Radier

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL PARA A CONSTRUÇÃO DE MORADIAS POPULARES

JACKSON JADER DA SILVA

BLUMENAU 2011


JACKSON JADER DA SILVA

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL PARA A CONSTRUÇÃO DE MORADIAS POPULARES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada a Graduação em Engenharia Civil do Centro de ciências tecnológicas da Universidade Regional de Blumenau, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. Prof. Helio Flávio Vieira – Orientador

BLUMENAU 2011


ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL FRAME E SISTEMA CONVENCIONAL PARA A CONSTRUÇÃO DE MORADIAS POPULARES

Por JACKSON JADER DA SILVA

Trabalho de Conclusão de Curso aprovada para obtenção do grau de Engenheiro Civil, pela Banca examinadora formada por:

_________________________________________________ Presidente: Prof. Helio Flavio Vieira, Doutor – Orientador, FURB.

_________________________________________________ Membro: Prof. Adilson Pinheiro, Doutor, FURB.

_________________________________________________ Membro: Prof. Paulo Oscar Baier, FURB

Blumenau, 14 de dezembro de 2011.


“Tu querias uma casa com paredes de tijolos, eu te dei com paredes de cristal. Portas e janelas que querias de madeira; fiz da espuma do mar. E sem te ouvir, o telhado é o céu, e os lustres são estrelas. E tu não entendeste nada. Um dia... não é sim, é talvez, te dê a casa que querias segura e forte como o aço”. ABCEM (Associação Brasileira da Construção Metálica)


RESUMO A engenharia civil no Brasil está sempre buscando soluções inovadoras e alternativas capazes de ajudar o desenvolvimento habitacional do País, principalmente na questão de moradias de baixo custo, é neste sentido que este trabalho de pesquisa tem o objetivo de analisar a viabilidade de se produzir moradias popular com o sistema construtivo industrializado ainda pouco difundido na realidade brasileira, o chamado sistema Light Steel Framing, que significa estrutura de aço leve, em comparação ao sistema convencional de construção. Para isso foram realizadas pesquisas bibliográfias sobre o tema, e realizado um estudo de caso para comparar os custos de construção de moradias populares para ambos os sistemas. Os resultados mostraram a grande potencialidade do sistema construtivo LSF, mesmo que por um custo um pouco acima do sistema convencional, o sistema LSF oferece maior viabilidade na produção em grande escala de residências populares, pois o sistema industrializado possui vantagens que devem ser consideradas para o alcance das metas de produção do programa habitacional brasileiro, como: maior rapidez de construção, menor geração de entulhos, o que causa menor impácto ambiental, entre outras vantagens técnicas que oferecem maior qualidade de produção. Palavras-chave: Light steel framing. Sistema construtivo. Moradias de baixo custo.


ABSTRACT Civil engineering in Brazil is always searching innovative solutions and alternatives that can help develop housing in the country, mainly on the issue of affordable housing, is in this sense that this research aims to analyze the feasibility of producing affordable housing with industrialized building system still not widespread in the Brazilian reality, the so called light Steel Framing, which means light steel structure, compared to conventional construction. For this literature searches were conducted on the subject, and conducted a case study to compare the costs of construction of housing for both systems. The results showed the great potential of LSF construction system, even for a cost slightly above the conventional system, the LSF system offers greater viability in large-scale production of residential popular because the industrialized system has advantages that should be considered for achievement of production targets of the housing program in Brazil, such as faster construction, lower generation of debris, which causes less environmental impact, among other technical advantages they offer higher quality production. Keywords: Light steel framing. Building system. Affordable housing.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Esquema de uma residência em Light Steel Framing. ............................................ 21 Figura 2 – Esquema estrutural do sistema Light Steel Framing. .............................................. 22 Figura 3 – Laje tipo Radier ...................................................................................................... 23 Figura 4 – Detalhe de ancoragem da estrutura à fundação. ...................................................... 24 Figura 5 – Perfis típicos para uso em Light Steel Framing – “U simples”, “U enrijecido” e Cartola. ..................................................................................................................................... 24 Figura 6 – Painéis estruturais.................................................................................................... 25 Figura 7 – Vigas de piso e contrapiso em OSB ........................................................................ 26 Figura 8 – Desenho esquemático de uma laje seca. ................................................................. 27 Figura 9 – Desenho esquemático de uma laje úmida. .............................................................. 28 Figura 10 – Estrutura de cobertura no sistema LSF. ................................................................ 29 Figura 11 – Estrutura do telhado com placas de OSB como substrato de apoio ...................... 29 Figura 12 – Instalação de placas de OSB na fachada. .............................................................. 30 Figura 13 – Instalação de isolamento em lã de vidro. .............................................................. 31 Figura 14 – Preparação das formas para execução das vigas baldrame. .................................. 39 Figura 15 – Preparação da fundação do tipo Radier. ............................................................... 40 Figura 16 – Fundação tipo Radier. ........................................................................................... 40 Figura 17 – Assentamento de blocos cerâmicos. ...................................................................... 40 Figura 18 – Painéis de aço galvanizado.................................................................................... 41 Figura 19 – Cobertura em estrutura de madeira. ...................................................................... 42 Figura 20 – Cobertura em estrutura de aço............................................................................... 42 Figura 21 – Montagem do forro de PVC. ................................................................................. 42 Figura 22 – Montagem do forro de gesso acartonado. ............................................................. 42 Figura 23 – Execução de chapisco na alvenaria. ...................................................................... 43 Figura 24 – Finalizando a execução do revestimento argamassado (reboco). ......................... 43 Figura 25 – Colocação de placas cimentícias nas faces externas da moradia. ......................... 44 Figura 26 – Colocação de placas de gesso acartonadono interior da moradia. ........................ 44 Figura 27 –Lã de PET (material isolante) ................................................................................ 44 Figura 28 –Acabamento das juntas. .......................................................................................... 45 Figura 29 – Instalação elétrica e hidráulica fixada nos painéis da estrutura do sistema LSF. . 46 Figura 30 – Instalação hidráulica sendo executada no sistema convencional. ......................... 46


LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS Tabela 1- Estimativa de custos das etapas similares ................................................................ 47 Tabela 2 - Orçamento Sintético das Etapas de Construção no Sistema Convencional ............ 49 Tabela 3 - Orçamento Sintético das Etapas de Construção no Sistema Light Steel Framing .. 51 Tabela 4 – Resultado comparativo dos custos .......................................................................... 52 Tabela 5 - Cronograma de execução para a residência popular – Light Steel Framing. .......... 55 Tabela 6 - Cronograma de execução para a residência popular – Alvenaria. .......................... 56 Gráfico 1 - Etapas que apresentam diferenças de custos..........................................................52


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABCEM: Associação Brasileira da Construção Metálica ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas CBCA: Centro Brasileiro de Construção em Aço CUB: Custo Unitário Básico ENTAC: Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído FJP: Fundação João Pinheiro IBS: Instituto Brasileiro de Siderurgia LSF: Light Steel Framing – Estrutura de aço leve OSB: Oriented Strand Board – Paineis de Tiras de Madeira Orientadas PAC: Programa de aceleração do crescimento PIB: Produto Interno Bruto PlanHab: Plano Nacional De Habitação PMCMV: Programa Minha Casa Minha Vida SINAPE: Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil SINDUSCON SP: Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo TCPO: Tabela de Composições de Preços para Construção UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais USP: Universidade de São Paulo %: Porcentagem ou Porcentual


SUMÁRIO 1

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 14

1.1

PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................................ 15

1.2

QUESTÃO DE PESQUISA ........................................................................................... 16

1.3

OBJETIVOS ................................................................................................................... 16

1.3.1

Geral ............................................................................................................................... 16

1.3.2

Específicos ...................................................................................................................... 16

1.4

JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA ........................................................... 17

1.5

ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................... 17

2

REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 18

2.1

CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA........................................................................ 18

2.1.1

Industrialização do ciclo aberto ...................................................................................... 19

2.1.2

Industrialização do ciclo fechado ................................................................................... 20

2.2

O SISTEMA LIGHT STEEL FRAMING ...................................................................... 21

2.2.1

Fundação ......................................................................................................................... 23

2.2.2

Perfis utilizados para os painéis...................................................................................... 24

2.2.3

Painéis estruturais ou autoportantes ............................................................................... 25

2.2.4

Lajes ............................................................................................................................... 26

2.2.5

Coberturas ....................................................................................................................... 28

2.2.6

Fechamentos verticais..................................................................................................... 30

2.2.7

Isolamentos Termo acústicos.......................................................................................... 31

2.3

SISTEMA CONVENCIONAL DE CONSTRUÇÃO .................................................... 32

2.4

ESPECIALISTAS:

COMPARATIVOS

DOS

SISTEMAS

CONSTRUTIVOS

LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL. .................................... 33


2.5

DESENVOLVIMENTO DO LSF NO BRASIL ............................................................ 35

2.5.1

Light Steel Framing como alternativa para a construção de moradias populares. ......... 35

2.5.2

Análise comparativa do custo de produção de uma casa: Sistema convencional em

alvenaria x Sistema LSF com placa cimentícia. ............................................................................ 36 2.5.3

A viabilidade do sistema Light Steel Frame para construções residenciais. .................. 36

3

METODOLOGIA......................................................................................................... 37

3.1

DELINEAMENTO DA PESQUISA .............................................................................. 37

3.2

FUNDAMENTOS DO ESTUDO DE CASO E DO LEVANTAMENTO DOS DADOS .......................................................................................................................... 38

3.3

LEVANTAMENTO DOS DADOS PARA ANÁLISE COMPARATIVA ................... 38

3.3.1

Fundações ....................................................................................................................... 39

3.3.2

Estrutura de fechamento vertical .................................................................................... 40

3.3.3

Cobertura e forro ............................................................................................................ 41

3.3.4

Revestimentos................................................................................................................. 43

3.3.5

Pintura e acabamentos .................................................................................................... 45

3.3.6

Instalações ...................................................................................................................... 45

3.3.7

Janelas e portas ............................................................................................................... 46

3.4

ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................... 46

4

RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 47

4.1

APRESENTAÇÃO DOS DADOS DO ESTUDO DE CASO ....................................... 47

4.2

ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS NO ESTUDO DE CASO ................................... 53

4.3

APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................ 55

4.4

ANÁLISE DOS RESULTADOS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................... 57

5

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................................. 59

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 60


ANEXO A – ESPECIFICAÇÕES CASA CAIXA ECONOMICA FEDERAL ..................... 64 APÊNDICE A – LAYOUT PLANTA BAIXO DA CASA MODELO .................................... 66 APÊNDICE B – LAYOUT CORTES DA CASA MODELO .................................................. 67 APÊNDICE C – TABELA DE COMPOSIÇÃO CUSTOS DE PINTURA P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF .................................................................... 68 APÊNDICE D – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF .............................. 69 APÊNDICE E – TABELA DE COMPOSIÇÕES DE CUSTOS P/ INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF

71

APÊNDICE F – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF ................................... 73 APÊNDICE G – TABELA DE COMPOSIÇÕES DOS CUSTOS PARA A ETAPA DAS ESQUADRIAS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E LSF ................................................... 75 APÊNDICE H – PLANILHA DE CUSTOS NA EXECUÇÃO DE RASGOS NA ALVENARIA P/ O SISTEMA CONVENCIONAL ................................................................. 76 APÊNDICE I – TABELA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS PARA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO P/ SISTEMA CONVENCIONAL ...................................................................... 77 APÊNDICE J – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DA ESTRUTURA E FECHAMENTO VERTICAL .................................................................................................... 79 APÊNDICE K – TABELA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS DA ESTRUTURA DE COBERTURA P/ O SISTEMA CONVENCIONAL................................................................ 81 APÊNDICE L – TABELA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS DE REVESTIMENTO DE PAREDES P/ SISTEMA CONVENCIONAL E PISOS P/ SISTEMA CONVENCIONAL E LIGHT STELL FRAMING ...................................................................................................... 82


APÊNDICE M – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO P/ O SISTEMA LSF ............................................................................................ 84 APÊNDICE N – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DA ESTRUTURA E DE FECHAMENTO VERTICAL P/ O SISTEMA LSF ................................................................ 85 APÊNDICE O – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE COBERTURA P/ SISTEMA LSF ............................................................................................................................. 87 APÊNDICE P – PROJETO PRELIMINAR PARA LISTAGEM DE QUANTITATIVOS DE MATERIAL P/ PAINÉIS DO SISTEMA LSF .................................................................. 88


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1

INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil, no setor da habitação, vem passando por um momento importante na sua história. Nunca se investiu tanto em construção como nos últimos anos. Devido ao melhor poder aquisitivo das famílias, facilidade de credito imobiliário e aos projetos de incentivo do governo federal, como os programas de aceleração de crescimento (PAC e PAC2) que conta com o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), vem fazendo com que seja possível que famílias de baixa renda realizem o sonho de ter sua casa própria. O produto interno bruto da construção cresceu cerca de 13,5% no ano de 2010, e a estimativa é que em 2011 o crescimento do PIB da construção cresça cerca de 6%, mesmo assim ainda o déficit em moradia popular é grande. (SINDUSCON, 2011). Segundo o último levantamento sobre déficit habitacional no Brasil realizado pelo Ministério das Cidades juntamente com a Fundação João Pinheiro (FJP, 2008), esse déficit foi estimado como sendo de aproximadamente 5,5 milhões de residências. O Plano Nacional de Habitação (PlanHab, 2010) estipula a necessidade de se criar aproximadamente 35 milhões de residências até 2023, para assim então eliminar o atual déficit habitacional e atender a demanda futura. Segundo a Medida Provisória Nº 514 de 2010, esta prevê continuidade ao programa Minha Casa, Minha Vida, onde serão criados mais dois milhões de unidades habitacionais, investimentos estes previstos para até 2014. Seguindo a ideia de se produzir residências com qualidade, baixo custo e rapidez, para suprir o grande desenvolvimento do setor da habitação, e o contínuo crescimento do déficit habitacional; verifica-se a necessidade de optar por sistemas construtivos industrializados, possibilitando assim à produção de unidades habitacionais em larga escala. É dentro deste contexto que o presente trabalho de pesquisa se enquadra, ou seja, propõe desenvolver um estudo enfocando os sistemas industrializados de construção para residências populares. Entre estes sistemas será tomado como referência o tipo construtivo Light Steel Framing, ou também chamado de sistema de estruturas de aço leve, que possui significativas qualidades competitivas em relação ao nosso sistema convencional de construção habitacional.


