EDIÇÃO 6 AGOSTO 2013
FACEBOOK.COM/ANYMAGAZINE
WOLVERINE ESTÁ DE VOLTA O novo filme solo do anti-herói se baseia na saga japonesa dos quadrinhos e promete menos mutante e mais história.
Young doctor notebook Last of us
Mangás no Brasil
PARCERIA: Only Good Animes Apenas o Melhor
anime portfolio
GAMES & CRÍTICAS
APOIO:
O conteúdo exclusivo para a revista foi licenciado sob uma Licença Creative Commons AtribuiçãoSemDerivados 3.0 Brasil.
EDITOR CHEFE: LUIS HUNZECHER
REDAÇÃO:
LUIS HUNZECHER ALINE FIDENCIO ROBERTA OLIVEIRA
DESIGN:
LUIS HUNZECHER ALINE FIDENCIO
REVISÃO:
ROBERTA OLIVEIRA
COLABORADORES:
EVILASIO COSTA JUNIOR (ANIME PORTFOLIO) TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA (AFONTEGEEK) RICARDO SET (ESPAÇO GAMER) TOMAS E DEMAIS (CASA DO HERÓI) CHRISTIANO (OTAKU ANIMES) CARLÍRIO NETO (NETOIN) FRANK LEMOS (BEEK) ALEX (FATALITY) EQUIPE SENPUU (SENPUU) SPIDEY (THE AMAZING NERD)
ANYTHING
EDITORIAL IMPORTADOS A mercado brasileiro vem se tornando cada vez mais receptivo e favoravel para produtos marcas e estilos provenientes do exterior. Nosso país está praticando uma política onde na tentativa de ter uma projeção no cenário internacional e uma visibilidade maior começamos a aderir e aceitar o que é proveniente de outros paises em maior escala. O fato de produtos internacionais desembarcarem em maior numero no Brasil fez com que empresas reividicassem seus direitos autorais e taxas em cima de produtos vendidos aqui. 25 de março que o diga, marcas “genericas” estão se tornando mais dificieis de achar do que as originais, a fiscalização está mais forte desde as ruas até nos portos. A pergunta que me vem é a seguinte: até onde nossa fiscalização consegue ir na busca por produtos pirata. O mercado de pirataria no nosso pais é grande, muito forte se pensarmos bem, sendo assim desmatela-lo é uma tarefa ardua e que necessitará de muito esforço. A opnião que tenho é que antes de forçar as pessoas a não comprarem pirata devemos incentiva-las a comprarem o original, diminuir impostos, cortar barreiras, tornar acessivel. O mercado cresce com a procura, e temos potencial de compra, só não temos a renda suficiente para tal. Nossos governantes fecham os olhos para esse fato que com certeza é determinante para que possamos crescer ainda mais no mercado internacional.
GUSTAVO SOUZA LOPES (BLOG DO GUSTA) GUSTAVO DE PAULA (GAMES E CRÍTICAS) EQUIPE LOBO LIMÃO (LOBO LIMÃO) AMANDA EXPLODING COMICS
Luis Hunzecher - Editor Chefe
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ÍNDICE SESSÃO DO LEITOR
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CRÍTICA: WOLVERINE IMORTAL
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ESPECIAL BATMAN 3
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CRÍTICA: YOUNG DOCTOR NOTEBOOK
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TOKUSATSU: TOP 10 MELHORES ABERTURAS
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MERCADO DE MANGÁS NO BRASIL
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FANSUB E DVDS PIRATAS NO MERCADO NACIONAL DE ANIMES GÉNERO SLICE OF LIFE
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ANÁLISE: BEYBLADE
41
DISTOPIA: LAST OF US
47
REVIEW: MASS EFFECT
53
JOGOS PARA CRIANÇAS
55
E-SPORTS
57
MÚSICA:KYLIE MINOGUE
59
LEITURAS:NO GAME, NO LIFE
61
MOBILE GAME
63
PRÉVIA
65
SESSÃO DO LEITOR
ESCREVA PARA NÓ
Possui alguma pergunta? Crítica? Elogio? Sugestão? Recado? Ou qualquer outra coisa? Escreva para magazine.any@gmail.com
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CRÍTICA
POR LUIS HUNZECHER
UMA SAGA MAIS HUMANA
LOGAN VIAJA AO JAPÃO EM SEU NOVO FILME E BUSCA MOSTRAR O QUÃO DIFICIL É CONVIVER COM SEUS PODERES. Wolverine é um dos personagens mais importante dos X-Men no cinema. O personagem rouba a cena e assim como Tony Stark faz nos filmes dos Vingadores consegue carregar a história e desenvolver a trama. O fato de junto dos mutantes Wolverine fazer sucesso, não quer dizer que suas empreitadas solo tenham o mesmo sucesso ou apelo, vimos isso em X-men Origins e agora ele está de volta em Wolverine imortal, uma trama mais madura, real e diferente de tudo que vimos até hoje de super heróis no cinema.
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Logan é um lobo solitário, um personagem amado pelos fãs da Marvel por ser conflitante, nobre, um herói fantástico. Hugh Jackman consegue personificar o carcaja de maneira magnifica e consegue dar conteúdo ao personagem. No filme Wolverine imortal vemos um Logan solitário, fugindo de seus problemas e traumas do passado, tentando deixar de ser Wolverine. Ele é atormentado pelo fato de ter matado Jean Grey(o filme se passa após o Confronto Final) e todo o mal que já passou e viveu. Enquanto Wolverine está em um tipo de peregrinação ele é abordado por Yukio, uma garota com dons com a espada que foi enviada a pedido de seu mestre que conheceu e foi salvo na segunda guerra mundial por Logan, e agora em seu leito de morte deseja dar seu ultimo adeus ao Herói. Quando se encontram, o Mestre Yashida oferece algo a Logan, oferece a mortalidade, a chance de morrer, perder o poder de cura. Logan não aceita mas
CINEMA
acaba tendo ele minado a força, e com isso começa a se tornar mais mortal e frágil, podendo se cansar, sentir dor, etc. Um dos pontos iniciais negativos do filme é o fato de não termos mutantes, além de Wolverine aparece apenas mais um mutante no filme, fazendo com que não seja um filme sobre X-men, e sim um filme sobre Logan. O fato do filme ser mais real e focado no personagem quase que interamente nos ajuda a ver as qualidades de Jackman na pele do personagem, que consegue nos mostrar o quão difícil é viver para sempre, e ao mesmo tempo como é difícil saber que
pode morrer. Os personagens secundários são muito bem trabalhados, e dão poder a trama. O interesse amoroso do filme é Mariko, neta de Yashida e a química entre ela e Logan é boa e ajuda a caminhar com a trama. Como muitos devem saber a história se baseia em um arco dos quadrinhos chamado Eu Wolverine. Em comparação com a HQ o filme consegue interpretar muitas coisas presentes na saga, mas claro sem copiar ou transmitir fielmente a proposta de Frank Miller com o quadrinho. A cena com os ninjas da sombra que é um dos pontos altos da HQ acaba sendo pífia no longa, o poder da HQ é que a história é mostrada de maneira única, e a ação é um dos pontos altos. Já o filme consegue transmitir a mensagem, mas de seu jeito e focando mais no romance de Logan do que no drama do Herói na maioria do tempo. Wolverine imortal é um bom filme de Logan, consegue superar o Origins em todos os sentidos, porem aqueles que forem ao cinema a procura de ação
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frenética e lutas com outros mutantes pode se decepcionar, porem o rumo que a história é levada consegue entreter o espectador. A grande falha do filme é seu final, que não consegue surpreender, comover ou agradar. O fim que é dado ao filme consegue ser esquecido e superado pela cena pós Créditos que é uma ponta muito bem feita para a sequencia do filme dos X-mens, que será Dias de um futuro passado.
FICHA DIREÇÃO James Mangold Hugh Jackman, Tao Okamoto, Rila Will Yun Lee, Famke ESTRELANDO Fukushima, jenssen NOTA FINAL
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CINEMA
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POR Carlos Eduardo Zeclhynski via The Amazing Nerd
ESPECIAL
ESPECIAL BATMAN PARTE 3 Na segunda parte do especial Batman falamos da personalidade dominante de Bruce Wayne e também de seus inimigos. Nesta edição da Any Magazine, falaremos do Homem Morcego, na mídias- Televisão, Cinema e Jogos. Televisão : De 1966 a 1968, Batman,série estrelada por Adam West como Batman e Burt Ward como Robin (Dick Grayson). A série tinha estética camp e mais preocupação com humor (equipamentos como “bat-repelente de tubarão “, onomatopeias - SOC!, POW! - nas lutas, os “santa (…), Batman!” de Robin).
Hour Anos 1970 - Super Amigos Anos 1970 - The New Adventures Of Batman Anos 1970 - The New Scooby-Doo Movies (participação especial) Anos 1980 - Super Powers: Galactic Guardians Anos 1990 - Batman: The Animated Series Anos 1990 - The New Batman Adventures Década de 2000 - Batman Beyond (Batman do Futuro) Década de 2000 - Liga da Justiça Década de 2000 - The Batman. Década de 2000 - Batman: The Brave and the Bold (Batman: Os Bravos e Destemidos) 2011 – 2013 / Justiça Jovem E estreiará no este ano no Cartoon Network a nova série do Homem-Morcego, Barman Bewere.
