Ceupa projeto com cópia

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

PROJETO EXPERIMENTAL COMUNITÁRIO: CASA ESTUDANTIL UNIVERSITÁRIA DE PORTO ALEGRE

ELISÂNGELA ASSUMPÇÃO LUCAS PIMENTA MARIANE LIMA


Porto Alegre 2014 ELISÂNGELA ASSUMPÇÃO LUCAS PIMENTA MARIANE LIMA

PROJETO EXPERIMENTAL COMUNITÁRIO: CASA ESTUDANTIL UNIVERSITÁRIA DE PORTO ALEGRE

Trabalho apresentado à disciplina de Projeto Experimental Comunitário - Curso de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Profª Drª: Neka Machado


Porto Alegre 2014


AGRADECIMENTOS

Não há espaço suficiente para agradecer a todos envolvidos com o nosso projeto. Existe uma complexidade de fatores, com diversas pessoas, ações, coisas envolvidas, que nos levam a entregar hoje este documento, trabalho feito com esforço e desenvolvido com muita criticidade e carinho. Primeiramente, um muito obrigado à CEUPA, que nos acolheu e topou – em unanimidade! –, deixar que entrássemos e conhecêssemos as suas três casas, as pessoas que ali moravam e seu cotidiano. É um voto de confiança, que, humildemente, esperamos ter feito valer a pena. A união que, mesmo subjetivamente, vocês demonstram ter, assim como suas particularidades internas, são inspiradoras. Juntar tantos não é fácil mas as reuniões eram necessárias, mesmo... Novamente, obrigado. À nossa orientadora, Neka Machado, que tem uma alma tão pura, capaz de tratar-nos com a sensação de tamanha maturidade nossa que, afavelmente, depositou a liberdade sobre nosso projeto, mesmo torneado por ordens. À banca, nosso respeito e admiração. Agradecemos por uma avaliação de tão alto quilate. Somos completamente gratos aos mestres presentes em nossa vida. Sabemos que nada sabemos. Como grupo, também, agradecemos a nós mesmos. Sim, foi um belo encontro. Queremos dizer que sofremos, discutimos e, apesar das nossas vidas corridas, apressadas e caóticas, vencemos. Afinal, se quer que alguém faça algo bem feito, entregue a tarefa a um atarefado, pois, ele te devolverá o sucesso. Somos bons, por isso sofremos. Obrigado por encontrarmo-nos. Temos, hoje, nossos corações mais valorosos.


O universo é uma harmonia de contrários. Pitágoras


LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Casa.........................................................................................................12 Figura 2 - Sala da Casa I..........................................................................................12 Figura 3 - Pátio da Casa I.........................................................................................13 Figura 4 - Casa II......................................................................................................14 Figura 5 - Detalhe da fachada da Casa II.................................................................14 Figura 6 - Sala da Casa II.........................................................................................15 Figura 7 - Entrada da Casa III.................................................................................. 16 Figura 8 - Sala da Casa III........................................................................................17 Figura 9 - Organograma........................................................................................... 19 Figura 10 - Carro ………………………………………………………………………. 20 Figura 11 - Estudantes da antiga AEACS................................................................ 20 Figura 12 - Fundadores CEUPA.............................................................................. 21 Quadro 1 - Classificação dos públicos de acordo com seu tipo de relacionamento e função...................................................................................................................29 Figura 13 - Mural da Casa III................................................................................... 33 Quadro 2 - Análise SWOT....................................................................................... 38 Quadro 3 - Pontos Fortes......................................................................................... 45 Quadro 4 - Pontos Fracos........................................................................................46 Quadro 5 - Descrição do Acolhimento.....................................................................56 Quadro 6 - Avaliação do Acolhimento...................................................................... 61 Quadro 7 - Avaliação do Site................................................................................... 63


SUMÁRIO 1 – APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ...........................................................10 1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................10 1.1.1 Meios de contato online................................................................................11 1.1.2 Início das atividades......................................................................................11 1.1.3 Finalidade da organização............................................................................11 1.1.4 Descrição das instalações (área física).......................................................11 1.1.4.1 Casa I ...........................................................................................................11 1.1.4.2 Casa II..........................................................................................................13 1.1.4.3 Casa III.........................................................................................................16 1.2 DIRETORIA EXECUTIVA ..................................................................................17 1.2.1 Organograma.................................................................................................18 1.3 HISTÓRICO........................................................................................................19 2 – MISSÃO, VISÃO E VALORES...........................................................................22 3 – ANÁLISE DE AMBIENTE ..................................................................................23 3.1 ANÁLISE DO MACROAMBIENTE......................................................................23 3.1.2 SiSU e o Ensino Superior no Brasil.............................................................23 3.1.3 Migração de Estudantes entre Estados.......................................................23 3.1.3 Perfil do Jovem no Sul..................................................................................24 3.2 ANÁLISE DO SETOR.........................................................................................25 3.3 ANÁLISE DE MICROAMBIENTE .......................................................................26 4 – ANÁLISE DE PÚBLICOS ..................................................................................28 4.1 MEIOS DE RELACIONARMOS COM OS PÚBLICOS.......................................32 5 – DIAGNÓSTICO ..................................................................................................35 5.1 CONSTATAÇÕES SOBRE A ANÁLISE DOS AMBIENTES ..............................35 5.2 RELATO DOS PONTOS FORTES E FRACOS .................................................36


5.3 PÚBLICO/PROBLEMA A SER TRABALHADO ..................................................38 5.4 PESQUISA DE INTERESSES DOS PÚBLICOS A SEREM TRABALHADOS ...39 6 – PROGNÓSTICO.................................................................................................42 7 – POLÍTICA DE AÇÕES .......................................................................................45 8 – A COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES......................................................48 9 – PROGRAMA.......................................................................................................52 9.1 AÇÃO 1...............................................................................................................52 9.1.1 Nome...............................................................................................................52 9.1.2 Justificativa....................................................................................................52 9.1.3 Objetivo ..........................................................................................................53 9.1.4 Público............................................................................................................53 9.1.5 Período de realização....................................................................................53 9.1.6 Estratégia........................................................................................................53 9.1.7 Comunicação..................................................................................................53 9.1.8 Recursos necessários...................................................................................54 9.1.9 Custos ............................................................................................................54 9.1.10 Públicos envolvidos....................................................................................54 9.1.11 Avaliação ......................................................................................................54 9.2 AÇÃO 2 ..............................................................................................................55 9.2.1 Nome...............................................................................................................55 9.2.2 Justificativa....................................................................................................55 9.2.3 Objetivo ..........................................................................................................56 9.2.4 Público............................................................................................................56 9.2.5 Período de realização....................................................................................56 9.2.6 Estratégia .......................................................................................................56 9.2.7 Comunicação.................................................................................................59


9.2.8 Recursos necessários...................................................................................59 9.2.9 Custos.............................................................................................................59 9.2.10 Públicos envolvidos....................................................................................59 9.2.11 Cronograma com lista de providências e controle ..................................60 9.2.12 Sistema de Avaliação ..................................................................................60 9.3 AÇÃO 3 ..............................................................................................................61 9.3.1 Nome...............................................................................................................61 9.3.2 Justificativa....................................................................................................61 9.3.3 Objetivo...........................................................................................................61 9.3.4 Público............................................................................................................61 9.3.5 Período de realização....................................................................................62 9.3.6 Estratégia .......................................................................................................62 9.3.7 Recursos necessários..................................................................................62 9.3.8 Custos ............................................................................................................62 9.3.9 Avaliação .......................................................................................................62 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................64 REFERÊNCIAS .......................................................................................................65 APÊNDICES ............................................................................................................70 APÊNDICE A ...........................................................................................................71 APÊNDICE C ...........................................................................................................72 APÊNDICE D ...........................................................................................................80 APÊNDICE E ...........................................................................................................81 APÊNDICE F ...........................................................................................................82 ANEXOS ..................................................................................................................94 ANEXO A ................................................................................................................ 91 ANEXO B ...............................................................................................................96


ANEXO C


1 APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre - também designada pela sigla CEUPA - é uma associação, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, de duração indeterminada que tem como finalidades: • Oferecer moradia gratuita aos estudantes pré-universitários e universitários, sem qualquer discriminação de etnia, sexo ou religião, oriundos do interior do estado do Rio Grande do Sul e dos demais estados da Federação; • Promover e coordenar atividades de caráter espiritual, cultural, assistencial, social e esportivo no meio pré-universitário e universitário. A CEUPA, como instituição, é regulamentada por um Estatuto Institucional (ANEXO A) – atualizado em 4 de abril de 2014 –, tendo como auxílio as determinações estabelecidas no Regimento Interno (ANEXO B), que é único e feito via assembleias gerais por votações de seus moradores. 1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nome: Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre – CEUPA Razão Social: Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre CNPJ: 92.979.293/0001-19 Localização das unidades:  Casa 1 - Sarmento Leite, nº 1053 - CEP 90050-170  Casa 2 - Rua José do Patrocínio, nº 648 - CEP 90050-002  Casa 3 - Rua Luiz Afonso, nº 347 - CEP 90050-310 Bairro Cidade Baixa, Porto Alegre/RS.


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1.1.1 Meios de Contato online E-mail: contato@ceupa.com.br Site: www.ceupa.com.br Facebook: www.facebook.com/pages/ceupa 1.1.2 Início das atividades A instituição foi fundada em 1950, com o nome de Casa do Ex-aluno do Colégio Sinodal.

1.1.3 Finalidade da organização Tem como finalidade assistencial abrigar estudantes de baixa renda financeira, portanto, é uma associação que não possui fins lucrativos.

1.1.4 Descrição das instalações (área física) Optamos por relatar uma descrição, de natureza empírica, das instalações físicas desta instituição, por meio das três unidades da Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre. Tratamos de uma pesquisa descritiva e tal experiência, para Gil (2002), tem como objetivo a exposição das características de determinada população ou determinado fenômeno. Podemos também considerar mais especificamente que “a pesquisa descritiva observa, registra, correlaciona e descreve fatos ou fenômenos de uma realidade dada sem manipulá-los” (TRIVIÑOS, 1987), justifica a escolha do grupo por essa metodologia neste quesito.

1.1.4.1 Casa I Ao entrar no portão da casa I vemos à esquerda a construção, – que é antiga e com muitas janelas –, e um amplo espaço de convívio num grande pátio. No pátio da casa há alguns quartos que estão construídos à parte. No total temos 16 dormitórios. Alguns, poucos, são individuais. Por fim, nos fundos, temos uma cozinha ampla, mobiliada com uma grande mesa, bancos, um grande armário embutido na parede e alguns pequenos livros que se dispõem pelo espaço. Assim como nas outras casas cada morador tem seu respectivo armário. Há um fogão, quatro geladeiras e, também, um espaço com algumas cadeiras.


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Ainda, do lado oposto da entrada, próximo da cozinha, temos a área de Figura 1 – Casa I

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal

lavanderia, com alguns varais, utensílios de limpeza, pia, máquina de lavar roupa e um espaço reservado para guardar as bicicletas dos moradores. O espaço de leitura e biblioteca fica conjugado à sala de estudos, neste mesmo ambiente. No seu interior há mesas, estantes, livros e cadeiras; há, Figura 2 - Sala da Casa I

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal

também, uma porta que direciona ao quarto de hóspedes, um quarto comum, pequeno, que fica dentro da biblioteca. A casa em si é feita de madeira. Existem três andares: no porão há dois quartos pequenos e diagonais, no térreo temos a sala, um banheiro maior completo e mais quatro quartos, existe um espaço vazio no corredor que forma um L. No segundo andar mais quatro quartos, um pouco maiores, e um banheiro completo. Todos os quartos possuem os mesmos móveis: cama, mesa, cadeira e guardaroupa. Evidentemente, de acordo com o número de moradores do quarto, a mobília aumenta. Há mais um banheiro com pia, vaso e chuveiro entre os quartos da rua.


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O pátio possui um pouco de grama, cinco árvores, pedras pelo caminho, troncos cortados, um orelhão telefônico – que funciona –, e um caminho de pedras que dá à saída. Existem varais abertos, algumas plantas e uma mesa com cadeiras. Uma casinha de cachorro sem teto também está lá. 1.1.4.2 Casa II Figura 3 - Pátio da Casa I

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal

A casa II é a casa mais antiga, foi construída em 1922. É rosa e, clássica, tem referências arquitetônicas da década de 20 (Figuras 4 e 5). Sua fachada é composta por um muro pichado, multicolorido e um portão de ferro. Vemos grandes janelas e sacadas em sua frente também. O muro tem algumas grades, um portão de ferro, e um pedaço contornado por bambus que dificultam a visibilidade do que há dentro.


