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Porquê Natal… e em dezembro?

Porquê Natal… e em dezembro?

Jesus nasceu no dia 25 de dezembro? No ano 274, o imperador Aureliano (270-275 d. C.) oficializou o culto ao Sol Invencível. Tratavase de uma festa do “Renascimento do Sol” ou “Natalis Solis Invicti”, um culto com origem no deus Mitra, divindade que os Romanos haviam importado da Pérsia. Dizem os historiadores que Aureliano, preocupado em unificar o Império no que diz respeito ao culto, mandou construir um templo em honra do astro-rei e fixou a festa no dia 25 de dezembro, que, de acordo com os conhecimentos astronómicos da época, era a data do solstício de inverno. A decisão de Aureliano, em 274, terá colocado os cristãos numa situação difícil. Entre o combate aberto e a conciliação, preferiram este último caminho. Empenharam-se, por isso, em dar um sentido cristão à festa pagã que os Romanos faziam em honra do “Natalis Solis Invicti”. Se, para a sua Fé, Jesus Cristo era o “sol de justiça” (Ml 3, 20), a “Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina” (Jo 1, 9), então, à celebração do nascimento do Sol, contrapuseram a festa do nascimento (“natalis”) do Senhor. E no mesmo dia, o 25 de dezembro.

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É, de facto, a partir do século IV que se começa a generalizar a celebração do Natal cristão, a 25 de dezembro. Em 354, o papa Libério instituiu, nesse dia, a celebração litúrgica do nascimento de Jesus e do mesmo ano data o primeiro documento em que se refere que, no dia 25 de dezembro, os cristãos de Roma comemoraram o Natal. Mais tarde, em 529, o imperador Justiniano (527-565 d. C.) declarou o dia de Natal feriado público. E, a partir do século VII, a importância desta festa não para de crescer. De tal modo que, nos nossos dias, é, porventura, a festa mais universal, capaz de congregar, num sentimento comum, os homens dos mais diversos credos e convicções. Tal como os Romanos celebravam a vitória do Sol e do ciclo da vida sobre a escuridão, assim os cristãos e a Humanidade em geral cantam, por esta quadra, a vitória definitiva dos valores da paz sobre a conflitualidade, da fraternidade sobre o anonimato, da solidariedade sobre o egoísmo. É o espírito de Natal!

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