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O trabalho será desenvolvido através de um estudo de caso, em que irá se comparar dois sistemas construtivos de moradias populares, o sistema tradicional de construção e o sistema Light Steel Framing (LSF), terá como base de referência pesquisa já desenvolvida por outros autores, e também o próprio estudo a ser realizado neste trabalho, que se constituirá na utilização de um modelo de residência popular construída nos dois sistemas construtivos já citados anteriormente. Espera-se com este trabalho, mostrar que no Brasil há possibilidade de o sistema industrializado de construção, como o LSF ser viável na indústria da construção de moradias populares em série, diante do sistema convencional.

1.1

PROBLEMA DE PESQUISA

O grande problema que se percebe no Brasil no aspecto habitacional é encontrar formas de minimização da carência de moradias com os poucos recursos disponíveis pelo governo federal para essa finalidade. Sendo assim, todo estudo que vise encontrar alternativas construtivas compatíveis com o setor de moradias de baixo custo e em grande escala, que se constitui no grande déficit brasileiro, é de grande contribuição científica. Com base neste contexto é que se insere a pesquisa e, ao mesmo tempo, se constitui no problema a ser resolvido pela mesma. Ou seja, o problema da pesquisa é justamente efetuar a comparação entre dois sistemas construtivos compatíveis com o tipo de edificação popular, sendo um deles uma alternativa proposta à maneira convencional de construir. Esta alternativa apresenta uma boa perspectiva de ser mais eficaz com relação à produtividade e, conseqüentemente, com a redução do tempo de construção. Porém, devem-se analisar também os custos de produção de forma que estes possam viabilizar projetos habitacionais. Para isso, o estudo pretende efetuar uma comparação entre o sistema convencional de construir e o sistema industrializado Light Steel Framing, procurando verificar a possibilidade de que este último seja vantajoso e possa contribuir para a minimização do déficit habitacional brasileiro.


16

1.2

QUESTÃO DE PESQUISA

Durante o desenvolvimento deste trabalho serão abordadas as seguintes questões: a) O que é um sistema industrializado de construção? b) Como será o caminho da construção civil para os próximos anos? c) O sistema tradicional de se fazer moradia supera em termos de custos e rapidez o sistema de construção industrializada? d) Quais as vantagens e desvantagens de se construir em LSF?

1.3

OBJETIVOS

Os objetivos deste trabalho dividem-se em geral e específicos.

1.3.1

Geral

Analisar a viabilidade de se produzir residências populares com o sistema construtivo Light Steel Framing (LSF), em comparação ao sistema convencional de construção.

1.3.2

Específicos

a) Apresentar a industrialização da construção. b) Apresentar e caracterizar o sistema construtivo Light Steel Framing (LSF). c) Apresentar e caracterizar o sistema construtivo convencional de se construir moradias. d) Aplicar o sistema construtivo LSF e o sistema convencional de construção habitacional, em um estudo de caso para moradias populares. e) Comparar os dois sistemas construtivos, LSF x sistema convencional, em relação à produtividade e a custos de produção.


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1.4

JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA

Faz parte da engenharia civil a busca contínua de soluções inovadoras, e alternativas que possam ajudar o desenvolvimento habitacional do País, é neste sentido que o trabalho de pesquisa vem abordar a viabilidade de uma alternativa construtiva eficiente, sustentável e rápida, mas ainda pouco difundida na realidade brasileira, que é o chamado Sistema Light Steel Framing (LSF).

1.5

ESTRUTURA DO TRABALHO

Baseado em estudos de autores do assunto de pesquisa, com informações de artigos técnicos, revistas e sites especializados, o trabalho propõe a seguinte metodologia para o desenvolvimento da pesquisa. a) Introdução sobre a construção de moradias no Brasil. b) Caracterização do processo de construção industrializada no sistema LSF. c) Caracterização do processo construtivo convencional. d) Estudo de caso do desenvolvimento de uma moradia popular construída no sistema LSF, e no sistema convencional de construção. e) Análise do estudo de caso, verificando se é viável dentro dos parâmetros adotados no trabalho a construção em série de moradias populares no sistema LSF ao invés de se utilizar o modelo convencional de construção habitacional.


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2

REVISÃO DE LITERATURA

Neste item será efetuada uma pesquisa bibliográfica sobre diversos tópicos relacionados ao tema proposto com abordagens consistentes e que venham a subsidiar o desenvolvimento do trabalho.

2.1

CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA

Com a grande preocupação com relação às políticas habitacionais no setor da construção civil como os incentivos do governo federal no desenvolvimento de moradias populares e as facilidades de crédito para construção, ainda assim há uma grande carência de moradias e o crescente déficit habitacional no Brasil. Visando a necessidade de se construir moradias em larga escala o setor da construção civil estuda uma série de alternativas para modernização e desenvolvimento, utilizando novas tecnologias de sistemas construtivos e princípios de administração que visam à qualidade da edificação. (VIVAM; PALIARI; NOVAES, 2010). Sendo assim, a industrialização da construção e a melhor maneira para acompanhar a necessidade de produção de habitação no país. Com o caráter de produção em série e em grande escala dos elementos padronizados, racionalização e controle rígido dos processos e materiais, além de excelente qualidade de mão-de-obra e menor tempo de execução. (SANTIAGO, 2008) Segundo Ribeiro e Michalka Jr.(2003) a construção industrializada está ligada a necessidade da integração, ou seja, a construção deve funcionar de forma associada, com etapas interagindo com coordenação entre si, o que não ocorre normalmente, pois entre as etapas existem falta de informação e incompreensões, o que colabora para erros, perda de tempo e retrabalho. Essas observações são incompatíveis com qualquer processo de industrialização. De acordo com Rosso (1980 apud RIBEIRO; MICHALKA JR., 2003, p.94), “a industrialização é a utilização de tecnologias que substituem a habilidade do artesanato pelo uso da máquina”. Sendo assim, a construção civil deverá diminuir a produção “in loco” para segmentos de produção industrial, ou seja, irá transferir tarefas, antes executadas dentro do canteiro, para fornecedores externos.


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Complementando a citação acima, a construção civil, principalmente em obras de pequeno porte, a adoção de sistemas tradicionais, predominantemente artesanais, é caracterizada pelo alto desperdício e baixa produtividade. Para isso o setor da construção altera esta situação com o uso de novos sistemas construtivos, sendo essa a melhor forma de permitir a industrialização do setor e a racionalização dos processos. (CRASTO, 2005). Segundo Bandeira (2008), a pré-fabricação é considerada somente uma das fases da industrialização, não interferindo na existência de uma relação com o planejamento e a organização do processo, necessários para o desenvolvimento do setor. A industrialização da construção civil deve abranger um campo mais amplo, que envolva a transformação de todo o processo produtivo, abrangendo aspectos sócioeconômicos, científicos, culturais e ideológicos, ou seja, deverá passar por mudanças de cultura dos profissionais, incluindo o treinamento dos mesmos. (BANDEIRA, 2008) A industrialização e a racionalização caminham juntas, além de ser identificada, uma com a outra. Racionalização da produção significa em elaborar estudos e métodos a fim de reduzir o tempo de trabalho e também conseguir melhor produtividade e rentabilidade. Podese disser que a industrialização segue a racionalização, pois, em primeiro lugar, se substitui a mão-de-obra e tecnologias artesanais pelas máquinas. (RIBEIRO; MICHALKA JR., 2003) Uma das soluções construtivas industriais é um sistema construtivo racional chamado Light Steel Framing (LSF), que tem como característica sua estrutura formada por perfis de aço galvanizado, utilizados para a composição de painéis estruturais e não estruturais. (CRASTO, 2005). Conforme Ribeiro e Michalka Jr.(2003) para abordar a questão da industrialização do processo construtivo no país, é importante o esclarecimento de dois conceitos. O não conhecimento da diferença entre esses dois conceitos tem trazido grande confusão, sendo este um provável obstáculo à industrialização do processo construtivo no país. Os dois conceitos são o sistema industrial de ciclo aberto e o sistema industrial de ciclo fechado.

2.1.1

Industrialização do ciclo aberto

A industrialização de ciclo aberto tem como princípio, produzir elementos préfabricados de formas, categorias e portes diversos. Segundo Rosso (1980), uma propriedade que destaca em relação à industrialização de ciclo fechado é a flexibilidade, ou seja, os


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elementos produzidos podem ser combinados em uma variedade de opções, podendo-se construir vários edifícios diferentes uns dos outros. No ciclo aberto cada elemento deve ser produzido numa determinada variedade de tamanhos específicos às características e funções daquele elemento. Ainda assim, a variedade de tamanhos deve conter as qualidades técnicas da produção e permitir a liberdade de composição geométrica e de proporções da edificação. Os componentes devem poder ser usados em qualquer tipo de edificação independente da composição geométrica desta. (RIBEIRO; MICHALKA JR. 2003). Mandolesi (1981 apud RIBEIRO; MICHALKA JR. 2003) comenta que, no processo de montagem da construção, para que se chegue ao produto final é necessário que os elementos se encaixem no todo e que as ligações dos elementos não se utilize de qualquer procedimento de cortes ou acertos dos componentes.

2.1.2

Industrialização do ciclo fechado

Já na industrialização do ciclo fechado, o sistema é constituído a partir de um projeto de edificação com poucas variações, onde é feita uma separação dos componentes da edificação de modo a facilitar a produção seriada dos componentes. O projeto é feito a partir de um componente do projeto, onde suas medidas servem de unidade de referência, também chamados de módulo. Sendo assim, é um sistema industrializado único para um determinado tipo de projeto. (RIBEIRO; MICHALKA JR. 2003). Segundo Mandolesi (1981 apud RIBEIRO; MICHALKA JR. 2003, p.97) “o sistema fechado só se viabiliza economicamente quando são considerados somente os custos de construção, desconsiderando a manutenção, alteração para adequação e ampliação e, mesmo assim, para um grande número de unidades”.


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2.2

O SISTEMA LIGHT STEEL FRAMING

É um sistema construtivo, constituído por painéis estruturais ou não estruturais de perfis leves, os perfis são de aço galvanizado formado a frio. Estes painéis têm a capacidade de absorver as solicitações da edificação, juntamente com outros elementos estruturais. (CRASTO, 2005). A expressão Light Steel Framing significa estrutura de aço leve e, de acordo com Rodrigues (2006), o conceito do sistema é dividir a estrutura em grandes quantidades de elementos estruturais, fazendo com que cada elemento resista a uma pequena parcela da carga total aplicada. Sendo assim, é possível utilizar elementos esbeltos e leves de fácil manipulação. No entanto, o sistema LSF não se resume apenas em sua estrutura, sendo ele um sistema construtivo com vários “subsistemas” como, fundação, isolamentos, fechamentos, instalações hidráulicas e elétricas. (Consul Steel, 2002 apud CRASTO, 2005). As Figuras 01 e 02 ilustram o Sistema light Steel Framing.

Figura 1 – Esquema de uma residência em Light Steel Framing. Fonte: (CRASTO, 2005, p. 13)


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Figura 2 – Esquema estrutural do sistema Light Steel Framing. Fonte: USIMINAS, (2005).

As principais vantagens no uso do sistema LSF segundo Crasto (2005) são: •

Os elementos e produtos que compõem o sistema são padronizados de alta tecnologia, produzidos industrialmente, sendo o processo de fabricação inspecionada por rigoroso controle de qualidade.

Os perfis utilizados no sistema são de fácil obtenção, pois já são muito utilizados na indústria.

Matéria prima de alta qualidade e elevado índice de desempenho.

Elementos de grande precisão dimensional.

Estrutura leve, o que gera facilidade de transporte, manuseio e montagem.

Elementos estruturais com tratamento superficial galvânica, proporcionando durabilidade da estrutura.

Construção a seco, causando diminuição de desperdícios e do uso de recursos naturais.

Tubulações hidráulicas e fiações elétricas são de fácil instalação, pois os perfis são perfurados previamente para a passagem de tubulação.

As ligações são geralmente parafusadas com parafusos auto brocantes e auto atarraxantes, proporcionando velocidade de execução.


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Rapidez na execução da obra.

O elemento estrutural principal aço, é um material incombustível e reciclável.

De acordo com Santiago (2010), essas vantagens identificadas do sistema LSF refletem como uma alternativa capaz de suprir a demanda de construção das moradias populares. Com o aumento da produtividade, através da rapidez de execução e do menor emprego de mão de obra. Nos subitens a seguir serão apresentados os subsistemas que compõe o sistema construtivo Light Steel Framing.

