Jornal O Acadêmico - Ed. 18

O ACADÊMICO | P

Esporte

A influência dos “esportes americanos” na vida dos rio-verdenses Página 7

Comportamento

A Cultura Vegetariana

Página 4

Empreendedorismo

Franquias crescem e são nova forma de abrir um negócio

Página 9

Especial

O esporte da vida dela!

Educação

Saúde

Hipertensão: sinal de alerta

Página 6

Projeto inovador pode transformar colégios goianos

Página 12

Prodígios: ainda são crianças, só que diferentes Página 15

Página 8

Exposição em Rio Verde transforma papel em obra de arte

Página 15

Trânsito

Novas medidas para o trânsito de Rio Verde Página 13

Comportamento Trabalho

Concurso público: o emprego dos sonhos Página 10

Até que ponto a internet influencia o relacionamento entre pais e filhos?

Página 4

O ACADÊMICO | P 2

EDITORIAL

Jornal Laboratório: a informação sempre perto de você

O Jornal Laboratório é produzido pelos acadêmicos do 4º e 5º período do curso de Jornalismo da Faculdade Objetivo. Ele tem como intuito desenvolver o senso crítico, técnicas de elaboração de pautas, entrevistas, produção de textos, e, acima de tudo disponibilizar aos leitores informações relevantes e objetivas sobre o cotidiano de nossa região. Nossos repórteres vão trazer a você, leitor, assuntos de abrangência regional, voltados não apenas ao público acadêmico, mas para toda a sociedade.

A capa desta edição traz a história de Ana Aurélia, uma para-atleta que superou as dificuldades da vida através do esporte. Na editoria de Educação, trazemos um pouco sobre a característica do sistema educacional da região. Em Saúde, o assunto é hipertensão e diabetes. Em Cultura trazemos uma discussão sobre música e estereótipo. A editoria de Comportamento relata o consumismo diante de outras necessidades.

Política, Economia e Tecnologia, considerados assuntos complexos, foram abordados

O Acadêmico Jornal Laboratório do curso de Jornalismo Ano VI - n° 18 - Abril de 2014 Faculdade Objetivo Rio Verde, Goiás CEP: 75906-577 Direção Administrativa Paulo Gomes Direção Acadêmica Stefane Barbosa Coordenação dos Cursos de Comunicação Social (Publicidade e Propaganda e Jornalismo) Márcia Mariano Raduan Caetano Diagramação e Projeto Gráfico Brunno Rodrigues (Agência Objetiva de Comunicação)

de maneira dinâmica para aproximar o público do assunto.

Assuntos sobre nossa região que, por vezes, passam despercebidos ou não são divulgados em outros veículos, terão destaque aqui. O objetivo do veículo é colocar em prática, com ética e imparcialidade, tudo que vem sendo aprendido no curso de Jornalismo ao longo de dois anos. O leitor terá sempre espaço para sugestões e críticas e poderá contribuir com cada edição do nosso Jornal Laboratório. Boa leitura!

PARTICIPE! Participe do Jornal O Acadêmico.

Mande suas críticas, sugestões, pautas,fotos e comentários sobre esta edição para: oacademico@faculdadeobjetivo.com.br _________________ Amanda Morais é acadêmica do 5° período de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e Editora-Chefe desta edição do Jornal O Acadêmico.

Conheça o Acadêmicos On-line. Acesse: academicoson.blogspot.com e confira!

Redação do Jornal Textos produzidos pelos alunos da disciplina de Jornal Laboratório, sob a supervisão da professora Ma. Anielle Morais.

Faculdade Objetivo Rio Verde, Goiás Fone: (64) 3624-2600 Site: www.faculdadeobjetivo.com.br E-mail: oacademico@faculdadeobjetivo.com.br

Editora de Esporte Bruna Senra

Editora-Chefe Amanda Morais

Reportagens e Fotografias Amanda Patriota Andriéli Santos Bruna Pedrosa Danielle Juliath Bento Júnior Ellen Nascimento Luan Barbosa Marcos Paulo Santos Pedro Lampert Sarah Rocha Valdinéia Barros

Editor de Economia Paulo Teles Editora de Política Jéssica Mendes Editora de Educação, Cultura e Meio Ambiente Paloma Morais Editora de Comportamento Paola Barberis Editora de Saúde Karlla de Oliveira

Editora de Tecnologia Angéllytha Cruvinel Editor de Fotografia Paulo Teles

Agradecimentos Bruno Kamogawa Giulianna Conte

O ACADÊMICO | P 3

COMPORTAMENTO

Aparência: questão de status, não mais de comportamento Por Amanda Morais

Um cuidado que as pessoas, principalmente as mulheres, não abrem mão é a aparência. Procuram estar sempre arrumadas, com as unhas feitas, cabelos escovados e muito bem vestidas. Esses hábitos já se tornaram rotina, independentementede a economia estar passando por crise oude o saldo no banco estar negativo.

Maria Aparecida da Luz, manicure depiladora e vendedora em Rio Verde, há mais de 17 anos, começa sua jornada de trabalho às 7h da manhã e não tem hora para acabar. Os atendimentos de estética são feitos de segunda a sexta-feira e as vendas acontecem até nos fins de semana.

As clientes são fixas e têm entre 8 e 90 anos de idade. Ela atende também recém nascidos, de quem apara as unhas.

A exemplo de outras mulheres, Munique Peres, coordenadora operacional da uma empresa e freguesa de Maria Aparecida, também se preocupa com a beleza. “Vou ao salão a cada 15 dias, faço tudo que tenho direito e mesmo que esteja apertada financeiramente, peço um prazo para pagar”, afirma. Além de gastos como esse, a coordena-

Foto: Amanda Morais

Maira Taiza Rodrigues largou o salão de beleza para abrir comércio de alimentos

dora diz que adora comprar calçados e perfumes. E para se manter sempre arrumada abriria mão até mesmo de comer.

Conhecida pelos familiares, amigos e clientes como Tida, Maria Aparecida afirma que juntamente com a sólida profissão, alcançou a confiança e o respeito das clientes. “Minhas clientes são tão fiéis a mim que quando não podem vir, já ligam desmarcando, pois sabem que tem sempre gente na fila para a vaga. Costumo dizer que não são clientes, mas sim uma família que a gente adquire.”

Prova disso é o cons-

tante movimento e a frequência de atendimentos que faz com que a autônoma acredite que não existe crise para beleza, e que por mais que existam momentos de dificuldades, sempre dá se dá um jeito.

Não é só beleza,alimentação também!