Desde a década de 60 a até os anos 2000, Batman estrelou muitos desenhos animados : Anos 1960 - The Batman/Superman
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Nos cinemas Batman já teve 7 filmes solo. O primeiro foi Batman (1989) : Batman, o herói da sombria Gotham City luta para proteger a cidade de Coringa (Jack Nicholson). Batman (Michael Keaton) terá de livrar-se das garras do Coringa para cair nos braços da sensual e estonteante fotógrafa, Vicki Vale (Kim Basinger). Batman Returns (1992) A aliança do magnata sem escrúpulos Max Shreck. (Christopher Walken),com a mais nova sensação da cidade, O Pinguim (Danny DeVito), um ser nada comum, abala a calma e a tranquilidade dos habitantes de Gotham City. Batman (Michael Keaton) terá que impedir que os dois tomem conta de Gotham mas a situação se complica ainda mais com a aparição da Mulher-Gato(Michelle Pfeiffer), que sabe seduzir e manejar um chicote com a mesma facilidade. Nesta produção, Batman enfrenta grandes desafios. Batman Forever (1995) Percorrendo as ruas escuras de Gothan, Batman (Val Kilmer) está pronto para defender a lei e a ordem. Duas Caras (Tommy Lee Jones) é um vilão que conta com a sorte para se vingar de Batman. Charada (Jim Carrey) é um gênio criminoso, cheio de truques sujos e ideias diabólicas. Juntos querem colocar seu terrível plano em ação: descobrir a identidade secreta do homem morcego e destruí-lo de uma vez por todas. Para deter esta dupla explosiva, Batman contará com a ajuda da irresistível Dra. Chase Meridian
ESPECIAL (Nicole Kidman) Psicóloga especialista em duplas personalidades e do seu parceiro, Robin (Chris O’Donnell). Batman & Robin (1997) Uma onda inteira de frio paira sobre a cidade de Gotham. A mais nova ameaça criminosa atende pelo nome de Mr. Freeze (Arnold Schwarzenegger) - um vilão disposto a transformar a metrópole em seu domínio gelado. O Batsinal é acionado, iluminando a noite escura. Batman (George Clooney) e Robin (Chris O’Donnell) partem a toda a velocidade para atender ao chamado da justiça. Longe dali, na América do Sul, uma dedicada cientista botânica sofre um inesperado acidente químico. Envolta pelas plantas exóticas que estudava, surge Hera Venenosa (Uma Thurman),uma mulher sedutora, com beijos mortais e um desejo incontrolável de vingança. Para deter esta nova dupla de criminosos, Batman e Robin precisarão de toda a ajuda possível e a jovem Barbara Wilson (Alicia Silverstone) pode ser a nova aliada deles na mais explosiva batalha entre as forças do bem e do mal. Depois destes 4 filmes, em 2005 Christopher Nolan lança Batman Begins, que marca a volta do Homem-Morcego as telonas depois de 8 anos. Desta vez o inglês Christhian Bale é o novo Batman.
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Em Batman Begins (2005), o aclamado diretor Christopher Nolan (Amnésia) explora as origens do Cavaleiro da Trevas. Na busca pelos assassinos dos seus pais, o desiludido herdeiro Bruce Wayne (Christian Bale) viaja pelo mundo reunindo recursos para combater a injustiça e amedrontar aqueles que semeiam o medo. Com a ajuda de seu mordomo de confiança, Alfred (Michael Caine), do detetive Jim Gordon (Gary Oldman) e do seu aliado Lucius Fox (Morgan Freeman), Wayne retorna para Gothan City e liberta seu alter ego: Batman, um vigilante mascarado que usa sua força, intelecto e um arsenal de alta tecnologia para combater as forças sinistras que ameaçam a cidade. Em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), continuação de Batman Begins, reúne novamente o diretor Christopher Nolan e o ator Christian Bale, que reprisa o seu papel de Batman/Bruce Wayne em sua ininterrupta luta contra o crime. Agora, com a ajuda do Tenente Jim Gordon e do Promotor Público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Batman
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terá que banir o crime organizado das ruas de Gotham de uma vez por todas. O trio se revela muito eficiente na árdua tarefa. Mas em breve, os três serão vítimas de uma mente criminosa brilhante e doentia, o Coringa (Heath Ledger), um vilão que está ascendendo no submundo e que pretende lançar Gotham em uma onda de anarquia, quase levando o Homem-Morcego a cruzar a tênue linha que separa o herói do vilão. Batman: O Cavaleiro das Trevas (2012), terceiro e último filme da série criada por Nolan tem novamente o ator Christian Bale, que reprisa o seu papel de Batman/Bruce Wayne em sua ininterrupta luta contra o crime. Após a luta ar dual contra o Coringa, Batman precisará usar toda a sua força para vencer um novo vilão Bane (Tom Hardy),e Selina Kyle (Anne Hathaway). O filme será a conclusão da trilogia e Nolan afirmou que o final impossibilita uma sequência, o ator Christian Bale se referiu ao filme como o final de uma era.
O Cavaleiro das Trevas, foi o segundo lugar dos filmes de super-heróis com maior bilheteria mundial, arrecadando 588 milhões de dólares, perdendo somente para Os Vingadores (2012) que arrecadou 600 milhões de dólares. (De acordo com a revista Super Interessante: Decifrando os Super-Heróis). O ator Heath Ledger, que viveu o Coringa no segundo filme da trilogia de Nolan, morreu de Overdose, antes de ver o seu filme nos cinemas. Em 7 filmes Bruce Wayne foi encarnado por 4 atores: Michael Keaton (Batman e Batman Returns), Val Kilmer (Batman Forever), George Clooney (Sequencia de Batman Forever/ Batman & Robin) e o ator inglês Christhian Bale na trilogia de Nolan. Durante a Comic Con 2013, foi anunciado a sequência de O Homem de Aço, que será Superman/Batman, só que infelizmente Bale disse a imprensa que aposentou o manto do morcego.
Jogos: O que mais o Batman teve nas outras mídias, foram jogos. Batman para Amstrad PCW, 1985. Batman: The Caped Crusader para várias plataformas de 8-bits e 16-bits Batman para Sega Mega Drive, NES, Atari Lynx, Commodore Amiga, ZX Spectrum, Game Boy e PC. Batman: Return of the Joker para NES e Game Boy. Batman Returns para NES, Super NES, Mega Drive, Sega CD, Sega Game Gear e Lynx. Batman: The Animated Series para Game Boy e Game Gear. The Adventures of Batman & Robin para Super
ESPECIAL NES, Mega Drive, Sega CD e Game Gear. Batman Forever para Super NES, Game Boy, Sega Mega Drive, e Sega Game Gear. Batman Forever: The Arcade Game para Arcade, PlayStation e Sega Saturn. Batman & Robin para PlayStation. Batman: Total Chaos para Game Boy Color. Batman Beyond: Return of the Joker para Nintendo 64 e PlayStation. Batman: Vengeance para GameCube, PlayStation 2, PC, Xbox, Game Boy Advance e Microsoft Windows. Batman: Rise of Sin Tzu para PlayStation 2, Xbox, GameCube e Game Boy Advance. Batman: Dark Tomorrow para PlayStation 2 (cancelado), Xbox e GameCube. Batman Begins para PlayStation 2, Xbox, GameCube e Game Boy Advance. Lego Batman: The Video Game Para Wii, Nintendo DS, Playstation 3, Xbox 360, Playstation 2, Microsoft Windows e PlayStation Portable. Batman: Arkham Asylum para PlayStation 3, Xbox 360 e Microsoft Windows. Batman: Arkham City para PlayStation 3, Nintendo Wii U, Xbox 360 e Microsoft Windows. Gotham City Impostors para PlayStation 3, Xbox 360 e Microsoft Windows. Lego Batman 2: DC Super Heroes para PlayStation 3, Xbox 360, Microsoft Windows, PS Vita, Nintendo DS, Nintendo 3DS e Wii. Em 2013 : Injustice: Gods Among Us para Playstation 3, Nintendo Wii U Xbox 360,iPhone e Mac. Batman: Arkham Origins para PlayStation 3, Xbox 360, Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One. Batman: Arkham Origins Blackgate para Nintendo 3DS e PlayStation Vita. E assim chegou o fim do especial Batman. Para mais informações sobre o Batman e a DC Comics acesse : http://theamazingnerd.wordpress.com/ tag/dc-comics/
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CRÍTICA
POR LUIS HUNZECHER
EXPERIÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE
A YOUNG DOCTOR NOTEBOOK CONTA POR UM PONTO DE VISTA POUCO USUAL A HISTÓRIA DE UM MÉDICO RUSSO
Achar atores que possam represantar sua versão mais jovem/ velha é um trabalho difícil, são poucos os artistas que conseguem representar uma nova versão da mesma interpretação, porem Daniel Redcliff e Jon Hamm conseguem mostrar duas versões do mesmo personagem na mini série a Young Doctor Notebook. A história mostra o o médico Vladimir Bomgard (Jon Hamm) que relembra sua juventude quando, com 25 anos, chega na cidade rural de Muryovo para exercer sua profissão. Assim, ele retorna a 1917, nas vésperas da revolução russa, onde encontra a si mesmo (Daniel Radcliffe), um jovem recém formado, um dos primeiros de sua classe (diga-se de passagem). A séries se situa entre idas e vindas no tempo pelos anos de 1934 e 1917, mostrando desde os primeiros dias do médico após se formas e suas historias atuais já adulto. A construção do personagem tanto em sua versão adulta quanto em sua versão jovem é muito bem construída. A felicidade e a 21
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ansiedade do novo doutor se contrata com a experiência e frieza de sua versão experiente. O foco da série e mostrar o que levou o Jovem Vladimir a se tornar tão frio, a ser uma pessoa tão cética e diferente de sua versão recém formada. As cenas em que Hamm e Redcliffe contracenam são as melhores, a versão de Hamm observando e julgando suas ações passadas no mesmo quadro é muito bem construída e inovadora, os dois atores são grandiosos e acabam se encaixando
SÉRIES
bem, Daniel acaba roubando a cena em alguns momentos com sua versão mais divertida do médico, mas não tira a grandeza da atuação de Jon. Os atores secundários ajudam a dar o tom da série, temos destaque para uma enfermeira mal humorada que não gosta muito do novo médico da cidade. Nesse momento que passamos no Brasil com esse empasse dos médicos é interessante ver como o ambiente e as condições acabam moldando o médico, Daniel acaba fazendo uma amputação usando uma serra cega em uma das cenas, mostrando que a medicina da época não tinha nada de glamour ou preocupação com o paciente, e com o tempo a animação do jovem médico vai se dizimando, e tendo um desfecho surpreendente para os acontecimentos da mini série. Não ortodoxa é o que melhor
define a Young Doctor Notebook, uma série diferente e muito bem feita, trazendo uma história inovadora e ótimas atuações para mostrar como o tempo nos transforma.
