CRI SÂN TE MO
PRÓLOGO “Eu perdi meu pai em 91 ou 92, eu não me lembro exatamente, eu tinha 6 anos de idade. Perdi o meu pai numa briga né mano, porque meu pai era alcoólatra. Ele se ligou que a música não tava virando, os amigos dele se encaminharam pra outros lados, foram arrumar uns trampos. A frustação da música dele não virar fez ele parar no álcool, tá ligado? Embriagado num bar, meu pai se envolveu numa briga, foram separar, empurram ele, ele tropeçou, caiu pra trás, bateu a cabeça na guia, teve um traumatismo crâniano e morreu. Só que eu não entendi que meu pai tinha morrido, saca? Até porque ele tinha acabado de se separar da minha mãe então ele já não tava mais morando na minha casa, e como eu já não via meu pai todo dia eu não entendia aquilo. Então eu tenho uma lembrança muito bizarra assim, que é tipo de estar brincando no velório do meu pai, sabe? Eu e meu primo passávamos por debaixo do caixão do meu pai sem entender aquilo. Eu fui entender que meu pai morreu um ano depois, quando eu entrei na escola, no primeiro dia dos pais, que todo mundo fez um trabalho e tinha pra quem entregar, e eu não tinha.” — Emicida
E DEPOIS U I R U I R COMO BI R A DO JÔ
Cumprimentô todo mundo à la vereador e
SUBIU
MORRO O
estilo viatura
Ele nos deu, nos deu toda fĂŠ de um pastor depois sumiu,
Deixando sรณ a
dor.
IGNOROU O AVISO!
DEVAGAR DEVAGAR DEVAGAR DEVAGAR COM O ANDOR
E FLERTOU POR SOBRE
A VIDA A VIDA A VIDA A VIDA DURA
Trafegou aério dançou sério, pala Serpente rasteja, credo, pobre mestre sala
CIGARRO NO BOLSO,
BARRO
FÜR ELISE EMBALA
NO SOLO
ONDE IMPERA,
QUALQUER BONDE
É
V
i
A
A L
VIDA
A
É SÓ UM DETALHE
É TUDO, É NADA É UM JOGO QUE
MATA
É UMA CILADA
Padeceu, desceu Como na seca, flor E nรณiz seguiu, seguiu juntando o que restou
Uns retrato, disco Foi morar de favor Bem quando vi que o mundo ĂŠ sem
calma
Aconteceu, teceu como Deus desenhou No que surtiu, surgiu Um peito sofredor era rato, bixo, mofo, fedor
mais saudade, que é sentir
FOME c o
a
m
ALMA
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E na ceia migalhass
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No jĂşri mil gralhas
X
NĂŁo Jure, quem jura mente, pra sempre fĂŠ
L
Vida, morte, nĂşmeros de neguinho, aqui ĂŠ cada um com a sua
A vida ĂŠ sĂł um detalhe.