ABRAÇO CHEGANÇA LEMBRANÇA
VIRAÇÃO FESTANÇA ANDANÇA LLIIVVRRO DEE CCU ULLTTO O O D 4ª JORNADA ECUMÊNICA Indaiatuba, 11 a 15 de novembro de2010 FE Brasil e FE Sul
LIVRO DE CULTO 4ª JORNADA ECUMÊNICA 11 a 15 de novembro de 2010 Centro de Espiritualidade Inaciana Vila Kostka Rodovia José Boldrini, 170 – Bairro Itaici Indaiatuba – São Paulo – Brasil PROMOÇÃO FE Brasil e FE Sul APOIO FINANCEIRO Cese— Christian Aid — FLD — FES/CNBB/Cáritas GRUPO DE TRABALHO DE METODOLOGIA Ana Gualberto Cecília Franco Cintia Maria Claudio Becker Cristina Vila Ester Lisboa Jorge Atilio Iulianelli Lúcia Leiga de Oliveira (coordenadora) Marilia Schüller Rafael Soares
GRUPO DE TRABALHO DE LITURGIA Arthur Cavalcante Daniel Santos Souza (coordenador) Darli Alves Emerson dos Reis Hebert de Souza Inés Simeone Juan Gattinoni Lisete Esíndola Luciano José de Lima Luiz Carlos Ramos Margarida de Fátima Ribeiro Matthias Tolsdorf
COORDENAÇÃO GERAL Daniel Evangelista de Souza
COLABORARAM Elenise Ramos Francisco Thiago de Almeida Kennie Ladeira Mendonça Neusa Cesar Thaiana Assis Wesley Dourado
DIAGRAMAÇÃO Texto & Textura
PROJORNADA http://www.projornada.org.br/ 2010
Apresentação Justiça e paz! Chegamos a mais uma Jornada Ecumênica! Nestes dias de primavera, várias sensações acamparão em nossos corpos: a faceira saudade, que faz o distante ficar tão perto; a memória de outros encontros, de outras vozes e olhares, fazendo nascer em nós o sorriso mais sincero; e os sonhos de justiça que nos animam a seguir, simplesmente. Em todas estas inquietações e movimentos, a espiritualidade se faz presença. Em cada Jornada, celebramos as nossas utopias e histórias em comunidade, no encontro de povos em suas distinções regionais e linguísticas. É a poética brisa que nos abraçou e nos conduziu em sua maternidade à folia do reino, casa de todas as gentes. Nesta 4ª Jornada Ecumênica, isto não será diferente. Este livro, que você tem em suas mãos, simboliza, nas vias da linguagem, esta espiritualidade que nos faz viver. O conteúdo das folhas a seguir nasceu no encontro de pessoas de distintas confissões religiosas, que em poesia, criaram palavras, sons e danças. É, portanto, um texto plural, num mundo de afirmação do singular. Também reconhecendo a diversidade da “América Afro‐ latíndia”, optamos por relacionar – nestes textos litúrgicos – as línguas que se fazem presentes em nossas terras, não encobrindo culturas e povos tradicionais que, aqui, se mantém vivos. Preparem‐se, pois cantaremos em português, espanhol, ibo, guarani... Um pentecostes‐cotidiano. A nossa produção é, pois, em esperança. Como numa grande ciranda, sonhamos que estas palavras, músicas, imagens e abraços encontrem guarida em seus corpos e se encarnem em suas realidades, movimentando as suas vivências e as suas lutas. Na força da juventude, Daniel Souza Coordenador da Comissão de Liturgia da 4ª Jornada Ecumênica 3
Presentación ¡Justicia y paz! ¡Hemos llegado a una nueva Jornada Ecuménica! En estos días de primavera, varias sensaciones acamparán en nuestros cuerpos: la jubilosa nostalgia, que nos hace sentir tan cerca a aquellos que están tan lejos; la memoria de otros encuentros, de otras voces y miradas, que hace nacer en nosotros la sonrisa más sincera; y los sueños de justicia que nos animan simplemente a seguir. En medio de estas ansias y movimientos, la espiritualidad hace presencia. En cada jornada celebramos nuestras utopías e historias en comunidad, en el encuentro de pueblos con sus diferencias regiona‐ les y lingüísticas. Es