EDIÇÃO 3 MAIO 2013
FACEBOOK.COM/ANYMAGAZINE
GROUND ZEROES E PANTHOM PAIN. CONHECA MAIS SOBRE AS NOVAS APOSTAS DA KONAMI PARA DAR NOVA VIDA PARA SNAKE.
Da Vinci Demons Homem de Ferro 3
Anime nos esportes
PARCERIA: Only Good Animes Apenas o Melhor
OTACRAZY O TAKUS E NERDS
GOGO!
APOIO:
anime portfolio
ANYTHING
O conteúdo exclusivo para a revista foi licenciado sob uma Licença Creative Commons AtribuiçãoSemDerivados 3.0 Brasil.
EDITORIAL
EDITOR CHEFE: LUIS HUNZECHER
REDAÇÃO:
LUIS HUNZECHER ALINE FIDENCIO ROBERTA OLIVEIRA
DESIGN:
LUIS HUNZECHER ALINE FIDENCIO
REVISÃO:
ROBERTA OLIVEIRA
COLABORADORES:
EVILASIO COSTA JUNIOR (ANIME PORTFOLIO) TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA (AFONTEGEEK) LUIZ FELIPE (OTACRAZY GO) SPIDEY (THE AMAZING NERD) EQUIPE (SENPUU)
HERÓIS NOS CINEMAS
Estamos vivendo um momento áureo para os heróis no cinema. Nunca tivemos um boom tão grande de filmes da Marvel e DC (sem contar os heróis que não estão vinculados aos dois selos). O número de filmes que podemos ter nos anos que estão por vir é gigantesco, e expande muito o universo dos quadrinhos no cinema. O ponto principal dessa popularização dos filmes de herói é a necessidade de se manter a qualidade dos filmes. No cinema os filmes desse gênero se popularizaram devido a sua qualidade, e não quantidade. A quantidade maciça de filmes que estão por vir so aumentam a responsabilidade das produtoras em manter um nível alto que se foi criado. Essa década será marcada cinematograficamente por filmes de heróis, releituras e uma popularização grande entre o publico. Nos resta saber se isso é passageiro ou virou uma regra dentro desse universo.
RICARDO SET (ESPAÇO GAMER) ARIANE DE SÁ (CASA DO HERÓI) CHRISTIANO (OTAKU ANIMES) CARLÍRIO NETO (NETOIN) FRANK LEMOS (BEEK) ALEX (FATALITY)
Luis Hunzecher - Editor Chefe
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ÍNDICE SESSÃO DO LEITOR
7
ENTREVISTA: MARCOS NOVAIS
12
CRÍTICA: HOMEM DE FERRO 3
CRÍTICA:DRAGON BALL: BATTLE OF THE GODS.
17
21
ESPECIAL: GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS
27
ANÁLISE: DA VINCI DEMONS
31
TOKUSATSU
33
ANÁLISE: PERSON OF INTEREST
37
ESPECIAL: ESPORTES NOS ANIMES PARTE 03
43
ANÁLISE: COLORFUL ANÁLISE: SCHOOL DAYS
49 51
ESPECIAL: DRAGON BALL
54
PREVIEW: METAL GEAR SOLID 5
57
REVIEW: INJUSTICE
61
RETRO GAME: CHRONO TRIGGER
66
MINHAS LEITURAS: TRILOGIA DOS 71 SONHOS - NORA ROBERTS AMAZING NEWS
72
MOBILE GAME
73
PRÉVIA PRÓXIMA EDIÇÃO
75
SESSÃO DO LEITOR
ESCREVA PARA NÓ
Possui alguma pergunta? Crítica? Elogio? Sugestão? Recado? Ou qualquer outra coisa? Escreva para magazine.any@gmail.com
DE QUE FILME É ESSA CENA?
Resposta na próxima edição caso tenha alguma sugestão de cena nos envie por email
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ANY ENTREVISTA FALAMOS COM
MARCOS NOVAIS
UM DOS FUNDADORES DA INFINITUS COMICS, SELO NACIONAL DE QUADRINHOS. CONVERSAMOS SOBRE O MERCADO NACIONAL, DIFICULDADES DO RAMO, MOTIVAÇÕES, O FUTURO, PERSONAGENS E HISTÓRIAS DA INFINITUS E MUITO MAIS.
Desenhista desde 1989, Novais é um artista formado pela Escola Candido Portinari de São Paulo. Já trabalhou com quadrinhos, desenhos, ilustrações e por ai vai. Ultimamente trabalha como Freelancer mais voltado para a parte de fotolito, arte final, ilustração, etc. Possui a vontade de lançar um de seus projetos que se acontecer será algo muito positivo para o mercado nacional, esse projeto se Chama Infinitus Comics, um selo nacional de quadrinhos. A Infinitus é uma ideia de mais de 25 anos, que ganhou mais forças em 2010 quando Marcos Novais ganhou o apoio de um grupo disposto a lançar esse selo. O selo pertence hoje a 8 pessoas que estão se esforçando para que de certo e aconteça esse tão aguardado lançamento. Nos da ANY MAGAZINE conversamos com Novais sobre seu passado, o que podemos esperar do selo, os personagens, as dificuldades de trabalhar com arte e como ele espera que o mercado nacional aceite essa ideia.
Luis Hunzecher: Novais, você é um dos co fundadores da infinitus, mas acredito que a vontade de desenhar veio antes não foi? Novais: Sim. A idéia do universo Infinitus é bem antiga, remonta séculos atrás... não, não sou assim tão velho, rsrsrssss Eu comecei a desenhar ainda criança, sem poder precisar uma data porque seria impreciso, mas acredito que assim que me deram algo que pudesse rabiscar, eu comecei. Luis Hunzecher: você começou a desenhar por instinto, ou foi depois de algo que você viu? o que você define como sendo o marco que colocou na sua cabeça essa idéia de criar um selo? Novais: Foi por instinto mesmo. Eu saia rabiscando tudo que via pela frente. Ainda hoje tenho uma coleção de enciclopédias que contem algumas “obras de arte” minhas, de quando mal sabia falar. Com relação ao selo, a idéia veio por conta da DC e da Marvel mesmo, coisa de moleque que sonha grande e acha que tudo é possível, sem antes ter esperimentado do
mundo real. Luis Hunzecher: então seu instinto por desenhar que fez você ter a idéia do selo, mas ter idéias é algo muito comum, todo dia nascem novas, porem a maioria nem sai do papel. porem a infinitus é algo que você mantem, e é um projeto que tem mais de 25 anos, o que faz com que você mantenha firme essa sua idéia? Novais: Acho que a chave para isso foi ter encontrado com outras pessoas que partilhavam desse mesmo desejo, desse mesmo sonho. Os demais sócios do selo são tão ou até mais responsáveis por isso do que eu. Quando os encontrei e descobri que tinham tanto em comum comigo, foi um alento, pois eu já havia desistido de trabalhar com quadrinhos. Luis Hunzecher: voce havia desistido dos quadrinhos por conta das dificuldades do mercado? como é tentar lançar um selo, lançar um quadrinho aqui no brasil? Novais: Sim. Já faziam alguns anos que não tentava nada nesse segmento, tinha desistido mesmo, por conta principalmente
das dificuldades de mercado e de se viver com isso. Hoje estamos batalhando para conseguir colocar no mercado nossos personagens e creio que em pouco tempo teremos boas surpresas pintando por ai. Luis Hunzecher: sobre o material da infinitus, vocês já possuem conteúdo pronto para publicação? Historias prontas? Novais: Sim, já temos alguns materiais prontos e outros que estão em fase de acabamento. Luis Hunzecher: quantas pessoas fazem parte da equipe da infinitus, e emendando, o que é preciso para se criar uma historia em quadrinhos? Novais: Hoje nós somos em 8 pessoas, mas já fomos em maior número. Infelizmente com o passar do tempo, nem todos puderam continuar com esse projeto. Pelo menos para mim, é inspiração e muita, mas muita força de vontade mesmo! Geralmente o processo de criação é divertido, mas quando vamos colocar para valer no papel, tanto o texto quanto a arte são bastante cansativos. Luis Hunzecher: imagino que o processo deva ser cansativo mesmo, pois na sua cabeça é uma coisa, mas dar vida é algo completamente diferente. Falando um pouco mais dos personagens da infinitus, vocês tem algum personagem que crêem ser o principal já criado por vocês? Novais: Temos sim, Luis Henrique. Hoje nosso carro chefe é um personagem chamado War Devil, criação minha também muito antiga, mas que foi repaginado pelos roteiristas da Infinitus. Luis Hunzecher: mas você poderia falar um pouco mais sobre o War Devil? Novais: War Devil é um cavaleiro templário, nascido no século XIII e que viajou até o oriente médio para tentar reaver a Terra Santa. Nesse processo ele foi preso em batalha pelo exercito Mulçumano e condenado a morte, mas algo aconteceu com ele durante a prisão, que mudou por completo sua vida, tanto que séculos depois ele ainda continua
Imagem: Cassino Dionísio
em atividade. Ele caça seres possuídos e que podem de certa forma mudar o destino da humanidade. Mas isso é apenas um pequeno exemplo sobre ele, mais do que isso, só na revista mesmo. rsrsrrrrsrs Luis Hunzecher: percebi que é um personagem pouco ortodoxo,bem diferente do padrao dos selos americanos. Os personagens da Infinitus tem algo em peculiar que não acharemos em outros selos? Novais: Acredito que sim, pois não teremos “super heróis” no selo, ou pelo menos não tão heróicos como estamos acostumados a ver. Temos inclusive um anjo que se parece com um demônio. Luis Hunzecher: essa vertente de personagens não heróicos, é para diferenciar das demais ou é uma caracteristica das criações da infinitus? Novais: Acredito que seja devido ao estilo dos outros sócios do selo. Cada um tem um estilo próprio, seja na escrita, seja na arte e isso acabou criando um universo bem diversificado diferente. Luis Hunzecher: você usou a palavra universo, os personagens da infinitus vivem em um mesmo universo como nas outras editoras? eles poderiam se esbarrar em um futuro?
que sao perdidos para o exterior por falta de incentivo e de apoio. Novais: Exatamente. Não consegui ter nada publicado oficialmente em editoras, apesar de ter trabalhado para várias. Cheguei a receber um convite certa vez para me mudar de pais, mas não tive coragem na época. Não me arrependo, porque dois amigos que se lançaram nisso, voltaram com uma mão na frente e outra atrás.
Novais: imagem:Personagem Digamos que o Ceifador tal anjo que citei, seja uma espécie de elo entre “todos os universos infinitus” de nosso selo. Luis Hunzecher: entendi.... então ele seria um elo que ligaria tudo no universo então teremos um universo infinitus, que espero que não tenha milhares de terras como na DC.rsrs. Novais: Na verdade, existem alguns universos, mas que aparentemente não tem ligação nenhuma um com o outro. São poucos e funcionam separadamente. Seria mais ou menos como se ter no mesmo grupo, o Senhor dos Anéis e Star Trek, mas cada um no seu próprio espaço. Luis Hunzecher: voce ja tentou lançar algum personagem seu? Tentou ingressar no universo dos quadrinhos? Novais: Sim. Cheguei inclusive a ilustrar alguns jornais regionais quando ainda morava em sampa. Também tive alguma ilustrações publicadas no passado, mas nada que possa ser considerado muito relevante. Meus melhores trabalhos foram com um cara chamado Ricardo Garay, também em jornais. Luis Hunzecher: mas em uma editora nada foi publicado? digo isso pois sinto que o brasil tem muito preconceito com coisas vindas do nosso pais e vejo com louvor sua garra e tentativa de publicar algo, lançar um selo. Nosso pais tem ótimos talentos
Luis Hunzecher: mas sinto que essa visão de sair daqui para conseguir algo bom é meio deturpada, pois do mesmo jeito que temos talentos aqui eles tambem tem lá fora e seremos so mais um na concorrência é complicado. Novais: Claro. E são muito mais competitivos. Luis Hunzecher: Vendo tudo que você disse até agora, gostaria de saber o que você acha que falta para o Brasil lançar grande no mercado de quadrinhos? Bom, eu acredito que com a economia atual estabilizada, temos tudo para colocar algo grande no mercado. Não digo a Infinitus em particular, mas qualquer artista que tenha um projeto sólido, com boa base e é claro, um trabalho de qualidade, mas de nada adiantará se não contar com o apoio de uma grande editora, ou mesmo de patrocinios que possam facilitar que esses trabalhos entrem no mercado. em quem vc se espelha? Luis Hunzecher: qual seu personagem favorito dos quadrinhos e seu principal idolo? Meu principal idolo nos quadrinhos sempre foi o John Byrne, apesar de meus trabalhos não lembrarem os dele. Lembro-me de certa vez, quando comecei a desenhar para um cara chamado Ricardo Garay e ele me passou um teste com seus personagens, quando lhe entreguei os desenhos que fiz, ele perguntou se meu idolo nas HQs era o Moebius. Claro que o Moebius é idolo da maioria dos desenhistas e comigo não é diferente, mas não era o meu número 1, esse cargo sempre foi do mestre Byrne. Mas eu bebo de inúmeras fontes, de artistas nacionais inclusive, como Mozart Couto e Watson Portela.
