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Expediente Volume XVI - Nº 34 - 2012
Panorama Atual da Cardiologia no Brasil e no Mundo Conselho Editorial Presidente: Dr. Mário F. de Camargo Maranhão Conselheiros: Dr. Armênio Guimarães Dr. Fabio Fernandes Dr. Evandro Tinoco Mesquita Dr. Jorge Pinto Ribeiro Dr. Michel Batlouni Dr. Miguel Barbero Marcial Dr. Nabil Ghorayeb Lúcida Artes Gráficas Ltda Rua Carneiro da Cunha, 212 sl 3 11-2339-4711 / 2339-4712 E-mail: lucida.editorial@bol.com.br Diretor - Editor Responsável Dr. J. Márcio da S. Araújo j.marcioaraujo@bol.com.br Depto Comercial Gilberto Cozzuol Administração Yvete Togni Redação Cassiana Zanini Agradecimento: Assessoria de Imprensa do Hospital Albert Einstein
As opiniões expressas ou artigos assinados são de responsabilidade dos autores.
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Editorial 4 décadas de excelência.
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naugurado em, 1.971 o Hospital Albert Einstein foi um importante passo na concretização do sonho de um grupo de pioneros que em 1955, liderado pelo médico Manoel Tabacow Hidal, havia criado a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein - SBIBAE - para construir um centro de excelencia em saúde em retribuição da comunidade judaica ao País que tão bem os recebeu. Hoje, temos um complexo hospitalar que venceu todos os desafios que surgiram nestas 4 decadas de existencia. Dentre os fatores chave que fazem do Einstein um polo de excelência, merece destaque a qualidade de seu corpo clínico, composto poor cerca de 5 mil médicos de mais de 50 especialidades e de toda uma ampla equipe de profissionais de enfermagem e outras areas de apoio. Entendendo a dimensão que cada individuo representa o Einstein vem investindo na adoção do mais avançados critérios internacionais de atendimento hospitalar humanizado. A SBIBAE, atua em três frentes integradas e igualmente importantes a assistência à saúde, a responsabilidade social e a geração e difusão do conhecimento. Dedicamos essa edição aos 40 anos do hospital Albert Einstein e desejamos que essas 4 decadas sejam apenas o começo dessa jornada que se funde com a historia da medicina nacional. Boa leitura a todos. O editor
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Sumário Cardio Life................................................................06 notícias sobre bem estar, saúde, nutrição
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Cardio News............................................................10 Noticias sobre Lançamentos de novos medicamentos, Mercado Hospitalar e Farmacêutico
Evento..........................................................................16 Cobertura e divulgação de eventos da àrea
16 Perfil............................................................................19 Homenagem a um profissional do setor médico Dra. Amanda Sousa
Materia de Capa...................................................20
Homenagem aos 40 anos do Hospital Albert Einstein
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Artigo...........................................................................40 assinado pelo Dr. André Luiz Togni Barros
Opinião......................................................................42
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Dr. Adib Jatene Dr. Renato Françoso Roberto Luiz d´Avila
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Cardio Life Consumo de carne vermelha eleva risco de morte em até 20% Estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que o consumo contínuo de carne vermelha está associado com maior risco de morte, especialmente por câncer e doenças cardiovasculares. Em contrapartida, a substituição da carne vermelha por outras fontes de proteína, como peixes, frango, castanhas e legumes reduz o risco de morrer. Segundo o Dr. Frank Hu, coordenador da pesquisa, as análises envolveram 37.698 homens e 83.644 mulheres, que tiveram sua saúde monitorada por 22 anos e 28 anos, respectivamente, e, a cada quatro anos, suas dietas eram aferidas. O consumo regular de carne vermelha, sobretudo das processadas (salsichas, mortadela, bacon, etc), foi associada a um maior risco de morte de até 20%. Já as carnes não processadas, como os bifes, aumentam o risco de morrer em até 13%. O aumento de morte por doenças cardiovasculares variou entre 18% e 21%, e o por câncer entre 10% e 16%. "Nosso estudo adiciona novas evidências dos riscos à saúde de se comer grandes quantidades de carne vermelha, o que já foi associado com diabetes tipo 2, doenças coronarianas, derrame e determinados cânceres em outros estudos", dizem os pesquisadores.
Se movimente mais no trabalho e tenha uma vida mais saudável A rotina diária de empregos em escritórios faz com que muita gente passe boa parte do dia sentada em suas mesas, se movimentando muito pouco. Quando chegam em casa, essas pessoas já estão cansadas, e acabam ficando mais tempo ainda sentadas e inertes. Longos períodos de imobilidade são muito prejudiciais para o corpo. De acordo com uma pesquisa australiana, ficar sentado durante uma hora a mais todos os dias aumenta os riscos de morte dentro de seis anos em 11%. Outro estudo, publicado em 2010 no periódico Journal of Epidemiology, indica que homens que ficam sentados durante seis horas diariamente correm riscos 20% maiores de morrerem em 14 anos do que os que passam apenas três horas por dia sentados ou menos. Para mulheres, essa taxa foi de 60%. Veja abaixo algumas dicas que irão te ajudar a encontrar formas de se movimentar mais durante o horário de trabalho: •Ao invés de usar o telefone ou o email para perguntar algo a um colega, saia da sua mesa e vá pessoalmente até ele. •Marque de encontrar um colega para fazer café ou tomar água em um momento do dia, e ao invés de ficar sentado, ande pelo escritório. •Tente encaixar uma pequena caminhada durante o seu horário de trabalho, e faça questão de fazê-la, evitando desculpas para ficar sentado. •Prefira usar as escadas ao invés do elevador. Se o seu escritório ficar em um andar muito afastado do térreo, desça do elevador alguns andares antes e siga o restante a pé. •Após o trabalho, não passe o dia no sofá. Realize atividades que vão fazer com que você se movimente, aproveitando a oportunidade para passar mais tempo com a família ou amigos. Fonte: My Health News Daily, 14 de março de 2012
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Solidão pode matar A solidão pode desencadear uma série de impactos negativos na saúde de uma pessoa, causando males físicos e ainda mais dano ao estado emocional do indivíduo. De acordo com pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA), o isolamento social está associado ao endurecimento das artérias, maiores taxas de inflamação no corpo e até mesmo problemas com o aprendizado e a memória. Outro aspecto negativo desse mal é que ele traz ainda mais solidão, fazendo com que o indivíduo veja suas próprias interações sociais como mais negativas e formem impressões piores das pessoas. E os efeitos nocivos da solidão não são vistos apenas em humanos. Até mesmo moscas de frutas, quando isoladas das outras, têm piores quadros de saúde e morrem antes de insetos que interagiram com outros. “Assim como a ameaça da dor física, a solidão protege o seu corpo social. Ela avisa quando as conexões sociais começam a se desgastar, fazendo com que o cérebro entre
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em alerta para ameaças sociais”, explica o pesquisador John Cacioppo. “Estar solitário pode produzir hiper-reatividade a comportamentos negativos em outras pessoas, então pessoas solitárias vêem esses maus tratos como sendo mais pesados. Isso aumenta a probabilidade de que (a pessoa) caia ainda mais dentro da depressão”, completa. Ou seja, a solidão não é apenas algo que faz com que as pessoas se sintam infelizes. Ela é um risco para a saúde mental e física do indivíduo. É normal que todos se sintam isolados socialmente em algum momento de suas vidas, mas caso o sentimento se torne muito forte é importante que a pessoa procure ajuda profissional. Solidão pode matar Fonte: Live Science
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Cardio Life Como ter uma vida saudável depois dos 60? Apesar de ser considerado ainda um país de jovens, aproximadamente 11% da população brasileira é composta por indivíduos com mais de 60 anos. Estima-se que em 2025 o Brasil terá a sexta maior população de idosos do mundo. Em números absolutos provavelmente teremos quase 40 milhões de idosos. O segredo para a manutenção da saúde na velhice é entendermos a necessidade de prevenção e de adotarmos um estilo de vida saudável, não só após os 60 anos, mas em todas as idades. Por isso, é fundamental uma alimentação mais saudável, evitando excessos calóricos, de sal, de açúcar, de álcool, de frituras, e a manutenção do peso dentro de uma faixa adequada. Praticar exercícios físicos regularmente também é muito importante. Nessa faixa etária, sugerimos atividades aeróbias de baixo impacto, como caminhada, natação, hidroginástica, dança, trabalhos resis-
tidos como a ginástica localizada, musculação e trabalhos com alongamento buscando a manutenção da flexibilidade, mobilidade e equilíbrio. Cuide-se, pratique exercício físico e tenha uma vida regrada, para desfrutar a terceira idade com saúde. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia
10 dicas para combater o colesterol
Você sabia que com uma alimentação mais saudável é possível reduzir sua taxa de colesterol ruim, o LDL? Confira 10 dicas para se proteger deste inimigo da saúde cardiovascular: •Coma mais frutas e vegetais; •Inclua peixe grelhado ou assado e menos carnes fritas em suas refeições; •Pratique exercícios físicos; •Deixe de fumar •Priorize alimentos ricos em fibras, como aveia, pães integrais e maçãs. As fibras ajudam a reduzir as taxas de colesterol; •Limite a ingestão de gorduras saturadas, como gordura de derivados de leite; •Limite os alimentos ricos em colesterol, como gema de ovo e fígado; •Utilize derivados de leite pobres em gordura, leite desnatado, iogurte desnatado e sorvetes light; •Evite frituras; •Evite lanches rápidos como cachorro-quente e sanduíches gordurosos. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia
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CardioNews GE investirá US$ 6 bilhões em tecnologia para área de saúde Com um faturamento de cerca de US$ 150 bilhões no mundo, aproximadamente 250 mil funcionários, a GE é uma das maiores organizações do planeta, atuando em segmentos como aviação, energia, serviços financeiros, água, saúde, entre outros. A empresa americana planeja investir US$ 6 bilhões em TI em saúde em termos globais. No Brasil Brasil representa atualmente em torno de 6% da receita global da empresa americana. No entanto, a tendência dos países emergentes é de crescimento vertiginoso. Para o segmento de saúde no País, a empresa anunciou, uma parceria de formação profissional para
técnicos em saúde com o Senai-SP. O presidente da companhia para a América Latina, Rogeriu Patrus, informou que a fábrica da GE, localizada em Contagem (MG), receberá melhorias e novos profissionais, chegando a 750 até 2014. “PET-CT e Ressonância Magnética estão em fase de aprovação para serem fabricados em Contagem”, adianta Patrus. Cerca de R$ 550 milhões serão investidos no Brasil em 2012: US$ 170 milhões serão direcionados ao Centro de Pesquisa no RJ, e geração de 200 empregos inicialmente; novas linhas de produto e expansão da capacidade produtiva com investimento de aproximadamente US$ 200 milhões e aproximadamente US$ 200 milhões para a área de energia.