FICHA
CANAL PRODUÇÃO ELENCO
HBO
Kenton Allen
Jon Hamm, Daniel Radcliffe, Rosie Cavaliero, Adam Godley
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POR EQUIPE SENPUU
TOKUSATSU
TOP 10 MELHORES ABERTURAS
É hora de escolher as dez melhores aberturas das séries de tokusatsu! Mantendo a linha temática da última edição do nosso Top 10 que selecionou as melhores músicas, hoje vamos fazer uma lista daquelas cenas e canções que iniciavam nossas séries preferidas! Cortam, comentem, compartilhem e se divirtam!
10º Lugar – Jiraiya
É claro que quando todo mundo ouvia aquele barulhinho de metal tinindo, já vinham junto todas as imagens da abertura de Jiraya! Desde a grande figura num helicóptero, passando pelo surf no caminhão e culminando com a entrada pelos vidros de um prédio. Pelas sequências de cenas e a força que marcou muitas infâncias de brasileiros, está aí o nosso décimo colocado!
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9º Lugar – Tomica Hero Rescue Force
SÉRIES
Vamos combinar que as aberturas das séries da Toho não são as melhores, mas Tomica chegou com um diferencial grande, de uma temática bem popular na década de 80/90 que a Toei não quis fazer mais: os heróis de resgate. A série tem em toda sua abertura a temática destes heróis, além da abertura te convidar a assistir a série! E o melhor, você não se arrepende, claro que o CGI utilizado ajuda e muito.
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8º Lugar – DEN-O Definitivamente, acreditar que um herói possa possuir um trem e viajar pelo tempo com ele é bem difícil de engolir. Ainda mais chegando em uma época onde o tradicionalismo estava sendo quebrado a cada nova série lançada. Já na primeira cena da abertura de Kamen Rider Den-O, temos a apresentação do veículo do nosso herói que, por sinal, é lindo! Como muitas séries atuais, na apresentação somos levados a conhecer elementos que inferem no que vamos ver, que será uma série no melhor estilo “De Volta para o Futuro”. Temos ainda uma breve e sutil apresentação dos personagens e suas primeiras formas.
7º Lugar – Flashman Misteriosa e intrigante são duas boas palavras para descrever a abertura de Flashman. Todo o esquema da locução explicando o que aconteceu com cada criança, fazia com que a gente não conseguisse desgrudar os olhos da TV! Além diso, na própria apresentação, é mostrado o visor combate, que é uma das cosias mais fodas de todos os sentais!
6º Lugar – Winspector Depois de citarmos a abertura de Tomica acima, nada mais justo do que colocar Winspector nessa lista também! Os percursores dos heróis de resgate têm uma abertura com elementos básicos que são a apresentação dos personagens e algumas cenas de ação. Mas, o que dá a Winspector a nossa 6ª colocação neste Top 10 é a linda introdução e o tema musical contagiante!
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5º Lugar – Kamen Rider W
SÉRIES
Mas é claro que o Senpuu deve se portar como uma boa viúva e incluir W em todas as suas listas! Brincadeiras à parte, o que você imagina quando vê um longo cachecol de um herói que está no topo de um prédio vigiando sua amada cidade? Deve ser o Batman com nova roupa? Nada disso, é um dos melhores heróis que já surgiram na TV japonesa! Durante toda a abertura, fica clara a ideia de uma série investigativa e intrigante. Um ótimo pontapé inicial para detetives, monstros e duas pessoas que se transformam em um único herói.
4º Lugar – Fourze
Espaço, a fronteira final.
Não é só o fato de ser high school que a abertura é boa e sim por ela ter um misto de mistério, astrologia e “Glee” no meio que a deixa empolgante e te obriga a assistir essa série! Sem contar que é mostrado a amizade e a importância do Club Kamen Rider para a série.
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3º Lugar – Garo Essa é uma abertura que representa exatamente o clima da série: uma beleza visual impressionante, acompanhada de uma música forte e deixa explícito o caráter de mistério e tom mais obscuro de Garo! A medalha de bronze vai para a apresentação de um dos heróis mais bem trabalhados do tokusatsu da atualidade.
2º Lugar – Gekiranger Uma das aberturas de sentai mais empolgantes de todos os tempos. A apresentação dos heróis e dos vilões são primorosas, tudo isso com uma ótima edição!
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1º Lugar – Maskman
SÉRIES
A frase de início já vale por toda a abertura, além claro do homem másculo e bonito que representa intravesical força presente em nosso corpo, que quanto mais treinarmos essa força infinita se manifestará. Prova disse é o chefe levitando no final da abertura, então treine essa força, pois assim você poderá voar.
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POR GUSTAVO SOUZA LOPES VIA BLOG DO GUSTA
ESPECIAL
MERCADO DE MANGÁS NO BRASIL Uma realidade que tenho percebido nas páginas das editoras brasileiras que publicam mangá são pessoas reclamando que determinado mangá não foi lançado no Brasil ou porque esse que eu conheço menos saiu e outro mais conhecido não. Para os leitores tem parecido ser incompreensível alguns motivos, como os recentes anúncios da Nova Sampa, Nightmare Maker, Hakoiri e Tokyo Summer of Dead, porque vai demorar meses pra lançar Shingeki no Kyojin ou até mesmo porque alguns mangás dos anos 80, 90 e 2000 nunca saíram no Brasil. Vamos analisar o mercado de mangá atual. Podemos dividir o mercado atual em três partes: novas publicações, publicações em andamento e os relançamentos. Para as novas publicações, principalmente para a JBC, podemos perceber que a aposta tem sido em mangás
já finalizados no Japão e obras curtas. Rapidamente podemos citar Another (4 volumes, completo), Level E (3 volumes, completo), Genshiken (9 volumes para a primeira “geração”), Mirai Nikki (12 volumes, completo) e one-shots como Burn-up W e The Innocent, todos de 2013. A editora Nova Sampa segue na mesma estratégia com Nightmare Maker (6 volumes), Tokyo Summer of Dead (4 volumes) e Hakoiri (one-shot). A NewPop também acompanha a mesma pegada, como o anuncio de Usagi Drop (9 volumes, completo), Madoka Magica (3 volumes, completo), Kimba - O leão branco (3 volumes, completo), além dos one-shots Eu Mato Gigantes, Crime e Castigo e Shunkaden. Poucos mangás grandes e/ou em andamento tem entrado para essas editoras. Já no caso da Panini, temos Toriko (25 volumes, em andamento),
Triage X (6 volumes, em andamento), Psychic Detective Yakumo (9 volumes, em andamento), Highschool of the Dead Color (7 volumes, em andamento) e Katekyo Hitman Reborn! (42 volumes, completo). Até o mangá do Kingdom Hearts também apareceu nas bancas pela Abril (4 volumes, completo). Sobre as publicações em andamento, a Panini detém os títulos grandes como Bleach, Naruto e One Piece da Panini que estão nas bancas há bastante tempo e no Japão a previsão de término é incerta, além dos “fardos” gerados por Berserk, Claymore e D-Gray Man, que sofrem com os hiatos permitidos pelas editoras japonesas. A JBC também carrega os fardos de Bastard e Hunter x Hunter, porém tem poucas obras longas. Alguns mangás já estão para acabar por aqui, como Gantz, RGVeda, Deadmen Wonderland e Evangelion, porém o ritmo de entrada de mangás está ficando cada vez maior. Finalizando, temos os mangás relançados, como Dragon Ball e Monster pela Panini e Saint Seiya, Love Hina, Sakura Card Captors, Rurouni Kenshin e Death Note pela JBC.
ANIMES Aflame Inferno da editora Savana, que desapareceu tão rápido quanto apareceu. Por mais que os títulos possam ser divididos em seinen, shojo e shonen, a massa que consome esses mangás é praticamente a mesma. As editoras acabam não passando muitos dados para o público como no Japão através do Oricon, porém temos várias pesquisas independentes sendo feitas por ai além dos dados passados por grandes e-commerces e análises de disponibilidade de mangá nas bancas. No Brasil há um motivo muito forte para que essas análises não sejam publicadas: elas valem ouro. Para um mangá ser lançado, antes de tudo é feita uma análise de viabilidade, ou seja, são cruzados números de venda em outros países, quantidade de países em que o mangá foi publicado, se ele tem anime ou não, fama na Internet, quantidade de buscas no Google, data de publicação original, quantidade de volumes, se a obra foi concluída, entre outros fatores, mas também os números de vendas dos mangás da editora, além do lucro gerado por mangás do mesmo autor no Brasil. Com esses dados é feito uma projeção dos lucros futuros e riscos para este mangá, assim a editora tem uma noção se pode dar certo ou não publica-lo.