Imagem: Personagem War Devil
Imagem: Personagem Draguda
Meu personagem favorito é o Superman, de quem sou fã desde a mais tenra idade, mas personagens como Hulk, Mulher Maravilha, Batman, Homem Aranha também fazem parte da lista. Gosto também de alguns personagens menos conhecidos do grande público como o Nova, o Space Ghost e tantos outros. Luis Hunzecher: qual o personagem que você menos gosta? Cara, não tem personagem que não se possa gostar, desde que esse seja bem trabalhado. Já vi ótimas histórias com meu personagem favorito e outras dignas de entrar numa lata de lixo e isso vale para todos os personagens. De nada adianta ter um bom nome, se não tiver alguém talentoso por tras.
Imagem: War Devil contra Ceifador
CRÍTICA
POR LUIS HUNZECHER
UM TRAUMA PARA STARK
TO NY STA RK ESTÁ D E V OLTA, COM M UI T O S P R OBLEMA S E M UI TAS ARM AD URAS Conseguir fazer uma trilogia é para poucas franquias. Fazer 3 filmes que tenham um bom nível e que consigam manter a qualidade dos anteriores é um desafio. Esse ano Homem de Ferro 3 chega aos cinemas, e carrega nas costas a missão de conseguir superar ou ao menos manter o nível dos anteriores, e Homem de Ferro 3 peca nessa tentativa. O longa começa com um flashback, uma lembrança do Stark Maduro que vemos hoje, vemos ele relembrando sua época de farra. Nesse flashback Stark Acaba dormindo com a doutora Maya, uma geneticista que criou algo chamado Extremis, que permite a regeneração e aumento das capacidades físicas. Ao mesmo tempo Stark acaba enfurecendo Aldrich Killian, um próspero cientista que Stark ignorou. O filme é narrado por Stark, e esse ar de lembrança que o filme passar por conta dessa narrativa é bem interessante e inovador para os filmes da Marvel. Com o terreno preparado e os novos personagens apresentados, 17
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começa verdadeiramente a historia. Após os acontecimentos de Vingadores Tony está perturbado, sua mente está cheia de problemas e seu hobby se torna criar armaduras. O ferroso não dorme mais por conta dos acontecimentos de Nova York (o que mais o assombra é o fato de ter sobrevivido após entrar no buraco de minhoca cósmico). O fato de estar conturbado faz com que ele não de tanta atenção para Pepper, que agora é diretora das industrias Stark. O contexto que Tony se encontra é bem diferente dos últimos filmes, ele não é mais mulherengo, não é (tão) egocêntrico e não aproveita tanto a armadura como antes. Enquanto o Homem de Ferro tenta enfrentar seus demônios surge uma nova ameaça global. Um terrorista que aparenta ser bem especifico e estrategista, o Mandarim. O Mandarim esta reformulado se comparado as HQs, ele é um terrorista que aparenta ser de origem Arabe e que busca dar uma lição para o mundo. O
CINEMA
personagem é bem sombrio, e se mostra o vilão mais estrategista e difícil de Stark lidar. Um vilão a altura de Coringa, um causador do Caos. As falas do vilão são muito boas, e os discursos fazem até os espectadores repensarem em alguma atitudes e visões do mundo. No primeiro momento do filme Tony não está dando a mínima para Mandarim, ele na verdade não está dando a mínima para nada no mundo, so pensa em se proteger e proteger o que ele tem de mais importante, Peper. No momento em que Stark provoca o Mandarim, e que ele responde a altura com uma das cenas mais bem elaboradas do filme é que o roteiro e o verdadeiro dramalhão de Stark começa. A cena em que Mandarim destrói a casa de Tony é muito boa, um dos pontos altos do filme. Porem a partir desse momento o nosso herói foge do local e vai parar em uma cidadezinha no meio do nada em sua tentativa de escapar da morte. O filme a partir dai se torna um verdadeiro drama e uma mistura de vários filmes e estilos. Stark encontra um garoto que o
ajuda a esconder a armadura e lidar com a situação, e como Mandarim está atrás de Tony alguns de seus capangas que usam uma “droga” chamada Extremis( a mesma do começo do filme) começam a caçar Stark, e é ai que o filme se perde. A caçada em si não é de todo mal, mas o que fere a experiência do filme é o fato de ser muito James Bond / Macgaiver / GI Joe. A caçada a Tony é frenética, e muito, mas muito forçada. Você pode dizer “mas é um filme de Herói”, porem em Homem de Ferro 3 vemos o Stark por muito menos tempo com a armadura, ele quase não a usa, o filme foca mais no homem Tony, não no Herói Tony. O filme a partir desse momento se desenvolve mais e mais para chegar ao encontro com o Vilão. O que me irrita no filme é o horrível desfecho que dão para Mandarim, e o foco que começam a dar para outro vilão do filme, o cientista Killian. Sinceramente, não gostei nem um pouco do Killian, acho que foi o ANY MAGAZINE
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pior vilão de todos os filmes da Marvel até agora. E o Mandarim até o meio do filme é um vilão magnifico, complexo, intrigante, porem do meio pra frente se torna decepcionante o que é feito pelo diretor com ele. Os momentos fodões de Stark são são muito, mas muitoooooo fodões,algo completamente fora do contexto dos filmes anteriores e que me fez sentir que havia entrado na sessão errada. A cena final é muito pirotécnica e cheia de momentos ao estilo Gi Joe e outros filmes do Gênero, resumindo, forçado ao extremis(pegaram o trocadilho). As pitadas de humor do filme são ótimas, principalmente aquelas que se percebe que foi improviso de Robert Downey Jr. As cenas com Pepper e com o Garoto que o salva são ótimas também, e meio que salvam alguns momentos do filme. 19
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Se dividíssemos o filme ao meio, eu diria que a primeira parte é perfeita, uma ótima construção de um cenário e de um enredo, com ótimo vilão e ótimo argumento, porem a segunda é um lixo, uma deturpação de muitos conceitos criados, deixa de ser um filme para se tornar um show de pancadaria e momentos fantásticos. O final do filme é o mais decepcionante, fazendo com que essa trilogia seja fechada de maneira mal vista por muitos, e tornando o filme o mais dispensável de todos os três.
FICHA DIREÇÃO Masahiro Hosoda Bacon, Natalie Zea Annie Parisse, Shawn Ashmore e ESTRELANDO Kevin James Purefoy
NOTA FINAL
CINEMA
ANY MAGAZINE
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POR LUIS HUNZECHER
CRÍTICA
DRAGON BALL BATTLE OF THE GODS UMA ODE AOS GUERREIROS Z
Dragon Ball é um dos desenhos mais adorados por todos. A Saga de Goku e seus amigos rendeu e até hoje rende muito assunto e principalmente referências entre os jovens de hoje. Após ficarmos anos órfãos de novas histórias, Dragon Ball Z Battle of the Gods chega para mostrar como se faz um bom anime de luta. O filme já arrecadou milhões, e vem sendo uma grata surpresa nas bilheterias. A história acontece entre o final da saga Buu e a cena final da saga Z. A história mostra Bills, um Deus da destruição que acorda de seu sono de 39 anos. Ao despertar descobre que o poderoso Freeza foi derrotado por um mero saiyaji, junto com isso se lembra que em uma de suas visões ele lutaria com um Super Saiyajin Deus. Juntando todos esses fatores, Bills vem para a Terra em busca de seu rival. Enquanto isso na terra Bulma está ANY MAGAZINE
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dando uma festa de aniversário, Goku está treinando com senhor Kaio. No meio da festa Bills chega em busca do guerreiro Deus. Vegeta conversa com Bills e começa assim o filme dos guerreiros Z.
O longa é bem mamão com açúcar. Basicamente o vilão chega na festa, causa confusão e entra na batalha final. Como o filme se passa entre dois períodos já conhecidos, não teremos nenhuma morte, basicamente, o filme não tem nenhum apelo dramático, e
CINEMA
não se esforça para criar também. O roteiro segue de maneira bem linear, não tem nada de inovador, mas não descepciona nas cenas de luta. Vemos muito tempo do filme dedicado a personagens secundários, e faz com que o filme seja um pouco arrastado as vezes. Apesar de alguns deslises e momentos de comodismo, o filme conta uma história boa, e é mais uma ode a saga do que um filme inovador. O próprio super Saiyajin Deus é fraco, muito decepcionante, mas a emoção de ver Goku novamente é que faz com que o longa tenha seu valor. Todo personagem principal tem seu tempo de cena, e faz com que os fãs saiam felizes por essa homenagem a grande história de Dragon Ball. O clima é bem leve e cheio de momentos cômicos. As referencias a eventos anteriores e as piadinhas sobre a série farão muito marmanjo dar risada de coisas toscas para muitos. O filme tem grande parte do momento Goku treinando, fazendo com que Vegeta tenha um grande tempo de cena e segure o filme nas costas. O
anti-heroi atende bem as expectativas, e tem alguns dos momentos mais memoráveis do filme. As cenas onde ele tenta acalmar o vilão Bills são cômicas. Não é uma obra prima, mas serve para saciar os fãs. O longa é uma ótima homenagem ao poder e história da série, e deve ser visto por todos os fãs.
DIREÇÃO NOTA FINAL
FICHA
Masahiro Hosoda
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POR ROBERTA OLIVEIRA
ESPECIAL
GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS O AUTOR
Em 11 de março de 1952 nasceu o autor de uma das obras literárias mais conhecidas e aclamadas pela comunidade nerd mundial. Sim, estou falando de Douglas Noel Adams, o escritor, radialista, ativista ambiental e tecnológico e roteirista televisivo que escreveu o Guia do Mochileiro das galáxias. Após se formar em literatura Inglesa pela Universidade de Cambridge em 1974, Douglas passa boa parte da década de 70 viajando como mochileiro pela Europa, até parar em Istambul na Turquia. Em 4 de fevereiro 1977 conhece Simon Brett, amigo que lhe dará oportunidade na rádio BBC 4 e eles produzem juntos o primeiro programa radiofônico de ‘O guia do mochileiro das galáxias’ que vai ao ar em 8 março de 1978. O sucesso do ANY MAGAZINE
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programa foi quase imediato rendendo vários prêmios a seus criadores e incentivando assim a disseminação da história para outras mídias. Por isso, em 1979, Douglas (que prefiro chamar da Mr. Douglas, se não se importam), com modificações e abrangências, escreve o primeiro livro da série do “Guia” que é quase instantaneamente um sucesso indo para o topo da lista dos mais vendidos do Reino Unido. Foram escritos mais 4 livros até 1992, são eles: O restaurante no fim do universo; A vida, o universo e tudo mais; Até mais e obrigado pelos peixes; Praticamente inofensiva. Através do sucesso dos livros, a história foi adaptada para o teatro, vídeo games, história em quadrinhos, série de TV (não necessariamente nessa ordem) e mais posteriormente em filme. Além do Guia, Mr. Douglas escreveu esquetes para a série de humor televisiva Monty Python’s Flying Circus e foi editor de roteiros de Doctor Who. Mr. Douglas, infelizmente, faleceu de um infarto fulminante em 11 de
CINEMA
maio de 2001 aos 49 anos quando ainda estava em produção a adaptação cinematográfica de sua maior e praticamente única obra literária. Talvez isso seja um dos motivos pelos quais o filme não é tão simpático aos fãs, mas isso falamos mais tarde quando eu for falar do filme pode ser? Ok, então.