15 Figura 4 – Casa II

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal

Ao entrar no pátio da moradia, há um grande corredor a sua esquerda. Esse corredor é repleto de areia e grama. Algumas árvores também fazem parte deste ambiente. Existe, em seu meio, um círculo de pedras – uma delas pintada, marca de comemoração de 60 anos CEUPA. Seguindo por esse corredor chegamos a um banheiro (patente) de alvenaria, com dois vasos sanitários. Anexo a patente, uma cuba de pia com espelho e máquina de lavar roupa formam a lavanderia. Ainda existe uma construção separada da casa, que é a cozinha coletiva, composta, em seu interior, por um grande armário, quatro geladeiras, um fogão, uma mesa grande e duas pequenas estantes – uma delas comporta o microondas. Em anexo a esta peça há um banheiro com pia, espelho, chuveiro e vaso sanitário. Ao fundo do pátio, vemos uma quadra de esportes enorme, envolta por Figura 5 – Detalhe da fachada da Casa II

Figura 6 – Sala da Casa II

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal


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árvores, grama e pedras. No extremo da quadra, bem ao fundo do pátio, há um muro que divide o terreno, temos muitas árvores que se embrenham e um amontoado de folhas. A casa em si é composta por oito quartos: quatro possuem mezanino, portanto, são divididos na horizontal e abrigam duas pessoas, há dois individuais e um, maior, comporta quatro moradores. Cada morador tem sua cama, mesa, cadeira e armário. De acordo com cada quarto, o número de móveis varia proporcionalmente ao número de pessoas residentes. Há, ainda, uma sala ampla e mais um banheiro coletivo, que comporta chuveiros com divisórias e pias para a higiene pessoal. Na sala principal (Figura 6), já citada a cima, há um mural com avisos gerais: de cunho cultural, reuniões internas e justificativas de falta dos moradores aos eventos internos, prestação de contas do financeiro, entre outros comunicados. Fica fixado, em formato de “L”, em um encontro de paredes. Possui ainda um quarto inutilizado, no lado externo da casa e sua entrada fica escondida pelos bambus, com um corredor longo onde se observa as janelas dos quartos dos moradores. Há uma salinha com ferramentas de jardinagem e de serviços gerais entre a entrada dos fundos da casa e a cozinha que fica no anexo, conforme já mencionada anteriormente. No sótão, imenso, existem muitos móveis quebrados, quinquilharias. A casa ainda abriga, em um espaço externo, a morada do cachorro Billie, um visitante pontual. As janelas e portas da casa são grandes e imponentes. Ambas as entradas da casa são compostas por escadas e, uma delas, detalhada em gesso e mármore. 1.1.4.3 Casa III A casa III tem uma construção diferenciada. É composta por dois andares: o piso superior é dividido em cinco quartos, um deles comporta quatro moradores e outro, dois; o piso inferior é dividido em quatro apartamentos, onde moram, em média, quatro pessoas cada um. Todos os apartamentos têm dois quartos, uma cozinha, uma sala, uma lavanderia e um banheiro. No geral, possuem sofás, mesas redondas, armários, fogão, cadeiras, camas, guarda-roupas, mesa de Figura 7 – Entrada da Casa III

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal


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estudos e cadeira para a mesa e televisão. No andar superior, a distribuição de móveis é a mesma. A sala (Figura 8) tem uma televisão grande, três sofás e um espaço para sala de estudos, com lareira, mesas, cadeiras. Uma estante com livros e um computador velho completam o Figura 8 – Sala da Casa III

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal

ambiente. Também há uma sacada externa. Existe um grande corredor, onde temos as entradas para os quartos, lavabo e banheiro completo e coletivo. Ao fim deste corredor, temos uma sala pequena, com cinco poltronas e um televisor, que conduz à entrada da lavanderia. A lavanderia é uma sala antiga no final de um grande terraço, com duas máquinas de lavar roupa, varais e utensílios de limpeza. Temos uma churrasqueira neste espaço também.

1.2 DIRETORIA EXECUTIVA Os membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal são indicados e eleitos pela maioria dos moradores das casas em Assembleia Geral Ordinária. A seguir expomos os cargos e seus ocupantes, conforme hierarquia, assim como seus subordinados:  Presidente: Bruno Menegat  Vice-Presidente: Gilmar Fernando Maieron  Primeiro Secretário Geral: Luís Gustavo Ribeiro Segundo Secretário Geral: cargo em aberto  Tesoureira Geral: Karen de Cassia Grein Tesoureiros das Casas  Coordenadora Geral: Marieli Machado Coordenadores das Casas


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Coordenador da Comissão Permanente de Assuntos Internos - CPAI: Dhiordan Cardoso da Silva Coordenadora da Comissão Permanente de Assuntos Administrativos CPAA: Carlise Debona Coordenador da Comissão Permanente de Divulgação e Imprensa - CPDI: Lucas da Costa Pimenta Coordenador da Comissão Permanente de Cultura - CPC: Elwis da Silva Castro Os membros dos seguintes subcargos são indicados e eleitos pela maioria dos moradores votantes da sua respectiva casa pertencente. Seguem os cargos e seus ocupantes, atualmente:  Casa I Coordenadora: Ketlin Kroetz Tesoureira: Zélia Mariana M. Andrade  Casa II Coordenador: Douglas Maciel Cardoso Tesoureito: Tulio Massoni  Casa III Coordenadora: Veridiana Ribeiro Tesoureira: Taís Reichert 1.2.1 Organograma

Figura 9 – Organograma

O organograma da instituição auxilia na melhor visualização da estrutura hierárquica da Diretoria Executiva e quais as relações dos membros e cargos ocupados. Essa ferramenta proposta, utilizada pela CEUPA, se mostra eficaz. Esses cargos, bem como suas respectivas responsabilidades, estão dispostos no Regimento Interno da CEUPA (ANEXO A).

Fonte: Elaboração própria


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1.3 HISTÓRICO A equipe optou por manter, neste capítulo, o texto que originalmente está disponibilizado no site institucional da CEUPA, para melhor demonstrar as propostas que ampliarão as possibilidades de legitimar a instituição junto aos seus públicos. Conforme consta no site1 da instituição, a sua história começa com um grupo de estudantes que, advindos do interior, necessitava de uma moradia. Um grupo da associação dos Ex-Alunos do Colégio Sinodal (AEACS), de São Leopoldo, resolveu, em 1950, alugar um prédio e fundar a "Casa do Ex-Aluno do Colégio Sinodal", destinada a abrigar em Porto Alegre, os estudantes oriundos daquele estabelecimento de ensino. A princípio com apenas 20 vagas, em um prédio localizado na Rua General Vitorino, a "Casa", como desde então e até hoje é chamada. Em 1954 dava-se o segundo grande passo para sua perpetuação. Após uma campanha de grande vulto onde foi rifado um automóvel "Plymouth", foi adquirido o prédio de número 1053, na rua Sarmento Leite, onde atualmente é sua sede.

Figura 10 – Carro

Fonte: Site CEUPA

De acordo com o tempo, e com o aumento do grupo de estudantes abrigados, os fundadores perceberam que o número de vagas existentes deveria 1 Conteúdo disponível em: <http://www.ceupa.com.br/historia.php>. Acesso em: dezembro de 2014.


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expandir-se. Então, alugaram em julho de 1960 um prédio, situado na mesma rua, Rua Sarmento Leite, 631. Assim, foi possível somar 21 estudantes ao grupo já existente. Anos depois, para atender uma maior influência de estudantes, não somente do Colégio Sinodal, mas de outros estabelecimentos de ensino , a Casa dos ex-alunos, sofreu transformações passando a chamar-se CEERGS( Casa do Estudante Evangélico do RGS ). A amplitude da entidade já era maior - difundia-se em todos os estabelecimentos evangélicos do estado. Já se pensava, depois, em ampliar ainda mais a CEERGS num verdadeiro Centro Universitário. Em 1960 lançava-se a semente da nova idéia - a nova entidade levaria o nome de CEURGS, Centro Evangélico Universitário do Rio Grande do Sul.

Alguns fatos como uma ação de despejo que fora movida contra os moradores da casa II, da Rua Sarmento Leite nº 631, a necessidade de possuir uma residência exclusiva para as moças – que começaram a buscar moradia também e já dividiam as casas com os rapazes –, movimentaram marchas e contramarchas. A solução para o problema se deu através do auxílio do vínculo ecleciástico: “O dinheiro para tal se conseguira através do Sínodo”. Desse modo, as três casas adquiridas passaram a abrigar 68 estudantes e serem geridas pelos seus moradores. Em 16 de junho 1968 foi fundada a Casa Evangélica Universitária de Porto Alegre, chamada, então, CEUPA. A ideia de sua fundação era antiga, vinha desde 1958. Com a ajuda de uma verba advinda de uma institução de auxílio á causas humanitárias, “Brot Fur Die Welt”, abriram-se perspectivas para sua realização. Figura 11 – Estudantes da antiga AEACS

Fonte: Site CEUPA

Congregava os moradores das três casas de estudantes, ex-moradores, professores universitários e profissionais liberais de nível universitário e evangélico. O registro oficial do CEUPA como entidade civil de personalidade jurídica, levou quase um ano. Foi no dia dia 14/05/1969 que conseguimos o registro oficial. Este período também foi marcado por diversas lutas entre os estudantes e o regime militar. Sendo o CEUPA uma casa de estudantes onde desde o início os moradores tiveram o princípio de luta pelos seus ideais, e sendo aquele um momento tão difícil para a nação brasileira, os moradores do CEUPA não se omitiram, tornando-se na época um foco de resistência contra o regime autoritário que ia contra todos os princípios que serviram de alicerce para a fundação do CEUPA, os quais sempre foram baseados na democracia.


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Em realidade, as lutas não acabaram. Seguiram as décadas de 70,80 e 90, com a “ditadura”, as “Diretas já”, os “caras-pintadas”. Fecham com um compromisso: “na entrada deste novo século lutamos todos os dias para que as casas não percam seus objetivos e mantenham seus ideais”.


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Figura 12 – Fundadores da CEUPA

Fonte: Site CEUPA


2 MISSÃO, VISÃO E VALORES A CEUPA não possui Missão, Visão e Valores definidos até o momento desta pesquisa. Ao longo deste trabalho, após termos estudado mais a fundo a organização e o meio em que ela atua, propomos esses três conceitos de grande importância para a comunicação.


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ANÁLISE DE AMBIENTE

Neste capítulo a equipe procurou ofertar ao assessorado uma análise geral do ambiente em que as três “Casas” estão inseridas, e o quão importante elas são a uma classe de estudantes e que, consequentemente, contribuem diretamente no crescimento socio-econômico do país e de sua comunidade.

3.1 ANÁLISE DO MACROAMBIENTE Esse tópico proporciona um panorama da posição e importância do assessorado no Brasil, e o quanto as políticas públicas também fazem parte desta engrenagem.

3.1.1 SiSU e o Ensino Superior no Brasil Desde o ano de 2009, os estudantes podem utilizar a sua prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem)2 para se inscrever em universidades de todo o país através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) 3 que é o sistema informatizado do Ministério da Educação por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. O SiSU realiza dois processos seletivos por ano, um em cada semestre. No processo de 2014/2 foram 67 instituições de 25 estados que ofertaram vagas para estudantes de todo o país. O sistema também compreende vagas reservadas para cotas do ProUni (Programa Universidade para Todos). Este tipo de iniciativa do governo incentiva aos estudantes a migração para estudar em outros estados.

3.1.2 Migração de Estudantes entre Estados Segundo dados de 2013, apresentados pelo Portal G1, 13% dos calouros selecionados para universidades através do SiSU migram de estado para estudar. 2 Exame Nacional do Ensino Médio. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=183&Itemid=414>. Acesso em: dezembro de 2014. 3 Sistema de Seleção Unificada. Disponível em: <http://sisu.mec.gov.br>. Acesso em: setembro de 2014.


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São mais de 15 mil estudantes que se adaptam a nova realidade e precisam de moradia e infraestrutura para usufruir de tal benefício governamental. No Rio Grande do Sul, segundo os dados, “as instituições terão pelo menos um representante de cada uma das unidades da Federação” 4. Conforme dados do Ministério da Educação, o SiSU teve, no segundo semestre de 2014, mais de um milhão e duzentos mil inscritos 5. No Rio Grande do Sul, para o processo seletivo de 2014/1, foram nove Universidades que ofertaram vagas: UFCSPA, IFRS, UERGS UNIPAMPA, IFFARROUPILHA, IFSUL, UFPEL, UFSM e FURG.6 As três primeiras nos campus de Porto Alegre.

