Protótipo inflável como agente transformador

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PROTÓTIPO

INFLÁVEL COMO AGENTE TRANSFORMADOR


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO ARQUITETURA E URBANISMO Lucas Lisboa Arregui

Protótipo Inflável Como Agente Transformador

Trabalho Final de Graduação desenvolvido pelo aluno Lucas Lisboa Arregui, orientado pela Prof. Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho, e apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista.

RECIFE 2021



SUMÁRIO

01 INTRODUÇÃO 02 NARRATIVA 03 JUSTIFICATIVA 3.1 Água - Cidade 3.2 Cidade - Arte

04 OBJETIVOS 4.1 Gerais

4.2 Específicos

05 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 06 CONCEITUAÇÃO TEMÁTICA 6.1 Arte e Arquitetura

6.3 Design Thinking

6.2 Arquitetura inflável

6.4 Prototipagem

07 TERRITÓRIO 08 PRECEDÊCIAS PROJETUAIS 8.1 Cine Bode espiatório

8.2 “Arquitetura Efêmera Inflável” 8.3 Inflável Bizafra


A PROPOSTA

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PRANCHAS TÉCNICAS

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POSSÍVEIS DESDOBRAMENTOS

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POSSÍVEIS AGRUPAMENTOS

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MANUAL CONSTRUTIVO

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE QUADROS

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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INTRO DUÇÃO O estudo tem como objetivo elaborar de forma investigativa/especulativa um protótipo inflável que utiliza-se de estruturas pneumáticas para levar arte à comunidades ribeirinhas, localizados na cidade do Recife, que funcione como um veículo transmissor de informação e cultura, particularmente em localidades de difícil acesso. Primeiramente, espera-se que o objeto possa contribuir, sobretudo, para a ativação das comunidades que possuem ligação com áreas das águas do rio Capibaribe. Além disso, há a intenção de que o artefato a ser proposto ajude a estabelecer uma relação positiva (outrora existente) entre cidade e rio, elemento que, apesar de marcante na paisagem do Recife, tem sido cada vez mais negligenciado, ao passar dos anos. Com base em estudiosos - como o geógrafo Josué de Castro (1967 e 1948) e a arquiteta e urbanista, Amélia Reynaldo (1998) - e dados da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), nos primeiros capítulos explica-se o porquê do rio Capibaribe ser tão importante para a metrópole. A relação entre corpo d’água e cidade é contextualizada historicamente, discutindo-se como a população passou a praticamente virar suas costas para o mesmo. Entendendo a importância histórica e geográfica do rio Capibaribe, amplia nosso sentimento de desconforto em relação à atual invisibilidade deste elemento, o que motiva inquietações e desejos de mudança em relação a 6

Figura 01 Legenda: #olhaprorio Fonte: O autor, 2021


esta situação. Após abordarmos a relação cidade-água, o próximo ponto a ser explorado é a relação arte-cidade, cujo principal ponto a ser desenvolvido é, além da comunicação entre estas duas esferas, discutir a importância da arte como agente transformador do indivíduo, salientando a posição enquanto um meio educador e mediador da evolução da cidade e seus habitantes. As principais referências adotadas são estudos e fundamentos dos teóricos Josué de Castro (1967 e 1948), Clemente 2. Esta conceituação é necessária para situar e basear os próximos passos do estudo, que servirão de referencial teórico para o protótipo arquitetônico a ser elaborado em etapa posterior deste trabalho de graduação. Uma vez alinhados os conceitos inicialmente apresentados, começamos a entender como a arte comporta-se em relação à arquitetura, particularmente o poder que esta tem para interagir com as pessoas, potencialmente transformando-as. A fundamentação aqui reside nos estudiosos Ernst Fischer, Paul Klee e Theodor W. Adorno. Além disso, a metodologia do Design Thinking e prototipagem, acrescentada a este trabalho, foi explorado para materializar o protótipo e abrigar a arte. A partir desta aproximação teórica primária, surge a necessidade de um aprofundamento maior no tipo de arquitetura que poderia ser utilizada para o desenvolvimento do protótipo. Por se tratar de um objeto especulativo com intuito de levar arte com um alcance democrático em relação a seus usuários, intui-se que, a priori, deve ser de simples execução, ter um custo acessível e certa capacidade de adaptação a diferentes condições. Assim, a ideia principal, é que o protótipo seja itinerante e que possa chegar a localidades que têm em comum a implantação ribeirinha, porém cada uma com suas singularidades próprias. Portanto, entende-se como essencial que o objeto a ser 7


projetado tenha em sua fisionomia algo de inusitado, capaz de despertar curiosidade e interesse de experimentação por parte do público. Nesta fase do estudo, a arquitetura inflável, baseada na ideia do arquiteto Sharon Francis (2019) ganha importância por contemplar requisitos necessários para atender aos condicionantes do território e fornecer o suporte técnico necessário para o desenvolvimento do protótipo. Neste capítulo, as diretrizes do projeto já começam a ser conformadas, as quais serão formuladas ao final deste volume. Para que as diretrizes projetuais sejam mais assertivas, neste capítulo, analisamos e definimos o território de aplicação do protótipo, sempre lembrando que serão escolhidos alguns pontos específicos mas, por ser adaptável, o protótipo pode ser inflado em vários outros pontos do rio que contenham as características básicas necessárias. Com todos os principais pontos externos analisados e definidos, as diretrizes projetuais nascem naturalmente, desenhando a forma do projeto e todo seu programa, capaz de atender e impactar vários tipos de usuários, transformando o maior número possível de pessoas, dando vida e sentido ao protótipo.

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Figura 02 Legenda: Casa no Rio Capibaribe Fonte: O autor, 2021

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NARRATIVA Desde os primórdios da humanidade, a água sempre teve grande importância no crescimento e desenvolvimento de civilizações que procuravam sempre crescer sob às margens dos rios, como por exemplo os sumérios, que cresceram às margens dos rios Tigre e Eufrates, na Ásia ocidental, região da Mesopotâmia. No Brasil, que contém a maior rede hidrográfica do planeta, não foi diferente, além de ser por onde os colonizadores desembarcaram. E especificamente, em Recife, o porto e as águas foram muito importantes para o desenvolvimento da cidade, trazendo riqueza e prosperidade a região.

Mesmo com todo esse peso histórico, após seu desenvolvimento, a população recifense passou a negligenciar o rio capibaribe, se tornando até ponto de escoamento de esgoto e descarte de lixo. Essa situação chamou a atenção do geógrafo Josué de Castro, que realizou vários estudos e desenvolveu várias teorias acerca do rio Capibaribe.

“...não foi na Sorbonne nem em qualquer outra universidade sábia que travei conhecimento com o fenômeno da fome. O fenômeno se revelou espontaneamente a meus olhos nos mangues do Capibaribe, nos bairros miseráveis da cidade do Recife: Afogados, Pina, Santo Amaro, Ilha do leite. Esta foi minha Sorbonne. A lama dos mangues de Recife, fervilhando de caranguejos e povoada de seres humanos feitos de carne de caranguejo, pensando e sentindo como caranguejo…” (CASTRO, 1967, p.12)

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Figura 03 Legenda: Rio Eufrates Fonte: Todoestudo, 2016

Com o passar do tempo, a situação do rio foi incomodando algumas pessoas e ganhando mais notoriedade, porém estudos recentes ainda mostram que a saúde do rio ainda está em estado alarmante, como afirma o biólogo e doutor em oceanografia, Clemente Coelho (2015): “Os estuários do Capibaribe e do Beberibe estão moribundos, respirando por aparelhos”. Dessa forma, o protótipo que será apresentado neste trabalho, tem como proposta levar arte em locais de difícil acesso, através de um protótipo especulativo, ajudando no desenvolvimento humano dos habitantes, além de também ajudar na visibilidade do rio Capibaribe, fomentando o sentimento de apropriação e cuidado com o rio, como forma de ativar áreas esquecidas do rio e da cidade.


Figura 04 Legenda: Escoamento de esgoto Fonte: O autor, 2021

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JUSTIFICA TIVA ÁGUA - CIDADE

A relação entre as águas do Recife e seus habitantes pode ser entendida pelo seu contexto histórico, pois o principal acesso à cidade dava-se pela água, onde seu porto foi o grande responsável pelo rápido crescimento econômico da cidade. Assim, a ocupação da cidade se expandiu pelas penínsulas e ilhas que se formam no encontro entre o rio e o mar (ver Figura 05).

Figura 05 Legenda: Vista aérea cidade do Recife Fonte: Enildo Camara, 201

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“No século XVII, com o desenvolvimento econômico da colônia, o porto prosperou favorecendo a expansão da vila que toma forma de cidade. A atividade açucareira também cresceu às margens dos cursos d’água passaram a ser ocupadas por engenhos e casebres, enquanto os rios tornaram-se caminhos navegáveis para transporte dos produtos.” (PREFEITURA DO RECIFE, 2014)


Com sua geografia marcada pelas águas (mar e rio), nas cidades de Recife e Olinda o transporte hidroviário era bastante comum e, por consequência, desenvolvido. Os rios Capibaribe e Beberibe serviam como uma importante via de comunicação entre Recife e Olinda. Porém, com o grande crescimento populacional, áreas consideráveis de mangues destas cidades começaram a ser aterradas, causando o estreitamento do rio (ver Figura 06). Além de em meados do século XIX, o transporte terrestre começar a se desenvolver, reduzindo o valor essencial que o rio tinha para a cidade.

Figura 06 Legenda: Mapa estreitamento do rio Capibaribe Fonte: Diário de Pernambuco, 2013

Mesmo sem tanto zelo pela preservação do rio Capibaribe, no século XIX, este corpo d’água ainda era a grande atração da cidade como ponto turístico e local de lazer para a população (ver Figura 07).

Já nas primeiras décadas do século XX, iniciou-se o processo de migração do hábito de banho de rio para banho de mar, deslocando-se para as praias de Olinda e Boa Viagem, região sul do Recife, o que ocasionou um processo de invisibilização do rio. Sem o uso direto e frequente por parte da população, os olhos da cidade parecem apenas atravessar as pontes e o rio se tornou mais um plano de fundo. Também após essa fase de crescimento econômico, o processo de urbanização acelerada não poupou as pessoas, esgotando recursos naturais, degradando o meio ambiente e reduzindo a qualidade de vida de boa parte da população. A exclusão social resultante, vem carregada de vulnerabilidade, no sentido do resultado desfavorável da relação entre disponibilidade de recursos da população e acesso à estrutura de oportunidades sociais, econômicas, culturais, que provêm do estado, do mercado e da sociedade civil (CUNHA e FONSECA, 2006).