A TRILOGIA DE CINCO
O primeiro livro, com o nome que leva a série, nos apresenta Arthur Dent, um terráqueo que está prestes a ter a casa demolida para a construção de um desvio. Desde o início percebemos o modelo cômico da escrita de Douglas. O personagem de Arthur é um inglês que adora chá (o que vai causar uma tremenda bagunça em outra parte da história que cabe a você ler o livro e descobrir), é extremamente tonto. Sim, Arthur apesar de ser o protagonista é o personagem mais desprovido de genialidade da história. Ele é a representação do leitor, que em 90% não entende nada do que está acontecendo e fica estupefato com
todas as coisas que ele descobre que nunca considerou que existissem. Ford Prefect, é um amigo ator desempregado que vem á casa da Arthur chamá-lo pra beber. Tem um trator ali tentando demolir sua casa e ele sai com o amigo pra beber!!! Ao chegarem ao bar, Ford conta que a Terra será destruída em alguns minutos, que ele é um alienígena betelgeusiano e que o único jeito de sobreviver é pegar carona na nave Vogon que está destruindo a Terra pra construir um desvio interestelar. Sim, também um desvio... Acho que até aqui já dá pra perceber o nível de situações absurdas, irônicas, impossíveis e improváveis de toda a história. Depois que Arthur e Ford saem da Terra e vão viajar no espaço, conhecem outros três personagens que vão permanecer conosco o resto da história. Zaphod Beeblebrox, o presidente da galáxia que na verdade é apenas um cargo representativo. Tricia Mcmillan, mais conhecida como Trillian que é uma terráquea que ignorou Arthur numa festa em Islington, para sair com Zaphod (ele flertou com ela perguntando se ela queria conhecer a nave espacial dele... os pedreiro pira) e Marvin, o andróide paranóide que tem o Q.I. 30 bilhões de vezes maior que o do de um ser humano, mas é designado pra tarefas tão simples e que requerem tão pouco de sua capacidade que vive em eterna depressão e desprezo pela vida. Nos livros somos levados através do espaço, do tempo e do espaço-tempo pelas situações mais absurdas, trágicas ANY MAGAZINE
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O FILME
e cômicas que se pode imaginar. O livro é narrado em terceira pessoa e repleto de capítulos com definições do “guia do mochileiro das galáxias” sobre lugares, seres e objetos que ajudam o leitor a se situar ou ficar mais perdido durante a narrativa. O narrador nos sugere reler parágrafos, pular capítulos, ignorar certas coisas que ele cita. É como se você entrasse numa avalanche de descontinuidade, com citações nãolineares e textos inúteis para um parágrafo mais tarde, ou dois livros mais tarde descobrir que tudo aquilo fazia sentido! Ás vezes não faz muito sentido, mas não nos ofendemos com isso. Muito pelo contrário, damos risada da maluquice que lemos. E além da comicidade e do nonsense da obra, outra característica marcante é a crítica embutida. Adams critica o comportamento humano, política, religião, economia, consumismo entre outros, com uma sagacidade e sarcasmo extraordinários, levando o leitor a refletir temas importantes, coisas da nossa própria vida e sociedade, espelhadas em criaturas extraterrestres unidimensionais. Sua escrita é incrível e inconfundível e seu humor é, em sua maioria, negro e ácido com uma pontualidade notória. Os livros são incríveis e se você ainda não leu, tu não faz ideia do que tá perdendo... ANY MAGAZINE
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Em 2005 estreou a adaptação cinematográfica da série com o nome de “O guia do mochileiro das galáxias”. O filme se atem a contar os acontecimentos do primeiro livro, com alguns elementos acrescentados e um personagem criado pelo próprio Douglas Adams. O personagem ao qual me refiro é o interpretado por John Malkovich, Humma Kavula, um líder religioso de uma seita que acredita que o universo escorreu de uma entidade chamada ‘o grande nariz’, e que também perdeu a eleição á presidência da galáxia para Zaphod Beeblebrox. De início vemos uma narração do Guia (o livro) explicando que os golfinhos são as a segunda criatura mais inteligente da terra, seguidos pelos humanos em terceiro lugar, e que eles já sabiam da iminente destruição do planeta e que se foram daqui antes de acontecer, mas não antes de agradecer pelos peixes... Nesse momento já dá pra perceber o estilo nonsense que vai prosseguir o filme inteiro. Não falar muito sobre a história do filme, pois ela segue até fielmente o livro em sua maioria. O problema é que a maneira de Douglas escrever e seu humor não são exatamente adaptáveis em sua essência no filme. Partes no livro em que gargalhei, no filme são apenas cenazinhas cômicas, mas que não simpatizam com o espectador a ponto de nos interessarmos pela história. Percebi, reassistindo ao longa, que chegam a ser infantis alguns esquetes e trapalhadas dos personagens. Quem não leu o livro e assistiu ao filme deve ter se perguntado o tempo inteiro o que
CINEMA CURIOSIDADES
drogas estava acontecendo e porque nada fazia sentido. Como filme e só filme, ele é uma comédia engraçada se você simplesmente se sentar e esquecer de procurar algum sentido no que está acontecendo. Mas como adaptação, o filme não consegue alcançar a experiência que temos ao ler os livros. Apesar de tudo, tecnicamente o filme se sai bem e dou destaque á cena que eles chegam a Magrathea, a fábrica de planetas. A fotografia é muito boa. Os atores estão ótimos, Alan Rickman (o professor Snape de Harry Potter) faz uma dublagem excelente para Marvin e os efeitos não fazem vergonha. Aconselho a assistir o filme com despretensão e depois refletir nos questionamentos sobre a vida, o universo e tudo mais que o mesmo traz. Ah, e quase me esqueci! Até mais e obrigado pelos peixes...
Peixe tradutor Babel
1. A idéia inicial para O Guia do Mochileiro das Galáxias veio à mente de Douglas Adams enquanto ele estava deitado em um campo, bêbado, segurando uma cópia do Guia do Mochileiro para a Europa, olhando para o céu, à noite. 2. O nome do personagem principal foi mudado de Aleric B para Arthur Dent durante uma corrida de táxi para o encontro na BBC sobre a montagem do programa de rádio. 3. Marvin, o Andróide Paranóide, foi originalmente escrito para aparecer apenas uma vez na série de rádio. Mas depois de sua estréia, Marvin se tornou um favorito instantâneo dos fãs, o que garantiu seu espaço na história. 4. Adams escreveu um roteiro para o filme em 1982, mas a produtora decidiu fazer outro filme que fez um sucesso significativo. Estou falando de “Os Caça-fantasmas”. 5. Após garantir os direitos a Disney ofereceu o papel de Zaphod á Jim Carrey e de Arthur á Hugh Laurie. 6. Humma Kavula, personagem do filme não existe nos livros, e foi criado por Adams estritamente para o filme. 7. A música do Radiohead, Paranoid Android, é uma referência a Marvin, o Andróide Paranóide. 8. Towlie, de South Parks sempre diz: “não se esqueça de trazer uma toalha”, uma óbvia alusão ao sadio conselho do Guia. 9. Existem bares que servem a “Dinamite pangalática”, famosa bebida do universo da série. 10. Adams tocou violão para o Pink Floyd em um concerto. 11. Um dia antes da morte de Adams, The Minor Planet Centre, da União Astronômica Internacional, nomeou o asteróide 18610 de “Arthurdent”. ANY MAGAZINE
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CRÍTICA
POR LUIS HUNZECHER
O NOVO DA VINCI UM NOVO LEONARDO EM UM NOVO FORMATO
Leonardo da Vinci todos conhecem, porem a FOX tenta trazer um Leonardo diferente na série Da Vinci Demons. A série não é infantil, não é didática, porem também não é adulta. Os personagens não são complexos. Por exemplo Leonardo ( Tom Riley) é um nerd, meio Macgyver meio Sherlock. Os conflitos da série são rasos e normalmente entre os Medici, os patronos de Leonardo e a igreja, mas não chega a trazer discussões e reflexões. Da Vinci nos mostra como pode ser legal a ciência e o que ela pode nos trazer. A historia é um drama histórico, não chega a ser uma novela, mas tem seus momentos de drama. Leonardo é um cara gente boa, e seus inimigos são muito malvados, e na historia ele tem que resolver mistérios e problemas como possessão demoníaca e construir coisas como canhões. O ponto alto da série é o debate entre ciência e superstição, vemos exemplos reais de como o processo criativo e cientifico funciona. Os brainstorms de Da Vinci ganham vida 31
ANY MAGAZINE
em esquemas e desenhos. A parte artística de Leonardo é pouco vista, e serve para termos algumas cenas com belas mulheres na série. Os diálogos e as batalhas filosóficas são bem elaboradas, onde a igreja e Leonardo batem de frente. Em uma cena Leonardo Pergunta “você quer acabar com o conhecimento” e a resposta dada é “não, quero apenas controla-lo. A série que já foi renavada para a segunda temporada traz de uma maneira diferente e muito modernizada
SÉRIES
a caracterização de figuras históricas. Leonardo por exemplo nunca esteve tão forte e estiloso. isso não é algo de todo mal para a série, com certeza essa escolha tem o intuito de trazer uma caracterização mais moderna para a trama, porem não podemos negar que tudo se passa na italia renascentista, e que o que se vé não é o que aconteceu. Os inventos da série são bem feitos, dão um ar de Steampunk para o clima da série. Vemos inventos de Leonardo ganhando vida na tela, e vemos o processo criativo que levou a criação de tal invento. No fim, temos uma boa má série. O enredo é simples, mas a execução vale a pena. Da vinci Demons tenta em sua narrativa mostrar um pouco da história e de ciência, e acaba entrando em uma montanha russa de acertos e erros.
FICHA
CANAL PRODUÇÃO ELENCO
FOX Kevin Williamson
Kevin Bacon, Natalie Zea Annie Parisse, Shawn Ashmore e James Purefoy
NOTA FINAL ANY MAGAZINE
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POR ANA CAROLINA DIAS VIA SENPUU
TOKUSATSU
TOKUSATSU
O NOVO PARCEIRO DA ANY MAGAZINE SENPUU EXPLICA O QUE SIGNIFICA ESSE TERMO E PORQUE TANTA GENTE É APAIXONADA POR TOKUSATSU
Uma palavra estranha para alguns e comum para outros, tokusatsu é o foco do site do Senpuu pelos últimos quase sete anos. Portanto, nada mais certo do que fazer uma introdução rápida ao tema, para que os leitores entendam sobre o que vamos falar nas próximas publicações aqui na revista. Ao fazer uma pesquisa rápida pela internet, o conceito básico que se encontra sobre tokusatsu é de um termo usado para definir produções com efeitos especiais. E, no início, era essa mesmo a ideia. Posteriormente, a palavra passou a designar especificamente séries de 33
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live-action (ou seja, que usam atores para representar seus personagens) de super heróis japoneses que fazem o uso dos efeitos especiais como pirotecnia, modelismo e computação gráfica. Historicamente, há uma hipótese de que, devido à 2ª Guerra Mundial, o Japão se viu ameaçado pela crescente imagem construída pelos Estados Unidos por meio dos heróis de histórias em quadrinhos, desenhos animados e também filmes. Teoricamente o foco então foi mais direcionado para a construção dessas figuras na Terra do Sol Nascente. Considerado o primeiro tokusatsu
SÉRIES
da história, Godzilla apareceu na década de 1950 trazendo a onda de monstros gigantes para as telas japonesas. O primeiro herói propriamente dito foi uma criação da produtora Toei, em 1958, chamado Gekko Kamen. Basicamente, as séries de tokusatsu podem ser divididas, a título de curiosidade e como uma forma de organizar as produções, em algumas franquias. Os Super Sentais são os grupos de heróis que usam roupas colantes e coloridas e que atuam em grupos. No ocidente, esse tipo de série ficou conhecida pela releitura norte americana Power Rangers. Os Metal Heroes, como o nome já indica, são aqueles personagens que têm armaduras
de metal e, normalmente, tem temáticas relacionadas ao espaço. Kamen Riders são os guerreiros mascarados com armaduras semelhantes a insetos. Os Henshin Heroes são aqueles “cidadãos comuns” que, ao usarem determinados poderes ou dispositivos, se transfiguram em formas especiais para lutar. Já os Kyodai Heroes também se transformam, mas, durante a batalha, ficam gigantescos. A família Ultraman é uma franquia diferenciada que possui suas especificidades como o fato da forma original ser a diferente enquanto o humano é o herói transformado para lidar com os habitantes da Terra. Essa é uma categorização por alto, já que cada uma dessas franquias
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têm uma história imensa, que não daria para contar em apenas uma matéria introdutória. Mas, em breve, vamos procurar falar detalhadamente sobre cada uma delas. No Brasil, os heróis de olhos puxados chegaram nos anos 60 com National Kid, se consolidaram entre as crianças da época com a família Ultraman e também a série com uma pegada ecológica, Spectreman. Já a chamada “Era Manchete” começou na década de 1980 e entrou pelos anos 90 com heróis super adorados e lembrados até hoje como Jaspion, Jiraya, Changeman, Flashman e Kamen Rider Black. Em 2008, uma nova tentativa de atrair o público infantil para os tokusatsus foi com Ryukendo, uma produção de Henshin Heroes exibida pela Rede TV.