O mercado está bem aquecido de novos mangás porém esse mesmo cenário já aconteceu no passado e esfriou novamente por conta da superlotação das bancas, o que acabou com muita gente com mangás cancelados, principalmente os títulos Conrad como Sanctuary, Monster, recentemente Nausicaa ou mangás órfãos que (graças) foram resgatados do limbo como Evangelion e Battle Royale, além de “bizarrices” como ANY MAGAZINE
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O problema nesta projeção é quando o mangá ainda está em publicação. Ninguém esperava que Bleach teria uma queda brusca de vendas ou que D-Gray Man iria congelar. Isso afeta diretamente no lucro. Quanto mais tempo uma editora mantém uma publicação, pior. Fatores como inflação, reajustes no preço da impressão/logística e queda de vendas podem agravar a cada mês ou ano que a editora mantém um mangá nas bancas, chegando aos absurdos do passado de começar o mangá a R$ 2,90 e terminar com quase o dobro do preço sem mudar a qualidade! Para piorar a situação, quanto maior o número de volumes, menos atrativo para um novo leitor começar a comprar e quanto mais tempo em publicação, mais difícil se torna encontrar volumes antigos em bom estado, vide Sakura Card Captors 1 da primeira publicação que atinge absurdos de 90, 120 reais, um volume de 100 páginas e papel jornal que custa mais do que a coleção completa do Death Note, por conta da raridade. Publicar mangás grandes como Captain Tsubasa, JoJo Bizarre e Golgo 13 completo levaria mais de 10 anos para chegar no ponto que está hoje (visite meu blog para saber mais sobre estes mangás gigantes).
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Obras grandes como Dragon Ball e Sakura Card Captors, quando foram lançadas aqui pela primeira vez estavam no auge dos animes que passavam na TV aberta, o que facilitou suas publicações. O mangá ou sua fama ser recente aumenta sua chance de ser publicado aqui. Parece óbvio, então porque vai demorar ainda pra rolar Shingeki no Kyojin, não é só lançar? Além do fator licenciamento que mencionarei a frente, essa fama tem que ter uma certa estabilidade, pois pode se tratar somente de um viral momentâneo ou por conta do lançamento recente do anime, mas quem garante isso? “Better safe than sorry”. O relançamento de obras como Dragon Ball, Sakura e Rurouni se deve pela procura atual desses mangás que já foram publicados há mais de 10 anos! Quanto mais gente continuar procurando mangás que já foram publicados que estão ficando cada vez mais raros, maior a chance da editora publicar pois para ela o fato de Sakura Card Captors 1 da edição original ser revendido a 3 ou 120 reais não gera lucro para ela, mas vender bem Sakura novamente é ainda melhor, pois o esforço para lançar é menor visto que a obra relançada passa somente por uma revisão (isso inclui correções na tradução, repaginação, divulgação entre outras decisões). Fora esperar a boa vontade dos mestres como Togashi e Miura para desenhar seus mangás, que afeta um outro ponto critico: o licenciamento do mangá, ou seja, os diretos de publicar o mangá aqui. Esse tipo de contrato geralmente tem um tempo, pois envolve o uso de marketing e outros pontos, portanto, já deu para sacar porque os volumes de Gantz e Evangelion já estão
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completos no Japão e aqui leva mais do que um bimestre pra publicar. O licenciamento também afeta a demora para que novos mangás em evidência entrem no Brasil, pois é um processo um tanto quanto burocrático. Você acha que mangás como Assassination Classroom que estão nos tops da Jump, só uma editora quer tentar o licenciamento? Com certeza não, por esse motivo enquanto uma editora não ganhar a disputa, nada dele vir para as bancas. No final das contas, aqui no Brasil, obras com poucos volumes, completas, com certa fama recente, seja do mangá ou do mangaká, ou obras que estão tendo uma procura absurda e seus volumes esgotados em todos os lugares são mais fáceis de publicar. Isso não só acontece por fatores matemáticos e econômicos óbvios, mas também pelos calos e cicatrizes adquiridos ao longo da experiência de vendas das editoras brasileiras de 2000 até agora. Espero que essa matéria, mesmo que bem informal, ajude a esclarecer um pouco da parte mais superficial do nosso mercado editorial. Não esqueça de visitar o Blog e curtir a página do Facebook! Até a próxima edição!
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POR EVILASIO COSTA JUNIOR VIA ANIME PORTIFOLIO
ANÁLISE
anime portfolio
A influência dos fansubs e da venda de dvds piratas de anime no mercado nacional de Home Vídeo. Esse texto é oriundo da segunda parte de uma série de postagens sobre o mercado nacional de Home Video de animes apresentados no Anime Portfolio. A intenção deste texto tratar diretamente da questão da pirataria e dos fansubs, mas falar sobre como essas formas de se obter material influenciam o mercado de Home Video e se elas são tão prejudiciais assim ao mercado. Fansubs Imagem escolhida aleatoriamente para não expor um fansub específico e porque não consegui achar nem um anime novo com os dizeres de “Fã para fã” inclusos na legenda. Com relação à influência que fansubs
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causam no mercado de Home Video, podemos citar três pontos principais, a variedade de séries disponíveis, a facilidade de acesso ao material original e a qualidade superior que alguns fansubs oferecem em relação ao material lançado oficialmente. Tratando primeiramente da variedade, é fácil notar que o mercado nacional está muito aquém neste quesito e por vezes a comparação feita entre a variedade de obras legendadas por fansubs e a de obras oficialmente licenciadas é quase que covarde. O que torna o fansub um meio mais atrativo para se obter material, aliás, o fansub nasceu com a finalidade de suprir os fãs que era (é) impossibilitado de conseguir a animação em sua língua
ANIMES mãe por simplesmente ela não ter sido oficialmente lançada. Em termos mais simples, ao mesmo tempo em que você pode obter quase todos os animes lançados no Japão através de fansub, você tem um número medíocre de animes lançados oficialmente no brasil. Importante citar que em geral obras muito grandes são licenciadas em pacotes de episódios, ou seja, até mesmo obras como Naruto ou One Piece que chegaram a ser licenciadas no Brasil tem uma quantidade de episódios licenciados muito inferior ao total de episódios já lançados, sendo que todos estes episódios são acessíveis através de fansubs. Com relação a facilidade de acesso ao material, dado o fato que o fansub tem como meta fornecer estes animes na língua materna dos fãs que irão obter o material daquele fansub e que o material é fornecido de maneira totalmente gratuita, além de ser disponibilizado através da internet que é um meio acessível a praticamente qualquer pessoa hoje em dia (mesmo que se utilize lanhouse). Fácil perceber que conseguir o material a partir de fansubs é muito mais simples que conseguir o material disponível em Home Video e com um adendo, diferente das mídias de Home Video disponíveis para venda ou locação, aquele anime disponível pelo fansub não se esgotará. Nesse ponto é importante citar que os sites que disponibilizam animes, mas que não são fansubs, entram apenas como disponibilizadores de anime e não podemos garantir que a ausência deles causaria uma vital mudança na facilidade de obtenção de material legendado, dado o fato que o fansub oferece seu material sem intervenção de outros grupos, logo
eles estão sendo desconsiderados da análise. Um aspecto que é um das mais criticados por fãs que realmente compram Home Video de anime, o fato de que por vezes o material disponibilizados por fansubs tem uma qualidade superior ao do disponibilizado oficialmente em Home Video. Com relação a isso é importante citar, que não é algo que ocorre com a frequência informada por alguns fãs mais fervorosos, porém é fato de que além dos extras, que muitas vezes não estão disponíveis nos Home Videos nacionais, mas que são legendados por fansubs, hoje em dia não se pode dizer que a qualidade do material lançado por fansub é inferior ao material original no quesito imagem e as vezes nem mesmo no quesito qualidade de tradução. Restando então para o material fornecido por Home Video, apenas por vezes a adição da dublagem na língua local, que em muitos casos é criticada e até desprezada por alguns fãs. Por último também devo citar que muitos materiais disponíveis em Home Video apresentam censura o que não ocorre com o material disponível pelos fansubs. Fácil perceber, que fora o interesse por colecionar o material original, não há aparentemente vantagem em obter material de Home Video legal em detrimento de obter o mesmo material de fansubs. Importante citar que a maior proximidade de fansubs com atividade ilegal, se dar na distribuição da mídia original feito por aqueles que tem acesso ANY MAGAZINE
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ao mesmo no Japão, pois a lei Brasileira deixa claro que a distribuição sem fins lucrativos direto ou indireto não é ilegal. No entanto a obtenção do material original (O anime em japonês sem legenda) vem de fontes ilegais, o que torna o processo ilegal, em outras palavras, aparentemente a legenda fornecida não é ilegal, mas o conjunto legenda mais anime original o é. Mais informações quanto a código penal e quanto a distribuição via internet de vídeo pode ser obtida na cartilha criada pela UBV (União Brasileira de Vídeo), que pode ser acessada em http://www. ubv.org.br/downloads/cartilha.pdf. DVD Pirata Imagem escolhida aleatoriamente para não expor nem um grupo que vende dvds de anime de forma ilegal no país. Com relação à venda ou aluguel de dvds de anime não licenciados, existe apenas um aspecto positivo a favor disto, o baixo valor em comparação ao do Home Video legalizado, porém a atividade de venda de dvd, diferente do fansub em nenhum momento existe graças a intenção de se disponibilizar um material não licenciado no país. Esta atividade é plenamente ilegal, pois tem fim lucrativo,
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algo totalmente contrário ao objetivo dos fansubs e completamente contra a lei de propriedade legal de uma obra. Em geral dvds piratas tem uma qualidade inferior ao do dvd original, porém isso nem sempre acontece, já que muito do material original que nos é oferecido não tem grande qualidade (felizmente hoje em dia isto vem mudando), além disso, não é incomum os dvds piratas terem alguns extras, coisa que muitas vezes o dvd nacional não tem. E por fim os dvds piratas tem quase sempre mais material disponível que o original. Em geral um dvd de vídeo comum comporta de 10 a 13 episódios em qualidade aceitável e acima de 6 em alta qualidade, enquanto que o dvd fornecido oficialmente tem em média de 3 a 5 episódios em alta qualidade. Deixo claro que o Anime Portfolio é completamente contra a venda, compra ou aluguel de dvds piratas por 3 motivos. Primeiro é pelo material ser totalmente ilegal. Segundo é porque ele fere a iniciativa de fãs disponibilizando material para fãs que não tem como acompanhar aquele anime por vias legais, que é a premissa básica dos fansubs (ainda que haja fansubs que também ferem esta premissa e utilizam seu trabalho de forma a conseguir lucro
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de maneira indireta). Por último, a pirataria afeta de forma drástica o mercados legal de animes no país, ainda que ela não seja a única culpada do mercado legal ser tão pequeno, mas sem dúvida é um dos principais fatores que vão contra a melhora deste mercado. Concluindo Sendo bem sucinto, tanto a obtenção de animes através de fansubs quanto de dvds piratas é bastante convidativa em relação a obtenção de Home videos oficiais, porém o material disponibilizado pelo fansub afeta mais o grande público que não se importa em obter um material para colecionador, apenas em obter o
anime de forma fácil, algo que acredito eu, poderia ser combatido com o aumento de material oficial em emissoras de tv, ou até mesmo através do fornecimento de animes em um serviço de stream não muito caros, como o Crunchyroll. Já no caso da comercialização de dvd pirata, é uma atividade completamente danosa para o mercado que na opinião desde humilde autor, deveria ser abolida. Por fim, sugiro o acesso ao site da UBV para os interessados em saber mais sobre o mercado de Home Video, sobre como a pirataria afeta o mesmo e atitudes que estão sendo tomadas para enfraquecêla.
