Cidadania Lourenço Castanho

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CIDADANIA Lourenรงo Castanho


Imagem que compõe o convite de formatura da 8ª série - 1988 - Arte sobre a primeira logomarca da Escola. Autor: Carlos N. Marmo - 8ª C


Fazer parte de uma comunidade pressupõe, antes de tudo, o conhecimento de sua história, da essência do trabalho que nela se desenvolve e de seus valores e crenças. Uma característica fundamental da cidadania é um vínculo mútuo entre o indivíduo e a comunidade, estabelecendo uma relação bidirecional. Assim, caro educador, convidamos você para uma imersão na história desses cinquenta anos da Lourenço Castanho.

Jeannette, Marília, Marilú e Sylvinha


EXPEDIENTE Módulo de Cidadania Corporativa Escola Lourenço Castanho Conselho de Administração Jeannette Alicke De Vivo Marília de Azevedo Noronha Maria de Lourdes Pereira Marinho Aidar Sylvia Figueiredo Gouvêa André Alicke De Vivo Priscila de Azevedo Noronha Marcelo Gouvêa Bresser Pereira Ricardo Pereira Marinho Aidar Marcelo Freitas Camargo Ary Oswaldo Mattos Filho Dan Ioschpe Direção Geral Alexandre Abbatepaulo Direção Educacional Karyn Bulbarelli Direção de Currículo Fábia Helena C. Antunes Direção de Unidade Educação Infantil Marcia Dalla Stella Direção de Unidade Ensino Fundamental I Leandro Lamano Ferreira Direção de Unidade Ensino Fundamental II Sérgio Pfleger Direção Unidade Ensino Médio Wagner Borja Assessoria Maria del Carmen Chude Projeto gráfico Editoração – Escola Lourenço castanho Realização NIDP


SUMÁRIO Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional - NIDP ........................................................................................................... 06 Cidadania Lourenço Castanho ........................................................................................................................................................ 07 Visão, Missão, Valores ..................................................................................................................................................................... 08 História do logo ............................................................................................................................................................................. 09 O trabalho de orientação educacional na Lourenço Castanho ........................................................................................................ 10 Essência do trabalho pedagógico ................................................................................................................................................... 13 Essência do projeto educativo ........................................................................................................................................................ 14 Vanguarda pedagógica, há 50 anos ............................................................................................................................................... 16 Produção textual com criatividade ............................................................................................ 18 Preocupados com o meio ambiente, há décadas ........................................................................ 19 Linha do tempo ........................................................................................................................ 20 Como a vida começa ................................................................................................................ 24 Cadernos e fichas pedagógicas .................................................................................................. 26 Formação de professores .......................................................................................................... 32 Informativos ............................................................................................................................ 36


NIDP Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional O espírito da aprendizagem permanente entre os integrantes de uma organização é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade. Há o desafio de reunir pessoas, socializar propostas, criar redes de conhecimento, experimentar o novo, promover a inovação, difundir competências, desenvolver novos conteúdos, aprender, ensinar. O tom do desafio tem, na mesma medida, o tom da oportunidade – de reconhecer múltiplos olhares, de se ver integrado, de poder partilhar experiências, de reconhecer competências, de ousar, criar, avançar, aprender. O NIDP - Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional – nasceu desse olhar conjunto entre desafio e oportunidade. Como um suporte que promove, investiga e socializa o conhecimento, tendo como princípio a instauração do espírito da aprendizagem na instituição. Esse Núcleo espera contribuir para o desenvolvimento profissional dos colaboradores de todos os setores da escola, organizando momentos de aprendizagem direcionados aos interesses da comunidade Lourenço Castanho e de iniciativas que visem a promover o bem estar e a integração entre eles. Contato: nidp@lourencocastanho.com.br