2.2.1

Fundação

O sistema LSF requer uma fundação simples e convencional, que seja bem executada e projetada para que possibilite maior precisão na montagem dos elementos estruturais e que se tenha um ótimo isolamento contra umidade. (CRASTO, 2005). Segundo Crasto (2005), geralmente se utiliza uma fundação contínua, por exemplo, a laje Radier, que é uma fundação rasa que funciona como uma laje, transferindo as cargas da estrutura para o terreno. O Radier é formado por uma laje contínua de concreto e por vigas no perímetro da laje e sobre a qual serão colocados os painéis estruturais, conforme mostrado na Figura 03. A ligação mais utilizada para este sistema da estrutura dos painéis com a fundação é feita a partir da ancoragem de barras roscadas colocadas após a concretagem da fundação, sendo esta dimensionada pelo calculista, conforme pode ser observado na Figura 04.

Figura 3 – Laje tipo Radier . Fonte: Portal Metálica, (2011).


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Figura 4 – Detalhe de ancoragem da estrutura à fundação. Fonte: CRASTO, (2005, p. 35).

2.2.2

Perfis utilizados para os painéis

Os perfis mais utilizados no sistema Light Steel Framing possuem seções em formato de “C” ou “U” enrijecido (Ue) para montantes e vigas, “U” como guia da base e no topo de painéis e “Cartola” como ripas, conforme mostrado na Figura 05. (GOMES, 2007).

Figura 5 – Perfis típicos para uso em Light Steel Framing – “U simples”, “U enrijecido” e Cartola. Fonte: CRASTO, (2005, p. 24).

Estes perfis tipicamente usados no sistema LSF são obtidos a partir do processo de perfilagem em conjunto com matrizes rotativas, de tiras ou de bobinas de chapas de aço


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galvanizado, o processo de galvanização ou também chamado de zincagem, é um método econômico e eficaz para proteger as estruturas metálicas contra a corrosão. (CRASTO, 2005).

2.2.3

Painéis estruturais ou autoportantes

Os painéis têm a função de absorver e distribuir as cargas para a fundação, eles são compostos por perfis parafusados e espaçados entre si, de acordo com a modulação definida pelo calculista da estrutura, em média o espaçamento varia entre 400 mm e 600 mm. Com essa modulação, a estrutura aperfeiçoa custos, pois a maioria dos materiais complementares e subsistemas são enquadrados nessa modulação. Na grande maioria das obras esses painéis são executados em fábrica, fazendo com que se diminua a necessidade de área de canteiro de obra. (SANTIAGO, RODRIGUES, OLIVEIRA, 2010). Os painéis estruturais são ilustrados na Figura 06.

Figura 6 – Painéis estruturais Fonte: Portal Metálica, (2011).


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Para Crasto (2005) as principais vantagens de se utilizar painéis são: •

Rapidez de montagem.

Minimização do trabalho na obra.

Melhor controle da qualidade na produção dos sistemas, fazendo com que propicie aumento da precisão dimensional dos elementos, sendo a oficina um local apropriado para a confecção dos componentes. A desvantagem é que o construtor necessite de um ambiente adequado para a fabricação dos componentes.

2.2.4

Lajes

Seguindo a mesma modulação e princípios estruturais dos painéis, a estrutura das lajes de piso no sistema LSF é fabricada. As vigas de piso são em sua maioria perfis galvanizados de seção “Ue" e dispostos na horizontal servindo de apoio do contrapiso, conforme mostrado na Figura 07. Elas serão colocadas de maneira sempre alinhadas com os montantes dos painéis, permitindo o predomínio de esforços axiais nos elementos construtivos. (CRASTO, 2005).

Figura 7 – Vigas de piso e contrapiso em OSB Fonte: CRASTO, (2005, p. 14).


27

Segundo Crasto (2005) dependendo da natureza do contrapiso, a laje pode ser denominada “seca” ou “úmida”. A laje do tipo seca é composta por placas rígidas de OSB (Oriented Strand Board) ou de placas cimentícias parafusadas sobre a estrutura do piso, conforme mostrada na figura 08.

Figura 8 – Desenho esquemático de uma laje seca. Fonte: CRASTO, (2005, p. 79).

A laje úmida é composta por uma forma metálica ondulada com uma camada de 4 a 6 cm de concreto simples, formando a superfície do contrapiso, conforme mostrado na Figura 09. Entre o concreto e a fôrma metálica, é preferível utilizar um material de isolamento acústico como painéis de lã de vidro compacta protegido por um filme de polietileno, uma vez que o concreto não está plenamente aderido à fôrma metálica, podendo produzir ruídos na utilização normal do piso. (CRASTO, 2005).


28

Figura 9 – Desenho esquemático de uma laje úmida. Fonte: CRASTO, (2005, p. 77).

2.2.5

Coberturas

No sistema Light Steel Framing, a estrutura da cobertura pode ser bem distinta e variada de uma obra para outra. O mais comum utilizado em residências, é a adoção de cobertura inclinada, semelhante a um telhado convencional, conforme ilustrado na figura 10. Pode se adotar qualquer tipo de telhas, como telhas cerâmicas, metálicas, de concreto entre outros. A estrutura da cobertura deve também seguir o princípio da estrutura alinhada, ou seja, a alma dos perfis das tesouras ou caibros deve coincidir com a alma dos perfis montantes dos painéis. (GOMES, 2007)


29

Figura 10 – Estrutura de cobertura no sistema LSF. Fonte: CRASTO, (2005, p. 15).

Dependendo do tipo de telha que for utilizado, por exemplo, telhas cerâmicas e telhas “shingles”, é de fundamental importância à utilização de placa estrutural como o OSB sobre a estrutura, servindo como base para a fixação das telhas e também como travamento do banzo superior da tesoura, a Figura 11 mostra esse detalhe. (CRASTO, 2005)

Figura 11 – Estrutura do telhado com placas de OSB como substrato de apoio Fonte: CRASTO, (2005, p. 97).


30

2.2.6

Fechamentos verticais

Segundo Gomes (2007), os componentes de fechamentos internos e externos são fixados externamente a estrutura, e pelos perfis dos painéis. Os fechamentos das estruturas do sistema LSF devem ser leves, compatível com a idéia do sistema construtivo. O fechamento vertical deve empregar um sistema racionalizado, propiciando uma montagem rápida e seca. Os componentes utilizados nos fechamentos devem atender aos critérios de segurança, resistência, durabilidade, estética, conforto térmico e acústico. De acordo com Crasto (2005) no Brasil os produtos mais utilizados para o fechamento vertical são: •

Placa de OSB, conforme mostrada na Figura 12.

Placa cimentícia.

Gesso acartonado para ambientes internos.

Figura 12 – Instalação de placas de OSB na fachada. Fonte: CRASTO, (2005, p. 127).


31

2.2.7

Isolamentos Termo acústicos.

Segundo Santiago (2008), nas construções em LSF os isolamentos térmo-acústicos funcionam no conceito de isolação multicamada, que é a combinação de placas de fechamento com material isolante entre elas. Desta forma, pode se fazer várias combinações a fim de aumentar o desempenho de isolamento. Como por exemplo, a colocação de mais camadas de placas, ou aumentar a espessura do material isolante. Para fazer o isolamento termo-acústico, é comum utilizar como materiais isolantes a lã de rocha, lã de vidro e também lã de PET, que é um material de desempenho similar aos dois primeiros tipos mencionados, mas fabricado a partir de materiais reciclados. (SANTIAGO, 2008) A montagem desse isolamento é feita posteriormente a montagem de uma das faces do fechamento. As mantas de isolamento são fornecidas em rolos, que são cortadas e instaladas entre os montantes dos perfis do painel, e em seguida é feita a instalação da outra face do fechamento, conforme observado na Figura 13.

Figura 13 – Instalação de isolamento em lã de vidro. Fonte: ISOVER, (2011).


32

2.3

SISTEMA CONVENCIONAL DE CONSTRUÇÃO

O sistema convencional que o trabalho se refere, é o sistema mais desenvolvido para moradias no Brasil, que tem como caracteristicas basicas do sistema, a adoção de um trabalho praticamente artesanal. As etapas de construção de residências unifamiliares com o sistema convencional são: •

Fundação tipo rasa, com vigas baldrame sob todos os locais onde serão erguidas as paredes e sapatas isoladas onde houverem colunas.

Fechamento vertical com a execução da alvenaria de vedação com blocos cerâmicos, e estrutura em concreto armado (colunas e vigas), ou blocos autoportantes que dispensa a execução da estrutura; seguido do revestimento argamassado e pintura.

Laje de cobertura em concreto moldado “in loco”.

Estrutura de cobertura em madeira e telhas cerâmicas.

Instalações elétricas e Hidrosanitárias embutidas na alvenaria.

Segundo Ribeiro e Michalka Jr.(2003), a população de baixa renda procura solucionar a necessidade de moradia com a auto-iniciativa, ou seja, sem o acompanhamento de profissional especializado. A auto-iniciativa de construção funciona conforme a necessidade do grupo familiar, primeiro a familia procura uma área disponível para morrar, constroi-se então um cômodo que serve para varias funções, como sala, cozinha e quarto, e conforme o tempo e necessidade vão se construindo novos aposentos para individualizar as funções da residência. (RIBEIRO; MICHALKA JR, 2003). Somente com o método construtivo convencional, a auto-iniciativa construtiva é possível de ocorrer, pois a compra dos materiais necessários para a construção se dá de forma parcelada conforme o andamento da obra, e não é necessária mão de obra qualificada para executar a moradia. (RIBEIRO; MICHALKA JR, 2003).


33

2.4

ESPECIALISTAS: COMPARATIVOS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL.

Neste capitulo serão apresentadas caracteristicas abordadas por diversos autores sobre os dois sistemas construtivos: De acordo com Lordsleem Jr. (2000), a alvenaria com blocos cerâmicos utilizado no sistema convencional é caracterizada por elevados disperdícios, deficiente padronização no processo de produção, ausência de fiscalização dos serviços e planejamento da execução. Para Milan, Roger e Reis (2011), em seu artigo “A viabilidade do sistema Light Steel Framing para construções residenciais”, as principais vantagens do sistema LSF em relação ao sistema convencional estão na rapidez da obra, melhor qualidade dos acabamentos, maior área útil e melhorias no conforto termo-acústico. O sistema também é ambientalmente superior ao sistema convencional, pois gera menor quantidade de resíduos, e devido ao maior isolamento térmico há também redução de custos pela diminuição do consumo de energia na climatização da moradia. O sistema construtivo LSF tem características construtivas diferenciadas na administração dos processos em comparação ao sistema construtivo convencional, conforme descreve os princípios básicos de construção enxuta por Kostela (1992). •

Redução das atividades que não agregam valores.

Aumento do valor agregado ao produto final.

Redução da variedade

Redução dos tempos de ciclo.

Simplificação dos processos, diminuindo o número de partes e passos.

Aumento da flexibilidade de saída.

Aumento da transparência do processo.

Foco no controle global do processo.

Obtenção de melhorias contínuas.

Ser referência de excelencia.


34

Campos e Souza (2010), contam em seu artigo “Avaliação pós-ocupação de edificações estruturadas em aço, focando em edificações em Light Steel Framing” que, segundo os usuários de residências construídas em LSF, as principais vantagens sobre o sistema são: •

Facilidade de reparos e manutenção.

Mão de obra especializada.

Peças e equipamentos de fácil obtenção no mercado.

Os moradores informam que “a casa é muito aconchegante, não escuto barulhos externos, é mais quente, menos úmida as coisas não mofam dentro de casa e a manutenção é mais fácil”. (CAMPOS; SOUSA, 2011, p.11) Segundo Campos e Souza (2010), as desvantagens apontadas pelos usuários são: •

Falta de mão de obra especializada, por se tratar de uma tecnologia nova no país.

Ruidos nas lajes secas entre pavimentos.

Dificuldades de fixação de objetos mais pesados nas paredes.

Segundo Santiago (2010), os sistemas construtivos tradicionais, por exemplo, a alvenaria, são sistemas de produção lenta, e que necessitam de maior número de trabalhadores. Sendo assim, somente as tecnologias artesanais não serão capazes de suprir a demanda por construções no país. O sistema Light Steel Framing seria uma alternativa capaz de ajudar a sanar o enorme déficit habitacional, por ser um sistema racional e industrializado O uso deste sistema proporciona a produção com rapidez e em larga escala, elementos fundamentais para atingir as metas de construção de moradias divulgada pelo governo federal. (SANTIAGO, 2010). Para Gorgolewski (2006 apud VIVAN, PALIARI; NOVAES, 2010), ao se utilizar o sistema Light Steel Framing pode se comprovar inúmeras vantagens, como: elevada resistência, estrutura e componentes de baixo peso, precisão dimensional, resistente ao ataque de insetos e materiais totalmente recicláveis, contribuindo para a edificação sustentável.


35

2.5

DESENVOLVIMENTO DO LSF NO BRASIL

O sistema construtivo Light Steel Framing é usado há muito tempo em outros países, e esta começando a se desenvolver melhor no Brasil, com trabalhos de pesquisa relacionados ao tema, grande esforço da iniciativa privada para o desenvolvimento do sistema. Para tanto estão sendo desenvolvidas normas que são de grande importância para o seguimento do sistema no país, como é o caso das normas NBR6355 (2003) – Perfis estruturais formados a frio, que padroniza a produção dos perfis de aço e a NBR 14762 (2001) – Dimensionamento de estruturas de aço constituidas por perfis formados a frio, que regulamenta os procedimentos para o dimensionamento das estruturas de aço. (JARDIM; CAMPOS, 2005) O setor da habitação está em alta no país, conforme já relatado na introdução deste trabalho, mas para diminuir o elevado e contínuo déficit habitacional deve se adotar sistemas construtivos industrializados, que possam suprir a demanda de moradias com rapidez e qualidade. É buscando alternativas construtivas inteligentes que surge a idealização de projetos de pesquisa na área da construção com o sistema Light Steel Framing. São vários os trabalhos relizados por pesquisadores nesta área, como é o caso do trabalho citado abaixo:

2.5.1

Light Steel Framing como alternativa para a construção de moradias populares.