Figura 07 Legenda: Praticantes de remo no rio Capibaribe Fonte: Recife de antigamente, 1926

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Figura 08 Legenda: Praticantes de esqui aquático no rio Capibaribe Fonte: Acervo da Fundaj, 1926

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“Há décadas os estuários da Região Metropolitana do Recife sofrem com a falta de saneamento. Nos últimos 30 anos, praticamente não houve evolução nesse serviço. O esgoto ainda está sendo lançado nos rios com pouco ou nenhum tratamento.” (COELHO, 2015)

No Recife, os assentamentos espontâneos, diferente de outras cidades do Brasil, não se instalam exclusivamente em áreas de morro ou longe do centro, mas espalham-se pelas cidades e se apropriam de qualquer resquício urbano que esteja disponível, preferencialmente, perto do centro ou do local de trabalho de seus habitantes (ver figura 09). Como a área ribeirinha começou a ser invisibilizada, cresce a população marginal que emigrava da zona do açúcar para se instalar pelos mangues, em habitações miseráveis, tipo mocambo, casebre de barro batido com telhado de capim e palha. (CASTRO, 1948). Reconhecido desde 2009 como o maior manguezal em área urbana do Brasil, o Parque dos Manguezais (ver figura 10) é o sítio para o qual se aplica a metáfora do homem-caranguejo, elaborada pelo geógrafo Josué de Castro, que assim designa os habitantes dos mangues de Recife. As obras de Castro, documentário do nordeste (1957) , Fatores de localização da cidade do Recife (1948) e Homens e caranguejos (1970), enxerga o mangue sobre 4 perspectivas: como ancestral do Recife, como gerador de vida e do equilíbrio ecológico, como fonte de conhecimento e como lugar dos excluídos sociais, que estão presos ao mangue.

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Figura 09 Legenda: Mapa zeis Fonte: Prefeitura do Recife, 2005

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Figura 10 Legenda: Parque dos Manguezais Fonte: Portal da copa, 2013

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Figura 11 Legenda: Pé de um pescador no rio Capibaribe Fonte: Peu Ricardo, 2017

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“A impressão que eu tinha era que habitantes dos mangues - homens e caranguejos nascidos à beira do rio - à medida que iam crescendo, iam cada vez se atolando mais na lama. Parecia que a vegetação densa dos mangues, com seus troncos retorcidos, com o emaranhado de seus galhos rugosos e a densa rede de suas raízes perfurantes os tinha agarrado definitivamente como um polvo, enfiando tentáculos invisíveis por dentro de sua carne, por todos os buracos de sua pele: os olhos, pela boca, pelos ouvidos.

E, assim ficavam todos eles, afogados no mangue, agarrados pelas ventosas com as quais os mangues insaciáveis lhe sugaram todo o suco da sua carne e da sua alma de escravos. Com uma força estranha, os mangues iam, assim, se apoderando da vida de toda aquela gente, numa posse lenta, tenaz, definitiva.“ (CASTRO, 1967, p. 13-4).

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Diante desse cenário de negação e invisibilização do rio, o governo e a população têm prestado mais atenção e tomado algumas medidas, como mutirões para retirada de lixo, ações de conscientização e incentivo à ONGS como recapibaribe, a fim de tentar modificar essa relação da cidade com o rio. Entretanto nenhuma ação tem a arte como agente transformador, e o protótipo, além de ter relação direta com a arte, é mais uma medida para agregar na relação cidade - rio.

CIDADE - ARTE

As grandes cidades estabelecem uma conexão entre o público e a obra de arte urbana por meio da grafitagem em várias telas na cidade, e todos podem ser artistas e utilizá-las. A arte urbana pode ser um, senão o principal, modo de atrair a atenção dos cidadãos, ativando gatilhos de identidade, senso de pertencimento, violência, mobilidade, memória afetiva e várias, senão todas, questões vividas por seres humanos. Sempre partindo do pressuposto que somos todos iguais e que estamos todos intimamente relacionados. (HERZOG, 2012, p.14) Em 2009, o estudo do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) , mostrou que 67,2% das instituições voltadas à arte, como museus, galerias e centros culturais, são públicas e, no geral, 79,7% delas não cobram ingresso, mesmo sendo privada. Um ano após, em 2010, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 70% da população brasileira nunca teve acesso a museus ou algum tipo de centro cultural, mostrando que, muitas vezes, o que falta é a acessibilidade no sentido de levar a arte até a população. 22

“A prática do ensino da arte... oportuniza a estudantes e educadores, compreender melhor a dinâmica de vida à sua volta, examinando as dinâmicas econômicas, políticas e educacionais.” Ou seja, essas atitudes “têm o potencial de realizar os objetivos educacionais de Paulo Freire, constituindo uma prática educativa que busca promover mudanças sociais pelo processo de conscientização” (CUNHA, 2005, p. 129-130).

O artista enxerga e lê o mundo da sua maneira, se sensibiliza, interpreta com seu ponto de vista e externaliza seus sentimentos na sua arte, que nos provoca uma transformação e traz um conhecimento de mundo muito mais afetivo e real por, ao se identificar, conseguirmos visualizar coisa que antes não era possível. “A arte não reproduz o visível, ela torna visível”. (KLEE, 1920, p.76) A arte, além de ter relação direta com o usuário, busca estreitar o vínculo artista-espectador através da incorporação, entendimento e superação da arte como ideologia e arte como forma de conhecimento. A criação artística faz parte da necessidade humana, inconscientemente nos sentimos obrigados a entender e representar a realidade social que vivemos, expressar nossos sentimentos e objetivar significados e valores vividos socialmente. Entender a arte como modo de comunicação e facilitador da sensação de pertencimento mostra como o ser humano é dependente da arte para prática e entendimento das relações sociais. É por meio da arte, também, que conseguimos entender e nos situar historicamente para ter consciência da situação social que vivemos.


Figura 12 Legenda: Intervenção artística Fonte: Vivadecora, 2019

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“A arte pode elevar o homem de um estado de fragmentação a um estado de ser íntegro, total. A arte capacita o homem para compreender a realidade e o ajuda não só a suportá-la como a transformá-la, aumentando-lhe a determinação de torná-la mais humana e hospitaleira para a humanidade. A arte é uma realidade social. A sociedade precisa do artista, este supremo feiticeiro, e tem o direito de pedir-lhe que ele seja consciente de sua função social. Mesmo o mais subjetivo dos artistas trabalha em favor da sociedade. Pelo simples fato de descrever sentimentos, relações e condições que não haviam sido descritos anteriormente” (FISCHER, 1987)

Figura 13 Legenda: Reflexo de homem sobre a água Fonte: Peu Ricardo, 2017

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Desse modo, a arte pode ser considerada um grande catalisador da auto-reflexão e, consequentemente, da educação e transformação de pessoas, por isso deve estar presente em todas as camadas da sociedade para cumprir totalmente seu papel social de agente transformador. Theodor W. Adorno explica que a obra não precisa estabelecer uma identificação imediata com o espectador, precisa apenas mediar o entendimento da realidade social em que foi produzida. A partir desse ponto, a obra começa a estabelecer relações mais íntimas, estimulando reflexões mais críticas podendo até levar a ponderações negacionistas. A arte, após essa análise, pode ser considerada como uma forma cognitiva, a percepção e construção do conhecimento histórico, psicológico e auto reflexivo.

“A solução encontrada por uma grande parte dos artistas atuais é o engajamento político através de propostas que subvertem a ordem cotidiana e que, quando realizadas no espaço público, reafirmam sua motivação política. Trata -se aqui de práticas geralmente definidas como “intervenções artísticas no espaço urbano” e são realizadas por artistas, com ou sem apoio de galerias e instituições, e por coletivos de arte.” (HERZOG, 2012, p. 16)

Com todos esses conceitos estudados, o protótipo que será feito neste trabalho, é mais uma tela para arte na cidade, e dessa vez ela vai até as comunidades ribeirinhas, que antes só tinham contato com a arte urbana quando transitavam pela cidade, potencializando todo o poder transformador que a arte carrega, dando mais autonomia ao homem-caranguejo. Figura 14 Legenda: Assentamendo espontâneo Fonte: O autor, 2021

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Figura 14 Legenda: Assentamendo espontâneo Fonte: O autor, 2021

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BJETIVO

GERAIS

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Elaborar de forma investigativa/especulativa um protótipo inflável que utiliza-se de estruturas pneumáticas para levar arte à comunidades ribeirinhas, localizados na cidade do Recife, que funcione como um veículo transmissor de informação e cultura, particularmente em localidades de difícil acesso.

ESPECÍFICOS Incentivar, por meio do protótipo, o papel da arte como agente transformador das esferas social e cultural da população citadina; Ativar áreas ribeirinhas pouco privilegiadas da cidade, potencializando o desenvolvimento humano de seus habitantes; Ampliar o conhecimento acerca da arquitetura inflável no universo das produções de protótipos arquitetônicos

OBJETIVO

CONCEITUAÇÃO TEMÁTICA

SÍTIO

Visibilidade a o rio Capibaribe

Importância d o rio para cidade

Local de aplicação do protótipo

Ativação de áreas pouco privilegiadas

Diminuir a invisibilidade das comunidades ribeirinhas

Rota d e passagem por á reas n egligenciadas pela cidade

Difundir i nformação e cultura à população citadina

Arte como agente transformador social e cultural

População r ibeirinha como principal usuário

Amplar o conhecimento acerca da arquitetura inflável

Fomentar e studos e interesses relacionados à água

Protótipo flutuante

inflável

Quadro 01 Legenda: Quadro de objetivos Fonte: O autor, 2021


ROCEDIMENTOS ETODOLÓGICO

Os procedimentos metodológicos utilizados na elaboração deste estudo, prevêem a análise da relação de recife e suas águas, de maneira a relacioná-la com a arte e arquitetura inflável. Desta forma, o trabalho é desenvolvido segundo as etapas a seguir:

1 Revisão bibliográfica:

1.1 Quanto à relação do Recife com os seus rios e pontes, recorre-se à CAVALCANTI (1972), REYNALDO (1998) e ARAÚJO (2011); 1.2 Quanto à relação cidade - água são utilizados Castro (1967 e 1948), Coelho (2015) e Selva Guimarães Fonseca (1993); 1.3 Acerca da metodologia do Design Thinking, recorre-se a YSMAR E VIANNA (2012); 1.4 Quanto as tecnologias e aplicações da prototipagem, recorre-se a BLUCHER (2007).