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CIDADANIA LOURENÇO CASTANHO

A Escola Nova Lourenço Castanho tem mais de quatro décadas de saberes acumulados, como uma instituição particular de ensino. Enfrenta os desafios típicos das organizações educacionais e, nessa dinâmica, aprende e gera conhecimento. “As escolas em sociedades complexas, por fazerem uso do conhecimento, deveriam se tornar organizações de aprendizagem eficazes”. Hargreaves O módulo “Cidadania Lourenço Castanho” vem renovar o espírito de aprendizagem permanente entre os que fazemos parte da Escola. Ele abre um ciclo de integração de conhecimento, práticas, vivências e experiências, enfatizando valores da escola, para todos os membros da organização, em todas as áreas e equipes de trabalho. Ao mesmo tempo, inaugura uma programação do Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional, cuja proposta é funcionar como comunidade e rede de aprendizagem, usando o acervo de conhecimento e práticas, na busca de aperfeiçoar as competências como educadores, para responder às demandas mutantes e imprevisíveis do mundo com maior agilidade, consistência e pertinência. Para iniciar na sua Trilha de aprendizagem, convidamos você para participar do módulo central desta proposta do NIDP: “Cidadania LC”. É uma oportunidade de conhecer o “coração da escola”, sua filosofia, história, princípios, missão e visão compartilhada, na perspectiva das sócias fundadoras – hoje no Conselho Diretor. Cidadania Lourenço Castanho

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VALORES Visão Ser uma Escola que equilibra, de forma sustentável, a formação educacional e a eficácia pedagógica.

Missão Contando com os melhores profissionais e as mais atualizadas propostas pedagógicas, contribuir, de forma sustentável e através de uma abordagem educacional individualizada, integral, exigente e criativa, para a formação de alunos capazes de acessar as melhores instituições de ensino superior e virem a ser pessoas íntegras, de sucesso pessoal e profissional.

Valores Pensar no indivíduo Desenvolver ao máximo o potencial de cada um, respeitando sua individualidade e instrumentalizando-o para a concretização do seu projeto de vida. Pensar no todo Lidar com as pessoas em sua integralidade, equilibrando racionalidade e emoção. Atuar de forma construtiva e sustentável. Superar Buscar resultados cada vez melhores, colocando em prática todo o potencial de cada um. Criar Desenvolver novas linguagens e novas formas de expressão, possibilitando a participação de todos na reinvenção da realidade.

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HISTÓRIA DO LOGO O ovo representa a renovação, a esperança de uma nova vida. Na antiguidade, os egípcios e os persas tinham o costume de tingir os ovos para presentear os amigos. Desta forma, estariam presenteando a oportunidade de uma nova vida, bonita e colorida. Os persas acreditam que a Terra nasceu de um ovo gigante! Na Alemanha, os ovos eram dados às crianças porque, pequenos, poderiam escrever uma nova trajetória. Nos idos de 64, escolhemos o pintinho saindo do ovo, como nosso logotipo. Tínhamos nas mãos o início de uma trajetória, toda voltada para a educação que, naquele momento, eram crianças de até 06 anos. Quando criamos a Escola Pequeno Príncipe, já pensávamos que educar é a mais nobre das missões. E ainda hoje, continuamos a acreditar que educação é um processo e seu resultado. A educação é uma ação consciente que permite ao ser humano desenvolver todas as suas aptidões de cumprir, tanto quanto possível a sua missão como homem. “E a palavra educação etimologicamente significa mais ou menos a palavra criação. Do latim educere – é quase criar, dar vida, o movimento e ação a uma existência ainda imperfeita.” Duponloup Tudo é proposto, lembrando que educar significa extrair, tirar do aluno aquilo que ele já traz no seu interior. Resgatar o valor que deve ser dado à vida, tanto a do próprio aluno como a de todos os seres vivos. (Não poderíamos, então, ter escolhido melhor simbolismo para traduzir a nossa missão). Como o tempo que passa e nos transforma, também nosso logo passou por muitas transformações para representar o nosso longo caminho. Deixou de ser infantil para se tornar adulto, estilizado, sem nunca deixar de traduzir o que sempre pensamos: Educar é, sobretudo, a arte de cultuar, exercitar, desenvolver, fortificar, polir todas as faculdades que constituem na criança a natureza, o processo de crescimento, a dignidade humana.

