Estúdio Quatro vol. I / II FAUUSP 2018 _ aup 0162

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estĂşdio quatro I/II


Estúdio Quatro: Projeto de equipamento público social – Volume 1 Organização de Luiz Sakata et al. São Paulo : FAUUSP, 2019. 80 p. : il. ISBN: 978-85-8089-168-3


estúdio quatro I / II projeto de equipamento público social

organizadores:

Luiz Felipe Sakata Teo Butenas Santos Luiza Nadalutti Jaime Solares

são paulo fauusp 2018


agradecimentos

À Universidade de São Paulo e à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, pelos programas PAE e de monitoria da graduação, sem os quais não teria sido possível essa publicação. Aos professores da disciplina AUP0162, pelo incentivo e comprometimento ao desenvolvimento desta publicação. Aos alunos participantes, nos quais se fundamenta a finalidade de todo o trabalho. Ao José Tadeu de Azevedo Maia e André Luiz Ferreira, e demais funcionários da seção do LPG-FAUUSP, por viabilzarem a impressão e encadernamento desses volumes.


professores Prof. Dr. Alexandre Delijaicov Prof. Dr. Angelo Bucci Prof. Dr. Antonio Carlos Barossi Prof. Dr. Luciano Margotto Prof. Dr. Rodrigo Queiroz

monitores de graduação Luiz Felipe Sakata Luiza Nadalutti Teo Butenas Santos

estagiários PAE Jaime Solares

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índice

estúdio quatro

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números

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monitoria

08

tabela de áreas

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cultura de projeto de arquitetura pública

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alexandre delijaicov

o estúdio em três atos

14

angelo bucci

o aprendizado na cidade e o estudante como dado do projeto

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antonio carlos barossi

projetos

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programa e forma

64

rodrigo queiroz

poética, uma lição luciano margotto

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estúdio quatro

A cada quatro anos, o grupo de disciplinas de projeto se renova por inteiro, trazendo novos programas para as temáticas de infraestrutura urbana, habitação social e equipamento público – respectivamente, nas disciplinas de projeto 1, 2 e 3, e 4. A AUP0162, quarta e última disciplina de projeto de arquitetura obrigatória na FAUUSP, se incumbe de lidar com a questão do equipamento público, e há quatro anos tem como programa proposto a Casa de Cultura. É no intuito de celebrar o fechamento de um ciclo que esta publicação se apresenta, como um registro de memória e síntese desta experiência, sendo uma conclusão, não apenas de um semestre, mas de quatro anos de reflexão coletiva, como Escola de Arquitetura, com a Casa de Cultura. Este Estúdio não se define por seu sítio de trabalho ou pela novidade de seu programa, como em anos anteriores, mas sim por toda a bagagem acumulada, por alunos, monitores e professores nos últimos quatro anos, e que tem aqui seu ato final. Ele é, por definição, Estúdio Quatro.


005 professores 004 monitores 197 estudantes 033 intercambistas 034 terrenos 001 cidade 015 semanas de aula 003 seminĂĄrios 004 anos de reflexĂŁo 001 programa

nĂşmeros

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O programa de monitoria de graduação das disciplinas de projeto tem por objetivo produzir uma ação positiva nas três partes que compõe um estúdio: alunos, professores, e nos próprios monitores. A primeira e mais óbvia função da monitoria é auxiliar os professores na atividade didática, organizando o estúdio, as entregas e apresentações e garantindo a comunicação e transmissão de informações entre todas as partes. A segunda, mais sutil, está em ajudar a criar um ambiente de conversa e cooperação. Encontrando-se na privilegiada posição intermediária, entre professores e alunos, os monitores servem ao mesmo tempo o papel de orientadores e colegas: alguém com maior experiência na atividade de projeto (por já terem passado por aquela disciplina e em geral, compilarem mais anos de experiência) com quem os alunos podem tirar duvidas, de quem receber recomendações, sugestões e indicações de referências, materiais e técnicas construtivas; mas também parceiros, que por se encontrarem também na situação de estudantes, compreendem as angústias e preocupações dos alunos e exercem a mediação na conversa com os professores.

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monitoria de graduação

Este papel foi fundamental neste semestre de atividades, devido a alguns fatores excepcionais. A enorme quantidade de alunos matriculados e o tempo reduzido fizeram com que os atendimentos individuais com os professores tivessem que ser menos frequentes, portanto, a conversa com os monitores fora do horário de atendimento contribuiu não só para sanar duvidas mais urgentes, mas também para que os alunos chegassem mais preparados para conversar com o professor, já tendo suas propostas préviamente questionadas, debatidas e amadurecidas. Os resultados dessa estratégia pedagógica são do maior interesse. Por fim, a experiência também serviu ao aprendizado e crescimento dos monitores como profissionais de projeto, tanto pelo contato mais direto com os professores e a atividade didática - o estar do outro lado - quanto pelo desafio de analisar, compreender e identificar questões comuns e especificidades em cada um dos tantos projetos, distribuidos em 34 localidades distintas, distribuidas por toda a cidade. O olhar rápido e analítico, que busca em poucos minutos compreender uma proposta seguida da outra, algo tão corriqueiro aos nossos professores foi, para nós, um ganho enorme. Observar como um complexo programa cultural se desenvolve frente às mais variadas situações urbanas permite não só uma comparação de semelhantes, mas principalmente o florescer da diferença. Nesse sentido, a grande presença de intercambistas dos mais diferentes países, do Chile até a Suiça, contribuiu para que novos referenciais de projeto, novos métodos, narrativas e debates projetuais se desenrolassem no espaço do estúdio.