2 Levantamento de dados:

2.1 Levantamento fotográfico de comunidades ribeirinhas, com ligações diretas ao rio Capibaribe, sendo possíveis locais para inserção do protótipo. 3 Estudo de Caso: Análise de projetos e intervenções artísticas, infláveis e itinerantes que ofereçam intenções projetuais para o protótipo e sua conexão e impacto nos usuários; 4. Análise: Estudo e análise do percurso de inserção do artefato arquitetônico, através da visitação in loco, reconhecimento do território e levantamento fotográfico, ou análise por meio da ferramenta do Google Maps.

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CONCEITUAÇÃO TEMÁTICA ARTE E ARQUITETURA

A arte foi o primeiro meio que o ser humano encontrou para expressar e documentar seus pensamentos e sentimentos vividos. Segundo Lúcio Costa (2006, p.17), arte “é a manifestação natural de vida e, como tal, parte integrante e significativa da obra conjunta elaborada pelo corpo social a que pertence”, entendendo-se que todo ser humano produz e necessita da arte para se comunicar entre iguais. Sendo a cidade a mediação entre mediações (LEFEBVRE, 2001), o objetivo deste trabalho é elaborar um objeto arquitetônico que opere como um mediador entre pessoas, levando educação e cultura a localidades que têm dificuldade de acesso a esse tipo de conteúdo. A gratuidade do acesso, despolarização da arte, e se possível até uma replicação do artefato, deve ser algo essencial na aplicação do protótipo a ser desenvolvido, a fim de democratizar o acesso e promover uma maior imersão da população à arte, de forma mais livre, enriquecedora e espontânea. Entende-se que tanto a arte como a arquitetura deve ser empreendida ao ponto de atuar como um mediador de criação, reflexão e transformação de seus usuários. 30

“A história da arte mostra que a arquitetura sempre foi parte integrante fundamental no processo da criação artística como manifestação normal de vida, defendendo que seria algo a ser vivido, arquitetura é coisa para ser exposta à intempérie; arquitetura é coisa para ser concebida como um todo orgânico e funcional; arquitetura é coisa para ser pensada, desde o início, estruturalmente; arquitetura é coisa para ser encarada na medida das ideias e do corpo do homem; arquitetura é coisa para ser sentida em termos de espaço e volume; arquitetura é coisa para ser vivida.” (COSTA, 2006, p.23)

A arquitetura pode ser considerada uma forma de arte, considerando o pressuposto de que esta última representa a cultura e situação social da sociedade a qual o artista está inserido, convertendo-se na expressão e representação do meio no qual este vive e de como este visualiza e interpreta o mundo. A arte contribui de várias formas e em várias camadas da cidade, uma vez que “toda intervenção na cidade é necessariamente plural. É urbanística, arquitetônica, política, cultural e artística.” (PEIXOTO, 2002, p.12)


Figura 15 Legenda: Intervenção urbana no rio Tietê Fonte: Evelyn Nogueira, 2019

Figura 16 Legenda: Intervenção urbana na praça da AlfândegaFonte: Mateus Bruxel, 2015

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O museu é um artefato arquitetônico que expõe obras de arte (ver Figura 17). Porém nem sempre a arte precisa ser um artefato estático dentro de um abrigo, pode ser um objeto mais imersivo e poético - ou uma “instalação” - com o qual os usuários interagem de diferentes formas, gerando muito mais interatividade, curiosidade e interesse. (ver Figura 16) Como forma de ativismo cultural e expressão artística, as instalações com caráter arquitetônico são manifestações criativas que transbordam os espaços de museus e galerias de arte, tornando-se um grande ativador cultural por ter mais conexão com a população, como explica Nelson Brissac Peixoto (2012, p.84): “A instalação converte-se em uma inevitável junção nessa passagem do museu para a cidade.” Ao entender, se apropriar e colocar em prática estes pensamentos, inicia-se um processo de transformação da arte, que se torna mais ativa, participativa e conectada com seu público, o que aumenta também o poder de impacto, influência e reflexão sob o usuário. A arte que assim atua, quebra barreiras entre o artista, sua a arte, o público e a cidade, redefinindo o papel dos mesmos ao transformar a sociedade pela ocupação e intervenção estratégica de um espaço público. Conseguimos concluir então, que a arquitetura não se limita ao papel de abrigo da arte, ela pode ser uma grande fonte de transformação do meio em que está inserida, oferecendo oportunidades de conhecimento aos usuários, dando mais autonomia sobre sua vida. “Existe um espaço na mente onde o trabalho de imaginar encontra lugar. A imaginação tece uma ponte entre a percepção e o entendimento, assim se torna fundamental se queremos entender a arquitetura como um mecanismo de conhecimento. “ (HAYS, 2017)

Tendo como principal interesse dar autonomia aos homens-caranguejo, o artefato precisa ter fácil acesso à cidades que margeiam o rio capibaribe, onde esta população vive. Portanto, o protótipo criará sua conexão com estes usuários por meio do rio, sendo necessária uma arquitetura itinerante e inflável para atender as características do território.

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Figura 17 Legenda: Intervenção artística em Porto A Fonte: Fabiano do Amaral, 2020.


Alegre

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ARQUITETURA INFLÁVEL

Artefatos pneumáticos são estruturas que se formam a partir de tensão criada pelo ar sob uma membrana. Tipologicamente falando, os pneumáticos são divididos em duas categorias: estabilizados por um sistema de pressurização negativa e estabilizados pelo sistema de pressurização. (ver Figuras 18 e 19) Os primeiros, que estão em ascensão e ainda não apresentam muitos estudos sobre, necessitam de um aparato estrutural externo necessário para criar um vácuo entre a estrutura propriamente dita e a membrana, tensionando a mesma. Isto ocasiona em limitações quanto à forma e aplicabilidade desta variação pneumática. Já os artefatos estabilizados pelo sistema de pressurização positiva, além de morfologicamente mais interessantes (e, portanto, o foco deste estudo) são aqueles “estruturados pelo ar”, conhecidos também como infláveis.

Figura 18 Legenda: Sistema de pressurização negativa Fonte: estudioacrilicos, 2021

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A primeira estrutura inflável foi projetada, inicialmente para fins militares nos Estados Unidos, pelo engenheiro Walter Bird, no laboratório aeronáutico da universidade de Cornell (ver figura 20). Nomeada como Radomes, a estrutura é um invólucro estrutural à prova de intempéries, que serviu para proteger antenas de radar, muito utilizado durante o final dos anos de 1940 e 1950. Já em Buffalo, Nova Iorque, em 1956, a empresa Bird Set Up Birdair Structures Inc. continuou desenvolvendo esse tipo de estrutura, criando galpões de armazenamento, estufas e abrigos para piscina (ver figura 21). A variedade e o alto desempenho destes produtos elevaram o status e o potencial dos infláveis, chamando a atenção de muitos arquitetos, o que aumentou expressivamente o número de parcerias entre os arquitetos e a empresa. (FRANCIS, 2019, tradução nossa).

Figura 19 Legenda: Sistema de pressurização positiva Fonte: Spacial Effects, 2019


Figura 20 Legenda: Radomes Fonte: Researchgate, 1948

Figura 21 Legenda: Abrigo de piscina inflável Fonte: Amazon, 2021

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“O volume de ar fechado em um invólucro flexível (membrana) de resistência a tensão é pressurizado contra o ar do ambiente e comporta-se como um SÓLIDO homogéneo elástico. O volume de ar pode receber, transferir e descarregar forças externas. Esta qualidade mecânica do ar agindo como um sólido baseia-se em três condições: 1. O tecido de revestimento deve ser resistente à tensão e impenetrável pelo ar, 2. A pressão estabilizadora do ar da parte de dentro deve ser permanente e sempre mais alta que todas as forças que agem sobre a membrana. 3.Cada deformação da forma do invólucro (sem modificação de tamanho da área) deve levar a uma redução definida do volume contido. Por meio da ancoragem da porção central o raio de curvatura e, por consequência, os esforços na membrana são reduzidos, Desse modo, são possíveis a cobertura e o fechamento de amplos espaços sem aumento da altura da construção”

(ENGEL, 2003, p.97).

Figura 22 Legenda: Estrutura inflável em forma de rosca Fonte: Steve Triton, 2021

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Arquitetonicamente falando, os infláveis podem ser divididos em dois grupos: mono-membrana e bi-membrana. Os primeiros são habitáveis e apresentam espaços com apenas uma camada mais o espaço interior, que também contém o ar pressurizado necessário para estruturar o artefato (ver Figura 22). Os demais, do tipo bi-membrana, são produzidos com duas camadas e o espaço habitável não é o mesmo do ar pressurizado, funcionando normalmente como estruturas conhecidas na arquitetura sólida, como colunas, lajes e arcos (ver Figura 23) (SANSÃO, 2019, p.142).

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Figura 23 Legenda: Estrutura inflável com arcos Fonte: Gawronski, 2017

Já no final dos anos de 1950, o arquiteto note-americano, Frank Lloyd Wright concebeu um protótipo de vila inflável, a fliberthin air houses. Tratava-se de uma tentativa de criar um modelo de habitação com preços mais acessíveis,uma preocupação constante do arquiteto (ver Figura 25). A habitação foi projetada em tecido de nylon revestido de vinil, sustentado por um sistema de ar de baixa pressão, abastecido por um sistema de ventiladores (FRANCIS, 2019, tradução nossa).

Figura 24 Legenda: Croqui fliberthin air houses Fonte: Frank lloyd right, 1956

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Figura 25 Legenda: Fliberthin air houses Fonte: Life magazine, 1957

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No início dos testes com os infláveis, as características que mais chamaram atenção eram a leveza da estrutura e o tamanho reduzido quando empacotado. Depois destes projetos iniciais, novos sistemas e materiais continuaram em desenvolvimento, levando a novas possibilidades de infláveis, sempre explorando as principais características destes tipos de artefatos infláveis, as quais, segundo Dr. Costa Cassapakis e Dr. Mitch Thomas são as seguintes: vantagem do peso; portabilidade, rigidez da estrutura, baixo custo de produção, engenharia simplificada, gra no sol e outro na sombra não passa de 10ºC, e ainda existem polímeros em estudo que podem diminuir ainda mais essa diferença de temperatura (FRANCIS, 2019, tradução nossa). Entrando no campo do impalpável, o artefato inflável pode ser a última esperança de um ambiente caótico. Em um cenário de grande poluição e com altos riscos de catástrofes na década 1970 (ver figura 26), o grupo Haus-Rucker-Co, temendo a possibilidade da humanidade começar a precisar de respiradores para sobreviver, desenvolveu projetos utópicos utilizando-se dos infláveis, que estavam em alta mundialmente no final dos anos 60, como forma de alertar a população e protestar contra a forma que o mundo estava lidando com os recursos naturais.

