Volume XI- nº 24 - ano 2015
Câncer
revista do
Panorama da Oncologia Nacional
Hospital
Santa Paula apresenta seu
Instituto de Oncologia Atualidade
Que sistema de saúde nós queremos ter?
1 - Revista do Câncer
Artigo
Reflexões sobre a saúde
2 - Revista do C창ncer
Editorial Vou seguir meu caminho...
E
sta edição é dedicada ao empreendedorismo da equipe do Hospital Santa Paula pela fundação do moderno centro de Oncologia onde a gestão técnica foi entregue aos profissionais de oncologia do Hospital Sírio Libanês resultando em um profícuo trabalho junto aos pacientes de câncer do Instuto de Oncologia do Hospital Santa Paula - IOSP. No andar de convivência foi instalado um Sino que é tocado pelo paciente no término do tratamento. No Sino consta a seguinte frase: “Toque este sino três vezes bem alto, assim todos vão saber que o meu tratamento foi concluído, esta fase acabou e vou seguir meu caminho”. No dia 11/06/2013 as 16:40 h o Sino foi tocado pela primeira vez. E assim o Hospital Santa Paula e o Instituto de Oncologia vem crescendo e ofrecendo aos seus pacientes o que há de mais atual no tratamento das diversas especialidades que o hospital oferece e em especial a Oncologia. Além dessa matéria especial, apresentamos uma pesquisa sobre o “Consumo da Carne em relação ao câncer” e um Artigo do Dr Drauzio Varella “Reflexões sobre a Saúde”, temos tambem outros artigos e Opiniões médicas sobre divresos assuntos assim como notícias atuais do setor médico nacional e internacional. Contamos com a sua sugestão sobre quais assuntos deveriamos abordar em nossa proxima edição. Desejamos uma boa leitura a todos. O Editor
3 - Revista do Câncer
Editorial
Sumário f
Onconews.............................
Palavra do Presidente Dr. George Schahin .............
Matéria de Capa Especial Hospital Santa Pa Instituto de Oncologia do H Pesquisa
Relação entre câncer e o co
Atualidades Que sistema de saúde nós q
Saúde Pública Mapa do Câncer de Intestin Artigo
Reflexões sobre a saúde....
Próteses Mamárias.............
4 - Revista do Câncer
Cân
Expediente revista do
Câncer
Panorama da Oncologia Nacional Volume XI - nº 24 - ano 2015 Diretor e Editor Dr. José Márcio da Silva Araújo j.marcioaraujo@bol.com.br
.......................................................................... 06
Publicidade Gilberto Cozzuol gilbertocozzuol@uol.com.br
.......................................................................... 16
Administração e Circulação Yvete Togni dra.ytogni@hotmail.com
aula Hospital Santa Paula .......................................18
Relações Externas Ariadne De Marchi Produção e Publicação Lucida Artes Gráficas lucida.editorial@uol.com.br
onsumo de carne...............................................38
Fotografia Assessoria de Imprensa do HSP e Arquivos
queremos ter? .................................................40
Correspôndencia Rua Carneiro da Cunha, 212 sl 1 Vila da Saúde
no no Brasil .......................................................42
............................................................................46
............................................................................50
ncer revista do
5 - Revista do Câncer
Contato Fone - 11- 2339-4710 Fax - 11 - 2339-4711 Agradecimentos Sra. Paula Gallo - Diretora de Marketing e Assessoria de Imprensa do HSP
As opiniões expressas ou artigos assinados são de responsabilidade dos autores Conselho Editorial
• Dra. Lair Barbosa de Castro Ribeiro (in memurium) • Dr. Adonis Reis L. de Carvalho (in memurium) • Dr. João Carlos G. Sampaio Góes • Dra. Clarissa Cerqueira Mathias • Dra. Gildete Lessa • Dra. Maria Lúcia M. Batista
Onco News Hospital de Câncer de Barretos
inaugura sala de cirurgia robótica
O
Hospital de Câncer de Barretos inaugurou, em 17 de novembro, a sala de cirurgia robótica, que vai realizar procedimentos de urologia, digestivo alto e baixo e ginecologia operados pelo robô “Da Vinci”. O aparelho foi comprado e entrou em atividade no centro cirúrgico da instituição por meio de uma doação feita pela família Cutrale, efetivada por meio do incentivo fiscal do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon). O médico cirurgião oncológico, Eliney Faria, é um dos profissionais que vai realizar procedimentos usando o “Da Vinci”. Segundo ele, o grande diferencial do robô é que ele oferece uma visão 3D, duas fontes de luz e liberdade de movimentos, que faz com que a cirurgia seja mais precisa. “No caso da urologia, em uma cirurgia de retirada de próstata, a cirurgia robótica diminui os riscos de o paciente ter sequelas, como incontinência urinária e impotência sexual”, explicou.
A
Curativos a base de Hidroterapia
O
s curativos TenderWet e HydroTac da Bace, empresa do grupo alemão Hartmann, utilizam a Hidroterapia como conceito inovador para o tratamento de feridas complexas com dificuldade de evolução e cicatrização. Através da terapia úmida, os dois produtos são indicados para o tratamento em duas etapas, sendo o TenderWet ideal para a fase inflamatória e proliferativa, agindo na lavagem, absorção, limpeza e ativação da área em tratamento. Em um segundo momento, o HydroTac é utilizado como complemento para a fase de granulação e de epitelização, tendo em vista que hidrata, absorve, protege e estimula a cicatrização da ferida. A eficácia do tratamento é resultado da tecnologia especial de hidrogel, que possibilita proteção e ambiente úmido de forma balanceada e equilibrada, além de contar com ação bacteriostática, não apresentando contraindicações de uso. Mais informações: www.bace.com.br
Novozymes tem lucro líquido de US$ 395 milhões em 2014
Novozymes, empresa dinamarquesa de enzimas e biotecnologia, divulgou ter tido um lucro líquido de 2,53 bilhões de coroas dinamarquesas (cerca de US$ 395 milhões) em 2014, 15% mais que em 2013. As vendas totais no ano somaram 12,43 bilhões de coroas dinamarquesas, com alta de 6% na comparação com o ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 3,38 bilhões de coroas dinamarquesas ante 2,9 bilhões de coroas dinamarquesas em 2013. “2014 foi um bom ano para a Novozymes, com 7% de crescimento orgânico nas vendas e recorde na margem Ebit. O setor de bioenergia foi o direcionador deste crescimento, enquanto o segmento de bebidas e alimentos e cuidados domésticos foram menores”, disse o CEO da empresa, Peder Holk Nielsen, na divulgação dos resultados. “Em meio a uma recuparação lenta e a mercados voláteis, esperamos que 2015 seja outro ano bom para a Novozymes”. Fonte: Valor Econômico 6 - Revista do Câncer
7 - Revista do C창ncer
Onco News Saúde na frente
E
xecutivos de companhias da área de saúde estão entre os mais otimistas com a evolução dos negócios em 2015, segundo uma pesquisa global feita pela EIU (Economist Intelligence Unit) a pedido da consultoria Accenture. Entre os profissionais da área, o nível de confiança ficou em 52% -resultado da diferença entre os que esperam melhores condições neste ano em relação aos que preveem uma piora. O setor de saúde foi seguido pelos segmentos de telecomunicações (44%), serviços financeiros (42%), automotivo (42%), energia (39%)
Troca de Comando
O
grupo Sanofi, do setor de saúde, tem novo diretor-geral no Brasil. Pius Hornstein está desde 1º de janeiro à frente das duas maiores operações farmacêuticas da empresa no país, a Sanofi Farma e a Medley. Até o fim de 2014, o executivo, de origem suíça, atuava como vice-presidente da companhia na Turquia e no Oriente Médio. O grupo Sanofi emprega 5.200 funcionários no Brasil. Fonte: Folha de São Paulo
Pfizer volta às aquisições e oferece US$ 17 bilhões para ficar com Hospira
A
Pfizer anunciou sua maior transação desde a infrutífera oferta pela AstraZeneca, acertando a compra da fabricante de medicamentos injetáveis estéreis e biossimilares, em negócio avaliado em cerca de US$ 17 bilhões. Fonte: Valor Econômico
e varejo (38%). Na análise por regiões, os executivos da Ásia-Pacífico foram os mais otimistas (51%). Na América Latina, o índice ficou em 35%, à frente apenas dos dirigentes baseados no Leste Europeu (25%). Entre as maiores preocupações citadas pelos consultados, riscos econômicos e políticos, além da escassez de talentos, apareceram nas primeiras colocações. Foram entrevistadas 1.501 pessoas para o estudo. Fonte: Folha de São Paulo
Eurofarma compra fatia de 3% do laboratório americano Melinta
A
Eurofarma, multinacional farmacêutica de origem brasileira, comprou uma participação de 3% no capital da americana Melinta Therapeutics, em uma transação que engloba ainda o direito de comercialização no país de um medicamento inovador usado no tratamento de infecções graves. Por meio do acordo, de cerca de US$ 15 milhões, a Eurofarma distribuirá no mercado brasileiro, provavelmente a partir de 2017, a droga delafloxacina, cujas pesquisas, conduzidas pelo laboratório americano, já estão em fase avançada. Fonte: Valor Econômico
8 - Revista do Câncer
Para divulgar seus produtos e/ou serviços envie seu texto para j.marcioaraujo@bol.com.br
S
Câncer colorretal, obesidade e risco de segundo câncer
obreviventes de câncer colorretal com sobrepeso ou obesos antes do diagnóstico têm um risco significativamente maior de ser diagnosticados com um segundo tipo de câncer relacionado à obesidade, em comparação com os sobreviventes da doença que apresentam peso normal ao diagnóstico. É o que mostra estudo publicado pelo JCO que correlaciona o índice de massa corporal e o risco de um segundo câncer associado à obesidade entre sobreviventes de câncer colorretal.