O que pouca gente sabe e que nós do Senpuu gostamos sempre de ressaltar em conversas, posts e matérias é que o tokusatsu está a todo vapor até hoje! Apesar do ápice ter passado em nosso país e não termos mais tanto acesso, anualmente são produzidas 35
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pelo menos duas séries no Japão, com exibição no horário nobre da televisão por lá. O “Super Hero Time” da Toei Company é o programa semanal que exibe as séries de Super Sentai e Kamen Riders de cada ano. Atualmente, estão no ar Kamen Rider Wizard, a 41ª produção da franquia, e Zyuden Sentai Kyoryuger, o 37º grupo de heróis coloridos.
Assim como os heróis ocidentais, o público alvo são as crianças e adolescentes, mas, os fãs antigos e até quem passa a conhecer depois de mais velho também se interessa e acompanha as séries. Atuando em conjunto com os programas televisivos, temos a indústria de brinquedos, que faz virar “realidade” os apetrechos e veículos dos personagens, além das miniaturas colecionáveis. Para quem não conhece, bemvindo ao mundo do tokusatsu e para os que já curtem e acompanham, esperamos trazer um conteúdo informativo e divertido sobre essas séries e as peculiaridades de cada uma delas!
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POR JOÃO PAULO DA SILVA BERNARDES
CRÍTICA
ESTAMOS SENDO VIGIADOS A frase acima pode ser um pouco confusa, ou até mesmo meio vaga, mas ela se encaixa perfeitamente no conceito de Person of Interest, série criada em 2011 e que parti dali vem mudando o conceito das séries com temática procedural criminal. Criada por Jonathan Nolan e J.J. Abrams a série tem como premissa a história de um bilionário misterioso chamado Harold Finch que recruta um ex-agente da CIA chamado John Reese para que juntos possam solucionar crimes de potenciais vítimas antes que os mesmos ocorram. E como fariam isso? Finch além de bilionário é um gênio da computação, ele desenvolveu uma inteligência artificial capaz prever os tais acontecimentos, o interessante aqui é que as câmeras de segurança servem como olhos dessa máquina, assim ela está presente em todos os lugares vigiando tudo e todos a sua volta. Inicialmente ela foi criada para prever ações terroristas em solo norte americano, após os eventos de 11 de setembro, mas ela vê tudo a sua volta, como vítimas comuns, aqui chamados 23 37
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de “irrelevantes”, Harold Finch resolveu que tinha que salvar essas pessoas, afinal ele não poderia levar uma vida normal sabendo que poderia salvar tantas pessoas. A partir dessa premissa a série vai se desenvolvendo nos primeiros episódios com Finch e Reese salvando vidas e pegando bandidos, assim aos poucos descobrimos como a máquina funciona. Ela solta um número por vez, este número é como se fosse um número registro pessoal que toda pessoa tem, como se fosse um CPF. Dessa forma os dois personagens localizam a tal pessoa e investigando o passado dela tentam encontrar o potencial criminoso que Irá cometer o crime contra essa vítima.
SÉRIES
A maior cartada de Person of Interest é não focar apenas na resolução desses casos e correr o risco de ficar travado na mesma fórmula semana após semana, aos poucos a série trata de solidificar seus personagens e construir uma identidade própria para série. A grande sacada da série criada por Jonathan Nolan é conseguir construir uma mitologia para série, além do plot principal envolvendo os mistérios envolta da “machine”, características da maioria das séries de J.J. Abrams (Lost, Fringe), temos também o surgimento de vários vilões no decorrer da história dessa forma possui vários subplot menores vão sendo criados para alimentar tramas da temporada. Assim a série ganha característica de quadrinhos com várias histórias se desenvolvendo ao mesmo tempo, com exorbitante quantidade de vilões, aliados e agências governamental sendo introduzidos na narrativa, que vai se intercalando e se desenvolvendo episódio após episódio. Falando em HQ pode se dizer que POI (abreviatura
dada pelos fãs da série) tem várias características inspirada no personagem ícone Batman, não é por acaso que o irmão de Christopher Nolan responsável pela série também co-escreveu o roteiro da trilogia do morcego. Então podemos definir Reese e Finch juntos equivalente ao Batman, porque enquanto o primeiro tem as habilidades de combate e toda essa história de vigilante trabalhada nos primeiros episódios, o segundo tem o dinheiro, os recursos e a inteligência ao semelhante a Bruce Wayne. E não é só isso, a história de máquina prever crimes ainda se assemelha a outros tipos filmes como Minorty Report que possuem temática bem parecida. Dessa forma Person of Interest tem elementos suficientes para atrair quem gosta de bons mistérios, ação com pitadas de elementos sci-fi e história de primeira. A série encontrase hoje na segunda temporada que já é considerada por muitos a sua melhor até agora, o seriado também já começa a chamar atenção dos grandes críticos e em minha humilde opinião posso afirmar ANYANY MAGAZINE MAGAZINE
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sem ressalvas que é o melhor seriado da TV aberta norte-americana atual, qualidade dignas de grandes séries como Mad Men, Lost, Fringe, Games of Thrones e outras consagradas. OS PERSONAGENS Uma das melhores características de Person of Interest além da temática são os personagens principais da série, eles não só dão uma cara ao seriado como também é uma das razões que mantém o público ligado na trama. O grande trunfo aqui é que são personagens bem construídos com histórias sólidas, que enfrentam dilemas morais e possuem passados misteriosos, assim John Reese, Harold Finch, Jocelyn Carter e Lionel Fusco é a equipe chamada carinhosamente pela minha pessoa de “team machine”, são os responsáveis por salvar as vidas durante a exibição dos episódios de POI, cada um contribuindo de alguma forma para resolução dos casos. John Reese: Interpretado pelo ator Jim Caviezel (Paixão de Cristo), Reese é um ex-agente da CIA que junta ao misterioso bilionário Harold Finch para combater o crime antes mesmo de ele acontecer. Harold Finch: Interpretado pelo ganhador do Emmy, Michael Emerson (Lost), Finch é um bilionário que construiu uma máquina capaz evitar crimes antes mesmo que ocorra, ele recruta Reese no intuito de ajudá-lo na empreitada. Lionel Fusco: Interpretado por Kevin Chapman (do seriado Rescue Me), Fusco é um detetive corrupto do departamento de polícia de Nova York que cruza o caminho de Reese e vê a chance de se redimir de todos os 39
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crimes e corrupção que cometera. Jocelyn Carter: Interpretado pela atriz Taraji P. Henson (indicada ao Oscar pelo filme O Curioso Caso de Benjamin Button), Carter é uma detetive de Nova York que passa a investigar as ações de um indivíduo misterioso que salva vidas de civis pela cidade. Passa a integrar a equipe de Finch na metade da primeira temporada.
OUTROS PERSONAGENS Como eu disse anteriormente, Person of Interest é cheio de vilões e aliados, no decorrer das duas temporadas vários personagens diferentes aparecem trazendo momentos tensos e divertidos para a série. Vilões - A série possui uma gama de “bad guys”, mas podemos destacar: Elias (Enrico Colantoni): Ele se denomina “a evolução do crime organizado de Nova York”, introduzido de forma sensacional nos primeiros episódios da série, ele é um dos responsáveis por vários arcos eletrizantes no decorrer da primeira temporada e dá muito trabalho para John Reese. Root (Amy Acker): Dotada de uma inteligência que perde apenas para Finch, a psicótica vilã é introduzida na metade da primeira temporada, desde então ela causa muitos problemas na
SÉRIES reta final temporada e principalmente na segunda. HR: A organização criminosa composta de policiais corruptos aparece aos poucos na primeira temporada, se tornando uma grande ameaça na segunda temporada quando é introduzido seu chefão. CIA, Mark Snow e Kara Stanton: A organização governamental entra aqui como uma vilão que remete o passado de John Reese como agente, Mark Snow que trabalhou Reese serve como antagonista na primeira e mais tarde Kara Stanton outra parceira de John entra na narrativa para causar ainda mais problemas. Outros vilões: Temos também aparecendo no decorrer das temporadas agentes do FBI, organizações internacionais como Decima Technologies liderado pelo misterioso vilão Greer, Wesley um mercenário contratado por grandes empresas, a máfia russa, máfia irlandesa, um agente enviado de Washington chamado Hersh, um vilão chamado Scarface (subordinado de Elias) entre outros. Aliados - Alguns personagens que Reese e companhia salvaram acabam voltando uma vez outra para fazer alguma participação e ajudar a equipe. Zoe Morgan (Paige Turco): Zoe foi introduzida no começo da primeira temporada, mas sua participação foi tão boa que acabou voltando diversas vezes nos decorrer dos episódios da série sempre ajudando com sua influência política. Leon Tao (Ken Leung): É salvo por Reese no começo da segunda temporada e depois passa a fazer ótimas participações periódicas no decorrer da
série. Bear: Mascote da equipe, o cachorro holandês só entra na segunda temporada, mas desde então se tornou um dos personagens mais queridos pelos fãs do seriado. Samantha Shaw (Sarah Shahi): A personagem é introduzida em um dos episódios mais sensacionais de Person of Interest, eu prefiro guardar um pouco de mistério aqui, mas o que posso dizer que ela é a versão feminina de John Reese.
VEREDICTO 1ª E 2ª TEMPORADA Fazendo um breve resumo sobre a primeira temporada, pode-se dizer que a esta temporada é bem introdutória, vários arcos de histórias são criadas no decorrer dos episódios, dessa forma é importante você como expectador prestar atenção nos detalhes, pois fatos que parecem sem importância à medida que vão avançando a narrativa se tornam cruciais para o entendimento da trama como todo. Ainda que este primeiro ano fique preso aos casos da semana, basicamente todos eles tem uma história paralela correndo por fora da trama do episódio em si, assim à uma ANY MAGAZINE
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constante introdução de personagens importantes no decorrer da temporada e sempre que um determinado arco finaliza, outro começa para manter o seriado em constante mudança. Essas tramas ajudam também a compor e dar base aos personagens principais da série, descobrimos assim um pouco do passado de John Reese, relacionado ao seus tempos de agente da CIA e sua vida pessoal relacionado ao amor de sua vida Jessica. Finch também ganha flashbacks voltado para suas histórias, sem entrelaçadas com mistério que ronda a criação “machine”. Lionel Fusco também participa do alguns arcos e tem um pouco de sua história contada, mas um arco importante é o da detetive Carter, basicamente quatro episódios são dedicados para saber sua história e para entendermos como ela entra para equipe. Os últimos cinco episódios funcionam como pequenos season finales fechando todos os arcos abertos durante a temporada e introduzindo várias outros novos arcos a serem trabalhados na segunda. Falando no segundo ano da série temos aqui uma temporada completamente diferente da anterior, porque uma vez que personagens e 41
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vilões já estão estabelecidos, a série começa a focar ainda mais na mitologia da máquina criada por Finch, outros plots que ficaram em aberto no final da temporada anterior começam a tomar proporções ainda maiores, sendo que neste meio tempo temos a introdução de novos personagens e o reaparecimento de outros. Com atuações ainda mais seguras e sólidas do elenco principal e dos coadjuvantes, além de um roteiro ainda mais cuidadoso e enxuto, a segunda temporada é ainda mais surpreendente que a primeira e o nível de criatividade dos roteiristas não tem limites, introduzindo episódios inovadores e com uma complexidade de dar gosto.
Dessa forma pode-se dizer
SÉRIES que Person of Interest é uma série completamente instigante, capaz deixar o expectador tenso durante quarenta minutos de episódio, abrindo discussões sobre vigilância, segurança e invasão de privacidade, a série ainda vai mais, além disso, trazendo críticas a sociedade que acabam por romper a barreira da ficção flertando com a realidade. Em um mundo cercado de câmeras para todo lado e ter a sensação de estar sendo vigiado a todo tempo é no mínimo assustador, mas e esse essa vigilância fosse feita com um propósito de proteger, você aceitaria? Assim POI trata de aborda uma temática atual que tem tudo a ver com mundo em que vivemos atualmente, uma série inteligente, perspicaz e que trata seu público como seres pensantes. Para aqueles ainda não tiveram uma oportunidade assisti-la está ai uma dica muito boa de seriado, enquanto vocês estão lendo este texto, seu segundo ano estará perto de ser concluído, dessa forma é possível fazer uma maratona, a série é viciante e impossível parar de assistir. Fica a dica e lembre-se, você está sendo vigiado.