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ANÁLISE
O nome original deste anime é Bakuten Shuuto Beibureudo, cuja tradução para o português fica muito próxima de “Tiro Explosivo Beyblade”. Sua primeira temporada foi ao ar na televisão japonesa de janeiro à dezembro de 2001, contando com um total de cinquenta e um episódios. As temáticas por detrás deste anime se baseavam na força das palavras confiança, determinação, equipe e amizade, sendo que todas elas foram trabalhadas visando a compreensão mais adequada possível de seu público-alvo real, que era o infantojuvenil. Beyblade apresentou para todos a história de um protagonista extremamente normal, da sua concepção inicial ao seu comportamento natural. Um garoto chamado Tayson, que vivia com o seu avô no Japão. Extremamente ativo e possuidor de uma fala comum, transbordada por gírias e termos dos jovens da época, o Tayson
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era alvo constante de seu responsável para uma bateria diária de treinamentos, que visavam aprimorar o caráter e a força interior do garoto. Por mais que não fosse um exemplo de conduta à ser seguido, este rapaz tinha muitos pontos positivos. O principal deles era o seu grande senso de justiça, que em dadas ocasiões “cegava” o Tayson em meio às confusões ou situações em que ele estava por se envolver. E foi com este jeito de ser que, pouco à pouco, o protagonista deste anime foi chamando outros personagens para seguirem uma incrível aventura junto dele. Um jovem rapaz chamado Kenny foi o primeiro a ter o contato direto com Tayson e seu comportamento. Extremamente inteligente, este rapaz sempre era notado com o seu laptop por debaixo dos braços. Tão amante da arte das beyblades quanto o Tayson era, o Kenny mostrava incrível aptidão para pesquisas e criação de estratégias de combate. Em outras palavras, para ele o lado técnico da coisa toda era o mais acertado. Max era outro garoto que acabou aproximando-se do Tayson, sendo que tal fato ocorrera nas prévias do Torneio de Qualificação Nacional. Possuindo uma faceta meio boba (mas dono de um modo
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puro e singelo de agir), o jovem Max era a tranquilidade em pessoa. Seu anseio estava em representar seu País nos campeonatos mundiais de bayblade e, ao lado do Tayson e do Kenny, o Max acabou formando um ciclo de grande amizade que, coincidentemente, culminou com igual anseio por parte de seus amigos. Outro integrante deste grupo de amizade era um rapaz proveniente, talvez, do solo chinês. Seu nome era Ray e seu comportamento inicial era extremamente arrogante. Por sorte tal percepção foi apenas momentânea pois, na verdade, o Ray possuía um grande potencial na arte da beyblade e uma experiência bem considerável nesta área para mostrar aos seus novos amigos. Porém, o Tayson possuía um grande rival já no início de Beyblade, fato este que se prolongou até as proximidades dos últimos episódios deste anime. ste rival atendia pelo nome de Kai. Rígido em suas ideias e muito ríspido com as suas palavras, este rapaz não demonstrava possuir nem um pingo de amabilidade. Seu intuito era continuar sendo o melhor jogador de beyblade do mundo, não vendo ninguém que pudesse estar à sua frente em tal ensejo. Apesar de sua conduta pessoal questionável, o Kai era realmente um exímio praticante de beyblade, fato este que costumava deixar o Tayson muito irritado em diversas ocasiões. Estes cinco personagens formavam o grupo principal de Beyblade, cada
qual mostrando aptidões e modos de ser únicos para o anime. Todos eles formaram a equipe japonesa para a disputa dos campeonatos ao redor do mundo, sendo a mesma batizada de Bladebreakers. Sob a tutela do Kai e contando com todo o fervor pessoal do Tayson, esta equipe teve de passar por três grandes torneios e um enorme desafio na Europa para chegaram ao seu objetivo. Não é incorreto dizer que Beyblade tenha se tratado de um anime para vender brinquedos, até porque isto realmente foi uma grande verdade. Mas não se pode negar que a obra possuía uma trama bem concisa onde, dadas as expectativas atribuídas pelo seu enredo, o anime acabou sendo honesto bastante em sua mensagem, do início ao fim. As peculariedades gerais... Em primeiro lugar você tem de ficar à par de que, no universo deste anime, o beyblade é o esporte mais popular de toda a Terra. Crianças e adultos se divertem diariamente com a prática de tal modalidade, onde se faz necessária uma cuia para servir como arena de duelos e, é claro, um mínimo de duas beyblades para serem nela disparadas e, assim, dar início ao embate tão aguardado. Não para menos, o Tayson e seus amigos possuem sonhos quase idênticos acerca de tal modalidade. Um dos pontos de maior atração deste anime está na utilização de feras, com alto nível de poder, durante as partidas de beyblade. Elas são chamadas de ferasbit. Originalmente elas fazem a representação de um tipo de espíritos sagrados, que se manifestam sempre na forma animal e incorporam, à beyblade em que estão acopladas, uma força simplesmente notável. ANY MAGAZINE
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Curiosamente, as ferasbit não trabalham sozinhas. A grande cartada do anime (embora soe como um belo clichê) está justamente neste fato, pois quanto mais forte o dono da beyblade onde ela está acoplada for, mais potente será a força final desta ferabit. Desnecessário enfatizar que, durante todo o anime, os Bladebreakers (e não apenas eles) tem de passar por duras lições de confiança e destreza para se mostrarem dignos de possuírem, em seu poder, uma ferabit. O anime Beyblade também soube “separar” os seus eventos, que eram intimamente ligados entre si. Pode-se dizer que houveram, ao todo, cinco sagas durante a primeira temporada desta obra. A primeira delas foi o Torneio Nacional de Qualificação, onde o Tayson conheceu os outros rapazes e que, graças às ações do senhor Dickeson, acabou formando a equipe Bladebreakers. Na sequência aconteceu (em solo chinês) o Torneio Asiático, que conferia uma vaga para o evento seguinte. Nele ocorreram fatos que evidenciaram o passado do Ray com a equipe White Tigers, onde novos personagens foram apresentados e situações interessantes acabaram aparecendo. O próximo destino acabou sendo os Estados Unidos, pois ali aconteceria o Torneio Americano, que outorgava uma vaga para o mais importante dos torneios de beyblade. Nos episódios acerca deste campeonato, os Bladebreakers tiveram que duelar contra o poder da tecnologia protagonizado pela equipe All Starz (com “z” no final), que era liderada pela mãe do pequeno Max. Um giro pelo velho continente acabou fazendo com que Tayson e seus amigos enfrentassem duras batalhas beyblades. Isto se deveu ao fato de quatro dos maiores duelistas do mundo serem da 43
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Europa e, curiosamente, os Bladebreakers acabaram se vendo às voltas em situações desesperadoras nas mãos destes quatro ícones do esporte. Esta foi a fase do Desafio Europeu. Juntos, os jovens europeus formaram a equipe Majestics, que muito trabalho deu para Tayson e companhia. Por fim, o maior de todos os torneios estava por se realizar, sendo a Rússia o local dos grandes combates do Campeonato Mundial de Beyblade. Aqui ocorreram inúmeros desafios que colocaram em xeque não apenas o poderio das equipes presentes, como também deixaram em evidência que os grandes vilões do anime Beyblade dariam as caras justamente nos últimos episódios do título. O passado do Kai ficou amostra para todos, seguido pela imponência dos guerreiros produzidos em laboratório que juntos formavam o temido time Demolition Boys. No geral, Beyblade obedeceu à risca o escopo de um anime direcionado a um público infanto-juvenil. Todos os seus eventos foram extremamente lineares, não permitindo muitas variáveis e nem tão pouco a possibilidade de outras intervenções mais progressivas. Disparadamente, as duas últimas sagas do anime fizeram uso de tópicos e temas um pouco mais sérios e que demandavam maior atenção, mas ainda assim o alicerce principal foi mantido. E todos os eventos foram regados pelo apresentador de cada duelo que, junto do narrador e do comentarista, proporcionaram alguns dos momentos mais interessantes (e deveras engraçados) de todo o anime. Muito embora o anime tenha sido extremamente convincente e de um ótimo agrado, o mesmo apresentou algumas falhas de execução que merecem forte citação aqui. Muito embora tais momentos não tenham atrapalhado na experiência de assistir Beyblade, pode-se aqui ressaltar
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que um melhor trabalho sobre os mesmos poderia ter feito, do anime em questão, algo ainda melhor e bem mais memorável. Beyblade pecou de forma agressiva ao final de cada arco (ou saga se assim preferir). Por mais que o início dos mesmos se fizessem seguir de forma interessante e bem segmentada, ao se aproximar do final os episódios aparentavam “correr” cada vez mais com os seus eventos. O pior ainda estava presente no último capítulo de cada arco, que realmente sabia dar significado para a palavra “pressa”. No que tange à animação, era muito perceptível a oscilação de qualidade entre vários dos cinquenta e um episódios da obra. Os momentos de maior capricho e de expressão visual se faziam presentes quando as ferasbit surgiam nos duelos, mas em certas tomadas de cenários e dos personagens o anime realmente pecou de forma bem visível. De qualquer forma, tais falhas realmente não atrapalharam na experiência oferecida pelo anime. Poderiam ter existido problemas ainda mais sérios do que estes, mas o fator diversão realmente soube ser trabalhado em Beyblade, de forma que o sucesso do anime (especialmente no ocidente) acabou sendo um fator de fundamental importância para atestar tal afirmação.
