Liturgia de bodas de diamante

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Odete & Francisco Bodas de Diamante Castro, 15 de novembro de 2014.

♫ Preparação: Introito:

Memória fotográfica

Estamos reunidos em nome do Amor, que é o mais sagrado dos nomes de Deus, para celebrar as Bodas de Diamante de Odete e Francisco Ramos. Aqui estamos, familiares, amigas e amigos, porque os amamos e acreditamos no seu amor.

♫ Hino: “Igreja em Adoração” Letra: Sarah Poulton Kalley (1872); Música: Edouard Niemeyer (1854)

Eterno Pai teu povo congregado, Humilde entoa o teu louvor aqui! No dia para o culto reservado, Com esperança olhamos para ti. Teu santo livro ó grande Deus, tomamos Com fé singela e reverente amor, E, como atentos filhos procuramos Ciência na palavra do Senhor. Jesus! Aos teus benditos pés sentados Queremos teu conselho receber, E sendo por ti mesmo doutrinados, De mais em mais na santa fé crescer.


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Do mundo e seus encargos retirados Queremos descansar em ti, Senhor, Mirando os ricos bens entesourados Na plenitude do teu vasto amor. Ensina aos teus, Espírito divino, Dissipa as trevas desses corações E com a luz do teu celeste ensino, Vem aclarar as santas instruções. Aviva em nós as forças da memória, Pois sempre mais queremos conhecer O Rei dos céus, o Cristo cuja glória Enleva os santos anjos de prazer. Amém. Apresentação do Casal: Reflexão:

Pela filha primogênita, Eliane Ramos Kowalsky

Para nossa reflexão neste momento gostaria de repartir com vocês aquele que, certamente, é o mais solene hino ao amor de todas as Escrituras (cf. 1 Coríntios 13): “Ainda que eu fale as línguas dos poetas e dos profetas, se não tiver amor, serei como o bronze que soa porque é oco, ou como os sinos das catedrais, tão belos quanto vazios. “Ainda que eu tenha o dom de discursar como os grande oradores e domine todo o conhecimento e todos os mistérios, tal como o fazem os maiores peritos e os cientistas mais graduados; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei. “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado nas inquisições da vaidade, se não tiver amor, nada disso me trará proveito algum. “O amor... ah, o amor é paciente, é brando; o amor não arde em ciúmes, não é fanfarrão, nem arrogante, não se conduz inconvenientemente, não procura egoisticamente os seus interesses, não se exalta, não fica melindrado se lhe fazem mal; não se alegra com a injustiça,


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mas congratula-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. “O amor... ah, o amor jamais acaba; mas, os discursos, estes desaparecerão; as gramáticas, cessarão; a ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, prenunciamos. “Quando, porém, vier o que é perfeito, então, a incompletude desaparecerá. [...] “Porque, agora, vemos obscuramente, como que através de um espelho opaco; mas um dia veremos face a face, límpida, clara e cristalinamente. “Agora, nosso conhecimento é parcial; mas um dia será completo. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes, o único que é eterno, é o amor.” Queridos pais, querida família, amigas e amigos, Nem sempre é fácil entender a diferença entre amar e gostar. Gostar é um tipo de primo pobre do “amor”, pois depende das qualidades éticas ou estéticas do objeto desse ”amor”. Por isso, os antigos distinguiam três tipos de amor. Coisa que vocês bem sabem, mas que não custa relembrar, especialmente nestas Bodas de Diamante. Falavam os antigos, então, em Amor-Eros, que é aquele que é condicionado pelos valores estéticos da beleza e das qualidades plásticas da pessoa amada. Falavam ainda no Amor-Filos, que depende das qualidades éticas e morais da outra pessoa. Assim, tendemos a amar o que é belo e o que é bom. Mas esses tipos de amor não são eternos, posto que desvanecendo-se as qualidades estéticas e esvaindo-se a beleza plástica, morre o “Eros”. O mesmo se dá com o “Filos”, caso a pessoa amada cometa algum deslize moral, ou demonstre algum desvio de caráter...


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Neste caso, sepulta-se o “Filos”. Por essa razão, há de haver um tipo de amor menos volúvel e mais perene. No Hino ao Amor que acabamos de declamar, Eros e Filos não são os protagonistas. No poema bíblico, quem reina soberano é o Amor-Ágape. O Amor é eterno porque não depende das qualidades da pessoa amada, nem éticas nem estéticas. O Amor Eterno, portanto, não ama por causa de... Antes, ama a despeito de... Lembram-se do soneto do Drummond? Relembremos alguns trechos: “[...] Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça E com amor não se paga. [...] Amor é dado de graça É semeado no vento, Na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários E a regulamentos vários. [...] Amor é primo da morte, E da morte vencedor, Por mais que o matem (e matam) A cada instante de amor.” O casamento não sobrevive 60 anos se se fundamentar apenas nos critérios da beleza e da moral. Para ultrapassar os 60 anos e ir além, só mesmo um Amor Eterno. Agora, pois, permanecem as letras, as melodias e o amor, estes três; porém o maior destes, o único que é mesmo eterno, é o amor. ♫ Hino: “Sossegai” Letra: Mary Ann Baker (1874) e William Edwin Entzminger (1903); Música: Horatio Richmond

Mestre, o mar se revolta E as ondas nos dão pavor! O céu se reveste de trevas, Não temos um Salvador!