B. Braun entra no mercado MSD forma joint-venture de diagnóstico genético com Cristália e Eurofarma O Grupo B. Braun adquiriu uma participação de 20% na empresa CeGaT GmbH, na Alemanha, fazendo sua primeira incursão no mercado de diagnóstico genético. Como provedora de serviços de médio-porte no campo da biotecnologia, a CeGaT vem fornecendo o seqüenciamento de genes e a análise bioinformática dos dados gerados desde 2009. Segundo a B. Braun, a CeGaT foi a primeira empresa de biotecnologia do mundo a usar, com sucesso, a nova tecnologia de Seqüenciamento de Última Geração para diagnósticos genéticos tradicionais. Sua técnica de desenvolvimento de “Painéis de Diagnóstico” permitiu o seqüenciamento simultâneo de todos os genes associados a uma determinada doença. Entre os principais objetivos da parceria estratégica estão melhorar ainda mais a tecnologia dos Painéis de Diagnóstico existentes e a comercialização destes painéis para novos países.
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A multinacional americana MSD (Merck & Co) formou uma joint venture com a Supera, empresa criada no ano passado pelos laboratórios nacionais Eurofarma e Cristália. A nova companhia, a Supera RX, nasce com um portfólio com cerca de 30 medicamentos e deverá incorporar, no médio prazo, remédios inovadores das três farmacêuticas. As informações são do jornal Valor Econômico. Segundo a reportagem, a MSD terá participação de 51% nessa nova empresa. Cristália e Eurofarma ficam com 24,5% cada. A Supera RX – as duas letras significam medicamentos de prescrição médica – vai absorver uma boa parte do “pipeline” (produtos em desenvolvimento) de suas empresas controladoras, que vão manter seus negócios independentes da recém-criada companhia.
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Roche firma parceria com Technoclone para expandir portfólio em diagnóstico de coagulação Parceria com companhia austríaca expande portfólio de reagentes A Roche acaba de estabelecer uma parceria estratégica com a Technoclone, empresa austríaca especializada em reagentes para diagnósticos cardiovasculares e de trombose. Com a aliança, a Roche trará ao mercado um novo portfólio para análise de hemostasia (processo fisiológico encarregado de evitar a perda sanguínea em caso de lesões vasculares).
Grupo Roche na busca de alcançar e entregar soluções personalizadas para atender as mais diversas necessidades clínicas e laboratoriais presentes hoje e no futuro.
De acordo com o diretor global da Roche Professional Diagnostics, Colin Brown, a iniciativa do grupo é mais um reforço para os investimentos no mercado de coagulação. “A experiência da Technoclone e sua proximidade com a comunidade científica está alinhada ao objetivo da Roche de levar progressos em saúde para os pacientes. Isso inclui compromissos conjuntos em pesquisa clínica e desenvolvimento de futuros reagentes como novas técnicas de diagnóstico que se tornarão fatores integrantes nas opções de tratamento específicos no futuro”, afirma Brown. A companhia com sede em Viena foi fundada em 1987 e possui mais de dez patentes internacionais em diagnóstico e terapia de doenças vasculares, além de cooperar firmemente com universidades e centros de pesquisa. A aliança reforça a posição única do
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CardioNews STERIS é líder mundial em prevenção de infecções A STERIS é líder mundial em prevenção de infecções, controle de contaminações e tecnologias cirúrgicas. Possui atendimento emergencial com uma longa lista de tecnologias e serviços inovadores, bem como milhares de clientes em mais de 60 países. Embora a empresa tenha sido fundada como Innovative Medical Technologies em 1985 e renomeada STERIS em 1987, o histórico vem desde 1894 com a fundação da American Sterilizer Company (AMSCO), uma inovadora líder mundial da área de esterilização. Atualmente, por uma série de aquisições estratégicas – como a de 2011, quando a SERCON passou a ser uma empresa STERIS - e de inovação contínua de novos produtos, a STERIS mantém uma das carteiras mais amplas de produtos no setor liderando os esforços para impedir infecção e contaminação na área da saúde - e está sempre ampliando seu alcance com produtos para também atender as necessidades de outros mercados.
Dasa investe R$ 35 mi em marca para público AAA Com um investimento de R$ 35 milhões, a marca Alta Excelência Diagnóstica, pertencente à Dasa, inicia suas atividades em São Paulo, com a inauguração da primeira unidade nos Jardins. O objetivo da empresa é ser uma opção em diagnóstico para o público AAA. Além da unidade nos Jardins, ainda este ano, a empresa pretende inaugurar duas unidades, sendo uma no Parque Ibirapuera e a outra em Alphaville. O intuito é ter oito unidades em funcionamento até 2015. De acordo com o presidente da Dasa, Marcelo Noll Barboza, a marca possuía uma demanda de 500 exames de imagem por mês, sem o lançamento oficial. Para as primeiras três unidades foram investidos R$ 23 milhões em novos equipamentos como PET-CT (Discovery 690 com CT de 64 canais (128 projeções)/GE), Ultrassom (IU 22/Philips) e Ressonância Magnética 3 Tesla (Verio/Siemens) e 1.5
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Tesla (Espree/Siemens), encontrados em centros de referência mundial. De acordo com a empresa, a marca tem o objetivo de conciliar medicina diagnóstica com o conceito de hotelaria. A diretora do Alta Excelência Diagnóstica, Claudia Cohn, conta que a empresa quer tornar o momento de realização dos exames, em que o cliente está frequentemente mais frágil, em uma experiência diferenciada. As unidades dispõem de atendimento com hostess bilíngue, acompanhamento constante no atendimento e check-in individualizado. Além disso, a marca oferece atendimento móvel. Na coleta de análises clínicas, oferece o Accuvein, dispositivo portátil do mercado, cuja finalidade é facilitar a localização do acesso venoso. O equipamento é útil na punção de pacientes idosos, pediátricos, com acesso venoso difícil, ou para os pacientes com medo da punção.
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Doença crônica tratada de forma errada pode elevar o gasto com medicamentos em até 481% Estudo mostra que doenças crônicas, como a hipertensão, o diabetes e a dislipidemia (colesterol elevado), se não tratada corretamente, pode elevar em até 481% os gastos com medicamentos. Participaram do estudo 28 mil pessoas que apresentavam essas ou outras doenças crônicas. Os dados mostraram que um paciente hipertenso gasta, em média, R$502,12 por ano para tratar a doença. Esse valor sobre para R$531,75 para quem tem colesterol dislipidemia e para R$ 1.293,68 quando a doença é o diabetes. A grande questão é que, se não tratadas de forma adequada, essas doenças podem desencadear outras, como acidente vascular cerebral (AVC), infartos e outras doenças do coração. O estudo mostrou que as despesas com mais de uma dessas doenças também pode subir consideravelmente, 481%, e chegar até os R$ 2.417,43, para quem passa a ter que controlar, por exemplo, além da hipertensão, o diabetes e o colesterol elevado. Os especialistas recomendam às pessoas que sofrem como esses problemas que busquem controlar o peso, manter uma alimentação saudável e praticar alguma atividade física, porque o sedentarismo e a obesidade agravam as doenças crônicas. Fonte: Press Realease,
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CardioNews Medworld oferece cama fawler PLD 1043 com três manivelas A cama Fawler PLD 1043 possui acionamento dos movimentos através de três manivelas escamoteáveis cromadas, leito de chapa de aço perfurada e rodízios de 5”de diâmetro, sendo dois com freios e dois sem freios em diagonal. Com cabeceira e peseira removíveis, com estrutura em material termoplástico de alta resistência e pára-choque de borracha removível na cabeceira. Acompanha suporte de soro cromado. Movimentos: semi-fawler, fawler, flexão, sentado, cardíaco e trendelemburg.