Assim como a aparência física se tornou algo essencial na vida do ser humano, a alimentação também é muito importante. A quantidade de pessoas que sai em direção à restaurantes, lanchonetes, bares, casas de shows é de espantar. Cozinhar em casa é coisa do passado. Hoje em

dia as pessoas preferem comer fora. E como acontece com a estética, o segmento da alimentação não sente dificuldades com as crescentes quedas econômicas.

Maria Taiza Rodrigues, que também já trabalhou em salão de beleza e há oito meses administra uma lanchonete, começa o trabalho as 6h30 da manhã e vai até as 22h30, de segunda a sexta-feira. Na parte da manhã e da tarde o público-alvo é formado por crianças e adolescentes. À noite é a vez de jovens e adultos. No ramo alimentício o movimento é intenso e a correria é total,

porém, o retorno é válido, além de ser uma aposta segura. “Tem clientes que vem todos os dias lanchar, nem que seja para comer um salgado”, afirma a Rodrigues.

Apesar da correria e das dificuldades, a comerciante sempre consegue um jeito de atender da melhor maneira possível os seus clientes. Para isso, procura fidelizar o gosto de cada um.

Mas, como depende do fluxo de alunos de uma instituição, que fica próxima ao seu comércio,os meses de julho e dezembro ela tira para descansar e aproveitar o marido e os filhos.

Foto: Amanda Morais

Munique Perez e Maria Aparecida da Luz - unhas feitas e papo em dia

CONHEÇA o Blog Acadêmicos On-line

Acesse: academicoson.blogspot.com e confira!

O ACADÊMICO | P 4

SAÚDE COMPORTAMENTO

A Cultura Vegetariana Por Paola Barberis

Vegetarianismo é uma dieta, total ou parcialmente isenta de carnes (bovina, suína, de aves e peixes) e de derivados animais. No mundo cresce a cada dia os adeptos dessa cultura, que vem ganhando visibilidade através de personalidades como Anthony Hopkins, Brad Pitt e Paul McCartney.

Os motivos para banir a carne do cardápio vão desde a procura por uma vida mais saudável, mudanças de hábitos e questões ambientais.

“Com a ausência de proteína animal, as mudanças logo são percebidas”. É o que afirma Gabriel Guimarães, vegetariano há três anos. Ele perdeu dois quilos e meio nos primeiros meses, mas logo depois sentiu os benefícios no corpo. “Me sinto mais lúcido e problemas como infecções alimentares reduziram 95%.”

Procurar a orientação de um nutricionista ao iniciar a dieta é extremamente importante. Em uma alimentação vegetariana não assistida, pode ocorrer déficit de determinados minerais, como cálcio, ferro, zinco e magnésio. Foi o caso da Maria Aparecida Alves, que aderiu ao vegetarianismo há 17 anos e teve sua primeira consulta com um nutricionista apenas no ano passado. Após descobrir que estava com colesterol alto, procurou orientação médica, onde descobriu falta de nutrientes em seu organismo. “Tenho mais dificuldade de recuperação para certas feridas, doenças e sofro de fraquezas.”, conta.

Tipos vegetarianos e o que eles comem

Dieta saudável e rica

A dieta vegetariana é uma dieta saudável. Rica em fibra e sem gorduras saturadas, “com ela é possível o equilíbrio entre proteínas, carboidratos e lipídeos, suprindo as necessidades diárias de minerais e vitaminas”, destaca a nutricionista Danielle Macedo.

Porém, esse efeito só é possível se o vegetariano

consumir uma grande variedade de vegetais. Ela alerta que os alimentos de origem animal por massas e carboidratos traz um aumento na taxa de lipídios. De acordo com a nutricionista, os piores erros cometidos por quem adere à dieta é não procurar orientação médica e não manter uma dieta balanceada.

A ADA (American

Dietetic Association), órgão de saúde americano, afirma que as dietas lacto-ovo-vegetarianas podem suprir as necessidades nutricionais de adultos e inclusive de bebês, promovendo um crescimento equivalente ao de crianças que não seguem os mesmo hábitos alimentares.

Benefícios

De acordo com o nutricionista George Guimarães em texto publicado no site Guia Vegano, estudos científicos comprovam que os benefícios da dieta vegetariana vão desde melhor desempenho nos esportes à reversão de doenças do coração. Entre eles estão: • Controle de peso: Uma dieta com produtos animais reduzidos é pobre em gorFoto: Paola Barberis

dura, o que reduz o valor calórico da refeição. Além disso, outros fatores como fibras na dieta também contribuem para a redução e a manutenção do peso ideal.

• Redução do risco de doenças do coração: Além de ter menor teor de gordura, uma dieta com menos produtos animais (carnes, ovos, leite e derivados) é praticamente isenta de colesterol.

A abundância de fibras da dieta ainda ajuda o organismo a eliminar o colesterol excessivo.

• Redução do risco de desenvolver câncer: Os alimentos de origem vegetal são muito ricos em vitaminas e minerais fundamentais para uma boa saúde. A baixa quantidade de gordura e a abundância de fibras presentes nestes alimentos também contribuem para a redução do risco de desenvolver várias formas de câncer.

• Queda nos índices de pressão arterial e menor probabilidade de apresentar diabetes: Devido aos níveis quase nulos de colesterol no sangue, a incidência dessas doenças em vegetarianos é praticamente inexistente.

Frutas e verduras: base da dieta vegetariana

• Outros benefícios: Melhora a disposição e energia, possibilita a descoberta de novos alimentos, reduz o risco ou ameniza os efeitos de doenças degenerativas como osteoporose, obesidade e hipertensão. Reduz os sintomas ou elimina alergias e artrites.

O ACADÊMICO | P 5

SAÚDE COMPORTAMENTO

Até que ponto a internet influencia o relacionamento entre pais e filhos?

Por Angéllytha Cruvinel

A internet é um dos principais meios de comunicação e a aquisição de informações dos jovens, acelera de acordo com o ritmo da sociedade moderna, que cada vez mais, busca por rapidez e facilidades.

Para o Psicólogo, Wagner Azevedo, manter o controle sobre essa dependência tem se tornado cada vez mais difícil, já que essa tecnologia tem uma influência muito grande na vida das pessoas, principalmente no caso dos jovens que passam grande parte do tempo conectados. E os problemas não param por aí: outro grande fator destacado pelo psicólogo é a ausência dos pais no dia a dia das crianças, o que é um erro gravíssimo.

Os jovens, para suprir essa carência, buscam na internet uma maneira de serem notados e até mesmo uma forma de ocupar o tempo que passam longe da companhia dos pais.

Wagner Azevedo explica ainda sobre a importância dos pais ficarem atentos em relação a eventuais diferenças de comportamento dos filhos. Esse acompanhamento não se restringe apenas a limitações de uso da internet e, sim, em mostrar para o adolescente o valor e a influência que ela tem em nossa sociedade. Ou seja, cabe a cada pai mostrar os benefícios e os malefícios que a internet proporciona.