1ª TEMPORADA NOTA FINAL Top 5 dos melhores episódios: 1 – Firewall (1x23) 2 – Many Happy Returns (1x21) 3 – Flesh & Blood (1x19) 4 – Baby Blue (1x17) 5 – Matsya Nyaya (1x20) e Number Crunch (1x10) (empate)
2ª TEMPORADA NOTA FINAL Top 5 dos melhores episódios:
1 – Zero Day (2x21) 2 – Trojan Horse (2x19) 3 – Prisoner’s Dilemma (2x12) e Dead Reckoning (2x13) (empate) 4 – Relevance (2x16) 5 – The Contingency (2x01)
ESCRITO POR JOÃO PAULO DA SILVA BERNARDES
@JPaulo645
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POR EVILASIO COSTA JUNIOR VIA ANIME PORTIFOLIO
ESPECIAL
anime portfolio
O ESPORTE NOS ANIMES PARTE 3 Game Set Animações esportivas da primeira década do século 21 Nesse último texto vou falar dos animes de esporte lançados na primeira década do século 21 (2001 a 2010). A primeira série de esporte do século se chamava Offside, um anime de futebol lançado em maio de 2001. Ainda em 2001, mas em julho, saiu Kinniku Banzuke: Kongou-kun no Daibouken, um anime infantil sobre artes marciais mistas. E ainda em julho Kinnikuman II Sei, outro anime sobre artes marciais mistas, como uma temática mais adolescente e que chegou ao Brasil com o título de Músculo Total. Já em outubro de 2001 foi lançada uma das séries de esportes mais famosas da atualidade, o aclamado e também criticado Tennis no Ojisama, ou Prince of Tennis. A série traz um grupo de tenistas com designer bishounen (homem bonito na concepção feminina) que atraiu muito o público feminino, também há supostos poderes durante as disputas, dignos de shonens (séries voltadas ao público adolescente masculino) de batalha e ainda com uma pegada cômica. Apesar do sucesso da série dentre um grande público, há uma crítica grande sobre a forma com os personagens se relacionam, além de outros elementos. Para finalizar o
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ano de 2001, foi lançada também outra animação que virou um sucesso mundial e chegou também ao Brasil, Captain Tsubasa Road to 2002 (a série é chamada de Super Campeões no Brasil), mais uma continuação de Captain Tsubasa que conta a caminhada dos jovens da seleção sub 20 do Japão, quando se profissionalizam e passam a integrar a seleção principal do país na copa do mundo de 2002 sediada pela Coréia do Sul e pelo Japão. Em setembro de 2002 foi lançada mais uma animação de futebol de sucesso mundial, Hungry Heart, dessa vez o foco era no futebol colegial. Em outubro de 2004, quase dois anos depois de Hungry Heart, saiu Ring ni Kakero, uma animação de boxe baseada no mangá homônimo de Masami Kurumada, o autor de Saint Seiya (Cavaleiros do Zodíaco), mas 2004 é marcado para os fãs de animações de esporte como o início de um sextologia de extremo sucesso, pois este é o ano de lançamento da primeira animação de Major, a mais famosa obra de anime e mangá com temática baseball deste século. A história se foca em um personagem
principal de nome Honda Goro que perde o pai antes de completar 10 anos devido a uma partida de baseball em que seu pai foi acertado na cabeça por uma bola lançada a 160 km por hora. Goro e Joe Gibson, o homem que arremessou a bola no pai de Goro, se tornaram rivais que se encontraram diversas vezes, uma rivalidade que acompanha Goro por toda a sua vida e que foi importante para torná-lo uma grande estrela da Major League, a principal Liga norte americana de baseball.
Além disso, é importante dizer que a rivalidade não será encarada como vingança por Goro, mas como meta de vida e é possível acompanhar todo esse crescimento de Goro, desde criança até a vida adulta, como estrela de baseball e pai de família, durante seis séries de animação que marcaram a década. Em fevereiro de 2005 saiu a animação de basquete, Buzeer Beater, baseada em um mangá homônimo de sucesso que chegou a ganhar também um série em live action (série com atores reais). Em abril do mesmo ano saiu o mais famoso anime de futebol americano
ANIMES que se conhece, o emblemático Eyeshield 21, ainda em outubro deste ano foi lançada a animação de corrida de carros Capeta que é muito elogiada pela crítica e por público, apesar de não ser muito conhecida fora do Japão. E por último, em dezembro de 2005 sai a continuação de Major. Em janeiro de 2006 saiu à última animação de Kinnikuman, Kinnikuman II Sei: Ultimate Muscle 2, e ainda em janeiro também saiu a sequência do anime de baseball Play Ball. No ano de 2007, em janeiro foi lançada a terceira série de Major, já em abril é o mês de estreia de Overdrive, uma série de ciclismo com bastante potencial, mas que durou apenas uma temporada de 26 episódios. Neste mesmo mês saiu a primeira temporada de Ookiku Furikabutte, outra série baseada em um famoso mangá de baseball. Por fim, em julho de 2007 foi lançado Kenkoo Zenrakei Suieibu Umishou, um anime que mistura comédia e esporte, sendo este a natação.
O ano de 2008 começa para os fãs de animes de esporte com o lançamento, em janeiro, da quarta temporada de Major e em outubro ANY MAGAZINE
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deste ano saiu Inazuma Eleven, que é conhecido no Brasil como Super 11, um anime infantil, baseado em um jogo que mistura futebol e superpoderes. Janeiro de 2009 é o mês de estreia da quinta temporada de Major e ainda nesse mês saiu Hajime no Ippo: The Fighting – New Challenger, única continuação até o momento de uma das mais famosas séries de boxe já criadas. Em abril de 2009 estreou Basquash!, uma animação curiosa que junta Basquete e Robôs. Daí então o resto da década para esportes passa a se focar apenas em baseball, o esporte preferido dos japoneses, com a saída de cinco séries com esta temática, cada uma com sua particularidade, e apenas uma série de outro esporte, o futebol. Ainda em abril de 2009 saiu o fantástico One Outs, que mistura baseball e jogos de azar, tendo um protagonista forte com jeito de antiherói. Outra série fantástica de baseball que saiu em abril de 2009 é Cross Game, baseada em um mangá de Mitsuru Adachi, o mesmo criador de Touch e H2. Apesar de uma única série na década, esta série mostra a genialidade de Adachi, sendo para alguns, melhor que as duas obras citadas anteriormente, se tornando mais um anime icônico baseado na obra deste grande autor. Para terminar 2009, em julho sai Taishou Yakyuu Musume, uma anime de baseball (yakyuu significa baseball) ambientado no período Taishou (período de 30 de julho de 1912 a 25 de dezembro de 1926), com foco em um grupo de jovens mulheres que aprendem este esporte, para poder disputar com times masculinos. Na época, não era comum, nem bem visto, garotas jogarem baseball, sendo esse preconceito algo que deixou o anime ainda mais interessante.
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O último ano da década (2010), trouxe-nos em abril a última série de Major e a continuação de Ookiku Furikabutte, Ookiku Furikabutte : Natsu no Taikai Hen, mas para finalizar a década, ainda em abril saiu uma das mais críveis e bem elaboradas séries de futebol de todos os tempos, Giant Killing. Giant Killing tem como protagonista o ex-jogador e agora técnico, Tatsumi Takeshi, que é conhecido como o matador de gigantes e que é contratado pelo time que lhe consagrou como jogador, o East Tokyo United (ETU). Seu objetivo é resgatar a moral e fazer do time o campeão japonês. Com isso termino a trilogia sobre séries de animação de esporte. Assim sendo é com orgulho que retruco: GAME SET!
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O MUNDO NÃO É MONOCROMÁTICO,E SIM CHEIO DE VIDA
Colorful é um filme de 2010, produzindo pelo estúdio Sunrise baseado no renomado romance de Mori Eto. Uma triste alma no purgatório a caminho da morte eterna, recebe a noticia de que ganhou uma segunda chance de viver, assumindo o corpo de Kobayashi Makoto, um garoto que 14 anos que acabou de cometer suicídio. Essa alma deve aproveitar ao máximo sua nova vida, com a condição de descobrir qual foi seu maior pecado na sua antiga vida, além dos motivos que levaram Makoto ao suicídio, tudo isso antes que seu prazo de seis meses no corpo do garoto acabe. Uns dos principais focos da historia
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é em como era a vida de Makoto antes de sua morte e sua tentativa de suicídio e sua relação com sua família e com a sociedade em geral. E mostrado como a fria e triste alma enxerga o mundo, sendo para ele como algo podre. O filme aborda com maestria as injustiças, os preconceitos, a exigência da atual sociedade de preenchemos um estereótipo, o que faz com que as pessoas se tornem escravas desse mundo distorcido, fazendo-as quase como cegas que não enxergam totalmente a realidade e por isso vivem sem esperanças. Tudo isso para mostra que o mundo não é preto e branco. Sendo ele e as pessoas constituídas
ANIMES por varias coisas e cores. O filme nos mostra de uma forma quase que poética que não é necessário muito para sermos felizes, e muitas vezes o que precisamos é apenas de alguém para conversar, alguém que não espera nada e que não precisa de nada, que apenas gosta de estar do seu lado sem querer nada em troca. Além de apresentar uma narrativa mais madura e realista, a sua arte também passa essa ideia sendo ela realista ao máximo, apresentado cenários lindos
que fazem uso de uma grande paleta de cores e um ótimo jogo de luzes. O filme possui uma ótima trilha sonora, composta por Kow Otani, essas musicas mantem um ótimo equilíbrio entre os vários sentimentos que o filme passa. Se você buscar um filme mais maduro e quer refletir um pouco sobre a vida Colorful é uma boa perdida.
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POR TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA(EEUCOMISSO) VIA AFONTEGEEK
ANÁLISE
CONVERSANDO SOBRE SCHOOL DAYS QUAL VOCÊ PREFERE A TIMIDA OU A SAFADINHA?
Esqueçam que ele vai ser um cara cheio de manhas e coisas do tipo. Apesar de pegador num harém, o Makoto não é o Charlie Sheen. Não é engraçado nem homem de verdade; enquanto ele ia pegando a escola toda eu ia pensando “Será que não vai aparecer nenhuma grávida não é? Além de sortudo, é cagudo esse menino!” Como sou um nerd moralista muito do chato, assisti tenso. Torci horrores pela Sekai e depois pela Setsuna — nossa, a cena que ele ‘estupra’ ela prometendo que tomaria conta da Sekai, me enfureceu muito! Claro que depois soubemos que ela gostava dele antes, mas puutz, o insuportável estuprou ela! Setsuna sou seu fã menina, achei muito kawaai quando você beijou ele! Sobre a Kotonoha, meio que não fui com a cara dela porque bem, não me dou bem com minas tímidas..Mas isso não importa, hehe. Os Dois lados da História Ao meu ver, o anime nos mostra dois lados distintos: a Kotonoha [tímida e virginal]
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representa o velho olhar japonês, o não transar antes do casamento, e tudo isso; enquanto a Sekai [Eita mina sensual em?! Sekais do mundo, eu tô aqui! ] é o outro lado: o fazer sexo pela vontade e tudo para conquistar aquele quem ama, é o que mais conhecemos. No final a historia ‘desandou‘ por conta do ditado máximo — Quando um monte de mina quer um cara só, o cara come sem dó nem piedade Mermo. Mas uma questão dentro da questão do Japão Velho VS Japão Novo é o fato desse ser o primeiro harém que eu vi, contado com a visão feminina. Ou seja, quem nos traz a historia não é o Makoto Pegador, mas sim, as meninas que sofrem por se envolverem com ele. — como expus na crítica. Logo, sendo uma historia contada por mulheres, o público é o feminino — Nãaao? Ou seja, o diretor nos mostra o seguinte: “Tu fez sexo porque é gostoso? E
ANIMES o cara q fez manda bem? Cuidado, porque quanto tu engravidar, ele não vai estar nem aí pra você. Pior, ele vai ficar com a mina do Japão Velho, porque ela é ‘santinha‘ e faz tudo o que ele quer…além de passar o rodo quando tu não tiver olhando…” O diretor [ou diretora] nos deixou isso muito claro quando a pobre da peituda simplesmente se anulou por valores antigos — da mãe — onde as mulheres deveriam aguentar tudo pelo seu ‘amado’ — bons tempos, aiai.
somente as minas amavam, e ele nunca amou ninguém — o que me faz pensar que ele tinha mel! Não é drama por ter narração feminina, nos fazendo sofrer junto com elas, não nos apresentando um problema ‘real‘ e impossível, como a perda de alguém. Tampouco é tragédia, porque apesar dela ser ‘esperada’ ela não foi ‘anunciada’. Como assim? A gente podia esperar alguém se suicidando — gente, eu tinha certeza que a Kotonoha ia pro beleléu! — e não que alguém fosse cometer um crime passional; logo, visto que toda tragédia é uma tragédia por sabermos que vai se dar, não posso chamar de tragédia. -Então o que é esse anime seu Tassio?
