessórios exteriores aumentam a resistência do veículo ao ar, aumentando também o consumo de combustível (até +35%). Não é recomendável transportar objectos no exterior do veículo, a não ser que seja estritamente necessário.
•
Na cidade, 50% das viagens de carro são inferiores a 3 km e 10% inferiores a 500 metros. Evite viajar de carro em distâncias curtas. Vá a pé.
2.
O uso de equipamentos auxiliares aumenta significativamente o consumo de combustível, sendo o ar condicionado o que mais influencia (até 25%). Devem ser utilizados com moderação. Para manter uma sensação de conforto dentro do carro, aconselha-se a manter a temperatura em torno dos 23-24ºC.
•
Uma condução eficiente permite poupar, em média, 15% de combustível e de emissões de CO2.
•
Na maioria das vezes existem alternativas à utilização do carro, como é o caso dos transportes públicos, que são mais eficientes do ponto de vista energético.
•
Os carros são a principal fonte de poluição e ruído das cidades, assim como um dos maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito de estufa.
•
Na hora da compra, é importante escolher um modelo de carro adaptado às nossas necessidades e ter em atenção as características de consumo e emissões de CO2.
3.
Conduzir com as janelas abertas provoca uma maior resistência ao movimento do veículo, aumentando o esforço do motor e elevando o consumo (+5%). Para ventilar o interior, é recomendável utilizar, de forma adequada, o ar condicionado.
4.
O peso dos objectos transportados, incluindo os ocupantes, influencia o consumo de forma apreciável, especialmente nos arranques e períodos de aceleração (100kg correspondem a um consumo 5% superior). Uma má distribuição da carga, afecta a segurança e aumenta os gastos em reparações e manutenção.
5.
A manutenção do veículo também influencia o consumo. É especialmente importante o bom estado do motor, o controlo dos níveis e filtros e especialmente uma pressão adequada dos pneus.
67
Para o aumento da eficiência energética neste sector, o Plano Nacional para a Eficiência Energética integra o programa “Renove Carro” que tem como objectivo o aumento da eficiência energética no transporte particular, por via do estimulo à aquisição de veículos e produtos energeticamente eficientes, e baseia-se nas seguintes acções:
Revitalação do abate de automóveis em fim de vida (1) Redução do imposto automóvel na compra de automóvel ligeiro novo: . Revisão e simplificação do regime de atribuição do incentivo. Nova tributação automóvel: . Substituição parcial do ISV por IUC (novos + atractivos); . Componente ambiental no IUC (penalizando veículos Ineficientes).
Tributação Verde - Revisão do regime de tributação de veículos particulares (1) Incorporação do factor de emissão de CO2 no cálculo do ISV e IUC: . Aplicado a veículos novos:; . Aplicado a veículos usados importados de outros Estadosmembros. Veículos híbridos em redução de 50% no ISV.
"Pneu certo" e eficiência fuel
Campanha "Pneu Certo": . Incentivo a verificação periódica da pressão de pneus; . Acordos voluntários para veículos base com pneus eficientes.(2) Incremento na utilização de aditivos e lubrificantes "fuel efficient": . Campanhas de Informação; . Etiquetagem dos produtos.
Novos veiculos mais "conscientes" para a poupança de combustivel Acordos voluntários com importadores auto, para inclusão nas versões base de equipamentos indutores de eficiência no consumo: . Computador de bordo; . GPS; . Cruise control; . Sistemas de verificação automática da pressão dos pneus.