Neste artigo os autores buscam desenvolver uma solução para moradias populares, com a fabricação de um protótipo em escala real de uma habitação de interesse social no sistema LSF. É discutido e concluido neste artigo que a utilização do sistema Light Steel Framing para execução de moradias populares é uma alternariva viável, por ser um sistema industrializado e racionalizado que favorece a produção em larga escala e com rapidez, para eles a utilização do sistema seria uma forma de atingir as metas de construção de habitação no Brasil. (SANTIAGO, RODRIGUES, OLIVEIRA, 2010).


36

2.5.2

Análise comparativa do custo de produção de uma casa: Sistema convencional em alvenaria x Sistema LSF com placa cimentícia.

O artigo referente a este tópico foi desenvolvido com o objetivo de fazer uma análise de custos na construção de casas populares no estado do Pará, com base nas características de cada processo construtivo, foi determinado o preço de custo para cada etapa da construção, e o preço global da construção da residência em cada um dos sistemas, também se realizou uma comparação das vantagens e desvantagens de cada sistema construtivo. O trabalho adotou como base um projeto de uma casa do tipo popular com 47,95m², que foi construída no sistema convencional em um conjunto habitacional no município de Barbacena do estado do Pará (OLIVEIRA, SILVA, SANTOS, 2008).

2.5.3

A viabilidade do sistema Light Steel Frame para construções residenciais.

Este tópico é título de um artigo que apresenta uma pesquisa desenvolvida na indústria da construção civil da cidade de Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, o estudo busca verificar a viabilidade financeira e mercadológica do sistema construtivo Light Steel Framing na cidade gaucha. Para determinar o valor dos custos de forma mais exata, foi desenvolvido um orçamento de um projeto residencial de padrão normal R1-N, conforme especificado na NBR 12.721/2006. O Artigo buscou apontar diferenças entre os custos relativos ao sistema LSF e o sistema convencional, e oferecer diretrizes estratégicas para a viabilização do sistema de construção seca na cidade de Caxias do Sul (MILAN, NOVELLO, REIS, 2011). Estes trabalhos serviram como parâmetro de comparação ao projeto desenvolvido no estudo de caso deste trabalho de pesquisa.


37

3

METODOLOGIA

Neste capítulo o trabalho apresenta os procedimentos adotados para o desenvolvimento do estudo proposto, assim como, a busca dos resultados esperados. Para uma melhor compreensão, este capítulo foi dividido em partes, conforme segue:

3.1

DELINEAMENTO DA PESQUISA

Para o desenvolvimento da pesquisa, que é analisar a viabilidade da produção de moradias de baixa renda com o sistema industrializado Light Steel framing (LSF), em relação ao sistema convencional de construção, foi utilizado como metodologia à busca de informações de autores que desenvolveram trabalhos nesta área, ou seja, uma pesquisa bibliográfica. Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66), “a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado em livros, enciclopédias, revistas, jornais, folhetos, boletins, monografias, teses, dissertações e material cartográfico. Pretende-se, assim, colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo”. Foi também desenvolvido um estudo de caso a partir de um projeto modelo para moradias populares, onde foram realizadas as comparações deste modelo sendo construído nos dois métodos construtivos em análise. O estudo de caso, segundo Almeida (1996, p. 106), “consiste em coletar e analisar informações sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa”.


38

3.2

FUNDAMENTOS DO ESTUDO DE CASO E DO LEVANTAMENTO DOS DADOS

O estudo de caso baseou-se na análise comparativa dos sistemas construtivos Light Steel Framing e o sistema convencional, enfocando na análise de custos da construção de moradias populares. Para isso foi desenvolvido um modelo de uma moradia popular conforme layout do Apêndice A e B, com área útil de 36,0m², e de acordo com as especificações mínimas de construção publicadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida do Anexo A. Para o sistema convencional, o autor do estudo levantou a composição de quantitativos baseado no projeto arquitetônico, com o auxílio do programa computacional Orça Casa e com a tabela TCPO (Tabela de Composições de Preços para Orçamentos), ambos desenvolvidos pela editora Pini, e os preços dos insumos tiveram como base a tabela SINAPE com referência ao mês de setembro de 2011, para a cidade de Florianópolis. Para o Sistema Light Steel Framing, o quantitativo foi elaborado pelo pesquisador e os preços de materiais e mão de obra para este sistema construtivo, foram fornecidos pela Construtora Flasan, com base nos materiais do sistema desenvolvido neste trabalho de pesquisa.

3.3

LEVANTAMENTO DOS DADOS PARA ANÁLISE COMPARATIVA

O estudo de caso fez composição dos custos por etapas de construção, a descrição dos materiais utilizados em cada etapa para cada tipo de sistema construtivo será mostrado nos itens a seguir.


39

3.3.1

Fundações

Para efeito de estudo foi considerado a localização da construção em terreno firme, solo com boa capacidade de suporte, e o tipo de fundação para cada sistema construtivo, será descrito conforme abaixo: •

Sistema convencional: Utilização de fundação rasa, com vigas baldrame sob todos os locais onde serão erguidas as paredes e sapatas isoladas onde houver colunas, conforme mostrado na Figura 14, e logo após a execução da fundação, a área deverá ser aterrada com solo compactado e nivelado, para então ser feita uma camada impermeabilizante de concreto.

Figura 14 – Preparação das formas para execução das vigas baldrame. Fonte: Autor.

Sistema Light Steel Framing: Por se tratar de uma estrutura mais leve, em que as solicitações na fundação são menores que no sistema convencional, foi considerado a fundação do tipo radier, as Figura 15 e 16 ilustram este tipo de fundação formada por uma laje contínua de concreto armado.


40

Figura 15 – Preparação da fundação do tipo Radier.

Figura 16 – Fundação tipo Radier. Fonte: Revista Téchne. Ed. 135, (2008, p.78)

Fonte: Revista Téchne. Ed. 135, (2008, p.78).

Em ambos os sistemas construtivos foi considerada a impermeabilização da fundação, para evitar a entrada de umidade na moradia.

3.3.2

Estrutura de fechamento vertical

É nesta etapa que as maiores diferenças entre os dois sistemas construtivos acorrem, para cada sistema foram adotados seus respectivos materiais, conforme citado abaixo: •

Sistema convencional: A estrutura de fechamento e divisórias é formada por colunas e vigas de concreto armado, já as paredes de vedação são de blocos cerâmicos assentados com argamassa no sentido horizontal e vertical, conforme pode ser observado na Figura 17.

Figura 17 – Assentamento de blocos cerâmicos. Fonte: www.usp.br/agen/?p=9797


41

Sistema Light Steel Framing: Como já descrito na revisão bibliográfica, a estrutura de fechamento no sistema LSF é formada por painéis estruturais de aço galvanizado, neste estudo, optou-se por utilizar perfis com largura de 90 mm, dos tipos “U” como guias e “Ue” como montantes dos painéis, como pode ser visto na Figura 18.

Figura 18 – Painéis de aço galvanizado. Fonte: Steel Frame – Solução Usiminas para construção civil.

3.3.3

Cobertura e forro O formato da cobertura definido foi do tipo inclinado de duas águas, com telha

cerâmica para ambos os casos. O que difere de um sistema para outro é a estrutura da cobertura, que para o sistema convencional, é tradicional utilizar estrutura de madeira, conforme mostrado na Figura 19, e no sistema LSF o uso de estrutura com perfis de aço galvanizado, além de placa do tipo OSB entre a estrutura metálica e a telha, servindo de travamento da cobertura e para a fixação das telhas, a Figura 20 ilustra este sistema.


42

Figura 19 – Cobertura em estrutura de madeira.

Figura 20 – Cobertura em estrutura de aço.

Fonte: Autor.

Fonte: SANTIAGO, (2008, p.21)

Foi considerado forro de PVC para o sistema convencional, conforme pode ser observado na Figura 21, e forro de gesso acartonado no sistema LSF, mostrado da Figura 22.

Figura 21 – Montagem do forro de PVC. Fonte: Revista Equipe de Obra. Ed.17 (2008, p.35)

Figura 22 – Montagem do forro de gesso acartonado. Fonte: www.cliquearquitetura.com.br


43

3.3.4

Revestimentos O tipo de revestimento é bem peculiar para cada sistema construtivo, porém, foram

utilizados em comum nos dois sistemas os seguintes materiais, conforme Anexo B, especificações mínimas da Caixa Econômica Federal para a construção de moradias do Programa MCMV: •

Piso cerâmico com rodapé em toda a unidade habitacional.

Azulejo nas paredes do banheiro e cozinha na altura de 1,5m.

Os materiais utilizados para o revestimento do fechamento vertical que difere de um sistema para outro são: •

Sistema convencional: Paredes com revestimento tradicional, formado por chapisco e reboco, conforme pode ser observado nas Figuras 23 e 24.

Figura 23 – Execução de chapisco na alvenaria. Fonte: Revista Equipe de Obra. Ed. 26 (2009, p.15)

Figura 24 – Finalizando a execução do revestimento argamassado (reboco). Fonte: Revista Equipe de Obra. Ed. 26 (2009, p.15)


44

Sistema Light Steel Framing: Para este sistema, optou-se por utilizar placas cimentícias com espessura de 10 mm nas faces externas das paredes de fechamento, e placas de gesso acartonado nas faces internas das paredes externas e nas paredes de divisórias internas da moradia, conforme pode ser observado nas Figuras 25 e 26.

Figura 25 – Colocação de placas cimentícias nas faces externas da moradia.

Figura 26 – Colocação de placas de gesso acartonadono interior da moradia.

Fonte: Revista Téchne. Ed. 156 (2010, p.80)

Fonte: Revista Equipe de Obra. Ed. 19 (2008, p.32)

De acordo com a norma ABNT NBR 15758:2009, as placas de gesso acartonado com espessura de 12,5 mm serão do tipo RU (resistente à umidade) nas áreas molhadas, como banheiro e cozinha, e para os demais ambientes a proposta é utilização de placas do tipo ST (standard). Entre as placas de revestimento das paredes externas da moradia, foi utilizado como isolamento termo-acústico, lã de PET, produto fabricado com materiais reciclados, e com desempenho similar aos outros tipos de isolamentos disponíveis no mercado, como lã de rocha e lã de vidro, a Figura 27 ilustra este tipo de material.

Figura 27 –Lã de PET (material isolante) Fonte: www.vidasustentavel.net


45

3.3.5

Pintura e acabamentos

Nos dois sistemas em análise, foram adotados como pintura, tinta PVA nas paredes internas, e tinta acrílica nas paredes externas e em áreas molhadas. Para o sistema Light Steel Framing, foram adotados nas juntas entre as placas, tanto nas placas cimentícias, quanto nas placas de gesso acartonado, massa e fitas específicas para garantir estanqueidade e melhor acabamento estético da superfície do revestimento, conforme pode ser observado na Figura 28.

Figura 28 –Acabamento das juntas. Fonte: Manual de fixação, manutenção e acabamento. (2010, p.07)

3.3.6

Instalações

Não houve neste subitem análise comparativa dos materiais utilizados na instalação elétrica, hidráulica e sanitária, foi apenas considerada a diferença na mão de obra para execução das instalações, pois conforme podem ser observadas as Figuras 29 e 30, para a execução das instalações no sistema convencional é desperdiçado grande tempo no corte da alvenaria para a passagem das tubulações, ao contrario das instalações no sistema Light steel Framing, em que as paredes funcionam como shaft para passagem das tubulações. Serão levantados os custos dos materiais e mão de obra das instalações, conforme as especificações mínimas de construção de moradias para o programa MCMV do anexo B.


46

Figura 29 – Instalação elétrica e hidráulica fixada nos painéis da estrutura do sistema LSF.

Figura 30 – Instalação hidráulica sendo executada no sistema convencional.

Fonte: Revista Téchne. Ed.141 (2008, p.64)

Fonte: Autor.

3.3.7

Janelas e portas

Para as janelas, portas e acessórios complementares foram utilizados os mesmos materiais nos dois sistemas construtivos. Seguindo as especificações do Anexo B, optou se por utilizar janelas com estrutura de alumínio, que é um material mais leve e de pouca manutenção, e portas de madeira em todos os ambientes.

3.4

ANÁLISE DOS DADOS

Os dados obtidos no estudo de caso, serão dos custos diretos da construção de uma moradia popular, ou seja, a soma de todas as despesas provenientes da matéria prima, mão de obra e dos equipamentos utilizados. (PINHO; PENNA, 2008) As despesas ou também chamados de insumos, serão tabulados em planilhas e gráficos, para facilitar a análise, melhor compreensão e interpretação de cada etapa desenvolvida na construção da moradia. Organizados os dados, eles serão comparados com a pesquisa bibliográfica e em sequência obtidos os resultados para a análise.


47

4

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Esta parte do trabalho de pesquisa propõe primeiramente apresentar os dados obtidos no estudo de caso e na revisão bibliográfica, e em seguida interpretar os resultados alcançados.

4.1

APRESENTAÇÃO DOS DADOS DO ESTUDO DE CASO

Os dados a serem apresentados nas tabelas a seguir, são resultados obtidos da estimativa de orçamentos feitos para os dois sistemas construtivos, com base no projeto modelo do estudo de caso, onde as especificações e metodologia podem ser observadas no item 3.2 deste trabalho. Cada sistema construtivo é formado por seus diversos subsistemas, esses subsistemas estão inseridos nas tabelas como etapas, é evidente que cada sistema construtivo tem seus subsistemas peculiares, porém também é possivel compreender que algumas etapas são similares em ambos os sistemas. Neste contesto, é apresentada a Tabela 1 que busca descrever os custos das etapas que são similares na composição do orçamento para os dois sistemas construtivos informados nas Tabelas 2 e 3. Tabela 1- Estimativa de custos das etapas similares DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

QUANT. UNID.