Centrais de Ar Medicinal Comprimido são destaque Daltech Montados sobre reservatório, os modelos de centrais têm execução simplex, duplex, triplex e quadriplex. Com deslocamento unitário de 10 a 228m3/h | 6 a 134 pcm, possuem pressão máxima de 10 bar | 142 PSI. Potência motora unitária de 1 a 30 HP, as centrais dispõem de reservatório de execução horizontal de 120 a 1.000 litros.
Simulador de Sinais Vitais Biosim é novidade Biométrica Primeiro Simulador de Sinais Vitais inteiramente nacional, com arritmias, o BIOSIM é um simulador microprocessado com tela de cristal líquido e teclado de membrana. Ele fornece simulação de ECG de 12 derivações e formas de onda senoidal, quadrada , retangular , triangular, trapezoidal e pulso. Também simula 32 tipos diferentes de arritmias, incluindo atrial, ventricular, onda T alta, ST supradesnivelada, ST infradesnivelada, infarto do miocárdio e forma de onda de marcapasso, além de simular também respiração e temperatura.
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Clean Medical: variedade em locação de equipamentos A Clean Medical realiza locação de equipamentos médicos e hospitalares, com plantão de atendimento 24 horas. Os equipamentos são devidamente embalados e higienizados, atendendo clientes de diversas regiões oferecendo aparelhos de variadas marcas e modelos, tais como: DEA (Desfibrilador Externo Automático) das marcas Defibtech e Cardiac Science; bisturis elétricos das marcas Valleylab e WEM; incubadoras Fanem modelo 1186 e Vision, além de monitores multiparâmetros, oximetros, capnógrafos, cardioversores, respiradores, desfibriladores, equipamentos de fototerapia, aparelho de anestesia, eletrocardiógrafos, entre outros.
Aspirador cirúrgico Aspiramax é destaque NS De fácil higienização, o Aspiramax 12V com bateria aspira líquidos e secreções. Portátil, silencioso e de manuseio simples, é voltado para uso clínico, odontológico, veterinário e cirúrgico, sendo ideal para ambulâncias e locais sem energia elétrica. Possui vacuômetro e filtro antibactérias.
Mucambo: referência em luvas cirúrgicas Há 60 anos como referência no mercado, a Mucambo é especializada em fabricar soluções em luvas cirúrgicas, de procedimentos e complementares, utilizando matériasprimas nobres, como látex natural, neoprene e nitrila. A Mucambo possui ISO 9001, sendo a primeira empresa brasileira do segmento a conquistar esta certificação. A empresa possui produtos inovadores de grande destaque, como as linhas Sensifree, Sensimax e Sensitex. Para divulgar seus produtos e ou serviços, enviar e-mail para: lucida.editorial@bol.com.br
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Evento Instituto Dante Pazzanese lança livro comemorativo de 57 anos de História
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nstituto Danta Pazzanese de Cardiologia, 57 anos de História (19542011) é livro o lançado pela instituição em cerimônia realizada na segunda-feira, dia 8 de agosto de 2011. A obra descreve os primeiros passos da instituição fundada pelo médico Dante Pazzanese até os dias de hoje. O nome do instituto é uma homenagem a seu fundador o Dr. Dante Pazzanese, que idealizou em 1954 o Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo, que mais tarde receberia seu nome. O Dante Pazzanese é um hospital da administração direta da Secretaria de Estado da Saúde. Começou suas atividades na Avenida Paulista, 392, com o nome de Instituto de Cardiologia do Estado. Em 1958, foi transferido para a Avenida Dr. Dante Pazzanese, 500. Atualmente, o instituto é um dos maiores centros de tratamento cardiológico do país. São mais de 1,5 mil funcionários e possui 303 leitos distribuídos em três blocos hospitalares. O ministro da Saúde Alexandre Padilha, o prefeito Gilberto Kassab e o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, participaram da cerimônia. Eles foram recepcionados pela diretora-geral do Instituto, Amanda Sousa, e
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pelo coordenador do projeto editorial da obra, Eduardo Sousa. Para o prefeito, foi gratificante participar das comemorações dos 57 anos do Instituto Dante Pazzanese. “São Paulo é uma grande cidade, uma das maiores do mundo. E São Paulo é grande porque tem grandes referências e símbolos. E um deles é o Instituto Dante Pazzanese. Com esse livro, homenageamos aqueles que fizeram parte dessa história, desde o Doutor Dante até os funcionários”, afirmou.
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Perfil
Dra Amanda Sousa Diretora-geral do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
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manda Guerra de Moraes Rego Sousa possui graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (1975), Especialização em Cardiologia e Ecocardiografia no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em 1979. Concluiu Doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo em 1995 e Livredocência na mesma Universidade em 1999. Foi Chefe da Seção de Angioplastia Coronária de 1983 a 1991; Diretora do Serviço de Cardiologia Invasiva de 1991 a 2002; Diretora de Divisão de Diagnóstico e Terapêutica de 2002 a 2009 e, atualmente, Diretora Técnica de Departamento de Saúde do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Foi Diretora Clínica da Fundação Adib Jatene de 2006 a 2009 e atualmente, é Presidente do Conselho Curador da mesma; Vice-diretora do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração da Associação Sanatório Sírio, onde é gestora do Serviço de Hemodinâmica desde 2005. É Professora de Pós-graduação da Universidade de São Paulo desde 2000, sendo Presidente da Comissão de Pósgraduação do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia desde 2005. Em 2006, foi designada Coordenadora do Curso de Doutorado do Programa de Pós-graduação: Medicina/Tecnologia e Intervenção em Cardiologia (USP/IDPC). Foi Membro Titular do Conselho de Pós-graduação da Universidade de São Paulo de 2007 a 2009, exercendo novo mandato a partir de 2011, sendo a seguir, Membro da Câmara de Normas e Recursos até 2009, voltando a ela a partir de 2011. Foi Membro da Câmara de Avaliação deste Conselho de 2007 a 2008, sendo Membro Titular do mesmo Conselho de 2009 a 2011. Foi Membro Suplente do Conselho Universitário da Universidade de São Paulo no biênio 2007/2009, sendo Membro Titular do mesmo Conselho, de 2009 a 2011. Em outubro de 2010 passou a integrar o quadro de Assessores Científicos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP. Publicou 228 artigos em periódicos especializados, como autora e/ou co-autora e 1 555 trabalhos em anais de eventos nacionais e internacionais. Participou da organização e publicação de 11 livros e possui 71 capítulos publicados. Participou como convidada de 595 eventos no Brasil e no exterior para proferir palestras, integrar mesas-redondas, colóquios e outros. Concluiu orientação de 7 teses de doutorado e possui 3 em andamento. Recebeu 108 prêmios e/ou homenagens. Entre 1995 e 2009 participou de 70 projetos de pesquisa, sendo que coordenou 8 destes. Atualmente, participa de outros 25 projetos como investigadora. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cardiologia Intervencionista, atuando principalmente nos seguintes temas: stents, stents coronários, stents farmacológicos, infarto do miocárdio, e intervenções em síndrome coronária aguda.
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Matéria de Capa
Hospital Israelita
completa 40 anos colocando o Brasil em d
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ospital Israelita Albert Einstein está completando 40 anos de existência. É uma instituição jovem na cronologia temporal, mas extremamente madura em seu histórico de conquistas e realizações. Mais que um centro de atendimento de excelência em Medicina, é um pólo disseminador de modelos e práticas que contribuem para o desenvolvimento da Saúde, nacional e internacionalmente. Primeiro hospital fora dos Estados Unidos a obter a respeitadíssima acreditação da Joint Commission International (JCI) em 1999 – posição que vem sendo reafirmado a cada nova avaliação –, o Einstein detém inúmeras outras certificações de importantes organizações nacionais e internacionais nas áreas médicas de gestão, de qualidade e de sustentabilidade. Dentre elas, vale citar a também pioneira certificação JCI na Modalidade Disease Specific (Doença Específica) para o Centro de Atendimento ao Paciente com Acidente Vascular Cerebral (JCI), a acreditação do College of American Pathologists para a Patologia Clinica e Hemoterapia, do American College of Radiology para os serviços de Imagem (mamografia e ultrassonografia) e da Associação Americana de Bancos de Sangue para a Hemoterapia, além das certificações ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (meio ambiente) e Leed (edificação sustentável/Green Building) para o pavilhão Vicky e Joseph Safra
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a Albert Einstein
destaque no desenvolvimento da Medicina inaugurado em 2009.