3.1.3. Perfil do Jovem do Sul Em pesquisas realizadas pelo Núcleo de Tendências e Pesquisas do Espaço Experiência da PUCRS, no ano de 2013 7, identificamos que na região sul 18,4% dos jovens (entre 18 e 34 anos) residem com irmãos, amigos, em pensionatos ou república e outros 10% afirmaram morarem sozinhos. É uma parcela significativa da população jovem que necessita de acomodação. Destes, 44,2% são estudantes e têm algum tipo de trabalho remunerado (efetivo ou estágio), 10% indicaram morar com mais de 5 pessoas e 30,2% alegaram ser totalmente independentes. Entre os sonhos dos jovens, destacamos 4 Portal G1. 13% dos calouros no Sisu migram de estado em 2013. Maio de 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/05/13-dos-calouros-nosisu-migram-de-estado-em-2013.- html>. Acesso em: setembro de 2014. 5 Portal MEC. Começa a fase de matrículas de aprovados na primeira chamada. Junho de 2014. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php? option=com_content&view=article&id=20517: comeca-a-fase-de-matriculas-deaprovados-na-primeira-chamada&catid=212&Itemid=86>. Acesso em: setembro de 2014. 6 EBC. Confira a lista das instituições que fazem parte do Sisu 2014/1. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/educacao/2013/12/instituicoes-sisu-primeiro-semestre2014>. Acesso em: setembro de 2014. 7 Trata-se de duas pesquisas acopladas ao grupo chamado BOX 18/34. Ambas pesquisas, em nível regional, a “Realidade e aspirações do Público Jovem 18/34 na Região Metropolitana de Porto Alegre” e, no ambito nacional, o “Perfil do Jovem Brasileiro”. Encontram-se disponíveis para download, respectivamente, em: <http://projetos.eusoufamecos.net/espacoexperiencia/wp-content/uploads/1834_Perfil-e-Sonhos-REDUZIDO_150414-1.pdf> e <http://projetos.eusoufamecos.net-/espacoexperiencia/wp-content/uploads/18-34NACIONAL_RELATORIO_261113.pdf>. Acessos em: dezembro de 2014.


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que, especialmente para aqueles entre 18 e 24 anos, a formatura e currículo acadêmico são uma aspiração para 52% dos jovens. 3.2 ANÁLISE DO SETOR Hoje, a classe estudantil é caracterizada por uma diversidade do ponto de vista de renda8. Além das universidades proporcionarem facilidades no ingresso destes, tanto financeiramente quanto no processo seletivo, os estudantes estão amparados pelos incentivos governamentais concomitantemente. Portanto há uma heterogenia enquanto camadas sociais. Ramos (1989), um dos precursores dos estudos que constituíram a temática da Cidadania Deliberativa e a Gestão Social no Brasil, traça um panorama que orienta o comportamento do estudante/homem no modelo de vida associada. O autor expõe que essas diferenças e semelhanças são complementares no mercado, nas organizações e na sociedade como um todo, pois [...] nos dias de hoje o mercado tende a transformar-se na força modeladora da sociedade como um todo, e o tipo peculiar de organização que corresponde às suas exigências assumiu um caráter de paradigma, para a organização [ordenação] de toda e existência humana. (RAMOS, 1989, p.92).

Observamos que essas instituições acabam excedendo sua função e passam a orientar as formas de interação social. Desde os anos 1950 esses estudantes estão unidos e se apoiam e, assim, possibilitam a criação das casas estudantis. Para Tenório (2008), isso gera a possibilidade de ampliar as redes de relacionamento com a cidadania deliberativa, que consiste numa rede de debates e negociações a qual deve possibilitar a solução racional de questões pragmáticas, éticas e morais que se contrapõem a essa hegemonia. Convivemos em uma sociedade que também tem novas concepções, onde não há espaço para participações que fujam à lógica do mercado, em que as pessoas que divergem deste modelo são condenadas a uma existência marginal e 8 Conforme pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012; Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000/2060, Revisão 2013; Projeção da população das Unidades da Federação por sexo e idade para o período 2000/2030, Revisão 2013; DATAPREV, SUB, Plano Tabular da DIIE Dez 2011. Disponíveis em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?lang=&-sigla=rs>. Acesso em: dezembro de 2014.


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sua produção manufaturada é considerada inútil e destituída de valor. Os seus traços culturais e laços comunitários existentes ainda ficam reprimidos ou encapsulados. A partir da educação as pessoas, ao apropriarrem-se da sua realidade, trazem à tona processos relacionais embasados e coesos, que oportunizam a ocupação de seus lugares na sociedade. Tornam produtos que, compartilhados e consumidos por todos, geram valor de capital humano e senso holístico e minimizam o individualismo no convívio social. 3.3 ANÁLISE DO MICROAMBIENTE A Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre é um exemplo destas aglomerações estundantis. Congrega jovens do perfil apontado, que, passiveis da vivência coletiva, dividem entre si os mesmos moveis, espaços pessoais e experiências. Tratamos do modo com que as relações podem ocorrer, através dos meios de Comunicação presentes na instituição. A CEUPA, que tem caráter institucional ligado ao terceiro setor e voltado ao apoio de estudantes, disponibiliza estada e local de estudo em turno inverso à universidade ou ao cursinho pré-vestibular. Para atender aos seus públicos, a Casa possui uma infraestrutura comunicacional online e mural interno nas três residências, o que torna público os comunicados e as decisões que interessam aos moradores. Com intuito de buscar maior legitimação com seus públicos e também em formar laços de parceria com outros expoentes da comunidade, a instituição decidiu aperfeiçoar sua comunicação interna. E disponibilizar aos seus públicos de interesse ações futuras, que podem mobilizar e interessar a comunidade. Para Kunsch (1997), a comunicação organizacional é a sinergia da comunicação mercadológica, administrativa, institucional e interna, que juntas remetem à comunicação integrada. Esse conceito se aplica em entidades sociais e privadas, pois fortalece e desenvolve o ato comunicacional entre os atores sociais. A comunicação interna serve de fio condutor para engajar os estudantesmoradores como parte interrelacional e consolida este processo. Afinal, sabemos que


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A comunicação interna é um fator estratégico para o sucesso das organizações porque atua principalmente em três frentes: é fundamental para os resultados do negócio, é um fator humanizador das relações de trabalho e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos. (BERALDO, 1996, p.1).

E, portanto, o desenvolvimento de um trabalho humanizado com os públicos internos levará a instituição a ter maior credibilidade junto aos públicos externos, que poderão servir de parceiros, o que também a legitimará ao gerar maior comprometimento entre os públicos. A fim de promover uma comunicação interna eficiente e eficaz, a participação dos membros da instituição nas fases de planejamento e produção do plano de comunicação, além de facilitar e dinamizar os processos, fornece alternativas e experiências a todos; pois neste tipo de negócio as relações humanas passam a ser transformadoras em todas as esferas da sociedade. Com a orientação e coordenação de um profissional relações-públicas, o plano de ações comunicacionais desenvolve também uma política global para a organização, mantém a coerência e um padrão de linguagem entre as atividades e os departamentos. As ações comunicacionais fortalecem a própria identidade institucional e alavancam o reconhecimento no espaço midiático e na comunidade. A comunicação integrada permite que se estabeleça uma política global, em função de uma coerência maior entre programas, de uma linguagem comum e de um comportamento homogêneo, além de se evitarem as sobreposições de tarefas. (KUNSCH, 1997, p.117-118).

Ainda de acordo com Kunsch (1997), “a comunicação interna deve contribuir para o exercício da cidadania e para a valorização do homem”. O profissional de Relações Públicas buscará trabalhar em primeiro momento com a Comunicação interna entre os estudantes-moradores, a fim de motivá-los, pois assim se torna mais fácil a detecção e resolução dos ruídos comunicacionais entre os públicos. Percebemos que a comunicação interna aplicada em ONGs tem por finalidade obter resultados eficazes relacionados às causas sem fins lucrativos, porém objetiva atender pessoas que integram a sociedade e são desprovidas financeiramente a atingirem suas metas educacionais, que, por sua vez, reverberam para uma sociedade mais saudável e feliz.


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4 ANÁLISE DE PÚBLICOS A preocupação referente à categorização de públicos se fez latente desde o princípio da construção do presente projeto, pauta de discussão já no segundo encontro, como sugere Casali (2009), “visto que as Relações Públicas investigam a relação organização/público”. Acabamos por entender os públicos relacionais sob a concepção psicossociológica de Andrade (1989, p. 41), que os determina como o agrupamento espontâneo de pessoas adultas e/ou de grupos sociais organizados, com ou sem contigüidade (sic) física, com abundância de informações, analisando uma controvérsia, com atitudes e opiniões múltiplas quanto à solução ou medidas a serem tomadas perante ela, com ampla oportunidade de discussão, e acompanhando ou participando do debate geral por meio da integração pessoal ou dos veículos de comunicação, à procura de uma atitude comum, expressa em uma decisão ou opinião coletiva, que permitirá a ação conjugada .

Observamos, também, seu papel social, pois, “acreditamos que os públicos têm dimensão social mais ampla e são importantes no processo interativo das organizações” (OLIVEIRA; LIMA, 2012, p.114). Nesta perspectiva, a respeito de sua função social, ao previlegiarem os públicos, as autoras apontam que “nesse sentido, consideramos esses grupos sujeitos interlocutores de uma ação conjunta com as organizações” (OLIVEIRA; LIMA, 2012, p.114). A partir deste panorama, enquanto stakeholders9, consideramos categorizar os públicos a partir de articulação entre a compreensão dos autores Matrat (apud SIMÕES, 1995, p. 132) que os define em “públicos de decisão, consulta, comportamento e opinião”, e França (2004, p. 105-113), agrupados em sua perspectiva como “públicos essenciais, não-essenciais e públicos de rede de interferência”. Contudo, visto o olhar de outros autores de referência sobre o tema, observamos e concordamos com o pensamento de Peruzzo (2007), que, da questão de públicos, inabilita a especificação de ambos os autores, pois essas “não dão conta da questão de público no âmbito do terceiro setor”. Afinal, o mundo está em mudança e pessoas de diversas culturas, formas de estar e mentalidades partilham o mesmo espaço e, dessa maneira, ainda segundo Peruzzo (2007) “novas categorias de públicos emergem das práxis [grifo nosso] popular”. Deste modo, optamos pela classificação tipológica, que pontua relacionamento de proximidade entre os públicos e a entidade, além do que eles representam para esta. Encontramos no universo do terceiro setor, então: 9 Compreendemos a definição atual de que “stakeholders são pessoas ou grupos ‘lincados’ a uma organização, porque entre as duas partes há interesses recíprocos e ambos se afetam mutuamente”, visão de Kunsch (2003), referenciada por Grunig e Hunt (1984). Contudo, o termo é originalmente cunhado por Freeman (1984, p. 25) e, para ele, significa “qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou é afetado pela realização dos objetivos da empresa”.


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a) Beneficiários: pessoas a quem a ação direta da organização se destina, ou melhor, são a razão de ser da mesma; b) Colaboradores: funcionários, voluntários e suas famílias; c) Vizinhança: “comunidade” onde estão inseridas a sede e a ação principal da organização; d) Órgãos públicos: aqueles que afetam diretamente a vida da organização por meio de políticas, legislação, órgãos de repressão, entre outros aspectos; e) Parceiros reais e potenciais: organizações, secretarias, universidades, entre outros; f) Mídia: meios de comunicação impressos, radiofônicos, televisivos e internet, tanto os de longo alcance como os comunitários e locais; g) Aliados: movimentos e organizações congêneres e aproximativas, ou seja, que atuam no mesmo universo mas desenvolvem atividades distintas, como, por exemplo, o movimento de moradia versus igreja; h) Opositores: aqueles que se opõe (sic) à linha político-ideológica e ao trabalho desenvolvido por “ódio de classe”. (PERUZZO 2007, p. 13).