Logo atual, desenvolvido em 2012. Cidadania Lourenço Castanho

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O TRABALHO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL na Lourenço Castanho A Escola Lourenço Castanho, desde o seu início como escola de Educação Infantil Pequeno Príncipe, sempre almejou dar aos seus alunos mais do que a tradicional formação acadêmica. Entendendo que a criança, para poder se desenvolver plenamente, precisa de um olhar cuidadoso e individual nos aspectos físico, emocional, social e intelectual, trabalhamos sempre nessa direção - a criança como um todo. A Escola, no seu início, foi muito artesanal. Nós, sócias, éramos cinco. Dividíamo-nos em plantões e atendíamos a todas as demandas das mães, das professoras, dos funcionários, dos cuidados de saúde para com as crianças, etc. Ficávamos nas classes, nos recreios, acompanhando a programação do dia-a-dia ou saindo “dos muros” da Escola, em busca de novas práticas e teorias. Existia um caderno na secretaria, no qual a plantonista anotava tudo o que acontecia, e assim todas ficavam a par de tudo. Quanto às disciplinas, as áreas do conhecimento, cada uma de nós dirigia uma ou mais áreas e contratávamos professores especialistas, como assessores. Fazíamos também a coordenação de cada uma das séries do Infantil. Na época, somente Maternal, Infantil I, Infantil II e Pré. Quando, em 1968, iniciamos a 1a série do Primário, mais duas diretoras foram contratadas para coordenar a série. Setor educacional Quanto ao setor psicológico, éramos duas psicólogas e nos dividíamos no atendimento às famílias e também às professoras, mas tudo era discutido por nós, nas reuniões semanais de diretoria. Como a nossa formação era mais na área clínica, sempre tivemos muito cuidado de não transformar a escola em uma clínica. Dávamos a cada família e a cada criança o suporte necessário para desenvolver todas as suas possibilidades. - ESTAR BEM NA ESCOLA era a nossa meta para todas as crianças. Também oferecíamos um atendimento para questões de família, se ela o desejasse (e a grande maioria desejava). Para que o trabalho tivesse uma unidade, elaboramos um arquivo para cada criança, que deveria conter: 1) anamnese inicial, em que pesquisávamos a vidinha da criança desde o seu início, o que era considerado de grande importância, pois através desses dados chegava-se, mais facilmente, à compreensão de comportamentos e atitudes da criança no momento; 2) resumos de todas as entrevistas por nós solicitadas ou pelas famílias; 3) algumas observações da professora do ano, nas reuniões semanais que fazíamos com elas; 4) um “plano” de desenvolvimento para cada aluno. Essas fichas eram revisadas muitas vezes para que, realmente, servissem ao seu propósito: termos registrada a evolução da criança, que era passada a cada ano para a coordenação e a professora seguintes. Pelo tipo de atendimento, a Escola sempre teve a fama de se dedicar a cada criança em especial, segundo as necessidades de cada uma. Então, os profissionais da Saúde começaram a nos procurar e a indicar a Escola. Alguns desses profissionais já conhecíamos, ou por terem sido nossos professores, ou porque estávamos sempre à procura de pessoas que pudessem nos enriquecer.

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Blay, Haim Grunspun, Madre Cristina, Roberto Azevedo, Paulo Gaudencio, Prof. Lefévre, Salomão Schartzman, foram alguns dos nomes com quem nos relacionamos, nesses primeiros anos, em ricas trocas de experiências que, segundo eles nos diziam, eram também muito positivas para eles. Para nós, eles traziam a teoria, a experiência clínica. As coisas que viam em suas viagens como, por exemplo, quando o Prof. Lefèvre viu, na Rússia, a novidade de ter uma fonoaudióloga na escola, eram ideias, logo, seguidas por nós. Para eles, nós significávamos a imensa e rica faixa da normalidade, nosso público. Mais tarde, começamos a ter supervisões com alguns desses profissionais, principalmente quando sentíamos que estávamos nos afastando da teoria, ou surgiam dúvidas ou até mesmo como forma de atualização. O percurso da Lourenço Castanho sempre foi de ordem mais prática, isto é, a partir de um problema concreto, íamos buscar a teoria para resolvê-lo. Consideramos que o setor psicológico-educacional foi responsável por muitas mudanças e posturas pedagógicas na Escola. Pela teoria e por meio da observação prática de desenvolvimento e das ações e comportamentos das crianças, questionamos sobre o acerto do que estávamos fazendo e do que estaria faltando para que o desenvolvimento se desse de forma mais rica, adequada e harmoniosa.