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áreas cobertas 2610 salões 1080 apresentações 270 exposições 270 oficinas 270 leitura 270

acesso 324 marquise 045 saguão 225 loja 018 café 018 informações 018

administração 176 expediente 108 reuniões 036 copa 014 sanitários 018

serviços e apoio 081 depósitos 045 manutenção 027 depósito material limpeza 009

área de pessoal 086 12

tabela de áreas

estar 036 copa 014 vestiários 036

outros 864 sanitários públicos 144 depósito de resíduos 009 transformador 018 gerador 018 máquina elevador | caixa d`água 054 cobertura 036 área de circulação 585

áreas descobertas 426 no edíficio

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terraço | mirante

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no térreo 336 pátio de entrada 200 pátio carga e descarga 036 bicicletário 100 jardins | área permeável 15%


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Pergunta: como projetar 96 edifícios públicos diferentes, em 96 terrenos, por 96 equipes de projetistas, para abrigarem o mesmo programa, de equipamento público, com mesma área construída e mesmo custo e prazo? Garantindo segurança, salubridade, conforto, beleza e facilidade de limpeza, manutenção e conservação. Considerando que o programa foi definido por política pública de Estado e constitui o Termo de Referência [TR] dos editais de licitação dos projetos dos 96 edifícios, elaborado por escritório público municipal de projetos. Objetivo: melhoria da qualidade dos projetos e obras públicas, dos edifícios públicos. Aprimoramento continuado da qualidade da cultura de projeto de arquitetura pública. Espiral virtuosa da cultura de projeto da arquitetura pública: planejar, projetar, orçar, construir, manter e avaliar. Programa: Casas de Cultura da Cidade de São Paulo. Rede de 96 Casas de Cultura, uma em cada distrito do município, para abrigarem a produção cultural e artística dos coletivos que venceram os editais, das secretarias municipal e estadual de cultura e do Ministério da Cultura. Estúdios para produção, por exemplo, de filmes, documentários, desenhos animados, aplicativos, jogos, quadrinhos, publicações impressas, livros, literatura, música, dança, teatro, produção de exposições, culinária, agricultura urbana, e tudo a ser inventado.

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cultura de projeto de arquitetura pública alexandre delijaicov

Cada Casa de Cultura é formada por quatro salões (estúdios) para produção cultural e artística, um terraço na cobertura para produção artística e encontros dos coletivos culturais, e saguão de entrada no térreo, para encontro dos coletivos, com café e lojinha para vendas dos produtos culturais e artísticos, a partir dos conceitos e da cultura de economia solidária. Cada salão, terraço e saguão têm duas salas ao lado: uma para coordenador e monitores, e outra sala para depósito. Vestíbulo liga as três salas com sanitários e circulação vertical. Os salões e saguão têm pé-direito alto, mas não pé-direito duplo, de 4 metros de altura e 270 m2 de área útil, com largura e comprimento compatíveis para possível subdivisão em seis salas e um corredor. Todos os ambientes com janelas para garantir iluminação e ventilação naturais, inclusive depósitos, sanitários, escada de segurança e vestíbulos. Os salões serão utilizados simultaneamente e intensamente, por isso, para evitar conflitos devem ter isolamento acústico para não transmitir sons e vibrações para os outros salões. Lugar: 34 terrenos, em 34 distritos prioritários, dos 96 terrenos, nos 96 distritos do Município de São Paulo. Terrenos pequenos, cerca de 800m2, de esquina, atualmente postos de gasolina, lugares onde serão construídos os edifícios que abrigarão as Casas de Cultura. Terrenos planos horizontais, ou com terrapleno, que evitam custos de infraestrutura com movimento de terra e muros de arrimo. Escolhidos por estarem em esquinas animadas por vitrines, comércio e transporte público, constituem metaforicamente "as esquinas culturais".


As "esquinas de produção cultural" estão próximas, caminhando ou pedalando, dos equipamentos públicos municipais, estaduais e federais de educação, cultura, esportes, lazer, desenvolvimento social e saúde. Confluências de caminhos que estruturam os endereços da rede de equipamentos públicos municipais de cultura na escala urbana do distrito, subdistrito e bairro. Multiplicam os lugares de oportunidade de encontros e produção coletiva para o transformar-se, o devir, e transformar o lugar: espaço social. No lugar da cobertura do pátio das bombas de gasolina do posto, o perímetro do alinhamento com o passeio público das duas ruas que constituem a esquina é, potencialmente, a linha de organização do espaço intermediário (espaço de transição) entre o ambiente exterior da rua, da infraestrutura urbana, e o ambiente interior do edifício, do equipamento público. Marquise de acolhimento, que alarga a calçada, por um trecho coberto - stoa ou loggia, abrigo entre a rua e o saguão de entrada. Construção: infraestrutura urbana e equipamentos públicos em bairros densamente povoados. Os edifícios públicos que abrigarão o programa das Casas de Cultura serão edifícios verticais porque os terrenos de esquina são relativamente pequenos para abrigar o programa em um edifício horizontal. Questões: custo dos terrenos localizados em ruas com infraestrutura urbana; conquista de esquinas para implantação de equipamentos de cultura, capilares de redes de equipamentos; e a verticalização dos equipamentos públicos. Edifício vertical, máximo 7 pavimentos, incluindo o térreo e o teto-terraço, com área construída total, máxima, de 3.300m2. Aproximadamente 470m2 de área construída, máxima, por pavimento, considerando a área interna útil total e as áreas dos pilares, paredes, beirais, marquises, brises, ático e vestíbulos - espaços intermediários entre os ambientes servidos e os ambientes servidores. Vestíbulos entre as torres, prumadas, dos salões, sanitários e circulação vertical (elevadores e escada). Coordenação modular: o edifício público deve permitir apropriação e mudanças de uso, reformas, "flexibilidade espacial". Porém garantindo segurança, salubridade, conforto, beleza, racionalização da construção e facilidade de limpeza, manutenção e conservação. Deve ter coordenação modular entre os componentes dos diversos sistemas construtivos que constituem o prédio: sistema estrutural, sistema de cobertura, sistemas de paredes internas, externas, portas e janelas, sistemas de instalações hidráulicas e elétricas, etc. As desejáveis pontes de mão dupla entre as escolas públicas de arquitetura e os escritórios públicos de projeto, promovem saudável debate dialético, e contribuem para a melhoria da qualidade dos projetos e obras públicas - equipamentos e infraestruturas urbanas. Os três eixos da universidade pública: ensino, pesquisa e cultura e extensão universitária, fomentam a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação - de ferramentas, instrumentos, métodos e processos, por exemplo, para a cultura de projeto da arquitetura pública.