Dada a análise do contexto organizacional, elencamos públicos (Quadro I), de acordo com seu relacionamento com a organização. Quadro 1 - Classificação dos públicos de acordo com seu tipo de relacionamento e função. Públicos

Relacionamento com a CEUPA

Visitantes das casas eventualmente, influenciam os moradores e são muito presentes nas casas. Associação Comunitária dos Luta pela valorização do bairro Cidade Moradores da Baixa, também, ao fortalecer os que estão Cidade Baixa inseridos nele. Representa, enquanto poder público de Conselho Municipal de âmbito municipal, regulamenta e legitima a Assistência Social de Porto existência de instituições de Assistência Alegre (CMAS) Social. Representa, enquanto poder público de Conselho Nacional de âmbito federal, regulamenta e legitima a Assistência Social - CNAS existência de instituições de Assistência Social. Representa, enquanto poder público de Conselho Regional de âmbito regional, regulamenta e legitima a Assistência Social - CORAS existência de instituições de Assistência Social. Proporcionam, como local de estudo, Cursos Pré-Vestibulares da convivência social dos moradores. Região Metropolitana de Porto Ratificam o estado de estudante para o Alegre morador, requisito essencial para sua associação na instituição. Coletivo ao qual os moradores pertencem. Visitam e são amigos dos moradores. Estudantes de Porto Alegre e Relacionam-se socialmente com a da Grande Porto Alegre instituição. Advindos de diversas universidade e de outras cidades. Visitam em eventos, pontualmente, Ex-moradores constituiram a CEUPA e fazem parte da História da instituição. Amigos/Namorados dos moradores

Classificação Colaboradores Parceiros reais e potenciais/ Vizinhança Órgãos Públicos

Órgãos Públicos

Órgãos Públicos

Aliados/ Parceiros reais e potenciais Beneficiários/ Aliados/ Parceiros reais e potenciais/ Vizinhança Aliados/ Colaboradores


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Famílas dos moradores Hóspedes Meios de Comunicação Regionais (jornais, televisão, rádio etc.) Ministério da Educação e Cultura

Ministério da Justiça Moradores da Cidade Baixa Moradores efetivos/em avaliação Outras Casas de Estudantes Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Projeto Cidade Baixa em Alta

Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul (SEDUC) Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos Secretaria Municipal da Educação (SEMD) Secretaria Nacional das Casas de Estudantes (SENCE) União Nacional de Estudantes (UNE) Universidades da Região Metropolitana de Porto Alegre

Visitam as casas eventualmente, muitas auxiliam os moradores financeiramente. Moradores passageiros, não têm poder decisório, mas têm voz e constituem a atualidade da CEUPA. Possui um posicionamento velado em relação à pauta "Casas de Estudantes". Representa, enquanto poder público de âmbito federal, regulamenta e legitima a existência de instituições de Educação e Cultura. Constitui e mantém em ordem a lei, segundo legislação nacional, e pode conceder à CEUPA o título de OSCIP. Poder Judiciário. Convive com a instituiçãoe seus moradores e visitantes diariamente; é a vizinhança. Mantenedores e administradores da instituição. Instituições com mesma finalidade, que compartilham conhecimentos e experiência enquanto moradia de estudantes. Sede do poder Executivo, trata dos assuntos do município onde encontra-se a CEUPA. Grupo formado por moradores e comerciantes locais focados em fomentar à Cultura do bairro, desenvolvendo sua potencialidade e trabalho colaborativo dos comerciários. Enquanto poder público de âmbito estadual, representa, regulamenta e legitima a existência de instituições de Educação e Cultura. Através da Coordenadoria Estadual da Juventude do Estado do Rio Grande do Sul, se respalda a isenção fiscal da instituição (Imunidade). Representa, enquanto poder público de âmbito municipal, regulamenta e legitima a existência de instituições de Educação. Defensora dos direitos das Casas de Estudante, tem o intuito de resolver problemas comuns ou individuais das Casas de Estudantes. Defensora dos direitos dos Estudantes, regulamenta como órgãos em instituições estudantis devem proceder, relaciona-se diretamente com os estudantes. Locais de estudo e maior convivência social dos moradores, ratificam o estado de estudante para o morador, requisito

Colaboradores Beneficiários Mídia

Órgãos Públicos

Órgãos Públicos Vizinhança Beneficiários Vizinhança/ Aliados Órgãos Públicos Aliados/ Parceiros reais e potenciais/ Vizinhança Órgãos Públicos

Órgãos Públicos

Órgãos Públicos Aliados/ Parceiros reais e potenciais Aliados/ Parceiros reais e potenciais Aliados/ Parceiros reais e potenciais/


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essencial para sua associação na instituição.

Vizinhança

Fonte: elaboração própria com base em Peruzzo (2007). Observamos, porém, o tipo de relacionamento dos veículos de comunicação com a instituição. Tratamos do posicionamento velado da mídia, pois entendemos que esta não tem colocado em sua pauta a questão das casas estudantis, pelo menos o destaque merecido enquanto moradia de custo baixo. A explicação para tal posicionamento é tomada sob a perspectiva da Teoria do Agendamento, agenda setting, hipótese segundo a qual “a mídia detém o monopólio de pautar, de acordo com seus interesses e conveniências as várias agendas: governamentais, políticas ou sociais” (ROSSY, 2007, p. 71). Do mesmo modo, no cenário atual existe uma democratização de ideias, onde nós somos receptores e emissores de informações diversas. Ao mesmo tempo, influenciadores e fomentadores de novas conexões (LEMOS, 2013). Assim, dada maior abrangência, as pautas não se restringem ao abarcar o âmbito social como um todo, de acordo com o fator noticiabilidade10. No entanto, a perspectiva do contra-agendamento, ou seja, da “hipótese de que a sociedade também tenha as suas próprias pautas e que deseja vê-las atendidas pela mídia” (ROSSY, 2007, p. 77), vai ao encontro com a democratização de pautas, que, compreendidas por esta teoria, mesmo necessariamente orientadas pelos crivos dos jornalistas, dependem das necessidades da sociedade e não de livre-arbítrio jornalístico. Compreendemos aqui, então, a necessidade da própria instituição pautar-se, como tema relevante, em busca de referido espaço em um sistema democrático, utilizando-se da mídia para alimentar uma ordem “decisiva para dar visibilidade e promover a discussão sobre temas de relevância pública” (ROSSY, 2007, p. 77), no grupo o qual se encontra. Esta proposição será tratada no presente projeto. 4.1 MEIOS DE RELACIONARMOS COM OS PÚBLICOS A CEUPA possui alguns instrumentos e modos de se comunicar com seus públicos. Infelizmente, reduzem-se aos moradores, ex-moradores e possíveis futuros moradores. Contudo, em relação aos conselhos, há reuniões quinzenais com o CORAS (Conselho Regional de Assistência Social). Das possibilidades de comunicar para os seletos públicos temos: • Murais (Figura 13): São a forma mais eficaz e eficiente de comunicar o público interno. Os moradores leem frequentemente os murais, para saber das novidades e assuntos importantes, como datas e resoluções de reunião, por exemplo. São diferentes. Cada casa possui um layout, de acordo com sua cultura. Ressaltamos que nossa compreensão de cultura “inclui ações, manifestações verbais e objetos significativos de vários tipos, em virtude dos quais os indivíduos 10 A noticiabilidade é a possibilidade da ocorrência de um fato gerado que, analisado pelo crivo do jornalista, pode ser tratado como notícia ou não. Ora, “é uma qualidade que [...] encontra explicação na conjunção de vários fatores conformativos principais: a ação pessoal, a ação social, a ação ideológica e a ação cultural” (SOUSA, 2000, p. 101). Diversos autores também tratam do assunto, tais como Traquina (2000, 2001, 2002, 2005) e Wolf (1995, 2003).


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comunicam-se entre si e partilham suas experiências, concepções e crenças” (THOMPSON, 1995, p. 176). • Reuniões: Tratam da Assembleia Geral que, responsável por assuntos de toda a instituição, reúne obrigatoriamente todos moradores – salvo justificativas apresentáveis (doença, viagens emergenciais e extraordinariamente necessárias, morte e trabalho); da Diretoria Executiva, grupo que envolve somente os coordenadores e secretários de cada casa, comissões e da CEUPA; das Comissões Permanentes, com participação obrigatória de seus membros, número que varia de acordo com o tempo e necessidade das comissões; e de Casa, mais pontual, envolvem os moradores da casa respectiva. As reuniões ocorrem de acordo com a necessidade e demandas e não possuem um número fixo nem datas

pré-determinados.

Figura 13 – Mural da Casa III

Aula Inaugural: evento que deve agregar e integrar os novos moradores. Acontece, infelizmente, de maneira desordenada e meses depois do per íodo de entrada deste morador, dado o seu período inicial de avaliação (seis meses). A efetivação ocorre um período depois da entrada e, portanto, a aula inaugural que deveria abrir à CEUPA para os que entram, fica redundante. É descuidada, e não há grande participação das pessoas que deveriam estar alinhadas à aula (tais como coordenadores, tesoureiros, presidente e vice-presidente). • Página do Facebook: Espaço alocado à plataforma virtual, pouco é utilizada. Hoje, não tem grandes funções para comunicar. Serve de ponto para check-in apenas. Existem poucas curtidas (174) e visitas (116), em relação ao número de moradores que passaram pela instituição e tempo que fora criada – existe desde fevereiro de 2013. Conta, ainda, com alguns avisos das últimas seleções e eventos antigos. • Grupos no Facebook: Atualmente, utilizado fervorosamente para

Fonte: Liane Oliveira/ Arquivo Pessoal


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comunicar avisos gerais, reclamações e comentários comuns a todos. Cada casa possui o seu, porém, existe um para toda CEUPA em si, no qual estão inseridos antigos moradores. • Site CEUPA (ANEXO B): Com uma plataforma não muito amistosa e esteticamente persuasiva, informa, de maneira obscura, dados acerca do funcionamento da instituição. Possui fotos antigas das três casas, um histórico dissonante, uma explicação sobre a organização interna e infraestrutura, algumas divulgações antigas de eventos, a localização das casas e editais de seleção, além de formas de contato (e-mail desatualizado). É ineficaz.


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5 DIAGNÓSTICO Esta parte do processo tem como foco avaliar as condições e o contexto em que o assessorado está inserido, ao possibilitarmos a proposição de melhorias institucionais e comunicacionais, assim, viabilizamos uma conscientização mais humanística no convívio de seus públicos. 5.1 CONSTATAÇÕES SOBRE A ANÁLISE DOS AMBIENTES A partir da análise das respostas a nossa pesquisa qualitativa (Apêndice B) identificamos que o maior problema da casa passa pela comunicação interna, especialmente no que tange o diálogo entre gestão e moradores. Para conseguir uma maior unidade na CEUPA, que esclarecesse quais são as regras necessárias para a boa gestão e boa convivência na casa e promovesse a gestão participativa, visto que se trata de uma casa de estudantes sem fins lucrativos e sem visão de empresa, propomos um modelo de comunicação horizontal, sem tamanha diferenciação e distância entre ‘‘gestores’’ e ‘‘moradores’’. Para isso, acreditamos ser preciso definir Missão, Visão e Valores para a CEUPA. Desta forma, com objetivos claramente definidos, os membros terão uma maior compreensão sobre a necessidade de certas regras e burocracias, bem como de seu papel, essencial no cumprimento desta visão de casa. É oportuno, em outras palavras, definir um posicionamento da CEUPA perante os moradores, a comunidade e a sociedade civil, possam tornar esta Casa de Estudantes uma comunidade da qual as pessoas (os estudantes que vêm de outras localidades) tenham vontade de fazer parte. Entendemos que este posicionamento deve ser comunicado a todas as instâncias, interna e externa, a fim de atingir unidade e integridade. É indispensável que os moradores saibam fazer a sua parte e estejam de acordo com as regras adotadas pela casa. As razões para sair da Casa são diversas, como descumprimento de regras, falta de pagamento, brigas internas, no entanto, muitos dos moradores saem antes mesmo de receber o parecer da CEUPA. A equipe observou que o maior meio de comunicação da CEUPA, nas três casas, é o mural. Todas as casas têm o seu, que é adaptado de acordo com sua necessidade e perfil cultural. O boca-a-boca é perene e foi observado a grande luta


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por aliados internamente, por poder de influência e pela permanência na casa, claro, dos que tem alguma pendência. A prática aplicada da Teoria da Espiral do Silêncio11 é comumente nas reuniões da instituição. Notamos também que dentre as pessoas que se inscrevem para morar na CEUPA, são poucas aquelas efetivadas como moradoras. Nos dois últimos editais houveram 15 e 18 participantes, hoje, do primeiro, ainda residem na casa 5, do segundo 8, o que representa apenas 39% de retenção. A utilização da internet é pouco explorada como ferramenta comunicacional da instituição. O Facebook é pouco utilizado (os grupos nessa rede social dominam a demanda de informações de cada casa) e o site também passa por esse processo de abandono, pois possui um design desatualizado e com conteúdo pouco interessante aos usuários.

