Revista newcor sbc 2015

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Volume XIX - Nº 38 - 2015

Panorama da Cardiologia Atual

Newcor revista

NEWS

Capa

Perfil

7 Décadas de Pioneirismo e Excelência em Cardiologia

SBC

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Prof Dr. Eduardo de Sousa e mais....

• Notícias

Cobertura

• Artigos

70° Congresso Brasileiro de cardiologia

• Atualizações • Opinião Revista Newcor News

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Editorial

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SBC

7 Décadas de Pioneirismo

inegável prestigio e reconhecimento internacional da Sociedade Brasileira de Cardiologia, adquirido pelas ultimas administrações da nossa entidade, foi fruto de um trabalho de abnegados colegas, os quais nas décadas de 70 a 90, pavimentaram as relações internacionais , com suas mais poderosas congeneres das quais é parceira, como o American College of cardiology, American Heart Association e European Society of Cardiology. Para isso, contribuiram decisivamente as edições do XIII Congresso Interamericano de Cardiologia e do XIII Congresso Mundial de Cardiologia, ambos realizados na cidade do Rio de janeiro, respectivamente em 1989 e 1998. Durante meu período na Presidencia da Sociedade Interamericana de Cardiologia, houve um amadurecimento cientifico da cardiologia brasileira, sendo que no período de 1989 a 1992, 12 delegações de renomados especialistas nacionais, puderam se ombrear com seus colegas norte-americanos, nos maiores santuários especializados dos estados Unidos, como a Mayo Clinic, a Cleveland Clinic, por exemplo, contando com a participação de representantes como Adib Jatene, José eduardo de Sousa, para citar apenas alguns deles. Em um periodo de 10 anos que estive na Diretoria da World Heart Federation, abri as portas da grande maioria dos eventos internacionais, para nossos especialistas, bem como da America Latina, já que esta entidade estava representada pela primeira vez por um cardiologista nascido e atuante no continente sulamericano. Durante o recente 70º. Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em minha cidade natal, Curitiba, tive a oportunidade de externar tais feitos para a Memoria da Cardiologia, iniciativa do Museu do Coração para que as futuras gerações possam conhecer os fatos aqui apresentados. Finalizando gostaria de registrar a dedicação do Editor desta revista - Dr. Marcio Araujo pelo vigoroso trabalho para realização desta edição especial. Parabéns !!! Revista Newcor News

Prof. Dr. Mario Fernando de Camargo Maranhão. Presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia (1976-1980) Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (1982-1983) Presidente da Sociedade Interamericana de Cardiologia (1989-1993) Presidente da Federação Mundial de Cardiologia (2001-2002) Presidente do XIII Congreesso Mundial de Cardiologia (1998) Presidente do Conselho Editorial desta Revista

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Expediente

Sumário Homenagem Póstuma Prof Dr. Adib Jatene..........................06

Volume XIX - Nº 38 - 2015

Panorama Atual da Cardiologia no Brasil e no Mundo

Cardio News Notícias.........................................................................................08

Conselho Editorial Presidente: Dr. Mário F. de Camargo Maranhão

Matéria de Capa 7 décadas da Sociedade Brasileira de Cardiologia...............10

Conselheiros: Dr. Armênio Guimarães Dr. Fabio Fernandes Dr. Evandro Tinoco Mesquita Dr. Jorge Pinto Ribeiro Dr. Michel Batlouni Dr. Miguel Barbero Marcial Dr. Nabil Ghorayeb

Gestão Hospitalar Sabincor.......................................................................................30

Uma publicação: Lúcida Artes Gráficas Ltda Rua Carneiro da Cunha,209 sala 1 Saúde - São Paulo - SP - 04144-000 11-2339-4710 / 2339-4711 e-mail: j.marcioaraujo@bol.com.br Diretor - Editor Responsável Dr. J. Márcio da S. Araújo Depto Comercial Gilberto Cozzuol Administração / Circulação Yvete Togni Relações Externas Ariadne De Marchi Produção e Publicação Lucida Artes Graficas

Perfil Prof Dr.Eduardo de Sousa.......................36

Vida Saudável Consumo de Sal..........................................................................38 Perfil Empresarial Bristol-Myers Squibb...................................................................40 Atualização Pesquisa IBGE Tabagismo....................................................................................42 Destaque Dr. Mario Maranhão....................................44

Fotografia Arquivo Agradecimentos José Luchetti DOC PRESS Comunicação Assessoria imprensa - SBC Sociedade Bras. Cardiologia As opiniões expressas ou artigos assinados são de responsabilidade dos autores. 4

Artigo Influência da Hipotensão Arterial na Medida de Reserva de Fluxo Fracionado (RFF) .........................................46 Opinião Mais Médicos? Como? Fim da Residência Médica........................................................48

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Especial

Homenagem Póstuma ao

Prof. Dr. Adib Jatene

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onheci Adib Jatene, há 56 anos, no recém-fundado Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo – hoje Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) – quando eu lá iniciava a Residência Médica (1959) e ele, como assistente do Prof. Zerbini, que Diretor da Cirurgia Cardiovascular do IDPC, dava os primeiros impulsos à sua extraordinária carreira profissional. Aquele jovem médico de apenas 30 anos, já trazia bem demarcados os traços que o caracterizariam ao longo de sua jornada admirável: vocação e talento; arrojo e pioneirismo; espírito de serviço e capacidade de trabalho; integridade e ética; destemor e fé; liderança e autoridade, entre tantas outras virtudes, que poderiam ser também destacadas. E assim, com brilho invulgar, Adib soube desenvolver, o respeitabilíssimo edifício humano que, hoje, mais uma vez contemplamos, com amizade, admiração e saudade. Cabe inicialmente, homenagearmos o médico – cirurgião incomum, habilidoso, criativo, vanguardista, plural, de grandes contribuições e excepcionais resultados, que o fizeram quase que seu paralelo em todas as dimensões da Cirurgia Cardiovascular, no país e fora dele. Da mesma forma, vale homenagearmos o educador médico, que formou Escola e gerações de alunos e seguidores, que nele se miraram, década após década, com grande respeito e admiração, para dele sempre aprenderem e haurirem o seu saber, suas habilidades e suas propostas inovadoras. Também cabe homenagearmos o dirigente hospitalar, que no Dante Pazzanese, no Instituto do Coração e no Hospital do Coração-ASS deixou rastros marcantes de sua visão administrativa, sempre agregadora, sempre vanguardista, com a marca da competência e da competitividade, com que o Serviço Público do Estado de São Paulo se caracteriza.

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“Eu nunca discuto problema, tem gente que se perde na discussão do problema. Eu só discuto solução.”

Mas também, nossas homenagens se voltam a ele como dirigente universitário: na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, como Diretor, ou como Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular, e como promotor da academização da Casa de Dante Pazzanese, ligando-a à USP, na qualidade de Entidade Associada, no início dos anos noventa. Esta Instituição Pública, à qual ele próprio denominava de “competitiva”, tem hoje mais de 150 Doutores, titulados somente nestas duas décadas, além de 10 Professores Livre-Docentes, e um membro titular no Conselho Universitário da USP; tudo isso, graças às suas gestões e à sua visão acadêmica, que se propuseram a estimular centros de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Não poderíamos deixar de homenagear, nesta oportunidade, o líder político da área da Saúde. Quer na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, quer no Ministério da Saúde, Adib Jatene marcou a administração pública, discutindo amplamente a política nacional de saúde, seu financiamento e a distribuição dos seus benefícios à população brasileira. Na atividade médica privada, Adib Jatene igualmente teve destacados e inúmeros méritos: liderou a formação de nossa equipe composta de oito cardiologistas fundadores, clínicos, intervencionistas e cirurgiões que, juntos há mais de cinco décadas e meia, atuamos inicialmente na Beneficência Portuguesa de São Paulo e depois, nos últimos 35 anos,

Dr. Adib Jatene

no Hospital do Coração da Associação do Sanatório Sírio. Este é um grupo quase que sem paralelo, eu diria, pela forma de praticar a Medicina Cardiovascular e pela própria união e longevidade. Nesta equipe, que gerou várias outras, também foi notável a gerência habilidosa da sua direção influente. Os destaques não param por aqui. Adib sempre foi uma voz a ser ouvida. Suas opiniões, muito bem fundamentadas, tiveram – e por que não – têm o peso da sua vivência rica, do seu proceder ético, das suas reflexões maduras, da sua visão peculiar do mundo e das pessoas em quem se mirou. Vi-o citar inúmeras vezes pensadores, filósofos e santos – como Madre Tereza de Calcutá. Em todas elas, a preocupação com o próximo, em particular com os menos assistidos. Creio mesmo, que se pudesse sumarizar esta jornada tão incomum e valorosa, em todas as diferentes e variadas situações, o faria dizendo que ele preocupou-se essencialmente com o ser humano, e com o bem-estar do próximo, em todas as dimensões: física, psíquica e social. Adib Jatene divulgou e demonstrou fartamente, em sua vida admirável, que “o contrário do medo não é a coragem é a fé!” Ele também realçou e enfatizou que sem a fé, não há amor! E que sem amor não há a doação de si mesmo, virtudes essenciais para fazer de um homem, o grande homem que Adib Jatene foi e é, em nossa memória e em nossa saudade!

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Mercado farmacêutico brasileiro deve atingir US$ 48 bilhões em 2020 O mercado farmacêutico brasileiro deverá crescer, em valor de mercado, dos US$ 29,4 bilhões em 2014 para cerca de $ 47,9 bilhões em 2020. O crescimento anual de 8,5%, é estimado segundo a empresa de pesquisa e consultoria GlobalData. O último relatório da empresa afirma que a população cada vez mais idosa do Brasil levará a uma crescente incidência de doenças crônicas e associadas ao estilo de vida dessa população. Esses fatores, aliados ao grande investimento na área da saúde, serão os principais fatores para o crescimento do mercado durante o período previsto. Segundo o Diretor de Dinâmicas da Indústria da Saúde (Healthcare Industry Dynamics) da GlobalData, Joshua Owide, o setor farmacêutico nacional continua a prosperar, principalmente graças às políticas e reformas econômicas do país. "O Brasil emergiu como urn centro global de fabricação para as empresas farmacêuticas e de biotecnologia, com países como a índia investindo pesadamente no setor desde que o ex-ministro da Saúde, José Serra, incentivou o investimento em empresas de genéricos. Como conseqüência, o Brasil é hoje um dos mercados farmacêuticos mais atraentes e promissores do mundo. De fato, o valor de mercado tem aumentado consideravelmente nos últimos seis anos", avaliou Owide. de saúde. "As iniciativas do governo, como o programa Farmácia Popular, têm sido responsáveis pelo aumento da utilização e disponibilidade de genéricos, ainda impulsionado pelo anúncio de um investimento de US$ 34 bilhões no setor saúde brasileiro em 2014". Segundo o levantamento da GlobalData, as principais multinacionais que operam no mercado farmacêutico brasileiro são a Pfizer, a Novartis e a 33BB. enquanto as grandes empresas nacionais são Hypermarcas e a EMS Sigma Pharma.