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As atividades, num estúdio de projetos, se desenvolvem através do diálogo, em dois formatos universais: orientações, individuais, e seminários de apresentação, entre o grupo. O resultado, por sua vez, ganha um círculo expandido de interlocução — no espaço da comunidade acadêmica, entre os diferentes estúdios, e no tempo, ao longo dos anos —, que se apoia em dois outros moldes: exposição e publicação. A dinâmica de trabalho está modulada no tempo — calendário de atividades — onde a programação de três seminários de apresentações corresponde a três eventos marco aos quais se fez corresponder três ênfases típicas do processo de projeto, a saber: partido, elaboração e fechamento. Busca-se, evidente, nomeá-las de modo a escapar da denominação consagrada para as fases de desenvolvimento de um projeto profissional — estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo — pois estas são definidas pelos momentos de interlocução com o conjunto de especialidades mobilizadas num projeto: engenharias, complementares, consultorias. E, como tais interlocutores não estão concretamente engajados no estúdio acadêmico, a adoção daqueles mesmos termos simula e, fora da interlocução, tende a confundir. As ênfases se sucedem como três atos no semestre — partido, elaboração e fechamento —com o sentido de fazer compreender como o tempo, andamento, opera na sucessão das fases, atmosferas, do processo propositivo. 16

o estúdio em três atos angelo bucci

O primeiro ato, partido, abre-se para a expansão do campo de possibilidades. Pois, para uma escolha rica, além de critérios claros, é crucial manter ao alcance diversos possíveis, que se apresentam no processo de desenho como esboços. Portanto sugere-se abrir mais do que focar, como numa deriva produtiva. É nessa fase que o arquiteto se renova, a cada projeto, ao formular hipóteses que lhe são, em alguma medida, inusitadas. A questão é um ‘o que’. A meta é o rigor de um conceito. Embora pareça pouco, o partido produz um desenho fundamental que, em seguida, será submetido a uma série de provas de permanência: de se fazer presente durante a elaboração do projeto e, por vezes, de ressurgir vivamente em outros contextos e projetos ao longo da vida do arquiteto. A representação gráfica que lhe corresponde é, normalmente, um croqui: suficientemente claro como ideia e, ao mesmo tempo, aberto o bastante para permitir diversas finalizações possíveis. Por isso, um mesmo partido pode se desdobrar em inúmeros projetos. Embora possa ser reproduzido como rápido esboço, esse croqui se produz por meticulosa elaboração. Ela marca posição sobre os critérios e escolhas. O partido almeja, sem dúvida, à síntese. Além disso, configura o método, validade, para o trabalho nas etapas subsequentes. Orienta o processo sem trancar alternativas e evita que o sujeito


se perca na miríade de temas pelos quais necessariamente terá que percorrer num caminho que, sem um propósito claro, seria labiríntico. Uma vez desenhado, o partido se imprime na memória e mantém ao alcance aquelas motivações iniciais mais profundas. Essa fase é arqué: ponto de partida, fundamento e causa do processo. A palavra que lhe corresponde, pertinência. Ao segundo ato, elaboração, corresponde um mergulho no código da linguagem arquitetônica com ênfase nos seus aspectos construtivos e estéticos. Essa fase é tectônica. Aqui, a questão que se impõe é um ‘como’. A sua resolução exige uma quebra, aquilo que era uno e íntegro, enquanto conceito na fase anterior, agora deve desmantelado em partes. Há uma busca, analítica, da essência possível a cada parte e o julgamento da sua razão de ser, construtiva, em relação ao todo. É uma fase de acúmulo, mas a cada quanto é preciso sacudir a prancha de desenho com desprendimento suficiente para deixar cair o que já não vem ao caso. Acúmulo criterioso. Sua palavra é consistência. O terceiro ato, fechamento, é de filtro rigoroso, estratégico e poético, para a montagem da sequência discursiva. Essa fase é desenho. Sua questão é um ‘por que’, que nesse ponto trata-se de uma pergunta a ser suficientemente respondida no projeto. A palavra que deve lhe corresponder — como uma meta — é beleza. Compreender essa dinâmica, inclusive suas oscilações típicas entre angústia e satisfação, é fundamental para que um arquiteto se reconheça no próprio trabalho e, assim, para que se imprima humanidade ao seu processo de projeto: o arquiteto como autor porque o sujeito daquilo que propõe. Assim, convenhamos, não há autoria possível na alienação, nem arquitetura que avance sob o dogma. A razão de existir da escola é justamente se opor a esses dois incapacitantes: a alienação e o dogma. Ela se empenha no engajamento crescente e na ruptura com a rigidez do saber cristalizado para libertar a potência propositiva dos fragmentos que o compõem. Assim, pela superação de uma coisa e outra, a fim avançar na elaboração da linguagem arquitetônica, na pertinência das formas possíveis ainda não configuradas. A meta é trabalhar na linha de fronteira e expandir limites. Claro, isso traz riscos inerentes e inclui no processo, tranquilamente, a possibilidade do erro. Precisamente daquela parcela de erro que cabe à experimentação, ao processo vivo de proposição arquitetônica. A atividade de um estúdio de projetos afinal celebra, na sua diversidade propositiva, a vida de cada um como indivíduo. O acervo que ele produz, cada um dos projetos que oferece a todos uma Casa de Cultura possível que ainda não estava no mundo, é um modo de compartilhar como viva celebração em sociedade.