testinal; Nessa amostra, examinou certos tipos de câncer relacionados à obesidade, incluindo câncer de mama pós-menopausa, rim, pâncreas, adenocarcinoma de esôfago e de endométrio. As conclusões mostram que no grupo com sobrepeso, o risco de um segundo câncer foi 39% maior, alcançando 47% de risco entre os que apresentavam obesidade ao diagnóstico.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Evânius Wiermann, o estudo reforça orientações já existentes. “Hoje temos dados suficientes para entender que a obesidade, principalmente relacionada com a síndrome metabólica, aumenta a incidência de alguns tumores”, afirma.
Segundo o especialista, uma dieta mais orientalizada, com mais grãos integrais, menos carboidratos, proteína vermelha e gordura, também contribui para menor chance de recidiva desse câncer depois de ocorrido. “Não só vai reduzir a chance de um segundo tumor mas também de uma recidiva clara em relação ao tumor que já se tem. Na verdade temos mais dados relacionando à dieta com a recidiva da doença do que com a doença primária”, diz.
O estudo traz uma análise prospectiva e considerou dados de 11.598 sobreviventes de câncer in-
A pesquisa foi liderada por Todd M. Gibson, do Saint Jude Children’s Research Hospital, em Memphis.
9 - Revista do Câncer
Onco News Roche apresenta resultados do estudo Gadolin
A
farmacêutica suíça Roche divulgou nessa semana os resultados do estudo Gadolin, que trouxe resultados positivos para o uso de obinutuzumabe em pacientes com linfoma não-Hodgkin indolente que são refratários ao tratamento com rituximabe. O estudo de fase III envolveu 413 pacientes cuja doença progrediu durante ou após o uso do rituximabe. A pesquisa mostrou que as pessoas viveram significativamente mais tempo sem progressão da doença e aumentaram a sobrevida livre de progressão quando tratadas com o medicamento obinutuzumabe mais bendamustina seguido por obinutuzumabe sozinho, em comparação com tratamento apenas com bendamustina. Os dados finais de Gadolin ainda estão em fase de conclusão e devem ser apresentados em breve às principais agências reguladoras do mundo, para que possa ser adotado como tratamento para este tipo de pacientes.
O
ASCO anuncia posição sobre cigarros eletrônicos
A
Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês) lançou uma orientação sobre as políticas acerca do uso de cigarros eletrônicos. Alvos de bastante polêmica desde que começaram a se popularizar, este tipo de produto é apontado tanto como uma alternativa interessante ao cigarro tradicional, por provocar menores danos aos pulmões, quanto como um risco em potencial por, muitas vezes, ser o primeiro contato de jovens com o tabaco ou por atrair de volta ao fumo pessoas que conseguiram se livrar de tal vício. Entre as recomendações desenvolvidas pelo grupo de trabalho responsável pelo estudo da questão, estão pontos como a necessidade de regulamentação estatal sobre a produção e venda dos cigarros eletrônicos, bem como a necessidade de registro junto aos órgãos de vigilância sanitária e a proibição de venda e marketing voltados para crianças e adolescentes. A entidade também orienta que o uso dos cigarros eletrônicos não seja liberados em ambientes em que vigora a proibição do cigarro tradicional.
Fumar mata 35% das bactérias da boca
consumo regular de álcool e tabaco pode levar a uma ampla gama de problemas de saúde bastante conhecidos, como câncer e cirrose, mas pesquisadores brasileiros mostraram que essas drogas também vitimam centenas de espécies... de bactérias da boca.
Quem é fumante perde cerca de 35% da biodiversidade bacteriana bucal (que pode chegar a 700 espécies diferentes de micróbios). Já quem consome bebidas alcoólicas e fuma fica sem 20% das espécies da "flora" da boca, mostra a análise feita por especialistas do A.C. Camargo Cancer Center e da USP. (A análise não incluiu pessoas que apenas bebem, mas não fumam.) 10 - Revista do Câncer
O
Fundação do Câncer investe R$ 225 mil em auxílio a pesquisas
Programa de Oncobiologia da UFRJ lançou, em janeiro, novo edital para selecionar 15 projetos na área de câncer de pesquisadores filiados ao Programa. Os auxílios de pesquisa serão oferecidos durante o período de 12 meses e financiados com recursos da Fundação do Câncer, que totalizam R$ 225 mil. O Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis da UFRJ, ao qual o Programa de Oncobiologia é vinculado, oferece dez bolsas para pesquisadores com mais de 10 anos de doutoramento e cinco para aqueles com até 10 anos de conclusão de doutorando. O auxílio para cada pesquisador é de R$ 20 mil. Os interessados em concorrer devem pertencer ao Programa e encaminhar seus proje-
tos, até o dia 14 de março, para o e-mail oncobiologia@gmail.com. O envio do material deve obedecer às regras do edital. O resultado deverá ser divulgado até maio deste ano. Para mais informações sobre o regulamento, acesse: http://www.oncobiologia.bioqmed.ufrj.br/ oportunidades_editais.asp. Aqueles que foram agraciados em 2014 e possuem projeto vigente não poderão concorrer. O Programa de Oncobiologia é uma rede integrada que conta com 300 pesquisadores no Rio de Janeiro e participação de instituições nacionais e internacionais. Com 41 grupos e dezenas de projetos, já recebeu cerca de R$ 2,7 milhões em investimentos da Fundação do Câncer desde 2005. A maior parte da verba é aplicada em bolsas de auxílio a pesquisas.
11 - Revista do Câncer
Onco News Obesidade é um dos fatores de risco para o surgimento do câncer alertaram que existem outros fatores de risco importantes, como a obesidade – diversos tumores podem estar associados ao excesso de peso, como os de mama, endométrio e cólon, por exemplo. O endocrinologista João Eduardo Salles alertou que o maior perigo é em relação à gordura acumulada na região abdominal, que cria um ue o cigarro, exposição à radiação processo inflamatório no organismo todo. solar e produtos químicos, por exemplo, aumentam o risco de câncer, isso O ideal é que essa circunferência tenha metodo mundo já sabe. Porém, no Bem Estar desta nos do que 94 centímetros nos homens e meterça-feira (2), o oncologista Antonio Carlos Bu- nos do que 80 centímetros nas mulheres, como zaid e o endocrinologista João Eduardo Salles afirmou o médico.
Q
Bom humor e vontade de viver fazem diferença na luta contra o câncer
N
o dia Mundial de Combate ao Câncer, especialistas destacam como a determinação e a vontade de viver fazem toda a diferença no tratamento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), guardar ressentimento, mágoa, raiva e até segredos não compartilhados pode causar câncer. Durante o tratamento, otimismo e bom humor são fundamentais na cura do paciente.
ser evitados, caso as pessoas adotem três medidas importantes: evitar o tabagismo, fazer atividades físicas para melhorar o sistema cardiovascular e reduzir a obesidade e ter uma alimentação saudável.