Igualmente ampla é a lista de premiações e reconhecimentos. Em 2011, por exemplo, o Einstein foi eleito em 2011, pela terceira vez consecutiva, a melhor instituição médica da América Latina no estudo da America Economia Intelligence. A entidade avalia anualmente hospitais e clínicas dos países da região segundo critérios como segurança hospitalar, capital humano, gestão do conhecimento, dignidade do paciente e índice geral de qualidade. A pontuação do Einstein foi de 94,05, cerca de 4 pontos percentuais à frente do segundo colocado. Em outra pesquisa, esta do Datafolha, feita em 2007, foi apontada pelos médicos como o melhor hospital de São Paulo, com a melhor UTI, o melhor centro cirúrgico e o melhor pronto-atendimento. Já o Projeto Positive Deviance, uma das iniciativas do sólido sistema de Segurança do Paciente, foi contemplado com o SHEA Internacional Award e com o Prêmio Saúde Brasil. Programas como esse, voltados à prevenção da infecção hospitalar e de falhas no atendimento (de erros na administração de medicamentos à queda de pacientes durante o banho, por exemplo), têm permitido ao Einstein manter níveis de performance nesses quesitos semelhantes ao das melhores instituições do mundo.
Atriun do Hospital Albert Einstein
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Em alguns meses de 2010, por exemplo, foi zero a taxa de infecção hospitalar nas unidades em que o Positive Deviance já estava implantado.
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Matéria de Capa Hospital Albert Einstein
Realizando sonhos Inaugurado em 1971, o hospital foi um importante passo na concretização do sonho do grupo de pioneiros que em 1955, liderado pelo médico Manoel Tabacow Hidal, havia criado a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein (SBIBAE) para constituir um centro de excelência em saúde como uma retribuição da comunidade judaica ao País que tão bem a acolheu após a II Guerra Mundial. O complexo hospitalar de hoje, sinônimo de competência, pioneirismo e inovação, mostra que as gerações que sucederam aos pioneiros seguiram sonhando novos sonhos, com a mesma ousadia e determinação em realizá-los.
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Nem poderia ser diferente numa área como a de saúde, onde os desafios se renovam num ritmo impressionante. “Se a Medicina tem vencido um sem-número de problemas de saúde, novas doenças surgem no contexto da vida moderna e do envelhecimento da população”, afirma o Dr. Cláudio Luiz Lottenberg, presidente da SBIBAE. “Em 1971, quando nosso hospital foi inaugurado, o Brasil tinha 90 milhões de habitantes. Hoje são 190 milhões. No mesmo período, a população de São Paulo triplicou, passando de 3,7 milhões para mais de 11 milhões. Tudo está mais complexo e desafiador. Por isso, na nossa jornada em prol da saúde, 40 anos é apenas o começo”, completa ele.
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Matéria de Capa
Entrevista
Dr. Claudio Lottenberg Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein
Dr. Claudio Lottenberg é mestre e doutor em Oftalmologia e presidente do Hospital Israelita Albert Einstein desde dezembro de 2001. Sua clínica oftalmológica, a Lotten Eyes Oftalmologia Clínica e Cirúrgica, foi fundada em 1989, possui cinco endereços na cidade de São Paulo e já atendeu mais de 50.000 pacientes. Lottenberg também é autor de mais de 12 livros, ex-Secretário Municipal de Saúde do município de São Paulo e membro do Board do Pan-American Ophtalmological Foundation, Arlington, Texas, USA.
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Revista Newcor News - Quanto tempo está na gestão do SBIBAE?
Dr. Claudio Lottenberg - Participo da So-
ciedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein desde minha infância acompanhando meu pai que sempre foi um ativista voluntário da comunidade judaica brasileira. Em 1981 passei a integrar seu conselho deliberativo ainda acadêmico de Medicina e passei a atuar como medico em 1988. Em 1994 fui convidado por meu antecessor, Dr. Reynaldo Brandt, a ocupar um cargo na Diretoria eleita, inicialmente como Secretario e num segundo momento como seu Vice-Presidente. Desde 2001 sou o Presidente desta maravilhosa organização cargo que ocupo voluntariamente. Revista Newcor News - Por favor, dê um depoimento sobre a evolução do Hospital Israelita Albert Einstein em todo este tempo que esteve presente no hospital.
tecnologia e que se apercebeu que esta poderia trazer incrementos importantes na maneira de diagnosticar e tratar as doenças e de maneira decisiva partiu na frente adquirindo recursos ate então inexistentes em nosso meio. O Einstein avançou e cresceu muito, mas era necessário enxergar isto de forma mais madura e focada e foi o que seu sucessor Reynaldo Brandt fez. Dedicado e muito ordenado, introduziu ai sim o processo da qualidade formal que aos poucos se estabeleceu no clima organizacional culminando com a acreditação pela Joint Comission a primeira a ser concedida por esta instituição no plano internacional. A partir de então tudo foi uma consequência de instituição da liderança que me foi passada, mas que recebi impecavelmente estruturada e que tenho na medida do possível dar continuidade. Revista Newcor News - Como é aliar tecnologia e sustentabilidade no SBIBAE?
Dr. Claudio Lottenberg - A Sociedade Be-
Dr. Claudio Lottenberg - O Einstein nasceu neficente Israelita Brasileira Albert Einstein com um compromisso expresso de excelência e de qualidade. Numa época que estas mecânicas mal existiam com fundamentação cientifica, nossos fundadores quase que intuitivamente fizeram nascer uma organização com princípios muito sólidos e valores absolutamente pétreos que a meu ver são em grande parte responsáveis pelo sucesso desta trajetória. A primeira fase foi uma fase heroica, desbravadora onde nosso fundador, o saudoso Professor Manuel Tabacow Hidal sensibilizou um grupo de médicos e empresários na grande maioria judeus de que aquele sonho poderia trazer uma contribuição de mudança na pratica a assistência à saúde. Perseverante obteve uma doação da família de Hessel Klabin e comprou uma área numa região distante do grande centro de São Paulo que era o Morumbi e que de certa forma contribuiu para uma mudança na própria habitabilidade da região. Foi sucedido por Joseph Feher, um apaixonado por
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(SBIBAE) atua em três frentes integradas e igualmente importantes: a assistência à saúde, a responsabilidade social e a geração e difusão do conhecimento. As atividades de assistência à saúde estão concentradas no Hospital Israelita Albert Einstein e na área de medicina diagnóstica e preventiva, que contribuem com a sustentabilidade das ações de responsabilidade social, ensino e pesquisa. O Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein atua em programas próprios ou em conjunto com os gestores públicos da saúde para ajudar a suprir as necessidades assistenciais, tecnológicas ou de competências da comunidade e hoje tem também toda uma visão muito consistente em responsabilidade ambiental. As atividades de educação e pesquisa estão abrigadas no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e conferem inovação às outras áreas da SBIBAE. Queremos que toda tecnologia venha para in-
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Entrevista
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Esta é a nossa diferença. Uma visão paradigmática apoiada em pessoas que acreditam que o detalhe faz a diferença.
Dr. Claudio Lottenberg
cluir as pessoas. Incremento tecnológico, se não utilizado de forma adequada, gera desperdícios. No mundo contemporâneo, vemos muito uma utilização imprópria, exagero, sem um beneficio de fato a quem se utiliza do recurso que a rigor é o paciente. Isto merece ser visto com muito cuidado e zelo por todos nós, na área dos processos diagnósticos e na área terapêutica. Não necessariamente os recursos de ultima geração trazem uma resposta que agregue valor para o paciente e a capacidade de diferenciar este aspecto tem sido nosso maior desafio. Equipamentos, medicamentos, salas dedicadas. Tudo isto consome recursos e a capacidade gerencial esta na maneira de melhor utilizá-los. O grande fator que faz a diferença nesta empregabilidade tecnológica é o capital humano representado pelos médicos fundamentalmente, mas também pela equipe multiprofissional. O médico é quem atua na relação diária, é ele quem capta, é ele quem indica e é ele quem decide, mas se apoia num trabalho em equipe que nós no Einstein valorizamos e muito. Temos que fortalecer este elo e seria impróprio, um erro imaginar o contrário. Não existe tecnologia que possa substituir o capital humano.
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Revista Newcor News - O que torna o Hospital Israelita Albert Einstein referencia em qualidade de serviços “hospitalares”?
Dr. Claudio Lottenberg - O Hospital Israel-
ita Albert Einstein, embora reconhecidamente um centro de excelência, com certificações e com acreditações, questiona permanentemente seus processos e a sua qualidade. Diria que vivemos um clima de inconformismo onde sempre achamos que podemos fazer mais e melhor. Trabalhamos com indicadores de processos, de qualidade e de resultados e isto é monitorado não como uma coleção numérica, mas como um reflexo de tendências que devem ser aprimoradas constantemente. Aperfeiçoamos seu uso e os discutimos com absoluta transparência, levantando inconformidades por menores que sejam. Queremos acompanhar a atuação de nossos profissionais, não impondo, mas motivando-os e convidando-os a participar das melhores práticas médicas. Esta é a nossa diferença. Uma visão paradigmática apoiada em pessoas que acreditam que o detalhe faz a diferença.
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Alta Complexidade Referência em procedimentos de alta complexidade, o Einstein tem como um de seus expressivos diferenciais os Programas Integrados estruturados para o atendimento nas seis áreas de especialidades definidas como estratégicas: Cardiologia, Ortopedia, Reumatologia, Neurologia, Transplantes, Oncologia, Hematologia e Cirurgia. Em cada uma dessas áreas, uma equipe de médicos e profissionais multidisciplinares trabalha para oferecer uma assistência completa – desde o diagnóstico até a reabilitação. Para isso, combinam recursos, tecnologias, bem-estruturados procedimentos e protocolos gerenciados e uma abordagem humanizada em favor da eficiência e qualidade dos serviços e atendimento prestados ao paciente. E foi no âmbito dos procedimentos de alta complexidade que o Einstein registrou um feito marcante em janeiro deste ano: fincou posição como o maior transplantador hepático do mundo. Com 1000 procedimentos realizados, superou os Estados Unidos.