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Conforme a ementa da disciplina, o objetivo do curso é o “Aprendizado da teoria e da prática do Projeto de Arquitetura a partir da elaboração de projetos de edificações urbanas de relevância social e interesse público, com ênfase naquelas destinadas a abrigar equipamentos de uso público...aprofundando-se no estudo do programa e das transições espaciais da cidade e da edificação” Subentende-se aí que, a par dos conhecimentos da história e da tecnologia, aprende-se projetar projetando. Considerando que o projeto de arquitetura se realiza plenamente com a construção da obra e que é um processo de interlocução com diversos agentes que dele participam, é necessário para o aprendizado no âmbito acadêmico de uma simulação que dê conta da complexidade de relações que permeiam o projeto de arquitetura, visto que nem a obra será construída e nem há os interlocutores que dele fazem parte. Porém a complexidade do real é matéria prima básica da arquitetura e não comporta simulações. A indissociabilidade da arquitetura em relação ao homem e à história impõe a necessidade de que seu aprendizado seja pensado como parte do próprio processo de construção da cidade e nele inserido, e não como um jogo de simulações cuja formulação tenha origem exclusiva numa gramática do processo de projeto e na instrumentação de um ferramental específico.

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O aprendizado na cidade e o estudante como dado do projeto antonio carlos barossi

Isso não significa, como pode parecer à primeira vista, que se trata de propor aos alunos trabalhos de projeto que sejam reais ou baseados em exigências de viabilidade real. Significa dizer que sejam quais forem esses projetos eles devem ser tratados como parte de uma produção maior que determina o papel da escola dentro do processo de construção do ambiente humano que é a cidade. É como se disséssemos que não havendo uma definição desse papel e qual sua relação direta com a graduação, não há aprendizado em arquitetura. Esse papel se dá através da inserção da universidade na sociedade, baseada no tripé ensino, pesquisa e cultura e extensão. Daí o objeto proposto para o projeto dos estudantes ser uma Casa de Cultura dentro de uma rede municipal de Casas de Cultura, nos termos estabelecidos por uma minuta de edital e por um levantamento de áreas elaborados no âmbito do Grupo de Pesquisa em Projeto de Arquitetura de Equipamentos Públicos da FAUUSP em colaboração com a Prefeitura de São Paulo sob a coordenação do prof. Dr. Alexandre Delijaicov. Assim, mais que um objeto de projeto, trata-se de um contexto de pesquisa que reúne alunos de graduação, de pós graduação, arquitetos e professores no qual, conforme descrito no site do grupo, além do vínculo com a produção da disciplina, o trabalho visa não só o aperfeiçoamento dos programas propostos para os alunos matriculados na disciplina do terceiro ano da FAU USP como também a continuidade da prática projetual como atividade de extensão vinculada à demandas reais da sociedade. A escolha dos locais de projeto, aliada ao programa que contempla não propriamente espaços para apresentar a produção cultural dos bairros, mas a infraestrutura para sua produção, teve um caráter emblemático e simbólico na perspectiva por uma mudança dos referenciais que constroem cidade.


As áreas a serem escolhidas pelos estudantes para o projeto foram levantadas pelo grupo de pesquisa entre as inúmeras e privilegiadas esquinas ocupadas por postos de gasolina. A proposta do trabalho se configura assim como a metáfora de um desejo: a busca pelo desenho de uma cidade mais humana, invertendo as prioridades que hoje regem a sua construção. Do automóvel e seu abastecimento para o homem e sua cultura. Há que se compatibilizar as complexas imposições da técnica, da realidade social, das determinantes institucionais e das forças políticas que acabam por induzir a configuração de uma rede de equipamentos dessa magnitude, com a perspectiva acadêmica e didática de um projeto realizado para o aprendizado dentro da escola e que deve contar com a liberdade necessária ao contexto acadêmico e universitário. Da mesma maneira, uma perspectiva de viabilidade concreta do projeto desenvolvido pelos alunos para a disciplina, como se ele pudesse ser realizado, pode reduzir tanto a potencialidade didática do trabalho ao colocar restrições circunstanciais ao projeto acadêmico, como a própria contribuição para o processo geral de pensar e mesmo de construir a cidade contemporânea através da pesquisa e da cultura e extensão ao limitar a contribuição individual de cada estudante a partir de sua vivência acadêmica pessoal. Considera-se que a contribuição dos resultados do trabalho didático está justamente na autonomia e na liberdade do estudante na elaboração do seu projeto, condição para que ele se coloque plenamente perante a questão a partir da sua visão, de sua sensibilidade, intuição e principalmente seus interesses em relação ao curso. Isso relativiza a exigência genérica da busca pela melhor solução para o problema do ponto de vista objetivo do programa, do lugar e do contexto na medida em que a melhor solução deve considerar que o estudante, com suas perspectivas, interesses e carências, é também parte do problema. É como se disséssemos que o estudante faz parte do programa do projeto, com seus interesses em relação ao trabalho tendo em vista o momento no seu processo de formação e das suas perspectivas futuras enquanto arquiteto: talvez a única referência concreta para o projeto já que todas as outras, embora baseadas na realidade, são hipotéticas. Com relação às soluções propostas vale destacar dois aspectos. O primeiro diz respeito a organização do programa já como projeto na definição de agrupamentos funcionais que se caracterizam como “unidades espaciais” que merecem expressão própria dentro da sintaxe do edifício a partir do realce das suas exigências espaciais e construtivas particulares. Por exemplo ao tirar partido do contraste entre opacidade e transparência em função das diferentes exigências de controle de luz e som dos salões; ou então ao invés de colocar junto à cada um dos quatro salões a sala administrativa de coordenação de suas atividades, agrupá-las junto à área administrativa do conjunto favorecendo o compartilhamento das atividades e da infraestrutura administrativa e criando um novo “grupo funcional” com maior potencial de diversificação de arranjo e uso e com uma diferente identidade construtiva e plástica para compor

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o conjunto num contraponto com os salões. O mesmo em relação aos depósitos. O segundo diz respeito à valorização e expressividade das circulações. Por exemplo tirando partido do binário de circulações verticais (duas escadas e elevadores) - exigência das normas de segurança em função da lotação e da verticalidade exigida pela exiguidade dos terrenos em relação ao programa - multiplicando e diferenciando os percursos com a possibilidade da alternância entre elas; ou diferenciando-as num contraponto, sendo uma mais funcional para conectar e sair, outra mais bonita para fruir e encontrar; ou ainda expondo as circulações nas fachadas, dramatizando na cidade o vai e vem das pessoas pelo edifício que assim se torna extensão da rua, solução que poderia se constituir numa identidade formal e simbólica da rede de casas de Cultura da cidade de São Paulo.