Mas é claro que, vez ou outra, é necessário usar os limites estipulados pelos pais.

Quando os pais não impõem limites sobre os

horários de navegação, os filhos tendem a se tornar cada vez mais dependentes. Por exemplo, se ontem o filho passou duas horas na internet, hoje ele quer passar três, amanhã quatro, e assim sucessivamente. Quando isso acontece, o relacionamento entre pais e filhos corre o risco de sofrer graves prejuízos.

Marlene Alves, funcionária pública e mãe de dois adolescentes, acredita que o uso indevido da internet interfere no relacionamento da família. “Os filhos passam horas isolados e conectados nas redes sociais o que nos impede de conversar uns com os outros. Em determinados casos é preciso mandar desligar o computador”.

Depois de ter estipulado algumas normas e horários, Marlene explica que, hoje, seu filho já consegue equilibrar o uso de navegação. “Hoje eu não me considero uma pessoa totalmente viciada, mas há mais

ou menos 4 meses atrás eu praticamente não aproveitava a vida. Era o tempo todo conectado nas redes sociais, nos jogos virtuais. Cheguei a passar noites em claro jogando ou falando com os amigos pelas redes sociais”, declara Jaysson Santos.

O estudante, 19, acredita que se estivesse até hoje conectado de maneira inadequada provavelmente, estaria sofrendo algum tipo de transtorno psicológico, até porque ele passava em média de 12 à 13 horas por dia em frente ao computador e/ou celular. “Toda essa dependência foi crescendo conforme as redes sociais foram se modificando. O Facebook, por exemplo, foi um marco. No início eu nem piscava direito vendo o que os meus amigos postavam.Hoje a nova onda é o Whatsapp e eu confesso é um vício porque consigo compartilhar um vídeo, foto em uma velocidade incrível”, confessa.

Os pais devem obFoto: Angéllytha Cruvinel

Jovens em uma Lan House

Foto: Angéllytha Cruvinel

Marlene Alves e o filho Jaysson Santos

servar se o uso inadequado da internet está dificultando outras atividades dos filhos como, por exemplo, o desempenho escolar e o contato social ou algum outro tipo de malefício. O estudante Paulo Silas, 18, sempre teve um acompanhamento rigoroso pelos pais em relação ao uso da internet. “Eu jamais me considerei uma pessoa viciada na internet até porque meus pais sempre cobraram de mim nos estudos, então, eu não tinha tempo para jogar e conversar com os amigos nas redes sociais. Paulo explica que seus pais sempre orientavam sobre o poder que da internet”.

Simone Rodrigues, mãe de Paulo Silas, diz que

nos dias de hoje é quase que uma obrigação os pais estarem por dentro dessas novas tecnologias. Ela faz questão de acompanhar tudo o que o filho faz na internet.

Não há dúvidas de que a internet produziu numerosos benefícios para a sociedade. Ela melhora e facilita a comunicação e a informação. Entretanto, esse desenvolvimento não está livre de riscos e aspectos negativos. Por isso, é de extrema importância que os pais estejam atentos em relação aos seus filhos para que estes possam perceber eventuais diferenças em seus comportamentos. Os filhos se espelham nas atitudes dos pais para criar uma rotina de comportamento.

O ACADÊMICO | P 6

SAÚDE

Hipertensão: sinal de alerta Por Valdinéia Barros

A hipertensão ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tencionais no sangue.

Geralmente é acompanhada por outras alterações, como a obesidade. Ela pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou quando o volume de sangue é muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. É a principal causa de morte no mundo, pois ela pode favorecer uma série de outras doenças.

Os sintomas de pressão alta geralmente aparecem quando o hipertenso já está em uma fase muito avançada.

Há exceções em que algumas pessoas apresentam sinto-

mas como dores de cabeça e no peito e tonturas.Segundo a enfermeira Eunice Martins Pereira, a pressão arterial considerada normal é a 12 por 8.

Nos casos de hipertensão leve, com mínima entre 9 e10, tenta-se primeiro o tratamento não medicamentoso, que envolve mudanças no hábito de vida, inclusive o alimentar. A pessoa precisa diminuir drasticamente o sal dos alimentos e bebidas alcoólicas, praticar exercícios (pelo menos uma caminhada diária de 30 minutos).

Anézia Souza da Silva, 79, faz o uso de medicamentos desde 2002 e diz: “Quando descobri a pressão alta passei muito mal com tontura, falta de ar e dor no peito. Fui ao

posto de saúde e minha médica me disse que era hipertensão”. De lá pra cá, ela faz uso de remédios todos os dias; são dois pela manhã, um à tarde e mais dois à noite, não come mais comidas muito temperadas e nem gordurosas. “É o que me matem em pé”, afirma.

Para os hipertensos já na fase mais critica, além dos exercícios e das mudanças de hábitos e necessário que eles mantenham uma receita contínua de medicamentos, entre eles o Captopril e a Hidrocloroazida. Ambos são encontrados na rede publica. É preciso ainda medir a pressão arterial com regularidade e anotar os valores para que o médico possa avaliar a eficácia do tratamento.

Foto: Valdinéia Barros

Remédios utilizados contra a hipertensão (alguns deles encontrados na rede pública de saúde)

Saúde sem fôlego Por Karlla Oliveira

São as famílias brasileiras que financiam a maior parte das despesas de saúde no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Do total gasto, no ano passado, cerca de R$ 128 bilhões (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos, e R$ 93 bilhões (41,6%) são provenientes do setor público.

A questão é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o fôlego dos brasileiros. O maior entrave, sem dúvida, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento oficial

Foto: Karlla Oliveira

A insatisfação dos profissionais que trabalham para o SUS também influencia na qualidade do serviço

em sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), cerca de 171 mil pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eleti-

va (procedimento agendado, que não possui característica de urgência). A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos.

E as despesas são plenamente financiadas pelo Executivo.

Para onde vai esse dinheiro ?

A qualidade do serviço também é influenciada pela insatisfação dos médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde, em média, a remuneração dos profissionais da área pública é metade da paga pela privada. Em alguns casos, a diferença é exorbitante: uma equipe de seis profissionais recebe R$ 940 do SUS por cirurgia, enquanto receberia até R$ 13.500 dos planos de

saúde.