la brisa poética que nos abrazó y nos condujo en su maternidad a la fiesta del reino, casa de todas las gentes. En esta 4ª Jornada Ecuménica no será diferente. Este libro, que ustedes tienen en sus manos, simboliza, en los caminos del lenguaje, esa espiritualidad que nos hace vivir. El contenido de las páginas a seguir nació del encuentro entre personas de distintas confesiones religiosas, que en poesía, crearon palabras, sonidos y danzas. Es, por tanto, un texto plural, en un mundo que afirma lo singular. Reconociendo también la diversidad de “América Afro‐latíndia”, optamos por relacionar – en estos textos litúrgicos – las lenguas que se hacen presentes en nuestras tierras, sin encubrir culturas y pueblos tradicionales que aquí se mantienen vivos. Prepárense, pues cantaremos en portugués, español, ibo, guaraní… Un pentecostés‐cotidiano. Nuestra producción es, pues, en esperanza. Como una gran zaranda, soñamos que estas palabras, canciones, imágenes y abrazos encuentren guarida en sus cuerpos y se encarnen en sus realidades, moviendo sus vivencias y sus luchas. En la fuerza de la juventud Daniel Souza Coordinador de la comisión de liturgia de la 4ª Jornada Ecuménica 4
Chegança 11 de Novembro Tema da Jornada: Vida/abraços Local: Igreja Central Ambientação: Painel representando a diversidade latino‐americana Horário: 15h
Convocação [A celebração terá início no Jardim dos Eucaliptos, onde todas(os) serão convocados, ao som da música, para adentrar no espaço da Igreja.]
♫ Samba de Invocação Aberta está a porta, ó Deus! Vem entre nós estar! Servido está o pão, Senhor! Vem entre nós estar! Que seja o nosso teto Maior que os nossos passos; Que seja o nosso abraço Maior que os nossos ombros; Que corações sedentos De água, de sustento, Justiça, amor, carinho, Encontrem em nós a força E abrigo no caminho! Aberta está! [PROMUSA]
Acolhida Leitura Bíblica: Joel 2.28‐29 “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.” 5
Palavra de Saudação [Representante do FE Brasil, responsável pela promoção da 4ª Jornada Ecumênica]
♫ Salmo 117 [Com a música, cada região será chamada para se apresentar]
Norte e Nordeste Povo em romaria, gente peregrina! Da terra prometida, cante alegre hino. Aleluia, irmãs; aleluia, irmãos! Povo de sacerdotes ao Deus louvação. Centro Oeste Homens e mulheres, venham adorar! Ao Deus de ternura e força vamos festejar! Aleluia, irmãs; aleluia, irmãos! Povo de sacerdotes ao Deus louvação. Sul e Sudeste Povo operário, povo lavrador! Ricas mãos criadoras, elevem ao Senhor! Aleluia, irmãs; aleluia, irmãos! Povo de sacerdotes ao Deus louvação. América Latina e Caribe Fortes jovens venham, Cristo anunciar! Com alegrias e sonhos, vamos caminhar Aleluia, irmãs; aleluia, irmãos! Povo de sacerdotes ao Deus louvação. Países Irmãos Venham, ó Nações, ao Senhor cantar! Ao Deus do Universo, venham exaltar! Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito! Glória à Trindade Santa, glória ao Deus Bendito! [Inspirado no Ofício divino das comunidades (Venham, ó Nações)]
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Poetização Éramos pequenos e esparsos plantados em viveiros Éramos grãos Depois fomos levados pelo vento e pela chuva e crescemos nos jardins e nas favelas e nos transformamos em sombra e seiva para que em nossos ramos florescentes as aves do céu façam morada e a terra inteira seja verde. [Jaci Maraschin (Rastros de São Mateus XXXVI)]
♫ O abraço [As(os) participantes se abraçarão, especialmente pessoas que não se conhecem.]