CUSTO (R$) UNITÁRIO

ITEM

SERVIÇOS INICIAIS (Material + Mão de obra) - Limpeza de terreno

100,00

1,80

180,00

- Locação convencional de obra

40,60

2,94

119,36

PINTURA - Pintura em parede externa com tinta látex PVA

118,21

2,65

312,80

- Pintura em parede externa com tinta látex acrílica

69,96

3,14

219,71

- Pintura de esquadrias de madeira com tinta esmalte

16,80

7,67

128,83

- Mão de obra

1.411,13

TOTAL

%

299,36

1,9%

2.072,47

13,0%


48

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

QUANT. UNID.

CUSTO (R$) UNITÁRIO

ITEM

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - Tubos e conexões para rede de água fria

451,63

- Louças, metais, aparelhos sanitários e acessórios

546,25

- Mão de obra

TOTAL

%

3.322,41

20,8%

2.196,99

13,7%

3.529,35

22,1%

4.512,17

28,2%

45,88

0,3%

15.978,63

100,0%

2.324,53

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS - Tubos e conexões para rede de esgotamento sanitário

666,48

- Caixas p/ esgoto sanitário

1.006,35

- Mão de obra

524,16

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - Tubulações e caixas

347,62

- Tomadas e interruptores

162,70

- Fiações e conectores

269,82

- Padrão de entrada de energia monofásico

788,21

- Mão de obra

1.961,00

ESQUADRIAS E FERRAGENS - Janela de alumínio de correr, incl. Vidro e montagem

8,10

374,99

3.037,42

- Porta externa de madeira, incl. acessórios e montagem

2,00

392,39

784,78

- Porta interna de madeira, incl. acessórios e montagem

3,00

229,99

689,97

LIMPEZAS - Limpeza geral da edificação

40,60

1,13

TOTAL

45,88

O detalhamento das composições de custos das etapas de Pintura, Instalações e esquadrias podem ser observados nos Apêndices C, D, E, F e G. Os apêndices D, E e F, citados anteriormente, referem-se às instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas, os materiais e quantitativos a serem utilizados foram coletado no projeto padrão desenvolvido pala CEF. (Caixa Econômica Federal, 2007).


49

Nas etapas das Instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas descritas na Tabela 1, possuem diferenças em relação a custos e tempo de execução para os dois sistemas, essa diferença é devido à execução de rasgos e enchimento p/ passagem de tubulação na alvenaria, ocasionado no sistema construtivo convencional, esse custo esta incluso na Tabela 2, na etapa de revestimentos de paredes e pisos, e também pode ser visto de forma detalhada no Apêndice H. Os custos das etapas de cada sistema construtivo são apresentados nos orçamentos inseridos nas Tabelas 2 e 3, apresentadas a seguir.

Tabela 2 - Orçamento Sintético das Etapas de Construção no Sistema Convencional DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

QUANT. UNID.

CUSTO (R$) UNITÁRIO

ITEM

FUNDAÇÃO - Escavação manual de valas

4,33

23,38

101,17

- Formas de madeira para vigas baldrames

25,16

9,81

246,98

- Concreto estrutural dosado em central, Fck 25 Mpa

2,66

337,79

899,14

- Armadura de aço CA-50 e CA-60, p/ estrutura

215,60

kg

3,45

744,30

- Impermeabilização do baldrame

3,7746

30,80

116,25

- Aterro e reaterro

5,697

12,23

69,67

- Lastro de brita nº1, e= 5,0 cm

1,80

72,48

130,46

- Contrapiso

36,00

10,61

381,93

- Mão de obra

38,66

- Concreto estrutural fabricado em obra, Fck 25 Mpa

1,45 131,56

2,21

422,27

933,28

229,80

242,54

11,16

431,57

267,01

387,21

kg

3,62

476,04

1,06

- Mão de obra

3.668,23

10,1%

4.807,08

13,2%

4.606,68

12,6%

2.336,45

COBERTURA E TELHADO - Estrutura de madeira para telhas cerâmicas

1,24

1.519,40

1.887,46

- Telhas cerâmicas tipo romana

67,68

12,88

872,00

- Calha de chapa galvanizada nº 24, desenv. 33 cm

12,00

m

22,03

- Mão de obra

%

978,33

ESTRUTURA E FECHAMENTO VERTICAL - Alvenaria de blocos cerâmicos - Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar, traço 1:2: 8 - Formas de madeira para vigas e colunas - Armadura de aço CA-50 e CA-60, p/ estrutura

TOTAL

264,36 1.582,87


50

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

QUANT. UNID.

CUSTO (R$) UNITÁRIO

ITEM

FORRO (Material + Mão de obra) - Estrutura de madeira para fixação do forro de PVC

36,00

24,24

872,64

- Forro de PVC em chapas de 100 x 6000 x 8,0 mm

63,00

1,42

89,55

REVESTIMENTOS DE PAREDES E PISOS - Execução de chapisco p/ paredes externas e internas

200,00

1,41

282,24

- Execução de reboco tipo paulista p/ paredes ... - Execução de rasgos e enchimento p/ passagem de tubulação na alvenaria - Azulejo, assentado com argamassa de cimento colante

200,00

6,93

1.386,90

48,84

m

5,30

258,80

18,58

18,68

347,12

- Piso cerâmico, assentado com argamassa de cimento

43,20

13,49

- Mão de obra

%

TOTAL 962,19

2,6%

6.454,61

17,7%

582,97 3.596,57

ETAPAS SIMILARES - SERVIÇOS INICIAIS

299,36

0,8%

- PINTURA

2.072,47

5,7%

- INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

3.322,41

9,1%

- INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS

2.196,99

6,0%

- INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

3.529,35

9,7%

- ESQUADRIAS E FERRAGENS

4.512,17

12,4%

45,88

0,1%

36.477,42

100,0%

- LIMPEZA TOTAL

O detalhamento das composições de custos das etapas de Fundação, Estrutura, Fechamento vertical, Cobertura e Revestimentos para o sistema convencional, podem ser encontrados nos Apêndices I, J, K e L. Pode-se observar na tabela 2 que as etapas de Estrutura, fechamento vertical e revestimentos de paredes e pisos são responsáveis por aproximadamente 31% dos custos de construção para a moradia popular no sistema convencional.


51

Tabela 3 - Orçamento Sintético das Etapas de Construção no Sistema Light Steel Framing DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

FUNDAÇÃO - Formas de madeira para laje radier - Concreto estrutural dosado em central, Fck 25 MPa

QUANT. UNID.

CUSTO (R$) UNITÁRIO

ITEM

6,40

9,81

62,81

6,09

337,79

2.057,14

176,91

kg

3,45

610,71

- Impermeabilização da laje radier

40,6

0,59

23,95

- Lastro de brita nº1, e= 5,0 cm

2,03

72,48

147,13

- Armadura de aço CA-50 e CA-60, p/ estrutura

- Mão de obra ESTRUTURA E FECHAMENTO VERTICAL - Estrutura e revestimento em Light Steel framing para paredes externas - Estrutura e revestimento em Light Steel framing para paredes internas

160,00

9.171,20

35,64

120,00

4.276,80

COBERTURA E TELHADO - Estrutura de metálica para telhas cerâmicas

67,68

75,00

5.076,00

- Telhas cerâmicas tipo romana

67,68

12,88

872,00

- Calha de chapa galvanizada nº 24, desenv. 33 cm

12,00

m

22,03

264,36

36,00

17,17

18,58

18,68

347,12

- Piso cerâmico, assentado com argamassa de cimento

43,20

13,49

582,97

ETAPAS SIMILARES - SERVIÇOS INICIAIS

3.266,78

8,0%

13.448,00

32,8%

6.212,36

15,2%

618,12

1,5%

1.424,51

3,5%

618,12

REVESTIMENTOS DE PAREDES E PISOS - Azulejo, assentado com argamassa de cimento colante - Mão de obra

%

365,03

57,32

FORRO (Material + Mão de obra) - Forro de gesso em placas 60 x 60 x 1,25 cm, incl. Parafusos, massa e fita para juntas, arame, acessórios e montagem

TOTAL

494,41

299,36

0,7%

- PINTURA

2.072,47

5,1%

- INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

3.322,41

8,1%

- INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS

2.196,99

5,4%

- INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

3.529,35

8,6%

- ESQUADRIAS E FERRAGENS

4.512,17

11,0%

45,88

0,1%

40.948,40

100,0%

- LIMPEZA TOTAL


52

O detalhamento das composições de custos das etapas de Fundação, Estrutura, Fechamento vertical, Cobertura e Revestimentos para o sistema Light Steel Framing, podem ser conferidos nos Apêndices L, M, N e O. Verifica-se que na Tabela 3 as etapas de Estrutura e fechamento vertical são responsáveis por aproximadamente 33% dos custos de construção para a moradia popular no sistema LSF. Para uma melhor análise foi elaborada a Tabela 4, onde são comparados os valores de cada etapa da construção nos dois sistemas construtivos em estudo.

Tabela 4 – Resultado comparativo dos custos

SISTEMA CONSTRUTIVO DIFERENÇA

CONVENCIONAL

LIGHT STEEL FRAMING

R$ 299,36 3.668,23

R$ 299,36 3.266,78

R$ 0,00 401,45

% 0,00% 10,94%

11.261,69

14.872,51

3.610,82

24,28%

4.606,68

6.212,36

1.605,68

25,85%

FORRO PINTURA INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

962,19 2.072,47 3.322,41

618,12 2.072,47 3.322,41

344,07 0,00 0,00

35,76% 0,00% 0,00%

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS

2.196,99

2.196,99

0,00

0,00%

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ESQUADRIAS E FERRAGENS LIMPEZAS TOTAL CUSTO / m² CUB (CUSTO UNITÁRIO BÁSICO)

3.529,35 4.512,17 45,88 36.477,42 898,46 0,84

3.529,35 4.512,17 45,88 40.948,40 1008,58 0,95

0,00 0,00 0,00 4.470,97

0,00% 0,00% 0,00% 10,92%

ETAPA

SERVIÇOS PRELIMINARES FUNDAÇÃO ESTRUTURA, VEDAÇÃO VERTICAL E REVESTIMENTOS DE PAREDES E PISOS COBERTURA

Na Tabela 4 foi colocado como referêncial equivalente o valor do CUB para o mês de setembro no Estado de Santa Catarina. Segundo a revista Construção e Mercado (2011) o Custo Unitário Básico foi de R$ 1.063,73.


53

4.2

ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS NO ESTUDO DE CASO

Ao analisar a Tabela 4, é possível verificar que o sistema convencional demonstra-se mais econômico em relação ao sistema Light Steel Framing na construção de uma moradia popular. A maior diferença dos custos esta localizada nas etapas da estrutura, vedação vertical, revestimentos, e cobertura, todas juntas essas etapas representam aproximadamente 40% do custo total da construção para o sistema convencional, e cerca de 50% do custo total da construção para o sistema LSF. A estimativa dos custos orçados no sistema convencional, na etapa da estrutura, vedação e revestimento, ficou no valor de R$ 11.261,69 cerca de 25 % a menos dos custos orçados para o sistema LSF que é de R$ 14.872,51, como pode ser observado no Gráfico 1

SISTEMA CONVENCIONAL

SISTEMA LIGHT STEEL FRAMING

GRÁFICO 1 – Etapas que apresentam diferenças de custos.


54

O fator que encarece esta etapa no sistema Light Steel Framing, é o conjunto das paredes externas que representam aproximadamente 70% do custo do subsistema. Outras etapas que possuem diferenças são a fundação e o forro, neste caso a diferença é positiva para o sistema LSF, ou seja, o sistema industrializado tem um custo reduzido em relação ao sistema convencional, à diferença destas etapas entre os dois sistemas é grande, porém o valor representativo é baixo em relação ao custo total da obra, como pode ser observado na Tabela 4. Como os demais itens não sofrem alteração, o comparativo do custo total é R$ 40.948,40 para o sistema Light Steel Framing, e R$ 36.477,42 para o sistema convencional, uma diferença de 11%. A diferença encontrada no estudo de caso mostra um valor bem próximo aos encontrados em outros trabalhos, como por exemplo, no artigo “Análise comparativa do custo de produção de uma casa: sistema convencional em alvenaria x sistema LSF com placas cimentícias”, desenvolvido por Oliveira, Silva e Santos (2008), neste artigo os autores relatam uma diferença dos custos de aproximadamente 8,5% superior ao da casa construída no sistema convencional. O estudo de caso propôs elabora a estimativa de custos somente para apenas uma moradia, e não foram consideradas as despesas indiretas, o que provavelmente influenciou nessa diferença de custos entre os sistemas construtivos. Segundo Pinho e Penna (2008), a rapidez na execução de obra, que será comentada no próximo capítulo, e a industrialização dos processos de produção, faz parte das despesas indiretas, e, sobretudo na composição do preço, viabilizando assim obras em estrutura metálica, que mesmo a um custo superior aos outros sistemas construtivos, o sistema industrializado torna-se economicamente viável pela diminuição do tempo de obra, em decorrência de aspectos como: Redução das despesas indiretas, tais como, mão de obra de administração, engenheiros, encarregados e vigias. Diminuição das despesas de manutenção do canteiro de obra, como por exemplo, água e energia elétrica.