Falando em planos de saúde, diante do caótico quadro da saúde pública, os brasileiros se esforçam para manter planos privados. Atualmente, 26,3% da população (ou 49,1 milhões de pessoas) compromete parte da renda para ficar longe dos hospitais públicos. O desafio é manter as contas em dias à medida que envelhecem. Aos 60 anos, um segurado pode ter que desembolsar mais de R$ 700 para manter um plano básico, suficiente apenas para ocupar um leito de enfermaria ao lado de outros pacientes, em caso de internação.

O ACADÊMICO | P 7

ESPORTE

A influência dos “esportes americanos” na vida dos rio-verdenses Por Pedro Lampert

Futebol americano, beisebol, basquete e hóquei no gelo. Esses são os quatro esportes mais praticados e populares nos Estados Unidos. São conhecidos como os “esportes americanos”. Entretanto, há alguns anos, os esportes que dominam a cultura estadunidense têm cruzado fronteiras e se espalhado pelo mundo. No Brasil, é impossível não notar a influência de tais modalidades na vida dos amantes de esporte.

Os principais responsáveis pela importação desta cultura são a internet e a televisão (aberta e por assinatura). Enquanto os canais esportivos do Brasil dão cada vez mais destaque a transmissões e programas especialmente voltados aos “esportes americanos”, a grande rede permite ao internauta assistir partidas e acompanhar notícias, algo que não existia há alguns anos.

Por mais que o basquete tenha entrado na história do esporte brasileiro desde a metade do século XX, o fácil acesso aos jogos das ligas americanas (profissional e universitária) tem levado a população a gostar mais dessa modalidade. Porém, o que mais impressiona é força com que o futebol americano, beisebol e hóquei no gelo têm atraído fãs por todo Brasil, inclusive em Rio Verde. O curioso é que esses são esportes que não possuem nenhuma ligação com o povo brasileiro, apesar do nosso desejo de copiar tudo o que faz parte da cultura dos Estados Unidos.

O aumento da audi-

Foto: Pedro Lampert

Remédios utilizados contra a hipertensão (alguns deles encontrados na rede pública de saúde)

ência dos jogos de futebol americano no Brasil. Segundo o site “Tela Viva”, a média de audiência em cada transmissão da NFL (National Football League) nos canais ESPN do Brasil foi de 123 mil pessoas em 2013, contra 53 mil em 2012. Também é comum encontrarmos produtos originários destes esportes em nossa cidade. Bonés com as marcas de times de beisebol e hóquei no gelo, acessórios relacionados ao futebol americano e camisas de times de basquete dos Estados Unidos podem ser encontrados em vários locais da cidade.

Os principais influenciados pelos “esportes americanos”

Apesar do crescimento recente, não é de hoje que os esportes americanos chegaram ao conhecimento dos brasileiros. Em Rio Verde,

por exemplo, o publicitário Tizzo Neto começou acompanhar o futebol americano há mais de 20 anos, quando a Rede Bandeirantes passou a transmitir jogos da NFL. Tizzo conta que se tornou fã dos esportes americanos no início dos anos de 1990, quando a televisão aberta começou a dar ênfase ao basquete por conta do auge de Michael Jordan.“Era muito difícil acompanhar o futebol americano.

Nós tínhamos até vergonha em falar que acompanhávamos o esporte, justamente por esse preconceito”, diz o publicitário.

Ele acrescenta ainda que o futebol americano está começando a se tornar popular no Brasil e que só tem a crescer no futuro, até porque a liga de futebol americano dos Estados Unidos tem buscado tal popularização em

nossas terras.

Em relação à contribuição gerada pela TV por assinatura e internet, Tizzo Neto faz uma comparação: “Em Rio Verde, hoje em dia, com a facilidade que esses meios de comunicação oferecem, torcer por um time de basquete ou futebol americano dos Estados Unidos é praticamente a mesma coisa que torcer por um clube de futebol do Rio de Janeiro ou São Paulo, já que é possível assistir os jogos e acompanhar as notícias de ambos da mesma maneira.”

A dificuldade em relação à

prática de tais modalidades

Apesar de serem esportes com fãs em Rio Verde, é impossível achar em nossa cidade praticantes do beisebol e do hóquei no gelo, até porque esses esportes requerem vários equipamentos especiais. Por outro lado, basquete e futebol americano já encontram mais adeptos.

O basquete, por ser um esporte olímpico e com história no Brasil acaba sendo muito praticado em todas as cidades, enquanto o futebol americano se tornou mais uma brincadeira de fim de semana.

Foto: Pedro Lampert

Uniforme que compoe o esporte americano

O ACADÊMICO | P 8

ESPECIAL

O esporte da vida dela!

Por Bruna Senra

Para muitas pessoas, o esporte é uma forma de lazer, diversão e paixão. Para outras, é tudo isso e muito mais. É o meio em que se podem criar forças e confiança para a superação de algum problema, seja ele pessoal ou físico.

O esporte possibilita viver de novo, encontrar caminhos para que prevaleçam os sonhos. E a superação através do esporte mostra que há como vencer as adversidades impostas pela vida.

Um exemplo disso é Ana Aurélia Mendes Rosa, que buscou no basquete uma saída para enfrentar o acidente de carro que a deixou sem o movimento das pernas, na condição de cadeirante. Ana, hoje, é jogadora e medalhista de basquete.

Ela conta que antes do acidente já gostava de atividade física e praticava diferentes esportes, mas só depois dele veio a conhecer o basquete em uma clínica de reabilitação em Goiânia.

Ida para a Seleção Brasileira

Ana Aurélia conta que sua primeira participação seleção brasileira de basquete foi em 2009, quando já havia dois anos que ela praticava o esporte. Assim como no futebol e em outros esportes, são enviados olheiros para as principais competições. Foi através de um deles, no campeonato regional em Brasília, que Ana foi selecionada para uma pré-convocação e ficou entre as 12 meninas escolhidas. Acabou indo representar o Brasil na Copa das Américas realizada na Guatemala.

Foto: Arquivo pessoal

faculdade através do basquete, pois quem jogava também ganhava bolsa de estudos.

Mais do que a vitória, os jogos enfatizam as conquistas individuais de cada atleta, capazes de superar suas deficiências. Assim como Ana Aurélia, muitas

pessoas tiveram o gosto de reviver emoções através do esporte. Seu feito é notável, pelo fato de ter perdido a mobilidade nas pernas, e em tão pouco tempo, já se tornar uma medalhista brasileira.

Ana é, sim, um exemplo para todos nós!

Foto: Arquivo pessoal

Medalhista representa o Brasil lá fora

Ela conta também que foi selecionada para três seleções em sequência, e em 2011 foi sua última participação na seleção por conta de uma lesão grave que aconteceu no Pan-Americano, em Guadalajara, no México. Por conta dessa lesão ficou afastada por um ano e meio. “Eu estava pré-convocada para as Paraolimpíadas em Londres e acabei pedindo dispensa por conta da lesão”, conta Ana Aurélia.