Revitalização do programa de abate de veiculos em fim de vida: . Aumento da eficiência na cobrança e incidência do IUC. . Reduzir o peso das viaturas ligeiras com mais de 10 anos de 37% para: - Em 2010: 35% - Em 2015: 30%
. Emissões médias dos carros novos: - Em 2010 de 120 gr/km - Em 2015 de 110 gr/km
. Aumentar em 2% ano a penetração de pneus eficientes . Reduzir em 1% ano a taxa de veículos com pressão incorrecta . Aumento em 1% ano da quota de aditivos e lubrificantes eficientes
% do parque automóvel com equipamentos de monitorização: - 2010: 2% - 2015: 20%
(1) Revitalização de Medida prevista no âmbito do PNAC (2) Iniciativa dependente da criação de uma classificação energética dos pneus a nível europeu, com excepção das acções orientadas para a verificação da pressão do pneus Fonte: PNAEE – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética
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Também para o melhoramento nesta área foi desenvolvido o programa “Mobilidade Urbana” que visa estimular a utilização de meios de transporte energeticamente mais eficientes, como os transportes colectivos, em detrimento do transporte individual nas deslocações pendulares, não deixando de aumentar sempre que possível a eficiência energética dos primeiros, que desenvolve as seguintes acções:
Ordenamento do território e mobilidade urbana nas capitais de distrito Planos de Mobilidade Urbana por capital de distrito; Expansão do metroplitano de Lisboa;(1) Construção do Metro Sul do Tejo;(1) Construção do Metro do Porto;(1) Metro Ligeiro do Mondego;(1)
Planos de mobilidade urbana em office parks e parques industriais Centros empresariais ou parques industriais com mais de 500 trabalhadores devem ter plano de mobilidade integrando: . Serviço shuttle/mini-bus com pontos de ligação modais; . Serviços bancários; . Serviços de restauração; . Serviços de papelaria e/ou correio.
Autoridades Metropolitanas de Transportes de Lisboa e Porto.(1)
Melhoria da eficiência dos transportes públicos
Plataforma de gestão de tráfego nos grandes centros urbanos
Aumento da quota de veículos com emissões <110 g/Km nas frotas de táxis: . Crédito eficiência acessível para renovação de táxis por "táxis verdes".
Criação de uma plataforma inovadora de gestão de tráfego: . Oferta de GPS a táxis com envio de informação sobre velocidade e localização; . Desenvolvimento de sistema de informação; . Novos equipamentos GPS com recepção de dados e optimização de rotas; . Integração com sinalização rodoviária.
Introdução de Sistema de Gestão de Frotas em autocarros nos grandes centros urbanos: . Indicadores de performance por condutor; . Formação em eco-condução.
Dinamização de consórcio nacional e apoio ao projecto.
. Transferência modal de 5% dos pKm(2) do transporte individual para o transporte colectivo, nas AMT de Lisboa e Porto
. 50% das necessidade básicas cobertas por circuitos pedestres (menos de 15 minutos) . 500 Planos de mobilidade aprovados até 2015
. Sistema de Gestão de Frotas em Lisboa e Porto até 2010
. Piloto operacional em 2010 . Sistema implementado em Lisboa e Porto até 2015
(1) Medida prevista no âmbito do PNAC 2006 (2) pkm - passageiros Km Fonte: PNAEE – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética
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Uma das formas de aumentar a utilização de energias renováveis e reduzir drasticamente a emissão de CO2 é a utilização de veículos eléctricos. Portugal já é líder mundial na produção de energias renováveis. Cerca de 43% da electricidade produzida em Portugal já provém de fontes renováveis, que geram uma energia mais limpa, mais eficiente, mais económica e mais sustentável.
Agora, esta energia também pode abastecer os nossos veículos. Portugal é um dos primeiros países a ter uma política integrada para a mobilidade eléctrica e será o pioneiro na implementação de uma rede de carregamento para veículos eléctricos de âmbito nacional. Com 1.300 pontos de carregamento em 2011, a rede permitirá o crescimento gradual da frota de veículos eléctricos. Estima-se que em 2020, a frota nacional venha a ter 160.000 veículos eléctricos, que permitirão reduzir cerca de 25% das emissões de CO2. Além de 0% de emissão de gases poluentes, os veículos eléctricos são mais económicos e silenciosos.
