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De olhos na estrela do Oriente

Há ainda autores para quem a árvore recorda a Redenção e a vida eterna, pois foi numa árvore – a Cruz de madeira ou “árvore da vida” – que Jesus Cristo salvou a Humanidade. Partindo do facto de Cristo, pregado na Cruz, ser o pão vivo descido do céu, os cristãos da Idade Média começaram a ornamentar a árvore de Natal com ofertas, símbolo da Eucaristia, que é a atualização sacramental do mistério pascal da Paixão, Morte e Ressurreição. Nas últimas décadas, a árvore passou a ser vistosamente decorada com efeitos luminosos que, mais uma vez, nos remetem para Jesus Cristo, “sol de justiça” (Ml 3, 20) e luz do mundo.

De olhos na estrela no Oriente

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Quando chegam a Jerusalém, os Magos perguntam onde está o rei dos Judeus que acabara de nascer. E acrescentam: “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2, 2). Que estrela é esta? Trata-se de um fenómeno astronómico para o qual há várias explicações. Para uns, terá sido um cometa. Para outros, a estrela terá resultado da conjunção de Saturno e de Júpiter. Para outros, deverá ter sido algo milagroso que fez refletir as pessoas familiarizadas com o estudo dos

astros, como era o caso dos Magos. A maioria dos exegetas, porém, pensa que a estrela terá sido um meteoro extraordinário que guiou os Magos até Belém. Seja como for, a estrela tornou-se o símbolo do nascimento de Jesus. E, frequentemente, é representada com quatro pontas e uma cauda luminosa para significar as quatro direções da Terra. De todos os lados, virão adorar o Deus-Menino, luz de todos os povos e de todas as nações.

Melchior, Gaspar e Baltasar

Importa assinalar que o título de reis, o número três, bem como os seus nomes próprios se devem a uma tradição que nada tem a ver com os Evangelhos. Apesar de, até ao século VI, a palavra “rei”, na literatura cristã, ter um sentido religioso e não político, os Magos não eram reis, porque o Evangelho não os identifica como tal, nem Herodes os tratou com esse estatuto. O primeiro autor a chamar-lhes “reis” foi S. Cesário de Arles, no século VI, ao que tudo indica por influência do Salmo 72, que exalta a figura messiânica do rei ideal.

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