Revista do Cancer

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Editorial

Expediente Suplemento Especial Oncologia Einstein

Câncer

revista do

Panorama da Oncologia Nacional Volume VIII - Edição 21 - 2012 Diretor e Editor Dr. José Márcio da Silva Araújo j.marcioaraujo@bol.com.br Publicidade Gilberto Cozzuol gilberto-cozzuol@bol.com.br

“40 anos é apenas o começo” Dentro das comemorações dos 40 anos de fundação do Hospital Albert Einstein a Revista do Câncer tambem presta uma pequena homenagem a essa grande instituição. Para tanto destacaremos o grandioso trabalho realizado pelo Instituto de Oncologia e Hematologia Einstein, sua plataforma de atendimento e entrevistas com os médicos responsáveis pelo programa Einstein de Oncologia, entre eles o Dr. Nelson Hamerschlak, coordenador do programa.

Produção e Publicação Lucida Artes Gráficas lucida.editorial@bol.com.br

Como disse o Dr Lottenberg, presidente do Einstein “40 anos é apenas o começo”, é o que desejamos realmente, mais 40 anos pautados em uma trajetoria de excelência nos campos de saúde, pesquisas, ensino e assistência social.

Fotografia Divulgação HAE

Boa leitura !

Administração e Circulação Yvete Togni dra.ytogni@hotmail.com

Correspôndencia Rua Carneiro da Cunha, 209 - Saúde 04144-000 São Paulo - SP Contato Fone - 11- 2339-4710 Fax - 11 - 2339-4711 Agradecimentos Assessoria de Imprensa do HAE

As opiniões expressas ou artigos assinados são de responsabilidade dos autores Conselho Editorial • • • • • •

Dra. Lair Barbosa de Castro Ribeiro Dr. Adonis Reis L. de Carvalho Dr. João Carlos G. Sampaio Góes Dra. Clarissa Cerqueira Mathias Dra. Gildete Lessa Dra. Maria Lúcia M. Batista Batista

Os editores.

Sumário OncoNews............................................................04 Especial 40 anos Einstein.................................06 Instituto de Oncologia........................................08 Entrevista - Dr. Artur Malzyner.........................09 Entrevista - Dr. Nelson Hamerschlak...............12 Entrevista - Dr. Antonio Luiz Vasconcellos Macedo ...............................................................14 Entrevista - Dr. Oren Smaletz ...........................18

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Onco News GlaxoSmithKline e INCA firmam acordo O laboratório farmacêutico GlaxoSmithKline (GSK) e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) fecharam, recentemente, parceria para a realização de cursos, pesquisas e, potencialmente, para o desenvolvimento de novos tratamentos e medicamentos na área de Oncologia. A ideia é que, futuramente, o instituto possa não só fazer mais pesquisas clínicas em parceria com a GSK, como também desenvolver novas moléculas em colaboração, tornandose uma referência em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, contribuindo para a formação de profissionais brasileiros dentro do próprio país. O acordo prevê que médicos e pesquisadores do INCA e da GSK compartilhem conhecimentos na área de Oncologia. Em outros países, como Peru e Cingapura, a GSK já desenvolve projetos semelhantes.

Curso preparatório para prova de residência médica nos EUA O STB - Student Travel Bureau, empresa nacional no segmento de intercâmbio, turismo jovem e educação internacional, traz para o seu portfólio o programa preparatório da Kaplan Medical. O curso é ideal para estudantes do último ano de Medicina ou profissionais recém-formados que desejam iniciar residência médica em hospitais dos Estados Unidos. Segundo a gerente de Cursos no Exterior do STB, Marcia Mattos, o programa prepara o aluno para o USMLE, The United

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States Medical Licensing Examination® (USMLE®). A Kaplan é a escola com o maior índice de aprovação em testes preparatórios para estudantes de Medicina. "Para se ter uma ideia, de cada quatro médicos licenciados para fazer a residência em território norte-americano, três são preparados pela Kaplan Medical. Além disso, o salário mensal do médico-residente é de US$ 4 mil", destaca Mattos. Mais informações: www.stb.com.br.