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Assim, nasceram projetos como: avaliar as crianças de 05 anos, como um primeiro teste objetivo, e saber quais habilidades deveriam ser mais desenvolvidas para terem sucesso na alfabetização; trocar a campainha, como sinal de entrada, pelo Hino da Escola; o Hino Nacional cantado todas as semanas; música clássica tocada durante o período escolar; trabalho com a consciência corporal; trabalho de auto conhecimento; projetos dos sonhos na Escola; projetos para desenvolver o raciocínio (em todas as disciplinas); fazer com que todos os planejamentos começassem com atividades em que as crianças tivessem grande sucesso, para depois, aos poucos, entrar com dificuldades crescentes; dinâmica de grupo - treinamento para que as professoras, em reunião de classe, refletissem junto com os alunos, os problemas da classe e lhes dessem solução; aulas de Orientação Educacional no Ginásio e Colegial. trabalho com orientação vocacional no Colegial; trabalhos com orientação sexual, orientação sobre drogas no Ginásio e Colegial; entre outros.

Assim como no pedagógico buscamos sempre especialistas para assessorar e dirigir as áreas de conhecimento, no setor psicológico educacional tivemos também muita assessoria de especialistas (Roberto Gambini, Carlos Byington, Luiz Antonio Gonçalves). Cidadania Lourenço Castanho

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ESSÊNCIA DO TRABALHO PEDAGÓGICO Desenvolvemos nosso trabalho dentro de uma linha pedagógica baseada na perspectiva construtivista, que parte do princípio de que não “ensinamos” nada, de que é o ser que aprende, que constrói seu próprio conhecimento e dele se apropria de uma forma muito pessoal, pois depende da bagagem cognitiva e cultural de que dispõe, resultado de suas experiências anteriores acumuladas. O indivíduo aprende sem parar, espontaneamente, ativamente, assistematicamente, criando hipóteses muito pessoais para explicar o mundo que o cerca, e que, a partir daquilo que já conhece e domina, apreende o novo e, por isso, esta apreensão se dá de forma diferente em cada pessoa. Assim, o conhecimento só pode ser considerado aprendido pelo indivíduo, quando faz sentido para ele dentro do seu universo pessoal de conhecimento, e a aprendizagem de cada novo conceito, ao mesmo tempo em que enriquece e aumenta este universo, o capacita na aquisição de novos e mais complexos conhecimentos, num processo que não acaba. Por outro lado, mas fazendo todo o sentido com o que foi dito acima, nessa concepção de pedagogia, é essencial que se considere o estágio de desenvolvimento cognitivo em que o aluno se encontra, para que só se propiciem para ele situações de aprendizagem em que ele possa descobrir e construir, por si, seu próprio conhecimento. Como diz Piaget, cada vez que ensinamos prematuramente a uma criança algo que ela poderia descobrir por si mesma um pouco mais tarde, esta criança foi impedida de entendê-lo completamente, não tendo havido, assim, efetiva aprendizagem. Por exemplo: se propusermos para uma criança, que está ainda num estágio de operações mentais concretas, um desafio de aprendizagem que exige um raciocínio mais abstrato, ela não vai ter condições de vencê-lo e, assim, aprender. Poderá memorizar sem compreensão, o que não significa aprender. Tudo isto posto, cabe ao professor, dentro de uma visão construtivista, sem nos esquecermos do que diz Carl Rogers, facilitar este processo de aprendizagem que já se dá naturalmente, provocando os alunos com desafios adequados a eles, criando situações próprias e condições ideais para que a aprendizagem se dê de uma forma eficiente, controlada e sistemática, racionalizando um processo que é natural, mas que, sem esta ação, pode se perder, se dispersar, se desperdiçar. Os alunos vão construindo seu conhecimento formal, vão descobrindo e se apropriando das novas noções que fazem sentido com aquelas que ele já possui, e, assim, formando, aumentando, enriquecendo, um universo cognitivo próprio bem articulado. Há que se considerar, por um lado, as condições internas e específicas dos alunos, como pré-requisitos indispensáveis: - a etapa de desenvolvimento cognitivo em que se encontram; - os conhecimentos anteriores já adquiridos por eles e que formam a base para a aquisição das novas noções. Por outro lado, há de se considerar as condições externas ao aluno, que implicam: - uma ação bem articulada do professor, que desafie os alunos com propostas apropriadas e oportunas; - um ambiente propício às descobertas cognitivas. Fazendo parte deste ambiente propício, destacamos a importância da interação social entre os alunos e destes com o professor, a ser promovida e estimulada por este, pois, como nos ensina Vygotski, nesta troca interpessoal de experiências, dá-se a socialização dos vários universos pessoais cognitivos dos alunos e do professor, e a aprendizagem floresce, mais efetiva e duradoura. O planejamento de ensino, na Escola, é feito com base em todos estes pressupostos construtivistas e interacionistas, procurando chegar a um resultado aglutinador e harmônico entre perspectivas psicológicas e sociológicas da aprendizagem, que podem, muitas vezes, gerar divergências, mas que não se excluem, pelo contrário, em muitos casos, podem se complementar. Cidadania Lourenço Castanho