O laço é um abraço sem medo ou embaraço coração com coração um só povo neste espaço. P´ra isso servem os braços para dar‐te um terno abraço envolve, enrola, enlaça neste embalo me abraça. O abraço é um laço não prende, não aperta coração com coração uma entrega, uma oferta. [Elenise Ramos, João A. Anunciação, Lisete Espíndola e Luiz Carlos Ramos (inspirado em textos de Mário Quintana, José Mário O. R. Barbosa e Clarice Leite)]
Cochichos [Formam‐se grupos, compartilhando os sentimentos pessoais para a Jornada.]
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Escuta dos sentimentos [Cada grupo partilhará com a comunidade dois ou três sentimentos que as(os) trazem para a Jornada. No intervalo entre cada escuta, cantaremos o responso abaixo.]
♫ Responso Abraça, Senhor, os nossos corações Que ofertamos com fé, esperança e amor. [L: Luiz Carlos Ramos; M: Lisete Espíndola]
Chegança… de onde? [Cada participante é convidada(o) para escrever seu nome e o nome da cidade de onde vem cada um(a) e enquanto cantamos, colocamos os nomes no mapa.]
♫ Meu nome Quando nasci ganhei um presente Que me acompanha até o presente Deram‐me um nome que, simplesmente, Me faz singular e bem diferente Do meu amigo, colega ou parente... Só de saber eu fico contente Quando um amigo, antigo ou recente, Repete meu nome, de forma insistente, dizendo que é hora de brincar novamente... [Letra: Luiz Carlos Ramos; Música: Lisete Espíndola. (CD Aventureiros em missão: Os direitos da criança na comunidade de fé)]
O abraço de vidas: nossos compromissos [As(os) participantes conversarão – em grupo regional – por alguns minutos, identificando os compromissos (desafios) nos quais estão envolvidas(os). Cada grupo escreverá dois compromissos, apresentando‐os de maneira criativa para a comunidade. Ao fim, em cada desafio apresentado, um novo grupo se formará.]
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Cirandando ♫ Minha ciranda Pra se dançar ciranda Juntamos mão com mão Formando uma roda Cantando esta canção
Esta ciranda não é minha só Ela é de todos nós A melodia principal quem diz É a primeira voz
[Capiba]
♫ Lato gesto de paz Minha mão, tua mão, gesto da mais pura paz; O meu Deus, o teu Deus, Deus da vida. [Roberto Baptista]
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Lembrança 12 de Novembro Tema da Jornada: Ecologia Local: Jardim dos Eucaliptos Ambientação: A celebração se inicia no refeitório. No caminho até o jardim, teremos: instrumentos, panos e elementos indígenas, vasos com água, terra e músicas que rememorem a história dos povos tradicionais da Ameríndia. Horário: 8h30
Silêncio [As(os) participantes são convidadas(os) para olhar o céu, a criação, o outro e sentir o chão. O silêncio é rompido com o som de instrumentos indígenas]
Memória Na Ceia da Morte e da Vida, a antiga memória perdida; a morte dos Povos do passado na Festa do Povo esperado: Ressurreição; a História da América inteira, nesta Memória de Libertação; na Páscoa do Ressuscitado, a Páscoa Ameríndia ainda sem ressurreição... Eu adorava a Deus, Maíra em toda coisa, Tupã de todo gesto, Razão de toda hora. Eu conhecia a Ciência do Bem e do Mal primeiros. A Vida era meu culto, a Dança era meu culto, 10
a Terra era meu culto, a Morte era meu culto, eu era um Culto vivo! [Da Missa da Terra sem males: Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra]
♫ Pelas dores deste mundo Pelas dores deste mundo, Ó Senhor, imploramos piedade A um só tempo geme a criação Teus ouvidos se inclinem ao clamor Desta gente oprimida. Apressa‐te com a tua salvação! A tua paz, bendita E irmanada co'a justiça Abrace o mundo inteiro. Tem compaixão! O teu poder sustente O testemunho do teu povo. Teu Reino venha a nós Kyrie eleison! [Rodolfo Gaede Neto]