Figura 26 Figura 26 Legenda: Earthday em ohio, 2970 Legenda: Earthday em ohio, 2970 Fonte: Donato heinen, 2020 Fonte: Donato heinen, 2020

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Figura 27 Legenda: Haus-Rucker-Co Environment Transformers Fonte: Gerald Zungman, 1968

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“Architectural Utopia Reloaded” é o nome da exposição de ideias arquitetônicas utópicas do grupo que mostra como o usuário pode modificar o ambiente que vive e a perspectiva que enxerga o mundo, criando seu espaço particular capaz de bloquear ou modificar influências externas, potencializando ou conduzindo ideologias e formas de ver o mundo. (ver figura 27). Tomando como base a conceituação exposta, o protótipo a ser projetado na segunda etapa deste trabalho de graduação, teria como principal intenção converter-se em um abrigo de cultura e educação para as populações ribeirinhas da cidade do Recife. Espera-se que, ao transportar e comunicar arte, o objeto possa gerar auto reflexão e conhecimento aos cidadãos, proporcionando-lhes (ao homem-caranguejo) maior autonomia sobre sua vida, a qual, segundo Josué de Castro, estava presa aos tentáculos do mangue, fadada a se afundar cada vez mais (CASTRO, 1967).

43


DESIGN THINKING

De acordo com Tim Brown (2008) Design Thinking é um método de pensamento que se apropria da criatividade e sensibilidade das pessoas para desenvolver soluções para problemas complexos, pautando-se sempre em princípios como empatia, pensamento holístico, otimismo, experimentação e colaboração. E esta linha de pensamento deve sempre ter como foco ser economicamente e tecnologicamente viável e ter como prioridade os usuários finais. A empatia parte do princípio que o responsável pela solução do problema deve sempre tentar se imaginar na posição do usuário para entender os principais problemas e necessidades a serem vivenciados. O pensamento holístico já abre mais o campo de visão para tentar enxergar o problema com o entorno imediato, sendo interessante, existir pensamentos de outras áreas de conhecimento a fim de solucionar o problemas de formas diferentes e não óbvias, por seguirem linhas de raciocínio de áreas distintas. O otimismo segue na linha de que sempre existirá pelo menos uma solução para qualquer tipo de problema, por mais complexo que seja. O Design Thinking busca mais do que resolver problemas, ele cria diferentes alternativas para solucionar o mesmo problema. Já o fundamento da experimentação deduz que a partir do teste de rascunhos de soluções pode-se gerar uma nova fórmula mais assertiva para o problema, se tornando mais uma alternativa para o desenlace da questão. Por último, e complementando o pensamento holístico, o princípio da colaboração deduz que o mesmo problema sempre está envolvido em mais de um contexto, então o seu desenlace deve ter ao menos o mesmo nível de interdisciplinari44

dade, ou seja, pessoas de diferentes áreas de conhecimento para colaborar. A abordagem de Design Thinking centrada no usuário, ou Human Centered Design (HCD), definida por Tim Brown (2008) descreve três principais etapas para a criação de solução para problemas complexos, são elas: Inspiração, Ideação e Implementação. Que podem ser denominadas como um modelo de abordagem circular, que sofre alterações e ajustes a cada nova necessidade de passagem pelo ciclo.

INSPIRAÇÃO IDEAÇÃO

IMPLEMENTAÇÃO

Identificou-se a necessidade de levar cultura e arte às comunidades ribeirinhas, por meio do protótipo, como forma de atender diferentes territórios e necessidades. As dificuldades levantadas foram: que sistema usar para montar/desmontar facilmente o protótipo? Como se adequar a diferentes territórios? Chegou-se em um protótipo inflável com material flexível e que se adapte em diferentes situações.

Figura 28 Legenda: Gráfico síntese Human Centered Design Fonte: O autor, 2021


A etapa de inspiração é a etapa das novas informações, ela busca ajudar na parte de definição do problema, assim como adicionar novos dados e informações que possivelmente colaborem na parte evolutiva de uma solução. Na fase da ideação, concentra-se a criação de ideias e é onde surgem as primeiras visualizações de possíveis soluções do problema, utilizando e gerando mais informações para a etapa anterior. Ao fim destas duas etapas, tem-se a expectativa de que alguma, ou algumas, respostas para o problema já estejam suscetíveis à fase de teste, ou de implementação, quando todo o processo é formalizado e obtém-se novas informações para alimentar todos os outros processos e/ ou iniciar uma nova rodada. Já a abordagem de Design Thinking da escola de inovação e design da Universidade de Stanford, a d.school, mesmo tendo referências da HCD de Brown, não segue a mesma linha de pensamento cíclica, esta abordagem segue em uma linha de

raciocínio mais direta e linear, e divide-se em cinco etapas: empatia, definição, ideação, prototipagem e teste. A primeira etapa, de empatia, é a fase de reconhecimento do problema e é quando o usuário final tem protagonismo, todos se colocam em seu lugar para tentar sanar todos seus desejos e necessidades. A segunda etapa é a de definição, que resume e define quais os reais problemas, identificados na fase anterior, a solucionar. Na terceira etapa, a de ideação, o leque de ideias se abre para solucionar todos os problemas de diferentes formas possíveis. Já na etapa de prototipagem, o problema começa a se tornar mais real e tangível para que na última fase, a etapa de teste, as ideias prototipadas sejam experimentadas e expostas aos usuários para que possam gerar informações para possíveis ajustes.

DEFINIÇÃO

TESTE

IDEAÇÃO

EMPATIA

Fase do conhecimento do problema: comunidades ribeirinhas com dificuldade ao acesso às artes e cultura.

PROTOTIPAGEM

Levar arte e cultura às comunidades que não tem acesso facilmente a estes meios.

Como forma de responder aos problemas, foi pensado em como levar de maneira flexível diferentes programas para atender a problemática; seja por meio de exposições, oficinas, aulas, entre outros.

Começo da concepção do protótipo.

Etapa de testes, ao qual a forma cúbica surgiu a partir da materialidade utilizada: polietileno de baixa densidade soldado com calor.

Figura 29 Legenda: Gráfico síntese Design thinking a d. school Fonte: O autor, 2021

45


E no estudo do engenheiro mecânico Aloísio Leoni Schmid e do arquiteto e urbanista Rafael Santos Fischer (2019), concluiu-se se levando em consideração a efetivação da solução do problema das diferentes abordagens do Design Thinking, todas são capazes de sistematizar o processo sendo uma importante ferramenta para o desenvolvimento de propostas arquitetônicas. Sendo, também, um guia para entender sobre o processo de projeto, entendendo cada fase e quais os caminhos a serem seguidos. E para este trabalho, o Design Thinking foi adotado no processo de projeto por tentar visualizar as necessidades dos usuários antes do projeto e da construção do protótipo a fim de minimizar erros. As etapas que serão levadas em consideração são: Imersão: tentar se aproximar ao máximo do problema buscando sempre sanar as problemáticas do usuário. Análise: sintetizar as informações coletadas para desenvolver uma melhor compreensão da essência dos problemas a serem solucionados. Ideação: processo onde várias ideias surgem e todas são levadas em consideração, mesmo que com alterações para desenvolver uma solução mais assertiva. Prototipagem: a materialização das ideias geradas, análise do que é viável produzir para, de fato, o projeto sair do papel. É um local de fechamento e aprendizado cujas ideias antes debatidas e/ou descartadas anteriormente podem ressurgir moldando o protótipo para um modelo mais assertivo. Embora seja a fase final, o protótipo pode surgir em paralelo com outras fases, pois dificilmente o Design Thinking é um pensamento em linha reta. A visualização é a grande colaboradora da compreensão espacial, sendo um dos principais benefícios da confecção de protótipos. É essa facilidade que tem causado um enorme impacto no processo de projetar até a construção (MITCHELL e McCULLOUGH, 1995). 46


PROTOTIPAGEM

O desenvolvimento de um protótipo, ou prototipagem, é a última etapa de um processo de Design Thinking e tem a função de validar a fase de ideação. É o fechamento e a união de todas as propostas e conceitos desenvolvidos. O produto desta fase é, muitas vezes, a versão inicial reduzida e/ou de baixo custo e tem como objetivo indicar problemáticas ou adequações que ainda não foram visualizadas nas outras fases, ou que só poderiam ser visualizadas quando o protótipo estivesse materializado. Sendo o grande diferencial e impulsionador da ideia inicial, uma vez que reduzirá a quase zero todas as problemáticas possíveis, tornando cada vez mais tangível o que antes era apenas uma ideia. Mesmo sem todos os recursos do sistema ou com algumas alterações a serem realizadas, o protótipo permite que todos os recursos importantes e essenciais sejam testados, diminuindo as dúvidas que naturalmente surgem em todo processo de projeto. Durante a prototipagem, podem ser criados modelos diferentes de teste para verificar se atende ou não as necessidades do usuário, sendo passível de alterações ou até de uma prototipagem de outra ideia, dependendo da análise dos resultados da eficiência do protótipo com relação à proposta inicial. Esse ciclo de testes pode ser direto e assertivo de primeira, ou pode se repetir várias vezes em contextos variados, desde laboratórios e ambientes controlados, ou no ambiente real de aplicação, como usuários finais, o que aumenta ainda mais as informações a serem coletadas, aumentando também a assertividade do produto final.

Figura 30 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável em escala 1:25, em ambiente controlado Fonte: O autor, 2021

Figura 31 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável em escala 1:25, em ambiente controlado Fonte: O autor, 2021

47


bém feita com diferentes usuários, porém já realizada no ambiente final. E por último, a situação Total, é feita com o ambiente final, e também com os usuários finais. Dessa forma, o teste de um protótipo pode envolver ou não usuários finais e ser realizado desde em um laboratório, até em um ambiente final, onde o produto ou serviço será usado. As diferentes combinações desses elementos representam os níveis de contextualidade.