5.2 RELATOS DOS PONTOS FORTES E FRACOS Existem alguns pontos positivos e negativos vistos neste processo de divulgação externa da CEUPA, que possui um modelo de autogestão e organização com especificidades. Este modelo – a dinâmica da casa –, pode chamar a atenção do público externo e gerar, assim, mais parcerias, moradores e visibilidade na mídia. Além disso, já possui, mesmo que em número reduzido, algum contato com órgãos relevantes, como o CORAS, por exemplo. Sua história de existência e resistência integra a história do bairro, pois envolve um grupo de estudantes que viveu em épocas diversas, por momentos importantes, como o período ditatorial brasileiro. Possui ainda, ideal social e cultural que podem despertar a atenção de outras associações, que se desconhece. A casa realiza algumas atividades culturais e sociais obrigatórias, dado seu caráter, que, reformuladas, podem alcançar um número maior de participantes e beneficiários. Tais ações como, por exemplo, oficinas, saraus, palestras e doações de alimentos/roupas.

11 Em realidade, trata-se de uma hipótese. Fora desenvolvida por Elisabeth Noelle-Neumann, em estudos desde 1972. Em suma, é o ‘silêncio’ presente no pensamento e/ou no posicionamento do(s) sere(s) quando acredita(m) que sua opinião é minoria frente à opinião da maioria (NOELLENEUMANN, 1995, p. 118).


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A Associação dispõe de capital humano para o planejamento e realização de projetos e demandas. Contudo, a disponibilidade de tempo destinado às ações para a casa é pouca. Os moradores, envolvidos com universidade, estágios e outros projetos, não dispõem de tempo para realização de grandes ações. Por ser uma moradia de caráter transitório, a rotatividade de moradores traz uma constante mudança no perfil dos associados o que pode acabar por gerar uma desarticulação do coletivo, bem como, conflitos entre moradores e dificuldade de tomadas de decisões. A maioria dos estudantes que mora na Casa são jovens inexperientes no que se diz respeito às práticas de comunicação estratégica e talvez por este motivo ignorem o caráter autônomo desta organização estudantil que possui um elevado potencial de contribuição na formação do indivíduo, além dos resultados que uma comunicação eficiente pode gerar. O potencial do coletivo como espaço onde se fomenta a cultura, a diversidade e a arte também parece não perpassar pela compreensão da maioria dos associados. O caráter histórico que a Associação tem para o país e para a cidade de Porto Alegre também é ignorado pela maioria dos estudantes moradores da casa e poucos deles desenvolvem projetos ou trabalhos acadêmicos que envolvam a CEUPA. Este presente projeto, por exemplo, é uma raridade. A instituição não possui parcerias, que poderiam contribuir com o seu desenvolvimento e visibilidade. Parcerias estas tanto no que diz respeito aos órgãos governamentais, quanto às organizações políticas e sócios culturais que envolvem a cidade. Porém, legalmente, é uma Associação consolidada no que se refere às documentações e alguns registros históricos, o que inspira credibilidade e facilidade de firmar parcerias. A retenção de moradores é baixa e a CEUPA não utiliza seus meios de comunicação da forma mais eficaz, além de não contemplar por meio destes alguns de seus públicos. A partir do que foi analisado neste tópico a ao longo do trabalho, construímos uma análise SWOT, a fim de resumir e melhor visualizar as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças da organização deste estudo. Forças são características que podem ser tangíveis ou intangíveis e influenciam positivamente


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na organização, enquanto as Fraquezas tem influência negativa. Essas duas categorias se relacionam com a situação interna. Por outro lado, em relação ao meio externo, temos Oportunidades, que podem vir a influenciar positivamente, e Ameaças, com resultado negativo. QUADRO 2 - Análise SWOT FORÇAS

FRAQUEZAS

• • • •

• • • • • •

Registros legais Modelo de gerenciamento História Capital humano

OPORTUNIDADES

Estrutura simples Falta de comunicação entre casas Cultura organizacional fraca Alta rotatividade dos moradores Polarização em relação às regras Utilização inadequada dos canais de comunicação online

AMEAÇAS

• Maior incentivo ao estudo superior por • A mídia não pauta a moradia estudantil parte do governo, SISU e Enem. • Há falta de parcerias para casas de • Existência de faculdades muito bem estudantes/ repúblicas conceituadas na cidade.

Fonte: elaboração própria

5.3 PÚBLICO / PROBLEMA A SER TRABALHADO Dado o que foi documentado sobre a CEUPA até aqui percebemos a questão mais urgente da organização é a comunicação interna. Os ceupanos não tem consenso sobre o que é a CEUPA, que público ela se propõe a benefíciar e seu verdadeiro valor na sociedade. Entendemos que para a CEUPA posicionar-se institucionalmente perante a sociedade e a mída, de forma a construir parcerias e obter visibilidade em Porto Alegre, conseguir atenção da imprensa é fundamental. Através de ações, primeiramente, tratemos de que os próprios ceupanos entendam a instituição da qual eles fazem parte. Compreendemos que a natureza da casa é de passagem e que a rotatividade é inerente a este tipo de ambiente, portanto, é necessário gerar consciência e sensação de pertencimento tão logo os moradores entrem em avaliação para tornarem-se efetivos. Com isso, a CEUPA poderá gerar uma nova Cultura Organizacional e, essa de modo forte, superará a rotatividade. O sentimento de pertença e permanência passará de geração em geração de ceupanos. Para isso também é necessário determinar Missão, Visão e Valores da Organização, a fim de prover um objetivo em comum para os estudantes que lá moram. Gerando uma comunidade forte, a CEUPA estará mais preparada para se expor à sociedade. Melhorar o clima interno da organização também trará mais visibilidade, a medida que isso se refletirá em seus moradores e suas redes de contatos. Boas histórias dos moradores da CEUPA certamente atrairão outros candidatos.


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5.4 PESQUISA DE INTERESSES DOS PÚBLICOS A SEREM TRABALHADOS Entre os dias 3 e 31 de Outubro o grupo disponibilizou, através da plataforma - online -, Google forms, um questionário para os moradores da CEUPA (Apêndice A), postado nos grupos da instituição, no Facebook, além de enviar por email aos moradores que disponibilizaram seus contatos. O objetivo era sensibilizalos a colaborar com a equipe e montarmos juntos um panorama de como os ceupanos se sentem em morar na casa estudantil e o que pensam sobre a instituição; bem como o que eles gostariam que mudasse internamente quanto à comunicação da instituição. O formulário foi anônimo para preservar a identidade dos entrevistados, e assim incentivar que os respondentes expussem o que pensam, sem medo de retaliação. A transcrição das respostas para as cinco perguntas que pautam essa análise encontram-se no Apêndice A. Outras perguntas foram feitas para caracterizar os respondentes, destacamos em especial que questionamos em qual das casas moravam para termos condições de identificar se há algum problema específico. Na questão que pedia para as pessoas citarem três palavras para descrever a CEUPA destacamos que muitas delas utilizaram as palavras amizade, vivências e experiências, nos permitimos deduzir que essas palavras sobressairam-se, pois muitos moradores são de outras cidades e a mudança traz novas experiências. Em oposição a elas, identificamos que algumas pessoas colocaram palavras como egoísmo e ingratidão. Em um local dividido por muitos, em que cada um tem sua própria agenda, é normal que esse tipo de comportamento apareça. Notamos também que as conotações negativas não se restringiram a uma casa específica, nem foram maioria entre as respostas. Na pergunta sobre como as pessoas veem a CEUPA, notamos que muitas citaram palavras como casa, lar e local para crescimento pessoal. Isso indica uma ótima visão da casa por seus ocupantes. Por outro lado, temos algumas reclamações em relação a sua organização e regimento, por alguns que a compararam com uma empresa, onde não há harmonia e as pessoas buscam os cargos para assumir poder. A partir destas respostas podemos inferir que há problemas na comunicação entre os gestores e os moradores da casa, em um sistema que deveria ser participativo. Por ser uma casa principalmente para jovens, cuja idade média entre os respondentes da pesquisa foi de 23,4 anos podemos entender que há uma certa rebeldia contra as regras, necessárias para o bom convívio quando se divide um espaço entre tantas pessoas. Um morador resume tal perspectiva, na sua colocação: "de um lado estão as pessoas que querem fazer a coisa certa (cumprimento do Regimento Interno e o Estatuto), e do outro lado está a anarquia, pessoas que querem defender seus próprios interesses, sem pensar na coletividade". Por se tratar de uma instituição que abriga muitas pessoas de formações, educação e bagagem muito diversas, entendemos que essa tensão entre personalidades é um problema que pauta a vivência na casa. A última pergunta analisada nesta parte do trabalho foi: “Se a CEUPA fosse um animal, qual seria e por quê?”. Propositadamente lúdica, tinha o objetivo de abordar questões sobre as quais os moradores talvez não quisessem falar


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abertamente, como o relacionamento, os sentidos e o feeling12 da casa no geral. Dois assuntos foram recorrentes nestas respostas, a recepção dos moradores da casa uns com os outros, e neste sentido a casa foi comparada com um cão, amigável. Um morador justificou a escolha ao dizer que a CEUPA "é acolhedora com as pessoas que chegam e também com os hóspedes que chegam na casa. Sempre tenta ajudar quando pode e tem condições". Por outro lado, uma parte considerável dos respondestes citou o individualismo dos gatos como um traço da casa. Por último, um morador citou o camaleão, numa análise muito interessante do clima da casa e da habilidade necessária para a boa convivência interna: "acho que o CEUPA seria um camaleão, pois esse animal tem a capacidade de se camuflar e se adaptar a diversos ambientes. Acredito que todo o morador da CEUPA deve possuir essas habilidades para poder dar certo na instituição". Na pesquisa com os públicos acerca da CEUPA, foram feitas também duas perguntas importantes: se as pessoas gostam de morar na Casa de Estudante e o que elas gostariam de mudar. A primeira pergunta teve uma recepção muito boa, os respondentes disseram que gostam de morar na CEUPA, ainda que muitos tenham reconhecido que o local tem seus problemas. Em geral as pessoas apontaram as amizades, a possibilidade de uma formação melhor em Porto Alegre e de crescimento pessoal, devido ao fato de arcarem com suas próprias responsabilidades, como fatores positivos da experiência na casa. Notamos também que a Casa I foi particularmente elogiada, com destaque pela sua boa recepção aos moradores. Em relação à proposição de mudanças, todos se manifestaram. Algumas opiniões queixosas, como a necessidade de melhorias nas estruturas das casas, são comuns. Contudo, um morador apontou uma possível solução: "[...] é necessário ampliar as possibilidades de retornos financeiros para melhorar a infraestrutura das casas". Outras ideias, mais relacionadas ao gerenciamento e organização – como mudanças no processo seletivo, o qual possui pré-requisitos próprios –, são também frequentes. De forma geral, podemos detectar uma insatisfação com o gerenciamento da instituição. A queixa de que há polarização, pois, um grupo quer abrandar, enquanto o outro busca reforçar, as regras institucionalizadas, é uma característica que sentimos latente. A falta de comunicação entre as casas também foi apontada pelos moradores.

12 Compreendido como sinônimo de sensação, impressão, percepção ou intuição em relação a algo. Tradução própria.


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6 PROGNÓSTICO Nesta parte do trabalho será realizado um prognóstico do panorama sobre a Comunicação da/na CEUPA, que consiste em apresentar uma projeção do cenário organizacional almejado. O pensamento da Comunicação enquanto estratégica, com fins de otimizar resultados e solidificar a reputação da instiuição, além de auxiliar a Associação e os envolvidos em suas tarefas, deveres e funções, é inexistente. A equipe, ao analisar o momento atual da instituição, propõe a Comunicação como ferramenta de mutação e evolução baseados na Missão, Visão e Valores institucionais, não existentes no momento atual, a fim de gerar frutos preciosos para a mesma. Numa visão futura que consta no próprio Estatuto Institucional da CEUPA (Anexo I), em seu Capítulo VII, é prevista a sua mudança de associação à OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), a qual é

entendida como uma instituição em si mesma, porém OSCIP é uma qualificação decorrente da Lei nº 9.790/99. Trata-se de uma sigla e não um tipo específico de organização. Por ser uma qualificação, e não uma forma de organização em si mesmo, vários tipos de instituições podem solicitar a qualificação como OSCIP. [...] Tem-se que OSCIPs são ONGs, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal, ao comprovar o cumprimento de certos requisitos. Assim, OSCIPs normalmente são sociedade civis, sem fins lucrativos, de direito privado e de interesse público, ou são entidade privadas atuando em áreas típicas do setor público (SEBRAE, 2009, p. 10).