Ai bem, depois da pegação geral onde todo mundo Comeu alguém menos EU, a morte foi no mínimo o esperado pelo público feminino — e foda-se, o cara não tinha a mínima ombridade, não era homem, morreu e mereceu! O que me faz pensar que ele é o tipo de homem que Nós não devemos ser…por isso o ecchi pra gente assistir — já que estamos falando para mulheres, e bem sabemos que crimes passionais são comuns em ambos os sexos. Classificação do anime Agora falando sobre a Classificação dele, ainda não consigo dizer que é um anime harém de verdade, romance, drama ou tragédia. Por quê? Oras, bem sabemos que quando um cara pega uma, pega todas mesmo — as minas ficam doidas! Mals ae.. hehe. Sem contar que é o primeiro que vejo, onde o cara pega TODAS AS MINAS! — Oh baby yeah, Austin Powers Aproves! — mas como disse, ele não era homem de verdade. Não é romance, visto que
Meus amigos : É um Harém com visão feminina de historia Seinen. Seinen cuma? O autor/diretor tentou retratar o que acontece quando se faz sexo nãoseguro, em um amor prematuro, junto a dois crimes passionais. É a vida meus caros…meio melodramática e noveleira, mas é a vida. Moral da História Depois disso tudo, será que alguma mina ainda vai dar tanto vacilo? Eu vejo sinceramente uma lição de moral . E não é como alguns pensam: “A culpa é da Sekai, caso ela não fosse tão dada assim, o Makoto não ficava tão galinha!” No meu ver de quem não entende nada, o autor[a] nos mostrou que mesmo o “lado novo” não consegue controlar suas emoções quando perdidamente apaixonada, e acaba cedendo ao “safadeenho“. E por ironia do destino, o mesmo ocorre com a tímida. Ela que ANY MAGAZINE
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tão apegada aos valores de “negar-se a si mesma em razão de um homem”, acaba enlouquecendo, e assim como a Sekai, cometendo um crime passional.
Qual o resultado? Nenhum dos dois lados é realmente bom, visto que ambas sofreram, uma morreu e outra foi presa — seguindo a linha do anime, a peituda deve ter sido presa depois. Para onde ir? O meio meninas! Nem muito lá, nem muito aqui. Nem totalmente tímida, nem totalmente “dada“; escolha seu amado com sabedoria — é isso que penso que o autor nos fala — uma crítica à sociedade japonesa, entre o mundo que chega [Sekai?!] e o velho Japão?
É claro que o autor no final tentou fazer o “culpamento da Sekai“. Nossa, ela sabia até que a Setsuna foi a primeira a gostar do safardana! Mas peraê. Se ela viu o cel dele, é claro que ela já estava
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interessada no mancebo — caso contrário não tinha motivos para olhar. Ficou interessada pelo óbvio: Quando um monte de minas gostam do mesmo cara, todas querem saber “o que ele tem de mais“. E convenhamos que ela sofreu muito até se revelar para ele — aquele beijo no metrô foi lindo! Ela lutou pelo cara com as armas que tinha, se ‘deu’ para ele na esperança que ele a merecesse. No fim, engravidou — siim, porque essa de cortar a barriga dela e ver que não tinha nada…Ver o quê se o feto mal tinha se formado ainda?! E mesmo não estando, o que poderia tirá-la da depressão? — Exagerei né, rs?! O único erro dela, foi o mesmo de todas as outras — Cara só eu não peguei ninguém naquela festa — gostar de um Imbecil e depois matá-lo. O que me faz lembrar a ‘moral da história‘: Meninas, gostem de quem gosta de vocês. E isso não sou eu quem fala, é o autor [ou autora, vai saber!]
POR TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA (EEUCOMISSO) afontegeek.wordpress.com/critica-de-school-days tree_egggs@hotmail.com
POR LUIZ FELIPE VIA OTACRAZY GO
OTACRAZY
ESPECIAL
O T A K U S E N E R D S
GOGO!
A ÉPICA HISTÓRIA DE SON GOKU PARTE 1 O que falar da franquia Dragon Ball? È o melhor anime de todos os tempo de fato (Minha opinião.), e provavelmente não teremos um anime que causara tanto impacto mundial quanto DBZ teve na época que saiu como até hoje faz um sucesso. Um grande exemplo é que pelo menos duas vezes por ano sai um jogo novo para vídeo games só ano passado saíram três DBZ Ultimate Tenkaichi, DBZ Budokai Colection HD e Dragon Ball Z Kinect, ou seja, mais uma prova do que Dragon Ball se tornou para essencial na vida dos otakus e nerds. Outro exemplo é o novo filme que saiu no mês de março, preciso dizer mais? Vamos voltar no tempo e falar um pouco da trajetória do anime desde o começo com Dragon Ball indo cronologicamente até DBZ Saga Boo e finalmente os games, eu não tenho a mínima ideia de quantas partes vão dar, mas irei tentar diminuir o máximo possível só sei que prometo algo grande. Como estou com preguiça, vou copiar e
colar a biografia do Akira Toriyama o autor da magnífica obra DBZ da nossa grande amiga wikipedia. Akira Toriyama Akira iniciou sua carreira em 1978 com a história Wonder Island publicada na Weekly Shonen Jump, depois fez outros mangás: Highlight Island, seguido por Tomato Girl Detective. Ele conquistou sua fama com Dr. Slump, publicada semanalmente na Shonen Jump de 1980 a 1984, gerando 18 volumes encadernados, que veio a ser o primeiro anime baseado em uma obra de Toriyama. Ele provavelmente é mais conhecido por ser o autor da famosa série Dragon Ball (a segunda parte do
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mangá em diversos países é conhecida como Dragon Ball Z para reduzir a confusão do público). Essa série é conhecida como um dos eixos para o que foi conhecido como “a Era Dourada da Jump”. Seu sucesso “forçou” Toriyama a trabalhar em Dragon Ball de 1984 a 1995. Durante esse período de onze anos, ele produziu 42 volumes. Cada volume tem uma média de 200 páginas, de maneira que toda trama de Dragon Ball se estende por quase 10,000 páginas. Além disso, o sucesso de Dragon Ball levou a uma série de anime para televisão, filmes de longa-metragem, video games, e um mega-merchandising. Seu traço simples e senso de design o levaram a trabalhos projetando personagens para a famosa e popular série de jogos de vídeo game Dragon Quest. Ele também serviu como designer de personagens para o RPG Chrono Trigger para Super Nintendo e o popular jogo de luta Tobal No. 1 para PlayStation, e continua a produzir algumas histórias ocasionais de mangá. Seus trabalhos depois de Dragon Ball foram histórias curtas (100-200 páginas), incluindo Cowa!, Kajika, Sandland, e alguns oneshots, como a paródia Neko Majin Z. Seu mais recente trabalho foi como designer de personagem para o RPG Blue Dragon, do Xbox 360, dirigido por seu amigo Hironobu Sakaguchi (aclamado ex-diretor de Final Fantasy com quem já havia trabalhado em Chrono Trigger). Recentemente, Blue Dragon também ganhou uma adaptação em anime. Hoje em dia, Akira Toriyama é considerado o grande mestre dos principais autores do gênero shonen, como Eiichiro Oda (One Piece), Masashi 55
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Kishimoto (Naruto) e Tite Kubo (Bleach), que frequentemente expressam sua admiração por Toriyama, até mesmo com pequenas referências em suas obras. Nos mangás, Toriyama trabalhou em um crossover Dragon Ball Z x One Piece, em dezembro de 2006, para a Shonen Jump especial de fim de ano. A obra se chama Cross Epoch. Em 2009, Toriyama desenhou o CD cover do single Rule/Sparkle da cantora pop rock japonês Ayumi Hamasaki vestida com a roupa de Goku. No ano de 1996 depois da explosão de sucesso de Cavaleiros do Zodíaco o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) comprou os direitos de transmissão no horário da manhã dedicado ao público infantil, esse que sofreu grandes mudanças no horário à série acabou na programação do canal dessa vez nos fins de semanas com o Sábado Animado. Por essa razão eu tenho um enorme carinho pelo programa, na época tinha a melhor programação que se poderia ter de manhã eu acordava cedo só pra assistir Fly – O Pequeno Guerreiro, Dragon Ball e Megaman era uma das épocas mais fodas que já tive na minha vida apenas não superando a época das madrugadas do Cartoon Network com a Toonami passando Yu Yu Hakusho, Super Campeões, InuYasha e Samurai X, mas como isso é para outra matéria especial vamos apenas falar de DBZ nessa matéria.
No ano de 1996 depois da explosão de sucesso de Cavaleiros do Zodíaco o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) comprou os direitos de transmissão no horário da manhã dedicado ao público infantil, esse que sofreu grandes mudanças no horário à série acabou na programação do canal dessa vez nos fins de semanas com o Sábado Animado. Por essa razão eu tenho um enorme carinho pelo programa, na época tinha a melhor programação que se poderia ter de manhã eu acordava cedo só pra assistir Fly – O Pequeno Guerreiro, Dragon Ball e Megaman era uma das épocas mais fodas que já tive na minha vida apenas não superando a época das madrugadas do Cartoon Network com a Toonami passando Yu Yu Hakusho, Super Campeões, InuYasha e Samurai X, mas como isso é para outra matéria especial vamos apenas falar de DBZ nessa matéria. O interessante nessa história é que uma das primeiras vezes que vejo um anime ser passado primeiro em um canal pago antes do CN (Cartoon Network) chegar ao Brasil, porque em 1999 o canal pago comprou os direitos de transmissão já da segunda fase do nosso eterno amigo Goku. Foi algo realmente raro de se ver até hoje se não me engano nenhuma emissora de televisão aberta comprou os direitos de Dragon Ball, eu acho que se bobear os direitos estão ainda com o SBT que poderia muito bem usufruir disso e voltar a passar o anime, só pra vocês saberem caso tenham curiosidade foi só em 2006 que o CN começou a transmitir a primeira fase do anime. Foi nessa saga que conheci um dos mais hilários e na minha opinião o maior
tarado de todos os tempo, isso mesmo o Mestre Kame aquele velho que ficava em cima do casco da tartaruga, já perdi as contas de quantas vezes eu assisti aquela cena da Bulma levantando sua saia para mostrar a sua calcinha que na verdade não tinha, lembrando que nesse episódio Goku tirou a calcinha dela enquanto dormia *safadenho*.
É nessa fase que descobrimos também o talento de Toriyama em fazer comédia precisa dizer do inútil do Oolong? Um porco tarado que se transforma em calcinha para servir de veste pra Bulma, ou até mesmo o Yamcha que em minha opinião foi uma das lutas mais engraçadas da série toda. Fora o desejo ridículo da Bulma que quer pedir a Shen-Long um namorado, o primeiro vilão de Goku que foi ninguém menos que o poderoso (?) Pilaf o objetivo do violãozinho era apenas conquistar o mundo e foi daí que a história de Goku começou e claro que ele venceu e salvou o mundo.
Próxima edição da Any Magazine teremos mais uma parte desse incrível anime com a saga do torneio de artes marciais! Até a próxima!
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GOGO!
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PREVIEW
POR LUIS HUNZECHER
SNAKE, DO YOU HEAR ME?
METAL GEAR 5 ESTÁ POR VIR, E O GAME TRA Z MUITAS NOVIDADES PARA A SÉRIE.