Figura 32 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável em escala 1:25, em ambiente controlado Fonte: O autor, 2021

De acordo com Maurício Vianna e Ysmar Vianna (2014), o nível de semelhança entre o protótipo e o produto final pode ser dividido em três tipos: Baixa fidelidade ou representação conceitual da ideia, que é apenas um esboço para exemplificar aspectos como tamanho, formato e outras características superficiais. Média fidelidade, que corresponde à uma representação parcial e um pouco mais específica da ideia e já conseguem representar custos e/ou tempo de produção. E alta fidelidade, que é um protótipo em escala real com o maior grau de semelhança possível com a realidade e, dependendo do caso, pode se tornar até o produto final. A criação dos protótipos é muito importante para concretizar experiências que antes estavam apenas no âmbito conceitual, ressaltando que até os protótipos mais básicos, embora talvez não consiga sanar todas as dúvidas ou problemáticas, são importantes para identificar diferentes necessidades do projeto. Quanto à contextualidade da prototipagem, Maurício e Ysmar categorizam em quatro situações. Na primeira, nomeada como restrita, a prototipagem é feita em ambiente controlado ou em um laboratório, sem envolver qualquer usuário. Na segunda, nomeada como Geral, é realizada com usuários e sem restrições de ambientes, desde que não seja o ambiente de aplicação final. Já na parcial, é tam48

RESTRITA

GERAL

PARCIAL

TOTAL

Figura 33 Legenda: Diagrama contextualidade Fonte: O autor, 2021

Por fim, será desenvolvido e apresentado nesse trabalho um protótipo de alta fidelidade, realizado em duas etapas (com diferentes escalas, sendo 1:25 e 1:1), ao qual na escala de 1:25 terá os mesmos materiais, com contextualização geral, e já na escala 1:1, apesar de ser o mesmo material, a contextualização é total, utilizando-se do usuário e ambiente final para obter-se maior aplicação e uso do protótipo, sempre guiado pelos conceitos de Design Thinking e prototipagem rápida.


Figura 34 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável na escala 1:25 - relação escala/protótipo Fonte: O autor, 2021

49


TERRITÓ RIO 7

6 5

4

1 3 2

10

8 50

9

Figura 35 Legenda: Mapa território Fonte: O autor, 2021


1 Brasília Teimosa 2 Encanta Moça/Pina 3 Ilha de Deus 4 Afogados 5 Coque 6 Coelhos 7 Caranguejo Tabaiares 8 Aritaná 9 Ilha do Destino 10 Beirinha Nessa etapa, serão apresentados os principais pontos para implantação inicial do protótipo, onde os territórios escolhidos para inserção do artefato são locais ou vazios urbanos conectadas/interligadas diretamente ao rio Capibaribe. Reforçando, assim, seu objetivo de levar a arte para qualquer lugar do rio, principalmente onde esse acesso não se tem tanta frequência. A partir da visualização de imagens de satélite e da visitação de alguns locais, foram definidos alguns territórios para implantação do protótipo, próximo as redondezas do parque dos manguezais e do estuário do rio Capibaribe, especificamente, como locais para que o protótipo possa levar arte a essas comunidades ribeirinhas. Os critérios para definição desses locais foram: - Densidade populacional: Zonas com alta densidade populacional, ou seja, grande quantidade de pessoas morando em relação à superfície do território; - Contato direto com a água: Aglomerados que seja presente o contato direto entre as edificações e o rio; - Espaço para inflação do artefato: Áreas que contenham um deck, píer ou espaço disponível para inflar o protótipo; - Difícil acesso à arte: Perto da população mais carente que não tem incentivo nem fácil acesso à arte.

51


Figura 36 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021

52


53


Figura 37 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021

54


55


Figura 38 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021

56


57


Figura 39 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021

58


59


PRECEDÊNCIAS PROJETUAIS

CINE BODE ESPIATÓRIO

Formada pela comunidade do Bode por meio voluntários e amigos, a Livroteca Brincante do Pina é um coletivo que busca combater a pobreza dentro da comunidade do Bode através do livre acesso ao conhecimento e da cidadania, preparando as crianças e os jovens da própria comunidade para serem cidadãos críticos e protagonistas de suas próprias vidas. O foco de interesse na ação desse coletivo é, a partir da cultura cinematográfica, ativar o espaço, além de ser um meio transformador na realidade social presente na comunidade. Dessa forma, a partir desse exemplo, pode-se perceber que comunidades ribeirinhas, como a do Bode, esse tipo de ação é muito valorizada, podendo se tornar realidade a partir do proposição do protótipo apresentada neste trabalho, sendo um dos programas de arte a serem inseridos dentro do objeto inflável.

Figura 40 Legenda: Cine bode expiatório Fonte: Fiona Forte, 2021

Figura 41 Legenda: Cine bode expiatório Fonte: Fiona Forte, 2021

60


Figura 42 Legenda: Cine bode expiatório Fonte: Fiona Forte, 2021

61


“ARQUITETURA EFÊMERA INFLÁVEL” A intervenção urbanística “Arquitetura Efêmera Inflável” é mais uma das intervenções urbanísticas do TransLAB.URB, um grupo interdisciplinar de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que entende o urbanismo como cultura coletiva e busca ativar espaços da cidade gerando o sentimento de pertencimento do cidadão. Com projeções de filmes e curta-metragens em um protótipo de polietileno de baixa densidade, a intervenção gera, além do debate sobre o espaço público, a ativação de espaços públicos não privilegiados e uma maior sensação de pertencimento do usuário sobre aquele lugar. E é exatamente esse o foco do interesse desta referência, o ativamento de espaços públicos não privilegiados e a fomentação da sensação de pertencimento e zelo dos cidadãos com o rio Capibaribe. Além da estrutura inflável servindo de plano de projeção, o método construtivo com polietileno de baixa densidade também é uma grande referência desta intervenção.

Figura 44 Legenda: Intervenção em quadra pública Fonte: translarburb, 2017

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Figura 43 Legenda Intervenção em praça pública Fonte: Translarburb, 2017


Figura 45 Legenda: Intervenção em espaço pública Fonte: translarburb, 2017

63


INFLÁVEL BIZAFRA Cenógrafo, Ricardo Bizafra desenvolve estruturas temporárias para todo tipo de necessidade, desde grandes eventos corporativos a exposições de arte, lojas temporárias e sessões de foto. Com o histórico de criar ambientes de curta duração e que geram um grande impacto no usuário, este estudo de caso foi desenvolvido, apoiado pela Red Bull Amaphiko, para abrigar as atividades da ONG Cidade Azul, no Meca Inhotim de 2016. O foco do interesse da referência, além do método construtivo do inflável em polietileno de baixa densidade, é o estudo do espaço interno criado com o inflável servindo de abrigo para atividades. Aumentando as possibilidades de uso do protótipo e, consequentemente, aumentando o alcance e o poder de transformação do artefato.

Figura 46 Legenda: Inflável no meca inhotim Fonte: Flávio-Charchar, 2016

Figura 47 Legenda: Inflável no meca inhotim Fonte: Flávio-Charchar, 2016

64


Figura 49 Legenda: Inflável no meca inhotim Fonte: Flávio-Charcar, 2016

65


PROPOST 66

A partir da análise das precedências projetuais estudadas, os objetivos, conceituação temática e o território para implantação do protótipo, as diretrizes projetuais começam a se moldar naturalmente para atender todos objetivos propostos. - Inflável: Aplicar conceito de sistema de pressurização positiva segundo FRANCIS (2019); - Itinerante: Atribuir característica itinerante para atender várias áreas do rio; - Criação: Propor espaço para aulas e oficinas; - Exposição: Dispor local para exposição do material produzido nas oficinas; - Projeção: Transmitir conteúdo audiovisual em seu exterior para usuários externos; -Materialidade: Explorar materiais acessíveis e de fácil manuseio para possibilitar a replicação do protótipo.


Figura 50 Legenda: Protótipo inflável Fonte: O autor, 2021

67


CONCEITO Para este trabalho, o Design Thinking foi adotado no processo de projeto por tentar visualizar as necessidades dos usuários antes do projeto e da construção do protótipo a fim de minimizar erros, além de ser mais assertivo na forma como a experiência do contato à arte poderia impactar as pessoas das comunidades à beira do Rio Capibaribe. Dessa forma, o projeto foi pensado a partir da intenção e da manipulação do vão para emocionar, além de levar cultura e arte às comunidades ribeirinhas. E como forma de solucionar esta problemática, a forma cúbica surgiu a partir da materialidade utilizada: polietileno de baixa densidade soldado com calor. Transformando-o em um protótipo com facilidade de construção, além de ser dinâmico e adaptável por receber diferentes públicos e atividades em seu interior. De acordo com Maurício Vianna e Ysmar Vianna (2014), o nível de semelhança entre o protótipo e o produto final pode ser dividido em três tipos: Baixa fidelidade, média fidelidade e alta fidelidade. No caso do projeto apresentado neste trabalho, pode-se considerar o protótipo com alta fidelidade, sendo feito em duas etapas: um em escala reduzida (1:25), e outro em escala real (1:1), que tornou-se o produto final por atender todas as necessidades, e sanar as problemáticas. Assim, a partir do entendimento da necessiade de um espaço para abrigar cultura, arte e conhecimento, o protótipo surge sendo um objeto de fácil transporte e montagem, atendendo diferentes territórios.

68

Figura 51 Processo de construção do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

Figura 52 Processo de construção do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

Figura 53 Processo de construção do protótipo. Fonte: o autor, 2021.


CÁLCULOS ESTRUTURAIS Considerando que o protótipo, na escala de 1:1, será inflado em um ambiente externo e que sua “porta” permanecerá sempre aberta, foi desenvolvido o diagrama de forças para entender melhor as forças que precisam ser calculadas para estruturação do cubo. O cálculo foi necessário para descobrir se o circulador de ar industrial teria a potência suficiente ou ideal para manter inflado o cubo, uma vez que o ar estará em constante renovação, variando sempre a pressão, como mostra a figura 54. Luz solar

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Ar Lona 5x5m para proteção do piso

Circulador de ar industrial 185w

Figura 54 Diagrama de forças. Fonte: o autor, 2021.