55

4.3

APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Outra análise que deve ser feita para viabilizar as construções industrializadas é a questão de tempo de execução da obra, como a construção de um cronograma de obra exige bastante conhecimento do profissional que faz este tipo de trabalho, o estudo de caso preferiu não realizar este procedimento. Para uma análise de tempo de construção entre os sistemas construtivo convencional e o sistema LSF, serão apresentados os cronogramas desenvolvidos por Santiago, Rodrigues e Oliveira (2010), do artigo “Light Steel Framing como alternativa para a construção de moradias populares”. Os cronogramas a serem apresentados nas tabelas 5 e 6, foram desenvolvidos para uma residência popular mínima indicada pela CEF, na cartilha do programa de incentivo ao desenvolvimento da habitação de interesse social Minha Casa, Minha Vida. Moradia de 37,7 m² com sala, dois dormitórios, uma cozinha, cisculação e um banheiro, modelo padrão de moradia popular e bem parecida com a desenvolvida no estudo de caso (SANTIAGO, RODRIGUES, OLIVEIRA, 2010). Tabela 5 - Cronograma de execução para a residência popular – Light Steel Framing.

PRAZO (DIAS) ETATA Pré-montagem da estrutura Marcação da locação das paredes Instalação da estrutura de paredes Instalação da estrutura do telhado Instalação das placas cimentícias Instalações de telhas de cobertura Instalação das esquadrias Instalações elétricas Instalações hidráulicas Instalação de placas de gesso e isolamento Instalação do forro interno Pintura externa e interna

1

2

3

X X X X X

X

X X X

Fonte: SANTIAGO, RODRIGUES, OLIVEIRA, (2010 p. 07).

4

5

X X X X

X X

6

X X

7

8

9

10

11

12

13


56

Tabela 6 - Cronograma de execução para a residência popular – Alvenaria.

PRAZO (DIAS) ETATA Marcação da locação das paredes Execução da alvenaria de blocos Execução do reboco externo Instalação da estrutura do telhado Instalações de telhas de cobertura Instalação das esquadrias Instalações elétricas Instalações hidráulicas Revestimento interno em gesso corrido Instalação do forro interno Pintura externa e interna

1

2

3

4

5

X X

X

X

X

X X

6

7

X

X

8

9

10

11

12

X

X

X X X

X X

X

X

X X

Fonte: SANTIAGO, RODRIGUES, OLIVEIRA, (2010 p. 07).

As tabelas 5 e 6 mostram o tempo estimado para cada uma das etapas na construção, com o emprego do mesmo contingente de profissionais em ambos os sistemas construtivos, a partir da entrega da fundação concluída. Segundo Santiago, Rodrigues e Oliveira (2010), a execução de toda a estrutura da casa em LSF (paredes e cobertura), foi concluída em apenas 1 turno de trabalho, sendo considerado a pré-montagem na fabrica e a montagem no local da obra. Santiago, Rodrigues e Oliveira (2010), verificaram que uma equipe de três profissionais, foi capaz de executar a pré-montagem dos painéis em 2 horas e a instalação no local da obra em apenas 1,5 horas. Para a realização deste cronograma os autores desenvolveram juntamente com uma empresa especializada em estruturas de LSF, um protótipo da residência em questão, verificando assim o tempo necessário para a construção de residências nesse sistema construtivo.

13

X X


57

4.4

ANÁLISE DOS RESULTADOS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Com base nas Tabelas 5 e 6 apresentadas anteriormente, verifica-se a grande diferença de tempo de construção para os dois sistemas construtivos, fazendo o comparativo, observa-se a rapidez que o sistema industrializado proporciona, frente ao sistema convencional. O estudo indica um prazo de 6 dias para a conclusão da residência no sistema Light Steel Framing, enquanto que para a conclusão da residência no sistema convencional levaria 13 dias, considerando quantidades semelhantes de profissionais. Analisando os cronogramas de execução da estrutura das paredes, cobertura e revestimento externo com placas cimentícias, o sistema LSF demonstra a possibilidade de esta etapa ser realizada em apenas 3 dias, enquanto que no sistema convencional para chegar à conclusão dessa etapa, o sistema levaria cerca de 7 dias. Relação Tempo X Custo, essa relação é fundamental para a viabilidade econômica de um empreendimento, é nesse sentido que os metodos construtivos industrializados como o sistema Light Steel Framing surge como grande diferencial. Para um entendimento melhor desta relação Tempo X Custo, Pinho e Penna (2008), explicam que, toda construção possui custos variáveis e custos fixos, os custos variáveis são função da produção, no caso em uma obra que produz mais em um mês, gastam-se os insumos proporcionalmente a esta produção mensal aumentada, enquanto os custos fixos, representados, por exemplo, pelos custos de manutenção do canteiro de obra, são independentes do aumento de produção adicional na obra executado naquele mês. Há uma correlação entre estes dois conceitos, pois caso sejam utilizadas muitas horas extras para se adiantar uma obra, estendendo o horário de trabalho, o custo variável da mão de obra aumentará, não só pelo gasto em si das horas trabalhadas, como pela incidência maior de encargos trabalhistas sobre estas horas extras. Em compesação, se deste fato decorrer uma diminuição do tempo da obra, os custos fixos diminuirão proporcionalmente. É com essa junção de custos fixos e custos variados, que para cada tipo de empreendimento obtem-se um ponto de equilíbrio entre ao aumento dos custos variáveis em função da aceleração da obra e a diminuição dos custos fixos, em função da redução do tempo obtido por esssa redução no prazo de execução. É neste sentido que as obras que utilizam sistemas construtivos industrializados, como o caso do sistema LSF, faz a diferença, como são de rápida execução, permitem a


58

redução do tempo da obra sem onerar os custos variáveis comuns entre os diversos sistemas estruturais. Segundo Pinho e Penna (2008), quando é considerado a variável tempo na viabilidade econômica do empreendimento, a análise dos custos fica interessante para as estruturas metálicas, pois, mesmo a um custo inicial maior, a economia gerada pela diminuição das despesas fixas, representadas, por exemplo, pelas despesas indiretas pode gerar uma diminuição tal no custo total do empreendimento que a obra torna-se mais econômica em sistemas industrializados.


59

5

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Analisando os resultados obtidos no estudo de caso e na pesquisa bibliográfica, verifica-se a grande potencialidade dos sistemas construtivos secos na inserção dos programas habitacionais do governo brasileiro. Embora na análise dos resultados de custo, o sistema convencional mostrar-se mais econômico, é conveniente afirmar que a diferença superior de 11% entre o custo total do sistema Light Steel Framing para com o sistema convencional, poderia ser reduzida se fossem considerados também os custos indiretos e a construção das moradias em maior escala, assim é provável que influenciasse na redução dos custos de construção do sistema industrializado. Vale ressaltar que o sistema construtivo Light Steel Framing, possui vantagens que devem ser consideradas no alcance das metas de produção do programa habitacional brasileiro, como: maior rapidez de construção, menor geração de entulhos, o que causa menor impácto ambiental e tantas outras vantagens descritas na revisão bibliográfica, vantagens essa que pode justificar o maior custo final da moradia. Sendo assim, ao analisar todo o contexto do trabalho, pode se dizer que, o sistema LSF oferece maior viabilidade na produção em grande escala de residências populares em relação ao método construtivo convencional de alvenaria, quando se é avaliada a relação Tempo X Custo. O sistema LSF possui um alto nível de industrialização se comparado com o sistema convencional, gerando assim as vantagens técnicas e sustentáveis citadas anteriormente e oferecendo um nível de qualidade maior na produção. Recomenda-se para novas pesquisas sobre o tema, analisar entre os sistemas construtivos Light Steel Framing e o sistema convencional um estudo para a produção de casas em ambos os sistemas e comparar as suas despesas indiretas. Outra importante sugestão de pesquisa, que pode ser realisada é a verificação das qualidades entre sistemas construtivos, por exemplo, comparar o conforto termico e acústico de residências realisadas em diversos sistemas construtivos ou entre os dois sistemas analisados neste trabalho.


60

REFERÊNCIAS

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ISOVER. Catálogo de produtos para construção civil. São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.isover.com.br/isover/pdf/produtos_catalogos/Wallfelt.pdf>. Acesso em: 19 set. 2011. JARDIM, Guilherme Torres da Cunha; CAMPOS, Alessandro Souza. Light Steel Framing: uma aposta do setor siderúrgico no desenvolvimento tecnológico da construção civil. . 2006. IBS - Instituto Brasileiro de Siderurgia. CBCA - Centro Brasileiro de Construção em Aço. Rio de Janeiro. 2006. (Série Manual da Construção Civil). Disponível em: <http://www.cbca-iabr.org.br/upfiles/downloads/apresent/SteelFramingCBCA.pdf>. Acesso em: 19 set 2011. KOSTELA, L. Application of the new production philosophy to construction. Technical Report. Stanford: University of Stanford, v.72 , set. 1992. Disponível em: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.15.9598&rep=rep1&type=pdf> Acesso em: 19 set. 2011. LAKATOS, Eva Marina; MARCONI, Marina de Andrade. Científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987. 198 p.

Metodologia do Trabalho

LORDSLEEM JÚNIOR, Alberto C. Execução e inspeção de alvenaria racionalizada. 1nd Ed. São Paulo: O Nome da Rosa editora, 2000. 103p, il. (Primeiros passos da qualidade no canteiro de obras). MICHALKA JR., C.; RIBEIRO, M. A contribuição dos processos industriais de construção para adoção de novas tecnologias na construção civil no Brasil. Vértices, Rio de Janeiro, v. 05, n. 03, p.90-107, dez. 2003.Disponível em: <http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/123/111>. Acesso em : 19 ago. 2011. MANDOLESI, Enrico. Edificación. El proceso de edificación. La edificación industrializada. La edificación del fututo. Barcelona. Ed. CEAC, 1981. apud MICHALKA JR., C.; RIBEIRO, M. A contribuição dos processos industriais de construção para adoção de novas tecnologias na construção civil no Brasil. Vértices, Rio de Janeiro, v. 05, n. 03, p.90-107, dez. 2003.Disponível em: <http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/123/111> Acesso em : 19 ago. 2011. MILAN, G. S.; NOVELLO, R. V.; REIS, Z. C. A viabilidade do sistema Light Steel Framing para construções residenciais. Revista Gestão Industrial, Ponta Grossa, v. 07, n. 01, p. 189209, 2011.Disponível em: <http://revistas.utfpr.edu.br/pg/index.php/revistagi/article/download/538/647> Acesso em: 26 ago. 2011. OLIVEIRA, C. B.; SILVA, I. F.; SANTOS. A. C. O. Análise comparativa do custo de produção de uma casa: sistema convencional em alvenaria X sistema LSF com placa cimentícia. In: Congresso Brasileiro do Concreto, 50., 2008, Salvador – BA. Anais do 50º Congresso Brasileiro do Concreto. Disponível em: < http://www.slideshare.net/CARLABARROSO/50-cbc0123>. Acesso em: 11 out. 2011. PINI. Casa rápida. Steel Frame. Revista Equipe de obra. São Paulo, v.4, n.17, p. 32-36, mai/jun. 2008.


63

PINI. Casa rápida. Steel Frame. Revista Equipe de obra. São Paulo, v.4, n.19, p. 32-34, set/out. 2008. PINI. Revista Construção e Mercado. São Paulo, v.124, p. 122, Nov. 2011. PINHO, Fernando Ottoboni; PENNA, Fernando. Viabilidade econômica. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2008. 84 p, il. +, 1 CD-ROM. (Manual de construção em aço, 14). PONTES, G. Como Construir. Divisórias e fechamentos com placas cimentícias. Revista Téchne, São Paulo, v. 18, n. 156, p.76-80, mar. 2010. RODRIGUES, F. C.. Steel framing: engenharia. 2006. IBS - Instituto Brasileiro de Siderurgia. CBCA - Centro Brasileiro de Construção em Aço. Rio de Janeiro. 2006. (Série Manual da Construção Civil). ROSSO, Teodoro. Racionalização da construção. 1nd Ed. São Paulo : FAU/USP, 1980. SANTIAGO, A. K.; RODRIGUES, M. N; OLIVEIRA, M. S. de. Light Steel Framing como alternativa para a construção de moradias populares. In: CONSTRUMETAL. 4ª edição, 2010, São Paulo. Congresso Latino-Americano da Construção Metálica. Disponível em: <http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/contribuicoes-tecnicas/23-light-steelframing-como-alternativa-para-a-construcao-de-moradias-populares.pdf> .Acesso em : 22 ago. 2011. SANTIAGO, Alexandre Kokke. - O Uso do Sistema Light Steel Framing Associado a outros Sistemas Construtivos como Fechamento Vertical Externo Não Estrutural. 2008. 168 f. Dissertação (Mestrado) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra =130733>. Acesso em: 22 ago. 2011. TCPO 13, tabelas de composições de preços para orçamentos. 13. Ed. São Paulo: PINI, 2010. 630p, il. TERNI, A. W.; SANTIAGO, A. K.; PIANHERI, J. Como Construir. Steel Frame – Fundações – Parte 01. Revista Téchne, São Paulo, v. 16, n. 135, p.77-80, jun. 2008. TERNI, A. W.; SANTIAGO, A. K.; PIANHERI, J. Como Construir. Casa de Steel Frame – Instalações – Parte 04. Revista Téchne, São Paulo, v. 16, n. 141, p.61-64, set. 2008. USIMINAS. Steel Framing: solução USIMINAS para a construção civil. Catálogo técnico. Belo Horizonte, 2005. VIVAN, André L.; PALIARI, José C.; NOVAES, Celso C. Vantagem produtiva do sistema light steel framing: da construção enxuta à racionalização construtiva. In: ENTAC, 13., 2010, Canela – RS, Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Disponível em: <http://www.riberto.com.br/artigos/vantagem%20produtiva%20do%20sistema%20light%20st eel%20framing.pdf>. Acesso em : 22 out. 2011. ZAIDAM, E. SindusCon-SP. Construção Civil: Desempenho e perspectivas. São Paulo. Disponível em <http:// www.sindusconsp.com.br/downloads/imprensa/2011/fiesp.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2011.