O Parapan é uma competição preparatória para as Paraolimpíadas. “No Parapan nós conseguimos uma

medalha inédita. Foi emocionante porque trouxemos bronze, o que nem o masculino conseguiu”. O time masculino ficou fora do Parapan, as jogadoras do feminino com menos apoio, conseguiram trazer para casa medalha de bronze e a vaga para as Paraolimpíadas, em Londres.

A jogadora deixa clara a importância que o esporte trouxe à sua vida. “O esporte hoje, para mim, representa saúde, convívio, aprendizado e a gente acaba amadurecendo em muitas coisas”. O esporte proporcionou os estudos de Ana Aurélia. Ela concluiu a

Conquista do Bronze no Parapan de Guadalajara (México)

Basquete é a única opção de para-atletas em Rio Verde Em Rio Verde, cidade com quase 200 mil habitantes, a única opção de esporte adaptado para cadeirantes é o basquete. O Secretário de Esporte e Lazer de Rio Verde, Antônio Matos Cardoso, conhecido como Toninho, afirma que a prefeitura disponibiliza apenas o basquete como esporte adaptado, pois esse é o esporte pelo qual a maioria dos cadeirantes opta. Caso houvesse a procura por outros esportes “a prefeitura iria, sim, disponibilizar [outros esportes], até porque o Corpo de Bombeiros da cidade nos permite usar a piscina e outras áreas”.

O ACADÊMICO | P 9

EMPREENDEDORISMO

Franquias crescem e são nova forma de abrir um negócio Por Luan Barbosa

Criar uma empresa pode não ser tão fácil quanto se imagina. Além da vontade do empreendedor, é necessário conhecimento de mercado para estabelecer metas para o sucesso, como assegura o site do Sebrae.

O crescimento de novas empresas no Brasil vem se tornando mais evidente nos últimos anos. Mesmo com os desafios, muitos profissionais querem ser “donos do próprio nariz”. O site revela que a análise da concorrência é importante para manter o negócio saudável e para lidar com as mudanças que ocorrem de forma ocasional no mercado.

Um caminho a seguir são as franquias, soluções de negócios para diferentes tipos de investimentos, com capital de baixo risco e retorno mais rápido. O setor teve crescimento de 11,9% em 2013 em relação a 2012, dados apresentados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Um crescimento percentual maior que o registrado pelo PIB brasileiro, de 2,3%, no mesmo ano. O relatório aponta ainda que o total de franquias no país ultrapassou a marca de 114 mil unidades, 9,4% maior que 2012. Mesmo com essa expansão, 3,1% do total não sobreviveu no período devido a fatores como a não adaptação às mudanças de mercado, localização não apropriada para o tipo de negócio, etc.

As áreas de investi-

Foto: Luan Barbosa

A única livraria em Rio Verde

mento com maior destaque em 2013 foram as de esporte, saúde, beleza e lazer, com expansão de 23,9% do que foi faturado. Na segunda

colocação, estão os setores de hotelaria e turismo, com 21,9% de aumento.Em terceiro, os de acessórios pessoais e calçados, com 17.1%. Ali-

mentação, educação e treinamento cresceram16,6% cada; comunicação, informática e eletrônicos, 15,1%. Casa e construção conseguiram au-

mentar 13,4% no faturamento, vestuário, 12,1% e veículos ficou 11,5%de aumento.

Novidade em Rio Verde

Uma nova franquia que vem chamando a atenção da população rio-verdense desde o último mês é, hoje, a única livraria da cidade. Inaugurada em fevereiro deste ano, o proprietário Marcelo Faria de Moraes, afirma que o movimento foi maior do que o esperado, pelo pouco tempo de existência da empresa. Ele diz que a equipe da livraria está feliz com a aceitação e procura da população da cidade.

Com um acervo de mais de 20 mil exemplares, a franquia atende a todo tipo de público, com destaque para o infanto-juvenil, presente no local com mais frequência.

Foto: Luan Barbosa

Livraria possui mais de 20 mil exemplares disponíveis

O ACADÊMICO | 10 P

TRABALHO

Concurso público: o emprego dos sonhos Por Paulo Teles

Foto: Paulo Teles

Diretor da agência dos Correios de Quirinópolis, Wilton Santos, no setor de controle de correspondências

O ano de 2014 está sendo um período com muitas oportunidades de emprego para concurseiros de todo país. Os concursos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil estão entre os mais concorridos. Outros são de grande destaque este ano, da Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério do Trabalho e Emprego. O concurso do Banco do Brasil, realizado em fevereiro deste ano, contou com 636.384 inscritos para disputar as 8.630 vagas.

A busca pelo emprego dos sonhos fez com que o acadêmico do curso de História, Richard da Silva Castilho, 25, optasse por disputar uma vaga no serviço público.

Hoje ele trabalha na Câmara Municipal de Quirinópolis, onde passou em um concurso para a vaga de Segurança.

Agora estuda para novos concursos. Castilho diz que “es-

tudar para concursos públicos requer tempo, motivação e ter que abrir mão de muitas coisas para alcançar os objetivos”.

Wilton Pereira dos Santos, 32, trabalha nos Correios há onze anos e continua estudando para concursos.

Graduado em Enfermagem, tem como foco a área de saúde. Ele deseja conseguir um trabalho em Autarquia e está tentando, também, fazer medicina. O funcionário público passou em sete concursos e deixa uma dica para quem pretende disputar uma vaga de servidor. Ele afirma que para passar em concurso é preciso estudar matérias básicas como Português, Matemática, Informática, Direito Administrativo e Constitucional, antes mesmo da publicação do edital.

Richard Carvalho começou a estudar para concurso público em 2013, com

objetivos na carreira policial.

O cargo de delegado federal é o seu sonho. Para ele, é importante também o retorno à sociedade, e, por isso, quer contribuir como defensor da sociedade na carreira pública.

Santos e Castilho têm em comum a busca pela vaga no serviço público. Dispondo de parte de seus dias para o estudo contínuo, segundo eles, o estudo diário e a busca

pelos objetivos compensam com a conquista da vaga.

Cursos Preparatórios

Na busca por uma melhor preparação, muitos recorrem a cursinhos e aos estudos direcionados em instituições que tem como foco a aprovação em concursos.

Para a Gerente Administrativa do Complexo Educacional Damásio (polo Quirinópolis), Hosana Cristina, o cur-

sinho traz muitos resultados: “O aluno precisa assistir às aulas, copiar o que foi dito para que memorize mais rápido o conteúdo”.