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projetos

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Terraço descoberto Terraço coberto Biblioteca

Administração

Oficinas Serviços | Copa Museu Marquise de entrada Máquinas

Loja | Cafeteria

Teatro Circulação | Sanitários | Salas de apoio

Térreo | 1:1000

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2o andar | 1:1000

Sarah Finotti Rezek Orientador: Angelo Bucci 4

O projeto da Casa de Cultura se desenvolve a partir de uma distribuição do programa muito lógica: Um núcleo abriga circulação horizontal, sanitários e salas de apoio. Do lado norte deste núcleo estão localizadas loja, cafeteria, marquise de entrada e áreas administrativa e de serviços, enquanto do lado sul se localizam os quatro salões nos quais se desenvolvem as atividades de produção cultural. Uma escadaria externa funciona como arquibanca, permitindo a visão do salão de teatro por aqueles que se encontram do lado de fora do prédio, conectando subsolo e térreo. Baseado nisso, o edifício se configura de modo que seu aspecto exterior transmita essa lógica de um núcleo que liga duas alas. Além da forma, os materiais também refletem a divisão dos espaços. Assim, um núcleo mais robusto e imponente contrasta ao lado dos salões e áreas de serviço de estruturas mais leves e fechamentos translúcidos.

Corte transversal | 1:250


corte transversal

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Claudia Carolina de Sousa Nonato orientador: Luciano Margotto O terreno do projeto está situado na prefeitura regional de Perus e no distrito de mesmo nome, localizado na periferia noroeste de São Paulo. A implantação do edifício foi pensada de forma que fosse possível permear seu térreo, usufruir das esquinas e qualificar o caminho dos moradores ao sul da quadra, através da extensão da rua de pedestres visinha ao terreno de habitação.

térreo

A permeabilidade foi a principal estratégia para trazer urbanidade ao projeto. Sob a marquise do edifício é possível ter acesso à duas vias, além de transpor 2 metros de desnível do terreno. O edifício é composto por 5 volumes: os dois do térreo que abrem uma passagem interna ao mesmo tempo que reduzem a TO; o do 1º pavimento que cria uma abertura zenital para o térreo; a pequena torre que corresponde aos três últimos pavimentos e o subsolo.

pavimento 2, 3 e 4


26 Carolina Oliveira Bley orientador: Angelo Bucci A intenção do projeto é criar uma praça no térreo, um espaço de apresentações e convivência, assim como, transição entre a área externa e o corpo do edifício. A partir da cota de acesso pode-se subir as escadas e chegar ao espaço de apresentações com uma escada que funciona como arquibancada ao fundo, ou então descer as escadas que levam ao salão de dança e teatro. Outra intenção do projeto é criar um espaço interno mais confortával a partir de brises verticais nas fachadas sudoeste, sudeste e nordeste, os quais filtram a radiação solar e permitem a ventilação dos corredores. Assim como um corpo rígido na fachada noroeste, que bloqueia o sol da tarde. O edifício é composto por paredes estruturais e vigas, ambas em concreto. As peredes internas de vidro e os brises de madeira ajudam a compor a materialidade do edifício.


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Marlène Mateus Gonçalves orientador : Angelo Bucci A Casa da Cultura Mandaqui é situada no terreno do posto de gasolina da avenida Santa Inês e a rua Raul Dias, Mandaqui, São Paulo. A dupla declividade das ruas e a situação de anglo permite pensar duas a três fachadas com vistas da cidade. Nas partes mais altas se pode apreciar uma vista sobre a cidade. As intenções de projeto se desenvolvem a volta da ideia da floresta como um ambiente e atmosfera de referência. O projeto procurar a criar um roteiro seguindo diversas sensações, como transparências, opacidade junto com espaços de transição. Atravessar espaços escuros para mais luminosos entre exterior e interior: com a motivação primeira de fazer entrar a natureza dentro do projeto. O terro do projeto se articula como umarua interna que permite a transição entre a rua baixa e a avenida. Os espácios de salão som elevado e separados dos outros programas com passarelas sobro o pátio principal.


29 Rafael Letizio Sedeño Pinto orientador: Luciano Margotto O edifício busca incorporar ideias sugeridas pelo seu entorno e pela geometria do terreno. O térreo faz a concordâcia entre a avenida, a praça e o novo acesso que se abre para a Travessa da Arte. O edifício se apropria da geometria fortemente irregular do terreno para, ao mesmo tempo que se implanta frontalmente na rua, também conforma um pequeno jardim quase interno, que recebe os pedestres da Travessa da Arte e para onde se volta a circulação. A circulação toma papel preponderante: mais do que organizar fluxos, a circulação horizontal conforma um novo espaço de estar e trabalho, como um salão aberto para os usuários dos espaços da Casa de Cultura. A altura que é atingida para os acomodar adequadamente as funções dos salões acaba por ser uma vantagem: sua configuração a torna um ponto focal e mirante no entorno atualmente baixo da Vila Medeiros.