69


Equação da potência:

Potência

Peso específico

Vazão

Perda de carga

A partir da equação da potência, essa unidade deverá ser descoberta como ideal. E alguns dados já possuímos até então, como o peso específico do ar, sendo 12.28m³, e a vazão do ar que já é dada nas especificações do circulador de ar industrial, que é 2.8m³/s. Assim, a perda da carga foi encontrada a partir da diferença de pressão encontrada ao medir a pressão na entrada do ar, na saída do ventilador, e na saída do ar, na “porta” do cubo, utilizando um medidor de pressão, dando um resultado de 3,23m. Por fim, foi possível encontrar a potência ideal, que é 110W, mas como não foi possível medir a perda de potência do equipamento, consideramos que esta é de 20%, que acrescentando essa porcentagem ao total, resulta em 132W necessários para manter o cubo inflado com a entrada da “porta” aberta. Como o ventilador utilizado será de 185W, este atende as necessidades.

70


71

ÉCNICA

RANCHA


B 01

Circulador de ar industrial 185w

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

A 01

A 01 Lona 5x5m para proteção do piso

PLANTA BAIXA LAYOUT 01 ESC: 1 : 100 B 01

Polietileno de ba densidade solda com calor

Circulador de ar industrial 185w

CORTE A 01 ESC: 1 : 100

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

72

PROJETO

Protótipo inflável como agente


aixa ado

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Lona 5x5m para proteção do piso

Circulador de ar industrial 185w

VISTA 3D 01

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

CORTE B 01 ESC: 1 : 100

ALUNO

Lucas Lisboa Arregui - 201711295.1

e transformador ORIENTADORA

Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho

ASSUNTO

Proposta 01

ESCALA

1 : 100

PRANCHA

01 /07

73


B 02 Mesa de apoio para projetor

Puff

Almofada

Cadeira

Projetor Lona 5x5m para proteção do piso Polietileno de baixa densidade soldado com calor

A 02

A0

Circulador de ar industrial 185w

PLANTA BAIXA LAYOUT 02 ESC: 1 : 100

B 02

Cadeira

Almofada

Puff

Projetor

Polietileno de ba densidade solda com calor

Circulador de ar industrial 185w

CORTE A 02 ESC: 1 : 100

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

74

PROJETO

Protótipo inflável como agente


Mesa de apoio para projetor

Puff

Almofada

Lona 5x5m para proteção do piso

Cadeira

Projetor

2

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

aixa ado

r

VISTA 3D 02

Almofada

Puff

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Mesa de apoio para projetor

Projetor Circulador de ar industrial 185w

CORTE B 02 ESC: 1 : 100

ALUNO

Lucas Lisboa Arregui - 201711295.1

e transformador ORIENTADORA

Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho

ASSUNTO

Proposta 02

ESCALA

1 : 100

PRANCHA

02 /07

75


Mesa de apoio para projetor

Puff

B 03

Cadeira

Mesa

Projetor Lona 5x5m para proteção do piso Polietileno de baixa densidade soldado com calor

A 03

A 03

Circulador de ar industrial 185w

PLANTA BAIXA LAYOUT 03 ESC: 1 : 100

B 03

Cadeira

Puff

Mesa

Polietileno d densidade s com calor

Projetor

Circulador d industrial 185

CORTE A 03 ESC: 1 : 100

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

76

PROJETO

Protótipo inflável como agente


Mesa de apoio para projetor

Puff

Cadeira

Mesa

Projetor Lona 5x5m para proteção do piso Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

de baixa soldado

de ar 5w

VISTA 3D 03

Mesa

Puff

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Projetor Circulador de ar industrial 185w

CORTE B 03 ESC: 1 : 100

ALUNO

Lucas Lisboa Arregui - 201711295.1

e transformador ORIENTADORA

Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho

ASSUNTO

Proposta 03

ESCALA

1 : 100

PRANCHA

03 /07

77


B 04 Mesa de apoio para projetor

Puff

Cadeira

Mesa

Projetor Lona 5x5m para proteção do piso Polietileno de baixa densidade soldado com calor

A 04

A 04

Circulador de ar industrial 185w

PLANTA BAIXA LAYOUT 04 ESC: 1 : 100

B 04

Cadeira

Puff

Mesa

Polietileno densidade com calor

Projetor

Circulador industrial 1

CORTE A 04 ESC: 1 : 100

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

78

PROJETO

Protótipo inflável como agente


Mesa de apoio para projetor

Puff

Cadeira

Mesa

Projetor Lona 5x5m para proteção do piso Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

VISTA 3D 04

Mesa

Puff

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

o de baixa e soldado r

Projetor

r de ar 185w

Circulador de ar industrial 185w

CORTE B 04 ESC: 1 : 100

ALUNO

Lucas Lisboa Arregui - 201711295.1

e transformador ORIENTADORA

Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho

ASSUNTO

Proposta 04

ESCALA

1 : 100

PRANCHA

04 /07

79


Puff

B 05

Almofada

Lona 5x5m para proteção do piso Polietileno de baixa densidade soldado com calor

A 05

A 05

Circulador de ar industrial 185w

PLANTA BAIXA LAYOUT 05

B 05

ESC: 1 : 100

Almofada

Puff

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

CORTE A 05 ESC: 1 : 100

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

80

PROJETO

Protótipo inflável como agente


Puff

Almofada

Lona 5x5m para proteção do piso

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

VISTA 3D 05

Almofada

Puff

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

CORTE B 05 ESC: 1 : 100

ALUNO

Lucas Lisboa Arregui - 201711295.1

e transformador ORIENTADORA

Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho

ASSUNTO

Proposta 05

ESCALA

1 : 100

PRANCHA

05 /07

81


B 06

Mesa Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Circulador de ar industrial 185w

A 06

A 06 Lona 5x5m para proteção do piso

PLANTA BAIXA LAYOUT 06 ESC: 1 : 100

B 06

Polietileno densidade com calo

Mesa

Circulado industrial 1

CORTE A 06 ESC: 1 : 100

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

82

PROJETO

Protótipo inflável como agente


o de baixa e soldado or

or de ar 185w

VISTA 3D 06

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Mesa

Circulador de ar industrial 185w

CORTE B 06 ESC: 1 : 100

ALUNO

Lucas Lisboa Arregui - 201711295.1

e transformador ORIENTADORA

Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho

ASSUNTO

Proposta 06

ESCALA

1 : 100

PRANCHA

06 /07

83


B 07 Mesa de apoio para projetor

Projetor Lona 5x5m para proteção do piso Polietileno de baixa densidade soldado com calor

A 07

A 07

Circulador de ar industrial 185w

PLANTA BAIXA LAYOUT 07 ESC: 1 : 100

B 07

Mesa para p

Polietil densid com c

Projeto

Circula industr

CORTE A 07 ESC: 1 : 100

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

84

PROJETO

Protótipo inflável como agente


VISTA 3D 07

Mesa de apoio para projetor

de apoio projetor

ileno de baixa dade soldado calor

or

ador de ar trial 185w

Polietileno de baixa densidade soldado com calor

Projetor Circulador de ar industrial 185w

CORTE B 07 ESC: 1 : 100

ALUNO

Lucas Lisboa Arregui - 201711295.1

e transformador ORIENTADORA

Walkyria Tsutsumi Ferreira Coutinho

ASSUNTO

Proposta 07

ESCALA

1 : 100

PRANCHA

07 /07

85


POSSÍVEIS DESDOBRAMENTOS 86

Consistindo em um volume cúbico, que surgiu a partir da materialidade utilizada (polietileno de baixa densidade soldada com calor), o projeto foi pensando a partir da intenção e manipulação do vão para emocionar, levando a arte às comunidades ribeirinhas. Em virtude dessa geometria, o protótipo possui muitas condições potenciais. O design tem como objetivo permitir que os usuários interpretem o objeto e descubram diferentes maneiras de utilizar os espaços, tanto no interior do cubo inflável como ao seu redor. E ao fazer isso, a arte pode ser amplamente usada por uma grande quantidade de usuários ao longo dos anos, seja por meio de diferentes programações ou eventos, mantendo esses espaços que antes eram subutilizados, por exemplo, em espaços vibrantemente ativados conforme as necessidades mudarem, ao longo dos tempos. Além disso, a ideia principal apresentada até aqui, é o protótipo ser utilizado por pessoas, com facilidade de construção (onde qualquer um com os materiais necessários possa inflá-lo), trazendo espaços adaptáveis e dinâmicos a locais que necessitam, e que possuem o difícil acesso às artes. Assim, será mostrado a seguir o potencial de cada planta, e em como esse espaço poderá ser utilizado.


Figura 55 Protótipo em uso Fonte: o autor, 2021.

87


Figura 56 Protótipo em uso Fonte: o autor, 2021.

O projeto foi concebido criando espaços versáteis, adaptados para diferentes eventos e situações, servindo diferentes segmentos das populações ribeirinhas, porém todos com o mesmo objetivo: levar a arte a esses espaços. No caso dos layouts mostrados a seguir (figura 56,57,58), a ideia principal é convidar os transeuntes a se reunirem para assistir a projeções e filmes, além de poder ser também um espaço para realização de palestras ou reuniões, com potencial de ser locais educativos e de sensação de pertencimento às comunidades.

88


Figura 57 Opção de layout 01 Fonte: o autor, 2021.

Figura 58 Opção de layout 02 Fonte: o autor, 2021.

Figura 59 Opção layout 03 Fonte: o autor, 2021.

89


Figura 60 Protótipo em uso Fonte: o autor, 2021.

Já nos layouts apresentados a seguir (figura 60,61,62), a ideia principal é convidar os transuentes para experiências físicas de exposições de artes mais palpáveis, como esculturas e exposições imersivas, trazendo sensações e interação entre as pessoas que irão utilizar-se do local.

90


Figura 61 Opção layout 04 Fonte: o autor, 2021.

Figura 62 Opção layout 05 Fonte: o autor, 2021.

Figura 63 Opção 06 Fonte: o autor, 2021.