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No Brasil, o Programa Integrado de Transplante de Órgãos – do Instituto Israelita de Responsabilidade Social – ocupa o primeiro lugar no número de transplantes de fígado realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A quase totalidade dos transplantes feitos no Einstein – o que inclui também coração, rim e pâncreas – são por meio do SUS. Nas próximas semanas, o hospital deverá atingir um total de 2.000 transplantes realizados pelos SUS desde 2002. O Einstein dispõe ainda do Programa de Captação de Órgãos, disponibilizando coordenadores intra-hospitalares em hospitais públicos e filantrópicos identificados e selecionados pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. O objetivo é aumentar as notificações e a efetividade das doações para transplantes. Esse processo, além de garantir a correta preservação dos órgãos e tecidos, contribuiu para o crescimento da captação de órgãos. Em 2009, o Estado de São Paulo registrou aumento de 20% na captação graças a esse programa.
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Entrevista
Dr. Luis Roberto Natel de Almeida Diretor de Medicina Diagnóstica e Preventiva Albert Einstein Revista Newcor News - Há quanto tempo é diretor de Medicina Diagnóstica e Preventiva do Albert Einstein?
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Dr. Luis Roberto - Há quase 4 anos. Revista Newcor News - O Centro de Medicina Diagnostica e Preventiva do Albert Einstein tem uma área específica para exames cardiopulmonares? Como funciona e em qual unidade? Dr. Luis Roberto - Nas Unidades Jardins e Perdizes-Higienópolis temos áreas específicas, onde são realizados os exames de Ecocardiograma (Transtorácico, Transesofágico, Fetal, sobre Estresse Farmacológico e Físico) Teste ergométrico e Teste Cardiopulmonar (ou Ergoespirométrico), Eletrocardiograma, MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), Holter e Eletrocardiograma. Na Unidade Alphaville, estamos ampliando a área física, para oferecer os mesmos tipos de exames das Unidades acima mencionadas. No Centro Médico Ambulatorial (Morumbi), temos a maior área dedicada à Cardiologia Diagnóstica, com maior portfólio de Exames, e uma área anexa com outros exames de imagem voltados para avaliação cardiovascular. Além dos exames acima mencionados temos: • Ecocardiograma Tridimensional Transtorácico e Trasesofágico , que permite uma identificação mais detalhada das estruturas cardíacas, sendo muito importante na avaliação de cardiopatias congênitas e doenças das valvas, além de outras indicações. • Cintilografia do Miocárdio (com MIBI ou Tálio), que confere maior sensibilidade para detecção de obstruções nas artérias coronárias. • Provas de Função Pulmonar: avaliação da
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capacidade respiratória em pacientes com doenças pulmonares e insuficiência cardíaca. Tomografia Computadorizada: utilizada principalmente para avaliação das artérias coronárias, doenças da aorta e cardiopatias congênitas Ressonância Magnética: muito utilizada para avaliação de pacientes com doenças coronarianas (isquemia miocárdica) e cardiopatias congênitas. Quais os equipamentos que vocês possuem que são considerados os mais modernos em realização de exames cardiopulmonares? Ecocardiograma tridimensional transtorácico e transesofágico: imagens detalhadas da anatomia cardíaca em três dimensões e em tempo real Gama câmara com detectores digitais (CZT): além da melhor qualidade de imagem, reduz o tempo de exame de quatro a seis horas para apenas duas, com redução da exposição à radiação em três vezes em comparação aos equipamentos convencionais Tomografia Computadorizada Aquilion One, com 320 fileiras. sua cobertura é 5 vezes maior do que a de um tomógrafo da geração anterior, a dose de radiação pode ser bem menor (cerca de 5 vezes em relação ao anterior, de 64 fileiras ), o que gera tranqüilidade ao paciente que tiver que fazer um check-up ou repetir um exame; a dose de contraste (líquido injetado no sangue para possibilitar a visualização de vasos e órgãos) também é menor; e cada imagem tem espessura equivalente a 0,5 milímetros, o que gera uma precisão única. Ressonância Magnética 3 tesla. Melhora a qualidade de imagem e diminui o tempo de exame.
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Corpo Clínico & Tecnologia Dentre os fatores-chave que fazem do Einstein um pólo de excelência, merece destaque a qualidade de seu Corpo Clínico, composto por cerca de 5 mil médicos de mais de 50 especialidades. São profissionais altamente qualificados e comprometidos com a missão, os valores, os princípios e práticas da instituição, compartilhando o objetivo de ter o paciente como prioridade máxima e foco central de todas as atividades. A fim de estreitar essa parceria, o Einstein mantém o Programa de Relacionamento com o Corpo Clínico, iniciativa que busca fortalecer o envolvimento dos médicos com a instituição e suas práticas de qualidade e segurança, por meio de avaliações regulares e ações de valorização e reconhecimento pelo bom desempenho. A avaliação contempla também a adesão ao Programa de Educação Continuada, que visa que os médicos invistam em sua constante atualização. Ao lado dos recursos humanos – o que inclui não apenas os médicos, mas toda uma ampla equipe de profissionais de enfermagem e outras áreas de apoio – a tecnologia é uma aliada em favor da saúde e da vida. E também nesse âmbito o Einstein conta com um arsenal diferenciado tanto para procedimentos cirúrgicos como para medicina diagnóstica e pre-
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ventiva. Pioneira em alta tecnologia, já na década de 1970 possuía os dois primeiros equipamentos de ressonância magnética da América Latina. E seguiu incorporando o que há de última geração em dispositivos de diagnósticos, como PET CT, que associa os benefícios da Tomografia por Emissão de Pósitrons aos da Tomografia Convencional, possibilitando a localização, com precocidade e precisão, de lesões tumorais de até quatro milímetros de extensão. Na área de cirurgia, um dos destaques é o da Vinci Surgical System, sistema para a realização de cirurgias robóticas, adotado desde 2008. A tecnologia agrega segurança e precisão em procedimentos minimamente invasivos de várias especialidades. Até o final deste ano, a instituição deverá atingir a marca de 1.000 procedimentos robóticos. A mais recente novidade na área cirúrgica é o Mimic. Trata-se de um simulador de treinamento do da Vinci, que, aliado à realidade virtual, reconstitui 39 diferentes cenários cirúrgicos robóticos com a máxima qualidade em precisão e realismo. O aparelho está sendo integrado ao Centro de Simulação Realística do Hospital Israelita Albert Einstein, para aprendizado de seu Corpo Clínico e também de profissionais de outras instituições.
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Matéria de Capa
Entrevista
Dr. Luiz Vicente Rizzo
Diretor de Pesquisa
Revista Newcor News - Há quanto tempo é diretor de Pesquisa do Albert Einstein? Dr. Luiz Rizzo - 3 anos Revista Newcor News - Como funciona o Centro de Pesquisa? Dr. Luiz Rizzo - O centro de pesquisa realiza atividades próprias de pesquisa e gerencia toda a pesquisa da SBIBAE. Esta dividido em três braços executivos. O centro de pesquisa clínica, o centro de pesquisa experimental e o Instituto do Cérebro, e vários braços de prestação de serviço, como o CETEC (nosso biotério e centro de treinamento com animais) e a bibli -oteca. Revista Newcor News - Quais áreas que Albert Einstein está investindo em pesquisa?
Dr. Luiz Vicente Rizzo Diretor de Pesquisa
Dr. Luiz Rizzo - Investimos em boa pesquisa, entretanto há um privilégio para as áreas estratégicas da SBIBAE, Oncologia/Hematologia, Neurologia, Locomotor, Cirurgia e Transplantes. Revista Newcor News - Qual a importância em ter um centro de pesquisa ligado a um hospital? Dr. Luiz Rizzo - Dados muito claros mostram que as instituições de pesquisa prestam melhores serviços de saúde, nossos próprios dados mostram que os funcionários com treinamento formal em pesquisa (mestrado e doutorado) tem desempenho superior à média da instituição.
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Matéria de Capa Humanização
Qualidade para nós do Hospital Israelita Albert Einstein é sinônimo de Segurança, Humanização e Bem-Estar.
Se recursos humanos, tecnologia, políticas, protocolos e procedimentos são importantes, não são tudo para fazer a excelência no atendimento. Afinal, pacientes não são apenas pessoas em busca de serviços de saúde. São seres humanos, com toda a complexidade de características, necessidades, valores e crenças de cada indivíduo. É por entender a importância dessa dimensão que o Einstein vem investindo na adoção dos mais avançados critérios internacionais de atendimento hospitalar humanizado. Ele é pioneiro na América Latina na implantação do modelo Planetree, uma filosofia que coloca o paciente como foco de todo processo assistencial – desde arquitetura, disposição dos serviços, nutrição e entretenimento até espiritualidade e terapias integrativas, que podem ser ofertadas com o objetivo de minimizar impactos dos tratamentos médicos.