Agfa HealthCare equipa Clínica Mais A Agfa HealthCare, fornecedora de soluções de TI para a área da saúde, reforça sua presença no Espírito Santo, após equipar a Clínica MAIS Medicina Diagnóstica. Foram investidos US$ 180 mil na aquisição de equipamentos de radiologia e diagnóstico por imagem, aliando modernidade, conforto e conveniência para os pacientes. Inaugurada em dezembro de 2011, a MAIS Medicina Diagnóstica conta com o DM-X da Agfa HealthCare, um digitalizador de última geração em radiologia computadorizada (CR). Trata-se da única solução de CR para mamografia digital, comercializado na Europa e Estados Unidos, que conta com as duas certificações internacionais mais importantes, a Food & Drug Administration (FDA) e certificado EUREF. Segundo o sócio diretor da Clínica, Ricardo Mello, a meta agora é ampliar a carteira de convênios para atender a uma parcela maior de pacientes. “Pretendemos também aumentar a nossa divulgação junto aos médicos da região para demonstrar os exames que realizamos, alguns deles exclusivos, e apresentar os nossos diferenciais, localizado no melhor ponto comercial de Vitória”, afirma


Albert Einstein renova infraestrutura de TI Com foco em melhorar a qualidade da prestação de serviços para os pacientes, ter uma infraestrutura para o crescimento e inovar, o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, está realizando modificações na sua área de TI. De acordo com o diretor de TI da instituição, Ricardo Santoro, o hospital está com dois projetos de implantação de um novo data center. "A modificação é para que o setor de TI tenha mais segurança e capacidade de expansão. Implantamos soluções de virtualização de servidores e racionalização de recursos em busca de conceitos mais modernos de otimização". O Albert Einstein também está instalando uma estrutura de Wi-fi, com o objetivo de suportar a implantação de novos projetos de RFID e dispositivos móveis. "Vamos estender o RFID para transporte de equipamentos. Estamos estudando também a possibilidade de utilizarmos o recurso para a localização de pacientes, médicos e equipamentos". Para este ano, o hospital está focado em trazer para sua rotina soluções de dispositivos móveis. "Nós vamos ter duas visões dentro de mobilidade. Uma focada em serviços para a parte médica e outra direcionada para pacientes. Dentro desses dois projetos, teremos outras ferramentas atreladas". Outra iniciativa que está sendo colocada em prática é a reavaliação de Business Intelligence em que o hospital pretende construir um novo dataware base. Santoro diz que a ferramenta tem o intuito de possibilitar que os usuários façam as suas pesquisas e criem relatórios. "Essa ação terá início entre maio e junho deste ano e vai durar em média dois anos", finaliza.

Fanem começa a fabricar na Índia A Fanem, fabricante brasileira de equipamentos médicos de neonatologia, já produz as primeiras unidades de seus equipamentos na recém-inaugurada fábrica situada na cidade de Bangalore, considerada a capital tecnológica da Índia. Da linha de produção já estão saindo os primeiros equipamentos da família de fototerapia Bilitron e das oxigenoterapias Babypap e Babypuff. Segundo o diretor industrial, Djalma Luiz Rodrigues, esta unidade começa a operar fabricando inicialmente duas linhas de produtos, para facilitar a assimilação dos processos pelos colaboradores indianos recém-contratados. Gradativamente, outros produtos, que já vem sendo exportados para a Índia, como as incubadoras e os berços, também serão fabricados em Bangalore para suprir a demanda na região.

“Estamos otimistas com a receptividade pelos nossos produtos na Índia, onde estamos conquistando muitos clientes, em um mercado onde já existiam players internacionais de peso em concorrências de hospitais importantes”, afirma. Nos últimos 12 meses, a Fanem entregou quase 500 equipamentos para hospitais de cidades indianas como Calcutá, Bangalore, Davanagere, Mumbai, Chandigarh e Chennai. A empresa brasileira venceu ainda, uma importante concorrência no país, equipando 100% da ala neonatal do novo hospital Bapuji Child Health Institute, com um lote completo de equipamentos, incluindo 36 Unidades de Cuidado Intensivo Ampla, além do Bilitron, Bilitron Bed, berços e incubadoras estacionárias e de transporte.

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Hospital Albert Einstein

40 anos do Hospital Israelita Albert Einstein

O Hospital Israelita Albert Einstein comemorou seus 40 anos, com direito a uma viagem pela história da sociedade, conduzida por Dan Stulbach e Eva Wilma.