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Margherita Chinaglia orientador: Antonio Carlos Barossi O projeto localiza-se na zona Norte da área metropolitana de São Paulo, na área de Mandaqui no distrito de Santana. O terreno escolhido tem a particularidade de colocar-se no cruzamento entre duas ruas com cotas diferentes: desfrutou-se essa caraterística para projetar uma esquina cultural que seja capaz de englobar as duas frentes e criar um espaço dinâmico onde o urbano vira a ser cultural. O prédio está dividido funcionalmente em três blocos. Tem o bloco principal onde estão os salões, com as atividades principais e um bloco secundário com as atividades de apoio e os equipamentos. Os dois blocos são juntados por meio da circulação horizontal e vertical, que, além de distribuir os fluxos, cria uma área de estar. Prevê-se uma estrutura de concreto e um sistema de fechamento com madeira, de maneira da manter sempre uma ligação visual com a cidade.


Av. Comendador Fiorelli Peccicacco

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0 1 5 10m Sergio Zalamea orientador: Angelo Bucci 5

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O programa padrão é articulado em tres espaços ao redor de uma varanda. Uma caixa 10m de agua com todos os sistemas hidráulicos, uma circulação vertical y um salão aberto. N

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N Av. Comendador Fiorelli Peccicacco

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A ligera declividade de 1m entre as dois ruas principales é aproveitado para criar um basamento que separe ligeiramente o predio do viaduto de alto tránsito. No nivel terreo, a escavação de limpieza do solo contaminado permite criar uma praça em dois niveis. Esse espaço configura uma bancada para beber o cafe que você pega no lanchonete do subsolo, assistir uma obra de teatro que tem a banda embaixo e os atores acima, ou participar de uma manifestação com bateria e discurso,...

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Os salões tem 270m e podem ser fechado se for necessario isolamento. O espaço entre eles e a torre de apoio dos moniteres, é um lugar aberto e de encontro para os trabalhadores.

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32 Sebastian von Rosen Antonio Carlos Barossi Com base no propósito de edifícios como uma combinação de espaços de trabalho e suas salas de fornecimento, é dividido em dois volumes anexados. Devido a uma situação de canto e sua topografia, o salao aberto e o “fornecendo sala cubo /PVD” são acessíveis a partir da rua transversal ascendente e da rua principal sobre uma escada aberta, que também acessa ambos os volumes nos andares superiores. A altura do espaço de trabalho nos salaos fornece a implementação de pisos divididos no PVD. Seu desenvolvimento vertical segue sobre uma escada fechada. Esta organização espacial sistemática permite tanto um resultado econômico quanto a implementação de andares-duplex de interferência nas impressões atmosféricas de PVD. A fachada de ed. esqueleto organiza-se em múltiplas camadas: o teto que descansa nas vigas longitudinais, o vidrado, em frente dele as colunas e as suas vigas estabilizadoras.


33 Javier Benito Martínez · estivibiem orientador: Angelo Bucci A cultura está morta, a cultura vive! A releitura dos postos metropolitanos 24h como casas de cultura não é uma estratégia de projeto para não apenas cumprir a proposta do projeto do curso, mas para realizar um projeto que de fato receba o motivo desejado. Essa releitura é um posicionamento político e pode ser entendida como um projeto de “ativismo acadêmico”. Eu realmente acredito que tentar administrar os processos de criação e produção cultural não é apenas uma boa idéia, é contraproducente. A gestão do desenvolvimento da cultura trunfa em fracasso e fracassa em triunfo. (você pode encontrar essa reflexão gráfica e teórica, as referências do projeto e outros documentos em projetoposto.wordpress.com). Resistência e Cultura, nossas armas para serem livres em um MundoBraz.


34


Terraço descoberto Manutenção Terraço coberto Diretoria Museu Leitura Oficinas Biblioteca Saguão Loja e cafeteria Teatro

Salões

Saguão

Bicicletário Institucional Pátio

Biblioteca

35 Kevin Araújo Eguchi Prof. Dr. Rodrigo Queiroz

O edifício tem como intuito a promoção de eventos e atividades culturais no distrito do Capão Redondo, na Zona Sudoeste de São Paulo, região carente de equipamentos públicos voltados a educação e entretenimento. Planejado em uma esquina onde atualmente há um posto de gasolina, por ser de fácil acesso e não exigir grandes remoções, o Centro Cultural Capão Redondo também se localiza perto do metrô Capão Redondo (linha 5 lilás), o que garante fácil locomoção do público ao conjunto. Os prédios têm desnível de 2m entre si, graças à topografia do lote, e a circulação entre os blocos é feita por meio de escadas, que também garantem a circulação vertical do conjunto. Também há uma rampa interligando as duas cotas térreas entre os edifícios e dois elevadores dispostos ao lado da escadaria.


BITENCOU

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32

0.

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76

Scanned by CamScanner 4

4.2

Scanned by CamScanner

CA RUA BEMAVENTURAN

89

1.

76

85

1.

76

76

53

O módulo de 2 metros possbilita comportar as áreas servidoras no seu intercolúnio, que possui a medida de dois módulos ou 4 metros e os salões no vão maior de 16 metros, oito módulos.

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Localizado no cruzamento da Av. Yervant Kissajikian X R. Bemaventuranca, esse terreno de esquina da Cidade Ademar possui 1.395m2 com variados comércios da região no seu entorno imediato. SKO IU A ON L M AU de VE Prioridade máxima no sistema capilar ISL FA N A rede das casas de cultura Sdo T Município A E visa catalizar de São Paulo, esse projeto RU a produção cultural local com um sistema construtivo de aço que pode ser facilmente replicado em outros terrenos.

4 76

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Ygor Sena orientador: Ângelo Bucci

RUA AGADIR

AVENIDA YERVANT KISSAJIKIAN

36

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76

AVENIDA YERVANT KISSAJIKIAN

762.49

76 762.49

22° BATALHÃO POLÍCIA MILITAR

RUA BEMAVENTURA

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76

16

5.