E, portanto, perde muito por não utilizar da Comunicação para alcançar este patamar institucional. Assim com a utilização dos conhecimentos aplicados de Relações Públicas, da gestão da Comunicação, através de políticas de projetos sociais, culturais e de sustentabilidade; relacionamento com a mídia, legitimando ações da instituição; construção de relatórios e balanços sociais e a própria integração entre as Casas, teríamos a integração com melhorias evidentes e qualificadas. Como exemplo um processo de arrecadação financeira e auxílios governamentais – hoje inexistentes –, seriam ferramentas de manutenção dos estudantes no campo científico.


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Hoje, ainda, não há unicidade entre as Casas em aspectos importantes, como na elaboração e execução de reuniões, tanto em assembleias quanto em individuais, assim a Diretoria Executiva e a Assembleia Geral não possuem nenhum tipo de protocolo13 mínimo o que, por vezes, fomenta discussões e perda de foco. A Comunicação trata de processos e de suas ordenações e, através da unidade em alguns momentos, podemos integrar os moradores. Todavia, as Relações Públicas gerenciam eventos 14 de todo tipo, proporcionam qualidade em suas metas e foco em seus objetivos. Os membros de grande parte da instituição se utilizam das novas ferramentas de tecnologia e comunicação. Acessam à internet diariamente, as quais a própria instituição oferta recursos, como um sinal de wi-fi a todos os moradores. Observamos que o site não possui um layout15 com design (forma; arte) moderno e acessível a informações importantes aos usuários – como percebido nas pesquisas respondidas

–, a página do facebook não é utilizada e nem

consultada efetivamente ao que se propõe e o grupo “institucional” da CEUPA na mesma plataforma não é segmentado. Por isso, a Comunicação pode auxiliar na utilização, com fins institucionais estratégicos, dessas ferramentas. A mídia também não é pautada pela instituição, o que faz gerar a falta de visibilidade e obtenção de espaço estratégico nela. É função das práticas da Comunicação, tais como planejar, integrar, contatar, unificar, trocar, etc., conquistar espaço midiático. Como já tratado em capítulo anterior, o processo da pauta nas mídias não é responsabilidade somente do gatekeeper16. Isso, portanto, abre uma margem de possibilidade à reação da instituição frente a situação velada da mídia.

13 Percebemos a dificuldade em buscar uma referência generalista, não ligada intrinsicamente à etiqueta. Contudo, segundo compreensão do grupo, dado as referências de Elias (1993, 1994) e DaMatta (1997), protocolos referem-se a procedimento, posicionamentos e normas que ordenem um evento, como um rito, por exemplo. 14 Para Goldblatt (1997, p. 6), trata-se de um “momento único no tempo celebrado através de uma cerimónia e ritual com vista a satisfazer necessidades específicas” [tradução dos autores. 15 Entendemos aqui como arranjo físico, relativo à distribuição física de um número de instalações sobre/em algum lugar ou plataforma, baseados em KONZ (1985). 16 Trata-se do jornalista “selecionador” (ALSINA, 2009, p. 214) que, enquanto “controlador do fluxo de informação” (MATTELLART, 1999, p.53), que possui a capacidade de pautar (ou não) fatos como notícias.


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Trazemos ao conhecimento do assessorado que a Comunicação em si pode agregar, gerir e tratar as demandas e os processos gerados pela instituição como um todo. O respaldo da coletividade para suas ações institucionais traria um excelente diferencial para a Casa, sem dúvidas, com caráter estratégico e legitimador perante seus públicos - parceiros e usuários. Do contrário, conforme argumentam Kaplan e Norton (2000, p. 128), que os valores dos ativos intangíveis não podem ser medidos de maneira separada e independentemente dos ativos tangíveis, assim sem as práticas aqui elencadas, como em todas as organizações, a instituição supra mencionada tende a definhar e se extinguir enquanto comunidade ativa e valorada aos que a ela recorrem.


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7 POLÍTICA DE AÇÕES A partir da análise SWOT, o grupo definiu algumas ações/ estratégias que a CEUPA pode adotar para capitalizar os pontos fortes (Quadro 3) e amenizar os pontos fracos (Quadro 4). Mostramos também os instrumentos de comunicação que podem ser utilizados na realização destes. QUADRO 3 - Pontos Fortes PONTOS FORTES

ESTRATÉGIAS PROPOSTAS

INSTRUMENTOS

REGISTROS LEGAIS

Evidenciar isto na comunicação, ao diferenciar a CEUPA de repúblicas

Site institucional

HISTÓRIA

Contar a história da Organização nos seus canais, através de vídeos e Site Institucional, Fanpage textos elaborados com ajuda no Facebook de moradores mais antigos e ex-moradores.

CAPITAL HUMANO

Promover mais eventos culturais, a partir do que os moradores da Casa podem contribuir e promover maior divulgação externa

Site Institucional, Fanpage no Facebook e Eventos

Fortalecer o modelo de gerenciamento, trazendo mais profissionalismo para os processos.

Padronização da comunicação em convocações e atas. Divulgação de todas as decisões tomadas para o público interno.

MODELO DE GERENCIAMENTO

Em relação aos pontos fortes, optamos por ações que fortaleçam os diferenciais da CEUPA, reafirmando seus valores, como evidenciar os registros legais e contar a história da CEUPA nos seus canais de comunicação. Da mesma forma, pensamos em usar o capital humano – as pessoas que moram na casa e seus conhecimentos –, para dar mais visibilidade à organização. Essas ações visam a consolidação de uma imagem da CEUPA, diferenciando-a das demais casas de estudantes. Com a padronização da comunicação interna e a divulgação de todas as decisões tomadas ao público interno, garantimos que todos os moradores saberão do que está acontecendo na casa e que a CEUPA estará passando mais profissionalismo na sua gestão. Com essa ação visamos alcançar uma maior legitimidade da gestão junto aos moradores, visto que, foi apontado na pesquisa que algumas pessoas apresentam questionamentos em relação ao modelo de gerenciamento adotado. QUADRO 4 - Pontos Fracos


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PONTOS FRACOS

ESTRATÉGIAS PROPOSTAS

ESTRUTURA SIMPLES

Eventos para angariar fundos e envolver principalmente familiares dos Evento moradores e ex-moradores Página do Facebook da casa, mostrar o local, Site Institucional fazer um lanche, expôr os valores da casa.

FALTA DE COMUNICAÇÃO ENTRE CASAS

Promover apadrinhamento entre moradores das diferentes casas.

Aula Inaugural (Acolhimento)

CULTURA ORGANIZACIONAL FRACA

Criação de Missão, Visão e Valores que devem ser, posteriormente, evidenciados em eventos.

Reunião para definição dos conceitos. Aula Inaugural como forma de divulgar.

ALTA ROTATIVIDADE DOS MORADORES

Promover Aula Inaugural mais seguidamente e com mais ferramentas de integração, evidenciando os valores da CEUPA

Aula Inaugural, Apadrinhamento

Definição de Identidade UTILIZAÇÃO INADEQUADA Visual a ser utilizada em DOS CANAIS DE todos os canais. Definição COMUNICAÇÃO ONLINE de pilares de conteúdo para a Fanpage Facebook.

INSTRUMENTOS

Fanpage do Facebook, Murais, Site Institucional, E-mails.

Em relação aos pontos fracos, a estratégia adotada foi voltada principalmente para o público interno. Com intuito de fomentar uma cultura organizacional em que os moradores se sintam mais incluídos, as ações visam integração entre as casas, empoderamento de membros novos e disseminação de Missão, Visão e Valores da organização. Essas ações podem ajudar a CEUPA a formar uma comunidade mais unida e, logo, um lugar melhor para seus moradores. Quanto à estrutura, um dos problemas apontados pelos moradores, propomos a criação de eventos que integrem além dos moradores, seus familiares e os ex-moradores com objetivo de angariar fundos para melhorias. Por fim, quanto aos canais de comunicação, propomos definição de identidade visual, para ser utilizada em toda a comunicação externa. Da mesma forma, entendemos que a CEUPA deve definir pilares de conteúdo para a a página institucional (fanpage) no Facebook, com a intenção de entregar valor aos seus seguidores e tornar-se mais relevante para os jovens. Desta forma, a página poderá ganhar mais visibilidade.


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8 A COMUNICAÇÃO E ORGANIZAÇÕES Antes de explanarmos sobre a importância da comunicação para todas as organizações, independentemente de sua atividade fim, é necessário ponderarmos essa relação organização-comunicação, e assim compreendermos minimamente a interação necessária em todos os contextos sociais. Trataremos neste capítulo de nossas

concepções

sobre

Comunicação,

organizações,

Comunicação

Organizacional e a relação do proposto com a CEUPA. Contato com o mundo e com o outro, a Comunicação “é um procedimento meu em relação àquilo que me aparece ou que eu procuro” (CIRO MARCONDES, 2008, p. 17). Ocorre por diversas maneiras. Contudo, como nos diz Wolton (2010), é possível distinguí-la por três razões: o compartilhamento, a sedução e a convicção; portanto, “o ideal da comunicação está evidentemente ligado ao compartilhamento, aos sentimentos, ao amor” (WOLTON, 2010, p. 17). Tem seu fim social, coletivo, comigo e o outro, pois “remete à ideia de relação, de compartilhamento, de negociação” (WOLTON, 2010, p. 18). Assim, cabe às associações, organizações como a CEUPA, tratarem da gestão de sua Comunicação, também. Segundo Margarida Kunsch, a Comunicação é um modo de ler e analisar as organizações:

Assim como a sociologia, psicologia ou economia podem ser pensadas como capazes de explicar os processos organizacionais, a comunicação também poderia ser pensada como um modo distinto de estudo ou modo de pensar as organizações (KUNSH, 2008, p. 113).

Consequentemente, a gestão de um bom relacionamento tem em sua finalidade legitimar a instituição e contribuir para dar visibilidade pública, para melhorar a cooperação (captação de recursos, estabelecimento de parcerias e apoios – políticos, logísticos, educacional) para recompensar os auxiliadores e parceiros, para mobilizar e realizar as atividades com o devido envolvimento dos beneficiários, para dirimir conflitos, e assim por diante (PERUZZO, 2007, p.13).


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Para que isto seja viável podemos utilizar dos processos de negociação, que desenvolvem possibilidades e ampliam sua abrangência de resultados. Para Mauren Leni de Roque (2007, p. 235), a capacidade de negociação é fundamental quando se trata de vencer resistências, obter ressonância na mídia, garantir conquistas prometidas, justificar ações, conquistar colaboradores, sensibilizar públicos, comprometer o setor político, estimular a participação comunitária, medir os níveis de expectativa dos atores sociais envolvidos, assegurar uma interpretação adequada das ações e estratégias adotadas, tornar claros missão e objetivos, administrar recursos envolvidos, estabelecer interfaces e parcerias.

Em relação à organização, entendemos esta como “uma entidade social composta de pessoas que trabalham juntas e deliberadamente estruturada e organizada para atingir um objetivo comum.” (CHIAVENATO, 2004, p. 8). Essa entidade trata-se de um sistema social, constituído por aglomerado humano e de somatórios (CORELLA, 2000). Referimo-nos, em relação ao tipo de insituição como a CEUPA, as quais fazem parte das [...] instituições sociais, cuja ação desenvolvida por seus membros é dirigida por objetivos, sendo projetadas como sistemas de atividades e autoridade, deliberadamente estruturados e coordenados, atuando de forma interativa com o ambiente que as cerca. (MORAES, 2000)

É interessante trazermos o conceito de associação sem fins lucrativos, o tipo de organização pesquisada neste projeto, que é, segundo Simmel (1984, p. 166),

a forma (realizada de incontáveis maneiras diferentes) pela qual os indivíduos se agrupam em unidades que satisfazem seus interesses. Esses interesses quer sejam sensuais ou ideais temporários ou duradouros, conscientes ou inconscientes, casuais ou temporários, formam a base das sociedades humanas.

Por sua vez, a Comunicação Organizacional é a Comunicação que ocorre no contexto das organizações e, para Berlo (2003), uma organização de qualquer espécie só é possível por meio da Comunicação. Reis (2009, p. 47) diz que “essa ‘comunicação das organizações’ busca, na teoria e na prática, construir uma visão comunicacional holística, estratégica, humanizada e dialógica das organizações e de suas relações”, ou seja, “a Comunicação Organizacional trata da relação comunicação/organizações” (CASALI, 2009, p.66).