No Complexo Educacional, as aulas são tele presenciais, têm o formato de vídeo aulas. Ela afirma que para ser aprovado em um concurso publico é preciso seguir um projeto de pelo menos dois anos.

O ACADÊMICO | 11 P

UNIVERSITÁRIO

Faculdade e trabalho: como encarar essa realidade?

Por Amanda Patriota

Com aprovação no Curso Superior, os jovens precisam lidar com novas responsabilidades e listar prioridades para evitar o endividamento. Principalmente para aqueles que precisam mudar da sua cidade e dependem da ajuda financeira de seus familiares.

Quando a família não tem condição de custear todos os gastos com o estudo, o jovem precisa conciliar trabalho e faculdade, opção que muitos universitários, tanto de rede pública quanto da privada, já estão encarando. No caso de universitários que moram sozinhos, as despesas são maiores, pois eles possuem gastos fixos como aluguel, água, energia e alimentação.

Essa é a experiência que a bolsista Laura Beatryce está vivendo há dois anos, desde que se mudou de Inaciolândia para cursar Publicidade e Propaganda em Rio Verde. Ela mora sozinha em um apartamento conjugado, saiu recentemente de um estágio remunerado, e começará em breve a trabalhar em sua área com carteira assinada em uma agência de publicidade.

Com isso,sua rotina de trabalho será de 8 horas diárias. “Eu sei que não posso gastar muito do meu sa-

lário, anoto todas as contas que tenho fixas e separo um dinheiro, uma quantia a mais, porque sempre vai ter alguma coisa de emergência que vou precisar”.

Laura busca outras alternativas para ajudar a cobrir seus gastos. Ela faz resumos e dá aulas particulares para quem não entende certas matérias. Para driblar as dificuldades, é preciso ter foco e ser controlado com os gastos.

Comprar só o necessário e ser econômico. É preciso pensar que a faculdade é um investimento e tudo o que for limitado durante o curso será recompensado.Uma opção para economizar é morar com parentes ou em repúblicas, onde os gastos são divididos, o que alivia o bolso no fim do mês.

Bolsas Universitárias do Governo

Para o aluno de faculdade particular, quando a mensalidade realmente não couber no orçamento mensal, o ideal é recorrer à bolsas universitárias oferecidas pelo município de Rio Verde ou pelo governo federal, como o PROUNI e o FIES.

Segundo Eliene Guimarães, Auxiliar Administrativa da Faculdade Objetivo, o PROUNI é um programa do

Foto: Amanda Patriota

Laura Beatryce, estudante de Publicidade e Propaganda, sabe bem o que é encarar essa realidade

Ministério da Educação criado pelo Governo Federal.Ele concede bolsas de estudos integrais e parciais de 50%.Um dos critérios para adquirir o programa é ter cursado Ensino Médio em escola pública e, no caso do aluno ter estudado em rede particular,ele só poderá concorrer ao programa se tiver cursado o ensino médio mediante bolsa integral.

O critério é ter partici-

pado do ENEM no ano anterior ao ano da inscrição.O aluno precisa obter no mínimo 450 pontos e não pode zerar a redação. Para ter a bolsa integral, a renda bruta familiar do aluno deve ser de até 1,5 salário mínimo por pessoa.Caso a renda familiar do aluno seja maior que 1,5 salário mínimo por pessoa e menor que 3 salários mínimos o aluno concorrerá a bolsa parcial de 50%.

O FIES é um financiamento com baixas taxas de juros: 3,4 % ao ano. Para participar do programa, o aluno que concluiu o ensino médio até 2009 não precisa ter feito o ENEM.Para os que concluíram o Ensino Médio a partir de 2010, é obrigatório.O estudante paga uma taxa trimestral de R$50 e começa a pagar o financiamento após 18 meses de conclusão do curso.

PARTICIPE do Jornal O Acadêmico

Mande suas críticas, sugestões, pautas, fotos e comentários sobre esta edição para: oacademico@faculdadeobjetivo.com.br

O ACADÊMICO | 12 P

EDUCAÇÃO

Projeto inovador pode transformar colégios goianos Por Paloma Morais

Oficinas educativas realizadas durante a semana são as novidades no Colégio Estadual Jose Salviano Azevedo, de Santa Helena de Goiás.

Com atividades, os alunos do ensino médio tem aumentado a proficiência em Língua Portuguesa e Matemática.

Essas disciplinas foram as escolhidas já que os alunos possuem pouco interesse na leitura e tem dificuldade de aprendizado. Essas atividades são do projeto ProEMI/Jovem de Futuro, que foi implementado na unidade de ensino desde 2011. E tem dado muitos resultados.

A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria Municipal da Educação, Governo do Estado, MEC e UNIBANCO. O projeto é realizado pelos professores do colégio durante as aulas e disciplinas que eles ministram. Os alunos criam poemas e poesias para serem apresentados para os colegas e em outros eventos e projetos que a escola participa e organiza. Assim, as oficinas não interferem na carga horária dos alunos. No entanto, os adolescentes do turno matutino podem fazer parte das oficinas do vespertino e vice versa.

Os pais dos alunos também podem participar do projeto e desenvolver junto com os seus filhos um exercício de aprendizagem, mas, de acordo com a professora de Língua Portuguesa, Katiuse Dantas, muitos pais não participam das oficinas por trabalharem e não terem tempo de ir ao instituto de ensino.

Foto: Paloma Morais

Alunos usufrem das novas instalações

A escola também recebe uma verba de R$80 mil anualmente para ajudar na infraestrutura da unidade de ensino. Com o dinheiro, foram comprados novos armários para a sala dos professores, ar condicionado para as salas de aula, além de TVs que ajudam os professores a elaborarem aulas mais dinâmicas e chamativas, com vídeos educativos. Assim, os alunos têm maior interesse na aula e no conteúdo que o professor ensina. Além disso, o quadro negro foi substituído pelo quadro branco, ajudando na visibilidade dos

alunos com as tarefas, e acabando com o uso de giz que soltava pó e causava alergia em algumas pessoas.

Segundo a coordenadora do colégio, Cristiana Kasumi, este projeto está sendo realizado com metas para o estado e para a escola. Além disso, o colégio tem de prestar contas sobre o que está fazendo com o dinheiro enviado, e sobre as melhorias que estes serviços estão proporcionando. Também deve mencionar os resultados finais na qualidade do ensino e o desempenho do aluno em sala.

A difícil missão de inovar o sistema educacional brasileiro Por Sarah Rocha

Em Rio Verde, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF), Luiz Alberto Leão, saiu na frente no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (IDEB). O índice analisa o desempenho escolar do aluno e é também requisito importante na hora de receber verbas públicas. Em 2009 a nota esperada era de 5.6, mas no mesmo ano a escola conseguiu 6.9. Atualmente sustenta a nota de 7.6 e deixa para trás instituições de ensino conceituadas e renomadas da região. A escola se tornou referência para outros municípios na busca de qualidade.