Cade aprova compra da Hospira pela Pfizer O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição do controle total da norte-americana Hospira pela farmacêutica Pfizer, por intermédio da Perkins, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). Pelo acordo aprovado, após a conclusão da operação, a Perkins será extinta e a Hospira se tornará subsidiária integral da Pfizer. O negócio foi anunciado pelas empresas em fevereiro deste ano e custou US$ 16 bilhões para a Pfizer, que agora deve ampliar as vendas de medicamentos injetáveis e de versões mais baratas de medicamentos biotecnológicos. A Hospira é uma das empresas líderes em venda de medicamentos injetáveis e teve receita de US$ 4,4 bilhões no ano passado. A Pfizer prevê que a aquisição acrescente entre US$ 0,10 e US$ 0,12 ao lucro por ação no primeiro ano após a conclusão do acordo e que gere US$ 800 milhões em economias de custo dentro de três anos. 8

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Brasil é o 15º em pesquisas clínicas Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), as pesquisas clínicas no Brasil precisam de mais incentivo. O país, segundo a entidade, é o 15º do mundo neste quesito, resultando em um déficit anual de US$ 5,5 bilhões na balança comercial do setor. A solução para combater esse déficit está na criação de um ambiente mais favorável à inovação e maior cooperação entre governos, universidades e iniciativa privada. Segundo Antonio Britto, Presidente da Interfarma, os principais centros geradores de novas drogas no mundo são os países onde indústria e universidade trabalham de forma integrada para transformar a pesquisa básica em pesquisa aplicada. “Aqui, há muita resistência das universidades em trabalhar com a iniciativa privada e a iniciativa privada resiste em assumir riscos.”

Ferramenta facilitará países a comprar medicamentos de alto custo Durante a 37ª Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, realizada em junho, em Brasília (DF), diversos países firmaram um compromisso para criar uma plataforma de compra conjunta de medicamentos de alto custo. A finalidade desta ferramenta é garantir melhores preços de compra aos respectivos sistemas de saúde. No Brasil, o orçamento para garantir o acesso aos medicamentos ofertados pelo SUS, em 2014, foi de R$ 12,66 bilhões. Para 2015, considerando o orçamento aprovado, será de R$ 14,05 bilhões, o que representa um crescimento de 11%. Os ministros também aproveitaram a reunião para assinar acordos sobre redução do tabagismo, da obesidade infantil e do sódio nos alimentos, bem como a criação de um banco unificado de informação sobre doação de órgãos.

WAMA Diagnóstica

investe em filial na Suíça

A Wama Diagnóstica anunciou a abertura de uma filial sediada na Suíça, chamada de Wama Diagnostics (Switzerland) Sàrl. Com um investimento de 1 milhão de francos, o objetivo da nova unidade é desenvolver produtos em Biotecnologia e Diagnóstico In Vitro. A filial será estabelecida na região do Cantão do Valais, situada na cidade de Monthey, no Parque Tecnológico BioArk, local que concentra empresas de tecnologia e ciências da vida, além de startups no campo de IVD. As novas tecnologias desenvolvidas serão transferidas para a unidade no Brasil, onde serão fabricados e comercializados os produtos. O Institute of Life Technologies, da University of Applied Sciences Western Switzerland, irá colaborar com as pesquisas. Revista Newcor News

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Estudo aponta que obesidade pode gerar gasto trilionário aos americanos Estudo do Brookings Institute, em Washington, estimou que se os 12,7 milhões de crianças e adolescentes obesos nos EUA, hoje, se transformarem em adultos acima do peso, eles podem gerar gastos extras de mais de US$ 1,1 trilhão ao longo da vida. O número representa 6,6% do PIB do país. Para chegar a esse número, o pesquisador Matt Kasman desenvolveu um modelo que projeta os custos ao longo da vida para dois grupos de pessoas entre 20 e 24 anos, um obeso e o outro com Índice de Massa Corporal considerado normal. O resultado mostra que os custos de adultos obesos são maiores em US$ 92.235 (R$ 276.705). Atualmente, o percentual de adultos obesos entre os norte-americanos chega a 34,9% (78,6 milhões), de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças.

1º país do mundo a zerar a transmissão de HIV de mãe para filho é Cuba

Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu à Cuba a validação por ser o primeiro país do mundo que eliminou por completo a transmissão do vírus da AIDS, o HIV, e da sífilis de mãe para filho. A divulgação foi feita pelo Ministro da Saúde Pública de Cuba, Roberto Morales Ojeda, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) em Washington (EUA). A OMS reconheceu o fato como um marco histórico. Segundo o ministro, todo o procedimento foi possível por meio do sistema social de Cuba. Além disso, Ojeda disse que por trás deste resultado estão anos de esforços para garantir o acesso ágil a cuidados pré-natais, testes e medicamentos às mulheres grávidas, impedindo, assim, que estas doenças sejam transmitidas de mãe para filho.

Novo implante reduz tempo de recuperação em cirurgias Com mais de 22 anos de expertise na produção de implantes, a Engimplan desenvolveu o Esternoplan, solução que diminui o tempo de recuperação em cirurgias. Em vez da antiga fixação do osso esterno com fios de aço, é composto por placas e parafusos que compõem um único sistema, propiciando maior segurança ao paciente, que pode voltar às suas atividades sem a instabilidade e fragilidade das amarrações. Além disso, após sua fixação, possibilita rápido acesso em caso de cirurgia de emergência, já que não necessita desparafusar, basta tirar a trava do sistema e realizar o procedimento. Todos os materiais que compõem o produto são altamente biocompatíveis, ou seja, não provocam rejeição orgânica, e são totalmente regularizados pela Anvisa. 10

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Tabagismo

Distribuição de

é responsável por 85% das mortes causadas por DPOC

medicamentos cresce 18% no semestre

De acordo com o Ministério da Saúde, a DPOC atinge cerca de 7 milhões de pessoas no país e grande parte delas estão sem tratamento. Ainda segundo o ministério, o tabagismo - inclusive o passivo - é responsável por 85% das mortes causadas por DPOC. A doença depende muito de diagnóstico, acompanhamento rigoroso e poderia ter outro panorama com maior conscientização e adesão aos tratamentos inovadores para a população em geral.

Enquanto a maioria dos segmentos econômicos do país amarga retrações, o de distribuição de produtos farmacêuticos pode até comemorar. O faturamento das empresas do setor avançou 18% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas atingiram R$ 6,63 bilhões nos seis primeiros meses de 2015. Em unidades, foram 403 milhões, o que representa elevação de 12%, segundo dados da Abradilan (associação que reúne as distribuidoras). "O setor sente reflexo da crise, mas não tanto quanto os demais. As pessoas só deixam de comprar medicamentos em último caso", diz o diretor-executivo da entidade, Geraldo Cardoso Monteiro.

No Brasil, já estão disponíveis novos tratamentos para essa doença, como o RELVAR® ELLIPTA®, primeiro tratamento de dose única diária que associa um corticosteroide inalatório (CI) a um beta2-agonista de longa ação (CI/ LABA) para o tratamento de asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Lançado pela GSK recentemente, o medicamento busca garantir o controle efetivo da DPOC. Embora os sintomas da DPOC sejam semelhantes aos da asma, as duas doenças são distintas. Na DPOC, por exemplo, há dano estrutural irreversível das vias respiratórias.

Valeant e AstraZeneca fecham acordo A Valeant, farmacêutica canadense, informou que fechou acordo com a britânica AstraZeneca para adquirir, por US$445 milhões pagos em três etapas, os direitos de vender o remédio para psoríase brodalumab. As duas empresas também compartilharão os lucros com a venda do medicamento. Pelo acordo, a Valeant assumirá todos os custos de desenvolvimento associados com a aprovação regulatória do produto. A expectativa é que ele seja submetido para aprovação nos EUA e na União Europeia ainda este ano. 12

Prova de que o segmento também sofre com o freio na economia é o ritmo de expansão em anos anteriores. A média no primeiro semestre costumava ficar entre 20% e 25%, chegando a 30% algumas vezes, segundo a entidade. Os próximos meses devem ser de desaceleração e a estimativa do setor é encerrar 2015 com uma alta de 13% a 15% no faturamento. "Muita gente dispensada no primeiro semestre ainda tinha seguro-desemprego. Agora, não terão mais. Os demitidos deixam de ter plano de saúde e de ir ao médico com frequência, reduzindo o consumo de medicamentos", afirma Monteiro. As 140 empresas associadas à entidade empregam hoje cerca de 11 mil pessoas. "Por enquanto, não temos percebido queda."

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Ministério da Saúde alerta população sobre perigos do narguilé Para conscientizar a população sobre os malefícios do fumo do narguilé, o Ministério da Saúde levou as informações da campanha do Dia Nacional de Combate ao Fumo para perto da população. Um shopping de Brasília (DF) recebeu um totem para alertar que, ao contrário do que muita gente pensa, o narguilé pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão, boca e bexiga, estreitamento das artérias e doenças respiratórias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma hora de uso o narguilé equivale a fumar 100 cigarros. A ação faz parte da campanha nacional “Da Saúde se Cuida Todos os Dias”, que tem como objetivo incentivar as mudanças individuais e de comportamento, reconhecendo que a saúde não é fruto apenas da vontade própria, mas também dos contextos social, econômico, político e cultural em que estão inseridos. O estudante Daniel Barros, de 22 anos, conta que quando soube desta informação parou fazer uso no narguilé. “Fiquei preocupado em saber disso e foi o que me motivou parar de fumar”, disse.

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Canal Saúde passa a ser canal público em 2016 Os ministros da Comunicação, Educação, Cultura e Saúde assinaram um acordo para a instituição do Sistema Público de Televisão Digital nesta terça-feira (1º/9), no Ministério das Comunicações. A iniciativa prevê a entrada no ar de quatro canais públicos – entre eles, o Canal Saúde –, a partir da digitalização da televisão brasileira, que tem início previsto para abril de 2016, podendo estender-se por dois anos até cobrir todo o território nacional. “O Brasil ainda deve um conjunto de TVs públicas para a população se enxergar e que isso signifique um acréscimo de valor cultural, educacional e de democratização da informação", afirmou o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, na assinatura do acordo. Além dos Ministérios das Comunicações, da Educação e da Saúde, o projeto envolve a Secretaria de Comunicação Social, Fiocruz e EBC. A previsão é que ainda em 2015 entrem no ar Canal Saúde e o Canal da Educação, ocupando faixas da multiprogramação da TV Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Na sequência essa transmissão se estenderá a outras cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, com o acréscimo do Canal da Cultura.