Claudio Lottenberg, Ida Sztamfater, Floriano Pesaro, Lu Alkimin, Henry Sobel, Geraldo Alkimin Primeiro hospital fora dos Estados Unidos a obter a acreditação internacional da Joint Commission International (JCI) em 1999, o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) tem motivos de sobra para comemorar seus 40 anos de existência: são inúmeras as conquistas nas áreas de qualidade e sustentabilidade, os êxitos nos programas e procedimentos de alta complexidade, as aquisições no setor de tecnologia em saúde e várias as pesquisas e estudos realizados no Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. O resultado da filosofia de trabalho do Einstein é expresso em números. São sete certificações, além do selo de ouro da JCI: a certificação JCI na modalidade doença específica para o Centro de Atendimento ao Paciente com Acidente Vascular Cerebral, a acreditação do

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College of American Pathologists para a Patologia Clínica e Hemoterapia, do American College of Radiology para os serviços de Imagem (mamografia e ultrassonografia), da Associação Americana de Bancos de Sangue para a Hemoterapia, além das certificações ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (meio ambiente) e Leed (edificação sustentável/Green Building) para o pavilhão Vicky e Joseph Safra, inaugurado em 2009. É uma instituição jovem na cronologia temporal, mas extremamente madura em seu histórico de conquistas e realizações. Mais que um centro de atendimento de excelência em Medicina, é um pólo disseminador de modelos e práticas que contribuem para o desenvolvimento da Saúde, nacional e internacional.


Especial - Instituto de Oncologia e Hematologia

“40 anos é apenas o começo” No ano em que comemora seu 40º aniversário, o Hospital foi eleito, pela terceira vez consecutiva, a melhor instituição médica da América Latina pela AmericaEconomia Intelligence, entidade que anualmente avalia hospitais e clínicas dos países de acordo com critérios como segurança hospitalar, capital humano, gestão do conhecimento, dignidade do paciente e índice geral de qualidade. Apesar da idade, o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, mantenedora do Hospital, afirma que a instituição de saúde é ainda jovem ao considerar que na área da saúde os desafios se renovam em um ritmo avançado. “Tudo está mais complexo e desafiador. Por isso, na nossa jornada em prol da saúde, 40 anos é apenas o começo”, diz Cláudio Luiz Lottenberg recordando a história do HIAE, desde sua inauguração, em 1971. Ele assiná-la que naquela época o Brasil tinha 90 milhões de habitantes e não os 190 milhões de hoje. “No mesmo período, a população de São Paulo triplicou, passando de 3,7 milhões para mais de 11 milhões”, completa. O Hospital Israelita Albert Einstein comemorou seus 40 anos, com direito a uma viagem pela história da sociedade, conduzida pelo ator da rede Globo Dan Stulbach e um depoimento emocionante da atriz Eva Wilma. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e a senadora Marta Suplicy são algumas das autoridades que marcaram presença durante a cerimônia. Estiveram presentes também Aécio Neves da Cunha, Boris Ber, Ezra Moises Safra, João Carlos Saad, Ricardo Teixeira, Ronaldo Cezar Coelho, Claudio Sonder, médicos e membros da comunidade judaica. Cerca de 600 pessoas prestigiaram o evento. No final, os convidados ganharam um livro que conta a história das quatro décadas da instituição.

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Hospital Albert Einstein

Instituto de Oncologia Hematologia

O Instituto de Oncologia e Hematologia Einstein conta com uma completa plataforma de prevenção e combate aos diversos tipos de câncer, disponibilizando inúmeros recursos tecnológicos e serviços especializados com a excelência da medicina prática há mais de 40 anos por um dos melhores hospitais da América Latina.

O Instituto de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein é constituído de quatro unidades: • • • •

Internação Transplante de Medula Óssea (TMO) Quimioterapia Ambulatorial Radioterapia

A Unidade de Internação do Instituto de Oncologia e Hematologia Einstein dispõe de 31 leitos para internação de pacientes em tratamento clínico oncológico e hematológico. Neste setor, há cinco leitos com proteção radiológica para realização de tratamentos de iodoterapia e braquiterapia, além da utilização do Radiofármaco 177Lutécio–Octreotato para o tratamento de tumores neuroendócrinos.

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Especial - Instituto de Oncologia e Hematologia

