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Na última aula estudamos... A revelação de Deus • Há duas maneiras de nos aproximarmos das Escrituras: • Com o pressuposto da fé; • Com o pressuposto da Dúvida. • A revelação de Deus tem Propósito e é progressiva. • Modos de revelação: • Teofania; • Profecia; • A pessoa do Filho; • O registro da revelação.
Lição 02 Deus existe
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Índice 1. 2. 3. 4.
Introdução Argumentos pró existência de Deus Precisamos provar a existência de Deus? Considerações sobre o Ateísmo
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Intro. Na história, sempre houve crentes e descrentes. Em determinados épocas o número de crentes em Deus pode variar, mas sempre existiu esses dois grupos. Contudo, no mundo pós-moderno tem havido um crescente movimento denominado o neo-ateísmo. Este movimento tem produzido muitas literaturas com a finalidade de escarnecer dos crentes e “convertê-los” ao ateísmo.
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Intro. Cientistas famosos, mundialmente falando, são adeptos do movimento neo-ateísta, como Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Sam Harris e Daniel Dennett, entre outros. Estes quatro nomes são conhecidos como “The Four Horsemans“ (os quatro cavalheiros), e são admirados pelo mundo inteiro. Milhares de neo-ateus tem sido convencidos pelos argumentos desses homens, criação de sociedades e instituições que propagam essa cosmovisão são feitas, e o intelectualismo tem vencido a fé de muitos. Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
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Intro. Richard Dawkins chegou a escrever um livro chamado “Deus, um delírio”. Abaixo algumas citações: "O deus do Antigo Testamento é provavelmente o personagem mais desagradável de toda a ficção: ciumento e orgulhoso disso; um maníaco por controle, miserável e injusto; um abusador vingativo, eugenista sedento por sangue, misógino, homofóbico, racista, infanticida, genocida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista e caprichosamente malévolo.” (The God Delusion – Pág. 51) "É absolutamente seguro dizer que, se você encontrar alguém que afirme não acreditar na evolução, esta pessoa é ignorante, imbecil ou insana (ou maligna, mas eu prefiro não considerá-la assim).” - Richard Dawkins, o Rottweiler de Darwin, Jornal New York Times, seção 7, pagina 34, dia 09 de abril de 1989. Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
Intro. Abaixo algumas citações: “Se todas as conquistas da ciência fossem eliminadas amanhã, não haveria mais médicos, apenas curandeiros, nem transportes mais rápidos que os cavalos, nem computadores, livros impressos nem agricultura mais avançada que a de simples subsistência. Se todas as conquistas dos teólogos fossem eliminadas, alguém notaria a diferença? Até o lado mau da ciência, como as bombas e os barcos baleeiros guiados por sonar, funciona! A teologia não faz nada, não altera nada, não significa nada. O que nos faz pensar que a teologia serve para alguma coisa?” "O potencial de consolo de uma crença não eleva seu valor de Verdade.“ Retirado do livro "Deus, um Delírio" Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
Intro. Mas alguns teólogos tem trabalho para refutar os argumentos destes neo-ateus, mostrando que Deus não é um delírio, e que, sim, a fé cristã não é irracional. A fé cristã não é baseada em uma loucura, sim, em uma boa doutrina. Se Deus não existisse não haveria motivos para fazermos nada. Hoje veremos alguns dos argumentos pró existência de Deus. Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
Argumento Cosmológico Baseia-se na lei de causa e efeito. Tudo efeito tem uma causa. Todas as coisas do mundo tem uma causa, logo, o universo também tem que ter uma causa. Kant (1724-1804) questionou o argumento mostrando que, se tudo tem uma causa, isto também se aplica a Deus. Tomás de Aquino defendeu que há uma causa primeira, uma causa não causada, a origem de tudo, Deus (Hb 3.4). Fraqueza do argumento: o argumento não conduz necessariamente a uma causa única e pessoal. Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
Argumento Teleológico Telos: fim, objetivo • O mundo revela desígnio, logo, teve um designador. • A pedra e o relógio de William Paley – (McGrath, p. 301) Evidências de desígnio no mundo: • No corpo humano • Nos animais • Nas condições deste planeta Fraqueza do argumento: o argumento não conduz necessariamente a um Deus pessoal. Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