Anvisa aprova genérico inédito para o tratamento de hipertensão

Vacina experimental diminui risco de infecção por Aids

A Anvisa publicou na última segunda-feira (31/8) o registro de um genérico cuja substância ainda não tinha concorrente no mercado. Isso significa que os pacientes e médicos terão uma nova opção de tratamento para hipertensão a um custo mais acessível, uma vez que os genéricos chegam ao mercado com um preço 35% menor que o preço de tabela dos medicamentos de referência. Trata-se do besilato de levanlodipino comprimido simples, um anti-hipertensivo da classe dos bloqueadores dos canais de cálcio, indicado nos casos de hipertensão essencial.

Resultado de uma parceria entre o governo da Tailândia e o Exército dos EUA, o maior teste contra a Aids já realizado no mundo aconteceu com 16 mil voluntários tailandeses e descobriu uma vacina capaz de reduzir em quase um terço o risco de contrair o vírus HIV. Todos os voluntários receberam orientações de como se prevenir contra doença, entretanto, a vacina foi dada a metade dos voluntários e a outra metade ganhou um placebo.

O risco de infecção pelo HIV foi 31,2% menor entre aqueles que receberam a vacina do que entre os que tomaram o placebo. O resultado é encarado com otimismo por cientistas, Somente em 2015, a Anvisa já aprovou 26 embora uma vacina global contra a Aids ainregistros de medicamentos genéricos inédi- da esteja longe de ser alcançada. tos. A concessão do registro significa que esse medicamento é equivalente terapêutico de seu referêncial e que possui qualidade, eficácia e segurança comprovadas. 14

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Lifemed inicia produção de três novos produtos A empresa Lifemed vai iniciar a produção e a comercialização de três novos produtos. O primeiro deles é a reprocessadora de endoscópios Endolav Premium, capaz de efetuar a desinfecção de dois endoscópios convencionais simultaneamente e a única a efetuar a desinfecção do novo endoscópio ultrassônico. Os outros dois são: o monitor de sinais vitais LifeTouch de 17 polegadas, que disponibilizará todos os parâmetros de monitorização de sinais vitais de forma modular, e o sistema de monitoramento remoto Signove, que funciona por meio de simulação ao vivo, integrando sistemas de comunicação e web, e que permitirá ao profissional acompanhar os sinais vitais de seu paciente a partir de qualquer lugar em que esteja.

Takeda anuncia entrada no setor de Oncologia A Takeda, oitava maior farmacêutica do País e que tem o 7º maior pipeline entre as companhias globais, lançou oficialmente sua área de Oncologia no Brasil, dando um passo importante em seu compromisso de luta contra o câncer. Somente em 2013 foram investidos US$ 3,3 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, sendo 34% desse valor destinado a este setor, que representará, em faturamento, aproximadamente 9% do portfólio da Takeda em 2018, com a expectativa que represente 26,4% do crescimento total da companhia no País.

GE Healthcare planeja beneficiar mais de 350 milhões de pacientes A medicina tem progredido a passos largos, mas ainda enfrenta muitos desafios, como orçamentos reduzidos, envelhecimento da população e aumento de doenças crônicas. Os países emergentes, inclusive o Brasil, buscam investir em tecnologia, infraestrutura e, principalmente, em mão de obra especializada para aumentar o acesso à saúde de qualidade. Diante dessa necessidade, a GE Healthcare acaba de anunciar um investimento de US$ 1 bilhão em ações globais para capacitar mais de dois milhões de profissionais, entre médicos, radiologistas, tecnólogos, obstetras, enfermeiros, biomédicos, engenheiros e outros. A aplicação visa beneficiar mais de 350 milhões de pacientes – número equivalente à população dos EUA ou 4,3% da população mundial – até 2020, incluindo o Brasil.

O Brentuximabe Vedotina, primeiro produto oncológico do laboratório chegou ao Brasil em janeiro de 2015 e é uma evolução no tratamento da doença. Revista Newcor News

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Capa

Sociedade Brasileira de Cardiologia

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undado pelo jovem cardiologista Dante Pazzanese, mineiro formado no Rio de Janeiro, em 1937 criou o serviço de Cardiologia no Hospital Municipal de São Paulo, e desde os anos 30 promoveu cursos de eletrocardiologia. Em 1939 fez um estagio de alguns meses no Heart Station, da Universidade de Michigan, dirigido por Frank Wilson, onde entrou em contato com novos conceitos e aplicações da Eletrocardiografia. Em 1943, o Dr. Dante organizou o primeiro curso de Cardiologia no Hospital Municipal de São Paulo, que foi muito bem frequentado. Numa atitude pioneira e de notável visão, o Dr. Dante Pazzanese promoveu a reunião de fundação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 14 de agosto de 1943

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Sociedade Brasileira de cardiologia - SBC tornou a Cardiologia brasileira uma das mais avançadas do mundo Foi uma reunião sem pauta científica, apenas de fundação da Sociedade, eleição da primeira diretoria e aprovação dos estatutos. Entre os 112 sócios fundadores constam vários nomes expressivos da Medicina brasileira, entre os quais Dante Pazzanese e seu irmão Olavo, Jairo Ramos, Luiz Décourt, Reinaldo Chiaverini, Adriano Pondé, Leovegildo Mendonça de Barros, Quintiliano Mesquita, Eurico Bastos, Horácio Kneese de Mello, Matos Pimenta, Vieira Romeiro, Bernardino Tranchesi, Waldemar Decache, Luiz Feijó, Rubens Maciel, Francisco Laranja, Edgard Magalhães Gomes, Celestino Bourroul, entre outros. Dante Pazzanese foi eleito primeiro presidente, numa justa homenagem a seu espírito pioneiro e agregador. A primeira reunião científica da recém-criada Sociedade de Cardiologia foi instalada na Santa de Misericórdia de Campinas, em 12 de fevereiro de 1944. Daí para diante as reuniões foram realizadas sem interrupção, passando posteriormente a chamar-se Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia; oito trabalhos foram apresentados na primeira reunião, predominando os temas Eletrocardiografia, Hipertensão Arterial, Infecção Reumatismal, Complexo de Eisenmenger e estudos radiológicos do coração. Estima-se em menos de cem os participantes.

American Heart Association (1924), Sociedade Mexicana de Cardiologia (1935), Sociedade Argentina de Cardiologia (1937) e Sociedade Cubana de Cardiologia (1937). Depois, bem mais tarde, os Departamentos foram criados nas Universidades, englobando áreas afins, tal como o Departamento de Cardio Pneumologia da Universidade de São Paulo, criado em 1956/57 pela junção das equipes dos professores Décourt e Zerbini. (2). Neste ano comemoram-se os setenta anos da Sociedade. A história da Sociedade Brasileira de Cardiologia confunde-se com a trajetória da própria Cardiologia brasileira. Dante Pazzanese, Jairo Ramos, Reinaldo Chiaverini, Luiz V. Décourt e Euryclides de Jesus Zerbini, em São Paulo; Magalhães Gomes e Luiz Feijó no Rio de Janeiro; Luiz Tavares, no Recife; Adriano Pondé, na Bahia; Rubens Maciel e Eduardo Z. Faraco, no Rio Grande do Sul; Arnaldo Eliam e Moysés Schuster, em Belo Horizonte; Gastão Pereira da Cunha, em Curitiba, foram alguns pioneiros na implantação da Cardiologia brasileira como especialidade. Eles criaram serviços próprios, promoveram cursos na graduação e pós-graduação, criaram residências, fundaram institutos e estimularam pesquisas.

A especialidade cresceu rapidamente A SBC foi a quinta sociedade criada no continente americano, precedida apenas pela no Brasil, como de resto em todo mundo. As Revista Newcor News

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Capa doenças cardíacas assumiram enormes proporções e simultaneamente extraordinários avanços científicos ocorreram. As doenças não transmissíveis, especialmente a Aterosclerose, Hipertensão Arterial e Diabetes sobrepujaram as doenças infecciosas como principal causa de mortes e morbidades aqui e no mundo todo, acarretando enormes perdas humanas e gastos astronômicos. Por outro lado, os progressos científicos e os avanços técnicos criaram poderosos instrumentos diagnósticos, tais como os métodos de imagem, bem como novas formas de tratamento. Ao longo dessas décadas a Sociedade Brasileira de Cardiologia cresceu de modo exponencial, não apenas acompanhando, mas indicando e iluminando os caminhos da especialidade. Hoje é a quarta sociedade do gênero no mundo, quanto a número de sócios. A qualidade científica e a organização de congressos melhoraram nitidamente; considerável número de conferencistas da América do Sul, Estados Unidos e Europa frequentam os congressos de modo que a reunião tornou-se virtualmente internacional.

dirigentes eventuais. Num momento em que o país vive grave crise de condutas éticas no trato das coisas públicas, a Sociedade é um exemplo de seriedade e competência. Porém, a missão não está totalmente cumprida. As desigualdades na qualidade da assistência médica no país diminuíram, mas estão longe de serem vencidas. Precisamos lutar pela excelência da prática médica em todos os recantos; os doentes merecem o melhor de nós, e não podemos transigir com incompetência, improbidade e ganância. Precisamos estender os cuidados modernos a todos os cidadãos e não apenas aos privilegiados. Precisamos, com urgência, batalhar por melhor ensino médico em todas as faculdades; o primeiro requisito para boa assistência médica é o médico competente. Necessitamos dados nacionais confiáveis para estabelecer políticas públicas; não é possível fazer propostas de saúde nacionais sem conhecer profundamente a nossa realidade. Precisamos estudos nacionais para derivar conclusões científicas baseadas na nossa população e nossas condições de vida, e não depender de receitas externas. Nossa população de quase duzentos milhões, os mais de 150 centros cardiológicos bem equipados, a massa crítica de pesquisadores clínicos de que hoje dispõe a Cardiologia brasileira oferecem condições únicas para que se façam amplos estudos aqui.