Animada pelo estúdio Madhouse, Beyblade pode ser considerado uma obra feita sob medida para o público ocidental. O enredo do anime, somado aos eventos que nele se fizeram encontrar e todos os ambientes mostrados no título fazem com que a citada frase ganhe um forte poder de veracidade. E mesmo com os citados pontos negativos, este anime ganha créditos justamente por ter sido extremamente honesto, do início ao fim de sua exibição. Como já se fez citar sobre a parte técnica visual, Beyblade não conseguiu ser consistente, mas nem por isso acabou sendo ruim. A parte acústica fez um bom papel, e na dublagem brasileira do anime até as músicas foram traduzidas ou adaptadas, sendo que todas elas acabaram combinando perfeitamente com universo que faziam representar. No âmbito geral, Beyblade é um anime que deixou a sua marca, ao ponto de ainda estar vivo na mente de muitas pessoas. E por tudo que foi aqui mostrado, este é um anime que merece ser recomendado. Distante de ser a oitava maravilha do mundo, Beyblade tem seus pontos fortes que merecem ser destacados. Assim sendo está na hora de você pegar a sua beyblade e mandá-la para o duelo!
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ANY DISTOPIA
POR ROBERTA OLIVEIRA
MOSTRADO QUEM SERIAM OS ÚLTIMOS DE NÓS... Any distopia vêm dessa vez com um jogo de videogame para a alegria da galera que adora a mídia interativa e que procuram mais que apenas diversão, mas histórias que marcam e que te deixam pensando na vida, nas situações durante a jogatina, nas decisões tomadas e etc. The last of us é um tipo de distopia mais pessoal, onde o mais importante é desenvolver os personagens e não o universo apocalíptico em si. Como dizem atualmente, uma obra mais intimista do ponto de vista de um sobrevivente. O universo é bem construído também, na verdade. A sociedade, ou no caso aqui, o que ela se tornou são totalmente críveis e palpáveis e não dão muitas margens de questionamento. Não incomoda com dúvidas o jogador a maneira com que eles nos apresentam o mundo de The last of us e isso é um puta mérito. História Vamos falar do enredo então que em sua proposta é simples e até um pouco clichê, algo que já vimos em outras histórias, mas tem seus pontos de originalidade e sua proposta diferencia de qualquer outra coisa. Um fungo endoparasita verídico chamado
“cordyceps” que ataca uma espécie de formigas transpondo-as de dentro para fora de forma grotesca evoluiu e começou a parasitar seres humanos. Esse fungo se alastra de forma pandêmica pela humanidade causando sintomas de extrema violência e instinto assassino de seus hospedeiros. Ele se transmite pelo ar em esporos ou pelas maneiras mais conhecidas (que eles copiaram de seus primos zumbis) através do contato com o sangue ou saliva. A diferença aqui é que o hospedeiro humano mata os não infectados e após morto não se contrai o fungo e que se tem vários estágios de infecção e de desenvolvimento da doença. Resumindo a parte óbvia, o caos se instaurou pelo mundo, governos e autoridades foram depostos, um grupo rebelde tenta a revolução e milhões de pessoas morrem.
Vinte anos depois do surto da
infecção acompanhamos Joel e Tess, dois contrabandistas de armas, entre outras coisas, que vivem num dos distritos militares da “nova” sociedade. Joel teve um incidente dramático há um tempo (que você descobrirá jogando os primeiros minutos do jogo) e isso o afetou de maneira que ele não se limitou a fazer o que fosse necessário á sua sobrevivência. Não se sabe muito da história de Tess, mas sua personalidade é forte e tão durona e sem escrúpulos quanto Joel. Daqui já vemos o protagonista e uma coadjuvante bastante atípicos em sua personalidade. Não são bonzinhos ou os heróis da vizinhança, são sobreviventes. E mais pra frente conheceremos Ellie, uma garotinha de 14 anos que Joel e Tess aceitam transportar pelas ruínas das cidades até os Vagalumes (lembra do grupo rebelde que eu falei? Sim, são eles mesmos). Inicialmente a empregadora de Joel e Tess afirma ser um serviço de valor pessoal o transporte da menina, mas com o decorrer da história vemos que não é bem assim. Sem dar spoilers (porque the last of us é obrigatório jogar ou assistir o coleguinha jogando a campanha inteira se você é realmente fã de games) digo que o jogo navega entre atmosferas de suspense, drama, ação, aventura e exploração de uma maneira que nenhum outro conseguiu antes.
Os personagens O desenvolvimento dos personagens e a apresentação dos novos personagens é excelente e você consegue entender suas motivações. Não se precisa de muito background dos mesmos para que você se
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identifique ou se importe com eles. Todos são bem encaixados e cooperam com a sua parcela de representação de pessoas depois do fim do mundo. Você tem o cara que vive isolado, o cara que faz tudo que o mandam, o cara que acredita nos poderes maiores, o cara que mantém outras pessoas sob seu comando como um líder mas que no fundo é o pior dos tipos, e o cara extremamente egoísta que só quer se importar com o que vai ganhar, entre outros. Eles vão te levar á raiva, á tristeza, á pena e ás lágrimas de uma maneira que você nunca pensou que um jogo de vídeo-game pudesse te levar e isso, meu amigo, é deveras louvável. Os inimigos Sobre os inimigos, ao longo da jogatina enfrenta-se ‘corredores’ (pessoas no primeiro estágio de infecção), ‘perseguidores’ (que matam no primeiro contato e que são rápidos e dão uma baita dor de cabeça) ‘estaladores’ (monstros medonhos depois do segundo estágio de infecção do fungo que já tem sua cabeça transposta pelo cordyceps formando uma carapaça no seu crânio na parte superior á boca os fazendo cegos) e ‘Vermes’ (que são o pior estágio da infecção antes da morte onde o hospedeiro fica enorme, todo transfigurado e solta bombas de gás para atingi-lo). Além desses, você também
enfrentará seres humanos, sejam militares ou saqueadores e, acreditem, eles são difíceis de encarar se você escolher não jogar na surdina. Esse é um outro ponto muito bom do jogo: o modo stealth. Matar os inimigos com descrição é em certos pontos uma das maneiras mais fáceis de avançar em the last of us e a jogabilidade é muito boa e colabora pra isso não fazendo o jogo extremamente fácil, porém não o deixando irritantemente desafiador.
Quesitos técnicos O que falar dos gráficos, fotografia, ambientação e trilha sonora de The last of us? MARAVILHOSOS!!! No quesito técnico o jogo não passa vergonha aproveitando de toda capacidade do console da atual geração (já que é infelizmente um exclusivo da Sony) e enchendo os olhos e os ouvidos em todos os momentos. Chamo aqui a atenção para os momentos de silêncio do jogo que te deixam uma sensação de estar ali junto com Joel e Ellie, e também para os sons dos estaladores que são de arrepiar e ficar tenso. The last of us é pontual tanto em ambientes externos quanto nos internos e sua trilha é feito por ninguém menos que Gustavo Santaolalla, argentino que ganhou o Oscar pela trilha sonora de “O segredo de Brokeback mountain” e “Babel”. Isso mesmo amiguinho, aquele toquezinho de violão que as pessoas banalizaram a fazer referências a momentos gays, foi criado por Santaolalla que no seu violão acerta maestralmente em the last of us (isso vindo de alguém que conhece o instrumento). No mais, não vou falar muito sobre 49
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dificuldade, jogabilidade e mecânicas porque honestamente, nada disso faz diferença pra mim como jogadora desse tipo de jogo. Eu fui atrás de the last of us pela sua história, por ser uma distopia pós-apocalíptica que me tirava do mundo e me trazia pro ‘ser’. Pela primeira vez, eu pouco me lixei se eu não tinha muita profundidade na parte política de um universo pós-apocalíptico. O interessante do jogo são Ellie e Joel (que são os protagonistas marjoritários do jogo e sua relação), como Joel é um cara durão, quase irredutível, marcado pelo passado e como Ellie é inocente e ingênua, mas ao mesmo tempo forte, corajosa, desbocada e insubordinada e como essas duas pessoas vão se bater, se desafiar, se ajudar, se relacionar. Com um final que vai te deixar de queixo nas mãos e baba no controle, The last of us é, sem dúvida, um jogo que vai ficar pra história, pois ele transcende sua função de entretenimento e isso é o mais importante. Não é só um joguinho de vídeo-game, é uma experiência pra vida.