Presença Em nome do Pai de todos os Povos, Maíra de tudo, excelso Tupã. Em nome do Filho, que a todos os homens nos faz ser irmãos. No sangue mesclado com todos os sangues. Em nome da Aliança da Libertação. Em nome da Luz de toda Cultura. Em nome do Amor que está em todo amor. Em nome da Terra‐sem‐males, perdida no lucro, 11
ganhada na dor, em nome da Morte vencida, em nome da Vida, cantamos, Senhor! [Da Missa da Terra sem males: Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra]
Esperança ♫ Renascer na Esperança Mulheres, homens, crianças, trazendo flores e mel, a vida tecem com danças rodando num carrossel. Agora o que mais importa, É renascer na esperança, é renascer, Renascer na esperança. Os pobres já se alimentam e o pão repartem com fé, e alegres se cumprimentam Maria, Joana e José. Os índios trazem da mata cantigas de comover, saudando a lua de prata que vem ao anoitecer. Já não existem mais raças, não mais os muros da cor: nas ruas e pelas praças, louvamos nosso Senhor. E já não valem as classes com tristes separações: agora todos têm faces e unidos os corações. E vem o Espírito Santo usando os dons da mulher, pra encher o mundo de encanto, fazendo tudo o que quer. [Jaci Maraschin, Flávio Irala e Simei Monteiro ]
Bênção: Compromiso del pueblo Dios nuestro y Creador, nos haz hecho uno con esta tierra, para cuidarla y para dar frutos buenos. Ayúdanos a tener propósito y esperanza, con fe y con gozo, en verdad y en libertad. 12
Envíanos, Espíritu de Dios. Confiamos en Dios, quien nos llama a ser la Iglesia para amar y para salvar a toda la creación para servir a la justicia y para resistir el mal para proclamar a Cristo, nuestro Juez y nuestra Esperanza. Envíanos, Brisa de Dios. [De la celebración para el dia de la Tierra: http://www.clailiturgia.org/celebracion‐para‐el‐dia‐de‐la‐tierra‐965.html]
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Viração 13 de Novembro Tema da Jornada: Economia Local: Igreja Central Ambientação: Igreja em formação tradicional (será mudado durante a celebração). Horário: 11h30
Intróito ♫ Laudate Laudate omnes gentes, Laudate Dominum.
Louvemos todos juntos, Louvemos ao Senhor. [Taizé]
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Pro(‐)vocação A Camponesa... [Bibliodrama baseado no texto bíblico de I Rs 21.1‐7: a vinha de Nabote, por Kennie Ladeira Mendonça].
♫ Da terra Vazia [Ao som da música, cada participante é provocada(o) com a questão: “o que é preciso virar na sociedade, nas religiões, na economia?”]
Da terra vazia ... Dos abismos fundos ... Das matas desfeitas ... Das dores nascentes ... Da morte vertente ... Do caos solidão ... Dos bichos sumidos ... Das tocas escuras ...
Das asas cortadas ... Das vidas contidas ... Da espera sentida ... Da destruição. Vem forte ruído, Vento impetuoso E a vida renova É ressurreição. [Jaci Maraschin e Zeni de Lima]
Vir(‐)ação [As(os) participantes são levadas(os) a virar as estruturas presentes no templo. Com a música abaixo, os bancos, as cadeiras, as mesas serão mudados em sua ordem]
♫ Deus, em tua graça, transforma o mundo! Deus, em tua graça, transforma o mundo! Deus, em tua graça, transforma o mundo! [Louis Marcelo Illenseer]
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Festança 14 de Novembro Tema da Jornada: Ecumenismo Local: Mezanino Ambientação: Panos no chão com “símbolos” e frutas (bananas, maçãs) pão, colares, instrumentos musicais, gamela de barros e flores. Mesas preparadas para o café (ao redor). Horário: 7h30
Intróito ♫ Imela Imela, Okaka Imela, Chineche, Imela Ony’oma. [Música tradicional da Nigéria, em Ibo. Trad.: Graças te rendemos, grande Deus / Graças te rendemos porque és bom.]