Líderes mundiais, do passado e do presente, como Paul Dudley White, Charles K. Friedberg, HJC Swan, William Ganz, Rene Favaloro, Eugene Braunwald, Peter Libby, Valentin Fuster, apenas para mencionar poucos, compartilham conosco seus conhecimentos e contribuições científicas. O congresso é a principal atividade científica anual da Sociedade, A SBC tem hoje competência e na realicobrindo prática médica, ensino, pesquisa e dade obrigação de içar essas bandeiras. Pela atualizações em todos os campos. sua trajetória, a Sociedade conquistou a confiança de todos os cardiologistas brasileiros Nessas décadas houve grande cresci- e o respeito de toda classe médica. Arrisco mento no número de sócios da entidade, de afirmar que os fundadores, mesmo nos seus seu patrimônio e do aprimoramento de sua sonhos mais otimistas, não imaginaram a diestrutura administrativa. É digno de nota que mensão que sua iniciativa pioneira tomaria no a trajetória ascendente da SBC nunca foi in- futuro. Urge agora encarar os novos desafios, terrompida; todas as diretorias deram contri- com determinação e fé na própria competênbuições específicas para o crescimento da en- cia, para a que a história da Sociedade seja tidade e as linhas mestras de seus objetivos sempre pautada pela dignidade, altruísmo e continuaram ininterruptas, independente dos espírito pioneiro. 18

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Pesquisa de cientista brasileiro nos EUA sobre nicotina foi discutida no 70° Congresso Brasileiro de Cardiologia em Curitiba Adesivos para nicotina elevam batimentos e pressão, mas efeitos colaterais desaparecem e continuam sendo um tratamento indicado para o tabagismo

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nicotina absorvida através de adesivos para parar de fumar eleva os batimentos cardíacos e a pressão arterial, mas recente pesquisa feita por um brasileiro nos Estados Unidos comprovou que o efeito é passageiro e não cumulativo como o de outros elementos tóxicos existentes no cigarro. O trabalho é do cardiologista Márcio Gonçalves de Sousa, que usou fumantes voluntários, no maior centro de investigação sobre efeitos cardiovasculares do fumo, na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Márcio, que coordena o Comitê de Controle do Tabagismo da Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, acaba de voltar dos EUA e participou da discussão do Brasil Prevent, que aconteceu em setembro, no Expotrade de Curitiba, durante o Congresso Brasileiro de Cardiologia. O Brasil Prevent é um evento voltado especificamente para a prevenção das doenças cardiovasculares, que são líderes de mortalidade no País. Os problemas relacionados ao coração causam 350 mil mortes a cada ano, grande parcela das quais evitáveis, diz o médico, se combatidos adequadamente os fatores de risco. Os principais fatores de risco são a obesidade, colesterol elevado, hipertensão arterial, sedentarismo e, em especial, o tabagismo. Pesquisa com cigarro e nicotina Márcio Gonçalves de Sousa conta que trabalhou nos Estados Unidos com o Prof. Neal Benowitz, no grupo do Dr. Stanton Glantz, considerado o inimigo número um da indústria do fumo, com quem desenvolveu o projeto de pesquisa de três semanas, para a qual contou com jovens fumantes saudáveis, que dividiu em três grupos. “Na primeira semana os voluntários fumaram normalmente”, conta o especialista, e passaram por exames completos, incluindo a mo-

noximetria, que indica a quantidade de monóxido de carbono no organismo. Na segunda semana não foi permitido fumar e um grupo recebeu diariamente adesivo de nicotina com 21 mg, outro adesivo com 42 mg e um terceiro recebeu placebo, isto é, esses voluntários receberam adesivo, mas sem saber que não continha nicotina alguma. Já na terceira semana todos permaneceram sem fumar. A análise dos efeitos cardiovasculares mostrou que com o cigarro e também com o adesivo, o organismo reagia com aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. O que explica porque, havendo outros fatores de risco, um único cigarro pode, em determinado momento, ser o gatilho para um infarto. Resultado positivo A boa notícia, revela o médico, é que enquanto o efeito nefasto sobre o coração é crônico, quando do uso do cigarro, o efeito provocado pelo adesivo de nicotina desaparece sem sequelas, rapidamente, o que confirma o adesivo como um tratamento indicado para o tabagismo. O estudo foi muito completo, conclui o médico. “Fizemos análise de vários marcadores inflamatórios ligados a problemas cardiovasculares e não constatamos efeitos negativos do adesivo, nenhuma alteração da coagulação nem alterações na resistência à insulina, por exemplo”. A pesquisa reforça a segurança do adesivo de nicotina no tratamento do tabagismo e é importante na luta da redução do mesmo. O Brasil é um dos países que mais conseguiu reduzir sua prevalência, 30% nos últimos 10 anos. O que faz com que hoje menos de 11% da população adulta seja tabagista. O resultado da pesquisa é subsídio para as campanhas que objetivam fazer com que mesmo essa população abandone o cigarro.

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Medicação injetável para controle do colesterol

Foi tema do Congresso de Cardiologia, em Curitiba O Congresso da SBC, reuniu os mais importantes cardiologistas do país e do mundo na capital paranaense

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70° Congresso Brasileiro de Cardiologia, aconteceu dia 18 de setembro, em Curitiba, é foi uma oportunidade para uma discussão sobre uma nova terapia para tratamento do colesterol alto, queixa de muitos pacientes. Trata-se de uma injeção de anticorpos monoclonais, terapia hoje já usada por muitos pacientes com problemas inflamatórios e oncológicos, cuja liberação já foi pedida para a Anvisa. O medicamento baixa o nível de colesterol e estará indicado para aqueles pacientes onde só a terapia com os comprimidos (estatinas) não é suficiente.

sas. Também é indicada para quem, mesmo tomando estatina, não logra baixar suficientemente o colesterol, precisando um segundo medicamento. A terceira indicação é para a hipercolesterolemia familiar, que ocorre em famílias nas quais, por problemas genéticos, várias pessoas tem colesterol elevado, fenômeno presente também nas crianças e que exige cuidados. Há duas semanas na Europa

Ainda segundo Rocha Faria, os anticorpos monoclonais anti-PCSK9 são conhecidos há algum tempo, mas só recentemente as O tema foi discutido no simpósio do De- pesquisas demonstraram sua eficácia, o que partamento de Aterosclerose da Sociedade levou Estados Unidos e Europa a liberarem o Brasileira de Cardiologia - SBC, organizadora medicamento. Na Europa a comercialização do congresso. O evento foi aguardado pelos foi iniciada há poucas semanas. 6.000 especialistas brasileiros que estiveram “No Brasil, dois laboratórios, Sanofi e presentes, além de vários dos mais destacados cardiologistas internacionais, especial- Amgen entraram com pedidos junto à Anvisa para comercializarem o produto”, explica o mente convidados. cardiologista, e ele deve ser ministrado a cada Para o presidente do Departamento de duas semanas, por uma injeção subcutânea. Aterosclerose da SBC, José Rocha Faria Neto, 350 mil mortes anuais a novidade é muito auspiciosa, mas a medicação tem indicação específica, não deve ser O interesse dos cardiologistas pela meusada por qualquer pessoa que precise baixar o colesterol e, inicialmente, deverá será cara. dicação de controle do colesterol é grande, porque o coração é a maior causa de morte no O especialista explica que a indicação é Brasil, respondendo por 350 mil óbitos anupara os pacientes que não suportam as estati- ais, muitos evitáveis, lembra o presidente da nas, medicação tradicional, mas que pode ter Sociedade Brasileira de Cardiologia, Angelo como efeito colateral dores musculares inten- de Paola. 20

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O motivo é que os fatores de risco para o coração são fartamente conhecidos, mas ainda insuficientemente combatidos. São eles a obesidade, tabagismo, hipertensão arterial, sedentarismo e a taxa de colesterol elevada, que leva ao estreitamento e bloqueio das artérias coronárias, o que caracteriza o infarto. O problema, diz Rocha Faria, é que ainda há poucos dias vários meios de comunicação deram abrigo a informações falsas, que dão a entender que não seria tão importante controlar o colesterol, o que não é verdade. Grave também é o modismo de usar ‘óleo de coco’ como gordura saudável, quando o coco é rico em gorduras saturadas, que no organismo vão produzir colesterol. As gorduras recomendadas e que com evidências científicas comprovam ser úteis são o azeite

de oliva e óleo de canola. O especialista conclui reafirmando que não há dúvidas sobre o papel do colesterol sanguíneo como fator de risco independente para doenças cardiovasculares, fato comprovado por estudos experimentais, epidemiológicos, genéticos e de intervenção. O adequado controle do colesterol é recomendado por diretrizes nacionais e internacionais de sociedades médicas, como a SBC, de nutrição, órgãos governamentais e a Organização Mundial da Saúde. Os anticorpos monoclonais que combatem o colesterol representam mais uma arma e importante, para que a Medicina possa reduzir o número de brasileiros que morrem a cada ano em decorrência do infarto.

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Museu do Coração da Sociedade Brasileira de Cardiologia

Ficou de 18 a 21 de setembro, no Expotrade de Curitiba A mostra terá várias atividades interativas e lúdicas, como montar um prato saudável em uma tela de computador ou aprender a salvar uma pessoa com parada cardíaca

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imenso coração de um elefante, o fortíssimo coração da girafa, que precisa ter força para bombear o sangue até o alto do longo pescoço, o minúsculo coração do beija-flor, o coração de um homem que morreu devido a um infarto, com as coronárias entupidas bem definidas e até uma viagem dentro de um coração, feita com óculos especiais, foram ser apreciados em Curitiba, no Museu do Coração, que foi montado durante o congresso da SBC.

nitores especialmente treinados farão demonstração do atendimento que o leigo pode prestar durante uma emergência. Bonecos especiais estavam no Museu, recebendo massagem cardíaca, que pode ser a salvação de um infartado, mantendo sua vida, enquanto o socorro especializado não chega.

E é para atrair a garotada que o Museu fez convênio com a Secretaria da Educação para que leve os alunos das escolas municipais para visitar a mostra. O que não impede que escolas particulares e grupos interessaA iniciativa, da Sociedade Brasileira de dos visitem por conta própria ou se prograCardiologia, é a mais importante ferramenta mem pelo telefone da Sociedade Brasileira de dos especialistas para conscientizarem a so- Cardiologia, (11) 3411-5500, com Carolina ou ciedade dos fatores de risco para o coração e, Juliana. assim, reverterem as estatísticas que indicam as doenças cardiovasculares como a maior O Coração Cidadão causa de morte no Brasil, responsáveis por 350 mil óbitos a cada ano. O tema deste ano do Museu é ‘O Cora“ ção Cidadão’, muito evoluído em relação aos O que nos entristece nesse número, é anos anteriores, quando foi levado a Porto Aleque grande parte dessas mortes são evitá- gre, Salvador, Brasília, e bem diverso de uma veis”, diz o cardiologista Emílio Cesar Zilli, que das suas primeiras edições, em 2008, na pródesenvolveu o Museu itinerante com o obje- pria Curitiba. Emílio Zilli conta que ao longo tivo de educar principalmente as crianças no dos anos o Museu cresceu muito e desta vez sentido da prevenção. presta também uma homenagem especial, na forma de uma sessão dedicada à História Apesar do Museu se voltar principalmen- da Cardiologia do Paraná. te para a prevenção, tem uma sessão inteira dedicada ao tratamento e mesmo à ressusZilli conta também que como se destina citação após parada cardiorrespiratória. Mo- primordialmente ao público infanto-juvenil, o 22

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Museu do Coração é bastante lúdico. O exemplo é o quadro ‘O Prato Saudável’, brincadeira na qual a criança escolhe e vai tocando numa tela os alimentos cujas imagens se sucedem. No final das escolhas, o programa informa se o prato é saudável do ponto de vista cardiológico e se há verduras, legumes e frutas suficientes na refeição escolhida. Ainda segundo o responsável pelo Museu, o brasileiro já conhece suficientemente os fatores de risco para o coração, obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial, colesterol elevado e tabagismo, mas ainda não introjetou o combate a esses fatores em sua vida diária. Tanto é assim que a criançada passa tempo demais no computador e no celular,

deixando de se exercitar. A população brasileira continua engordando, a obesidade já é registrada até na primeira infância. Com os jogos educativos, o folder que foi distribuído aos visitantes e os painéis mostrando outros problemas para o coração, os cardiologistas esperam ajudar a formar uma sociedade que tenha mais cuidados com seu coração. É que afinal, diz ele, embora a Medicina tenha muitas armas para ajudar quem sofreu um infarto, um derrame, ou tem uma arritmia ou insuficiência cardíaca, o melhor caminho é e continuará sendo a prevenção.