Dr. Artur Malzyner Oncologista Clínico

Graduado na UNIFESP, com residência na Clínica Médica na Fa-culdade de Medicina da Universidade São Paulo e a seguir, residência em Oncologia no mesmo hospital. Na sequência fez o Fellowship em Oncologia, no National Cancer Center de Tokyo, com bolsa do governo japonês. Quando retornou ao Brasil, obteve o doutorado na Faculdade de Medicina da USP, onde manteve a atividade profissional. Sua atividade de oncologista confunde-se com a história do próprio Hospital Israelita Albert Einstein, onde exerce sua clínica privada há 35 anos. Obteve titulo de especialista pela SBOC-SociedadeBrasileira de Oncologia Clinica e pela Sociedade Europeia de Oncologia Medica-ESMO, tendo sido por esta qualificado e requalificado. É membro efetivo destas duas Sociedades bem como da ASCO-American Society of Medical Oncology. Revista do Câncer - Qual o diferencial do dos com o paciente oncológico permitiu HIAE no tratamento oncológico? ao HIAE estabelecer o seu padrão atual de atendimento. Dr. Artur Malzyner O HIAE foi um dos O tratamento oncológico hoje é baseado primeiros hospitais gerais privados que em reuniões multidisciplinares e multiproteve um serviço dedicado de Oncologia am- fissionais ("Tumor Boards"), clínicas mulbulatorial. Isto permitiu o desenvolvimento tidisciplinares de sub-especialidades onprecoce de uma estratégia multidisciplinar cológicas e teleconferências de supervisão e multiprofissional com foco na cura e bem- internacional com o MDAnderson Cancer Center. estar do paciente oncológico. Sempre fez parte da tradição do HIAE o Tudo isto visa obter consenso de conduta investimento em tecnologia diagnóstica e em todos os níveis, que aliado a melhor terapêutica de última geração, que se man- tecnologia e equipes profissionais, garante tém até hoje nos domínios de exames de o melhor tratamento personalizado, sem imagem, radioterapia, cirurgia minimam- acarretar ônus adicional significativo para o paciente e eliminando a necessidade de ente invasiva e em cirurgia robótica. Essa diversidade de vanguarda nos cuida- outros pareceres.

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Hospital Albert Einstein

Revista do Câncer - Como é trabalhada a dos naquela época para combater vários qualidade de vida dos pacientes oncológi- desses efeitos tóxicos, tendo sido praticacos no HIAE? mente abolido o problema de náuseas e vômitos e, solucionado em grande parte, Dr. Artur Malzyner - O HIAE desde o seu o da queda da imunidade. Procedimeninício tem se dedicado a educação em ser- tos como resfriamento do couro cabeludo viço de seus funcionários e ao controle de com uso de toucas durante a aplicação da qualidade. Essa dedicação garantiu o aten- quimioterapia têm sido utilizados para midimento humanizado e voltado às neces- norar a queda de cabelo, embora que com sidades personalizadas de cada paciente, custo desproporcional a sua eficiência. antes mesmo disto ter se tornado um item Na última década, a pesquisa por novos de qualificação hospitalar. medicamentos anticâncer voltou-se aos O HIAE foi também o primeiro hospital a inibidores dirigidos a mutações das células conquistar a acreditação internacional, gra- malignas, como por exemplo, os anticorças à sua política de excelência em todas as pos e os inibidores enzimáticos de procesetapas de atendimento, que hoje dão apoio sos metabólicos da célula cancerosa. Estes à Oncologia Clínica. Atitudes muitos sim- medicamentos tem efeito muito mais esples como a personalização de cardápios pecifico e por tanto uma toxicidade muito especiais, atendimento a necessidades menor do que a quimioterapia tradicional. especificas de pacientes estrangeiros sem Contudo, a quimioterapia segue sendo muidomínio da língua e de idosos desacom- to usada ainda de maneira isolada ou aspanhados são rotina no HIAE. Além disso, sociada aos agentes dirigidos , sendo que o paciente tem dentro do HIAE um setor esta ultima modalidade, combinada, tem voltado a abordagem holística de seu trata- produzido os melhores resultados terapêumento, além das melhores equipes de pro- ticos e é a provável via que nos levará ao fissionais paramédicos o que buscam um controle definitivo do câncer. atendimento integrado. Revista do Câncer - Existe alguma novidade em medicamentos para os efeitos colaterais da quimioterapia? Dr. Artur Malzyner - O tratamento do paciente oncológico com medicações evoluiu muito. Até a virada do milênio, este tratamento era baseado em quimioterapia, drogas voltadas a impedir a proliferação das células. Isto ocasionava todo um conjunto de efeitos tóxicos clássicos, tais como as náuseas, vômitos, anemia, perda de cabelos e baixa de imunidade. Muitos medicamentos foram desenvolvi-

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Dr. Artur Malzyner


Especial - Instituto de Oncologia e Hematologia

Especialistas de diferentes áreas trabalham juntos no tratamento do câncer, trazendo bemestar e qualidade de vida aos pacientes A descoberta e o tratamento do câncer levam, por vezes, as pessoas a um estado de fragilidade, provocando mudanças físicas, emocionais e na rotina diária. Além disso, não é raro que o indivíduo tenha que ir de consultório em consultório para confirmar a doença e saber como ela pode ser tratada. Uma nova abordagem, mais humanizada e multidisciplinar, procura não apenas acabar com essa peregrinação, mas sobretudo melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Adotado em algumas instituições de saúde no Brasil, ela desponta como uma forte tendência na área de oncologia, em todo o mundo. Trata-se de um novo jeito de olhar o paciente, que vai muito além da preocupação com a doença. O foco é o indivíduo, seu bem-estar físico, psicológico, emocional e espiritual. Para que isso aconteça, um grande número de especialistas – oncologista clínico, hematologista, cirurgião, radioterapeuta e fisioterapeuta, entre outros – trabalham de modo integrado para