5 Palmer (1874)

Não se te dá que morramos? Podes assim dormir? Se a cada momento nos vemos Já prestes a submergir? “As ondas atendem ao meu mandar: [Mulheres] Sossegai! [Homens] Sossegai! Sossegai! Seja o encapelado mar, A ira dos, homens o gênio do mal; Tais águas não podem a nau tragar, Que leva o Senhor, Rei dos céus e mar! Pois todos ouvem o meu mandar: Sossegai! Sossegai! Convosco estou para vos salvar; Sossegai!” Mestre, tão grande tristeza Me quer hoje consumir! Na dor que perturba minha alma Te imploro: “Vem me acudir!” De ondas do mal que me encobrem, Quem me virá valer? Não tardes, não tardes, bom Mestre, Estou quase a perecer! Mestre chegou a bonança; Em paz vejo o céu e o mar! O meu coração goza calma Que não poderá findar. Firme, ao teu lado, ó Mestre, Dono da terra e céu, Eu hei de chegar, bem seguro, Ao porto, destino meu.

Votos: (Proclamação do amor)

Pai, Mãe, hoje, vocês têm a oportunidade de reafirmar publicamente sua vida em comum. Assim, peço que vocês fiquem de frente, um para o outro, olhem-se nos olhos, e proclamem sinceramente o seu amor. [Proclamação do amor...]


6 ♫ Troca dos anéis:

[Entrada dos anéis]

Odete, com este anel, reafirmo com você a minha aliança de amor, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Francisco, com este anel, reafirmo com você a minha aliança de amor, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.. ♫ Hino: “Ações de Graças” Letra: August Ludwig Storm, 1891; Trad.: Alice Osrtergren Denyszczuk, 1961; Música: John Alfred Hultman (1861-1942).

Graças dou por esta vida, Pelo bem que revelou, Graças dou pelo futuro E por tudo que passou. Pelas bênçãos derramadas, Pelo amor, pela aflição, Pelas graças reveladas, Graças dou pelo perdão. Graças pelo azul celeste E por nuvens que há também, Pelas rosas do caminho E os espinhos que elas têm. Pelas noites desta vida, Pela estrela que brilhou, Pela prece respondida E a esperança que falhou. Pela cruz e o sofrimento E, afinal, ressurreição. Pelo amor, que é sem medida, Pela paz no coração; Pela lágrima vertida E o consolo que é sem par, Pelo dom da eterna vida, Sempre graças hei de dar.

Oração de gratidão à vida Luiz Carlos Ramos, inspirado na música “Gracias a la vida” de Violeta Parra

Eterno Deus, rendemos-te graças pela vida e por tudo que ela nos tem dado: pela luz dos nossos olhos que nos permite distinguir o claro do escuro


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e, no meio da multidão, as pessoas que amamos. Obrigado pelos sons do dia e os ruídos da noite, e pelo dom de podermos, no meio disso tudo, distinguir a voz terna de quem nos ama. Somos gratos pelas palavras que pensamos e pronunciamos: “mãe”, “amigo”, “irmã”, “saudade”; porque nos iluminam e alimentam a alma. Obrigado pela marcha dos nossos pés cansados; porque com eles visitamos cidades, praias e bosques, com eles alcançamos a rua, o pátio e a casa de quem amamos. Somos gratos pelo riso e pelo pranto, pela sina e pelo canto, porque no canto de todos encontramos nosso próprio canto. Obrigado, Senhor, pela Dona Odete, obrigado pelo Seu Chico; obrigado, Senhor, pelos amigos, obrigado pelas amigas. Obrigado pela comunhão de luz, de sons, de palavras, de passos e de cantos. Somos gratos pela vida que nos tem dado tanto. Amém. Declaração:

Beijo: Despedida e Bênção: Cf. Números 6.24-26

Em nome do nome mais Sagrado, Em nome deste Amor Eterno e dos seus frutos: Eliane, Denize, Nelson e Elenise; Eu os declaro eternos namorados, Em nome da fé, da esperança e do Amor. Podem se beijar... O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, E tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. Assim seja!


8 Confraternização: ♫ Graças pelo Aniversário Autoria não identificada

Um ano mais de vida Guardou-vos o Senhor! E deu-vos fiel Guarida No seu divino amor. De coração dai graças Ao vosso eterno Pai! Pois mais um ano passa, A Deus mil graças dai! De noite, em claro dia, No inverno e no verão, Na dor e na alegria Gozastes proteção. No coração que ama O terno Salvador, Existe um canto alegre Que espalha o seu louvor. Ensina-nos, ó Cristo, O que convém lembrar, E todo o nosso tempo No bem aproveitar.

Homenagens:

[Palavras especiais de carinho e cumprimentos ao casal]

* *** * Liturgia preparada pela família Ramos Reflexão e textos litúrgicos de Luiz Carlos Ramos Relato histórico: Eliane Ramos Kowalsky


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