91


POSSÍVEIS AGRUPAMENTOS 92

Por ser uma estrutura pneumática de fácil adaptação ao sítio, e partindo do princípio que o protótipo têm a possibilidade de abrigar várias atividades diferentes, porém nem todas ao mesmo tempo, a ideia dos agrupamentos mostrados a seguir, é juntar mais atividades artísticas e culturais, que combinadas, podem acontecer simultaneamente e levar mais forma de arte às comunidades ribeirinhas. Para isso, foi criado possíveis junções de cubos com dois diferentes tamanhos, sendo o cubo grande de 5x5x5m, e o cubo menor de 2,5x2,5x2,5m. Porém cada cubo continuará com suas estruturas independentes, devido a potência necessária estudada neste trabalho, para que o cubo se mantenha inflado e estático. Para que essas junções de diferentes tamanhos fossem apresentadas, a regra de criação das mesmas se deu a partir de diferentes possibilidades a partir de suas combinações. Foi necessário apenas seguir duas regras, em que a primeira foi de deixar sempre duas faces laterais livres (já que ele precisa se manter inflado), sendo a face para o insuflamento e a outra para o vão de entrada para o interior do cubo, e a segunda sendo que os cubos sempre estejam em contato com algum outro cubo, em suas faces laterais.

Figura 64 Agrupamento 01 Fonte: o autor, 2021.


Figura 65 Agrupamento 02 Fonte: o autor, 2021.

Figura 66 Agrupamento 03 Fonte: o autor, 2021.

Figura 67 Agrupamento 04 Fonte: o autor, 2021.

Figura 68 Agrupamento 05 Fonte: o autor, 2021. Figura 69 Agrupamento 05 Fonte: o autor, 2021.

Figura 70 Agrupamento 05 Fonte: o autor, 2021.

Figura 71 Agrupamento 06 Fonte: o autor, 2021.

93


ANUAL ONSTRUTIV

Este manual resultou de algumas observações feitas desde o começo do trabalho, quando o protótipo ainda era uma idealização, e tem como principal ideia documentar, além de ser um guia para outras pessoas construírem, com intuito de que a arte consiga chegar cada vez mais em locais de difícil acesso. Dessa forma, o trabalho possui como principal objetivo poder realmente ser utilizado por pessoas e para as pessoas, não ficando apenas no papel e no campo das ideias.

94

Se preferir, acesse pelo issuu:


No trabalho apresentado, foram feitos 2 protótipos infláveis de alta fidelidade, em que o primeiro realizado foi um teste, em uma escala reduzida da proposição real, possuindo dimensões de 1,40x1,40x1x40 (que foi utilizado como exemplo ilustrativo para este manual). Já o segundo, utilizou-se as dimensões de 5x5x5, sendo o tamanho real do protótipo. Dessa forma será apresentado aqui, um roteiro para construção do protótipo, a partir das dimensões reduzidas, mas que será sinalizado ajustes caso queira-se utilizar a escala 1:1. * Todas as medidas podem ser adaptadas para o tamanho desejado.

MATERIAIS:

Para começar a construção do protótipo, é preciso alguns materiais, como:

1

- 40 metros de Polietileno de baixa densidade na cor branca (para um protótipo em escala 1:1, será utilizado aproximadamente 140 metros)

2

- 1 Ferro de passar roupa;

3

- 1 Rolo de papel manteiga;

4

- 1 Rolo de Fita adesiva transparente;

5

- 1 Trena de 5m;

6

- 1 Marcador permanente;

7

- Tesoura

8

- 1 Ventilador (para um protótipo em escala 1:1, é necessário um circulador de ar industrial 185W)

Figura 72 Foto ilustrando materiais utilizados para construção do protótipo inflável Fonte: o autor, 2021.

5

3

6

1

7

4 8

2

95


Figura 73 Foto ilustrando a marcação do protótipo para corte. Fonte: o autor, 2021.

Figura 74 Foto ilustrando a o corte do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

CORTE: 1,40

x6

1,40

Após obter todos os materiais necessários, é preciso cortar as faixas do plástico. Dependendo do tamanho escolhido para construção, essas medidas serão diferentes, porém como dito anteriormente, todas essas são adaptáveis. Levando em consideração a escala do protótipo reduzida, será necessário cortar 6 faces de tamanho 1,40 x 1x40, como mostra o esquema de corte a seguir:

5

1

Figura 75 1,40 Esquema ilustrativo do corte das faixas. Fonte: o autor, 2021. 1,40

1,60

96

CUBINHO corte ESC: 1 : 50 5,30

C 1 5

1

3

x1

Caso seja optado por fazer o protótipo em escala 1:1, será preciso cortar 24 faces de 5,30 x 1,40m, como mostra o esquema de corte a seguir:

C 5 2

x 24

Figura 76 Esquema ilustrativo do corte das faixas. 1,40 Fonte: o autor, 2021.


1,40

1,40

x6

5

1

C 1 5

1,40

1

3

x1 1,60

Para que seja possível inflar os cubos, é necessário a construção de um elemento conector que leve o vento para dentro do espaço criado. No caso do cubo em escala reduzida, como foi mostrado na lista de materiais, será utilizado um ventilador convencional, e para isso é necessário medir o diâmetro do ventilador. O que foi utilizado de teste nesse trabalho, possuía um diâmetro de 50cm (podendo mudar dependendo da marca). E a partir disso, é necessário cortar o tamanho do perímetro do ventilador, somado 30cm de sobra, resultando assim em duas faixas de plástico com tamanho de 0,80 x 1x40m.

C 5 2

Figura 77 Esquema ilustrativo de corte dos elementos conectores. CUBINHO corte Fonte: oESC: autor,12021. : 50

1,40

1,40

x6

1,40

80

Caso seja construído o cubo em escala 1:1, será necessário a utilização do circulador de ar industrial de 185W, que possuí um diâmetro de 70cm. Assim, é necessário cortar duas faixas de 5,30 x 1x40m.

x2

Figura 78 Esquema ilustrativo de corte dos elementos conectores. Fonte: o autor, 2021.

CUBINHO corte ESC: 1 : 50

1,40

97


Figura 79 Foto das soldagens do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

Figura 80 Foto das soldagens do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

SOLDAGEM: Após todos os cortes necessários, é preciso unir as faces, sendo nesta etapa onde o protótipo começa a tomar sua forma. Para soldar as faixas, na etapa de corte já foi levado em consideração a perda necessária (acrescentando em cada faixa 10cm), onde é nesse espaço, que ocorrerá a solda por meio do calor, utilizando ferro convencional, sob o papel manteiga (para não derreter o tecido). Outra questão que deve ser levado em consideração antes da soldagem, é a abertura do vão de entrada para o interior do cubo quando ele estiver inflado, assim como a ligação para o ventilador ou circulador de ar. Nos cubos (independente do tamanho), como mostra os exemplos a seguir, deve-se posicionar as faces cortadas da mesma maneira (indicada pelos números), e para soldá-las é preciso unir as letras iguais de cada lateral da face, indicadas na imagem. E quando todas estiverem juntas, o cubo inflável estará montado.

Cubo em escala 1:25

f

b

face ubo

6

70

70

b

d

a

d a

80

70

b

d

Abertura de entrada para o protótipo

1

e

2

3

60

70

ace o

e

e

g

5

98

g

Figura 81 Esquema ilustrativo das soldas do protótipo Fonte: o autor, 2021.

CUBINHO solda geral

f

4

g

Abertura para cubo conector do ventilador


Cubo em escala 1:1

Nesse caso, cada face do cubo é formado por 4 faixas que foram cortadas anteriormente, que devem ser soldadas como mostra a imagem a seguir: CUB O 5x5x5 5,3*4 = 21 ,2m por face 21,2*6 = 1 27,2 mcubo 5,30

5*2 = 10m tubo 1,40

CUB O 5x5x5 137,2m = total 5,3*4 = 21 ,2m por face 21,2*6 = 1 27,2 mcubo

10

CUB INHO 1x1x1 5*2 = 10m tubo 1,4*4 = 5,6m por face 5,6*6 = 33 ,6m cubo 137,2m = total

1,20

10 5,30

1,40

1*2 = 2m tubo

10

1,20

10

CUB INHO 1x1x1 35,6m = total 1,4*4 = 5,6m por face 5,6*6 = 33 ,6m cubo 1*2 = 2m tubo

x5

3,20

3,20

5,30

x5

5,30

35,6m = total

Figura 82 5,30 Esquema ilustrativo das soldas, formando uma face do protótipo em es1,40 cala maior. Fonte: o autor, 2021. 1,20

10 5,30

2,10

10

1,40

1,20

10

4,20

x1

5,30

5,30

4,20

2,10

10

Abertura de entrada para o protótipo

30

80 30

80

x1

CUBÃO solda face

Figura 83 ESC: 1 : 50 Esquema ilustrativo das soldas, formando uma face do protótipo em escala maior (com abertura de entrada para o interior do protótipo). CUBÃO solda face Fonte: o autor, 2021. ESC: 1 : 50

99


Após todas as faces estarem prontas, deve-se posicioná-las da mesma maneira, indicada pelos números na imagem a seguir, e o cubo estará montado após todas as faces serem soldadas.

f

b

2,65

2,65

d

b

d

a 4,20

a

e

2

30

1

80

2,10

3,20

b

6

3

e

e

g

5

f

Figura 84 Esquema ilustrativo das soldas, formando uma face do protótipo em escala maior (com abertura de entrada para o interior do protótipo). Fonte: o autor, 2021. CUBÃO solda geral ESC: 1 : 50

Figura 85 Esquema ilustrativo das soldas do tubo conector ao circulador de ar e o protótipo. Fonte: o autor, 2021.

100

g

4

g


Figura 86 Soldas aparentes no protótipo 1:1 Fonte: o autor, 2021.

101


MONTAGEM:

Após a soldagem necessária de todas as faces, o cubo estará formado. Nessa etapa de montagem, apenas é preciso encaixar o tubo conector que levará o vento necessário ao interior do cubo, para assim, ele ser devidamente inflado. É importante se atentar a algumas questões para inflar o protótipo, como amarrar com barbante, ou até mesmo fita adesiva no ventilador/circulador de ar no tubo conector, além de colocar na velocidade mínima, fechando as aberturas existentes para inflar de forma mais segura e homogênea. Assim que o cubo começar a ser inflado, é preciso entrar na parte interior e deixar sempre a lona do piso esticada o máximo possível. E dependendo do local de inserção do protótipo (caso seja um local externo e/ou com presença de ventos leves) é preciso colocar pesos nas quinas do piso.

Figura 87 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - conexão do tubo do ventilador ao cinterior do cubo Fonte: o autor, 2021.

102

Figura 88 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - ar entrando de forma homogênea no interior do cubo. Fonte: o autor, 2021.


Figura 89 Foto do interior do cubo, totalmente inflado. Fonte: o autor, 2021.

Figura 90 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - cubo totalmente inflado, visto de frente. Fonte: o autor, 2021.