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ESSÊNCIA DO PROJETO EDUCATIVO O mundo, em constante transformação, traz questões que direta ou indiretamente estão relacionadas à educação. Atenta a essa realidade, a Escola Lourenço Castanho sedimentou, em mais de quatro décadas de vanguarda pedagógica, uma prática consistente e plenamente adequada às necessidades contemporâneas. Seu projeto, referência no segmento educacional, está assentado em dois pilares: o atendimento individualizado aos alunos e às famílias e a reflexão constante sobre o processo educativo.

Projeto Pedagógico Este Projeto Pedagógico é a diretriz que expressa os objetivos educacionais e a opção metodológica adotada pela Escola Lourenço Castanho, no cumprimento de sua missão de educar. O Projeto da Escola está em constante processo de análise e de avaliação e, em conseqüência, tem os princípios norteadores de sua ação reforçados ou transformados, levando-se em conta as necessidades históricas. Em particular, o projeto expressa os seguintes princípios, que intencionalmente devem ser trabalhados por toda a equipe da escola:

a) Integração Social A Lourenço Castanho deve promover a formação de indivíduos que contribuam com os demais de forma reciprocamente enriquecedora, privilegiando a construção do conhecimento pela relação com os outros;

b) Atenção à realidade histórica A Lourenço Castanho deve promover a formação de indivíduos atentos ao sentido histórico da realidade que os cerca, valorizando o passado e as exigências do futuro;

c) Formação Integral A Lourenço Castanho deve trabalhar os vários aspectos constitutivos do educando, tais como o cognitivo, o metacognitivo, o conceitual, o físico, o emocional, o afetivo e o sócio-cultural;

d) Autonomia Responsável A Lourenço Castanho deve trabalhar com todas as situações do dia-a-dia para que, participando efetivamente da sociedade em que vivem, os alunos possam ser capazes de analisá-la, de avaliá-la criticamente e de agir em conseqüência, para mantê-la, enriquecê-la e/ou modificá-la, de acordo com as necessidades e os recursos existentes;

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e) Formação do Pensamento Crítico A Lourenço Castanho deve promover a formação do pensamento crítico dos alunos, tendo por base um universo de conhecimentos, tanto os cotidianos quanto os representativos dos saberes acumulados pela sociedade, levando em conta critérios éticos, estéticos e políticos;

f) Preparação para a Formação Contínua A Lourenço Castanho deve preparar seus alunos para prosseguirem seus estudos (exames de seleção, cursos de graduação, cursos técnicos, cursos seqüenciais, pós-graduação, cursos de atualização, etc), de maneira que se sintam compromissados com sua formação, buscando enriquecer e aprofundar continuamente seus conhecimentos.

g) Desafio à Diversidade A Lourenço Castanho deve garantir uma educação de qualidade para todos os alunos, não somente aceitando, mas desejando a diversidade. Tem por meta desenvolver, através de permanentes desafios, todas as capacidades de cada aluno. Para cumprir essa missão, a Escola deve sempre: a) criar um ambiente onde todos, alunos e educadores, se sintam responsáveis pelo trabalho desenvolvido, utilizem todos os meios a seu alcance, para atingir sua melhor formação possível, valorizando as diferenças, partindo do pressuposto de que todos podem aprender, se lhes forem dadas oportunidades adequadas. b) trabalhar para que toda a sua equipe compartilhe a mesma visão institucional, motivando-a e envolvendo-a, visando favorecer a coerência e a consistência de suas ações. c) considerar as mudanças na sociedade, as teorias de ensino-aprendizagem, as pesquisas educacionais, as experiências nacionais e internacionais; d) estar aberta a compartilhar experiências, oferecendo contribuição para a educação brasileira; Os princípios deste Projeto Pedagógico contemplam os preceitos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, explicitados no Título II; Art.2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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VANGUARDA PEDAGÓGICA, HÁ 50 ANOS



Produção textual com criatividade

Imagem que compõe o convite de formatura da 8ª série - 1989 Arte sobre a primeira logomarca da Escola. Autor: Luiz Fernando do Amaral Caravlho Filho - 8ª A

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Preocupados com o meio ambiente, há décadas

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LINHA DO TEMPO 1969 1967 1964

Pensar a educação não mais centrada no papel do educador, mas na ação do aluno - leva à criação do Instituto de Educação Experimental Escola Pequeno Príncipe.