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GRÁFICO JOGABILIDADE DIVERSÃO ÁUDIO NOTA FINAL
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REVIEW
POR LUIS HUNZECHER
UMA OBRA PRIMA ESPACIAL O ser humano sempre sonhou com o espaço. O objetivo da humanidade é chegar em um ponto onde consigamos ter controle nas estrelas, desvendar os mistérios, descobrir o secreto. A ficção cientifica sempre foi um gênero que tentou retratar e devanear sobre o assunto. Livros, filmes e séries se tornaram a principal fonte de boas histórias sobre o assunto, mas em 2006 a Bioware nos brindou com um jogo que fez o que poucos conseguem fazer, trouxe uma historia magnifica e nos fez criar um apego pelos personagens. Esse jogo se chama Mass Effect, uma obra prima da ficção cientifica. Mass effect é um jogo relativamente antigo, mas tive a oportunidade de jogalo por completo somente há alguns meses, e ao fim do jogo senti a necessidade de escrever, falar sobre esse jogo que trouxe coisas que não imaginei sentir com um jogo. O primeiro ponto que destaco do game é o enredo. Você encarna o comandande John Sheppard, soldado da aliança humana.
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Nesse ponto, antes mesmo do jogo começar é que a experiência Mass effect começa, você pode definir o primeiro nome do personagem bem como sua aparência e sua origem. Sheppard pode ser nascido na Terra, em uma colônia do espaço, ser um sobrevivente solitário de algum ataque, ser um líder nato, basicamente você molda seu Sheppard ao seu gosto. Quando o jogos e inicia temos o que eu considero a pior experiência gamer da minha vida. Sim, eu estou falando sério, o inicio do jogo é repetitivo, muita conversa e muito parado. Por isso digo que se você sobreviveu ao inicio de Mass effect você consegue sobreviver a qualquer outra coisa. A partir do momento que a história desenvolve, vemos o potencial real e a profundidade do game. Sheppard em uma missão de resgate acaba descobrindo um artefato alienígena de uma raça chamada Prothean. Essa raça foi extinta há mais de 50000 anos, e ao descobrir esse artefato todo o jogo se desenvolve.
GAMES
A história por traz de Mass effect é muito rica e detalhada, causando uma imersão extrema na história e nos acontecimentos dela. Os humanos descobriram há pouco tempo o espaço, travaram uma guerra ao ter o primeiro contato com os alienígenas e com o tempo foram iniciando a exploração e desenvolvimento espacial. Na galáxia existem raças renegadas e as raças do Concelho, um grupo de lideres alienígenas que ditam algumas regras e debatem sobre o futuro, algo como a ONU. Esse concelho tem o poder de nomear Espectros, soldados que tem a liberdade para atuação, não respondem a nenhuma lei e agem em beneficio da galáxia. Como disse a história do game é rica, e como se não bastasse os personagens são de uma profundidade absurda. As historias, os problemas, os romances, o passado, tudo foi bem pensado e trabalhado, não existe um personagem que não tenha algo para contar,
uma historia para dividir, algo para pedir. Com personagens tão complexos alguns se destacam como Wrex, um mercenário renegado que tenta buscar e reunir seu clã novamente, Garrus, um Turian que trabalhava na parte administrativa da Citadel(capital do concelho) e tinha como sonho ir para uma aventura, Joker, um piloto que tem uma doença degenerativa que conseguiu se tornar o melhor aluno da escola de pilotos, etc. Personagens que tornam uma história boa, ter essa intimidade faz com que o apego com o jogo se torne maior. Mass effect não tem gráficos belos, mas possui cenas lindas, como disse a história se sobre sai e faz com que a experiência de ficção cientifica se torne maginifica, ao nível de Star Trek e Star Wars. Mass effect é um jogo obrigatório para fãs de RPG, um jogo que te cativa mais pela história do que pelo game em sí. Viver uma aventura no espaço é algo palpável com o game, e viajar e derrotar alienígenas nunca foi tão sério e tão profundo antes.
NOTA
GRÁFICO JOGABILIDADE DIVERSÃO ÁUDIO NOTA FINAL
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OPNIÃO GAMER
POR GUSTAVO NOGUEIRA DE PAULA VIA GAMES & CRÍTICAS
GAMES & CRÍTICAS
JOGOS PARA CRIANÇAS Que os jogos de videogame muitas vezes são tidos como “para crianças” todo mundo já sabe. Mas o que isso representa e quais jogos as crianças realmente jogam? Essas duas perguntas irão pautar esse post, que talvez surpreenda alguns. O que define um jogo como “para crianças”? Dizer que um jogo de videogame é para crianças é, em primeiro lugar, um erro bastante grave, visto que a idade média de seus jogadores é superior a 25 anos. Em alguns países maior ate do que 30 anos. Se levarmos em conta a idade média de quem compra os jogos então essa média pode ser ainda mais elevada. Além disso, isso é dito numa tentativa fracassada de diminuir algo. O adjetivo “para criança” remete a algo simples, ingênuo, bobo e até mesmo ruim (para um adulto). Tal afirmação é carregada de preconceito, basta olharmos para a importância dos jogos no desenvolvimento de qualquer indivíduo, são inúmeras pesquisas relacionadas a isso. Temos também a literatura infantil, por exemplo, que não se torna pior pelo fato de ser destinada a crianças. E não me refiro apenas a Harry Potter ou a Turma da Mônica, mas a toda uma gama variadíssima 43 55
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de livros, livretos e revistas voltadas ao público mais jovem, mas sem perder sua qualidade, contando também com áreas acadêmicas específicas para pesquisá-las. Agora um fato curioso (que inclusive me fez pensar aqui na possibilidade de realizar uma pesquisa mais profunda a respeito), nós realmente sabemos o que as crianças estão a jogar atualmente? Acredito que a essa altura todos saibam que trabalho com crianças, em um programa de educação não formal. Durante o dia de trabalho é bastante comum conversar com as crianças sobre os mais variados assuntos. Como eles sabem que gosto de videogames eu acabei virando uma referência para eles nesse assunto. De walking dead a Team Fortress 2 eles
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adoram contar suas proezas e novidades. Até aí nada de novidade, mas um fato me chamou a atenção: a maioria esmagadora dos meninos tem como jogo favorito (ou pelo menos um dos grandes favoritos) Call of Duty, sendo o mais novo sempre o mais jogado. Eles sempre vem me contar que jogaram Black Ops 2 com grande empolgação. Eu mesmo nunca joguei, nem pretendo jogar num horizonte próximo, mas eles adoram. Pra quem não sabe CoD é um jogo de guerra, bem aos moldes americanos, sendo muitas vezes o terror dos pais e educadores e a diversão do pessoal do exército. Antes de ser criticado eu sei que se trata de um empirismo nada estruturado, mas sim de apenas algumas conversas com as crianças, mas isso não deixa de chamar minha atenção. Não sei exatamente o que pensam ou entendem sobre esse jogo (Call of duty em geral, sem nenhum episódio em específico) e, associando o início desse
post, o quanto CoD é realmente simples de compreender (em termos ludológicos) visto que crianças bem novas conseguem jogálo sem dificuldade. Seria CoD um jogo para crianças? Os produtores pensam nesse público quando estão criando o jogo? Afinal, o que é um jogo para crianças? Atualmente não sei responder essas questões, mas esse é um blog questionador e não apenas “respondedor”. Pense bem antes de disparar que um jogo de videogame é feito apenas para crianças, pois isso pode esconder muito mais do que você imagina.
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E-SPORTS
POR Ricardo Set/CNB e-Sports Club e Ricardo Set/zGt Team
DESMOTIVADA, NEX IMPETUS ENCERRA ATIVIDADES
O comportamento dos jogadores levou o Nex Impetus a fechar suas portas no último domingo. Desmotivada por problemas de relacionamento com equipes que defenderam a tag, a direção decidiu encerrar as atividades da organização. Em seis anos de existência, o Nex Impetus teve times de Battlefield, Call of Duty, DotA e Point Black. No League of Legends, a organização conquistou resultados importantes. Primeiro com a equipe que hoje defende o CNB e-Sports Club e depois com os jogadores que conseguiram o 3/4 lugar do Campeonato Brasileiro deste ano. Mesmo com os bons resultados dos últimos tempos, a direção decidiu colocar um ponto final na história iniciada em 2007. “A paixão pelo e-sport foi morrendo aos poucos com o desapontamento com algumas atitudes de jogadores”, conta o diretor do Nex, Hugo Tristão, com exclusividade ao site do CNB.
FNATIC CONTRATA EX-EPSILON E VOLTA AO CS:GO
Menos de trinta dias após ter dispensado sua line-up dinamarquesa de Counter-Strike Global Offensive, o fnatic anunciou que está de volta ao cenário competitivo com a contratação da equipe sueca que até o mês passado defendeu o Epsilon. O time, vice-campeão da DreamHack Summer, deixou o Epsilon porque a organização iria priorizar outros games. Nesse período sem patrocínio, os jogadores usaram a tag SY&b. “É como um sonho de infância tornandose realidade ver todos os grandes times que o fnatic teve e agora estar fazendo parte disso. É impossível medir o quanto isso significa para mim”, declarou Jonatan “devilwalk” Lundberg ao fnatic.com.