Figura 91 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - cubo totalmente inflado, visto de trás. Fonte: o autor, 2021.

103


Figura 93 Foto do processo, quando ocorreram erros duran montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

Figura 92 Foto do processo, quando ocorreram erros durante a montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

“E SE”: Neste subtópico, será apresentado soluções para problemas que possam ocorrer ao longo da montagem do protótipo.

Figura 95 Foto do processo, quando ocorreram erros durante a montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

104


Figura 94 Foto do processo, quando ocorreram erros durante a montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021.

nte a

1. COLOU ERRADO?

Será preciso cortar o pedaço que foi soldado de forma errada, separando-os e começando novamente a soldagem.

2. RASGOU OU FUROU?

- Se for até 10cm, pode juntar as bordas e soldar. - Maior que 10cm ou se houver deformação do protótipo, é preciso recortar um pedaço equivalente ao tamanho do rasgo + 10cm de transpasse, para que seja ajustado por meio da solda com papel manteiga e ferro.

3. DERRETEU?

- Se juntou com outro pedaço de face do cubo, é preciso cortar essa junções erradas, separando-as e fechando os furos, caso fique algum, realizando a soldagem novamente. *DEPENDENDO DO TAMANHO DO ESTRAGO, É MELHOR REFAZER A FAIXA OU FACE DO CUBO. 105


Figura 96 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo em escala 1:1, realizado na Universidade Católica. Fonte: o autor, 2021.

106


Figura 97 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo em escala 1:1, realizado na Universidade Católica. Fonte: o autor, 2021.

107


LISTA DE FIGURAS Figura 01 Legenda: #olhaprorio Fonte: O autor, 2021

Figura 21 Legenda: Abrigo de piscina inflável Fonte: Amazon, 2021

Figura 02 Legenda: Casa no Rio Capibaribe Fonte: O autor, 2021

Figura 22 Legenda: Estrutura inflável em forma de rosca Fonte: Steve Triton, 2021

Figura 03 Legenda: Rio Eufrates Fonte: Todoestudo, 2016

Figura 23 Legenda: Estrutura inflável com arcos Fonte: Gawronski, 2017

Figura 04 Legenda: Escoamento de esgoto Fonte: O autor,2021

Figura 24 Legenda: Croqui fliberthin air houses Fonte: Frank lloyd right, 1956

Figura 05 Legenda: Vista aérea cidade do Recife Fonte: Enildo Camara, 201

Figura 25 Legenda: Fliberthin air houses Fonte: Life magazine, 1957

Figura 06 Legenda: Mapa estreitamento do rio Capibaribe Fonte: Diário de Pernambuco, 2013

Figura 26 Legenda: Earthday em ohio, 2970 Fonte: Donato heinen, 2020

Figura 07 Legenda: Praticantes de remo no rio Capibaribe Fonte: Recife de antigamente, 1926

Figura 27 Legenda: Haus-Rucker-Co Environment Transformers Fonte: Gerald Zungman, 1968

Figura 08 Legenda: Praticantes de esqui aquático no rio Capibaribe Fonte: Acervo da Fundaj, 1926

Figura 28 Legenda: Gráfico síntese Human Centered Design Fonte: O autor, 2021

Figura 09 Legenda: Mapa zeis Fonte: Prefeitura do Recife, 2005

Figura 29 Legenda: Gráfico síntese Design thinking a d. school Fonte: O autor, 2021

Figura 10 Legenda: Parque dos Manguezais Fonte: Portal da copa, 2013

Figura 30 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável em escala 1:25, em ambiente controlado Fonte: O autor, 2021

Figura 11 Legenda: Pé de um pescador no rio Capibaribe Fonte: Peu Ricardo, 2017 Figura 12 Legenda: Intervenção artística Fonte: Vivadecora, 2019 Figura 13 Legenda: Reflexo de homem sobre a água Fonte: Peu Ricardo, 2017 Figura 14 Legenda: Assentamendo espontâneo Fonte: O autor, 2021

Figura 31 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável em escala 1:25, em ambiente controlado Fonte: O autor, 2021 Figura 32 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável em ambiente controlado Fonte: O autor, 2021 Figura 33 Legenda: Diagrama de contextualidade Fonte: O autor, 2021

Figura 15 Legenda: Intervenção urbana no rio Tietê Fonte: Evelyn Nogueira, 2019

Figura 34 Legenda: Ciclo de testes do protótipo inflável na escala 1:25 - relação escala/protótipo Fonte: O autor, 2021

Figura 16 Legenda: Intervenção urbana na praça da AlfândegaFonte: Mateus Bruxel, 2015

Figura 35 Legenda: Mapa território Fonte: O autor, 2021

Figura 17 Legenda: Intervenção artística em Porto Alegre Fonte: Fabiano do Amaral, 2020.

Figura 36 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021 Figura 37 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021 Figura 38 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021

Figura 18 Legenda: Sistema de pressurização negativa Fonte: estudioacrilicos, 2021 Figura 19 Legenda: Sistema de pressurização positiva Fonte: Spacial Effects, 2019 Figura 20 Legenda: Radomes Fonte: Researchgate, 1948

Figura 39 Legenda: MONTAGEM DO TERRITÓRIO Fonte: O autor, 2021


Figura 40 Legenda: Cine bode expiatório Fonte: Fiona Forte, 2021

Figura 63 Opção layout 06 Fonte: o autor, 2021.

Figura 41 Legenda: Cine bode expiatório Fonte: Fiona Forte, 2021

Figura 64 Agrupamento 01 Fonte: o autor, 2021.

Figura 42 Legenda: Cine bode expiatório Fonte: Fiona Forte, 2021 Figura 43 Legenda Intervenção em praça pública Fonte: Translarburb, 2017 Figura 44 Legenda: Intervenção em quadra pública Fonte: translarburb, 2017 Figura 45 Legenda: Intervenção em espaço pública Fonte: translarburb, 2017 Figura 46 Legenda Inflável no meca inhotim Fonte: Flávio-Charchar, 2016 Figura 47 Legenda Inflável no meca inhotim Fonte: Flávio-Charchar, 2016 Figura 49 Legenda: Inflável no meca inhotim Fonte: Flávio-Charcar, 2016 Figura 50 Legenda: Protótipo inflável Fonte: O autor, 2021 Figura 51 Processo de construção do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 52 Processo de construção do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 53 Processo de construção do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 54 Diagrama de forças. Fonte: o autor, 2021. Figura 55 Protótipo em uso Fonte: o autor, 2021. Figura 56 Protótipo em uso Fonte: o autor, 2021 Figura 57 Opção de layout 01 Fonte: o autor, 2021. Figura 58 Opção de layout 02 Fonte: o autor, 2021. Figura 59 Opção layout 03 Fonte: o autor, 2021. Figura 60 Protótipo em uso Fonte: o autor, 2021. Figura 61 Opção layout 04 Fonte: o autor, 2021. Figura 62 Opção layout 05 Fonte: o autor, 2021.

Figura 65 Agrupamento 02 Fonte: o autor, 2021. Figura 66 Agrupamento 03 Fonte: o autor, 2021. Figura 67 Agrupamento 04 Fonte: o autor, 2021. Figura 68 Agrupamento 05 Fonte: o autor, 2021. Figura 69 Agrupamento 05 Fonte: o autor, 2021. Figura 70 Agrupamento 05 Fonte: o autor, 2021. Figura 71 Agrupamento 06 Fonte: o autor, 2021. Figura 72 Foto ilustrando materiais utilizados para construção do protótipo inflável Fonte: o autor, 2021. Figura 73 Foto ilustrando materiais utilizados para construção do protótipo inflável Fonte: o autor, 2021. Figura 74 Foto ilustrando a o corte do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 75 Esquema ilustrativo do corte das faixas. Fonte: o autor, 2021. Figura 76 Esquema ilustrativo do corte das faixas. Fonte: o autor, 2021. Figura 77 Esquema ilustrativo de corte dos elementos conectores. Fonte: o autor, 2021. Figura 78 Esquema ilustrativo de corte dos elementos conectores. Fonte: o autor, 2021. Figura 79 Foto das soldagens do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 80 Foto das soldagens do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 81 Esquema ilustrativo das soldas do protótipo Fonte: o autor, 2021. Figura 82 Esquema ilustrativo das soldas, formando uma face do protótipo em escala maior. Fonte: o autor, 2021. Figura 83 Esquema ilustrativo das soldas, formando uma face do protótipo em escala maior (com abertura de entrada para o interior do protótipo). Fonte: o autor, 2021. Figura 84 Esquema ilustrativo das soldas, formando uma face do protótipo em escala maior (com abertura de entrada para o interior do protótipo). Fonte: o autor, 2021.


Figura 85 Esquema ilustrativo das soldas do tubo conector ao circulador de ar e o protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 86 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - conexão do tubo do ventilador ao cinterior do cubo Fonte: o autor, 2021. Figura 87 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - ar entrando de forma homogênea no interior do cubo. Fonte: o autor, 2021. Figura 88 Foto do interior do cubo, totalmente inflado. Fonte: o autor, 2021. Figura 89 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - cubo totalmente inflado, visto de frente. Fonte: o autor, 2021. Figura 90 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo - cubo totalmente inflado, visto de trás. Fonte: o autor, 2021. Figura 91 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo em escala 1:1, realizado na Universidade Católica. Fonte: o autor, 20221 Figura 92 Foto do processo de montagem para inflar o protótipo em escala 1:1, realizado na Universidade Católica. Fonte: o autor, 2021. Figura 93 Foto do processo, quando ocorreram erros durante a montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 94 Foto do processo, quando ocorreram erros durante a montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 95 Foto do processo, quando ocorreram erros durante a montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021. Figura 96 Foto do processo, quando ocorreram erros durante a montagem do protótipo. Fonte: o autor, 2021.


LISTA DE QUADROS Quadro 01 Legenda: Quadro de objetivos Fonte: O autor, 2021


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Prefeitura do Recife, IBGE. Recife, 2014. Disponpivel em: <https://cidades.ibge.gov.br/ brasil/pe/recife/historico> Acesso em: Acesso em: 02 abr. 2021. Reynaldo, Amélia; Reynaldo Maia Alves, Paulo. Origem da expansão do Recife: divisão do solo e configuração da trama urbana. A: Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo. “V Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo, Barcelona-Buenos Aires, jun. 2013”. Barcelona: DUOT, 2013, p. 877-890.

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