Argumento Moral Temos uma natureza moral – de onde isso veio? De um ser moral. • Senso de responsabilidade • Imago Dei • Domínio • Sociabilidade • Amor • Justiça • Santidade • Fé • Senso estético • Comunicação • Etc. Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
Argumento Histórico ou Etnológico Entre todos os povos há sentimento religioso, há alguma forma de culto. Se o homem é religioso, de onde veio isso? Romanos 2. 14-16
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As 5 vias de Tomás de Aquino (1225–1274) Premissa básica: o mundo reflete a imagem do seu Criador. Deus deixou uma “assinatura divina” em sua criação. 1ª Via – Argumento do movimento/mudança • As coisas neste mundo estão em constante movimento. Este mundo não é estático – é dinâmico • Chuva caindo do céu • Pedras rolando da montanha • Terra girando em torno do sol
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As 5 vias de Tomás de Aquino (1225–1274) A questão é: como a natureza entrou em movimento? Por que está em processo contínuo de mudança? A resposta: nada se move por causa própria, mas há uma força que iniciou o movimento. 2ª Via – Argumento da causalidade Há causas e efeitos no mundo, logo, há uma causa primeira, não causada
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As 5 vias de Tomás de Aquino (1225–1274) 3ª Via – Argumento dos seres contingentes • Existem seres no mundo que não estão aqui por uma questão de necessidade. • O fato de nós estarmos neste mundo precisa de uma explicação. Qual a causa de nossa existência? • Aquino explica que um ser é criado porque outro que já existia o criou. Nossa existência é causa por outro ser. No início desta cadeia, está um ser que é necessário – Deus. 4ª Via – Argumento dos valores humanos • Verdade, virtude e nobreza Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
As 5 vias de Tomás de Aquino (1225–1274) • De onde surgiram estes valores? • Aquino defende a existência necessária de algo que seja em si mesmo verdadeiro, virtuoso e nobre e que dê origem a estas ideias de verdade, virtude e nobreza. 5ª Via – Argumento teleológico • O mundo revela traços de desígnio, propósito • Os processos naturais e toda a criação parece se adaptar a objetivos definidos.
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Precisamos provar a existência de Deus? Ao avaliar estes argumentos racionais, deve-se assinalar antes de tudo que os crentes não precisam deles. Sua convicção a respeito da existência de Deus não depende deles, mas, sim, da confiante aceitação da autorevelação de Deus na Escritura. Se muitos em nossos dias estão querendo firmar sua fé na existência de Deus nesses argumentos racionais, isto se deve em grande medida ao fato de que eles se negam a aceitar o testemunho da palavra de Deus. – Louis Berkhof • Embora não provem a existência de Deus além da possibilidade de dúvida e a ponto de obrigar o assentimento, podem ser elaborados de maneira que estabeleçam uma forte probabilidade e, por isso, poderão silenciar muitos incrédulos.
Sobre o Ateísmo O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações. São prósperos os seus caminhos em todo tempo; muito acima e longe dele estão os teus juízos; quanto aos seus adversários, ele a todos ridiculiza. Pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado; de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá. A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniquidade. (Salmo 10.4-7)
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Sobre o Ateísmo Senhor, Deus da verdade, será suficiente conhecer essas coisas para te agradar? Infeliz o homem que conhece tudo isso e não te conhece. Feliz aquele que te conhece, ainda que ignore o resto. Aquele que te conhece a ti e também as outras coisas, não é mais feliz por esse conhecimento, mas somente por conhecer a ti, e conhecendo-te, te glorifica pelo que és, e te rende graças, e não se perde em vãs reflexões. Seria loucura duvidar de que está em melhor situação do que aquele que sabe medir os céus, contar as estrelas e pesar os elementos, e no entanto despreza a ti, que tudo dispuseste com medida, quantidade e peso. Agostinho, Confissões, Livro V, 7. Luiz Lacerda | http://luizlacerda.com
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