Palavra de acolhida
A Criação “ Olorum (o ser supremo) resolveu criar Aié (o mundo). Para isso chamou Oduduá e entregou‐lhe um lenço de cabeça de mulher contendo terra e um êrupê (um galo). Naquele tempo tudo estava coberto de água, e Oduduá desceu do céu em sua piroga, desatou o lenço e despejou sobre a água o monte de terra. Sobre ela foi posto o êrupê que com seus pés espalhou a terra em todos os sentidos, fazendo assim surgir a Terra habitável.” [Cf. LALEYE, Issiaka‐Prosper. As religiões da África Negra (O mito Ioruba). In DELUMEAU, Jean. As grandes religiões do mundo. Lisboa: Presença, 2002. p. 615]
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Lamento [A narrativa Iorubá da criação lembra‐nos de que a Terra habitável foi espalhada para todos os lados, para todas as pessoas. Hoje pensamos se a Terra é de fato distribuída e bem cuidada. O sofrimento da Terra e de suas filhas e filhos viram clamor, tornam‐se nosso lamento.]
♫ Canto das três raças ô, ô, ô, ô, ô, ô ô, ô, ô, ô, ô, ô
Fora a luta dos Inconfidentes Pela quebra das correntes Nada adiantou
Ninguém ouviu Um soluçar de dor No canto do Brasil
E de guerra em paz De paz em guerra Todo o povo dessa terra Quando pode cantar Canta de dor
Um lamento triste Sempre ecoou Desde que o índio guerreiro Foi pro cativeiro E de lá cantou
ô, ô, ô, ô, ô, ô... E ecoa noite e dia É ensurdecedor Ai, mas que agonia O canto do trabalhador
Negro entoou Um canto de revolta pelos ares No Quilombo dos Palmares Onde se refugiou
Esse canto que devia Ser um canto de alegria Soa apenas Como um soluçar de dor [Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro]
Afirmação de Fé: Creio na Diferença CREIO em Deus, Pai de todas as gentes, Mãe de todas as raças; E em Jesus Cristo, Deus humano, em tudo semelhante a nós: no sangue vermelho na cor, e no sangue vertido na dor; CREIO no Espírito da Vida, consolador de tantos prantos, pacificador em tantas lutas, inspirador da vida santa; CREIO na comunhão do povo oprimido, na ressurreição dos corpos abatidos, e no gesto eterno do pão repartido; 16
CREIO na vida plena para todos os povos: do Norte e do Sul, do Oriente e do Ocidente; CREIO na paz para todas as gentes: brancos e negros, amarelos e vermelhos; CREIO na justiça para todos os homens, e no direito para todas as mulheres; CREIO, enfim, que somos idênticos na cor do sangue, diferentes na cor da pele, e equivalentes na comunidade humana, rumo à plenitude divina. Amém. [Luiz Carlos Ramos]
♫ O que é o que é Eu fico Com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita...
Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita...
Viver! E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz...