suprir as diferentes necessidades do paciente com câncer. “O conhecimento cresceu de tal forma que não é mais possível que um único profissional domine a informação. A medicina deverá ser cada vez mais exercida por uma equipe, sob a coordenação de um médico e dentro de uma visão humanizada de cuidado com o paciente”, afirma o Dr. Nelson Hamerschlak, coordenador do Programa de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Segundo ele, a evolução tecnológica observada nas últimas duas décadas impactou a relação médico-paciente. “Chegou-se ao exagero de conversar pouco durante a consulta, achando que as máquinas e os laboratórios poderiam dar conta das questões não resolvidas no exame clínico. A tecnologia é fundamental, mas não é suficiente. A cura envolve outros aspectos”, ressalta o Dr. Hamerschlak.

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Dr. Nelson Hamerschlak, Coordenador do programa de oncologia e hematologia e transplante de medula óssea

Especialista em Hematologia, Hemoterapia e Transplantes de Medula Óssea pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Doutor em Imunologia pela Universidade de São Paulo e Ex fellow da "Cornell University Medical Center e do The New York Blood Center". No Einstein desde 1978. Médico formado na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) Revista do Câncer - Como é o transplante de medula óssea para o paciente de oncologia? Dr. Nelson Hamerschlak - O transplante de medula óssea é particularmente indicado em Oncologia em casos específicos das seguintes doenças: Leucemias, Linfomas, Mieloma Múltiplo, Tumores pediátricos e tumores de testículo. Revista do Câncer - Os resultados de transplante de medula óssea no HIAE são positivos?

de transplantes. O Einstein foi um dos 3 centros de transplantes pioneiros no Brasil e o primeiro centro privado do País. Reúne uma equipe multiprofissional composta de hematologistas, oncologistas, hemoterapeutas, nutricionistas, dentistas, enfermeiras, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais que se reúnem para avaliar e seguir cada caso. Revista do Câncer - Existe algum risco para o paciente no transplante de medula óssea?

Dr. Nelson Hamerschlak - Sim, o transDr. Nelson Hamerschlak - Os resultados plante de medula óssea é um procedimende transplantes do Hospital Israelita Albert to de risco . Dependendo do tipo de transEinstein são monitorizados ano a ano em plante e da gravidade do paciente o risco comparação aos da literatura e também de óbito varia de 3 a 30%. Além disso, há com relação ao nosso principal parceiro na risco de infecções, sangramentos e reações área de Oncologia que é o MD Anderson imunológicas como rejeição ou doença do Câncer Center de Houston, EUA. Os Resul- enxerto versus hospedeiro que é uma espétados são semelhantes a este e aos mel- cie de rejeição ao contrário. Isto é a meduhores centros da especialidade do mundo. la implantada rejeita o receptor causando Este ano, estamos completando 25 anos complicações de pele, fígado ou intestino.

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Especial - Instituto de Oncologia e Hematologia

Hospital Israelita Albert Einstein foi o primeiro a realizar cirurgias oncológicas do tórax da América Latina com robô da Vinci A robótica vem revolucionando a forma de se realizar cirurgias no mundo e o Einstein acaba de proporcionar mais um avanço nesta área. Hospital Israelita Albert Einstein foi o primeiro a realizar cirurgias oncológicas do tórax da América Latina com robô da Vinci. Após vários anos de experiência nos Estados Unidos, praticando técnicas minimamente invasivas e utilizando o robô, o cirurgião Dr. Ricardo Santos, planejou detalhadamente a implementação da técnica na Instituição - que já contava com procedimentos deste tipo nas áreas de cardiologia, cabeça e pescoço, urologia, ginecologia e gastroenterologia. "É uma revolução nas cirurgias torácicas, já que o corte no esterno (o osso do peito) e nas costelas, que

pode chegar a 15 cm de comprimento, é substituído por três incisões de apenas 2 a 5 cm cada", explica o médico. Para o médico, os benefícios maiores não são apenas para os pacientes, mas também para os cirurgiões, que realizam a operação de um console localizado a cerca de dois metros da mesa cirúrgica, com visão melhorada e maior riqueza de movimentos dos instrumentais. "A visualização do da Vinci supera em muito à da cirurgia videoassistida convencional. Além de ser em alta definição, é em 3D, dando ao médico melhor noção espacial. Os instrumentos filtram qualquer tremor e colaboram para maior destreza durante o procedimento", afirma.