Quem reforça isso é o presidente da SBOC – Regional Minas Gerais, Dr. Leandro Alves Ramos. Para o Dr. Leandro, a pessoa tem que ter em mente que ela está em tratamento, por mais que seja uma fase difícil. ”A alegria é muito importante”, disse o dirigente durante uma entrevista à TV Alterosa. Conforme expôs, 30% dos cânceres podem 12 - Revista do Câncer
Mercado de R$ 600 milhões
A
s empresas de medicamentos genéricos passarão a disputar em 2015 um mercado que movimenta cerca de R$ 600 milhões por ano. A entrada nos novos segmentos decorre da queda das patentes de 15 drogas, que incluem moléculas utilizadas no tratamento de hipertensão e osteoporose, entre outros problemas de saúde. O preço dos novos genéricos será 35% menor que o dos remédios de referência, podendo chegar a 60%. "Mas o mercado de um genérico costuma ficar maduro cerca de dois anos após a queda da patente", diz Telma Salles, presidente da PróGenéricos (associação do setor).
Com o lançamento dos novos produtos, a entidade espera acelerar o ritmo de expansão das vendas. No ano passado, a alta no faturamento foi de 10,6%. "Menos do que os 15% que gostaríamos. Se continuarmos como foi [2014], não alcançaremos nem 10% em 2015." Fonte: Folha de São Paulo
13 - Revista do Câncer
Onco News Emenda aprovada cria problemas para a saúde
Hypermarcas lucra R$ 402,7 mi em 2014
aprovação da emenda constitucional 358/2013 pela Câmara dos Deputados, produziu dois problemas graves e uma inquietação. A emenda não trata apenas do chamado "orçamento impositivo", embora este seja o seu aspecto mais destacado pela mídia. Ela muda a forma de financiamento da saúde pela União, que vigora desde 2000. Fonte: Valor Econômico
Hypermarcas registrou lucro de R$ 71,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, aumento de 30,2% ante o mesmo período de 2013. No acumulado de 2014, a companhia teve lucro de R$ 402,7 milhões, resultado que representa uma alta de 56,9% na comparação com o ano anterior. A receita líquida totalizou R$ 1,301 bilhão no quarto trimestre. Fonte: O Estado de São Paulo
A
A
Saúde e atenção primária
A
s políticas públicas de saúde abrangem o conjunto de programas voltados à melhoria dos perfis de saúde da população sendo classificadas em níveis de atenção primária, secundária e terciária, de acordo com o campo de atuação, utilização de recursos, infraestrutura e especialização. Fonte: Valor Econômico
A
Sanofi tem alta de 26% no lucro líquido do 4° trimestre
farmacêutica francesa Sanofi mostrou nesta quinta¬feira um avanço de 26% em seu lucro líquido do quarto trimestre de 2014, para 1,34 bilhão de euros (US$ 1,52 bilhão). Já a receita do grupo totalizou 9 bilhões, com alta de 7,3% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Fonte: Valor Econômico 14 - Revista do Câncer
Vendas de farmácias têm alta de 12,8% em 2014
conveniência avançou em ritmo mais acelerado do que a média -a alta foi de 14,7%.
A
Também houve evolução de 6,4% na comers vendas do varejo farmacêutico desa- cialização de medicamentos genéricos. celeraram no ano passado, mas o setor conseguiu crescer 12,8%, segundo Juntas, as maiores redes de farmácias encerdados da Abrafarma (associação do segmento). raram o ano com 5.570 lojas, um crescimento de quase 10% em relação a 2013. O total de funAs grandes redes de farmácias fecharam cionários, por sua vez, aumentou cerca de 3%. 2014 com um faturamento de R$ 32,38 bilhões, de acordo com a pesquisa feita em parceria com a FIA-USP (Fundação Instituto de Administração). O ritmo de expansão ficou um pouco abaixo de 2012 e de 2013, quando as farmácias haviam avançado 16,7% e 13,8%, respectivamente. "O ano [de 2014] foi mais complicado, nós esperávamos até que o resultado fosse pior", diz Sérgio Mena Barreto, presidente da associação. A queixa do executivo está ligada principalmente ao período da Copa, em que houve um recuo nas vendas. Sobre os reflexos da retração do consumo causada pela piora do cenário econômico, ele disse que o impacto foi menor que em outras áreas. "O nosso segmento não está imune [à crise], mas trabalhamos com bens essenciais. O consumidor deixa de trocar de carro ou de comprar uma roupa, mas não pode ficar sem o medicamento." Assim como ocorreu em anos anteriores, a categoria de produtos que inclui os cosméticos e outros itens de 15 - Revista do Câncer
Palavra do Presidente Hospital
Santa Paula
F
oi fundado em 1958 como Pronto-Socorro Santa Paula, atendendo principalmente pacientes do Inamps até 1987, tem hoje uma área física de 15 mil m². Conta com 200 leitos, 8 salas de cirurgia, 50 leitos de terapia intensiva, assim distribuídos com 9 na unidade coronariana e 9 na UTI Neurológica. Seu complexo hospitalar é considerado um centro de excelência na Zona Sul da cidade de São Paulo, chegando a atender cerca de 100.000 pacientes por ano em seu Pronto Atendimento e realizar cerca de 7500 cirurgias por ano. Sua gestão arrojada treina e emprega mais de 700 colaboradores diretos, 250 terceirizados, além de contar com um corpo clínico competente. Inovação e atendimento humanizado são objetivos que perseguimos todos os dias. O Santa Paula é um hospital que coloca, acima de tudo, o atendimento eficaz e humanizado aos seus pacientes e acompanhantes como missão institucional.
George Schahin, Diretor-Presidente
16 - Revista do Câncer
O Hospital Santa Paula é reconhecido por suas modernas instalações, pelo investimento constante em tecnologia de ponta e atendimento humanizado, constituindo um complexo hospitalar referenciado no pronto-atendimento e em tratamentos de alta complexidade nas áreas de cardiologia, oncologia e neurocirurgia. 17 - Revista do Câncer
Matéria de Capa
História:
N
o segundo semestre de 2011 o projeto de oncologia do HSP estava ganhando mais força. Decidimos que necessitavamos de uma equipe de oncologia com grande capacitação técnica e acadêmica para impulsionar o plano estratégico: tornar-se referência em oncologia. O novo prédio já estava em construção, com as mais modernas instalações disponíveis e com os melhores equipamentos (radioterapia) já comprados. A peça que faltava para completar o plano estratégico era o corpo clínico de alto nível e os protocolos assistenciais de excelência. Em conversa como o Diretor de Oncologia do HSL, Dr Paulo Hoff, vislumbrou-se uma oportunidade de colaboração. O HSL atendia um percentual expressivo de pacientes que passavam por consulta médica, e por restrições de convênios, eram encaminhados para fazer o tratamento e internação em outros serviços. Por outro lado o HSP contava com o credenciamento para atnder estes convênios. Se houvesse a colaboração entre as 2 instituições, os pacientes poderiam contar com a excelência técnica dos médicos do HSL e seriam tratados no IOSP utilizando seu convênios. E assim foi feito. O Dr Paulo Hoff designou inicialmente 3 oncologistas clínicos para iniciar o atendimento e normatizou todas as condutas assistenciais no IOSP. Hoje a equipe conta com 7 oncologistas clínicos, 2 onco-hematologistas e 1 médica radioterapêuta em atendimento no IOSP, sob a gestão técnica e assitencial do Centro de Oncologia do HSL. A parceria completou 30 meses e os números comprovam a sinergia da mesma. Dr. Otavio C. E. Gebara
18 - Revista do Câncer
INTEGRAÇÃO
I
sso significa aproximar médicos com competências complementares para que atuem de forma sinérgica na busca de diagnósticos mais precisos e estratégias de tratamento mais eficazes.