Espalham pelo país 38 edições da publicação Educação para o Desenvolvimento (com foco voltado para trabalhos de pensadores como Paulo Freire, Rogers, Piaget, Jung, Vygotsky - ícones da cultura) e divulgação das experiências desenvolvidas na Escola.

A Escola Nova Lourenço Castanho amplia sua atuação. Surge o Ensino Fundamental I.

Pensando no processo de educação integral de seus alunos, a Pequeno Príncipe se transforma na Escola Nova Lourenço Castanho. Nova porque inovadora, porque ativa, porque transformadora.

1a década : 1964 - 1974 Média de número de alunos: 490 1964 - Aluguel R. Tabapuã

Em 31 de março de 1964, um golpe militar no Brasil tira do poder o presidente João Goulart. Início da ditadura militar no Brasil.

População Mundial: 3 bilhões | População Brasileira: 70 milhões

1969 - Compra R. Lourenço Castanho

A conquista da Lua. Os EUA foram bem sucedidos em seu objetivo de alcançar a Lua antes da URSS, em 1969, com a missão Apollo 11. Para atingir esse objetivo, o Projeto Apollo envolveu US$ 20 bilhões, 20 mil companhias que fabricaram componentes e peças e 300 mil trabalhadores. Ficou famosa a frase do astronauta Neil Armstrong: “Um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade”.


1977

1994

Criação do hino da Escola “Nosso Mundo, Nossa Escola”. Música composta por 04 alunas da 3ª série. Trabalho desenvolvido na aula de Português. Ela é apresentada em concorrido festival de música da Escola e acaba se tornando o hino da LC.

1986 Novos estudos, novas propostas e a Escola abraça por completo o Ensino Fundamental: do 1º ao 9º ano. A Escola Lourenço Castanho amplia sua ação e seu espaço pela Vila Nova Conceição.

30 anos - e continuidade de sua ação pedagógica: na Rua Fiandeiras, começa o Ensino Médio. Projeto arrojado, em que as ciências exatas e humanas dão as mãos, expressando o recurso das linguagens artísticas, preparando para os vestibulares e a busca da formação de jovens que se preparam para uma ação efetiva no meio social.

2a década: 1974 - 1984

3a década: 1984 - 1994

Média de número de alunos: 1035

Média de número de alunos: 1580

1970 - Aluguel R. Bastos Pereira

1983 - Compra R. Bueno Brandão

1978 - Compra R. Jaques Felix e R. Bueno Brandão

Fim do AI5. O Ato Institucional Nº5 foi mais um de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro, nos anos seguintes ao golpe militar de 1964. Conferindo poderes extraordinários ao Presidente da República, o AI5 suspendia várias garantias constitucionais. Em 13 de outubro de 1978, foram revogados todos os atos institucionais.

Diretas Já. A possibilidade de retorno de eleições diretas, para a Presidência da República no Brasil, ganhou força com a votação da proposta de Emenda Constitucional “Dante de Oliveira” pelo Congresso. Ao ver a proposta rejeitada, a sociedade brasileira mobilizou-se, gerando um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas, que ficou conhecido como Diretas Já.

ADM

1986 - Compra R. Bueno Brandão

Promulgada a Constituição do Brasil. A Constituição brasileira, lei máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos, em vigência, foi promulgada pela Assembleia Constituinte, no ano de 1988.

Copa de 1994 Estados Unidos. A Copa do Mundo de Futebol de 1994 foi realizada nos Estados Unidos. Ela contou com a participação de 24 seleções e terminou com o jejum de títulos mundiais da seleção brasileira, que não vencia a competição desde 1970.


1995 Criação do EJA Educação de Jovens Adultos (da alfabetização ao Ensino Médio). A ação social da Escola é sólida alicerçada pelo trabalho voluntário de pais, alunos e professores.

2004 2000 40 anos comprometimento total com os novos tempos. O minimaternal - a ampliação da ação educativa, decorrente da realidade atual. Amplia-se também a parceria da Escola.