MOBI.E A ENERGIA QUE NOS MOVE 70
FUNCIONAMENtO DA rEDE A rede para a mobilidade eléctrica é compatível com todas as marcas de veículos eléctricos. O carregamento é extremamente simples e seguro, através da ligação da ficha do veículo ao ponto de carregamento. Numa primeira fase, até 2011, os utilizadores poderão adquirir um cartão pré-pago da entidade gestora Mobi-e, sendo debitado o valor do carregamento efectuado. A operação e a comercialização de energia são separadas e independentes, garantindo assim a livre concorrência e a hipótese de escolha por parte dos proprietários de veículos eléctricos, que poderão optar, em cada carregamento, pelo fornecedor de electricidade que for mais vantajoso no momento. é possível escolher também entre um carregamento rápido ou lento, de acordo com a necessidade. Pode carregar o seu veículo, por exemplo, enquanto dorme, potenciando assim a utilização de energias renováveis, como a proveniente de parques eólicos. Desta forma, terá acesso à tarifa mais reduzida. Durante o dia, pode ligar o seu automóvel a um dos pontos de carregamento que se encontram na via pública ou nos parques de estacionamento, para repor
Rede de abastecimento os níveis de energia gastos. Só tem que passar o seu cartão de identificação no leitor e ligar a viatura ao ponto de carregamento. Assim que a operação for autorizada, a carga é iniciada. Toda a tecnologia envolvida foi desenvolvida em Portugal e permite encontrar o ponto de carregamento mais próximo de si, e reservá-lo através do seu telemóvel ou PDA. Sempre que queira, basta aceder à internet para saber qual é o estado do carregamento do seu carro. Pode também fazê-lo através do seu telemóvel ou do PDA. Planear viagens torna-se também um processo fácil. Na internet, pode ficar a conhecer todos os pontos de carregamento que ficam no seu percurso. Durante a viagem, o seu GPS ou Smart Phone, dar-lhe-ão informações actualizadas sobre ocupação e localização dos pontos disponíveis. Ao chegar a casa, poderá confirmar na factura digital os custos discriminados das operações realizadas em viagem e comprovar o quanto poupa em relação a um carro convencional.
A Rede de Mobilidade Eléctrica está presente em vários pontos do território nacional, dinamizada pela entidade gestora MOBI.E, que permitirá o abastecimento dos veículos eléctricos, mediante um cartão de carregamento.
rede de abastecimento MobI.E
Almada Aveiro Beja Braga Cascais Castelo Branco Coimbra Évora Faro Guarda
Guimarães Leiria Lisboa Loures Porto Santarém Setúbal Sintra Torres Vedras Viana do Castelo Vila Nova de Gaia
71
LOCALIZAÇÃO DOS pontos de abastecimento Este projecto tem uma incidência muito forte sobre o sector residencial, mas terá também muitos pontos de carregamento de acesso público nomeadamente parques de estacionamento público e de centros comerciais, hotéis, aeroportos, bombas de gasolina e na via pública dos municípios que aderiram à rede piloto.
abastecIMENTO Do veículo eléctrico Durante a noite, aproveitando a energia produzida por fontes renováveis nos momentos de menor consumo (e que de outra forma seria desperdiçada) e através de carregamentos rápidos durante o dia, de acordo com as necessidades do utilizador.
CARREGAMENTO LENTO: 6 - 8 Horas 72
CARREGAMENTO RÁPIDO: 20 - 30 Minutos
FUNCIONAMENTO DO abastecimento Através de um cartão pré-pago CHARG.E da rede Mobi.e que lhe dará acesso aos pontos de carregamento, sendo descontado o valor deste. Este valor inclui a electricidade consumida e uma taxa pelo serviço de carregamento.
No Futuro Todo o sistema foi pensado de raiz, para permitir que, futuramente, possa aceder ainda a mais funcionalidades, tais como vender à rede a sua carga disponível ou gerir a sua energia de forma integrada, produzindo a sua própria electricidade. Por exemplo, através de painéis fotovoltaicos poderá carregar o seu automóvel minimizando a compra de energia a um fornecedor. A mobilidade eléctrica será uma parte fundamental das redes inteligentes, que permitirão a gestão dos sistemas energéticos das cidades.