Já fazem 26 anos desde que Hideo Kojima nos trouxe Metal Gear. O game que começou no MSX2 foi evoluindo e a cada nova geração nos surpreendeu com gráficos e historias envolventes. Após Metal Gear Solid (que considero uma das maiores obras primas dos videogames) Kojima disse que a série Metal Gear tinha chegado a seu fim, que Snake não seria visto novamente. Porem em 2013 nos deparamos com Metal Gear Revengeance, que traz Raiden em um Hack’n Slash muito bem feito com ótima jogabilidade. Ainda em 2013 fomos todos surpreendidos com um anuncio da Konami... um novo game sairia, e ele é Metal Gear. O jogo se intitulava Ground Zeroes, e no trailer vemos o Big Boss se infiltrando em uma base militar em Cuba em busca de uma importante personagem do Game Peace Walker. Ground Zeroes na cronologia vem logo em sequencia de Peace Walker, e os eventos tem sua continuidade. Além do trailer Hideo Kojima nos brindou com um Gameplay. Nele podemos ver como a movimentação está mais fluida, e como os cenários estão mais belos. Além disso o jogo agora conta com um cenário em mundo aberto, possibilitando 57
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uma exploração e movimentação mais ampla. Tudo isso se deve a nova engine que a Kojima Productions desenvolveu. Se trata da FOX engine, que permite um detalhamento muito maior e está sendo tratada como a futura engine da Konami. A FOX vem surpreendendo a todos, sua qualidade é bem superior se comparada as demais existentes, por conta disso até mesmo o PES 2014 vai usufruir dessa novidade. Os gráficos foram muito bem vistos no gameplay, porem alguns outros detalhes chamam a atenção em Ground Zeroes. O jogo contará com um esquema de dia e noite, onde dependendo do tempo do dia a infiltração pode se tornar mais fácil ou mais difícil. O ciclo diário do game vai ser em tempo real, basicamente se o jogador se
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deslocar de um mapa para outro( usando a viagem rápida) a distancia que ele percorreu será calculada e gerará a hora do dia que ele realmente chegaria naquele local. O game também trará uma novidade para os jogos de Stealth. Agora mesmo que o jogador seja pego, ele pode usar de recursos e habilidades para escapar, ao invés de causar o game over no game. Metal Gear vai ter poucas cutscenes, fazendo com que o game seja mais fluido e direto. Assim como em Peace Walker, Snake terá sua base. Na base se pode recrutar soldados, fortificar a base, viajar para mapas, etc. Nessa base, caso o jogador possua um Smarthphone ele pode usar seu celular para controlar os dados da base. Todos os pontos citados acima só dão prestigio para o game, Mas uma pergunta ficou no ar... Ground Zeroes é Metal gear 5? Essa pergunta ficou no ar por algum tempo, porem durante a Videogame Awards um trailer foi mostrado, o game se Chamava Phantom Pain. Nele vemos um personagem no Hospital, o médico diz que ele ficou 9 anos em coma. Do nada um ataque começa, uma chacina no hospital e o personagem faz de tudo para fugir. No fim do trailer vemos de relance o rosto do protagonista, e ele se assemelhava muito a Snake. Muitos começaram a criar teorias, procurar referencias, e tudo apontava para o que todos imaginavam. Muita ansiedade
foi criada e no fim, Kojima se pronunciou, Phanthom Pain é Metal Gear Solid 5, e Ground Zeroes será o preludio do game. No fim, Metal Gear ganhou um game, Metal Gear 5 que será mostrado para nós em 2 atos. A qualidade é incontestável, a ansiedade também, e só nos resta esperar e se preparar para essa obra prima que está por vir.
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REVIEW
POR LUIS HUNZECHER
INJUSTICE: GODS AMONG US A DC é o tema do momento já que cada vez mais se aproxima o lançamento do filme Homem de Aço de Zack Snyder, e aproveitando essa Hype a Warner juntamente com a NetherRealm lançou Injustice: Gods Among Us. O estúdio responsável por Mortal Kombat decidiu fazer um jogo de luta que consegue manter uma boa mecânica de jogo e ao mesmo tempo manter um bom storyline e um bom desenvolvimento do jogo. O jogo não e simplesmente um Mortal Kombat com Super poderes, o jogo possui ótima jogabilidade e uma storyline cinemática digna de qualquer grande produção. Uma campanha em forma de história é o principal motivo de se jogar o Singleplayer. Em um universo paralelo ao atual da DC o Coringa junto com Lex Luthor decidem Matar Lois Lane grávida de um filho do Superman, e ainda por cima destroem Metrópolis. Cheio de culpa pelo ocorrido o Homem de Aço decide matar o Coringa a sangue frio e se auto denomina o governante da terra e começa seu regime de império ao
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lado dos demais membros da Liga da Justiça Na esperança de tirar o ditador Super do trono, Batman sumona versões alternativas de heróis da DC de outras dimensões.
A historia é frenética e muito impactante e bem feita. Ela recebe influencia de outras obras como Crise nas terras infinitas, O filme do Batman, A serie Arkham, e muito mais. No fim temos uma historia envolvente que quando necessária fica mais obscura e se desenvolve de maneira fluida. Superman é visto como o vilão do jogo, e é interessante ver outro lado do icônico herói. A mecânica de combate é
GAMES robusta e super produzida, com direito a voos espaciais, chutes, explosões e tudo mais.
O jogo não segue um contexto de torneio como Mortal Kombat. Os personagens possuem uma barra de vida que ao ser zerada, possui outra em seguida, fazendo com que o combate assim não pare tanto, e não fique nos tradicionais dois rounds. O jogador retém o que possuía na barra quando o oponente cai, sendo assim é importante jogar bem ambos os rounds, pois a vida nao se recupera. A falta de um botão de bloquei é mais uma inovação do game, fazendo com que andar para tras bloqueie, assim como Street Fighter e Tekken. Isso faz com que o jogador tenha que antecipar de onde virá o golpe do adversário, fazendo com que a estratégia seja necessária. Existe no game a barra de energia é importantíssima, tanto para realizar ataques especiais devastadores quanto para bloquear ataques. O Batman chama o Batmovel, Aquaman alaga a arena e manda um tubarão para morder o adversário, Lanterna verde chama a tropa para atacar o oponente, e por ai vai. Cada especial é
bem trabalhado e extremamente grandioso. Eles são espetaculares mais um pouco injustos visto que não se pode bloquear. O sistema de disputa(quando ambos tentam fazer a mesma coisa ao mesmo tempo) é bem feito, e rende ótimos combos. Os oponentes tem que doar uma parte de sua barra de energia para ganhar a disputa, quem doar mais ganha e golpeia o adversário. As arenas são muito bem feitas, desde o trono de Atlantis, passando por Arkham, Sala da justiça, Mansão Wayne, Metrópolis, todas as fases são bem feitas e a interação com o cenário é ótima e muito interessante, podendo até decidir duelos dependendo de como usada. A estratégia é importantíssima nesses casos, fazendo com que jogadores experientes conheçam melhor o cenário e tenham vantagens nesse caso. O modo Historia rende ao menos 50 lutas, e além disso temos o modo árcade e o laboratório S.T.A.R, onde se realiza desafios e mini games. O game é magnifico, uma ótima pedida para jogar com os amigos e ainda melhor para jogar a sós. Um dos melhores games que a DC fez e um dos melhores jogos de luta da década. Inovador e bem feito, isso que resume injustice.
NOTA
GRÁFICO JOGABILIDADE DIVERSÃO ÁUDIO NOTA FINAL
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ANY MAGAZINE
POR CARLIRIO NETO VIA NETOIN
RETRO GAME
GAMES
VIAJANDO NO TEMPO
A história tem seu início no ano 1000AD, dentro da cronologia de Chrono Trigger, que pode muito bem se destacar como a Idade Média do mundo real. Uma grande festa está se desenrolando no principal vilarejo de tal época. Com o nome de Feira Milenar, o atrativo para todos os habitantes do lugar (e outros que vieram de vilarejos vizinhos) estava nas danças, na comida e em toda a diversão que se fazia ali presente. Sem dúvidas, um momento mágico. Em uma das residências do vilarejo principal vivia um rapaz chamado Crono. Detentor de uma vida comum e bem humilde, ao lado de sua mãe, o rapaz acordou no dia do grande evento pensando em participar do mesmo. Com a chamada providencial de sua mãe, o jovem Crono partiu para a casa de uma amiga, de nome Lucca, no intuito de levá-la ao festival que estava por ocorrer. Como a moça não estava em sua residência, o rapaz acabou dirigindose sozinho para a Feira Milenar. Já em meio às festividades, o rapaz acabou trombando com uma alegre e energética jovem. Sendo o seu nome
Marle, a moça se colocou à disposição do rapaz para que, juntos, pudessem desfrutar da melhor forma possível deste grande evento. E um dos pontos altos do mesmo estava na exibição de um maquinário simplesmente fantástico.
Em tal apresentação revolucionária estavam a jovem Lucca e seu pai. O maquinário em demonstração era um tipo de teleportador, algo que realmente tinha o poder de chamar a atenção. Como se fazia necessário um voluntário do público, a alegre Marle se dispôs a fazê-lo. Entretanto, o colar que a moça usava acabou gerando uma estranha reação no maquinário que, se tinha apenas o propósito de encurtar distâncias, acabou levando a garota para uma viagem temporal. ANY MAGAZINE
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Com isto, havia sido inventada uma máquina do tempo. Por mais que tal objetivo não estivesse presente sequer nos mais tenros sonhos da Lucca ou do seu pai, o fato era que a jovem Marle havia ido embora da linha temporal presente. E coube ao jovem Crono entrar na máquina e, como se pode presumir com facilidade, ir atrás de sua jovem amiga (onde quer que ela estivesse). Desta forma, as aventuras temporais tiveram início em Chrono Trigger, com um ar totalmente casual e descompromissado. O plot inicial dá margens para compreensões negativistas, mas pouco tempo de jogo acaba mostrando que, na verdade, o que antes era algo totalmente curioso passara a ter uma trivial importância para todos no planeta.
Depois de viajar para o ano de 600AD e de ter salvo a linhagem familiar da jovem Marle (que mais tarde apresentou-se como a Princesa do Reino de Guardia) e de poder ter conhecido um cavaleiro em corpo de sapo chamado Frog, a própria representante da realeza (acompanhada do Crono e da Lucca) presenciaram um futuro totalmente catastrófico, isto ao viajarem para o ano
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de 2300AD. Nele, as ruínas se faziam presentes em meio ao frio contínuo e feroz. Os alimentos eram escassos, e os poucos habitantes que conseguia viver em tal época conseguiam se nutrir ao adentrar em certas máquinas que regeneravam um pouco as suas forças, mas que não saciavam a fome dos mesmos. E foi em 2300AD que os três aventureiros descobriram algo sobre um evento ocorrido no ano de 1999AD, no qual o mundo foi devastado por uma criatura chamada Lavos. Este ser emergiu do solo e, com o seu poder na mais plena manifestação, fez o mundo perecer à sua frente. As cidades foram aniquiladas e, aos humanos que conseguiram a sobrevivência, restou apenas viverem em meio a um período de grande frio e sem nenhuma esperança para um amanhã melhor. Um mundo pós-apocalíptico foi a real visão de Crono, Marle e Lucca em 2300AD. À partir deste ponto, o enredo de Chrono Trigger ganhou uma outra razão de ser, estando a mesma direcionada na salvação do planeta, no intuito claro de destruir Lavos e de garantir o futuro para todos no mundo. E em meio a este alicerce de sustentação da história, outros eventos impactantes se fizeram presentes neste jogo, além de mais personagens terem sido apresentados. A linha do tempo em Chrono Trigger... A cada período visitado pelo grupo de heróis, o que se pode facilmente notar está no fato da trama deste jogo se basear muito mais na utilização total dos recursos do próprio, do que você ter que lidar unicamente com eventos
GAMES regulares e totalmente lineares. Chrono Trigger lhe instiga a inúmeras viagens entre as épocas presentes no mesmo, no intuito claro de lhe proporcionar uma experiência mais diferenciada para os padrões do gênero RPG da época. Como já se fez aqui citar, o ano 1000AD é o início de tudo no jogo e o ponto de sustentação do mesmo. É a época na qual vivem originalmente os jovens Crono, Marle e Lucca. Muitas visitas à esta época se fazem importantes. Por sua vez, o ano 600AD é o segundo ponto de visitação do jogo. Nele vive originalmente o herói Frog, transformado em sapo por uma estranha razão e cujo código de honra não lhe permite o auto-perdão. Um poderoso feiticeiro de nome Magus pode ser o responsável pelo atual estado do cavalheiro, mas tal ser de grandes habilidades mágicas esconde outras motivações para lutar... A terceira parada está em 2300AD, no mundo pós-apocalíptico, em um estado de eterna devastação. É neste ano que o poderoso Robo se faz apresentar para todos. Aparentemente, tal personagem é taxado de “uma grande falha” por seus similares, em razão de possuir sentimentos e por querer proteger os humanos. Ele integra o grupo de heróis e viaja no tempo com os seus amigos.
Chrono Trigger foi um jogo que mostrou muitas reviravoltas em seu enredo, desde o seu alicerce principal até os eventos paralelos. Em várias cenas era possível notar a dor sentida por cada personagem em determinados acontecimentos. Não obstante à isto, foram muitas as ocasiões nas quais o jogo fez questão de mostrar o quanto que uma viagem temporal pode ser desastrosa, independente das intenções por parte dos viajantes do contínuo espaço tempo. Em outro aspecto, o Lavos mostrou ser um tipo de chefão que dá muito valor em ser dizimado. Por mais que a Rainha Zeal tenha tentado manipular o seu poder, a verdade é que este ser consumia a energia vital do planeta ao seu prazer (como um tipo de parasita), aparecendo em momento oportuno unicamente para mostrar quem realmente mandava em todo o planeta. Por fim, o enredo do jogo não procurava apenas distinguir as facetas do bem e do mal. Uma das maiores provas disto está em uma singular batalha solo, à ser promovida no ano de 12000BC entre o Magus e o Frog na qual, dependendo unicamente das circunstâncias, o mago poderá ou não se juntar ao time de heróis na caça ao Lavos.