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Dr. Antonio Luiz Vasconcellos Macedo Graduou-se em Medicina na Universidade de São Paulo ( FMUSP) em 1973. Fez residência em Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo na Universidade de São Paulo (FMUSP). É Especialista em Cirurgia Geral e Gastrocirurgia pelo Mec, e Mestre pela Universidade de São Paulo (FMUSP). Em março de 2009 alcançou o inédito feito de realizar no Hospital Israelita Albert Einstein a Primeira Gastroduodenopancreatectomia (GDP) Laparoscópica Robótica do Hemisfério Sul, , tornando-se em outubro de 2009 Membro Fundador da Robotic Surgery Association (CSRA, e em dezembro o Presidente do Comitê Multidisciplinar de Cirurgia Robótica e Minimamente Invasiva.

Revista do Câncer -Como tem sido o resultado das cirurgias realizadas com o Da Vinci? Dr. Antonio Luiz - São bastante promissoras e permitem o uso da cirurgia minimamente invasiva em regiões como, esôfago, pâncreas e reto, onde a cirurgia laparoscópica tem suas limitações.

ma de vídeo, redução do sangramento e alta mais precoce. Revista do Câncer - Como está sendo feito o treinamento dos profissionais com o Da Vinci?

Dr. Antonio Luiz - Através de cursos com o uso de simulador, aulas teóricas, acompanhamento de cirurgia ao vivo e participação de cirurgiões habilitados com orientador para Dr. Antonio Luiz - Menos dor, precisão ab- cirurgias e com médicos ainda em face de hasoluta nos movimentos, estabilidade de siste- bilitação. Revista do Câncer - Quais as vantagens de uma cirurgia com o Da Vinci?

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Especial - Instituto de Oncologia e Hematologia

PESQUISA EM ONCOLOGIA A oncologia como qualquer outra área da medicina se baseia em estudos clínicos. Cada estudo clínico, por sua vez, procura responder a uma pergunta ou dúvida existente. O conjunto das respostas geradas por diversos estudos clínicos é a base do conhecimento oncológico e a cada dia novas respostas são acrescentadas ao cabedal de conhecimento já existente. Muitas vezes contraditórios, os resultados de estudos clínicos motivam outras pesquisas para solucionar a controvérsia. Estudos e mais estudos são assim constantemente publicados aumentando diariamente a literatura com novos conceitos que confirmam ou derrubam as ideias até então vigentes. Este é um movimento constante e progressivo cujo domínio pelos profissionais da área é essencial e atualmente profundamente dependente das tecnologias de informática e de comunicação. Achar uma resposta depende muitas vezes de uma pesquisa cuidadosa da literatura e da troca de experiências com outros profissionais. Ao final, com as alternativas à mão a escolha envolve uma análise e discussão franca de benefícios, riscos e custos do tratamento escolhido com o paciente. A existência de estudos clínicos reflete a necessidade de se obter dados reprodutíveis e assim evitar que a enorme variabilidade inerente à observação de efeitos terapêuticos em seres humanos leve a conclusões errôneas

(obra do acaso). Através dos estudos clínicos converte-se erros e acertos em conhecimento útil para a confecção de novos estudos e também para tratar os pacientes na prática clínica diária. Cada estudo é comparável a um tijolo de uma infindável construção que é o conhecimento médico. Da solidez (reprodutibilidade) dos dados de cada estudo depende a estabilidade da estrutura maior desta construção (conhecimento médico). A maior diferença entre tratar um paciente dentro ou fora de um estudo clínico é que o estudo sempre gera conhecimento. As observações ocasionais feitas ao longo do tratamento de um paciente fora de estudo são úteis para formular hipóteses que se incorporarão ao conhecimento apenas se reproduzidas por futuros estudos clínicos. Atualmente, procura-se através da associação entre várias instituições de pesquisa, incluir números maiores de pacientes em estudos clínicos (Estudos Multi-institucionais). Esta política visa aproveitar ao máximo cada caso individual como uma fonte potencial de conhecimento oncológico. Para o paciente, tratar-se participando de um estudo pode abrir a possibilidade de ele receber uma medicação potencialmente superior ao tratamento padrão vigente (no entanto o estudo pode também acabar demonstrando que a nova medicação é menos eficiente, ou até mais tóxica).