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Em relação à cultura organizacional, algo a ser trabalho, principalmente, em organizações auto gerenciáveis, segundo Schein (1991, apud FREITAS, 1991, p.): A Cultura Organizacional é o modelo dos pressupostos básicos que determinado grupo tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna. Uma vez que os pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem considerados válidos, são ensinados aos demais membros como a maneira correta para se perceber, se pensar e sentir-se em relação àqueles problemas.

Por fim, a Comunicação da CEUPA hoje se restringe aos murais internos, algumas publicações do facebook e um site institucional - desatualizado e com design gráfico pouco atrativo ao usuário. Observamos que a comunicação não estava estruturada e nunca fora pensada de maneira estratégica. Assim, se faz necessária uma mudança17, para melhor pensar no relacionamento, visibilidade e gestão de pessoas. Um Plano de Comunicação – uma ferramenta de melhoria – passa por processos18 de Relações Públicas, porque envolve o relacionamento da instituiçãocomseus públicos internos e externos. Portanto, planejar a comunicação para a organização assessorada por uma equipe de relações públicas é importante, pois, tal projeto deve manter a coletividade e a diversidade de ideias, as crenças e as vivências dos sujeitos que constituem a Associação, e essa unidade ao formatar este processo é essencial para mantermos uma ordem em que a harmonia perpetue por varias gerações de usuários da institição ao longo dos tempos. E a comunicação se presta a tal papel, pois “parte da dimensão antropológica [...] privilegia os processos políticos necessários para evitar que o horizonte da incomunicação entre os indivíduos e as culturas não se torne uma fonte de conflito” (WOLTON, 2010). Ressalvamos que não falamos de transmissões de mandos ou ditaduras, contextos históricos que circundavam a instituição em alguns momentos de sua própria história, e assim ela tem em seu cerne princípios de igualdade, respeito e reciprocidade. Sabemos que Comunicação é “tornar comum”, igualar uma coisa em todos os lados que a envolvem. (MARCONDES FILHO, 2008). Consequentemente, justificamos a necessidade de gerir a comunicação interna19 de maneira a otimizar resultados e processos, trazendo a felicidade dos envolvidos. Sobre isso, Freitas (2009, p. 92), destaca:

17 Para Chiavenato (2004), a mudança representa renovação de hábitos, mutação e transformação, rompimento com o antigo. 18 Compreendidos como na visão de Oliveira e Lima (2012, p. 68), que são “um conjunto dinâmico de atividades ou atos interdepentes, que se realizam em uma sequência contínua e apresentam unidade”. 19 Importante fator a ser trabalhado na instituição assessorada, pois, segundo Kunsch (1997, p. 128), “a comunicação interna deve contribuir para o exercício da cidadania e para a valorização do homem”.


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Para bem administrar relacionamentos um olhar sensível percebe que não bastam apenas habilidades de gestão. Outros conhecimentos são necessários, tais como o que se escreve e o que se discute em termos de cultura organizacional, de liderança, de políticas de gestão de pessoas – que incluem as paixões humanas (ciúme, inveja, assédio moral etc.) e questões de relacionamento entre humanos [grifos da autora].

Essa parte da comunicação, que também é foco de nossas ações conforme o diagnóstico já feito, é “constituída pelos processos comunicativos realizados no interior das organizações, cujo propósito básico é permitir que os seus membros cumpram tarefas estabelecidas” (PINHO, 2006, p. 105). Já por outro lado e “de forma muito simples, define-se comunicação externa como a relação de uma organização com seu entorno“ (ALMANSA, 2010, p. 102) e, segundo Rodríguez (1991, apud ALMANSA, p. 102), trata-se do “conjunto de mensagens emitidas por qualquer organização aos seus diferentes públicos externos para manter ou melhorar suas relações”. Contudo, compreendemos que existe uma linha tênue entre ambas, pois não há como tratar de comunicação nas organizações e não pensar como um todo:

Embora se fala em uma delimitação entre o ambiente interno e externo nas organizações, esta tem diminuído na sociedade globalizada e organizada em redes, principalmente com o surgimento das mídias sociais. (OLIVEIRA; LIMA, 2012, p. 70)

Consequentemente, ao tratar do observado até aqui, apontaremos algumas ações comunicacionais elementares e estratégicas que darão conta de resolver os alguns problemas de Comunicação apresentados, baseados no aporte conceitual gerado, na pesquisa realizada e em análise de cenário. 9 PROGRAMA Ao pensar sobre as necessidades da organização, optamos por desenvolver 2 programas. O Acolhimento ao ceupano, que é a nossa proposta para o que antes era realizado como Aula Inaugural, e a definição de Missão, Visão e Valores, junto aos moradores e representantes das comissões das três casas. As duas ações serão realizadas na mesma data devido à dificuldade em reunir moradores e coordenadores de todas as casas em um único horário.


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9.1 AÇÃO 1

9.1.1 Nome O que é a CEUPA? 9.1.2 Justificativa Na pesquisa aplicada, percebemos que alguns estudantes questionam o chamado “perfil CEUPA” e acham que a organização deveria tomar outros rumos “ajudando a quem precisa” e não se restringiu a estudantes. Entendemos que a CEUPA, enquanto Casa de Estudantes, desempenha um papel importante na inclusão social dos jovens na universidade. A CEUPA viabiliza os estudos de muitos jovens e os empodera a medida que faz isso. Entendemos que ter princípios norteadores claros é essencial para que os moradores entendam a relevância da organização e possam comunicar em todas as instâncias esses valores. Para Lupetti (2006, p.33) Missão “é a razão pela qual a organização existe e contêm, em geral, informações sobre o negócio da empresa e a forma como ela pretende agir com os clientes, os colaboradores e a comunidade”. Quanto a visão, o autor afirma que a visão é um sonho que a organização quer realizar. Os Valores, para Ferrari (2009, p.252), “sustentam as atitudes, determinam formas de julgar o comportamento organizacional e constituem motivação para a ação”. A partir desses conceitos formulamos Missão, Visão e Valores para serem apresentados a um grupo de representantes do CEUPA. Por ser uma organização gerida pelos seus próprios membros, em que as questões são tratadas principalmente em assembléias, entendemos que isso deve ser feito junto a representantes da CEUPA. 9.1.3 Objetivo Definir Missão, Visão e Valores para a CEUPA. 9.1.4 Público Grupo e membros das três casas da CEUPA, inclusive um membro de cada um das comissões de casa. 9.1.5 Período de Realização Dia 22 de Novembro, das 17h às 18h30. 9.1.6 Estratégia Na reunião com moradores da CEUPA, falamos também da importância de Missão, Visão e Valores nas Organizações e mostramos como vemos a CEUPA e, a partir disto, o que propomos que a CEUPA adote. Após mostrar, pedimos feedbacks (retornos; pareceres) dos moradores; tratamos de um debate a respeito dos conceitos apresentados. Por fim, fizemos ajustes de qualquer inadequação e enviamos ao atual presidente os resultados.


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9.1.7 Comunicação Para a realização desta ação foi utilizado uma apresentação em slides (APENDICE C) e pesquisa.

9.1.8 Recursos necessários Os membros do grupo para apresentar o trabalho, moradores da CEUPA, computador para fazer a apresentação, papéis e canetas para sugestões. 9.1.9 Custos Não houve custo. 9.1.10 Públicos envolvidos Grupo, que desenvolveu o material e fez a primeira reunião com objetivo de capacitar os moradores a repetirem-na. Moradores das três casas, contando com pelo menos um membro da comissão de casa. 9.1.11 Avaliação Haja vista a ação proposta, os resultados foram analisados a partir do consenso entre os membros. Para podermos enviar ao presidente foi necessário que chegassemos a uma conclusão acerca de Missão, Visão e Valores. Portanto, os principios norteadores propostos foram: Missão e valores foram aceitos pelos moradores. A visão foi considerada Missão: Ser uma moradia agradável para estudantes em Porto Alegre, promovendo o estudo e o crescimento pessoal daqueles que passam pela Casa. Visão: Ser considerada a melhor casa de estudantes de Porto Alegre até 2018. Valores: Comunidade, Amizade, Confiabilidade, Responsabilidade, Crescimento pessoal

vaga por não especificar o que torna uma casa de estudantes “a melhor”. Uma sugestão bastante aceita foi a de que formar um sentimento de comunidade com todos, como “uma casa fora de casa”, tornaria o relacionamento melhor. No entanto, foi colocado também que a infraestrutura, precária, era um


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assunto bastante urgente na casa. Por fim, entendemos que a visão é algo que tem de ser mais discutido e deve envolver todos os moradores. Essa questão será levada aos responsáveis para ir à assembleia.

9.2 AÇÃO 2

9.2.1 Nome Acolhimento dos novos ceupanos!

9.2.2 Justificativa Entendemos que a CEUPA, proporciona a viabilidade dos estudos de muitos jovens que vem para Porto Alegre buscar uma graduação de nível superior. Por isso, podemos considerar a organização como uma aliada na causa da inclusão social, pois, entrega grande valor para aqueles que passam por ela e para a sociedade. A CEUPA, no entanto é um local de passagem. Os estudantes, a medida que progridem nos seus estudos e adquirem condições melhores, buscam outras soluções de moradia. Essa alta rotatividade de moradores, gera certa confusão quanto à importância da Casa, bem como em relação aos seus objetivos e valores. Por isso, mostrar aos jovens que entram na casa essa peculiaridade da CEUPA e promover a integração entre eles, na nossa compreensão, é uma forma de melhorar a imagem da organização entre seu público interno, o que inevitavelmente repercute positivamente na sua visibilidade externa e pode ajudá-la a alcançar outros objetivos, ao progredir cada vez mais. Com essa ideia norteadora, propomos uma reunião de acolhimento, que substituirá a Aula Inaugural, aos moradores novos, em avaliação e recémefetivados, que contará com apresentação da CEUPA, sua história e seus valores, bem como as regras de funcionamento da casa, mas que também dê conta dos aspectos humanos, com dinâmicas para que seus moradores se conheçam e, logo, convivam melhor.


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9.2.3 Objetivo Promover uma maior integração e gerar uma Cultura Organizacional na CEUPA, a fim de proporcionar uma experiência melhor e mais agregadora a seus moradores. 9.2.4 Público: Moradores Novos e Recém Efetivados (obrigatório).

9.2.5 Período de realização: Dia 22 de Novembro, das 17h às 18h30.

9.2.6 Estratégia A estratégia adotada será uma reunião de Acolhimento aos novos moradores, que contará com diversos momentos, descritos conforme o quadro abaixo, que segue nas páginas 57-58.

QUADRO 5 - Descrição do Acolhimento MOMENTO

OBJETIVO

MECÂNICA

RESULTADO ESPERADO

Chegada e Recepção

Receber os novos moradores que chegarem para a reunião.

Assinar lista de presença e receber seu bombom, com música feliz ao fundo.

Moradores mais felizes e despertos para a reunião.

(10-15min) Apresentação (10min) Integração

(20 min)

Explicar o motivo da reunião, e como será Explanação seu andamento.

Moradores entendem do que se trata a reunião e porque estão nela.

Cada um fala seu nome, idade, porque está na CEUPA II Promover integração verdades e uma entre os presentes mentira sobre si. Os demais devem identificar a mentira

Que os membros passem a se conhecer melhor de forma descontraída


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O que é a CEUPA (20min) Coffee-Break (10 min) Como funciona a CEUPA (20 min)

Apresentação (PPT) com história, missão, PPT e explanação visão e valores da organização

Que as pessoas compreendam a razão de ser da CEUPA.

Descansar e matar a Serão servidos fome laches e café

Que haja sensibilização e pausa para descanso

Explicar as regras de funcionamento da PPT e explanação casa.

Que todos compreendam e disseminem as regras da casa.