4a década: 1994 - 2004 Média de número de alunos: 1840 1996 - Compra R. Fiandeiras

Ataque às torres gêmeas no World Trade Center. Em 11 de setembro de 2001, terroristas sequestraram o voo 11 da American Airlines e jogaram o avião na fachada da torre norte do WTC. Dezessete minutos depois, terroristas fizeram a mesma coisa com outro avião (voo 175) da companhia, colidindo-o contra a fachada da torre sul. O maior atentado terrorista da história destruiu todo o complexo de edifícios do WTC e causou a morte de 1.344 pessoas.

Surge o Euro. As moedas e notas de euro iniciaram a sua circulação em 1o de Janeiro de 2002, em dezesseis países da União Europeia - Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Finlândia, França, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal. Além desses, quatro micropaíses europeus adotaram a moeda, Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano.

ADM

1997- Aluguel R. Fiandeiras

Guerra do Golfo Em 20 de Março de 2003, com a invasão do Iraque por uma coalizão militar multinacional liderada pelos Estados Unidos, tem início a Guerra do Golfo. A justificativa, apresentada pelo ex-presidente norteamericano George W. Bush, era que o Iraque estava desenvolvendo armas de destruição, ameaçando a segurança mundial.


2009 2007 2005

Inauguração de uma nova unidade da escola, para abrigar a Educação Infantil. Um local repleto de natureza, com árvores centenárias e animais de várias espécies. Instalações planejadas para maior integração do aprendizado das crianças.

Continuando o processo de profissionalização da gestão da Escola, forma-se o conselho da Lourenço Castanho.

2011 2009 Criação do ICLOC. Fundado em 2009 pelas sócias da Escola, Jeannette, Marilia, Marilú e Sylvinha, o Instituto Cultural Lourenço Castanho se propõe a concretizar um sonho - contribuir para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da educação brasileira.

O Ensino Fundamental II passa a funcionar em período único, pela manhã, permitindo abrigar vários cursos à tarde. Nascem as Ofertas Formativas Ampliadas.

2012 O Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional (NIDP) abre várias frentes de discussão na instituição - Grupo de Sustentabilidade, Inovação, Projeto Social e o Programa de Cidadania Lourenço Castanho.

Confirmação da Visão, Missão e Valores da Escola Lourenço Castanho.

5a década: 2004 -2014 Média de número de alunos: 1510

CONS

2005 - Aluguel R. Lourenço Castanho

Apple lança o iPhone e muda a imagem dos celulares. Em 2007, o iPhone, finalmente, virou realidade. Precedido por uma campanha publicitária bilionária e por um enorme frisson, analistas calculavam que dois terços dos americanos sabiam e aguardavam a chegada do dispositivo ao mercado. O iPhone foi lançado para o público, nos Estados Unidos, no dia 29 de junho, desafiando as convenções do setor de telefonia móvel no planeta.

2006 - Aluguel R. Diogo Jácome

ADM

2010 - Aluguel R. Bras Cardoso

Reconhecimento da união estável para casais do mesmo sexo no Brasil. Em maio, por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal - STF reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo, no Brasil. Alunos da 2ª série do Ensino Médio estiveram presentes na sessão. (A união estável também foi aprovada pelo Senado de Nova York).

População Mundial: 7 bilhões | População Brasileira: 190 milhões


Como a vida comeรงa Temas importantes abordados desde 1968

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Fragmentos do caderno de educação para o desenvolvimento, edição nº 12, de novembro de 1968.

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Cadernos e fichas pedagógicas Caderno número 15 - 1969

Caderno número 01 - 1972

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Caderno MAT 133 - 2º Ano - 2012 Data

INTRODUÇÃO O OBJETIVO DAS ATIVIDADES PROPOSTAS PARA SEREM FEITAS EM CASA É O DE INCENTIVAR A PESQUISA, A CURIOSIDADE, A TROCA DE IDEIAS ENTRE OS ALUNOS, BEM COMO A SISTEMATIZAÇÃO DE CONCEITOS JÁ ADQUIRIDOS. O CONFRONTO ENTRE AS RESPOSTAS TRAZIDAS PELOS ALUNOS SERVIRÁ PARA INTRODUZIR, FIXAR OU, AINDA, APROFUNDAR E AMPLIAR ALGUM CONCEITO. OS ALUNOS DEVEM SENTIR-SE COMPROMETIDOS COM AS TAREFAS PROPOSTAS PARA CASA, DE MODO QUE SINTAM A NECESSIDADE DE EXECUTÁLAS E SE HABITUEM A FAZÊ-LAS COMO ROTINA. NA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS, OS ALUNOS DEVEM VALORIZAR O CAPRICHO, APRESENTANDO CLAREZA NAS PALAVRAS E NOS NÚMEROS, UTILIZANDO MATERIAL ADEQUADO.