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Como o estudo pode ser iniciado O estudo só pode ser iniciado após a confecção de um protocolo de pesquisa pelo pesquisador que o idealizou (pesquisador responsável). O protocolo explicita o objetivo básico do estudo, quais os critérios para a inclusão ou exclusão de pacientes, os métodos experimentais (doses e periodicidade das drogas, testes laboratoriais necessários, etc) e métodos estatísticos a serem seguidos (maneira de alocar pacientes para os diferentes grupos experimentais, número total de pacientes necessários, datas para a análise intermediária dos dados, etc). O protocolo também deve, além de tornar claro quais são os seus objetivos, explicar como mensurá-los de maneira objetiva para quantificar o efeito dos tratamentos experimentais propostos. Para evitar abusos e garantir a segurança dos pacientes , estudos clínicos só podem ser conduzidos por pesquisadores idôneos após aprovação pelo Comitê Científico e de Ética de suas Instituições de Pesquisa. Portanto, antes de um estudo ser aprovado é necessário que o protocolo de pesquisa a ser seguido seja analisado por um comite científico formado por médicos e profissionais de saúde não médicos (estatísticos, enfermeiras etc). O objetivo deste comitê é assegurar que a proposta de estudo seja válida do ponto de vista científico e de que o desenho experimental escolhido para abordá-la seja adequado. Após a passagem pelo Comitê Científico o protocolo de pesquisa é então submetido a um Comitê de Ética formado por profissionais médicos, não médicos

da área de saúde e por leigos (religiosos, advogados etc). O objetivo do Comitê de Ética é garantir a segurança dos pacientes incluídos no estudo. Assim, necessitamos saber se os riscos envolvidos são aceitáveis, se há mecanismos para monitorar os pacientes durante a pesquisa, diagnosticar efeitos tóxicos do tratamento e tratá-los precocemente, se esclarecimentos adicionais devem ser fornecidos aos pacientes antes de serem incluídos no estudo, etc. Uma vez que o protocolo tenha sido aprovado pelos Comitês Científico e de Ética, ativa-se o estudo e inicia-se a inclusão de pacientes no mesmo. A participação em um estudo clínico pressupõe, entretanto, a ciência de cada paciente sobre todos os seus detalhes, riscos potenciais e alternativas terapêuticas caso o mesmo não eleja participar no estudo em questão. Esta decisão envolve o médico assistente, o paciente e sua família e deve ter um caráter aberto e permitir que se esclareçam todas as dúvidas existentes. Deve-se também ressaltar o caráter experimental do tratamento, ressalvando que não se sabe exatamente qual será o real impacto do mesmo sobre a doença do paciente. Uma vez esclarecidos todos estes pontos, a anuência do paciente se materializa na assinatura de um Consentimento Informado ("Informed Consent") que contém toda a informação sobre toxicidades, alternativas e detalhes do estudo por escrito e de forma inteligível e clara para um leigo

Tipos de estudo clínico

Os estudos clínicos podem ser prospectivos ou retrospectivos. O estudo prospectivo é aquele que ocorre baseado em um protocolo de pesquisa e inclui pacientes após a idealização do protocolo. Ou seja, só após se conceber um plano de pesquisa é que se inicia o recrutamento de pacientes. O estudo retrospectivo, por outro lado, se baseia em dados que foram acumulados antes de sua concepção. Os estudos retrospectivos geralmente se baseiam em levantamentos do que

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ocorreu, por exemplo, com pacientes tratados com uma droga específica ou de uma forma especial durante um certo período de tempo em uma dada instituição. Devido a diversas falhas e variabilidades existentes nos estudos retrospectivos, os estudos clínicos prospectivos são superiores aos retrospectivos do ponto de vista científico. Os estudos prospectivos podem ser randomizados ou não, baseando-se na maneira pela