Promover que o novo morador tenha um amigo dentro da CEUPA

Membros velhos e novos serão separados em filas frente a frente e pareados levando em conta disponibilidade de horários. Após terão alguns minutos para conversar e deverão expor ao grupo algo que tenham em comum

Fazer com que os moradores novos se sintam parte de um time, com um objetivo em comum

Moradores antigos serão dispensados. Moradores novos se reuniram para definir um nome e identidade para sua geração e uma melhoria que eles se comprometem a fazer para a CEUPA, dentro de um mês (ex. cortar a grama ou limpar o pátio)

Abrir espaço para sharings20 e agradecer aqueles que participaram da ação

Que haja um Exposição e fala dos fechamento. Que moradores que haja margem para participaram novas conversas, troca de ideias

Apadrinhamento

(20min)

Geração X

(30min)

Encerramento (10 min)

Que os moradores novos tenham uma referência de morador mais antigo a quem se dirigir Que padrinhos e afilhados se conheçam melhor

Que os moradores saiam da reunião com sensação de perecimento ao um grupo e com objetivo maior (a melhoria) e que a partir da formação das gerações nasça a cultura de repassar esse processo aos novos moradores

Fonte: Elaboração própria. Na recepção queremos que os moradores se sintam bem em estar no 20 Palavra de origem inglesa que significa “compartilhamento”. Aqui, tratamos de um momento para as pessoas compartilharem o que elas acharam do acolhimento, como elas se sentiram ao participar da dinâmica.


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evento, se sintam realmente acolhidos, por isso se propõem um pequeno presente, nesse caso um bombom, e uma música animada de fundo, para mostrar que o dia vai ser dinâmico. A apresentação serve para mostrar aos moradores a agenda do evento, e situá-los quanto às atividades do dia. O momento de integração, cuja dinâmica poderá variar a cada reunião de acolhimento, tem por objetivo fazer com que os membros efetivos e antigos se conheçam melhor. O que é CEUPA, é o momento de apresentar a organização, explanar sua Missão, Visão e Valores, bem como a história da organização e sua relevância na sociedade. Queremos com isso que os jovens percebam que ao entrar na CEUPA, fazem parte de algo maior, com um propósito de inclusão social. Apadrinhamento é um momento de troca de experiências entre morador antigo e morador novo, com a proposta de que eles continuem em contato, porque o morador antigo ajuda o novo, no que se refere a organização. A formação do que chamamos aqui de gerações com nome e um propósito claro que deve se transformar em ação tem por objetivo, unir membros novos, através de uma meta em comum, bem como de gerar sensação de pertencimento. Acreditamos também que as gerações a partir do momento que gerarem experiência positiva estarão em contribuição para que essa ação de acolhimento se propague para as próximas e criar, desta forma, uma Cultura Organizacional de comunidades. Para promover maior interação entre as diferentes casas, entendemos que os moradores devem ser acolhidos todos juntos, sem importar, num primeiro momento, a casa em que, de fato, residirão. Se regras específicas tiverem de ser passadas, os moradores podem ser divididos por esse critério no momento após o café, mas deverão retornar ao grande grupo para o momento de apadrinhamento. Essa ação será realizada, como teste, com 12 moradores da CEUPA, conduzida pelo grupo, no dia 23 de novembro, o material (apresentação) será entregue ao comitê responsável pelo grupo, bem como algumas indicações acerca de sua aplicação para que possa ser replicado posteriormente. Propomos que a CEUPA aplique esta ação a cada dois meses, no máximo, e que as duas gerações anteriores sejam as encarregadas do processo junto com o comitê responsável. Desta maneira as gerações mais antigas continuarão com um motivo para se reunir, o de preparar o próximo acolhimento e no processo poderão formar amizades e relacionamento que transponham o tempo da sua morada na casa.

9.2.7 Comunicação Para a realização desta ação serão utilizados uma apresentação em slides (APENDICE C), dinâmicas de grupo, coffee break.

9.2.8 Recursos necessários Membros do grupo para apresentar o trabalho, moradores da CEUPA, computador para fazer a apresentação, comes e bebes para o coffee break.


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9.2.9 Custos Coffee Break: copos, refrigerante e bolachas: R$ 15,00.

9.2.10 Públicos envolvidos: Grupo, que desenvolveu o material e fará a primeira reunião com objetivo de capacitar os moradores a repetirem-na. Moradores das três casas, contando com pelo menos um membro da comissão de casa.

9.2.11 Cronograma com lista de providências e controle AÇÃO

PRAZO

RESPONSÁVEL

Convidar os membros

15 de Dezembro

Lucas pimenta

Preparar as apresentações

15 de Dezembro

Mariane Lima

Aplicação de Pesquisa

22 de Dezembro

Elis Assumpção

Fotos e registro

22 de Dezembro

Elis Assumpção

Tabulação de Pesquisa

23 de Dezembro

Mariane Lima

9.2.12 Sistema de Avaliação Por ser uma ação que visa mudança a longo prazo, não é possível mensurar o que muda após a aplicação da ação. No entanto, fizemos uma pesquisa de satisfação entre aqueles que participaram da ação teste com o objetivo de avaliar se os moradores da CEUPA consideram válida a aplicação deste método, bem como de ajustá-lo para que a organização possa se valer ainda mais dele. As respostas transcritas na íntegra encontram-se no Apêndice F. Pudemos perceber, durante a apresentação, a motivação dos ceupanos – que contribuíram bastante para o processo –, e fizeram diversas colocações muito adequadas no sentido de melhorar o processo e compartilhar processos que aconteciam em algumas das casas. Eles apreciaram o fato de que se parou para pensar na CEUPA enquanto organização e colocaram que momentos como aquele era importantes para melhorar a Casa e a convivência entre seus moradores. Para longo prazo, propomos uma avaliação da Reunião de Acolhimento com base na porcentagem do número de novos moradores presente. Lembramos que, conforme constatado pelas duas últimas seleções, essa porcentagem é de aproximadamente 39%. A tabela abaixo propõe uma adjetivação para determinadas porcentagens de cooptação dos moradores, de acordo com o número de participantes versus o número de entrantes. Quadro 6 - Avaliação do Acolhimento


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AVALIAÇÃO

PORCENTAGEM

RUIM

se até 39% participarem

BOM

de 40% a 60% de participação

EXCELENTE

acima de 60% de participação

Fonte: elaboração própria.

9.3 AÇÃO 3 Esta ação foi desenvolvida para guiar os membros da CEUPA na remodelação do site, no entanto o grupo não vai aplicar esta ação junto a organização, devido ao tempo para implementação.

9.3.1 Nome Reformulação do Site CEUPA 9.3.2 Justificativa O Site institucional da CEUPA, contém muitas informações importantes, mas por vezes, se encontram confusas e longas demais para internet, como no histórico, por exemplo. Além disso, o visual do site é um tanto poluído, não muito atrativo para novos visitantes. Propomos uma remodelação refletida na ideia de usabilidade e no apelo visual, fazemos adequações no conteúdo. 9.3.3 Objetivo Melhorar o site institucional para que este seja um canal mais bem elaborado e possa ser utilizado para captar interesse de possíveis parceiros e mídia em ações futuras da organização.

9.3.4 Público Interno e Externo. 9.3.5 Período de Realização Janeiro a março de 2015. 9.3.6 Estratégia Apresentaremos esta proposta à CEUPA como guia para que os moradores


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possam viabilizar a remodelação do site. Sabemos que a Casa conta com capital humano com conhecimento para tal, uma vez que já havia uma ação em andamento. A implementação do novo site também pressupõe uma identidade visual padronizada, que será replicada nas outras formas de comunicação, por isso apresentamos a sugestão de layout (ANEXO D). Nesta utilizamos principalmente as cores cinza e branco para complementar as cores do logo da instituição, vermelho e preto. Também incluímos um fluxograma para o site (ANEXO E), com o objetivo de organizar a disposição dos conteúdos de forma a deixá-los mais acessíveis. 9.3.7 Recursos necessários Moradores com habilidades para desenvolvimento em web, internet, domínio e hospedagem (que a CEUPA já possui) e plataforma wordpress (gratuíta). 9.3.8 Custos Não haverá custos adicionais. Internet, domínio e hospedagem já estão no orçamento da CEUPA, e o site será desenvolvido em plataforma gratuita por moradores da casa. 9.3.9 Avaliação O desempenho do novo site deverá ser medido pelo aumento na porcentagem de pessoas que entrarem em contato com a CEUPA através do site, relativo ao número de acessos mensais (contatos/acessos mensais). Propomos o seguinte critério, levando em conta que em todos os sites existe uma porcentagem que chamamos de “bounce back”21, que se refere ao número de pessoas que saem do site sem acessar nada além de sua página inicial, e essa porcentagem costuma ultrapassar 70% na maioria dos sites22. Quadro 7 - Avaliação do Site AVALIAÇÃO

PORCENTAGEM

Ruim

até 5%

Bom

de 6 a 15%

Excelente

acima de 16%

Fonte: elaboração própria.

21 Em livre tradução nossa, significa “taxa de saída”. 22Bounce Back Rate. Google. <https://support.google.com/analytics/answer/1009409 Novembro de 2014.

Disponível ?hl=en >. Acesso

em: em:


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CONSIDERAÇÕES FINAIS Este projeto tinha como objetivo estudar uma organização comunitária e entregar a esta uma ação de comunicação aplicada a fim de capitalizar pontos fortes ou amenizar os pontos fracos da organização conforme definido durante o estudo da mesma. A organização escolhida foi a CEUPA, uma casa de estudantes com três sedes em Porto Alegre que é auto gerida. Pelas particularidades da organização, que tem, afinal, 60 associados, e que estes são os próprios moradores, que tomam suas decisões sempre em assembleias com a participação de todos, encontramos algumas dificuldades neste caminho. Entendemos, no entanto, que em parte, as dificuldades encontradas são exatamente o que explicita a necessidade de uma assessoria como esta para a Casa (como a CEUPA é carinhosamente chamada pelos seus moradores), e o que justifica a existência deste projeto. Compreendemos que os objetivos só foram parcialmente atendidos, a medida em que apresentamos as propostas de ações a um pequeno grupo de moradores, que foi muito receptivo, e, embora tenhamos chegado a uma conclusão acerca de Missão e Valores, estes ainda deverão passar por uma Assembleia Geral. Da mesma forma, a ação de acolhimento foi aplicada em um formato de teste, para entender o que os ceupanos pensam desta e se eles vêem essas e outras ações similares aplicadas na casa como algo benéfico e que irá ajudar no convívio. De novo, percebemos os moradores bem receptivos a essas ideias. Acreditamos que o material e as experiências entregues são de grande valor para CEUPA, como os próprios moradores opinaram, uma vez que tem o potencial de desenvolver mais laços entre a organização e seus moradores, bem como de empoderá-los, a medida em que mostra a importância de Casas como a CEUPA e dos jovens que por elas passam.


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a

stakeholder

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APÊNDICES


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APร NDICE A - Captura de Tela do Formulรกrio no Google


66

Apêndice C - Apresentação utilizada na reunião com ceupanos


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APÊNDICE D - Proposta de Design para o Site

Fonte: Elaboração própria.


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APÊNDICE E - Proposta de Fluxograma para o novo site

Fonte: Elaboração própria.


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APÊNDICE F - Comentários e sugestões deixamos pelos ceupanos Muito boa a iniciativa, tentar ver ações para um futuro melhor para a instituição. Deveria ter mais atenção por parte dos moradores. Não desistir com a negativa, pois ela se destaca mais do que os fatos positivos.

Quanto à visão proposta: seria talvez necessário especificar o que faz de uma casa de estudante a melhor. Não há critérios comparáveis com outras casas? O quê? Não é critica, só estou lançando uma dúvida para se pensar sobre.

Boa a ação de você, acredito que este trabalho vai enriquecer a integração do CEUPA e ajudar quem está chegando e quem já está.

Apresentação motivadora até mesmo para os moradores atuais: pensar mais na CEUPA e o que é ser CEUPAno.E levar isso aos que entrarão na instituição, levará a um convívio melhor e vivência melhor.

Gostei da iniciativa e da maior integração da casa com os novos moradores. Interessante explicar melhor as atividades no site.

Proposta ótima. Discute muitos pontos necessários para uma melhoria da CEUPA. Parabéns! Muito obrigada!

Gostei muito das idéias apresentadas. Acho que devem mesmo serem postas em prática e aos poucos estas sofrem as alterações necessárias. A única alteração mesmo é em relação ao apadrinhamento, pois o novo morador deve receber um padrinho logo que entra na CEUPA e não apenas na Aula Inaugural.

Acho uma boa ação trazer a uma reunião com moradores das três casas para debater sobre os levantamentos sobre os quais se fundamenta a existência da


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CEUPA. E como trabalha nestas para melhorar a convivĂŞncia e a moradia de forma geral nas casas.

Achei a proposta interessante pois nos faz refletir sobre nosso papel na casa, na instituição.


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ANEXOS


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ANEXO A – Estatuto Insticuional da CEUPA


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ANEXO B - Regimento Interno da CEUPA


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103

ANEXO C - Captura de tela do Site da CEUPA


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