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70° Congresso

Brasileiro de Cardiologia

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70° Congresso Brasileiro de Cardiologia, em Curitiba, deverá superar, em termos de programação científica, o evento de Brasília, que foi considerado um dos melhores já realizados pela SBC. A colocação é da diretora científica da SBC, Maria da Consolação Vieira Moreira, que, com a equipe de preparação, selecionou 500 palestrantes brasileiros e de mais de 30 estrangeiros, entre os maiores especialistas mundiais de cada setor da Cardiologia.

“Na escolha dos palestrantes, fizemos questão de contemplar as regiões brasileiras, escolhendo especialistas de todos os estados, de forma a reduzir as diferenças regionais e valorizar a alta capacidade dos especialistas distribuídos pelo território nacional”, diz ela. Cerca de 15% dos palestrantes é representada por jovens cardiologistas. “Assim, prestigiamos essa importante força médica do país”. Nova geração Essa determinação vai resultar, inclusive, em renovação dos conferencistas, valorizando o “sangue novo” e as experiências regionais, pois é preciso lembrar que o tamanho do território brasileiro faz que haja realidades diferentes nos estados com maior ou menor oferta de serviços, de hospitais, de recursos, e a diversidade da origem dos apresentadores visa retratar essa diversidade de condições.

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A diretora científica apostou no grande sucesso do congresso, também por causa da infraestrutura de Curitiba, que extrapola o moderno Centro de Convenções. A cidade tem um parque hoteleiro com opções para todos os gostos, farto transporte e também condições de lazer, que incluem atrações variadas. “Às quais há de somar o Museu do Coração e restaurantes regionais, internacionais, italianos principalmente, e churrascarias famosas, pois a tradição culinária do sul do Brasil beneficia, em grande parte, quem é apreciador de carnes”, completa.

70° Congresso Brasileiro Organização Sociedade Brasileira de Cardiologia Av. Marechal Câmara, 160/Sala 330 Centro - CEP: 20020-907 Rio de Janeiro - RJ Tel.: 55 21 3478-2700 ou 0800 314 4409 (Somente de telefones fixos) www.cardiol.br Local Expotrade Convention Center Rod. Dep. João Leopoldo Jacomel, nº 10.454 Vila Amélia CEP: 83320-005 - Pinhais - PR

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Tel.: (41) 3661-4000


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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) comungam, nas suas origens, do mesmo idealizador e fundador.

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ante Pazzanese, fino sensor de seu tempo, entreviu a importância de se ter Instituições inteiramente voltadas à Cardiologia, em nosso meio e, tanto a SBC, ao longo de sete décadas, como o IDPC, de seis decênios, vieram dar amplo cumprimento àquelas expectativas, plantadas já em meados do século passado. São indiscutíveis, e conhecidas de todos, as formidáveis contribuições, que ambas Instituições, em seus respectivos campos de atuação, têm dado frente às suas distintas missões e desafios. Em 2015, em que se celebram as sete décadas da SBC, vale lembrar alguns aspectos do Dante Pazzanese, que tem tido destacado papel na especialidade. No ano passado, o Instituto comemorou seu Jubileu de Diamante (1954-2014) com grande realce: à restauração de sua área física (hoje com 62.000 m²); à atualização de seu parque tecnológico, novo praticamente na totalidade; à ampliação da capacidade instalada (de 303 para 384 leitos no último sexênio); à atividade assistencial, que dobrou na década passada (2.750.000 atendimentos em 2014) e, sobretudo, ao grande salto realizado 28

na área de Ensino e Pesquisa. Tendo, há 25 anos, se tornado Entidade Associada da Universidade de São Paulo, o Dante Pazzanese iniciou um profícuo e sustentado processo de academização que resultou, de 1992 a 2005, na obtenção do Doutorado por metade de seu corpo clínico (na época, 91 médicos). Isto foi conseguido majoritariamente, junto à Disciplina de Cardio-Pneumologia da Faculdade de Medicina da USP. Em 2006, a Instituição aplicou seu próprio Programa à Universidade de São Paulo e à CAPES, obtendo aprovação para o início de suas atividades, em abril de 2007. Com uma área de concentração, seis linhas de pesquisa, 18 disciplinas e 21 docentes, o Programa conta com 104 alunos matriculados e com 50 teses já defendidas até o presente. Sua característica diferencial, em nosso meio, é a integração de saberes das áreas de Bioengenharia e de Medicina Cardiovascular, esta voltada especificamente às intervenções percutâneas e cirúrgicas, que o faz distinto da maioria dos Programas clássicos voltados à Cardiologia.

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A constituição do Pós-Doutorado foi consequência natural, ocorrida em 2011, proporcionando aos doutores, em particular aos recém-titulados, a continuidade de suas linhas de investigação. Por outro lado, os outros profissionais da Saúde, das dez diferentes categorias que atuam na Casa, também evoluíram no campo do Ensino, consolidando os cursos de Aprimoramento e buscando a especialização por meio da Residência, o que já foi obtido desde 2012, na área da Enfermagem, junto à Escola de Enfermagem da USP, onde nos foram oferecidas, 12 vagas em 2014. Concomitantemente, a Residência Médica do IDPC, a mais antiga da Especialidade no país (desde 1959) buscou, junto ao Ministério da Educação (MEC), credenciamento de mais 30 vagas para Residência em Cardiologia (hoje com um total de 66 ingressantes por ano); além de novas vagas para as sete diferentes áreas de atuação aprovadas pelo MEC: Hemodinâmica, Ecocardiografia, Cardiologia Pediátrica, Endovascular, Eletrofisiologia, Ergometria e Transplante Cardíaco, para os já graduados em Cardiologia Geral ou Cirurgia Vascular. Ainda, para aprimorar o Ensino, promoveu-se a modernização da infraestrutura: contando a Instituição com vários laboratórios, lan-biblioteca, auditórios e museus e criando-se dois centros de treinamento, um para Emergências Cardiovasculares, BLS, ACLS, RCP e outro para treinamento e simulação avançados em Ecocardiografia, Intervenções Percutâneas e Cirurgia Cardiovascular, com nove diferentes simuladores. Todo esse implemento na especialização (latu senso), associado ao forte impulso ao stricto sensu, impactou no terceiro pilar institucional: a pesquisa. Formaram-se os laboratórios de Biologia Molecular e o de Doença de Chagas; reformou-

-se a Cirurgia Experimental, seus anexos e o alojamento de animais, estes ligados à área de desenvolvimento da Bioengenharia. Neste ano de 2015, o IDPC conta com um total de 175 projetos de pesquisa, 47 subvencionados pela FAPESP ou pelo CNPq, envolvendo cerca de R$ 22.000.000,00, para impulsionar investigações modernas, inovadoras e de grande interesse nesta área do saber. Assim, assistência diferenciada, ensino pós-graduado lato e strictu senso e pesquisa na fronteira do conhecimento fazem, hoje, da Casa de Dante Pazzanese uma importante Escola de Medicina Cardiovascular, que a habilita a fazer frente às grandes demandas do século XXI, na promoção da Saúde, do bem-estar social e de desenvolvimento, na especialidade médica. ■

Profª Drª Amanda GMR Sousa

Diretora Geral do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (desde 2009) Presidente da Comissão de Pós-Graduação e Coordenadora do Programa USP-IDPC

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Sabincor

Desde 1998, centro de excelência em serviços diagnósticos e terapêuticos em Cardiologia, Neurologia, Angiologia, entre outros

- Que carreira pretendes seguir? - A medicina. - Por que a escolheste? - Porque é a que oferece mais encantos, porque por intermédio dela, estudarei este emaranhado de vasos, esta reunião de músculos, esta teia de nervos.

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oi assim que o médico e escritor juizforano Pedro Nava respondeu a um questionário preparado pelo colega Carlos Paiva Gonçalves, quando era ainda garoto e estudava no Colégio Pedro II. E foi este encantamento pela arte de curar que sempre motivou os fundadores do Sabincor.

O Sabincor foi criado para ser um centro de excelência em serviços diagnósticos e terapêuticos em Cardiologia, Angiologia, Neurologia, entre outros. Ao longo de seus 17 anos, muito foi investido em serviços de alta complexidade, tecnologia de ponta aplicada à Medicina com foco no cuidado humanizado ao paciente. O resultado foi além e o Sabincor passou a ser sinônimo também de pioneirismo médico-científico. Eficiência, profissionalismo e humanização são os pilares do Sabincor. O Sabincor busca constantemente novos desafios para manter a qualidade conquistada com os anos de experiência certificada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e novos métodos que tornem o exercício da Medicina um gesto de muita técnica somada ao cuidado imprescindível ao ser humano.

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Pioneirismo e liderança regional No final da década de noventa, a paciente L. A., 64 anos, foi encaminhada às pressas ao hospital com dor torácica aguda. A equipe do Sabincor avaliou o caso e concluiu que a melhor indicação era o implante de um Stent Farmacológico, procedimento inédito em Juiz de Fora até aquele momento. O procedimento foi então realizado com sucesso pela equipe. O Sabincor foi o primeiro em Minas Gerais a utilizar o ecocardiograma intracardíaco em ablação de fibrilação atrial (FA) e na implantação do sistema de mapeamento eletro-anatômico CARTO, sistema que permite a reconstituição tridimensional em cores da atividade elétrica cardíaca, melhorando significativamente os resultados dos procedimentos invasivos para tratamento das arritmias cardíacas e reduzindo as taxas de complicações. Novamente na liderança, em 2013, o Sabincor realizou o primeiro implante percutâneo de valva aórtica em Juiz de Fora. O implante por cateter de prótese valvar aórtica deixou de ser experimental e foi reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina. Existem, hoje, mais de 60 mil casos de pacientes tratados por TAVI na Europa e nos Estados Unidos e cerca de 1400 casos no Brasil, com bons resultados clínicos. O estudo randomizado PARTNER demonstrou vantagem do emprego da técnica por via percutânea em comparação com os procedimentos cirúrgicos clássicos ou tratamento clínico convencional em pacientes idosos de alto risco cirúrgico. A

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista solicitou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) antecipasse a inclusão desse método no rol de procedimentos obrigatórios para cobertura pelos planos de saúde, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Associação Médica Brasileira. O Sabincor adota uma política forte de inovação e aprimoramento técnico constante, buscando sempre trazer para Juiz de Fora recursos de última geração utilizados nos melhores centros de Cardiologia do país e do mundo. Há dois anos, o uso do Sistema de Medição Fluxo Fracionado de Reserva (FFR) faz parte do rotina da clínica. O método mostra que lesões devem ser tratadas através de revascularização percutânea e quais devem ser mantidas em tratamento clínico. Uma avaliação econômica do estudo FAME revelou que a intervenção coronariana guiada pelo FFR é uma das raras situações na medicina moderna onde uma nova tecnologia não somente melhorou resultados mas também poupou recursos.