73
O LIXO E O APROVEITAMENTO ENERGÉTICO
74
O LIXO DOMÉSTICO Cada habitante em Portugal gera em média 1,7 kg de lixo por dia. Os resíduos são uma fonte potencial de energia e matérias-primas que podem ser aproveitadas nos ciclos produtivos, mediante tratamentos adequados. Cerca de 70% do lixo vai para ao caixote do lixo, pelo que só uma pequena parte é recuperada. Actualmente, existem formas de não gerar tantos resíduos e recuperar as matérias-primas e os recursos contidos no lixo. Para que as coisas mudem, nós, como cidadãos, devemo-nos responsabilizar e actuar, adquirindo novos hábitos de compra, reduzindo os resíduos, fazendo a separação selectiva do lixo, bem como solicitar às autoridades e empresas medidas correctivas.
TIPO DE RESÍDUO
%
Fermentáveis
37,49
Papéis
11,52
Cartões
4,51
Compósitos
3,32
Têxteis
4,57
Têxteis Sanitários
7,11
Plásticos
8,84
Combustíveis não especificados
1,59
Madeira
0,96
Vidro
6,01
COMPOSIÇÃO DO LIXO
Metais ferrosos
1,41
Os lixos domésticos são conhecidos como resíduos sólidos urbanos (RSU). Cada família deita fora anualmente dezenas de quilos de papel, de metal, de plástico e de restos orgânicos. Os resíduos sólidos urbanos são essencialmente constituídos por materiais fermentáveis, papel e cartão, metal e vidros. São os constituintes das vulgares latas, embalagens, garrafas, sacos de plástico, entre outros.
Metais não ferrosos
0,45
Incombustíveis não especificados
1,28
Resíduos domésticos especiais
0,46
Em 2009, a produção de resíduos sólidos urbanos em Portugal Continental atingiu 4,5 milhões de toneladas. A título de exemplo apresenta-se a composição do lixo urbano, nas cidades da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira (dados de 2009):
Resíduos finos (<20 mm)
10,49
TOTAL
100,00
É preciso uma maior consciencialização de que é imprescindível separar o lixo e fazer a recolha selectiva.
Fonte: Valorsul dados 2009
Em Portugal, recicla-se cerca de 15,7% do lixo produzido. É um número pequeno quando comparado com a meta de 25% estipulada pela União Europeia.
75
resíduos domésticos Matéria orgânica A quantidade de alimentos que entra em nossa casa diariamente pode ser estimada em aproximadamente 2 kg por pessoa. Quase 90% do lixo que se produz numa casa deriva directamente do processamento de alimentos (restos orgânicos e embalagens de alimentos). Os resíduos alimentares podem ser utilizados, nomeadamente como adubo. Plásticos Na sua maioria provêm de embalagens. Há que ter em conta que todos os plásticos são fabricados a partir do petróleo. Por isso, ao consumirmos plástico, estamos a contribuir para o fim de um produto não renovável. Os plásticos demoram muito tempo a decompor-se e, caso se opte pela sua incineração, são emitidos para a atmosfera, para além de CO2, contaminantes muito perigosos para a saúde e para o meio ambiente. 76
A reciclagem de plásticos é um processo complexo. No ano de 2009 foram reciclados 55,4 mil toneladas de plásticos em Portugal. Papel e cartão São de fácil reciclagem. Em 2009, reciclou-se em Portugal mais de 236,1 mil toneladas de papel e cartão. A procura crescente de papel obriga a recorrer à pasta de celulose, a qual é responsável pelo abate de árvores, bem como pela plantação de espécies de cultivo rápido, como o pinheiro ou o eucalipto, em detrimento das florestas originais. É preciso ter atenção que alguns tipos de papel, como os plastificados, os adesivos, os encerados e os papéis químicos, não podem ser reciclados. Vidro Pelas suas características é a embalagem ideal para quase qualquer tipo de alimento ou bebida, no entanto, tem vindo a ser progressivamente
substituído por outros tipos de embalagem. O vidro é 100% reciclável. As embalagens de vidro podem ser reutilizadas várias vezes antes de serem recicladas. Um problema actual é a generalização de embalagens de vidro “não retornáveis” não havendo uniformização nas garrafas de forma a que possam ser reutilizadas. Em 2009 reciclaram-se 168,2 mil toneladas de vidro em Portugal. Latas Apenas podem ser utilizadas uma vez. O seu fabrico implica um grande consumo de energia e matérias-primas, se bem que no processo de fabricação é comum a reciclagem de embalagens. No ano de 2009, foram recicladas 37,9 mil toneladas de metal no nosso país.