[Gonzaguinha]
Bênção dos Alimentos e Partilha ♫ Bendice, Señor, nuestro pan Bendice, Señor, nuestro pan y da pan a los que tienen hambre y hambre de justicia a los que tienen pan. Bendice, Señor, nuestro pan. [Annotation and Spanish transcription, Federico J. Pagura, © 2002 WCC. English, Donald Wetherick. German, Dieter Trautwein © Strube Verlag, München, Germany. French, Marc Chambron © 2000 Lutheran World Federation, Geneva, Switzerland]
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Andança 15 de Novembro Tema da Jornada: Vida/ Há‐braços Local: Igreja Central Ambientação: Templo com a arrumação tradicional. A parte final será fora do templo. Horário: 10h
Liturgia da Palavra Leitura Bíblica: Joel 2. 28‐29 ♫ Jubileo Nuestros ojos abiertos están Viendo muerte, pobreza y maldad Sin embargo seguimos creyendo Que el futuro está por llegar, La esperanza provoca el andar Por la fe, la justicia y la vida Mañana cuando nazca el sol Vendrá la libertad, la fiesta y el perdón Descanso para todo aquel que sufre Mañana cuando nazca el sol La tierra volverá a aquel que la perdió Y el trigo crecerá y habrá abundancia. [Andonirán Ibarra]
Liturgia de Compromissos [A mesa da Ceia será montada de maneira comunitária, as(os) líderes dos grupos autogestionáveis trarão os elementos como o pão, o vinho, as flores, o painel]
♫ No Amor de Deus Antes de haver manhã ou noite, estrela e luar, 18
o amor de Deus, o próprio Deus, pensando na gente passou a criar. Homem e mulher criou e liberdade lhes deu p´ra construir, p´ra semear na terra a verdade e o amor espalhar. No amor de Deus a vida encontra o seu sentido e o seu final. Ao enfrentar a dor da privação, do ideal, de liberdade, de comunhão, um povo achou sua força em Deus. Cristo veio aclarar toda a vontade de Deus de nos reunir num corpo só:. P´ra isso é preciso de novo nascer. No amor de Deus a vida encontra o seu sentido e o seu final. [Criação Coletiva – SSPROART]
“Carta de Abraços de Compromissos às Incidências de Políticas Públicas”
Liturgia da Mesa: Celebração Eucarística Sursum Corda O Senhor seja com vocês. | E com você também. Elevemos os nossos corações. | Ao Senhor os elevamos. Rendamos graças ao Senhor. | Sim, é justo e bom render graças a Deus. Nós te rendemos graças, ó Deus, porque tu nos acolhes em teus braços, e sempre de novo nos convidas para a te seguirmos rumo à plenitude do reino da Paz e da Justiça, pelas trilhas do Amor. Por isso te saudamos, cantando: 19
E
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus onipotente, Terra e céus estão cheios da tua glória. Glória a ti Senhor! [Texto litúrgico tradicional; Música: Lisete Espíndola]
Memorial (Anamnese) “E, enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo dado graças, o partiu e deu aos discípulos, e disse: ‘Isto é o meu corpo dado por vós: fazei isto em memória de mim’. “Depois de cear, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos e disse: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado por vós; fazei isto em memória de mim’.”
Consagração (Epiclese) Eterno Deus, nosso materno Pai, nós humildemente te suplicamos que envies sobre nós o teu Espírito Santo e cumpras a tua Palavra, a fim de que o pão que vamos comer seja para nós a comunhão no corpo de Cristo, e o vinho que vamos beber seja a comunhão na vida de Cristo; é o que te pedimos em ação de graças; por Cristo, com Cristo, e em Cristo. Amém! [Luiz Carlos Ramos]
Partilha eucarística O pão pelo qual damos graças é a comunhão no corpo de Cristo; O cálice pelo qual damos graças é a comunhão na vida de Cristo.
♫ Convite ao Compromisso Venham, celebremos a Ceia do Senhor. Façamos todos juntos um enorme pão; preparemos muito vinho, como em Caná. Que as mulheres não [se] esqueçam o sal e os homens tragam o fermento. Que venham muitos convidados: cegos, surdos, coxos, presos, pobres.