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Jogabilidade e outros detalhes de importância Lançado originalmente em 1995, Chrono Trigger adotou para si a responsabilidade de se fazer presente no mesmo hall de outros nomes de peso dos RPGs para o Super Nintendo, tais como o The Legend of Zelda: A Link to the Past e o Final Fantasy VI. E tudo acabou acontecendo de forma natural para o jogo, que apresentou um forte enredo e um carismático grupo de personagens (que você já conferiu neste texto). Mas estas duas características não formaram “o todo” para que as aventuras de Crono e companhia alcançassem tamanho prestígio.
O visual de Chrono Trigger é deveras encantador, mesmo para os mais apurados padrões atuais. Cada cenário, mapa, traço dos characters em geral, mostraram que a Squaresoft realmente sabia o que pretendia com este jogo. Tudo extremamente colorido e feito sob o esmero do mais profundo capricho visual. O sistema de batalha é, com total certeza, um outro fator que autentica tal prestígio para Chrono Trigger. O modo de turnos foi mantido, clássico de séries como Final Fantasy, mas no jogo em questão tal sistema de batalha apresentou as suas diferenciações. Ao se colocar de encontro a um inimigo não é feita uma mudança de plano para a luta, pois a mesma se desenvolve no mesmo lugar do citado encontro. Além disso, os heróis podem desferir golpes duplos em seus inimigos, usando-se apenas do botão 69
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certo do controle no momento certo para tanto. O mesmo acaba valendo para as batalhas contra os chefes de cada área ou dungeon do jogo. Não há uma mudança de plano, pois toda a luta se desenvolve no mesmo local onde o cara-a-cara é feito de imediato. E a demonstração de poder é equivalente ao potencial mostrado por cada personagem em batalha, o agrega em pontos de dinamismo para Chrono Trigger. O uso de magias pode ser feito por cada personagem, que podem usar de atributos especiais únicos para invocar grandes poderes. Soma-se à tudo isto o fato de Chrono Trigger possuir diferentes combinações e estratégias de combate para a equipe em batalha. Praticamente todos os personagens possuem golpes únicos em dupla ou trios, para serem desferidos em um momento oportuno ante os seus inimigos. Com base em tudo que já foi aqui apresentado, fica evidente enfatizar que o jogo não possui apenas um final. Com tantas combinações possíveis para se enfrentar Lavos, você poderá arriscar de várias maneiras para tentar presenciar um dos onze finais presentes no jogo. Incluem-se, neste escopo, uma surreal batalha solo entre o Crono e o Lavos ou então um trio cujo o jovem protagonista não se faça presente.
No que tange à parte acústica, este jogo também se sobressai de forma inapelável.
GAMES Um trio de primeira grandeza foi o grande responsável pelas ótimas composições que fazem a trilha sonora de Chrono Trigger ser um espetáculo à parte. Os nomes de tais pessoas são Yasunori Mitsuda, Nobuo Uematsu e Noriko Matsueda. Cada um deles teve seu papel de importância nas músicas e efeitos sonoros que agregam ainda mais a ótima experiência à se ter com este jogo. E para finalizar, Chrono Trigger tem ao seu favor um poderoso replay value. Com tantas possibilidades diferentes de se chegar ao final do jogo (tendo inclusive um final para o caso de você ser derrotado pelo Lavos), é mais do que certo afirmar que o mesmo pode ser novamente jogado. Além disto, coma opção [New Game +] disponível após encerrar-se o jogo pela primeira vez, é possível ir à caça de outros itens, além de recomeçar a aventura com a energia, atributos e poderes que você já possuía ao finalizar as viagens no tempo e ter vencido Lavos. Por fim, após o lançamento original em 1995, Chrono Trigger contou com vários remakes. Primeiramente no Playstation, quando foi relançado para o mercado japonês em 1999 e para o norte-americano em 2001 (neste caso no pacote Final Fantasy Chronicles, junto de Final Fantasy IV). No console da Sony, o jogo ganhou o acréscimo das cenas animadas pelo mesmo estúdio do anime Dragon Ball GT. Mais tarde surgiram as versões para o Nintendo DS em 2008 (que contou com dungeons exclusivas e um modo online) e para os dispositivos móveis com sistema operacional Android. Em 2011 os proprietários de Nintendo Wii e do PlayStation 3 também puderam passar a adquirir o jogo através de suas lojas virtuais (o Virtual Console e a PSN, respectivamente).
Objetivamente Em si Chrono Trigger tem o poder de, ainda hoje, proporcionar uma experiência das mais interessantes dentro do gênero RPG. Muito desta afirmativa vai de encontro direto a tudo que você aqui leu sobre o jogo, e uma outra parcela vai para o fator carisma do mesmo, que é simplesmente formidável. Este é mais um exemplo de jogo que se nega à morrer com a ação voraz e constante do tempo. Esta pérola da Squaresoft mostrou que é possível pegar um plot básico e transformá-lo em algo simplesmente mágico, bastando para tanto a junção perfeita de alguns de seus eventos. Isto para não se citar os quesitos jogabilidade e visual deste ótimo RPG. Por tudo que foi aqui mostrado, Chrono Trigger é um jogo que merece forte recomendação. Pode ser que os gráficos estejam datados pelo período que o jogo existe, mas ainda continuam belos. E com um grupo carismático de personagens, alinhado ao ótimo enredo e uma OST simplesmente incrível, este jogo pode ser o que você procura para desbravar o poder dos RPGs dos anos noventa.
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POR ALINE FIDENCIO
MINHAS LEITURAS
TRILOGIA DOS SONHOS Nora Roberts
Acredito que um livro que te faça esquecer de tudo e se concentrar somente nele é digno de atenção, e honestamente posso dizer que isso acontece com praticamente todos os livros que já li da escritora Nora Roberts. Sabe aquela historia simples que te faz refletir e sonhar, eu diria que essa é uma boa descrição para a maioria de seus livros, que estão sempre recheados de mistérios, personagens instigantes, cenários deslumbrantes e um romance inesquecivel. Eu sei que isso pode parecer meio cliche, e talvez até seja mesmo, mas quem se importa? Eu sou apreciadora de boas histórias, não importa genero, escritor ou titulo e com certeza nunca julgo um livro pela capa, e se querem um conselho leiam Nora Roberts, porque o que ela escreve agrada a todos os generos e não tenham preconceito com romances, pois se há Nora Roberts na capa são com certeza serão inesqueciveis. Hoje, como minha estreia aqui na Any magazine vou falar de uma trilogia em especial que eu terminei de ler há algum tempo e fiquei estasiada, se chama Trilogia do Sonho e conta a historia de 3 amigas inseparáveis, com personalidades distintas, chamadas Margo, Kate e Laura. Cada livro foca em uma personagem em especifico, no entanto o melhor é o fato de que todas aparecem nos três livros, assim da pra continuar acompanhando a trajetória de sua 71
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personagem favorita. Mas falando agora um pouco sobre os livros e seus personagens, o primeiro se chama Um Sonho de Amor e foca na história de Margo, a linda filha da emprega que vive na bela casa dos Templeton, donos de uma cadeia de hoteis de luxo, onde Laura é a herdeira e Kate a orfã prima de Laura. A tragetória de Margo passa por muitos altos e baixos, vemos de sua ascensão na carreira de modelo ao tropeço quando ela se envolve num escandalo. Além da luta pra se reerguer de todos essas confusões e como acaba encontrando o verdadeiro amor onde menos espera. No segundo livro intitulado Um Sonho de Vida, a principal personagem é Kate, a prima distante de Laura que foi acolhida quando criança pela familia ao perder os pais num acidente de carro. Uma contabilista obcecada pelo trabalho, que redescobre a si mesma e ve sua vida desmoronar de um modo que nunca imaginou, além de um amor de tirar o folego. E pra terminar temos um Sonho de Esperança, com a doce herdeira Laura Templeton, que acredito ser a que mais sofreu durante os livros. Separada e com 2 filhas se mostra ser bem mais forte do que se imagina, além de encontrar o significado do amor nos braços de do ultimo homem que imaginava, e descobrir que ainda pode ser feliz encerrando essa trilogia incrivel.
GAMES
POR PETER VIA THE AMAZING NERD
AMAZING NEWS
HOMEM ARANHA 2099 WOLVERINE PERDERÁ APARECERÁ NAS PÁGINAS PODER DE CURA DE HOMEM ARANHA Já faz algum tempo que circulam rumores SUPERIOR de que a Marvel estaria planejando a morte Há algum tempo o escritor Dan de Wolverine para 2014 e neste final de Slott vem falando que Miguel O’Hara, o Homem-Aranha 2099, apareceria nas páginas da Superior Spider-Man, só que sem dar nenhuma previsão. Agora, na C2E2, o escritor confirmou: O herói do futuro aparecerá na edição #17.
ARKHAM ORIGINS TERÁ MULTIPLAYER
O novo jogo que trás um Batman mais jovem, poderá ser o primeiro jogo da saga com modo multiplayer. As informações apontam que em uma das opções do multiplayer, o jogador é inserido como um membro da gangue de Coringa e Bane com o objetivo de perseguir Batman e Robin. Segundo a fonte, na lista de vilões estão: Crocodilo, Pistoleiro, Máscara Negra, Vagalume e o Exterminador. As informações, porém, não foram confirmadas pela Warner Bros. Montreal, desenvolvedora do título. Batman: Arkham Origins se passa alguns anos antes dos outros capítulos da série e estrela um Homem-Morcego mais jovem, tendo que enfrentar oito dos maiores assassinos do mundo enviados a Gotham para eliminálo na noite de Natal. Abaixo temos o jovem Batman e o vilão Mascará Negra.
semana os rumores ganham mais força: A Marvel confirmou que o herói canadense perderá seu fator de cura.
VAZA SUPOSTA CAPA DE NOVO CALL OF DUTY
A rede de supermercados britânica Tesco deixou vazar em sua página oficial a arte de capa do game Call of Duty: Ghosts. Que especula-se ser o novo título da Activision. Depois que a imagem começou a se espalhar, o Tesco a removeu no site. Boatos apontam que o jogo será um derivado ambientado no futuro. A suposta data de lançamento Call of Duty: Ghost está marcada para o dia 30 de dezembro, e um anúncio oficial pode acontecer no dia 1º de maio.
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GAMES
POR LUIS HUNZECHER
MOBILE GAME BENJI BANANA
No mínimo diferente, Benji banana tem um jogabilidade inovadora que nem sempre é sinonimo de um bom game. No jogo você é um macaco que basicamente tem que balançar de galho em galho. A jogabilidade é simples, porem dificil em alguns momentos. O jogo se torna repetitivo a partir de um ponto, o que faz a jogabilidade não ser duradoura, cansando rápido. O jogo foi testado em um Xperia U e rodou sem problemas, ele está disponivel na App store e na google Play
ZOMBIE SMASHER
Ao mesmo estilo de outros games onde o objetivo é esmagar, Zombie Smasher traz uma jogabilidade onde o jogador tem que esmagar o maior número possivel de zumbis. As fases são muitas, e bem variadas, bem como os diferentes tipos de inimigos. A jogabilidade do game é facil de se pegar, porem a partir de um ponto o jogo se torna realmente desafiador e faz necessário ter agilidade nos dedos. O jogo foi testado em um Xperia U e rodou sem problemas, ele está disponivel
na App store e na google Play
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PRÉVIA
EVIL DEAD PRÓXIMA EDIÇÃO DIA 15/05
ANY MAGAZINE Primeiramente gostaria de agradeçer a todos que baixaram, leram e contribuiram para essa revista. Essa revista tenta trazer analises e críticas de varias pessoas diferentes, para tentar agradar você leitor. Espero muito que esse projeto consiga ir para frente e que tudo de certo. Para que funcione, gostaria de contar com a ajuda e o apoio de todos. Continuem acessando, enviem conteúdo(a revista como disse, é aberta para receber conteudo de qualquer um) e principalmente, divulgue. A intenção desse projeto é fazer algo que consiga agradar vocês, nem que seja somente uma materia que voces considerem boa... sinto como se meu objetivo estivesse concluído. Agradeço muito a todos, e que essa seja a primeira de muitas edições. Agora que terminou sua leitura, acesse nosso site, e veja muito mais conteúdo e prévias da próxima edição.
PROJETO ANY