Especial - Instituto de Oncologia e Hematologia qual os pacientes são alocados aos grupos experimentais e controle. A randomização é um processo que distribui os pacientes entre estes grupos ao acaso (por um tipo de sorteio), ou seja, impede que haja seleção consciente ou inconsciente de pacientes para um grupo ou outro por parte do pesquisador. Para garantir ainda mais a imparcialidade na condução da pesquisa, o estudo prospectivo randomizado pode ainda ser conduzido de maneira que nem o doente, nem o médico assistente saibam qual é a medicação que o paciente está tomando (estudo prospectivo randomizado duplo cego). Desta maneira, elimina-se também o sugestionamento do médico e do paciente que poderia advir do prévio conhecimento do tipo de tratamento ministrado. O processo de descoberta de novas drogas oncológicas exemplifica bem os tipos de estudo prospectivos hoje existentes. Suponhamos que haja evidência de que uma determinada planta tem um princípio ativo com atividade antitumoral. Inicialmente procura-se através de estudos bioquímicos fracionar o extrato desta planta e obter a fração específica com atividade antitumoral que é testada em culturas de células oriundas de diversos tipos de tumor (estudos in vitro). Posteriormente já de posse da fração específica dá-se início a estudos pré-clínicos onde animais portadores de tumores experimentais são tratados com doses crescentes desta fração. Procura-se aqui definir se há ou não atividade antitumoral in vivo, quais as toxicidades desta nova droga nos diversos orgãos destes animais. Iniciam-se em seguida estudos em seres humanos de Fase 1. Estes estudos visam apenas estudar a farmacologia da droga tratando pacientes com doses crescentes da droga. Mede-se, entre outros parâmetros, qual é a taxa de eliminação da droga, quais os tecidos do corpo para os quais ela se distribui e em quais concentrações e as toxicidades encontradas para cada nível de dosagem da droga. Obviamente ao se chegar a um nível de toxicidade inaceitável o aumento da dose é abortado e se define a Dose Máxima Tolerada (MTD) da droga em questão como um nível inferior àquele que produziu a toxicidade responsável

pelo término do estudo. Estes estudos geralmente são oferecidos a pacientes para os quais já não há alternativas terapêuticas desde que estejam em condições clínicas para enfrentar o estudo e concordem em participar dele. Apesar de poderem ocorrer respostas tumorais, o objetivo deste tipo de estudo é apenas definir a farmacologia da droga e a dose aceitável do ponto de vista de toxicidade. Portanto não podemos prometer aos pacientes que queiram participar nenhum tipo de resposta antitumoral nesta fase de estudo da nova droga experimental. Uma vez definida a MTD em estudos de Fase 1 iniciam-se os estudos de fase 2 onde grupos de pacientes com certos tipos de tumor são tratados com a droga na dose igual à MTD. Define-se nestes estudos a atividade da droga em questão para cada tipo de tumor estudado e, se a droga for ativa, passa-se à Fase 3. O objetivo dos estudos de Fase 3 é comparar a nova droga com o tratamento padrão vigente até o momento do estudo. Procura-se saber se a nova droga é melhor, igual ou pior do que o atualmente utilizado para tratar o tipo de tumor para o qual ela é ativa. Com esta finalidade usase, geralmente, um desenho de um estudo prospectivo controlado randomizado para conduzir os estudos de Fase 3. Nas fases 2 ou 3 geralmente se a droga parece ser ativa em certos tipos de tumor ela é aprovada para uso comercial expandindo muito a sua aplicação até então restrita apenas às Instituições de Pesquisa. Os estudos de Fase 4 ocorrem, então, após a comercialização da droga e visam expandir o conhecimento sobre toxicidades mais raras que não apareceram ou foram infrequentes nos estudos iniciais de fase 2 ou 3. Para o paciente que lê esta descrição, vale mencionar que recomendamos sempre que se discuta abertamente com o médico a possibilidade de participar de um estudo clínico, especialmente nas situações nas quais as opções de tratamento tenham uma expectativa de sucesso limitado.

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Hospital Albert Einstein

Dr. Oren Smaletz Coordenador do núcleo de estudos clínicos em câncer do Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1995) , residência-medica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (1998) e aperfeiçoamento em Oncologia e Hematologia pela Memorial Sloan Kettering Cancer Center (2002). Atualmente é Membro de corpo editorial da Einstein (São Paulo), Conselheiro Consultivo do Grupo Brasileiro Oncológico Cooperativo e Médico Oncologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. que podem melhorar os resultados do tratamento atual do câncer e a possibilidade de receber medicações que ainda não estão Dr. Oren Smaletz - É a visão completa do aprovadas pelos órgãos reguladores (i.e. paciente, pois é visto por vários profissio- Anvisa) nais. O paciente tem a sua disposição os melhores profissionais com os últimos Revista do Câncer - Os resultados do Cenavanços tecnológicos do tratamento do tro de Pesquisa em Câncer do HIAE são positivos? câncer Revista do Câncer - Qual o diferencial do HIAE no tratamento oncológico?

Revista do Câncer - Qual a importância Dr. Oren Smaletz - Participamos de alem ter um centro de pesquisa ligado a um gumas pesquisas que foram importantes para a aprovação de medicamentos pelos hospital? órgãos reguladores. Outras pesquisas, geDr. Oren Smaletz - A possibilidade de tra- raram mais dúvidas e então são investigazer para os pacientes novas medicações das em novas pesquisas.

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