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Aqui tem Planetree Para o Einstein, enxergar cada detalhe da vida do paciente também faz parte do cuidado. Einstein, o primeiro hospital da América Latina reconhecido pelo Planetree, uma respeitada organização americana que certifica Instituições de Saúde quando o assunto é humanização no atendimento Mais Contato Físico O toque reduz a ansiedade, a dor e o stress e beneficia os pacientes, seus familiares e a equipe. Enfermeiros, médicos e outras pessoas da equipe em geral acham que uma simples massagem no pescoço e nos ombros pode ser uma forma muito útil de se lidar com o estresse Conforto Espiritual O Planetree reconhece o papel essencial que a espiritualidade tem na cura da pessoa como um todo. Dar suporte às famílias e à equipe na correlação com seus próprios recursos internos melhora o ambiente de cura. As capelas, jardins, labirintos e salas de meditação oferecem oportunidades para reflexão e oração. Os religiosos são vistos como membros essenciais da equipe de saúde. Conheça mais sobre Planetree no site: www.einstein.br
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Responsabilidade Social Além desses endereços, a marca Einstein está em muitos outros lugares, como na Comunidade de Paraisópolis, onde a SBIBAE mantém desde 1997 um programa voltado à promoção da saúde e qualidade de vida dos moradores da região. Para citar apenas uma das iniciativas ali desenvolvidas: o programa de atendimento integral à saúde (incluindo medicamentos) beneficia hoje cerca de 10 mil crianças com idades de 0 a 10 anos. Os já citados transplantes realizados pelo SUS e as parcerias com o setor público são outras frentes de exercício da responsabilidade social. Atualmente, a instituição oferece apoio técnico-operacional a 35 unidades públicas de saúde espalhadas pela Grande São Paulo, além de estar à frente de dezenas de projetos sociais que englobam assistência, capacitação de recursos humanos, pesquisa, gestão de processos e incorporação de tecnologias. Outro endereço que não leva o logotipo, mas leva o espírito de excelência do Einstein é o Hospital Municipal Dr. Moyses Deutsch, conhecido como Hospital do M’Boi Mirim, instalado na Zona Sul de São Paulo. Desde 2008, ele é integralmente gerido pelo Einstein, que lá vem implantando processos e práticas que alavacam a qualidade dos serviços e atendimento de saúde prestados aos moradores daquela região, uma das mais carentes da cidade. A Sociedade também contribui para melhorar as condições do sistema de saúde brasileiro. Em 2002, empreendeu o Projeto Itinga, um conjunto de ações para o desenvolvimento social e econômico sustentável para o município de Itinga, com aproximadamente 14 mil habitantes, no Vale do Jequitinhonha, no nordeste semi-árido de Minas Gerais, uma das regiões mais pobres do País. A instituição também se faz presente em outras missões - aqui e no exterior -, mobilizando médicos, profissionais de enfermagem,
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recursos materiais e medicamentos em situações como a epidemia de dengue no Rio de Janeiro, em 2008; e do Haiti, desvastado pelo terremoto de 2010. A presença do Einstein se estende a inúmeras outras frentes, como na coordenação do Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do Estado de São Paulo (Redecord), que integra a rede BrasilCord, mantida pelo Ministério da Saúde. Ou ainda nas atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas por meio do Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Ou ainda nos conhecimentos e expertises médicas e de gestão que compartilha com outros profissionais e instituições públicas e privadas e que seguem se multiplicando... Do complexo do Morumbi – que é talvez a sua face mais conhecida – aos lugares onde o nome Einstein não está estampado é este o propósito da instituição: levar uma gota de Einstein a cada vez mais lugares, porque de cada uma dessas gotas germinarão novas sementes da excelência em atendimento à saúde, em favor da vida.
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Matéria de Capa Einstein contabiliza 2.000 transplantes pelo SUS
Programa do Instituto Israelita de Responsabilidade Social é responsável pelo maior número de transplantes de fígado do mundo. Sobrevida chega perto dos 90% O Programa Integrado de Transplante de Órgãos – do Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – acaba de atingir a marca de 2.000 transplantes de órgãos sólidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição é destaque na medicina por ser o maior transplantador de fígado do mundo, ultrapassando até mesmo os Estados Unidos. Nestes casos, a sobrevida chega aos patamares americanos, perto de 90%. Desde 2002, o Einstein é credenciado pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT) para a realização de cirurgias de transplante pelo SUS. A partir daí, a instituição tornou-se responsável pelo maior número de transplantes
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de fígado da América Latina. De lá para cá, no total, foram 2.000 procedimentos realizados pela filantropia, sendo que 1.150 apenas de fígado – o que o destaca como o maior transplantador desse tipo de órgão do mundo. Se acrescentarmos os procedimentos custeados pelos convênios e seguradoras e particulares, o número total passa para 2.128. “A demanda, pelo SUS, é muito maior, claro. Afinal, atende pessoas que, sem essa ajuda, não teriam condições de arcar com as despesas de uma cirurgia desse porte e acabariam morrendo”, explica Ben-Hur Ferraz Neto, gerente-médico do Programa Integrado de Transplante de Órgãos do HIAE. “Atingir esse número demonstra o sucesso desse programa,
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Matéria de Capa criado para ajudar a população e dar acesso às melhores práticas cirúrgicas possíveis”, acrescenta. Acompanhamento – A partir do momento em que o indivíduo é encaminhado ao Einstein, por médicos de todas as regiões do País, ele se torna um paciente do hospital para sempre. O acompanhamento começa na primeira avaliação, segue pelo tempo em que fica na lista de espera por um órgão e permanece por todo o período pós-transplante. Uma vez por mês, o Einstein realiza reuniões com os pacientes e familiares que esperam ser chamados para o transplante. Uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e até dentistas esclarece dúvidas e ressalta a importância de cuidados com a saúde. Os dentistas, por exemplo, falam a importância da saúde bucal, já que a cavidade oral e os dentes podem ser focos de infecção e disseminar problemas para o resto do corpo. As nutricionistas oferecem o serviço de avaliação nutricional pré e pós-transplante, já que é preciso manter-se o mais saudável possível para a cirurgia e, depois, ter uma boa evolução com o novo órgão. Sistema de Transplantes brasileiro – É o maior sistema público de transplantes do mundo. Mais de 95% dos transplantes são financiados pelo SUS. Além disso, viabiliza a distribuição dos medicamentos anti-rejeição (imunossupressores) por toda a vida do paciente transplantado. Capacitação de recursos humanos – Para os profissionais do Einstein, ainda mais importante do que comemorar o número de transplantes realizados pelo SUS é manter as suas iniciativas pioneiras na capacitação de profissionais para o aumento da doação de órgãos no país. Uma das frentes de trabalho é o curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Doação, Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos, que tem duração de um ano, é multiprofissional e visa à formação de coordenadores intra-hospitalares
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de transplantes. “Nosso objetivo é treinar profissionais de todo o país e fazê-los conhecerem a legislação, o funcionamento do sistema, a ética que deve ser aplicada e as formas possíveis de transformar um paciente com morte encefálica em doador”, explica o enfermeiro Tadeu Thomé, coordenador de Projetos do Programa Integrado de Transplante de Órgãos do HIAE. Simulação realística – Outra forma de trabalho que o Einstein encontrou foi elaborar um curso especial para treinar profissionais da área da saúde em abordagem familiar e na manutenção hemodinâmica de doadores de órgãos e tecidos. São dois dias de curso, com aulas práticas e teóricas, no Centro de Simulação Realística (CRS), do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa (IIEP) da instituição. Para as comissões de transplantes são criados cenários com robôs, para procedimentos clínicos, e cenários com atores, para treinamento comportamental, como entrevista com familiar doador adulto ou entrevista com familiar doador criança. Há também treinamento teórico sobre o processo de doação-transplante, identificação de potenciais doadores, diagnóstico de morte encefálica, manutenção do potencial doador, critérios de viabilidade de doadores, entre outros.
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Matéria de Capa Centro de Cardiologia O Centro de Cardiologia possui uma estrutura preparada para atender os pacientes em todos os estágios da doença cardiovascular, desde a prevenção, passando pelo diagnostico e tratamento ate a reabilitação. O Centro de Intervenção Cardiovascular funciona 24 horas por dia, com equipes especializadas em cardiopatias congênitas e adquiridas, com grande experiência na realização de cateterismos e angioplastia coronária de urgência para tratamento de paciente com infarto agudo do miocárdio. Nosso Centro de Intervenção foi o primeiro do Brasil a ser credenciado para a realização de Implantes percutâneos de valva aórtica, em 2009, e também o primeiro centro paulista a realizar fechamento percutâneo de apêndice atrial (auriculeta esquerda) para reduzir o risco de tromboembolismo (formação e desprendimento de coágulos) de pacientes com fibrilação atrial. O Centro Diagnostico Cardiopulmonar dispõe
de equipamentos de última geração e profissionais altamente capacitados prontos a atender, desde recémnascidos até idosos, em seus setores de Ecocardiografia e Métodos Gráficos. Sempre com a excelência que caracteriza a marca Einstein. O Centro de Imagem em Cardiologia, que oferece tecnologia de ponta na área cardiovascular, como tomógrafos multislice com 320 fileiras de detectores (Aquilion One) para realização de angiotomografia das artérias coronárias, PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons, Ressonância Magnética 3 Tesla e exames de Medicina Nuclear. Tudo isso comandado por equipe médica altamente qualificada na área de Imagem em Cardiologia.