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MAT 133 0C12

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Ficha Língua Portuguesa - Pré - 1975

Caderno Língua Portuguesa - Inf. II - 2012 Data LIGUE A FIGURA AO NOME CORRESPONDENTE.

ABELHA

ABACAXI

ABÓBORA

ARMÁRIO 7

LP 220

Ficha Matemática - Pré - 1975

Caderno Matemática - 1º ano - 2012 Data FORME CONJUNTOS, PINTANDO OS VASOS:

MAT 113

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Ficha Língua Portuguesa - Pré - 1980

Ficha Língua Portuguesa - 1º ano - 2010 MA - LP - 11697/10 - 1/1

LÍNGUA PORTUGUESA Nome

Ano

Data

1o

0W10

MA - LP - 11677/10 - 1/1

LÍNGUA PORTUGUESA Nome

Ano

Data

1o 1- É O NOME DE UM INSTRUMENTO MUSICAL:

___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ 2- TOMAMOS QUANDO ESTAMOS COM TOSSE:

___ ___ ___ ___ ___ ___ 3- USAMOS PARA LAVAR OS CABELOS:

___ ___ ___ ___ ___ 1-

4- ACESSÓRIO USADO SOBRE OS OMBROS:

___ ___ ___ ___ 5- É O NOME DE UM JOGO DE TABULEIRO:

___ ___ ___ ___ ___ ___

2-

X

3-

X

6↓ X I I C A R R A M

4↓ X A L O E O

P

P

U

F

O

5↓ X A D R N E Z

E

6- USAMOS PARA TOMAR CHÁ:

___ ___ ___ ___ ___ ___ 0W10

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Caderno Ciências - 5ª série - 1980

Ficha Ciências - 4º ano - 2011 MA - CN - 0458/11 - 1/2

CIÊNCIAS Nome

Ano

Data

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VEGETAÇÃO E CLIMA

Fonte: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2009. p. 24 0F11

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Cidadania Lourenço Castanho


Ficha Matemática - 5ª série - 1990

Caderno Matemática - 6º ano - 2012 Data 15. Pinte 75% de cada figura:

16. Use o símbolo % para indicar a parte pintada:

14

Ficha Matemática - 5ª série - 1990

MAT 098

Caderno Matemática - 3º ano - 2012 Data 1. Você vai montar os conjuntos F e G seguindo o que estas afirmações estiverem indicando: U = {Números Naturais} F

G

0 ∈ F

6∈ F

1 ∈ G

7∈ G

2 ∈ F

8∈ F

3 ∈ G

9∈ G

4 ∈ F

10 ∈ F

5 ∈ G

11 ∈ G

2. Represente, entre chaves, os conjuntos F e G: a) b) 3. Defina os conjuntos F e G por meio de um atributo: a) Conjunto F

b) Conjunto G

63

MAT 130

Cidadania Lourenço Castanho

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Promover a formação dos professores Marca da Lourenço Castanho

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Cidadania Lourenço Castanho


Matéria publicada no Informativo maio/junho 1999 - ano 5 - nº 07 Cidadania Lourenço Castanho

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Informativos A Lourenço Castanho é notícia desde a sua fundação

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Estudo do Meio - Petar - 8ยบ ano - 2011

Cidadania Lourenรงo Castanho

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Cidadania Lourenรงo Castanho

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1ª turma de formandos do Ensino Fundamental - 8ª B - 1983.

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OR M A

TEATRO DESPEDIDA

ALEGRIA

MÚSICA

DE A Z AMI

DIPLOM AS

DE A D U SA SLIDES

AS M I R LÁG

DANÇAS

ZA E T S TRI

ESPERA NÇA

LEVAREI COMIGO UMA LEMBRANÇA TUA. DEIXAREI CONTIGO UMA SAUDADE MINHA. 8ª S, 83

Contra capa do convite de formatura - Turma de 1983.


www.lourencocastanho.com.br


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