O Hospital Santa Paula já contava com a competência de profissionais com diferentes formações para o tratamento de diferentes tipos de câncer dentro de seu Corpo Clínico. Com a criação do Instituto de Oncologia, esses médicos foram convidados a atuar de forma harmônica com as equipes de oncologia clínica, hematologia e radioterapia do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês. Assim, no Instituto de Oncologia criaram-se as condições ideais para o trabalho em equipe, com a aplicação dos mais modernos protocolos para diagnóstico e tratamento do câncer. Nesse modelo, não deverá importar muito qual desses profissionais atenderá primeiro o paciente. O tratamento será sempre o mais adequado, discutido e acordado pelos diferentes especialistas. A responsabilidade pela gestão técnica do Instituto de Oncologia Santa Paula é do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês (HSL). Nessa parceria, todos os atendimentos médicos oncológicos são realizados por profissionais do HSL, que seguem os mesmos protocolos de tratamento adotados nas Unidades do Centro de Oncologia do HSL.
19 - Revista do Câncer
Matéria de Capa
IOSP
Instituto de Oncologia Santa Paula Hospital Santa Paula inaugura prédio exclusivo para o tratamento humanizado e multidisciplinar do câncer
O
Hospital Santa Paula, localizado na zona sul de São Paulo, passou a oferecer um atendimento integrado ao paciente oncológico. As áreas de psicologia, onco-cirurgia, radioterapia, cirurgia plástica (para reconstrução da mama), nutrologia e fisioterapia foram integradas, proporcionando um tratamento mais ágil, qualitativo e assertivo. O Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (IOSP) tem condições de ampliar esse atendimento integrado e trazer mais conforto para os pacientes. O IOSP teve um investimento de R$ 22 milhões, com 5.000 metros quadrados, e capacidade de triplicar o número de atendimentos. A estrutura é composta de oncologia clínica, oncologia cirúrgica, pisco oncologia, quimioterapia, radioterapia e braquiterapia. A partir de agora, a paciente em tratamento de câncer de mama recebe uma única orientação da sua equipe médica e não mais várias orientações de médicos diferentes, como acontece com pessoas que acabam de ser diagnosticadas com câncer. “Esse é um momento delicado e um atendimento personalizado e humanizado, além da segurança de estar
sendo tratada por um grupo multidisciplinar, ajuda a mulher a ter mais forças para enfrentar a doença. O início do tratamento influi no índice de cura do câncer”, afirma Dr. Otávio Gebara, diretor clínico do Hospital Santa Paula. O médico salienta que muitas vezes a equipe oncológica do Santa Paula se depara com casos de emergência no pronto-socorro, de pacientes que não são acompanhados diretamente no hospital e tem um histórico de exames e tratamentos quimioterápicos ou radioterápicos espalhados por várias clínicas e consultórios. “Quando o paciente é diagnosticado com câncer, é comum ele realizar várias consultas com profissionais distintos antes de iniciar o seu tratamento. Mas se não conhecemos esse histórico temos que iniciar o tratamento do zero, o que pode atrasar e comprometer o processo de cura”. Além disso, as pacientes terão espaço especial no novo instituto, como um andar inteiro dedicado à convivência, abrigando uma biblioteca, centro estético com comercialização de perucas, lenços e também um grupo de voluntariado que já passou por esta experiência para dar apoio às mulheres.
20 - Revista do Câncer
Dr. George Schahin
F
ormado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Dr. Schahin é pós-graduado em Administração Hospitalar pela IPH. O médico atua na administração hospitalar desde 1977. Nesse ano, foi diretor técnico do Hospital do Servidor Público Municipal onde permaneceu até 1979. No ano seguinte, assumiu o cargo de diretor presidente do Hospital Santa Paula. Dr. Schahin é diretor do Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo, membro do Conselho de Administração do Hospital 9 de Julho e assessor da Diretoria de Novos Negócios da Amil desde 2007.
Dr. Otavio Celso Eluf Gebara
F
ormado em Medicina pela Universidade de São Paulo (1986), Dr. Gebara é Diretor
Clínico do Hospital Santa Paula, colaborador da Sociedade Brasileira de Cardiologia e assessor externo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. O médico também tem sob sua responsabilidade, a coordenação da comissão de ética em pesquisa do Hospital Santa Paula, é colaborador da Faculdade de Saúde Pública e também da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Com MBA em gestão de Saúde na FGV (2008), 21 - Revista do Câncer
Matéria de Capa Dr. Tiago Kenji Takahashi
M
édico da equipe de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês no Hospital Santa Paula, Dr. Tiago é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e é membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da European Society for Medical Oncology (ESMO). Médico discutidor da Liga de Oncologia da FMUSP-ICESP, Dr. Tiago é especializado em câncer de pulmão.
Dr. João Evangelista Bezerra Neto
M
édico da equipe de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês no Hospital Santa Paula, Dr. João Evangelista é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará. Possui residência médica em Hematologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, onde permaneceu como médico do Departamento de Hematologia. Realizou especialização em Oncologia Clínica pelo Hospital Israelita Albert Einstein, permanecendo como membro do Centro Paulista de Oncologia (CPO) e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Fellowship em Hematologia/Oncologia no News England Medical Center (NEMC), em Boston (EUA), e extensão universitária em Internato em Pediatria no Hospital Vall D´Hebron, em Barcelona (Espanha). Dr. João Evangelista é especializado em biologia molecular, oncogenética e hematologia.
22 - Revista do Câncer
23 - Revista do C창ncer
MatĂŠria de Capa
Hospital
Santa Paula
24 - Revista do Câncer
O
Hospital Santa Paula foi fundado em 1958 como Pronto-Socorro Santa Paula, atendendo principalmente pacientes do antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS).
Considerado um centro de excelência na Zona Sul da cidade de São Paulo, o complexo hospitalar tem uma área física de 15 mil m² e conta com 200 leitos, 8 salas de cirurgia e 50 leitos de terapia intensiva, chegando a atender, por ano, cerca de 100.000 pacientes no Pronto Atendimento e realizar aproximadamente 8.000 cirurgias. As Especialidades são: Cardiologia, Cirurgia Cardiovascular, Clínica médica e cirúrgica, Hematologia e Hemoterapia, Nefrologia, Neurologia clínica e cirúrgica, Oncologia, Pneumologia, Terapia intensiva, Ortopedia, Urologia e Reumatologia. Além disso, oferecemos equipamentos modernos e de alta qualidade visando o melhor atendimento em práticas hospitalares, como Tomografia Computadorizada, Medicina Nuclear (Gama Câmera), Ressonância Magnética, Raio-X Telecomandado, Ultrasom, Arcos em C, Hemodinâmica e neuroradiologia e PET C, entre outros. A Hotelaria Hospitalar do Hospital Santa Paula gerencia a hospedagem dos pacientes e clientes. O serviço visa fornecer o máximo de conforto ao paciente e acompanhante, dentro de normas hospitalares que garantem o bem-estar dos mesmos. Alguns dos serviços complementares que oferecemos são: Vallet – manobristas, Coffee Shop 24h, Restaurante para acompanhantes e visitantes, Lanche durante o horário de visita das UTIs, Wi-fi gratuito, Conciergerie, Empréstimo de laptop e DVD, Mensageiro para solicitações internas e externas (compra de jornais e revistas, farmácia, cópias xerográficas, fax), Serviços de estética (barbeiro, manicure, maquiador), Parceria com lavanderia externa, Lembranças para datas festivas, Cine Santa Paula (canal onde passam 02 filmes diariamente em horários alternados), Serviços religiosos e espaço ecumênico, Ouvidoria e Segurança 24h.