Contamos ainda com o Centro de Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva e Robótica que foi o pioneiro na America Latina ao realizar as primeiras cirurgias cardíacas robóticas em Março de 2010. Nosso Centro dispõe de três sistemas de suporte circulatório (também chamados ventrículo ou coração artificial), que podem assumir a função do coração nos casos de falência cardíaca refratária às medidas clínicas. Tais sistemas possibilitam que o paciente estabilize a função cardíaca até o transplante ou até que a função do coração se restabeleça, como por exemplo, após um infarto extenso ou miocardite (inflamação do músculo cardíaco). O sistema Impella tem a vantagem de poder ser implantado na própria sala de hemodinâmica, por meio de procedimento minimamente invasivo, porém não pode ser utilizado por tempo prolongado. Já os sistemas Abiocor e BerlinHeartExcor são implantados no centro cirúrgico, podem ser utilizados por vários meses, e a bomba permanece para fora do corpo ligada por tubos ao coração e ao console que fornece energia para seu funcionamento.
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O sistema Excor ainda tem a vantagem de poder ser implantado em crianças e adultos. Além disso, alinhado à missão da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, o Centro de Cardiologia desenvolve ações em parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa e com o Instituto Israelita de Responsabilidade Social para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e educação na área de Cardiologia. Dentre esses projetos, destacamse: • Programa de Residência Medica em Cardiologia, aprovado pelo MEC • Projeto de Capacitação de Profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) • Protocolo de Infarto Agudo do Miocárdio do Hospital Municipal Moyses Deutsch • Curso de Simulação Realística em Urgências e Emergências Cardiológicas
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Einstein em números
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein em 2010 • 8.655 funcionários. Destes, aproximadamente 40% tem ensino superior • 68% feminino e 32% masculino • 60% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres • Idade média: 34 anos • Tempo médio dos funcionários na instituição: 5 anos • Cerca de 6.000 médicos cadastrados Pavilhão Vicky e Josef Safra
• 16 andares • 70 mil m2 de área construída • 200 novos consultórios de várias especialidades • 20 novas salas cirúrgicas • 41 apartamentos para internação-dia • 1.500 vagas de estacionamento Responsabilidade Social
• Total de 1.907 transplantes, sendo 97% feitos pelo SUS, desde 2002. • Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch M'Boi Mirim, em 2010: • 219.585 atendimentos de Pronto-Socorro • 601.175 exames diagnósticos • 16.454 internações • 4.285 partos Parcerias em muitos endereços
O Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch é apenas um dos muitos endereços de parcerias com a Prefeitura de São Paulo. O Einstein mantém cerca de 1.350 profissionais distribuídos em:
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• 12 unidades básicas de saúde (UBS), inclusive as de Jardim Helga e Jardim das Palmas, inauguradas em 2009; • 75 equipes de saúde da família (compostas por 75 médicos, 75 enfermeiros, 150 auxiliares e 383 agentes comunitários de saúde); • 18 equipes de saúde bucal; • 5 núcleos de apoio à saúde da família; • 4 unidades de Assistência Médica-Ambulatorial (AMA). Ensino e Pesquisa
• 129.757 profissionais treinados, incluindo cursos e eventos nacionais e internacionais • 1.470 alunos matriculados nos cursos técnicos e de complementação, de graduação e de pós-graduação lato sensu • 380 artigos publicados em revistas científicas indexadas, dos quais 198 ocorreram em revistas com alto valor de impacto. • Pesquisa: o IIEP tem mais de 240 estudos em desenvolvimento, com investimentos de R$ 18,5 milhões, sendo R$ 5,9 milhões da Sociedade e o restante de fontes externas (agências e órgãos de fomento, doações e parcerias com o Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica). • Cerca de 50 pesquisadores (incluindo pósgraduandos, pós-docs e pesquisadores contratados) envolvidos em mais de 100 projetos de pesquisa em andamento, nos centros de Pesquisa Clínica, Pesquisa Experimental e Instituto do Cérebro.
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Artigo Novas perspectivas na revascularização da lesão de tronco de artéria coronária esquerda
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doença arterial de tronco de coronária esquerda é encontrada em cerca de 5% de todos os pacientes submetidos a uma cineangiocoronariografia e é responsável por uma alta mortalidade quando comparada à doença arterial coronária uniarterial, biarterial e triarterial, devido a sua frequente associação com doença multiarterial e à grande extensão do miocárdio em risco. Tradicionalmente, a abordagem a este tipo de lesão é feita através da cirurgia de revascularização miocárdica pelo “by-pass” de um enxerto arterial (CABG).
Dr. André Luiz Togni Barros
CRM-SP 99.057 Especialista em Cardiologia pela USP e SBC. e-mail: andretogni@cardiol.br
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A importância da cirurgia de revascularização data da década de 70 e 80, onde ficaram comprovados os benefícios em favor desta com relação ao tratamento medicamentoso. No inicio da era da angioplastia, o sucesso do tratamento percutâneo da lesão de tronco de coronária esquerda não protegida foi desfavorável. Um destes estudos que randomizou 127 pacientes com lesão de tronco de coronária esquerda para a realização de angioplastia percutânea, obteve uma taxa de sucesso de dilatação de cerca de 94%, porém com uma taxa de sobrevida em 4 anos apenas de 36%, taxa comparada com aqueles pacientes submetidos ao tratamento medicamentoso.
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Sendo assim, este procedimento ficou reservado apenas para aqueles pacientes com lesão de tronco de coronária esquerda protegido por uma anastomose funcional (cirurgia prévia) ou para aqueles pacientes que não eram elegíveis para a cirurgia de revascularização tradicional. O guidelines da ACC/AHA de 2006 classificou a angioplastia percutânea para tronco de coronária esquerda não protegida como classe III.
compostos por: morte, acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio ou necessidade de novos procedimentos de revascularização.
Após um ano, a mortalidade foi similar nos dois grupos, com uma maior taxa de acidente vascular encefálico no grupo CABG (p=0.003) e uma tendência a uma maior taxa de infarto do miocárdico no grupo PCI (p=0.11). Outra diferença foi uma maior necessidade de novos procediCom o avanço das técnicas per- mentos de revascularização no grupo PCI cutâneas (PCI) houve melhora significativa (13.5%) comparado à CABG (5.9%). na segurança do procedimento e melhora nas taxas de sobrevida, porém com eleApós três anos de seguimento, o estuvadas taxas de reestenose, com necessi- do SYNTAX continua mostrando os mesmos dade de novos procedimentos em até 30% achados, outros achados podem surgir nos dos casos. próximos anos. Um aspecto importante do estudo SYNTAX, foi o uso do SYNTAX score, Com o advento dos stents farma- que avaliou a complexidade anatômica das cológicos (DES), a necessidade de novo lesões dos pacientes (calcificações, preprocedimento de revascularização foi sig- sença de lesões em bifurcações, oclusão nificativamente reduzida. completa, presença de trombos e outros fatores). Os pacientes com risco intermediário O estudo SYNTAX (Synergy between e alto, pelo SYNTAX score, tiveram maiores PCI with Taxus and Cardiac Surgery), pros- taxas de eventos adversos no grupo PCI. pectivo, randomizado, controlado e multicêntrico, comparando a PCI com DES Na decisão entre PCI e CABG, é im(Taxus) com cirurgia de revascularização portante considerarmos a extensão da (CABG), randomizou 1800 pacientes com doença arterial coronariana (CAD) e suas lesão de tronco de coronária esquerda ou associações. envolvimento em três vasos (triarterial). Estes pacientes foram avaliados por uma No estudo SYNTAX, a análise de subequipe que consistia em um cardiologista grupos com lesão de tronco de coronária intervencionista e um cirurgião cardíaco, esquerda isolada ou lesão de tronco de para avaliar a possibilidade de realização coronária esquerda associada à lesão em dos dois procedimentos em questão para mais um vaso têm menores eventos advertodos os pacientes antes da randomização. sos no grupo PCI. Do outro lado, pacientes com lesão de tronco de coronária esquerda O estudo foi desenhado para avaliar e com lesão em dois ou três vasos, têm a não inferioridade dos objetivos primários menores eventos adversos no grupo CABG.
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Opinião Decisões equivocadas sobre escolas de medicina
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Conselho Nacional de Educação acaba de tornar sem efeito decisões da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) sobre a redução de vagas em cursos de medicina. Até 1996, o país possuía 82 faculdades de medicina, das quais 33 eram privadas (40%). Em 12 anos, entre 1996 e 2008, foram criadas 98 novas faculdades, das quais 68 privadas (70%). Existiam ainda, sob análise do MEC, mais de 50 pedidos de autorizações de novas faculdades, praticamente todas privadas e sem infraestrutura mínima para ministrar um curso médico.
ADIB JATENE
Em 2008, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) identificou 17 escolas, entre as que tinham formandos, com nota inferior a três (em uma escala de um a cinco).
