Refrigeração – Ano 27 – Edição 216 – Agosto/2004
O MERCADO DE EXPOSITORES Alberto Sarmento Paz Balcões e gabinetes ganharam espaço nas lojas de varejo. O desafio agora È buscar inovações tecnológicas, principalmente no campo da eficiência energética, e atuar em um mercado estável Os fabricantes brasileiros de expositores frigorificados oferecem soluções e sistemas completos de padrão internacional. A avaliação é o resultado de diversas consultas tanto junto a projetistas e instaladores de refrigeração, bem como a clientes finais, quando questionados sobre a indústria nacional de refrigeração comercial, especificamente os expositores - balcões e gabinetes, que são os equipamentos que fazem a ponte entre o varejo e o consumidor final. Mas, há sempre o que aperfeiçoar. “O Brasil, sem dúvida, está bem servido tanto no que diz respeito aos equipamentos que usam refrigerantes básicos, quanto àqueles que aplicam refrigerantes secundários. O desafio está na busca de maior eficiência dos componentes”, avalia Alexandre de Paula, diretor da AR Tecnologia Térmica. A evolução dos sistemas permitiu uma mudança de fato na relação entre a indústria e o varejo. Há pouco tempo maior exigência do varejo era com o preço dos equipamentos, quase soberano na hora da negociação. Atualmente o cenário mudou e o varejo (incluindo supermercados, padarias, lojas de conveniência, entre outros) vem se preocupando, cada vez mais, com o custo operacional, principalmente os supermercados, maiores consumidores de equipamento de refrigeração, que avaliam todas as variáveis de custo (como consumo de energia, custo de manutenção, vida útil, etc). Segundo de Paula, sua experiência no relacionamento com o varejo indica que existem dois quesitos fundamentais, afora o custo, na hora da compra de balcões e gabinetes: durabilidade e eficiência energética. A mudança de foco na orientação dos supermercados, deve-se, em parte, à redução do número de novas lojas instaladas. “Após o boom de novas lojas, tivemos uma segunda onda com o mercado crescendo ao agregar serviços à sua estrutura, como padarias e farmácias. Agora, a fase que vivemos é a da busca pelo crescimento pela eficiência em todos os aspectos, incluindo, é claro, os balcões e gabinetes”, avalia de Paula. Para ele, a fase de mudanças mercadológicas mais acentuadas já ocorreu, acompanhando o forte aumento da demanda por produtos resfriados, que hoje é um item importante no faturamento total das redes de supermercados. Outro profissional do setor, Roberto Venturini, da RV Projetos reforça a tese da busca por eficiência energética como um dos principais pontos de avaliação. As maiores queixas que recebo estão relacionadas ao consumo de energia. Acredito que o crescimento desordenado das lojas, ou seja, ampliando áreas de vendas por etapas, acaba sendo um grande problema para racionalizar o empreendimento. Os fabricantes de expositores, por outro lado, estão fazendo sua parte, pois continuamente o consumo energético desses equipamentos vem caindo, em função da melhora no isolamento, melhor distribuição do ar, enfim, evoluções que permitem obter maior eficiência energética”, avalia Venturini. Como a tendência do mercado é exigir menor consumo de energia, Venturini acredita que novas evoluções nos balcões e gabinetes estejam relacionadas às resistências de degelo e de ponto de orvalho. Outra tendência, segundo o projetista, é ter uma central única para atender aos congelados, resfriados e áreas climatizadas, o que possibilita a recuperação do calor rejeitado pelos