GAMES
COACH PHILIP DEIXA O TIME DE LEAGUE OF LEGENDS DO CNB
O CNB e-Sports Club anuncia neste domingo a saída do coach da equipe de League of Legends, Renan “Philip” Philip, contratado em abril deste ano. Ele decidiu se afastar por conta própria. philip coach CNBO treinador acredita que a equipe estava precisando de mudanças e que sua saída pode colaborar para o crescimento emocional dos jogadores. “O coach tem que ser o cara para segurar o emocional e eu não era esse cara, porque meu emocional é fraco agora. Eu posso e vou melhorar isso, só não sei para quando”, afirma Philip, admitindo que o fator psicológico afetou o desempenho da equipe em alguns campeonatos. Ele também cita o lado pessoal como motivação para deixar o time. “Preciso me reinventar, acordar para a vida mesmo, talvez até ir para uma equipe menor para voltar a fazer meu trabalho 110%”.
zGt É CAMPEÃO DO CAMPEONATO APOCALIPSE TV
O Zerg Gosu Team confirmou o favoritismo e sagrou-se campeão, de forma invicta, do Campeonato de Times Apocalipse TV ao vencer o oPs por 5 a 4. A competição reuniu as melhores equipes do Brasil. Na final, ambos os times protagonizaram boas partidas e o resultado foi sempre bem apertado. O zGt saiu na frente abrindo 2-0, porém o oPs se reergueu e virou para 3-2. O time campeão voltou a liderar e virar para 4-3, mas novamente o adversário empatou e o título ficou decidido no último duelo da melhor de nove mapas. Confira os duelos: AcRo > Reese @ Daybreak AcRo > CallOnMe @ Newkirk AcRo < Akhee @ Belshir Vestige Duolonn < Akhee @ Daybreak Bush < Akhee @ Neo Planet S ReasoN > Akhee @ Star Station ReasoN > Bertu @ Neo Planet S ReasoN < Akhee @ Daybreak ReasoN > Akhe @ Star Station
POR TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA(EEUCOMISSO) VIA AFONTEGEEK
MÚSICA
Body Language: A Linguagem Corporal, Kylie Minogue, Conversa de Música E como eu havia prometido há muitas eras atrás — mais ou menos no tempo que o chefe-boss-master do blog, ainda estava com o pc em casa — eu vim trazer uma pequena review sobre esse belo cd da dona Kylie Minogue. Mas, como eu não entendo muito de música pop — essa é a área do nosso querido colunista Ruan — eu vou realmente falar pouco do Body Language. De um modo geral considero esse cd um dos mais “experimentais” da nossa querida loirinha. E bom… é mesmo. As músicas tem batidas mais lentas, lembrando um pouco algumas músicas dos anos 80, mas com um estilo mais anos 2000 — com um pegada meio hip-hop eu acho. São sem dúvida alguma, melodias difíceis de serem descritas — o jeito é escutar pessoal!
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Uma coisa que eu não pude deixar de notar nesse álbum — e também nos outros trabalhos dela, porque eu acabei por ouvir Quatro álbuns da moça para poder revisar esse cd e o que considero o melhor dos 4 — é que ele demora para acabar. Não que as músicas sejam longas, na verdade mal passam de 4 min; mas a impressão é que as faixas são mais demoradas do que são realmente. pesar de todo o “experimentalismo” do álbum, nós todos sabemos que a loira australiana sabe como fazer músicas que vão “bombar”, ou seja, que serão sucesso, você querendo ou não — Sabe aquelas que não saem da cabeça? Que você não consegue parar de ouvir? Sim, ela sabe fazer essas. Do cd, eu destaco como as melhores, ou seja, aquelas músicas feitas para você curtir mesmo : Slow, Promises, Sweet Music, Chocolate, Someday, Loving Days, After Dark [Essa por acaso me lembra a dona Britney, não sei porquê], e a lindíssima Slo Motion. As que mais gosto são a poderosa Slow. O que mais eu posso dizer? Oras… a minha musa do pop quis experimentar, conhecer novas maneiras de produzir música, saber quais são os tipos que mais ‘agradam’ ou ‘não’. Ela se saiu bem? Olha,
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no meu se ver saiu sim — bem demais na verdade. É um ótimo álbum e com certeza eu indico para você que quer dar uma curtida na vida, pegar uma kombi com seus amigos tomar um sol numa praia…Ou quem sabe ir para “night” com eles, pegar umas gatinhas! O próximo álbum que eu vou ‘conferir’, da própria dona Kylie deve ser o Fever [o maior sucesso dela e realmente um dos melhores!], ou o algum outro…estou decidindo ainda. Abraços!
POR TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA (EEUCOMISSO) http://afontegeek.wordpress.com/2012/08/07/bodylanguage-a-linguagem-corporal-kylie-minogue-conversade-musica/ tree_egggs@hotmail.com
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POR RONALDE SACRAMENTO VIA ONLY GOOD ANIMES
LEITURA
Ligth Novel No Game No Life feita por Brasileiro terá anime. Não tenho o costume fala muito de noticias de adaptação para animes, principalmente sem saber as pessoas que ficarão a cargo da adaptação, mas hoje farei uma exceção. A conta oficial no twitter da revista Monthly Comic Alive anunciou neste Domingo 28∕07 que serão feitas cinco adaptações para anime de títulos da revista dedicada a novel MF Bunko J, pertencente ao grupo Media Factory como a própria Comic Alive, sendo eles Madan no Ou, Mahou Sensou, Seirei Tsukai no Blade Dance, Seikoku no Dragonar e No Game, No Life do brasileiro Thiago Lucas Furukawa, conhecido como Yuu Kamiya. Thiago nasceu no Brasil na cidade de Uberaba em Minas Gerais, mas foi mora no Japão com sua família ainda pequeno com apenas 7 anos, tendo sua família se mudando para lá em busca de uma vida financeira melhor, como era costume na época entre os descentes de japoneses. Depois de se acostuma a cultura e a língua do país, Thiago acabou virando um otaku. Tendo desde pequeno gostando de desenha ele acabou
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começado sua carreira como mangaka como muitos outros após um editor ver seu doujinshis em um dos muitos eventos dedicados a estes matérias lá. O brasileiro já tem vários mangas em seu currículo estando atualmente trabalhando na novel No Game, No Life sendo publicada na revista MF Bunko J desde 2012 .
A história de No Game, No Life é centrada ao redor de Sora e Shiro, irmãos que possuem uma reputação brilhante como gamers NEET e hikikomori , que possuem lendas urbanas por toda a internet. Esses dois jogadores também consideram o mundo real apenas
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mais um “jogo chato”. Um dia, eles são convocados por um garoto chamado “God” para um mundo alternativo. Lá, God proibiu a guerra e declarou que aquele é um mundo aonde tudo é decidido a partir de jogos, inclusive divisórias nacionais. A humanidade foi empurrada para apenas uma cidade restante pelas outras raças. Sora e Shiro, agora são as ultimas esperanças da humanidade. A novel possui até então 4 volumes e está conseguindo fazendo um belo sucesso de vendas tendo vendido mais de 500 mil copias até o momento. Yuu Kamiya antes desta novel ilustrava outra que acabou também virando anime Itsuka Tenma no Kuro-Usagi. Esta noticia mostra que sim existe espaço a todos que tenham talento na indústria dos mangas e ligth novel, então se você sonha se torna mangaka e ter um anime baseado em um de seus títulos já saber que isso é difícil mas não impossível. Infelizmente é triste ver que aqui em nosso país existe pouco apoio por meio das editoras para revela e desenvolver novos talentos. Espero que isso mude
com o concurso que a JBC esta planejado e a iniciativa da Newpop de apoia autores brasileiros. Como ainda não foi divulgada mais informações sobre a adaptação da novel No Game, No Life para anime, por claramente a obra esta no seu estagio inicial de produção, quando tive mais informações tentarei passa-las a vocês.
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POR LUIS HUNZECHER
GAMES
MOBILE GAME DOODLE DEVIL
No mínino diferente, doodle devil é um jogo onde objetivo é criar elementos novos da fusão de 2 outros, criando assim a historia e a destruição da humanidade. O jogo no inicio é simples, juntando o homem e a mulher, mulher e a maça, luz e trevas, coisas simples, porém o jogo vai ficando mais difícil com o tempo. O game possui mais de 150 elementos para serem criados, tornando assim com o tempo difícil descobrir o que pode ser criados a partir dos elementos que você já possui. O game é viciante e irritante visto que a dificuldade dele se torna extrema a partir de um ponto, porém o desafio de completar o game é uma boa desculpa para perder muitas horas nesse jogo que com certeza vai fazer você perder o cabelo e pensar muito para conseguir chegar a seu final. O game está disponível na Google play e na Itunes por R$ 6,90 e também possui sua versão demo gratuita nas duas lojas. O jogo foi testado em um Xperia U e rodou sem problemas.
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WHERE IS MY PERRY?
Seguindo a Hype do game Where is my Water o game com o personagem menos ortodoxo dos desenhos traz uma aventura onde seu objetivo é liberar o Perry o Ornitorrinco, digo Agente P. O jogo segue o mesmo estilo do my water, onde o objetivo é levar a água até o tubo para poder liberar o agente P. O game é viciante e extremamente simples, fazendo com que a jogatina dele seja simples e fácil. A jogatina pode ser fácil mas a dificuldade aumenta com o tempo, novos elementos como lava, fumaça e gelo aparecem para dificultar e aumentar o desafio do game. O ponto alto do game é sua dublagem, o game está disponível em português com a dublagem original, então ouvir o major, o doutor Doofersmitz e os demais personagens é algo muito diferente e divertido. O game está disponível na Google Play e Itunes por R$ 0,99. O game foi testado em um Xperia U e rodou sem problemas.
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PRÉVIA
PERCY JACKSON PRÓXIMA EDIÇÃO DIA 15/09
ANY MAGAZINE Primeiramente gostaria de agradeçer a todos que baixaram, leram e contribuiram para essa revista. Essa revista tenta trazer analises e críticas de varias pessoas diferentes, para tentar agradar você leitor. Espero muito que esse projeto consiga ir para frente e que tudo de certo. Para que funcione, gostaria de contar com a ajuda e o apoio de todos. Continuem acessando, enviem conteúdo(a revista como disse, é aberta para receber conteudo de qualquer um) e principalmente, divulgue. A intenção desse projeto é fazer algo que consiga agradar vocês, nem que seja somente uma materia que voces considerem boa... sinto como se meu objetivo estivesse concluído. Agradeço muito a todos, e que essa seja a primeira de muitas edições. Agora que terminou sua leitura, acesse nosso site, e veja muito mais conteúdo e prévias da próxima edição.
PROJETO ANY