64

ANEXO A – ESPECIFICAÇÕES CASA CAIXA ECONOMICA FEDERAL


65


66

APÊNDICE A – LAYOUT PLANTA BAIXO DA CASA MODELO


67

APÊNDICE B – LAYOUT CORTES DA CASA MODELO


68

APÊNDICE C – TABELA DE COMPOSIÇÃO CUSTOS DE PINTURA P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE PINTURA SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

MATERIAIS Pintura com tinta látex PVA em parede interna Tinta látex PVA p/ paredes internas, duas demãos sobre fundo selador. Fundo selador base PVA ambientes internos. Lixa p/ superfície parede e madeira grana 100.

m² l l pç

118,212 20,10 14,19 29,55

2,65 10,51 6,37 0,38

312,80 211,21 90,36 11,23

Pintura com tinta látex acrílica em parede externa Tinta látex acrílica p/ paredes externas, duas demãos sobre fundo selador. Fundo selador acrílico p/ ambientes internos e externos. Lixa p/ superfície parede e madeira grana 100.

m² l l pç

69,96 11,89 8,40 17,49

3,14 13,04 6,91 0,38

219,71 155,09 57,97 6,65

Pintura com tinta esmalte p/ esquadrias de madeira Tinta esmalte acetinado p/ madeiras (portas), 2 demãos. Fundo sintético nivelador para madeira, ( cor: branco fosco). Aguarrás mineral. Lixa p/ superfície parede e madeira grana 100.

m² l l l pç

16,8 2,69 2,18 0,67 6,72

7,67 15,29 37,97 7,15 0,38

128,83 41,10 82,93 4,80 2,55

10,92 7,19

1.411,13 895,32 515,81

DESCRIÇÃO ITENS

MÃO DE OBRA Pintor Ajudante de Pintor TOTAL

h h

81,99 71,74

2.072,47


69

APÊNDICE D – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

MATERIAIS Tubos e conexões de PVC soldável - água fria - Tubo PVC sold. p/ água fria predial Ø25 mm - Tê PVC sold. p/ água fria predial Ø25 mm - Joelho PVC sold. 90° p/ água fria predial Ø25 mm - Joelho PVC sold. 90° c/ bucha de latão Ø25 mm x 3/4" - Adaptador PVC sold. curto c/ bolsa e rosca p/ registro Ø25 mm x 3/4" - Adaptador PVC soldável c/ Flange e anel de vedação para reservatório Ø25mm - Registro PVC gaveta bruto Ø3/4" - Registro de gaveta 3/4" c/ canopla acab. Cromado. - Registro de pressão 3/4" c/ canopla acab. Cromado. - Adesivo para PVC, frasco co 175 g - Kit cavalete de PVC roscável Ø3/4" conforme padrão da concessionária, incl. Base de proteção em concreto simples 20 x 40 x 5 cm. - Torneira de bóia 3/4" com balão de plástico. - Reservatório de fibra de vidro capacidade 500 litros

m pç pç pç pç pç pç pç pç pç

27 4 11 5 4 4 1 1 1 2

2,04 0,58 0,34 3,46 0,50 7,35 20,35 47,39 46,82 6,92

451,63 55,08 2,32 3,74 17,30 2,00 29,40 20,35 47,39 46,82 13,84

1

53,47

53,47

pç pç

1 1

11,70 148,22

11,70 148,22


70

PLANILHA DECOMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

MATERIAIS Louças, metais, aparelhos sanitários e acessórios - Vaso sanitário de louça branca linha popular c/ caixa de descarga plástica externa, incl. Engate PVC, tubo de descarga e acessórios de fixação. - Lavatório pequeno de louça branca sem coluna, incl. Válvula de PVC, sifão PVC sanfonado, engate PVC 1/2" e acessórios de fixação. - Kit de acessórios p/ banheiro composto de papeleira, saboneteira, cabide e porta em abs cromado, linha popular. - Chuveiro plástico branco, incl. Braço pvc branco Ø1/2" e canopla. - Pia de aço inoxidável 1,30 x 0,60 m, incl. Válvula de PVC, sifão PVC tipo sanfonado e acessórios de fixação. - Tanque de mármore sintético pequeno (22 Lts), 1 cuba, incl. Válvula de PVC, sifão de PVC tipo sanfonado e acessórios de fixação. - Torneira de parede cromada linha popular p/ pia de cozinha. - Torneira de parede cromada linha popular p/ tanque. - Torneira de parede cromada linha popular p/ lavatório. MÃO DE OBRA - Encanador - Ajudante de encanador TOTAL

546,25 pç

1

177,40

177,40

1

31,69

31,69

1

23,73

23,73

1

21,75

21,75

1

131,40

131,40

1

86,95

86,95

pç pç pç

1 1 1

33,22 13,43 26,68

33,22 13,43 26,68

10,92 7,93

2.324,53 1.365,00 959,53

h h

125 121

3.322,41


71

APÊNDICE E – TABELA DE COMPOSIÇÕES DE CUSTOS P/ INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

pç pç pç

30 2 12 3 3 2 3 2 1 1 3 1

14,92 8,55 5,67 11,03 2,02 0,78 2,04 27,58 5,67 1,09 3,00 7,31

666,48 447,60 17,10 68,04 33,09 6,06 1,56 6,12 55,16 5,67 1,09 9,00 7,31

1

8,68

8,68

UNID.

QUANT.

MATERIAIS Tubos e conexões - esgoto - Tubo PVC simples com ponta e bolsa p/ esgoto Ø100 mm - Tubo PVC simples com ponta e bolsa p/ esgoto Ø50 mm - Tubo PVC simples com ponta e bolsa p/ esgoto Ø40 mm - Curva curta PVC simples 90º p/ esgoto Ø100 mm - Curva curta PVC simples 90º p/ esgoto Ø40 mm - Joelho PVC simples 45° p/ esgoto Ø40 mm - Joelho PVC simples 90° p/ esgoto Ø40 mm, incl. Anel de borracha. - Tê PVC simples p/ esgoto Ø100 mm x Ø100 mm - Junção de redução PVC simples p/ esgoto Ø100 mm x Ø50 mm - Bucha de redução PVC simples p/ esgoto Ø50 mm x Ø40 mm - Luva PVC simples p/ esgoto Ø40 mm - Luva PVC simples p/ esgoto Ø100 mm - Caixa sifonada de PVC 100 x 100 x 40 mm completa, incl. Grelha e porta grelha de PVC branco.

m m m pç pç pç pç pç


72

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E ÁGUAS PLUVIAIS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

MATERIAIS Caixas para esgoto sanitário Caixa de inspeção 60 x 60 x 50 cm em concreto pré-moldado, e= 5 cm, incl. Fundo, tampa 70 x 70 x 5 cm de concreto armado e regularizado de fundo com argamassa de cimento e areia 1:4 Caixa de gordura simples 60 x 60 x 50 cm, em concreto pré-moldado, e= 5cm. Incl. Fundo, tampa 70 x 70 x 5cm de concreto armado. Caixa de passagem sifonada 60 x 60 x 50 cm, em concreto pré-moldado, e= 5 cm. Incl. Fundo, tampa 70 x 70 x 5 cm de concreto armado. Fossa séptica Ø1,2 m e altura útil = 1,75 m em anéis pré-moldados. Sumidouro Ø1,2 m e altura útil = 1,75 m em anéis pré-moldados com furação, incl. Lastro de brita no fundo. Mão de obra Encanador TOTAL

1.006,35 pç

1

69,89

69,89

1

110,14

110,14

1

69,89

69,89

1

400,28

400,28

1

356,15

48

10,92

h

356,15

524,16 2.196,99


73

APÊNDICE F – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E SISTEMA LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS Tubulações e caixas Eletroduto PVC flexível tipo corrugado Ø20 mm Eletroduto PVC flexível tipo corrugado Ø25 mm Eletroduto PVC flexível tipo corrugado Ø32 mm Caixa eletroduto PVC 4 x 2" Caixa eletroduto PVC 3 x 3" Quadro de distribuição p/ 6 circuitos Plafonier em ABS linha popular p/ lâmpada incandescente Tomadas e interruptores Interruptor 1 tecla simples Interruptor 2 teclas simples Interruptor 1 tecla simples conjugado com 1 tomada universal 2P+T Tomada universal 2P+T Conjunto de 2 tomadas 2P+T conjugadas Placa de acabamento em baquelite com furo central p/ ponto de chuveiro elétrico Disjuntor termomagnético monofásico 10 A Disjuntor termomagnético monofásico 20 A Disjuntor termomagnético monofásico 35 A

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

m m m pç pç pç pç

19 6 30 15 1 1 5

0,93 1,23 1,82 1,21 3,29 113,33 26,64

pç pç pç pç pç pç pç pç pç

2 2 1 6 1 1 2 1 1

5,24 10,32 10,01 13,05 9,53 3,19 7,19 7,27 8,90

TOTAL (R$) 347,62 17,67 7,38 54,60 18,15 3,29 113,33 133,20 162,70 10,48 20,64 10,01 78,30 9,53 3,19 14,38 7,27 8,90


74

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS Fiações e conectores Fio de cobre condutor isol. 750 V #1,5 mm² Fio de cobre condutor isol. 750 V #2,5 mm² Fio de cobre condutor isol. 750 V #6,0 mm² Fio de cobre condutor isol. 1 kV #10,0 mm² Padrão de entrada de energia monofásico em poste de concreto 5m, completo, incl. Aterramento e caixa p/ medidor c/ disjuntor monofásico de 50 A. Mão de obra Eletricista Ajudante de Eletricista TOTAL

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

m m m m

104 49 27 30

0,60 0,90 2,06 3,59

TOTAL (R$) 269,82 62,40 44,10 55,62 107,70

1

788,21

788,21

11,73 7,88

1.961,00 1.173,00 788,00

h h

100 100

3.529,35


75

APÊNDICE G – TABELA DE COMPOSIÇÕES DOS CUSTOS PARA A ETAPA DAS ESQUADRIAS P/ O SISTEMA CONVENCIONAL E LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE ESQUADRIAS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

m² m² m²

8,1 8,1 8,1

374,99 307,08 67,91

3.037,42 2.487,35 550,07

2

392,39

784,78

3

229,99

689,97

3

207,95

623,85

pç pç

2 1

21,88 22,36

43,76 22,36

MATERIAIS Janela Esquadria alumínio correr série 25 fls p/ vidro sem bandeira, incl. Montagem Vidro liso comum transparente, e= 4,0mm, incl. Colocação Portas externas Porta de madeira almofadada semi-oca 1A 0,80 x 2,10 m, e=3,5 cm, incl. Marco tipo aduela e alisar, dobradiça, fechadura externa padão popular e montagem Portas internas Porta de madeira compensada lisa p/ pintura, 0,80 x 2,10 m, incl. Marco tipo aduela e alisar, dobradiça e montagem Fechadura embutir p/ porta tipo Gorges (chave grande) - Linha popular. Fechadura embutir p/ porta de banheiro, completa - Linha popular. TOTAL

4.512,17


76

APÊNDICE H – PLANILHA DE CUSTOS NA EXECUÇÃO DE RASGOS NA ALVENARIA P/ O SISTEMA CONVENCIONAL

PLANILHA DE CUSTOS NA EXECUÇÃO DE RASGOS E ENCHIMENTO P/ PASSAGEM DE TUBULAÇÃO NA ALVENARIA SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL. UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

0,0098

197,38

1,93

m³ kg kg

0,0104 1,56 1,47

72,00 0,38 0,40

0,75 0,59 0,59

MÃO DE OBRA Pedreiro Servente

h h

12,21 17,18

10,92 7,19

256,87 133,33 123,54

TOTAL

m

48,84

5,30

258,80

DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS Argamassa mista de cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:4, com adição de 150 kg de cimento - Areia lavada tipo média - Cal hidratada CH III - Cimento Portland CP III-32


77

APÊNDICE I – TABELA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS PARA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO P/ SISTEMA CONVENCIONAL

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL. UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

Escavação manual de valas ( fund. rasa, baldrame), incl. Mão de obra

4,3272

23,38

101,17

Forma de madeira para vigas baldrame, (aproveitamento 5 vezes) - Tábua 1" x 12" (espessura: 25 mm / largura: 300 mm) - Sarrafo 1" x 3" (espessura: 25 mm / largura: 75 mm) - Desmoldante de fôrmas para concreto - Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) - Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) - Arame galvanizado (bitola: 12 BWG)

m² m² m l

25,16 6,54 18,87 2,52

9,81 19,81 1,86 7,88

246,98 129,61 35,17 19,83

kg

2,52

6,20

15,60

kg kg

0,905904 4,52952

6,58 9,01

5,96 40,81

Concreto estrutural dosado em central, Fck = 25 MPa, p/ vigas baldrame (9 x 40 cm) e sapatas isoladas (80 x 80 x 20 cm). Incl. Colocação e espalhamento.