76

77

765


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Elizabeth González Mella orientador: Angelo Bucci O projeto Casa da Cultura, localizado no bairro Cidade Ademar, consiste em uma nova comunhão e criação de arte, em um setor que apresenta escassez de serviços associados a atividades culturais, por outro a excomunhão entre o parque e o entorno gera uma fragmentação do espaço tudo isso será recriado e será ecoado em conscons tante evolução através da cultura, democratizando o espaço público. A idéia principal é criar um padrão de grade de 3,4 x 3,4 x 3,4 metros, liberando para o espaço gerando uma fluidez de espaço neste volume haverá dois grandes volumes um opaco que manterá a administração e o outro transparente que conterá os corredores, tudo isto unido por uma praça pública que ligará ambas as áreas, o parque e a cidade. O projeto resolve o problema da continuidade, servindo como um nó criativo da arte.


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Maria Flora Selma Bühlmann Orientador: Carlos Antonio Barossi A Cidade Ademar é um bairro densamente urbanisato no sul da São Paulo. Os lotes são pequenos e o espaço público é limitado. Um retiro para os moradores não existe. O telhado existente do posto de gasolina já cumpre a função de um lugar de residência em espaço público. Consequentement não vejo razão para demolir o telhado na minha parcela. Mesma importante que o telhado do posto de gasolina é a topografia deste lugar. O lugar esta logalizado no entroncamento da avenida Yervant Kissajikian e rua Des. Olavo Ferreira Prado. Através do inclinação, tres andares estão diretamente acoplado à calçada. Aos meus olhos, ganho três terreos, assim mais espaço para os moradores. A partir do terceiro terreo uma escada leva para as salas de utilidade do centro cultural.


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Karina Yuki Kagohara orientador: Luciano Margotto Visando promover a cultura, o projeto da Casa de cultura contempla um programa rico de potencialidades de promoção e estímulo à produção dos coltivos culturais de influência local na cidade. Situada em um distrito que conta com pouquíssimos equipamentos de cultura e com uma grande demanda por parte da população, o programa da Casa de Cultura da Cidade Ademar visa a integração com o parque, situada na parte de trás de seu terreno e que ligará à praça de equipamentos públicos situada na mesma rua. Além de buscar a permeabilidade da esquina e do caminho ao parque.


corte BB - 1:100 corte BB - 1:100

corte BB - 1:100

elevação norte -1:200 elevação norte -1:200

elevação norte -1:200

planta piso 4 -1:200 planta piso 4 -1:200

Planta do térreo superior | 1:1000

elevação leste - 1:200

corte AA corte - 1:100 AA - 1:100

Ana Paula Mendes Silveira orientador: Angelo Bucci

corte AA - 1:100 corte AA - 1:100 corte corteAA AA--1:100 1:100

Planta do térreo inferior | 1:1000

corte AA - 1:100 corte corte - 1:100 AA corte - 1:100 AA corte - 1:100 AA corte AA- 1:100 - 1:100 corteAA AA - 1:100

corte AA - 1:100

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elevação norte -1:200

corte BBcorte - 1:100 BB - 1:100

corte BB - 1:100 corte BB - 1:100 corte corteBB BB--1:100 1:100

Permintindo a maior eficiência energética, são propostas vedações translúcidas nas superfícies abertas para o pátio, enquanto os fechamentos direcionados às ruas são chapas perfuradas que, embora aparentem opacidade quando vistas por fora, promovem a iluminação e a ventilação naturais.

Corte | 1:500 corte BB - 1:100 corte corte - 1:100 BB corte - 1:100 BBcorte - 1:100 BB corte BB- 1:100 - 1:100 corteBB BB - 1:100

O exercício de projeto resultou em um edifício perimentral, fechado para o exterior, mas com todos os olhos voltados para o pátio central, que focaliza e distribui as visuais a partir dos ambientes internos. Um jogo de níveis descobertos, que podem ser avistados e convidam os visitantes, sem permitir seu acesso diretamente, cria uma dinâmica de fluxos que estimula todos os espaços e usos da “fábrica de cultura”. corte BB - 1:100

planta piso 3 -1:200 planta piso 3 -1:200

Localizado em um terreno de forma irregular, com três frentes de lote, o projeto para a Casa de Cultura em Ponte Rasa é condicionado pelas fortes relações de entorno existentes.


Milena Buchwalder orientador: Angelo Bucci O projeto está localizado no bairro de São Mateus, faz parte do maior bloco do distrito então tem a oportunidade de ser não so uma casa de cultura, mas parte de um Arpiphelago Cultural. Como o bloco é murado, o edifício assume uma dupla função - o centro cultural e a entrada para o espaço livre. Para o projeto, sou inspirado por um mapa do rio Mississippi mostrando os diferentes padrões do rio. Eu acho que para o trabalho creativo o movimento e a troca são essencial. Isso se manifesta em interrelações dos programas nos níveis horizontais e verticais.

41


Perspectiva do projeto

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Planta do 5º pavimento - Ensaios

Planta do térreo e entorno

Guilherme Lacks Pereira Lima Orientador: Antônio Carlos Barossi O terreno da Vila Medeiros já insinua as principais carácterísticas de uma casa de cultura que pode ser ali implantada. A conexão entre a Travessa de Pedestres Arte e a Avenida Jardim Japão seria muito proveitosa, se feita no terreno. O desnível entre essas duas vias (2m) orientou o posicionamento do salão de entrada, de modo a atuar como um espaço de transição entre as duas cotas e entre o público e o reservado. A entrada não deixa de ser um patamar da escadaria que conecta as vias. A praça do edifício complementa a Praça Morro do Chapéu, existente, sendo sua parte coberta. Estruturalmente, optou-se por colunas de concreto armado e vigas metálicas, a fim de conferir maior pé-direito aos salões. O fechamento é de vidro na fachada leste e de vidro fosco na fachada norte, assim, atuando como brise. No total, o edifício tem 3058m2 construídos.