25 - Revista do Câncer
26 - Revista do C창ncer
27 - Revista do C창ncer
Matéria de Capa
Serviços
Anestesia
Assistência Farmacêutica
O Serviço de Anestesiologia do Hospital Santa Paula foi certificado pela ONA – Organização Nacional de Acreditação – nível 3, em reconhecimento a alta qualidade de seus serviços. A certificação pela ONA reflete os esforços continuados do Hospital Santa Paula em anestesiologia, quando preocupado com o estresse cirúrgico e com a dor pós-operatória, organizou o SAD - Serviço de Analgesia e Dor, em janeiro de 1997, que reúne desde então, profissionais com largo conhecimento científico voltado à segurança e bem-estar dos pacientes no pré, intra e pós-operatório. Hoje, com o trabalho consolidado, o SAD - Serviço de Anestesiologia do Hospital Santa Paula, avança em atenção e cuidados aos seus pacientes e dispõe de um consultório para visitas pré-anestésicas, onde você pode esclarecer suas dúvidas quanto a procedimentos e drogas e avaliar com um especialista a melhor anestesia para o seu caso. Os anestesistas são os “olhos” do paciente durante o procedimento cirúrgico ou exame a que se submete
O objetivo principal do Serviço de Farmácia do Hospital Santa Paula é: estabelecer o uso racional e seguro dos medicamentos com qualidade assegurada, através de pessoal qualificado e dessa maneira prestando assistência integrada à equipe multiprofissional e ao paciente. A Assistência Farmacêutica é um amplo conjunto de atividades relacionadas aos medicamentos, com características multiprofissionais, tais como: abastecimento, conservação e controle da qualidade, difusão de informações , segurança e eficácia da terapêutica, entre outros. No HSP essas atividades englobam: - Seleção e padronização de medicamentos - Aquisição de medicamentos - Armazenamento e dispensação - Manipulação de Quimioterápicos - Gerenciamento e treinamento de pessoal ATENÇÃO FARMACÊUTICA A Atenção Farmacêutica, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) é o conjunto de ações , conhecimentos e valores éticos, habilidades na prestação da Farmácia Clínica, com o intuito de alcançar resultados terapêuticos adequados para a promoção da saúde, cura da enfermidade e melhora da qualidade de vida do paciente.
28 - Revista do Câncer
Fonoaudiologia Todos vivemos em sociedade e a alimentação, além de uma necessidade vital, é um ato social e cultural: o homem é o único animal que prepara os alimentos e ritualiza os atos de comer e de beber, transformando-os em encontros sociais e afetivos, para celebrar e reunir a família, por exemplo. Por isso, quando as pessoas são acometidas por doenças que, entre outros efeitos, as impedem de se alimentar naturalmente (disfagia: dys = alteração; e phagein = comer), ficam privadas não apenas de nutrientes, mas também de importantes componentes de sua vida social. O Hospital Santa Paula conta, em sua qualificada equipe multiprofissional, com o trabalho desenvolvido pelo setor de Fonoaudiolo-
gia, para diagnosticar e tratar dos pacientes com disfagia, bem como acometidos por distúrbios de comunicação. Este setor é coordenado pela Fonoaudióloga Maria José de Freitas Duarte e, nos casos de disfagia, seu objetivo é reabilitar os pacientes por meio de um atendimento humanizado, que busca a recuperação miofuncional e social, devolvendo aos pacientes suas condições de alimentação e de deglutição segura, o que favorece a qualidade de vida do paciente no hospital e, após a alta, na retomada de suas atividades pessoais e profissionais.
29 - Revista do Câncer
Matéria de Capa Hotelaria hospitalar O Hospital Santa Paula é pioneiro em seus investimentos em hotelaria, criando diferenciais e disponibilizando aos seus pacientes: técnicas, conceitos, metodologias e procedimentos inovadores. Seu principal desafio é realizar todas as vontades, necessidades e desejos de seus clientes. Surpreender os 'hóspedes' é a meta da equipe de hotelaria do Hospital Santa Paula. Os conceitos de hotelaria são ferramentas cruciais para a entrega de serviços hospitalares diferenciados. Enquanto os médicos e demais profissionais da saúde preocupam-se com a reabilitação física dos nossos pacientes, nossa equipe de hotelaria empenha-se para proporcioná-los uma estádia repleta de serviços diferenciados e amenidades. “A dedicação destes profissionais é fundamental no processo de recuperação dos nossos pacientes, devido à conotação que eles dão aos serviços que prestamos” (Dr. George Schahin, Diretor Presidente). Além disso, a estrutura hoteleira do Santa Paula adotou critérios de avaliações rigorosos, para atender as necessidades e superar as expectativas dos
seus clientes de saúde, proporcionando-os com os mesmos diferenciais e delicadezas encontrados em hotéis. Veja alguns de nossos serviços diferenciados e seus respectivos produtos: RESTAURANTE O Restaurante Manah é um local descontraído, aberto no café-da-manhã das 6h30 às 9h30 e no almoço 11h30 às 14h30, reúne pacientes, acompanhantes, médicos e a equipe do hospital. LANCHE NA ESPERA DAS UTI’S Durante os horários de visitas de pacientes das UTIs, o Hospital Santa Paula disponibiliza um serviço diferenciado de lanche nas esperas. ROOM SERVICE O Room Service do Hospital Santa Paula tem todo respaldo de um dos maiores e mais renomados grupos do ramo alimentício do mundo: a SODEXO, um grupo francês, com operações em 74 países e mais de 24.700 unidades de serviços no mundo.
30 - Revista do Câncer
31 - Revista do C창ncer
Matéria de Capa Medicina Nuclear
Nutrição
Considerada uma das áreas médicas que mais crescem no país, a medicina nuclear possibilita de forma precoce a detecção de uma série de disfunções e enfermidades dos pacientes e permite ao médico realizar um tratamento muito mais eficaz. Criado há 12 anos, o primeiro serviço implantado no Hospital Santa Paula foi a GamaCâmara (Cintilografias) e o setor de cirurgias radioguiadas (Pesquisa de Linfonodo Sentinela e ROLL), utilizando-se gama probe portátil. Cerca de 4 anos mais tarde, iniciaram-se as terapias com radioisótopos, primeiro com um quarto e mais tarde ampliando nossa capacidade para duas unidades de internação. - Gâma Câmara (Cintilografia) - Terapias com radioisótopos (Iodoterapia) - Cirúrgias radioguiadas
Nossa equipe de nutricionistas é responsável pelo acompanhamento nutricional de todos os nossos pacientes. Durante uma visita realizada no ato da internação nossa equipe reúne todas as informações necessárias para compor uma dieta balanceada e adequada a cada tipo de tratamento. No momento em que as refeições são solicitadas nosso Chef é informado da dieta individual de cada paciente, elaborando pratos adequados às delimitações nutricionais compostas no ato do check in. Além do acompanhamento das dietas estabelecidas para cada situação fisiológica, nosso departamento de nutrição é responsável pelos seguintes serviços: - Atendimento ao Centro Cirúrgico. - Acompanhamento da evolução dos pacientes internados, através de visitas diárias pela equipe de Nutrição Clínica
Fisioterapia A equipe da Unifir® com um serviço altamente qualificado e profissionais especializados é responsável por todo tratamento de fisioterapia realizado nos pacientes internados no Hospital Santa Paula. Esses profissionais são responsáveis pelos diversos tipos de atendimento que compõem esta especialidade, abrangendo pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), UCO (Unidade Coronariana) e Unidades de Internação.
32 - Revista do Câncer
Hemodinâmica
Terapia Ocupacional
ICSP Instituto de Cardiologia de São Paulo O Instituto de Cardiologia de São Paulo há 26 anos no mercado, tornou-se um Modelo de Excelência no atendimento intervencionista e em diagnósticos nas áreas cardiológica, neurológica e vascular, dispõe de: - Duas salas de Angiografia Digital, com aparelhagem da mais alta tecnologia Integris H 3000 Digital Philips com CD Medical; - Completo diagnóstico cardiológico; - Atendimento intervencionista nas áreas cardiológica, neurológica e vascular; - Clínicas Especializadas nas áreas da Neurologia, Cardiologia e Vascular; - Diagnósticos de Medicina Nuclear; Sempre com profissionais altamente gabaritados, proporciona atendimento completo, rápido, seguro e de indiscutível padrão de qualidade
Psicologia
DEFINIÇÃO É uma profissão da área da saúde que promove a prevenção, o tratamento e a reabilitação. O terapeuta ocupacional trabalha com tecnologias orientadas para a emancipação e a autonomia de pessoas, que por razões ligadas a problemáticas específicas (físicas, sensoriais, psicológicas, mentais e/ou sociais) apresentam temporária ou definitivamente, limitações funcionais e/ou dificuldades na inserção e participação na vida social. O terapeuta ocupacional busca, portanto, tornar a vida das pessoas mais participativa e acessível, facilita o desempenho e amplia as capacidades funcionais. Esse profissional define ações de prevenção ou propõe e desenvolve programas de tratamento que possibilitam a melhora do estado de saúde e da qualidade de vida do paciente, capacitando-o a alcançar maior grau de independência funcional, para adquirir a autonomia e a independência necessárias à manutenção de uma vida ativa, eliminar, reduzir ou evitar processos de exclusão e custos com cuidadores.