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Informe Publicitário A busca pela excelência culminou com a criação de um evento científico de grande porte, o Congresso Sabincor de Atualidades em Cardiologia, oferecido anualmente desde 2003 para atualização de profissionais da área da saúde. O Sabincor também realiza, há 15 anos o Curso de Emergências Cardiovasculares ministrado por especialistas do Hospital Albert Sabin. Os melhores alunos do curso são selecionados para estágio na Unidade Coronariana com acesso à Hemodinâmica, métodos gráficos e cirurgia cardíaca.

Hoje, oferecemos em nosso serviço de Hemodinâmica procedimentos diagnósticos como cineangiocoronariografia, arteriografia digital (aorta/carótidas/membros/cerebral), estudo eletrofisiológico, bem como procedimentos terapêuticos como angioplastias, implantes de stents, valvuloplastias, ablações, embolizações e implante de marcapassos e cardiodesfibriladores. Em nosso serviço de imagem e métodos gráficos dispomos de ecocardiograma bidimensional color Doppler, transesofágico e sob estresse farmacológico, M.A.P.A., Holter e ergometria. Em parceria com o Hospital Albert Sabin, o Sabincor dispõe também de um ser¬viço de cirurgia cardíaca de alto padrão e de uma Unidade Coronariana moderna e atua¬lizada. Agora, com a reestruturação do Hospital Albert Sabin, o Sabincor amplia e moderniza seu espaço para dar continuidade aos excelentes serviços prestados. O Sabincor acaba de adquirir um novo aparelho para a Hemodinâmica, o Allura Xper FD 10 F da Philips que brevemente entrará em funcionamento, assim que as obras de ampliação forem concluídas. O novo modelo melhora a percepção e controle para executar procedimentos cardíacos, proporcionando imagens de alta resolução em baixa dose de raios-x. Contudo, a nova infraestrutura é apenas um dos aspectos que traduzem a preocupação da clínica em manter a qualidade conquistada ao longo dos anos. 32

Em 2010, o Sabincor criou o projeto Diretrizes em Debate, que traz os maiores especialistas do País, participantes da criação da diretriz a ser estudada, para discuti-la com os cardiologistas juizforanos. Desde o início do projeto, já foram realizados nove eventos com os temas Hipertensão Arterial, Insuficiência Coronariana – infarto agudo do miocárdio com supra de ST, Fibrilação Atrial, Implante Por Cateter de Bioprótese Valvar Aórtica, Reserva de Fulxo Fracionado (F.F.R, Dislipidemias, Prevenção da Aterosclerose, Antiagregantes Plaquetários e Anticoagulantes em Cardiologia, entre outros. Ao perceber a necessidade de atualização para os profissionais gestores da saúde, em maio de 2015, o Sabincor realizou o I Colóquio de Gestão em Saúde, com apoio da Fundação Getúlio Vargas, no qual questões fundamentais para os gestores da saúde foram discutidas e boas propostas foram geradas. Eventos voltados para a comunidade também são realizados com freqüência, como o Praça do Coração, no qual uma equipe do Sabincor afere a pressão arterial, mede glicemia capilar e circunferência abdominal e calcula o IMC além de oferecer informações sobre doenças cardiovasculares ao público leigo. O Sabincor também patrocina atletas locais e eventos esportivos da região para incentivar a prática de atividade física.

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Congresso Sabincor de Atualidades em Cardiologia Em Outubro de 2003, na Sociedade de medicina e Cirurgia de Juiz de Fora, realizou-se, o primeiro Simpósio Sabincor – Atualização em Doenças Cardiovasculares. O Sabincor criou este evento para que os cardiologistas de Juiz de Fora e região pudessem se atualizar, discutir pontos de vista e partilhar dúvidas e certezas. Já neste primeiro simpósio, convidados de renome nacional estiveram presentes para discutir assuntos de relevância para a Cardiologia naquele momento. O evento cresceu e tornou-se um congresso de alto valor científico para a região. Ao longo dos anos, além do evento principal para médicos, foram agregadas atividades para outras especialidades da área da saúde afins à Cardiologia. Hoje, o Congresso Sabincor de Cardiologia acontece simultaneamente ao Simpósio de Enfermagem em Cardiologia, ao Simpósio de Fisioterapia em Cardiologia, ao Simpósio de Educação Física e Reabilitação Cardíaca, ao Simpósio de Nutrição em Cardiologia e ao Simpósio de Gestão em Saúde. À primeira comissão organizadora juntaram-se outras pessoas que somaram sua força para que o evento tivesse a amplitude que tem hoje. São médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais de educação física, nutricionistas e gestores que trabalham arduamente durante meses para que o evento aconteça todos os anos. Desde o primeiro simpósio, o evento recebe trabalhos científicos que são avaliados pela comissão científicas e, se aprovados, apresentados no congresso. Com alto nível científico, os anais do evento são publicados e ficam disponíveis no site www.congresso34

sabincor.com.br, com registro na Agência Brasileira do ISBN. Em 2010, a excelência do evento, bem como a realização ininterrupta do mesmo e o aprimoramento constante da empresa na assistência à saúde regional, renderam ao Sabincor o título de Entidade Benemérita concedido pela Câmara Municipal de Juiz de Fora. Este ano, o Sabincor realiza o 13º CONGRESSO SABINCOR DE CARDIOLOGIA, no Victory Business Hotel e eventos, em Juiz de Fora, MG, nos dias 22, 23 e 24 de outubro, com carga horária de 20 horas aula. Confira a programação e faça sua inscrição através do site www.congressosabincor.com.br. Seja bem vindo à Minas! Seja bem vindo ao 13º Congresso Sabincor de Cardiolgia!

SECRETARIA DO CONGRESSO TUMATI COMUNICAÇÃO Av. Procópio Teixeira, 19/01 Bom Pastor, Juiz de Fora/MG 32 3216-5831 tumati@tumatinaweb.com SABINCOR Rua Edgard Carlos Pereira, 600 Santa Tereza, Juiz de Fora/MG 32 3249-7095 sabincor@sabincor.com.br

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Perfil

Eduardo Sousa

pioneiro e inovador Amanda GMR Sousa

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O Prof. Eduardo Sousa é uma das figuras mais eminentes e influentes da Medicina Cardiovascular brasileira do século XX.

ua trajetória, desde 1.959 quando integrou a primeira turma de residentes do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, é pontuada de contribuições semanais na Cardiologia Intervencionista do país e internacional. Tendo nascido em Pedreiras, no Maranhão, e concluído o curso médio nos colégios Maristas de Fortaleza-CE e São Luís-MA, graduou-se em Medicina na Universidade Federal de Recife-PE, em 1958. Deslocou-se para São Paulo por indicação do Professor Catedrático de Clínica Médica Fernando Simões Barbosa a Dante Pazzanese, quando este formava por convite, a primeira turma de seis residentes, do recentemente criado Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo. No início dos anos sessenta, no Children´s Hospital da Harvard Medical School, Serviço de Alexander Nadas, adquiriu formação especializada em Cardiopatias Congênitas, o que possibilitou-lhe, ao voltar ao Brasil, ajudar a estabelecer as bases do cateterismo esquerdo do coração, no país. Contudo, o que definitivamente deveria atraí-lo para a vida acadêmica e profissional, foi a oportunidade de permanecer nos Laboratórios de Cateterismo Cardíaco de Mason Sones, na Cleveland Clinic, em 1.966, época em que era introduzida a cinecoronariografia e em que era treinada a primeira geração de divulgadores deste método no mundo. Trazendo a técnica para o nosso país, 36

Eduardo Sousa realizou o primeiro procedimento de angiografia coronária no Instituto Dante Pazzanese, naquele mesmo ano. A experiência que foi se acumulando deu oportunidade a Adib Jatene, com quem atuou em parceria de mais de 50 anos, de realizar, dois anos após, a primeira cirurgia de implante aorto-coronário de ponte de safena (1.968), que foi outro marco daqueles novos tempos da Cardiologia brasileira. Estes dois pioneiros passariam, então, a divulgar conjunta e intensamente ambos: a coronariografia e o tratamento cirúrgico de doença coronária, nos anos vindouros, formando várias gerações de intervencionistas e cirurgiões cardio-vasculares. Entretanto, as maiores contribuições de Eduardo Sousa estavam por vir. Com a realização da primeira angioplastia coronária, por Andreas Gruentzig, na Universidade de Zurique, na Suiça, participou do grupo original de introdutores da nova técnica de revascularização percutânea do miocárdio, A partir daí e devido à sua vasta experiência com o balão de angioplastia (desde 1.979), teve papel central no desenvolvimento e aplicação dos stents coronários, sendo o primeiro a implantar o stent de Palmaz-Schatz, em humanos em 1.987. A pesquisa intensa que se seguiu, para aprimorar o método, deu-lhe a chance de introduzir, pioneiramente no mundo, os stents farmacológicos (1.999), com implante destas endopróteses numa série de 30 pacientes, que foram os primeiros a serem tratados por esta biotecnologia inovadora e transformadora da aborda-

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gem intervencionista da doença coronária. A repercussão mundial foi imediata e, hoje, os stents farmacológicos de 3ª e 4ª gerações são implantados em mais de dois milhões de pacientes por ano, em todos os continentes. Capitaneando o Registro DESIRE (Drug Eluting Stents in the Real World) no Hospital do Coração – ASS, Eduardo Sousa e seu grupo acumulam a experiência de mais de 11.000 implantes, desde 2.002, quando os stents farmacológicos foram liberados para uso clinico no Brasil. Sempre atuante na vanguarda e inovador na introdução de novos métodos de tratamento intervencionista, preside, no Dante Pazzanese, na fase atual, o CIDEC (Centro de Intervenções de Doenças Estruturais do Coração) – o “heart team” oficialmente constituído na Instituição, que dirigiu por 21 anos (1.9832004). Lidera, lá e no HCor, a experiência clínica com mais de 300 casos de implante percutâneo de prótese aórtica em idosos com EAo degenerativa. Seus trabalhos científicos, que superam o milhar, publicados em revistas de impacto internacional, garantem-lhe posição de destaque no Research Gate (rede social voltada a profissionais da área de ciência, hoje com cerca de 7.000.000 de pesquisadores e investigadores inscritos), com 2.200.000 pontos de impacto, 12.400 citações e 7.500 artigos “baixados”, que lhe conferem um escore RG de 48,00, o que representa muito elevada reputação científica.