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Pronto, sigamos a receita do Senhor. Batamos todos juntos a massa com as mãos, e veremos com alegria como cresce o pão. Que as mulheres não [se] esqueçam o sal e os homens tragam o fermento. Que venham muitos convidados: cegos, surdos, coxos, presos, pobres. Porque hoje celebramos o encontro com Jesus. Hoje celebramos nosso compromisso com o Reino. Ninguém ficará com fome! Ninguém ficará com fome! Ninguém ficará com fome! Ninguém! [Elza Tamez e Flávio Irala]
Liturgia do Envio Despedida Bênção Que o amor que nos abraçou em fraternuras guie sempre nossas cheganças; Que o testemunho da justiça esteja aceso em nossa lembrança; Que toda adversidade conheça um porém, esperança de possível viração; Que idos@s, jovens e crianças celebrem no abraço‐ciranda uma grande festança; Que o compromisso com a Terra ilumine nosso céu, horizonte de paz em nossas andanças... [Luciano José de Lima]
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♫ Andança [Durante a música, flores são distribuídas às(aos) participantes.]
Vim, tanta areia andei Da lua cheia eu sei Uma saudade imensa...
(me leva amor) Só o amor me ensina Onde vou chegar (por onde for quero ser seu par)
Vagando em verso eu vim Vestido de cetim Na mão direita, rosas Vou levar...
Rodei de roda, andei Dança da moda, eu sei Cansei de ser sozinha...
Olha a lua mansa... (me leva amor) Se derramar Ao luar descansa Meu caminhar... (amor) Meu olhar em festa... (me leva amor) Se fez feliz Lembrando a seresta Que um dia eu fiz (por onde for quero ser seu par)
Verso encantado, usei Meu namorado é rei Nas lendas do caminho Onde andei. No passo da estrada... (me leva amor) Só faço andar Tenho meu amor Pra me acompanhar... (amor) Vim de longe léguas Cantando eu vim... (me leva amor) Vou, não faço tréguas Sou mesmo assim (por onde for quero ser seu par) Lá lá lá lá lá lá....
Já me fiz a guerra... (me leva amor) Por não saber Que esta terra encerra Meu bem‐querer... (amor) E jamais termina Meu caminhar...
[Edmundo Souto, Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós]
♫ Paz para todos [Na porta da Igreja, representantes dos diversos grupos (crianças, jovens, mulheres, homens) cantarão a bênção, convidando toda a comunidade. O ritmo da música vai se transformando em samba e o fim da Jornada será no Jardim dos Eucaliptos.]
Shalom, Py’Aguapy, Paz, Xirê, Axé. [Lisete Espíndola]
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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 3 PRESENTACIÓN ..................................................................................................... 4 CHEGANÇA ............................................................................................................ 5 Convocação ................................................................................................ 5 Poetização .................................................................................................. 7 Cochichos ................................................................................................... 7 Escuta Dos Sentimentos ............................................................................. 8 De Onde Vem A Sua Chegança? ................................................................. 8 O Abraço De Vidas: Nossos Compromissos ................................................ 8 Cirandando ................................................................................................. 9 LEMBRANÇA ........................................................................................................ 10 Silêncio ..................................................................................................... 10 Memória ................................................................................................... 10 Presença ................................................................................................... 11 Esperança ................................................................................................. 12 Bênção: Compromiso Del Pueblo .............................................................. 12 VIRAÇÃO ............................................................................................................. 13 Intróito ..................................................................................................... 13 Pro(‐)Vocação ........................................................................................... 14 Vir(‐)Ação ................................................................................................. 14 FESTANÇA ........................................................................................................... 15 Intróito ..................................................................................................... 15 Palavra De Acolhida .................................................................................. 15 A Criação .................................................................................................. 15 Lamento ................................................................................................... 16 Afirmação De Fé: Creio Na Diferença ....................................................... 16 Bênção Dos Alimentos E Partilha .............................................................. 17 ANDANÇA ........................................................................................................... 18 Liturgia Da Palavra .................................................................................... 18 Liturgia De Compromissos ........................................................................ 18 Liturgia Da Mesa: Celebração Eucarística ................................................. 19 Liturgia Do Envio ...................................................................................... 21