Alarmado com a situação, o então ministro Fernando Haddad, após discutir o problema, concordou em recriar a Comissão de Especialistas do Ensino Médico, presidida por mim e com maioria absoluta de membros da Associação Brasileira de EduADIB JATENE, cardiologista, é professor eméricação Médica (ABEM), inclusive com quatro to da Faculdade de Medicina USP e diretorgeral do Hospital do Coração. Foi ministro da ex-presidentes. Todos os membros têm ampla atuação e experiência na área. Saúde (governos Collor e FHC)
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Após uma revisão dos pré-requisitos que a entidade que deseja abrir o curso médico deveria observar, foi explicitado que, como item eliminatório, a entidade teria de possuir um complexo médico-hospitalar com pelo menos quatro leitos por vaga pretendida. Seria necessário ter também uma residência médica reconhecida pelo Ministério da Saúde e um pronto-socorro em atividade.
os alunos, mas também a população que seria atendida pelos egressos dessas escolas.
Baseado nesse trabalho sério, de pessoas que doaram seu tempo na expectativa de melhorar o ensino médico, foi que a Sesu acolheu as indicações e reduziu o número de vagas em várias escolas médicas. Isso aconteceu depois de ampla discussão com a comissão de especialistas -que, reitero, Alem disso, a instituição deveria pos- avaliou com o maior cuidado a situação do suir um complexo ambulatorial, contando ensino nessas entidades. tanto com unidades básicas com o ProDe repente, o Diário Oficial da União grama de Saúde da Família quanto com publica uma decisão por unanimidade do ambulatórios de especialidades. Conselho Nacional de Educação (CNE) resDesse modo, estaria garantido o taurando o número de vagas previamente campo de treinamento e dimensionado o existentes, desconsiderando o trabalho da número de vagas. Na hipótese de a insti- comissão, que levou mais de dois anos para tuição não possuir complexo próprio, seria ser executado -sem nem sequer dar uma permitido um convênio, por período não in- oportunidade para nos manifestarmos. ferior a dez anos, sem compartilhamento Decisões equivocadas como essas com outra instituição. servem para desmotivar os que ainda acreQuanto às escolas existentes cujo de- ditam ser possível corrigir as iniquidades, sempenho no Enade foi insatisfatório, de- criadas por influência empresarial ou políticidiu-se fazer uma visita ao local com pelo ca, e para reforçar a ideia de que não adianta lutar por dias melhores. menos dois membros da comissão. Mas ainda há gente neste país que Eles, após entrevistas com docentes e com discentes e visitas às instalações, aval- acredita, mesmo com as instituições atuais iaram as condições para a oferta do curso e com os conselhos suscetíveis a pressões, ser possível avançar. e elaboraram relatórios circunstanciados. Decisões como a do CNE não nos Na impossibilidade de indicar o fechamento da escola, optaram por reduzir farão desistir. Elas nos alimentam para o número de vagas, deixando o mínimo continuarmos a luta, que antes de ser nostolerável, capaz de beneficiar não apenas sa deveria ser do CNE.
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Opinião Álcool, direção e morte “Não podemos dosar a alcoolemia e nem mesmo atender ao crescente número de vítimas, mas temos que mostrar nossa indignação”
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sociedade brasileira tem assistido estarrecida à crescente incidência de acidentes envolvendo motoristas embriagados, com consequente morte de inocentes. A qualquer hora do dia ou da noite, especialmente nos fins de semana, o noticiário é pródigo em revelar os dados desta epidemia que nos assola ceifando vidas, em maior parte, jovens e promissoras. A funesta adicção de álcool e drogas, associada à irresponsabilidade e veículos potentes, causa tragédias irreparáveis nas vidas de famílias que jamais serão confortadas. Não são apenas as vidas daqueles que assumem a direção dos veículos, incapacitados para tal, que estão em jogo. As pessoas que desafortunadamente se encontram na linha de passagem, na hora errada, no lugar errado, apenas exercendo seu direito de ir e vir, são vítimas desta calamidade.
Dr. Renato Françoso
Renato Françoso é conselheiro do Cremesp e representante do Estado de São Paulo no Conselho Federal de Medicina
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O governo de São Paulo vem encetando intensa campanha publicitária contra a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos visando conscientizar os proprietários desses pontos de venda da sua responsabilidade na redução do consumo por adolescentes. A “lei seca” assustou muita gente, no início, e hoje ninguém mais se preocupa com ela. Enquanto isso, as estatísticas engordam, pessoas morrem e outras são feridas, muitas delas mutiladas. O custo financeiro de cuidados a essas vítimas onera sobremaneira o sistema público de saúde, mas se torna menor diante do sofrimento dos que perdem familiares vitimados por inconsequentes.
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Por trás de tudo isso está uma realidade presente na vida dos nossos cidadãos – a impunidade. O motorista alcoolizado não se dispõe a realizar o teste do “bafômetro”, nem concorda com a dosagem sanguínea, e está tudo certo. Tem o direito de não produzir prova contra si próprio, mesmo tendo assumido o risco de matar ao dirigir embriagado. Se comprovado que não estava apto a dirigir, ainda assim, paga fiança, vai para casa e aguarda todo o longo e quase sempre inócuo processo, que resulta em quase nada, em termos de punição. E assim vamos nós. Vítimas de nossas próprias leis. Vítimas de um sistema policial permissivo e um judiciário moroso, com leis que permitem interpretações que beneficiam apenas o infrator.
forma de vida mais civilizada. Esta também é mais uma das nossas responsabilidades.
Nós, médicos, que nos prontossocorros convivemos com a triste realidade de atender as vítimas desta doença social, nos sentimos impotentes apenas tentando minimizar as consequências dos acidentes, caso a caso. Não podemos dosar a alcoolemia, mesmo estando evidente a embriaguez. Não temos à disposição recursos técnicos para o melhor atendimento do crescente número de vítimas. Tampouco podemos intervir na condenação dos infratores e, menos ainda, na gradação das punições. No entanto, precisamos mostrar à sociedade nossa indignação. E acreditar, pelo menos nós, que é possível reverter este dramático panorama no qual as mortes e mutilações são dignas de Estados que enfrentam guerras. Devemos ocupar os espaços possíveis na mídia, nos organismos sociais, clubes de serviço e escolas, levando a reflexão sobre o que cabe a cada setor da sociedade realizar, para que experimentemos uma
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Opinião A saúde em contradição Roberto Luiz d´Avila é presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)
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Brasil vive estranha contradição no que se refere à assistência em saúde. Por um lado, pode se orgulhar de possuir um dos maiores modelos públicos com acesso universal: o Sistema Único de Saúde (SUS) – que cobre a totalidade da população em ações de vigilância e programas de prevenção e oferece tratamento para mais de 145 milhões de pessoas que dele dependem exclusivamente para realizar consultas, exames, cirurgias e internações. Por outro, uma das maiores políticas sociais do mundo sofre com a falta de financiamento que impede que os avanços se multipliquem e se consolidem. O volume de recursos investidos no SUS está aquém das suas necessidades e, principalmente, das possibilidades existentes dentro do caixa público. Em consequência, essa visão distorcida acentua as desigualdades no acesso, impedindo que o sistema alcance plenamente seus objetivos. Estamos na contramão da história. Estudos comprovam que os países com melhores indicadores de saúde são aqueles com sistemas universais de assistência, com forte participação do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de serviços. É o caso da Alemanha, França, Itália, Espanha, Inglaterra, entre outros. De forma global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o gasto público em saúde equivale a 60%, contra 40% do privado. Há países nos quais o percentual público chega a 80%. No entanto, o Brasil insiste em descumprir a lição. Aqui, os investimentos do governo nesta área-chave representam 45%, para cobrir a totalidade dos brasileiros, contra 55% do privado, que, em princípio, atende apenas um quarto da população brasileira. Tínhamos a esperança de que em dezembro esta lógica fosse rompida com a aprovação, no Senado, do projeto que regulamenta a Emenda Constitucional 29. No entanto, após 11 anos de tramitação e luta, assistimos uma votação que terminou sem garantir a injeção dos recursos esperados para o SUS. Não teremos os sonhados 10% das receitas correntes brutas da União. Na prática, em 2012, o nível federal aplicará o empenhado em 2011 (R$ 72 bilhões) mais a variação do PIB de 2010 para 2011, somando cerca de R$ 86 bilhões. A medida equivale ao que já é feito atualmente. A maior parte da fatura continuará com os estados e municípios, que devem destinar, respectivamente, 12% e 15% de suas receitas à saúde. Se os senadores tivessem tido a ousadia da mudança, o cenário seria bem diferente. Com a aprovação do projeto original – apresentado por Tião Viana – a saúde receberia um incremento de R$ 35 bilhões, chegando a um orçamento de R$ 107 bilhões. Assim, o país romperia definitivamente com seu descompromisso histórico e ingressaria no rol das nações que compreendem suas obrigações sociais, justamente aquelas mais desenvolvidas. Enfim, 2012 já acena com um desafio: retomar a luta pelo financiamento digno da saúde brasileira. Para nós, médicos, este é um compromisso que deve ser efetivamente cumprido.
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