2,66

337,79

899,14

Armadura das vigas, colunas e vergas - Barra de aço CA-50 3/8" (bitola 10,0 mm / massa linear: 0,617 kg/m) - Barra de aço CA-60 4,2 mm" ( massa linear: 0,109 kg/m) - Arame recozido (diâmetro do fio: 1,25 mm / bitola: 18 BWG)

kg kg kg kg

215,60 192,50 19,25 3,85

3,45 3,36 3,78 6,42

744,30 646,81 72,77 24,72

DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS


78

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL. DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS Impermeabilização de alvenaria de embasamento com argamassa de cimento e areia traço 1:3, com aditivo impermeabilizante, e= 2 cm - Aditivo impermeabilizante e plastificante para argamassa - Areia lavada tipo média - Cimento Portland CP III-32 - Emulsão asfaltica elastomérica (3 demãos) Aterro e reaterro manual de valas, incl. Mão de obra Lastro de brita nº 1 e= 5,0 cm Contrapiso em concreto não estrutural, e= 5,0 cm - Areia lavada tipo média - Pedra brita nº1 - Cimento Portland CP III-32 Lona plástica preta - propileno MÃO DE OBRA Pedreiro Servente Carpinteiro Ajudante de carpinteiro Armador Ajudante de armador TOTAL

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

3,7746

30,80

116,25

l m³ kg kg

0,37746 0,09 36,69 8,68158

2,97 72,00 0,40 10,81

1,12 6,60 14,68 93,85

m³ m³ m² m³ m³ kg m²

5,697 1,8 36 1,22 1,58 396,00 36

12,23 72,48 10,61 72,00 72,48 0,40 0,59

69,67 130,46 381,93 87,74 114,55 158,40 21,24

10,92 7,19 10,92 7,79 10,92 7,79

978,33 70,23 114,29 429,22 76,45 168,17 119,97

h h h h h h

6,43 15,90 39,31 9,81 15,40 15,40

3.668,23


79

APÊNDICE J – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DA ESTRUTURA E FECHAMENTO VERTICAL

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA E FECHAMENTO VERTICAL SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL. UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

mil

2,21

422,27

933,28

Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar , traço 1:2:8 - Areia lavada tipo média - Cal hidratada CH III - Cimento Portland CP III-32 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO Concreto estrutural fabricado na obra, controle "A", Fck = 25 MPa, p/ vigas (9 x 20 cm), colunas (9 x 20 cm), vergas e contra vergas - Areia lavada tipo média - Pedra brita nº1 - Cimento Portland CP III-32

m³ m³ kg kg

1,06 1,29 192,09 192,09

229,80 72,00 0,38 0,40

242,54 92,71 72,99 76,84

1,45

267,01

387,21

m³ m³ kg

1,20 1,21 532,21

72,00 72,48 0,40

86,45 87,87 212,88

Armadura das vigas, colunas, vergas e contravergas - Barra de aço CA-50 5/16" (bitola 8,00 mm / massa linear: 0,395 kg/m) - Barra de aço CA-60 4,2 mm" ( massa linear: 0,109 kg/m) - Arame recozido (diâmetro do fio:1,25 mm / bitola: 18 BWG)

kg kg kg kg

131,56 119,99 9,18 2,40

3,62 3,55 3,78 6,42

476,04 425,95 34,68 15,41

DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS ALVENARIA DE VEDAÇÃO Bloco cerâmico furado de vedação 9 x 19 x 19 ( altura: 190 mm / comprimento: 190 mm / largura: 90 mm)


80

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA E FECHAMENTO VERTICAL SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL. DESCRIÇÃO ITENS

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

m² m² m m l

38,66 9,67 27,84 24,74 3,87

11,16 19,81 1,86 1,49 7,88

431,57 191,48 51,87 36,92 30,47

kg

7,73

6,20

47,94

kg kg

1,54656 6,95952

6,58 9,01

10,18 62,71

10,92 7,19 10,92 7,79 10,92 7,79

2.336,45 853,73 700,56 527,76 74,78 104,83 74,78

MATERIAIS Forma de madeira para pilares e vigas, (aproveitamento 5 vezes) - Tábua 1" x 12" (espessura: 25 mm / largura: 300 mm) - Sarrafo 1" x 3" (espessura: 25 mm / largura: 75 mm) - Pontalete 3" x 3" (Pinus) - Desmoldante de fôrmas para concreto - Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) - Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) - Arame galvanizado (bitola: 12 BWG) MÃO DE OBRA Pedreiro Servente Carpinteiro Ajudante de carpinteiro Armador Ajudante de armador TOTAL

h h h h h h

78,18 97,44 48,33 9,60 9,60 9,60

4.807,08


81

APÊNDICE K – TABELA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS DA ESTRUTURA DE COBERTURA P/ O SISTEMA CONVENCIONAL

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA DE COBERTURA SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL. DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS Madeira (tipo de madeira: peroba) - Vigas: 6 x 16 cm. - Caibros: 5 x 12 cm. - Pontalete: 7,5 x 7,5 cm. - Sarrafo: 5 x 5 cm. - Ripas: 2,5 x 5 cm. - Testeira: 1,5 x 10 cm. - Prego 18 x 27 com cabeça (diâmetro da cabeça: 3,4mm / comp: 62,1 mm) Cobertura em telha cerâmica - Telha cerâmica tipo romana (16 unid./ m²) - Cumeeira telha cerâmica Calha de chapa galvanizada nº 24, desenv. 33 cm, incl. Montagem. MÃO DE OBRA Carpinteiro Ajudante de carpinteiro TOTAL

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ kg m² pç pç m

1,24 0,21 0,70 0,02 0,04 0,26 0,03 8,7984 67,68 1082,88 23 12

1.519,40 1.471,95 1.471,95 1.471,95 1.471,95 1.471,95 1.471,95 6,70 12,88 0,77 1,66 22,03

1.887,46 305,22 1.028,01 24,84 53,73 376,08 40,63 58,95 872,00 833,82 38,18 264,36

10,92 7,79

1.582,87 923,83 659,03

h h

84,60 84,60

4.606,68


82

APÊNDICE L – TABELA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS DE REVESTIMENTO DE PAREDES P/ SISTEMA CONVENCIONAL E PISOS P/ SISTEMA CONVENCIONAL E LIGHT STELL FRAMING

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE REVESTIMENTO DAS PAREDES SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL. DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS Chapisco para parede externa e interna com argamassa mista de cimento areia sem peneirar traço 1:3, e=5 mm - Areia lavada tipo média - Cimento Portland CP III-32 Reboco tipo paulista em paredes internas e externas com argamassa de cimento, cal e areia, e= 2 cm. - Areia lavada tipo média - Cal hidratada CH III - Cimento Portland CP III-32 MÃO DE OBRA Pedreiro Servente TOTAL

UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

200

1,41

282,24

m³ kg

1,22 486

72,00 0,40

87,84 194,40

200

6,93

1.386,90

m³ kg kg

6,10 1215,00 1215,00

72,00 0,38 0,40

439,20 461,70 486,00

10,92 7,19

3.102,16 2.009,28 1.092,88

h h

184,00 152,00

4.771,30


83

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DE REVESTIMENTO DE PAREDES E PISOS SISTEMA CONSTRUTIVO: CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING. UNID.

QUANT.

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

Piso cerâmico assentado com argamassa pré-fabricada de cimento colante - Piso cerâmico esmaltado 30 x 30 cm, PEI 3 - Argamassa pré-fabricada de cimento colante para assentamento de peças cerâmicas - Argamassa pré-fabricada para rejuntamento cerâmico

m² m²

43,2 43,2

13,49 11,42

582,97 493,34

kg

190,08

0,29

55,12

kg

22,85

1,51

34,51

Azulejo assentado com argamassa pré-fabricada de cimento colante - Azulejo branco brilhante 15 x 15 cm extra - Argamassa pré-fabricada de cimento colante para assentamento de peças cerâmicas - Argamassa pré-fabricada para rejuntamento cerâmico

m² m²

18,58 18,58

18,68 17,03

347,12 316,40

kg

81,75

0,29

23,71

kg

4,64

1,51

7,01

10,92 7,19

494,41 305,81 188,61

DESCRIÇÃO ITENS MATERIAIS

MÃO DE OBRA Azulejista Servente TOTAL

h h

28,00 26,23

1.424,51


84

APÊNDICE M – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO P/ O SISTEMA LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA DE FUNDAÇÃO SISTEMA CONSTRUTIVO: LIGHT STEEL FRAMING. CUSTO DESCRIÇÃO ITENS UNID. QUANT. UNITÁRIO (R$) MATERIAIS m² 6,40 9,81 Forma de madeira para laje radier, (aproveitamento 5 vezes) m² - Tábua 1" x 12" (espessura: 25 mm / largura: 300 mm) 1,66 19,81 m - Sarrafo 1" x 3" (espessura: 25 mm / largura: 75 mm) 4,80 1,86 L - Desmoldante de fôrmas para concreto 0,64 7,88 - Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 kg 0,64 6,20 mm) - Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,2304 6,58 - Arame galvanizado (bitola: 12 BWG) kg 1,152 9,01 m³ 6,09 337,79 Concreto estrutural dosado em central, Fck = 25 MPa, p/ laje radier kg 176,91 3,45 Armadura para laje radier kg - Barra de aço CA-50 3/8" (bitola 10,0 mm / massa linear: 0,617 kg/m) 157,95 3,36 kg - Barra de aço CA-60 4,2 mm" ( massa linear: 0,109 kg/m) 15,80 3,78 kg - Arame recozido (diâmetro do fio:1,25 mm / bitola: 18 BWG) 3,16 6,42 m³ Lastro de brita nº 1 e= 5,0 cm 2,03 72,48 m² 40,6 0,59 Impermeabilização com Lona plástica preta - propileno MÃO DE OBRA Carpinteiro h 10,00 10,92 Ajudante de carpinteiro h 2,50 7,79 Armador h 12,64 10,92 Ajudante de armador h 12,64 7,79 TOTAL

TOTAL (R$) 62,81 32,96 8,94 5,04 3,97 1,52 10,38 2.057,14 610,71 530,72 59,71 20,28 147,13 23,95 365,03 109,17 19,44 137,99 98,44 3.266,78


85

APÊNDICE N – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DA ESTRUTURA E DE FECHAMENTO VERTICAL P/ O SISTEMA LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA E DE FECHAMENTO VERTICAL SISTEMA CONSTRUTIVO: LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

UNID.

QUANT.

m² m m m

57,32 49,51 218,25 39,04

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

160,00

9.171,20

MATERIAIS Estrutura e revestimento em Light Steel framing para paredes externas - Perfis de aço galvanizado tipo U 90 x 40 #0,95 mm - Perfis de aço galvanizado tipo Ue 90x40x12 #0,95 mm - Fita aço galvanizado 60x #0,95 mm - Fixação - Chumbador parabolt, com rosca sextavada - Ø3/8" x 3.3/4" - Parafuso cabeça flangeda - ponta broca - 4,8 x 19 - Placa cimentícia 1.200 x 2.400 x 10 mm - Massa cimentícia - balde de 5,0 Kg - Manta hidrófuga - Parafuso cabeça chata - ponta broca com asas - 4,2 x 32 - Fita p/ juntas - 10 cm (rolo 45,70 m) - Fita p/ juntas - 10 cm (rolo 45,70 m) - Isolante - Lã mineral (lã de PET) - Mão de obra especializada


86

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA ESTRUTURA E DE FECHAMENTO VERTICAL SISTEMA CONSTRUTIVO: LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

UNID.

QUANT.

m² m m m

35,64 26,63 130,78 25,02

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

120,00

4.276,80

MATERIAIS Estrutura e revestimento em Light Steel framing para paredes internas - Perfis de aço galvanizado tipo U 90 x 40 #0,95 mm - Perfis de aço galvanizado tipo Ue 90x40x12 #0,95 mm - Fita aço galvanizado 60x #0,95 mm - Fixação - Chumbador parabolt, com rosca sextavada - Ø3/8" x 3.3/4" - Parafuso cabeça flangeda - ponta broca - 4,8 x 19 - Placa de gesso acartonado tipo ST 1.200 x 2.400 x 12,5 mm - Placa de gesso acartonado tipo RU 1.200 x 2.400 x 12,5 mm - Massa para juntas - saco 20 kg - Parafuso cabeça trombeta - ponta agulha - 3,5 x 45 - Fita p/ juntas - rolo 150,0 m - Fita p/ cantos - rolo 30,00 m - Isolante - Lã mineral (lã de PET) - Mão de obra especializada TOTAL

13.448,00


87

APÊNDICE O – TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE COBERTURA P/ SISTEMA LSF

PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS PARA ETAPA DA COBERTURA SISTEMA CONSTRUTIVO: LIGHT STEEL FRAMING. DESCRIÇÃO ITENS

CUSTO UNITÁRIO (R$)

TOTAL (R$)

67,68 285,5 30 6

75,00

5.076,00

m² pç pç

67,68 1082,88 23

12,88 0,77 1,66

872,00 833,82 38,18

m

12

22,03

264,36

UNID.

QUANT.

m² m m m m² cento

Cobertura em telha cerâmica - Telha cerâmica tipo romana (16 unid./ m²) - Cumeeira telha cerâmica Calha de chapa galvanizada nº 24, desenv. 33 cm, incl. Montagem.

MATERIAIS Cobertura em estrutura metálica (Material e Mão de obra) -Perfis de aço galvanizado tipo U 90x40 #0,95 mm - Perfis de aço galvanizado tipo Ue 90x40x12 #0,95 mm - Fita aço galvanizado 60x #0,95 mm - Placa OSB (18 mm) - Parafuso cabeça flangeada - ponta broca - 4,8 x 19

TOTAL

6.212,36


88

APÊNDICE P – PROJETO PRELIMINAR PARA LISTAGEM DE QUANTITATIVOS DE MATERIAL P/ PAINÉIS DO SISTEMA LSF


89


90


91


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