A internação hospitalar gera uma série de questionamentos, dúvidas e medos que, muitas vezes, não são expressos pelos pacientes nem pelos profissionais de saúde. O psicólogo pode intervir como interlocutor/ facilitador para a expressão de conflitos que se encontram por trás de tais dificuldades. A experiência mostra a necessidade de um serviço que valorize os sentimentos e as angústias de quem precisa se utilizar dos serviços hospitalares e das pessoas envolvidas nos mesmos. A Psicologia Hospitalar é o diferencial para dar conta de tais aspectos. A possibilidade de o paciente e de seus familiares expressarem suas dúvidas e dificuldades mostra-se bastante eficiente na medida em que faz com que os mesmos se vejam envolvidos no processo de cura - o qual deve estar presente durante o período de internação. 33 - Revista do Câncer
Matéria de Capa
Anatomia Patológica Anestesiologia Angiologia/Cirurgia Vascular Cardiologia Cardiologia Intervencionista Cirurgia Buco Maxilo Facial Cirurgia Cardíaca Cirurgia de Cabeça e Pescoço Cirurgia do Aparelho Digestivo Cirurgia Geral Cirurgia Oncológia
Cirurgia Plástica Clínica Geral Clínica Médica Coloproctologia Endocrinologia Fisioterapia Fonoaudiologia Gastroenterologia Geriatria Hematologia Infectologia Mastologia Medicina Nuclear Nefrologia Neuro Cirurgia Neurologia Clínica Oncologia Clínica ORL - Otorrinolaringologia Ortopedia/Traumologia Pneumologia Psicologia Radiologia Radioterapia Reumatologia Urologia Dentre estas, podemos destacar os serviços de Cardiologia, Neurologia e Oncologia, no qual o Hospital conta com uma infra-estrutura especializada para atender toda sorte de intercorrências e faz com que a instituição seja uma referência no tratamento destas patologias. 34 - Revista do Câncer
A
través de uma parceria firmada com o maior grupo de diagnósticos da América Latina, o Diagnósticos da América, o Hospital Santa Paula e a marca Delboni Auriemo, passaram a oferecer aos seus clientes a mais alta tecnologia e competência na realização de exames laboratoriais e de imagens. Os serviços oferecidos pelo Delboni Auriemo – Santa Paula são:
PET-CT Medicina Nuclear (cintilografias) Ressonância Magnética Tomografia Computadorizada Endoscopia Colonoscopia Laringoscopia Broncoscopia Ecoendoscopia
Ultrassonografia convencional Ultrassonografia convencional com Doppler Raio-X Digital e Raio-X Contrastado Análises Clínicas em geral Anatomia Patológica Ecocardiograma Teste ergométrico Holter MAPA
35 - Revista do Câncer
Matéria de Capa
A
Rede Conecte é fruto de conversas entre os colaboradores e pacientes do Hospital Santa Paula que, muito além do uso para fins pessoais, passaram a enxergar na internet um poderoso instrumento que aproxima pessoas fisicamente distantes com desejos e necessidades comuns. Depois de experiências bem sucedidas de marketing digital em anos anteriores, promovendo campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, era natural que o sentimento de que "é possível fazer mais" contagiasse a todos e motivasse a concepção de um projeto maior, envolvendo mais atores na execução de uma ideia inovadora que reafirmasse nossos valores como instituição. A partir do contato direto com pacientes que usam a internet para compartilhar suas lutas diárias, descobrimos casos de pessoas que, embora engajem a família e entes queridos,
não expandem os limites do convívio diário com pessoas próximas para além das possibilidades oferecidas pelo mundo de hoje. Nesse sentido, a internet desponta como a principal e mais extraordinária ferramenta. Na sociedade da informação, ela é fio condutor de pequenas revoluções diárias que se conectam e promovem transformações avassaladoras em todos os campos de atuação humana, da política ao esporte, da economia ao entretenimento, da tecnologia ao meio ambiente. Para além de uma plataforma de comunicação, o projeto de uma rede social que aproxima pacientes com câncer é uma contribuição. Partimos do princípio de que todos temos algo a ensinar e que é graças a isso que a sociedade evolui. Se evoluir quer dizer abrir mão do conforto a nossa volta para perseguir objetivos maiores na busca de soluções para os problemas da sociedade, então é isso que queremos fazer.
36 - Revista do Câncer
37 - Revista do C창ncer
Pesquisa
O
consumo prolongado de carne vermelha é um conhecido fator de risco para o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer. Embora várias teorias tenham tentado explicar esta associação, nenhuma foi conclusivamente comprovada. Agora, um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, demonstra que determinadas formas de uma substância conhecida como ácido siálico não humano, o ácido N-glicolilneuramínico (Neu5Gc), presente na carne vermelha, pode incitar um processo inflamatório que predispõe ao câncer.
de metabolizada fica biodisponível nos tecidos humanos, o que gera a produção de anticorpos em circulação. A interação entre os antígenos circulantes e os anticorpos anti-Neu5Gc é capaz de estimular processos inflamatórios, levar à carcinogênese e à progressão do tumor.
A descoberta foi evidenciada em uma pesquisa clínica com cobaias, que foram alimentadas com uma dieta contendo Neu5Gc. Com o tempo, as cobaias desenvolveram evidências de uma inflamação sistêmica e com maior risco para o desenvolvimento de tumores do fígado quando comparado com o grupo controle. No grupo que recebeu dieta com Neu5Gc, houve uma incidência cinco vezes maior O Neu5Gc é uma substância que depois de cancer do fígado.
Resumo do conteúdo e percentagem de Neu5Gc (em relação ao total de ácidos siálicos) dos vários grupos de alimentos. 38 - Revista do Câncer
Para os pesquisadores, o estudo traz dados que fornecem uma explicação para a associação entre o consumo de carne vermelha e o risco de câncer. O oncologista Antonio Carlos Buzaid, diretor geral do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes (COAEM), explica que a pesquisa demonstra a correlação entre o Neu5Gc e a inflamação crônica associada ao desenvolvimento de tumores. “Há tempos foi estabelecido o nexo epidemiológico entre o consumo de carne vermelha %u2014 bovina, suína e de cordeiro %u2014 e a incidência de doenças como o câncer e diabetes. Populações que consomem pouca ou nenhuma carne vermelha apresentam menores taxas de câncer”, esclarece o especialista. “Agora, esse estudo demonstra em um modelo animal o papel da inflamação crônica desencadeada pelo consumo da carne”.
estudadas, o que neste caso foi considerado como a “prova de princípio” da investigação. Os pesquisadores também demonstraram que a quantidade de Neu5Gc varia entre os diferentes grupos de alimentos e até mesmo de acordo com a forma de preparo. O bife, por exemplo, contém um dos mais altos níveis da substância, com 231 microgramas de Neu5Gc por grama de carne. Em produtos derivados do leite, a presença chega a 43 microgramas de Neu5Gc por grama, como é o caso do queijo de cabra. Em contraste, aves e ovos não contêm Neu5Gc, enquanto nas frutas e vegetais não há nenhum tipo de ácido siálico. Nos frutos do mar também não foram encontradas quantidades significativas de Neu5Gc, com exceção do caviar (veja quadro ao lado).
O organismo humano é geneticamente incapaz de produzir Neu5Gc, mas esta molécula é detectável em superfícies de epitélio humano e do endotélio, e aparece em valores ainda mais elevados em tecidos malignos. Assim, a única via para tornar possível a biossíntese deNeu5Gc é a ingestão dietética, especialmente pela carne vermelha. A hipótese dos pesquisadores da Califórnia não foi comprovada em humanos, mas não resta dúvidas de que o estudo lança luz sobre os efeitos deletérios do consumo da carne vermelha e explica por que o churrasco de frango recebe sinal verde, enquanto o de carne continua sob fortes críticas. O problema é mesmo a carne e não tanto o processo de grelhá-la, como antes se pensava. Embora os dados disponíveis na literatura indiquem em humanos uma forte associação entre o consumo de carne vermelha e o câncer de colon, o modelo animal que demonstrou o impacto do Neu5Gc evidenciou aumento de risco para câncer de figado, que é a forma mais comum de câncer nas cobaias 39 - Revista do Câncer
atualidade Claudia Colucci
P
Colunista Interfarma
or que o tema saúde pública não consegue fazer o mesmo barulho que o transporte público tem conseguido? Ainda que o assunto tenha aparecido nas manifestações de junho de 2013, ele logo se esvaziou. Perdemos uma oportunidade única de iniciar um movimento social em torno de uma questão que devemos enfrentar: afinal, que sistema de saúde nós queremos ter?
acometer a boca ou a laringe, já está fora da alçada do seguro.