Prestaram-lhe reconhecimento inúmeras Instituições nacionais e internacionais, assim como o Governo do Estado de São Paulo, ao conceder-lhe em 2013, sua mais alta láurea – a Ordem do Ipiranga, no grau Grã-Cruz. Ocupa a cadeira nº9 (patrono Miguel Couto) da Academia Nacional de Medicina, onde representa uma voz forte e influente a favor da Cardiologia Intervencionista brasileira. Muito oportuno, lembrar Eduardo Sousa, fundador e primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – Departamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ao celebrarmos as7 décadas da SBC, sociedade que tem neste, um de seus representantes mais fiéis e legítimos dos princípios que Dante Pazzanese traçou ao fundar a Sociedade em 1.946!

Ordem do Ipiranga, no grau Grã-Cruz Palácio dos Bandeirantes, São Paulo (2013).

Columbia University - Cardiovascular Research Foundation, EUA (2013).

Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro (2007).

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Vida Saudavel

sal está associado à hipertensão

Consumo excessivo de

Além do aumento no risco de doenças cardiovasculares e renais

A

s doenças crônicas não transmissíveis são um grande desafio para os sistemas de saúde em todo o mundo. Há cerca de quatro décadas problemas como hipertensão, diabetes e doenças respiratórias crônicas estavam restritos praticamente aos países desenvolvidos. Nas últimas décadas, entretanto, o problema alastrou-se globalmente, afetando de modo mais intenso os países em desenvolvimento que hoje contém o maior contingente da população mundial. O consumo excessivo do sal está relacionado ao aumento no risco de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/ IBGE) de 2008, o consumo de sódio do brasileiro excede em mais de duas vezes o limite máximo recomendado pela OMS, de cinco gramas por dia. A média nacional é de 12 gramas. Uma pesquisa realizada no município de Vitoria (ES) apresentou resultados concretos sobre a relação entre o consumo de sódio e a pressão arterial. Publicado no periódico Brazilian Journal of Medical and Biologica, o estudo “Relação entre o consumo de sal medido por coleta de urina de 24H e pressão arterial em adultos, na população de vitória – ES” encontrou uma associação entre o sal e categorias de índice de massa corporal (IMC), bem como com a pressão arterial e o consumo de sal. A diferença na pressão arterial das pessoas consumiam menos do que 6 gramas dia de sal e aqueles que ingeriram mais do que 18 gramas dia atingiu 13 mmHg. Indivíduos com hipertensão arterial tiveram uma estimativa de consumo de sal mais elevado do que o estima38

do para os de pressão considerada normal, independentemente de estarem em tratamento. A pressão arterial alterada pode causar aumento do coração, aneurismas e estreitamento nos vasos sanguíneos, mais comumente na aorta e artérias no cérebro, pernas e intestinos. E endurecimento precoce de artérias pelo corpo, especialmente aquelas no coração, cérebro, rins e pernas pode causar ataque cardíaco, AVC, falha nos rins ou amputação de parte da perna. Redução do Sódio - Além de incentivar uma alimentação saudável e atividades físicas, o Ministério da Saúde tem buscado alternativas para reduzir a carga de doenças crônicas. Uma das ações visa o melhoramento nutricional dos alimentos processados estão sendo colocadas em prática, principalmente em relação à redução de gorduras, açúcares e sódio. Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos, compromisso entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia), possibilitou que, em três anos (20112014), fossem retiradas 7.652 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que até 2020 as indústrias do setor promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal do mercado brasileiro. Mas, os alimentos industrializados não são os únicos responsáveis pelo excesso de sal que é ingerido. É preciso cuidar da maneira que preparamos os alimentos em casa e no que é consumido em restaurantes. E principalmente, deixar de adicionar o sal nos alimentos já prontos, isso significa retirar o saleiro da mesa.

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A campanha “Eu Sou 12 por 8” desenvolvida pelo Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia elencou 10 mandamentos para prevenção e controle da pressão alta • Meça a pressão pelo menos uma vez por ano • Pratique atividades físicas todos os dias • Mantenha o peso ideal, evite a obesidade • Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes • Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba • Abandone o cigarro • Nunca pare o tratamento, é para a vida toda. • Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde • Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer • Ame e seja amado

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Perfil Empresarial

Bristol-Myers Squibb A Bristol-Myers Squibb é uma das mais importantes empresas biofarmacêuticas do mundo. A empresa dedica-se diariamente à sua missão de descobrir, desenvolver e disponibilizar medicamentos inovadores que ajudem os pacientes a superar doenças graves.

A

Bristol-Myers Squibb surgiu da fusão de dois laboratórios americanos em outubro de 1989: o Bristol-Myers e o Squibb. O laboratório Bristol-Myers surgiu como Companhia Farmacêutica Clinton, Nova York. Em 13 de dezembro de 1887, Willian McLaren Bristol e Ripley Myers criaram uma farmácia em um pequeno sótão. Para o final do século XIX, tratava-se de uma novidade no país, pois até então eram os próprios médicos que faziam os medicamentos.

bro de 1858. A grande preocupação deste novo negócio era a ética médica e o comprometimento com a busca da pureza e eficácia dos medicamentos. Nos Estados Unidos, o Dr. Squibb era conhecido pelas campanhas contra medicamentos adulterados e contribuiu decisivamente para a criação da Lei de Drogas e Alimentos Puros que, mais tarde, deu origem ao Food and Drug Administration (FDA), órgão que controla a qualidade de produtos alimentícios e farmacêuticos no país.

O laboratório Squibb foi instalado no A empresa progrediu e expandiu seus Brasil em 1944 em razão de um programa de negócios para todo o país. Em 1898, mudou expansão decorrente da pesquisa e da fabride nome para Bristol-Myers Co. e, em 1900, cação da penicilina. Já o Bristol-Myers chegou para Bristol-Myers. Em 1924, a empresa já ao País em 1949, com a distribuição de prohavia ultrapassado as fronteiras dos Estados dutos feita por meio da Laborterápica. Unidos e passou a atuar em 26 países, crescendo continuamente e incorporando diverEm 1989, os dois laboratórios uniram sas empresas bem sucedidas. forças e conduziram um processo de fusão global, que resultou na atual empresa BristolAo final da II Guerra Mundial, a compa- -Myers Squibb. nhia especializou-se em pesquisa e fabricação de antibióticos, tornando-se uma das maiores Estratégia BioPharma produtoras mundiais. Em seguida, conquistou o posto de líder mundial em terapia contra o “Nosso sucesso como líder biopharma é câncer. Também fez importantes lançamen- medido pela diferença que podemos fazer na tos em produtos para o sistema nervoso cen- vida dos pacientes na superação de doenças tral, cardiovascular e na área dermatológica. graves. O laboratório Squibb foi criado pelo méFoi por meio da inovação que a Bristoldico e farmacêutico Edward Robinson Squibb -Myers Squibb se transformou em uma emno bairro do Brooklin, Nova York, em setem- presa biofarmacêutica com visão de futuro. A 40

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nossa exclusiva abordagem combina as vantagens de uma tradicional empresa farmacêutica, que traz conceitos como alcance global e capacidade de integração comercial e de produção, com as características das mais bem sucedidas empresas biotecnológicas, como a agilidade, pensamento empreendedor e flexibilidade.” Nos últimos anos, a Bristol-Myers Squibb deu importantes passos no processo de transformação para biopharma. Em 2007, lançamos a Estratégia do Colar de Pérolas, iniciativa que engloba alianças, parcerias e aquisições estratégicas, e que já possui 19 pérolas. Também faz parte desta estratégia o foco em mercados de alto crescimento, que representam significativas oportunidades a longo prazo. Dentro deste conceito, o Brasil foi selecionado como um mercado intercontinental.

Bristol-Myers Squibb Presidente: Gaetano Crupi Centros de Pesquisa Bélgica, Estados Unidos, França, Inglaterra, India e Japão Origem da empresa Norte-americana Ano de fundação Squibb Corporation - 1858 Bristol-Myers Company - 1887 Fusão em 1989 Ano de instalação no Brasil 1949 www.bristol.com.br

Hoje, somos uma líder biopharma com visão para o futuro, confiante na nossa estratégia, nos nossos colaboradores e na nossa cultura. Estamos mais focados, ágeis e capacitados para conduzir nossos negócios e nos adaptarmos rapidamente às mudanças. Seus esforços estão direcionados a pesquisar novos tratamentos que supram as necessidades médicas não atendidas em áreas terapêuticas como: • Oncologia • Doenças cardiovasculares • Imunologia (artrite reumatoide e transplantes) • Neurociência (distúrbios psiquiátricos e doença de Alzheimer • Virologia (HIV e hepatite) • Doenças metabólicas (incluindo diabetes e obesidade) Revista Newcor News

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Atualização

Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo IBGE, constata: 56,9% dos brasileiros estão com sobrepeso

N

o total, foram visitadas 81.767 residências em todo o País. O critério para definir se há ou não sobrepeso foi o índice de massa corporal (IMC)

ram peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial medidos, e 25% tiveram também amostras de sangue e urina coletadas para exames.

A PNS constatou ainda que 2,5% da poEntre os brasileiros com mais de 18 pulação com mais de 18 anos tem déficit de anos de idade, 56,9% têm IMC de 25 ou mais. peso, ou seja, IMC menor do que 18,5. Destes, quase metade – ou 20,8% do total pesquisado – é considerada obesa, por ter o A cintura dos brasileiros também está IMC igual ou maior que 30. mais “avantajada” do que recomenda o bom senso: 37,7% têm cintura aumentada, o que A Pesquisa Nacional de Saúde está em também eleva riscos de doenças cardiovascusua primeira edição e terá papel importantís- lares e diabetes. A pesquisa revelou que esse simo no delineamento de estratégias e planos problema afeta 52,1% das mulheres e 21,8% de políticas públicas de saúde. Foram visita- dos homens. das 81.767 casas em todos os estados brasileiros no segundo semestre de 2013, mas A pressão alta, que pode estar relacioem apenas 62.986 dos lares seus habitantes nada ao sobrepeso, foi detectada em 22,3% aceitaram responder ao questionário do IBGE. dos entrevistados. Já 5,9% das pessoas apreTodos que toparam participar do estudo tive- sentavam pressão baixa. 42