embalagens de bebidas. São fabricados a partir de finas camadas de celulose, alumínio e plástico que são muito difíceis de separar, o que dificulta a sua reciclagem. Aparelhos electrónicos e electrodomésticos Actualmente, qualquer ponto de venda é obrigado a aceitar o equipamento velho em troca do novo sem cobrar nenhuma taxa adicional. Contudo, nem todos os lojistas estão sensibilizados para esta responsabilidade. O consumidor pode ainda optar por entregar os equipamentos velhos num centro de recolha. O fabricante deve assumir todos os custos de recolha e as diferentes administrações públicas devem estar dotadas de centros de reciclagem para tratamento deste tipo de equipamentos.
Pacotes (Tetrapack) Por serem estanques de pouco peso e de fácil transporte, estão a ganhar espaço como
Fonte: Sociedade Ponto Verde, valores de 2009
Para fabricar uma tonelada de papel, são necessárias entre 12 e 16 árvores de tamanho médio, cerca de 50.000 litros de água e mais de 300 kg de petróleo.
Com a energia necessária para produzir uma lata de alumínio, consegue-se ter um televisor a funcionar durante duas horas.
Minimizar os problemas originados pelo lixo doméstico depende em grande parte dos consumidores. O consumidor responsável deve escolher os produtos que não criem resíduos em excesso ou aqueles que são recicláveis. Outra acção importante é a separação dos resíduos, facilitando desta forma o seu tratamento posterior. A chave para abordar de forma sistemática o lixo em nossas casas são os famosos 3 r’s: reduzir, reutilizar, reciclar.
rEDUzIr O lIXO As embalagens familiares são preferíveis às embalagens individuais. Em geral, devemos ser mais cuidadosos na compra de produtos descartáveis, como por exemplo, guardanapos de papel ou pratos de plástico. é preferível optar por objectos que possam ser utilizados mais do que uma vez. Ao fazer compras devemos levar os nossos próprios sacos poupando assim o seu consumo.
rEUtIlIzAr OS PrODUtOS ANtES QUE EStES SE CONvErtAM EM rESíDUOS Consiste em aproveitar todo o potencial que estes produtos nos podem oferecer ou caso tal não seja possível, devolvê-los ao circuito comercial onde foram adquiridos. Existem tipos de bebidas que ainda mantém uma distribuição comercial baseada em garrafas de vidro reutilizáveis, que depois de serem lavadas, voltam ao circuito. A utilização de pilhas recarregáveis, nos equipamentos que o permitam, é outra excelente forma de reutilização de produtos.
A REGRA DOS TRêS R'S (REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR) 77
RECICLAR O LIXO Consiste em colocar os materiais recicláveis nos respectivos ecopontos para que depois de um tratamento adequado, possam incorporar-se de novo no processo. Deste modo, consegue-se não só evitar a deterioração do meio-ambiente, como uma poupança significativa de matérias-primas e energia. Os materiais com maior percentagem de reciclagem são o papel, o vidro e os metais. Por exemplo, os pneus podem ser utilizados para materiais redutores de som nas estradas ou podem igualmente ser aproveitados, dum ponto de vista energético, em substituição de combustíveis fósseis nos fornos das cimenteiras. Actualmente, o óleo alimentar está a ser utilizado na produção de biodiesel. Para além dos conhecidos contentores para reciclagem de embalagens, restos orgânicos e papel, existem também contentores e serviços específicos para recolha de: • Pilhas; •
Medicamentos e radiografias;
•
Roupa;
•
Electrodomésticos.
Os sacos de plástico das compras podem ser reutilizados para sacos de lixo.
Já existem tecnologias para transformar borracha e plásticos em combustíveis líquidos ou gasosos.