A proposta da "cobertura universal de saúde" caminha por aí. Ela promete dar acesso a todos os serviços de saúde, mas fazendo uma separação de acordo com a capacidade de pagamento. Quem pode pagar mais, tem acesso a um maior número de serviço. Quem não pode, fica com a cesta básica, alijado de tratamentos caros, como os de câncer. Se quiser saber mais A menos que você seja um iniciado em sobre isso, leia a cartilha editada pelo Cebes políticas de saúde, dificilmente já se fez essa (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde). pergunta. Mas é melhor fazer um esforço e começar a entender o momento crucial que viveNo Brasil, incluímos na Constituição de mos hoje. A proposta de uma cobertura univer- 1988 que a saúde é um direito universal e desal de saúde vem tomando o centro da agenda ver do Estado e que seria financiada por fontes internacional e sendo defendida por organis- fiscais. Mas, na verdade, muito do que se premos como o Banco Mundial e o Fundo Monetá- gou na Constituição e em outras normas que rio Internacional (FMI). vieram depois ficou no papel. O que gente viu desde então foi o crônico subfinanciamento É preciso entender, porém, que cobertura do sistema e, na última década, o crescimenuniversal de saúde não é a mesma coisa que to dos seguros privados, impulsionado por reum sistema universal de saúde (o nosso SUS, cursos públicos em forma de incentivos fiscais. por exemplo). O primeiro se refere a um conjun- Em São Paulo, por exemplo, 50% da população to de garantias que podem estar cobertas ou têm plano de saúde. não. Vale lembrar, no entanto, que a maioria Por exemplo, no México, a população com das pessoas tem acesso a planos e seguros carteira assinada é atendida pelo Instituto Me- privados de saúde enquanto estão no mercado xicano de Seguro Social e os ricos contratam o de trabalho. Ao se aposentar, muitos perdem mercado privado. Para as cerca de 50 milhões seus planos porque não têm mais como pagar. de pessoas que não estão incluídas no merca- Justamente na velhice, quando mais precisam. do formal de trabalho existe o "Seguro Popu- Volto à pergunta: É esse o sistema que querelar", que oferece pacotes básicos de serviços. mos? Cobrem, por exemplo, sete tipos de câncer. O câncer de pulmão é um deles. Mas se a doença Não existe um sistema ideal de saúde, 40 - Revista do Câncer
mas existem modelos que estão muito mais avançados do que o nosso, como os de Portugal e Espanha. São sistemas também financiado por impostos e organizados a partir de uma atenção básica bem estruturada, interagindo com os demais níveis de especialização. Conseguem ter melhores indicadores de saúde e menores gastos do que sistemas baseado em seguros privados, como o americano. E com grande aprovação social. Mas, para avançarmos rumo a um sistema de saúde semelhante, precisamos parar de enxergar a saúde como um bem de consumo e lutar pelo sistema assegurado pela Constituição. Saúde não é mercadoria. A doença, sim, tem sido um grande negócio para a indústria da saúde. Não é a toa que as farmacêuticas e a indústria de produtos e equipamentos médicos sempre ocupam boas colocações no ranking das mais lucrativas.
Parece óbvio que, para esse mercado, não interessa que a população tenha menos doenças. Menos doença significa menos consumo, menos lucro. Temos iniciativas ótimas no nosso SUS, como o Programa de Saúde da Família, que vem sendo copiado, inclusive, por alguns planos de saúde. Sim, ainda temos muitos problemas, mas sem mobilização popular não só não vamos superá-los como corremos o risco de perder o que já conseguimos. Como já disse Gilson Carvalho, um dos idealizadores do SUS falecido ano passado, "o SUS nasceu uma Mercedes que esqueceram de botar gasolina". Sim, o nosso SUS anda empurrado. E, agora, com o capital estrangeiro chegando na área da saúde, corre o risco de ser seriamente atropelado. De novo, é isso que queremos?
41 - Revista do Câncer
Saúde Pública
O câncer colorretal é um dos mais frequentes na população brasileira. Nas mulheres, é o 2º mais comum, com 17.530 casos estimados para 2015 e, nos homens, ocupa a 3ª posição, com 15.070 novos casos. Nota-se, no entanto, uma diferença nos índices de incidência entre as cinco grandes regiões do Brasil
E
sse mapeamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), segundo Dr. Samuel Aguiar Jr., Chefe do Núcleo de Tumores Colorretais do A.C.Camargo, vai ao encontro de estudos que mostram que um dos importantes fa-
tores de risco para câncer colorretal são os hábitos alimentares. Estudos científicos revelam que uma alimentação em que predominem frutas e verduras, cerca de ¾ do consumo diário, ajuda a proteger não somente de câncer colorretal, mas também de doenças cardiovasculares.
42 - Revista do Câncer
"Em linhas gerais, percebemos que as regiões de maior incidência da doença são aquelas onde tradicionalmente há o predomínio do consumo de carnes vermelhas e gordurosas, aliada à baixa ingestão de verduras e frutas", diz. Portanto, incentivar a adoção de uma alimentação balanceada pode contribuir para diminuir o risco do câncer colorretal e trazer benefícios para a saúde global das pessoas. Pesquisa Nacional de Saúde Em 2013, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da primeira Pesquisa Nacional de Saúde, com base na percepção dos indivíduos. Os indicadores, portanto, englobaram tanto componentes
físicos quanto emocionais, além de aspectos do bem-estar e da satisfação com a própria vida. Ainda assim, foram apresentados relevantes hábitos de consumo alimentar dos brasileiros, também divididos entre as grandes regiões. Por exemplo, observou-se que o consumo de frango e carne com excesso de gordura é maior entre os homens e nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Por outro lado, o consumo de peixe pelo menos um dia por semana é mais comum nas regiões Norte e Nordeste. Outros dados apontam também diferenças entre a ingestão de doces e refrigerantes regularmente, além do hábito de substituir pelo menos uma das refeições por sanduíches, salgados ou pizzas regularmente, conforme tabela abaixo.