A educação tem sido um instrumento de interesse e preocupação não só por parte da sociedade civil, mas também pela classe política que, por meio de políticas públicas, tem procurado ampliar e desenvolver o Sistema Educacional Brasileiro e fortalecer o ensino público.

Especialista em gestão de pessoas e mestrando em educação, o professor Clésio Feliciano, explica que para fazer isso acontecer

não precisa mudar o sistema educacional no país e, sim, fazer com que o modelo disponível atualmente cumpra com seus objetivos.

“No município de Rio Verde, a educação é destaque no cenário regional e nacional. Muito disso se dá pela responsabilidade da própria gestão municipal e a preocupação com a formação de professores. Mesmo assim, muito ainda precisa ser feito à educação que é um direito humano que precisa ser contemplado por todos”.

CONAE

O adiamento da Conferencia Nacional de Educação (CONAE 2014) repercutiu mal no setor educacional. O evento ia acontecer em fevereiro e foi remarcado para novembro.

Várias entidades emitiram nota de repúdio lamentando a decisão. Dada a necessidade de discutir e pressionar a aprovação do novo Plano Nacional de Educação. O PNE que deveria vigorar de 2011 a 2020, mas ainda está em tramitação no Congresso Nacional.

Foto: Sarah Rocha

Alunos da rede municipal de ensino

O ACADÊMICO | 13 P

TRÂNSITO

Novas medidas para o trânsito de Rio Verde Por Jéssica Mendes

O desenvolvimento acelerado de Rio Verde tem trazido problemas para a população. Dentre eles o aumento desordenado do fluxo de veículos e a dificuldade de estacionar nas vias centrais da cidade. Isso tem ocasionado diariamente o desrespeito aos artigos 181 e 182 do Código de Transito Brasileiro (CTB) referente às normas de transitar, parar e estacionar.

Segundo dados da Agência Municipal de Mobilidade e Transito (AMT) de Rio Verde, hoje a cidade possui cerca de 110 mil veículos e mais uma frota flutuante (veículos que apenas passam pelo município) de 33 mil veículos. E a cidade não para de crescer. De acordo com concessionárias consultadas na região, a média mensal de venda de carros novos é de 350.

A estrutura da cidade demonstra não comportar um considerável aumento na quantidade de veículos. A fim de organizar o trânsito atual, algumas medidas já estão sendo tomadas.” No que tange ao fluxo de veículos nos horários de pico, principalmente no acesso as universidades e faculdades, semáforos foram sincronizados aumentando o período de sinal verde nestes sentidos. Para a Avenida Presidente Vargas, está em tramitação um projeto de implantação da Área Verde, que deverá dar rotatividade às vagas de estacionamento no centro de Rio Verde”, é o que afirma a assessoria de imprensa da AMT.

Na Avenida Presiden-

Foto: Jéssica Mendes

Trânsito de Rio Verde exige novas medidas

te Vargas, comerciantes afirmam que a ausência de locais apropriados para estacionar acaba influenciando nas vendas, já que muitos consumi-

dores deixam de comprar pela falta de acessibilidade das vias. “Já aconteceu de eu deixar de ir a determinado lugar por não conseguir estacionar

na avenida e ter que recorrer às vias laterais. Outra vez não encontrei vaga e parei cinco minutinhos em uma vaga destinada a moto taxistas para Foto: Jéssica Mendes

Fluxo de carros na cidade de Rio Verde cresce a cada dia

ir ao banco e quando voltei eu já havia sido multado”, afirma Mario Aparecido Cruvinel. Área Verde é uma opção para os motoristas

O projeto de implantação da Área Verde está em fase final de confecção da minuta com os pré-requisitos para a licitação do projeto.

Um novo sistema de Estacionamento Rotativo mais moderno será implantado no município. Totalmente informatizado com diversas opções de aquisição de crédito ao longo das vias, ele deve facilitar ainda mais o sistema de trânsito.A previsão é de que o sistema esteja implantado até o fim deste semestre. Ele dará maior dinamismo e rotatividade no centro da cidade. O período de permanência na mesma vaga será de duas horas.

Veículos pesados dentro da cidade: outro problema

O tráfego de veículos pesados dentro da cidade, além de ser considerado perigoso para a população, pode também atrapalhar muito o trânsito.Atualmente não existe nenhum regulamento que proíbe o tráfego destes veículos na região. Estas regulamentações só serão editadas após o término da obra no anel viário de Rio Verde.

A fim de amenizar a situação do trânsito, foram criadas rotas alternativas para estes veículos pesados. Dois painéis eletrônicos foram colocados nas principais entradas da cidade informando os desvios.

O ACADÊMICO | 14 P

CAMPO

Inovação no campo Por Andriéli Santos

Já não é segredo para ninguém que a economia do Brasil gira em torno da agropecuária. Os simples ato de plantar e colher movimenta o país e é disso que sai o sustento de muitas famílias. As atividades da agricultura só parecem simples, mas não são.

Para plantar, primeiro, é preciso adubar a terra e realizar estudos que comprovem a sua fertilidade. Feito isso, a terra está pronta para receber a semente e, a partir daí, alguns cuidados devem ser tomados para que pragas não atrapalhem a fertilização.

Para ajudar nestes procedimentos, alguns agrotóxicos foram criados para atingir diretamente pragas e fungos.

Outro fator muito importante na atividade de agricultura é a chuva. Tanto a falta, quanto a abundância dela, podem prejudicar o processo da plantação.

Na hora da colheita, máquinas se perdem em meio às lavouras para que os grãos sejam colhidos com total qualidade. Mas o que seria de todo esse processo sem a ajuda da tecnologia? Como em todas as áreas, ela invadiu o campo para trazer melhorias. Máquinas, implementos agropecuários, insumos agrícolas estão em evolução constantemente. Tudo isso para agilizar processos muito importantes para o país.

História de sucesso

Na fazenda Estreito Ponta de Pedra Pontal, a tecnologia chegou através da agropecuária. O leite, que hoje sustenta toda a fazenda e quatro famílias, era antigamente manuseado à mão.

Com apenas quatro funcionários, o gerente da fazenda,

Foto: Andriéli Santos

Processo de adubação na Fazenda Estreito de Ponte Pedra Pontal

Sergio Lira, conta como era antes da tecnologia chegar: “Nós levantávamos às 4h da manhã para tirar em torno de 300 litros de leite até às 8h”.