78
CONSELHOS PRÁTICOS
1. Sempre que possível, escolha produtos que venham em embalagens recicláveis. Deposite posteriormente a embalagem nos ecopontos. 2. Escolha produtos de tamanho familiar, em detrimento dos individuais. 3. Modere a utilização de papel de alumínio e de plástico aderente. 4. Evite sacos de plástico. Procure levar sempre o seu próprio saco. 5. Evite produtos descartáveis. Opte por produtos reutilizáveis. 6. Prefira sempre uma embalagem de vidro a uma de metal e uma de papel a uma de plástico. 7. Confirme com as entidades municipais onde pode depositar materiais tóxicos, tais como, baterias, tintas e sprays, e nunca os coloque no caixote do lixo. 8. Sempre que possa opte por um relógio, calculadora ou qualquer outro aparelho que não funcione com pilhas ou que utilize pilhas recarregáveis.
NÃO SE ESQUEÇA
•
Cada habitante produz em média 1,7 kg de lixo por dia.
•
65% do lixo doméstico é susceptível de ser reciclado.
•
Por cada tonelada de vidro que se recicla, poupam-se 1.200 kg de matérias-primas e 130 kg de combustíveis.
•
Por cada tonelada de papel que se recicla, evita-se que se cortem 14 árvores, se consumam 50.000 litros de água e mais de 300 kg de petróleo.
79
PlANO NACIONAl DE ACÇÃO PARA A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
O Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética – Portugal Eficiência 2015 (PNAEE), aprovado pelo Conselho de Ministros, estabelece como meta a alcançar até 2015, a implementação de medidas de melhoria de eficiência energética, equivalentes a 10% do consumo final de energia. O Plano abrange quatro áreas específicas: transportes, residencial e Serviços, Indústria e Estado.
80
Neste guia salientámos duas áreas extremamente importantes do nosso dia-a-dia - Residencial e Serviços e os Transportes - onde os nossos comportamentos podem fazer toda a diferença.
A área Residencial e Serviços integra três programas de eficiência energética: • Renove Casa, onde são definidas diversas medidas relacionadas com a eficiência energética na iluminação, electrodomésticos, electrónica de consumo e reabilitação de espaços.
A área de Transportes agrupa três programas de melhoria da eficiência energética: • Renove Carro, relacionado com a melhoria da eficiência energética dos veículos, nomeadamente na renovação de equipamentos e utilização de produtos mais eficientes.
•
•
Mobilidade Urbana, que identifica medidas relacionadas com as necessidades modais e pendulares do transporte público nos grandes centros urbanos e empresariais.
•
Sistema de Eficiência Energética nos Transportes, que procura quantificar o impacto na utilização eficiente do conceito de plataformas logísticas e auto-estradas do mar.
•
Sistema de Eficiência Energética nos Edifícios, que agrupa medidas que resultam do processo de certificação energética nos edifícios, nomeadamente ao nível de isolamentos, melhoria de vãos envidraçados e sistemas energéticos. Renováveis na Hora, que é orientado para o aumento da penetração de energias endógenas nos sectores residencial e serviços.
O Conselho de Ministros atribuiu ao Ministério da Economia e da Inovação a responsabilidade pela monitorização do plano e dos seus resultados mediante relatório anual a preparar pela Direcção Geral da Energia e Geologia, com o apoio da Agência para a Energia - ADENE.
81
quem é a adene? A ADENE - Agência para a Energia tem por missão promover e realizar actividades de interesse público na área da energia. Desenvolve a sua actividade junto dos diferentes sectores económicos e dos consumidores, visando a racionalização dos respectivos comportamentos energéticos, a aplicação de novos métodos de gestão de energia e a utilização de novas tecnologias. As actividades actuais compreendem mais de duas dezenas de projectos no âmbito de vários programas comunitários. Em parceria com outras Agências e Organizações Internacionais, de áreas prioritárias de intervenção nacional, destacamos os Programas “Eficiência Energética nos Edifícios” e “Água Quente Solar para Portugal” assim como as intervenções nos domínios da Gestão da Procura e das Energias Renováveis, como grandes actores do mercado energético português.
82
R. Dr. António Loureiro Borges, nº 5, 6º andar Arquiparque - Miraflores, 1495-131 - ALGÉS Tel.: 214 722 800 Fax: 214 722 898 e-mail: geral@adene.pt www.adene.pt
FICHA TÉCNICA TÍTULO
GUIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EDIÇÃO
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