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Destaque

Dr. Mário Fernando de Camargo Maranhão “Reconhecido ícone de muito prestígio no meio científico acadêmico nacional e internacional, é considerado o papa da cardiologia preventiva, sendo constantemente requisitado a percorrer o Brasil e o mundo - entre atendimento de pacientes, aulas, palestras, conferências, congressos, produção de artigos para importantes jornais e revistas - pela sua habilidade como formador de opinião diferenciada ao mobilizar um grande número de médicos, como para os eventos que organiza, entre eles o XIII Congresso Mundial de Cardiologia do Rio de Janeiro em 1998, que atraiu 15 mil médicos do mundo inteiro • Primeiro e único sul-americano a ocupar a presidência da WHF Federação Mundial de Cardiologia (World Heart Federation), com sede em Genebra, e que congrega 166 entidades em mais de 100 países. • Recentemente convidado pelo Dr. Dean Ornish, criador do conceito “Estilo de Vida Saudável”, para integrar o Board of International Scientific Advisors de uma importante corporação multinacional americana, do segmento 'bebidas & alimentação' • É Consultor em Cardiologia Preventiva e Qualidade de Vida pela OMS Organização Mundial de Saúde e UNESCO, tendo integrado o grupo que criou o Dia Mundial do Coração, comemorado anualmente em todo o mundo. • Chairman da 6ª Conferência Internacional de Cardiologia Preventiva, que ocorreu em Foz do Iguaçu em Maio de 2005. • Exerceu os mais importantes cargos em sua carreira, ao presidir as Sociedades Paranaense, Brasileira e Interamericana de Cardiologia. • Fellow do Colégio Americano de Cardiologia (FACC), da Associação Americana do Coração (AHA) e da Sociedade Européia de Cardiologia, das Sociedades Portuguesa, Espanhola e Francesa de Cardiologia; além de ser membro honorário da totalidade das Sociedades de Cardiologia da América Latina. • Palestrante em inúmeros congressos nacionais e internacionais da especialidade; membro do Conselho Editorial de importantes revistas científicas, no Brasil e no exterior. Autor e co-autor de inúmeros artigos publicados em revistas e livros de maior prestígio. • Fundador e primeiro presidente do Rotary Clube de Curitiba - Batel. • Professor Livre Docente em Cardiologia da UFPR e Professor Titular da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná. • Tem especializações em São Paulo, Paris, Filadélfia e Los Angeles, sendo fluente em inglês, francês e espanhol. • Doutor em Cardiologia pela UFPR Universidade Federal do Paraná. • É presidente do conselho editorial desta revista. 44

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Artigo

Influência da Hipotensão Arterial na Medida de Reserva de Fluxo Fracionado (RFF) Florence Verdier-Watts, MD Fundamentos:

R

eserva de fluxo fracionado (RFF) quando comparada a outros instrumentos de avaliação funcional, tais como a reserva de fluxo coronário (RFC),émais reprodutível e menos dependente de fatores hemodinâmicos como frequência cardíaca e pressão arterial. Quando comparada à angiografia, por outro lado, a RFF agrega um poder prognóstico adicional, servindo também como ferramenta complementar de rotina nos casos onde não foi feita avaliação não-invasiva prévia. Em casos de estenose coronária, porém, a variação da pressão transestenótica e do fluxo coronário podem levar a uma maior influencia da pressão arterial nos valores de RFF aferidos, principalmente quando a medida encontrada está próxima dos valores de corte. O presente estudo, por isso, definiu como objetivo avaliar a variação do RFF no caso de hipotensão arterial no momento da mensuração. Métodos/Resultados: Foram incluídos apenas pacientes referenciados para avaliação invasiva com quadro de angina (estável ou clinicamente estabilizada) e que apresentaram hipotensão arterial durante a mensuração do RFF. Fatores de inclusão adicionais: função ventricular preserva46

da, sem sinais de hipertrofia ventricular associada, ausência de síndrome coronária aguda relacionada àarterial estudada e ausência de sintomas de insuficiência cardíaca. Síndrome vaso-vagal era critério de exclusão. A hiperemia coronária era atingida através da administração intracoronária de 1mg de nitrato, associado a 100-150µg de adenosina. Foram incluídos os pacientes com pressão arterial média (PAM) ≤80mmHg, mantendo boa tolerância clínica. Era, então, realizada administração intravenosa de 0,5mg fenilefrina, sendo realizada nova mensuração do RFF após 5 minutos de estabilização da PAM. Dentre todos os 415 pacientes consecutivos submetidos a avaliação por RFF, apenas 12 pacientes (todos do sexo masculino), com 14 lesões intermediárias (58+/- 21% de estenose) preencheram os critérios de inclusão e foram avaliados prospectivamente. A artéria descendente anterior foi o vaso avaliado em metade dos casos. Na primeira medida de RFF (RFF1) a PAM foi 70 +/- 10mmHg, com 6 lesões (43%) mostrando resultado ≤0,80. Após a elevação da PAM para 101+/-14mmHg, todos os valores de RFF (RFF2) caíram (0,75+/-12 vs. 0,81+/-11; p<0,001), com 10 lesões (71%) apresentando RFF2 ≤0,8 (p<0,05 vs. RFF1). As 4 lesões com “crossover” do RFF foram justamente as com menores valores de pressão arterial ao nível da aorta (65+/-7 vs. 73+/-4mmHg) e 2 lesões tiveram RFF1 >0,85 que caíram para <0,75 após a administração de fenilefrina. Portanto,

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em caso de hipotensão arterial, uma elevação da PAM de 31+/-16mmHg reduziu RFF em 0,05+/-0,03, reclassificando 40% das lesões inicialmente consideradas não significativas. A queda do RFF foi maior nas lesões angiograficamente mais importantes e nos casos com menor PAM inicial, porém, sem significância estatística (p=0,12). Conclusões/Comentários finais: No presente estudo, em casos de hipotensão arterial durante a aferição do RFF, houve queda do RFF com a elevação dos níveis pressóricos. Esta observação está em acordo com a hipótese de que há interdependência entre os valores de RFF e a pressão arterial quando estamos numa situação fisiologicamente limítrofe. Isto, porém, precisa ser melhor documentado em outros estudos, sendo necessário também determinar se esses valores de RFF encontrados após estabilização hemodinâmica apresentam o mesmo impacto clínico de uma medida simples, isolada, do RFF.

A RFF sempre foi classicamente considerada independente de condições hemodinâmicas, com uma variação inter-observador de cerca de 4%, muito menor que a RFC (aproximadamente 18%). Os estudos iniciais de validação da RFF testaram a sua variação através da redução da PAM induzida por nitroprussiato, mas esta droga tem um efeito taquicardizante reflexo, o que podem tornar compensatoriamente inalterados os valores de RFF. No presente estudo, por outro lado, foi utilizada uma medicação que causa elevação da PAM sem efeito cronotrópico ou inotrópico significativo. Apesar de todos essas informações e de, em teoria, a hipotensão poder levar à subestimação da severidade de uma lesão, atéo presente momento, nenhum registro clínico suporta esse raciocínio. E, além disso, nenhuma das diretrizes atuais sobre o assunto definiu qual a faixa de PAM ideal para uma realização confiável da medida de RFF. Portanto, pode haver ainda um longo caminho até a determinação da influência da PAM nas aferições de RFF.

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Opinião

Mais médicos? Como? “A formação dos profissionais não exige apenas professor, giz e lousa. É fundamental laboratórios de anatomia patológica, de histologia, farmacologia, fisiologia e mais.” Antonio Pereira Filho

N

é Coordenador de Comunicação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo

ão existe mais discussão de que o País necessita de mais médicos. Atualmente temos menos médicos por habitante do que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde. Essa é uma questão. Outro aspecto é a péssima distribuição dos profissionais médicos no Brasil.

Vamos formar mais médicos? Claro! E aí, abrem-se escolas a rodo. Mas a formação dos profissionais não exige apenas professor, giz e lousa. É fundamental laboratórios de anatomia patológica, de histologia, farmacologia, fisiologia e mais. Prefeitos, governadores, secretários de saúde, ministros da Saúde e da Educação e presidente da República: os cursos da Saúde precisam de hospitais e equiA região Sudeste centraliza mais de 50 pamentos de saúde. E os docentes necessi% dos médicos no Brasil, enquanto as demais tam deles para ensinar acadêmicos e formar regiões ficam com 50% ou menos. Além dis- residentes e especialistas. so, existe a concentração de médicos nas capitais. É só comparar o número de médicos Delegar essa formação a grupos empreem Teresina com o do Piauí. Ou o número de sariais de questionável capacidade técnica e médicos em São Luís com o do Maranhão. Até alto investimento em propaganda é uma irchegar às absurdas proporções entre Belém e responsabilidade desumana. É como entregar Pará, Manaus e Amazonas e assim por diante. causas jurídicas a advogados que não conhecem os Códigos Civil ou Penal. A concentração de médicos, hospitais e laboratórios é diretamente proporcional à Seguimos na Medicina, com anos de concentração econômica. atraso, o mesmo leilão feito na advocacia com os cursos de Direito. E como no Direito, só nos São Paulo é diferente? Não. A capital e resta o exame de suficiência técnica — pósregião Metropolitana tem quatro médicos por -curso de formação, para corrigir a demagogia mil habitantes. O mesmo número de Portugal, dos governantes aliada à sede capitalista dos Espanha, Uruguai, Canadá e tantos outros pa- empresários da saúde e da educação —, como íses. Já a média para o Estado de São Paulo é legítima arma de defesa da saúde do nosso de um médico para cada mil habitantes, mé- povo e da defesa da milenar Medicina. dia insuficiente. 48

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Opinião

Fim da Residência Médica? Nívio Lemos Moreira Junior

A

é Conselheiro do Cremesp

Residência Médica sempre foi considerada a melhor maneira de formar um especialista. Muitas coisas mudaram desde que William Stewart Halsted a criou, em 1889, no Departamento de Cirurgia da John Hopkins University, mas o conceito foi aprimorado como método de treinamento nas mais diversas áreas de Medicina. No Brasil também era assim. A história da Residência Médica no Brasil foi pautada em conquistas que culminaram na formação qualificada de especialistas. Com a criação da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), ficou estipulado o tempo mínimo de 60 horas semanais, mais preceptoria, local adequado para treinamento e uma bolsa digna para o bom aprendizado, que acontece, muitas vezes, de dois a seis anos e exige dedicação intensa do residente. E tudo ia bem, com a ampliação dos serviços, de maneira a comportar mais residentes e assegurando a qualidade da formação. No entanto, o governo federal decidiu que era necessário o aumento das vagas de forma emergencial, como já vinha fazendo com as faculdades de Medicina. Priorizaram-se os números – importantes para a propaganda eleitoreira – e esqueceu-se o principal: a qualidade da formação do profissional. Para expandir as vagas para todos os estudantes de Medicina não existe mágica: é necessário estrutura, preceptoria, bolsas e investimento. Não parece ser esse o objetivo do governo federal. Para atingir a meta, foi alterada a composição da CNRM, diminuindo a participação das entidades médicas e suas críticas. Em seguida, veio a lei do Mais Médicos e, por fim, o Decreto 8.497/2015, que pode implodir a Residência Médica ao equiparar cursos de curta duração (ou de fim de semana, como alguns dizem) à mesma categoria de formação. Em vez de tratar o problema, busca-se outra alternativa, paliativa e danosa. Vários serviços de Residência já entraram em greve devido à falta de condições mínimas de formação, o que pode culminar em mais uma paralisação reivindicatória, liderada pela ANMR. Os mais prejudicados são os pacientes, que de uma só vez perdem o avanço da Medicina, construído duramente pela Residência Médica. Essa é a hora de as entidades médicas reagirem e defenderem nossa formação de especialista, antes que seja tarde demais. 50

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