O sofrimento acabou quando o proprietário da fazenda resolveu montar uma ordenha mecânica. As primeiras máquinas foram instaladas e tinham capacidade para ordenhar apenas 12 animais por vez. O produtor trocou o equipamento por outro com capacidade para 24 vacas. O número de funcionários continuou o mesmo. A diferença é que até as mulheres adquiriram espaço para atuar nesta área. A propriedade possui, hoje, dois resfriadores com capacidade para três mil litros de leite cada. O produto é recolhido a cada dois dias. Ea cada mês, os funcionários recebem a visita de um técnico, que aplica cursos e dá dicas e instruções para qualificar a mão de obra e investir em novos equipamentos tecnológicos.

Segundo Sergio Lira, com o lucro que a ordenha

gerou, eles tiveram também a oportunidade de investir em lavouras. Outro processo que exige atenção e cuidado são equipamentos específicos como: plantadeira, colheitadeira, pulverizador, siladeira (máquina de fazer silagem).

Hoje, o faturamento é estável e todos esperam pelo resultado da primeira colheita. “Que meu filho possa dar continuidade ao meu trabalho, com mais inovações e com menos sofrimentos” conclui rindo o gerente.

Tecnoshow Comigo

O evento tecnológico que se tornou um referencial em toda a região Centro-Oeste reúne grandes expositores agropecuários. Durante cinco dias, novidades em máquinas, implementos agrícolas e pecuária são apresentados para os produtores e visitantes.

Este ano são esperadas, no evento, 90mil pessoas. Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul

são alguns dos estados já conquistados pela feira, além de delegações de países da União Europeia, África e Ásia.

Em 2014, a 13ª edição do evento acontecerá de 7 a 11 de abril, com entrada gratuita e muitas novidades.

“Este ano teremos máquinas agrícolas com maior capacidade e menor consumo,

animais com excelência em genética, experimentos agrícolas que avaliam o desempenho das plantas e dinâmicas de máquinas que apresentam o desempenho desses equipamentos. Além disso, serão demonstradas técnicas de manejo e sanidade durante as dinâmicas de pecuária”, afirma Bruno Kamogawa, Assessor de Comunicação da Comigo, empresa responsável pelo evento.

A primeira Tecnoshow aconteceu em 2001.

Nela foram investidos 500 mil reais, com 50 expositores.

Passaram por lá apenas cinco mil visitantes. Em 2014, o investimento chega aR$510 mil reais e o evento, com 520 expositores, deve gerar cerca de quatro mil empregos diretos e indiretos, segundo Bruno Kamogawa. “A Tecnoshow Comigo demonstrou ao país a importância do Sudoeste Goiano na produção de grãos, com destaque também para a pecuária”, conclui.

Foto: Andriéli Santos

O agricultor, Sergio Lira, observa a qualidade de sua primeira plantação

O ACADÊMICO | 15 P

Exposição em Rio Verde transforma papel em obra de arte Por Marcos Paulo Santos

A quantidade de lixo que o ser humano produz é de chocar qualquer um. Não é novidade e isso tem causado um impacto enorme no meio ambiente. Uma das reações da natureza em relação ao desmatamento, poluição e extinção de espécies é o aquecimento global, que traz prejuízos como temperaturas cada vez mais altas, que afetam a vida do homem no campo e causam enchentes, cada vez mais fortes e devastadoras.

Controlar o hábito de consumo desenfreado pode ajudar a reduzir a retirada de matéria-prima pelas empresas e diminuir o aquecimento global.O papel deve ser devolvido para reciclagem, evi-

tando o descontrole ambiental.

O artista carioca Carlos Meira viu uma oportunidade de mostrar que dá para utilizar o papel para fins artísticos. Ele fez o curso de gravuras da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde ingressou em 1982, e, no ano seguinte, na função de diretor de arte em uma agência de publicidade. Em 1988, participou da mostra Brasil Design, exposição de profissionais brasileiros na área de design gráfico, realizada no Art Director’s Club de Nova Iorque.

Trabalhando em várias agências de publicidade,

Foto: Marcos Paulo Santos

decidiu se mudar para Portugal em 1991, onde descobriu o interesse por esculturas de papel. No retorno ao Brasil, em 1996, continuou o seu trabalho como designer e diretor de arte em agências de propaganda, como ilustrador,utilizando a técnica especifica de ilustração para escultura em papel.

Hoje, firmado como ilustrador e escultor, divulga o seu trabalho artístico em todo o Brasil, em parceria com uma empresa multinacional de produção de embalagens recém-chegada a Rio Verde.

Ele deve divulgar suas esculturas no shopping da cidade entre 30 de março e 3 de abril.

Obra casal de araras azuis

Prodígios: ainda são crianças, só que diferentes Por Danielle Juliath

Já dizia o médico psiquiatra Augusto Cury: “Nos dias de hoje um jovem de 10 anos de idade tem mais informações do que tinha um imperador romano, como Julio César, que dominava o mundo de sua época”.

Uma criança prodígio é bem mais comum do que muita gente imagina. Sua vida e seu organismo têm o mesmo desenvolvimento de todas as outras, apenas a sua mente é diferente. Tendem a gostar mais de algumas matérias específicas e rejeitam o ensino formal escolar.

Segundo a Associação Brasileira de Educação (ABE), as principais características podem surgir a

partir de um ano de idade.

Junto com a sua facilidade de aprendizado, pode apresentar um diferencial de comportamento. Elas podem brincar, mas seu nível de conversa é avançado e pode deixar alguns colegas confusos. Sua ética moral é de muita justiça, é de dar “banho” em muitos adultos que pregam os valores.

Os profissionais de educação recebem assistência de como ter bastante flexibilidade e respeitar a necessidade educacional dessas crianças, já que algumas delas dominam alguns conteúdos.Desde os dois anos de idade, a criança já pode apresentar sua super inteligência e os pais

devem procurar apoio. Com mais informação,é possível dominar o assunto.

Outra característica dos prodígios é ter boa memória e ser criativo, levar a sério os desafios mentais e estar acima da média no desenvolvimento da própria língua ou de outras. É o caso da estudante Milena Steffani Ferreira, 14, de Sinop, no Mato Grosso. Ela sabe falar não apenas português corretamente, mas também o inglês, japonês e um pouco de italiano. Segundo a própria garota, essa paixão surgiu desde sempre, mas foi aprimorada com um trabalho passado no colégio.“O inglês eu aprendi desde os nove anos na mi-

nha cidade, quando comecei a pesquisar na internet, ver

letras e de como aprender a falar e consegui”, explica ela.

ep Reuniões d

A

auta

O ACADÊMICO | P

E P I EQU

do O Ac s e r te r ó p e r e s e Editor

adêmico