HÁBITOS ALIMENTARES - HOMENS POR REGIÃO Proporção de pessoas de 18 anos ou mais Índice de confiança de 95%
Incidência*
Consumo de carne ou frango com excesso de gordura
Consumo de peixe pelo menos um dia por semana
Consumo de refrigerante regularmente
Consumo de alimentos doces regularmente
Norte
5.3%
25.3%
76.7%
16.5%
10.8%
3.6%
Nordeste
7.81%
19.6%
64.2%
15.5%
18.8%
3.7%
Sudeste
24.56%
31.0%
50.5%
23.7%
SUL
21.85%
32.7%
40.2%
21.2%
25.0% 27.5%
C. Oeste
14.82%
37.0%
42.3%
23.5%
21.5%
* a cada 100 mil habitantes 43 - Revista do Câncer
Substituição de refeições por sanduíches, salgados ou pizzas
9.2% 9.9% 7.3%
Saúde Pública HÁBITOS ALIMENTARES - MULHERES POR REGIÃO Proporção de pessoas de 18 anos ou mais Índice de confiança de 95%
Incidência*
Consumo de carne ou frango com excesso de gordura
Consumo de peixe pelo menos um dia por semana
Consumo de refrigerante regularmente
Consumo de alimentos doces regularmente
Norte
5.3%
25.3%
76.7%
16.5%
10.8%
3.6%
Nordeste
7.81%
19.6%
64.2%
15.5%
18.8%
3.7%
Sudeste
24.56%
31.0%
50.5%
23.7%
SUL
21.85%
32.7%
40.2%
21.2%
25.0% 27.5%
C. Oeste
14.82%
37.0%
42.3%
23.5%
21.5%
Além da alimentação saudável
9.2% 9.9% 7.3%
tos de nossa dieta evitamos o câncer ou que ao consumi-los estamos fadados a ter a doença", Dr. Samuel destaca, contudo, que quando conclui. o assunto é câncer, não há verdades absolutas Cuide-se e as pesquisas apontam cada vez mais novos caminhos. "Os alimentos sempre foram temas de estudos na área do câncer colorretal e as Mastigue bem os alimentos pesquisas, realmente, revelam que a adoção Evite jejum prolongado. Faça de três a cinco rede alimentação balanceada, mais natural e feições diárias. menos industrializada, conta pontos a favor da Beba de dois a três litros de água por dia, com diminuição do risco para esta doença. Mas não intervalo de uma hora entre as refeições. há alimentos milagrosos", afirma, lembrando Coma frutas, verduras, legumes e carnes branque tão importante quanto a dieta balanceada cas. Evite frituras, gorduras, alimentos embutié a adoção de um estilo de vida livre do con- dos e defumados e excesso de bebidas alcoólisumo excessivo de álcool, do tabagismo e do cas. Não exagere no sal. Alimentos como café, chá preto e mate, refrigesedentarismo. rantes, chocolate, molho de tomate e pimenta "Há pesquisas que associam a carne são irritativos para seu aparelho digestivo. vermelha e os embutidos e defumados ao aumento do risco para câncer colorretal. Mas não Não fume e pratique atividade física regular, podemos afirmar que ao eliminar esses alimen- sempre com orientação médica. 44 - Revista do Câncer
* a cada 100 mil habitantes
Substituição de refeições por sanduíches, salgados ou pizzas
45 - Revista do C창ncer
Artigo Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil.
S
aúde não é apenas a vida sem doença. O conceito de doença não é simples como parece, porque faz parte de um contexto social em que os médicos criam teorias, descrevem sinais, sintomas e métodos de tratamento; os pacientes procuram explicações e soluções para os males dos quais padecem; e as autoridades estudam políticas para reduzir o impacto na economia e na saúde pública.
do câncer tiverem sido descobertas, e quando medidas eugênicas tiverem colaborado com a evolução para eliminar os incapazes, nossos sucessores olharão para estas páginas com ar de superioridade."
Ainda em 1912, a revista publicou as primeiras preocupações com o surgimento de "pessoas com hábitos de vida extremamente indolentes, que não andam mais do que os passos necessários para ir do escritório ao elevador, do elevador para a sala de jantar ou para o A história da medicina mostra que a in- quarto e de volta para o automóvel". tersecção desses interesses tem se alterado no Durante o século 20, enfermidades cardecorrer dos séculos. diovasculares, câncer, diabetes e outras condiNuma análise das publicações dos pri- ções crônicas se tornaram prevalentes, embora meiros números da revista "The New England ainda emergissem enfermidades infecciosas: Journal of Medicine", um grupo de Harvard encefalite equina, kuru, ebola, Aids. reuniu artigos publicados há 200 anos sobre entidades estranhas como: apoplexia, neurasEm 2005, foi levantada a hipótese de que tenia, cegueira e fraturas ósseas em pessoas a epidemia de obesidade, prevista em 1912, reque receberam o impacto do vento de balas de duzirá a expectativa de vida da população amecanhão que explodiram longe delas. ricana pela primeira vez nos últimos cem anos. Qualquer tentativa de definir doença preHá descrições de morte por combustão espontânea em bebedores de conhaque, por cisa levar em conta a complexidade. ingestão de água gelada ou por febres de váDoenças afetam determinados grupos, rios tipos em pessoas que nunca tiveram febre. estão associadas a fatores de risco e provocam Em 1912, um editorial da revista defen- sinais e sintomas característicos. Elas geram inde a eugenia: "Talvez em 1993, quando todas teresses que envolvem pacientes, profissionais as doenças passíveis de prevenção tiverem de saúde e as instituições em que trabalham e sido erradicadas, quando a natureza e a cura as fontes pagadoras. Mais do que um problema 46 - Revista do Câncer
pessoal, doença é um processo antes de tudo social. Enfermidades novas estão associadas a causas novas (acidentes de moto, poluição), novos comportamentos (fumo, abuso de drogas) e mesmo à alteração da história natural por meio do tratamento (diabetes, Aids, infarto). Mudanças sociais e ambientais aumentaram a prevalência de enfermidades raras no passado: infarto do miocárdio, câncer de pulmão, obesidade grave. Novos critérios e métodos de diagnóstico permitiram evidenciar outras, que não eram identificadas: depressão, síndrome metabólica. Transformações na sociedade redefinem o que é doença. Homossexualidade e masturbação deixaram de sê-lo. Fibromialgia e síndrome da fadiga crônica passaram a ser consideradas, graças à pressão das associações de pacientes.
Apesar dessas modificações, uma característica se mantém desde os primórdios da humanidade: a influência nefasta das disparidades sociais no acesso aos serviços de saúde, fenômeno ubíquo em todas as sociedades. Doenças são processos dinâmicos que coevoluem com a medicina. Quando as vacinas e os antibióticos começaram a combater as infecções, aumentou a incidência de ataques cardíacos, derrames cerebrais e diabetes. Assim que tivermos sucesso no controle dessas enfermidades, haverá aumento na prevalência dos transtornos neuropsiquiátricos, desafio que a medicina está despreparada para enfrentar. Infelizmente, os sistemas de saúde estão mais preparados para as doenças do passado, não para lidar com aquelas do presente ou do futuro.
47 - Revista do Câncer
48 - Revista do C창ncer
49 - Revista do C창ncer
Artigo
D
epois de ter passado por uma cirurgia de câncer de mama, uma mastectomia pode ter sido necessária. Além da reconstrução da mama, existem outros recursos: as próteses mamárias. O uso de próteses não tem como único objetivo a melhora da estética feminina. O uso de um sutiã com uma prótese mamária é recomendado para manter a postura, uma vez que evita a elevação do ombro do lado afetado e o encurvamento da coluna vertebral em função da diminuição do peso ocasionadada pela retirada da mama. A prótese mamária mais compatível é aquela que você experimenta e com ela se sente bem, confortável e segura. Ela deve ser adequada ao uso. Na verdade, o que proporciona o efeito estético é o sutiã, o maiô ou o biquíni adequado. É importante que a prótese mamária seja ventilada e não provoque suor. Quando você for escolher uma prótese, tente vestir uma blusa ou camiseta justa e olhe no espelho. No caso de uma prótese apenas, observe se a mesma se assemelha a sua outra mama. Tente avaliar se o peso é equivalente ao da outra mama. O peso deve ser adequado, lembre-se de que o peso além de ser desconfortável, pode dificultar a circulação linfática e causar um linfedema. Observe o comportamento da prótese mamária também deitada. Deite-se de costas e veja como a prótese mamária se comporta, principalmente em relação à mama remanescente. É importante também se informar sobre a
garantia da prótese e seguir as recomendações quanto à manutenção da prótese mamária. As próteses mamárias são, atualmente, confeccionadas de forma a proporcionar conforto e segurança e há, hoje, no mercado uma grande variedade de preços e de modelos. Existem três tipos mais conhecidos de próteses mamárias, dentre outros: Próteses de painço - É um tipo de prótese mamária que tem um baixo custo, no entanto tem a desvantagem de não poder ser molhada. São próteses mamárias confeccionadas artesanalmente, em um único formato. Quando necessário, o invólucro de lycra pode ser lavado, porém é necessário retirar o recheio, através de uma pequena abertura, na costura do envelope e depois recolocá-lo. Próteses de silicone - Há vários tipos de próteses de silicone que podem ser adquiridas em lojas especializadas. São próteses laváveis, mas não devem ser usadas no mar ou em piscinas de água clorada. O peso e formato das próteses de silicone variam de acordo com a marca. Próteses de espuma ou de polipropileno São próteses de baixo custo, com as vantagens de serem laváveis. São mais leves e por isso não são indicadas para o uso diário. São próteses adequadas para praia ou piscina.
50 - Revista do Câncer
51 - Revista do C창ncer
52 - Revista do C창ncer