Elevação Nordeste


780 777

3° pav.: sala de exposições

Catherine Beatriz P. Calognomos Orientador: Rodrigo Queiroz O terreno escolhido para o projeto da casa de cultura está localizado no distrito e no bairro homônimo do Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo. No total, possui 1037 metros quadrados e faz parte de uma das esquinas que compõem o encontro de cinco ruas. O projeto em si buscou tirar partido desta confluência de fluxos e da topografia existente (4 metros de desnível) para a concepção dos espaços, adotando os desafios formais que o terreno proporciona. A casa de cultura possui, no total, 7 pavimentos, sendo eles dois térreos em diferentes cotas, os 4 salões propostos pelo programa e mais um piso com área de funcionários e terraço descoberto. O sistema estrutural adotado é composto por lajes nervuradas de concreto e pilares de aço recobertos (a fim de vencer grandes vãos), além dos cores de concreto armado. Quanto aos fechamentos e vedações, as paredes são executadas em alvenaria, os salões possuem vidros de laje a laje e uma “capa” externa feita com chapas metálicas perfuradas.

2° pav.: térreo superior

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AVENIDA JARDIM JAPÃO

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Bernard LemosESCALA Tjabbes1:500 PLANTA:Alexander 3º ao 6º andar orientador: Luciano Margotto

O projeto está localizado na Vila Medeiros, em um terreno fazendo frente para uma avenida e uma praça semicircular, em uma região densamente construída com predominância de sobrados. Para tal ambiente a Casa de Cultura foi concebida a partir da idéia inicial de um Farol, um marco vertical de orientação dentro do bairro, atraindo de longe aqueles que podem utilizar suas instalações e a praça. O projeto foi dividido em dois blocos, o maior com a recepção octogonal ligada ao espaço dos salões e das salas de trabalho, de onde conecta-se ao bloco de circulação, banheiros e máquinas.

CORTE AA ESCALA 1:500

CORTE BB


45


46 Vitória de Mendonça Orientador: Angelo Bucci O distrito se insere na categoria de prioridade A1, ou seja, faz parte do grupo de distritos com maior carência de equipamentos de cultura da região metropolitana. Esta carência também se encontra nos campos da habitação, da educação e de áreas livres, como praças e parques municipais. Partindo deste pressuposto, o projeto tem como partido a valorização dos espaços públicos e o diálogo tanto na escala macro quanto na escala micro, ou seja, entre o edifício e a cidade e entre os próprios espaços da casa de cultura. Para isso, através de um parque público, é proposta a ligação direta entre o equipamento projetado e as duas principais escolas públicas do distrito. O edifício é composto por dois volumes de pavimentos desencontrados e conectados através de rampas, resultando em maior fluidez dos espaços.

corte AA

corte BB

corte CC


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DEPÓSITO

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14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

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B4

EXPOSIÇÕES/ Museu

B3

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GALERIA

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15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

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Emma Johanna Wilisch Antonio Carlos Barossi

O edifício tem 4 andarem principais, os quais possuem um pé direito de 6 metros. Em cada andar há salões e o restante do programa se localiza em um mezzanino. Devido ao desnível existente na área de implantação, é possível acessar a construcão por duas entradas que direcionam o indivíduo a uma praça pública: uma no andar térreo e outra no subsolo. Inspirado na arquitetura dos prédios ao redor, os quais se assemelham a modulos unidos, decidiu-se usar a mesma linguagem visual cúbica. Graças ao desalinhamento presente nas fachadas, criam-se terraços em cada nível do projeto, através dos quais se pode percorrer um caminho contínuo e circundar a área pública existente. As fachadas variam entre paredes de concreto, grandes janelas e brise-soleil. GSEducationalVersion

5

6

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30 29 28 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

LOJA

5

A

"MARQUISE" DE ENTRADA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

OFICINA DA MANUTENÇÃO

SANITÁRIOS

COORDENAÇÃO EXPOSIÇÕES

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ESPAÇO AÉREO

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SANITÁRIOS

SANITÁRIOS

29 28 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17

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N

N

49 Luiza Filier Conrado orientador: Antonio Carlos Barossi Localizada no bairro do Jardim Helena, extremo Zona Leste de São Paulo, a Casa de Cultura proposta possui em seu programa salões de exposição, apresentação, leitura e de oficinas dispostos um em cada andar. Eles constituem os principais elementos do programa, pois são onde a produção artística e cultural do bairro será realizada. Para melhor aproveitar o programa com as limitações de espaço do terreno, o edifício foi projetado de modo a concentrar as circulações, vertical e horizontal. Essa prumada, associada aos banheiros cria a transição entre os salões, composta também por espaços de permanência avarandados. Optou-se pela utilização do aço como sistema construtivo estrutural, combinado com as lajes de steel deck e fechamento de painel de concreto. Além disso, foi utilizado o aço dos corrimões e nas brises propostas para os andares superiores.


50


Banheiro 18,04m²

Banheiro 18,04m²

Limpeza 5,73m²

Deposito 8,00m²

14,01m²

Banheiro 18,04m²

Banheiro 17,98m² Admin 20,70m²

Salão 267,00m²

Salão 267,00m²

51 Mirko Johannes Schütz Alexandre Delijaicov

The typology of a gas station is simple. It mainly consists of two areas, one open the other closed. Through its function a public character is part of its nature. This division can easily be applied to the functional properties of a cultural factory.

4,00 30 60

30,80

4,00

27,80

30 60 4,00 30 60 4,00 60 8,00

In the ground floor the factory is connected to a public cultural center. This center is meat to become part of the projected park along the riverside, which is supposed to meander through the entire city.

60

30

2,40

60

30

3,00

The applied method of design intends to find a path to transform the existing gas stations into cultural factories in order to generate a variation of differing identities in the city, that are at the same time functional and easy to construct.


a

b

b

762.49 a

52 Vitória Hassuani orientador: Antonio Carlos Barossi O referente projeto propõe um equipamento cultural que consolida espaços participativos, de desenvolvimento da arte e do pensamento. Além disso, na medida em que visa estabelecer uma relação de contraste e diálogo com o entorno, o projeto de Casa de Cultura visa promover encontros entre os indivíduos e incentivar a apropriação da cidade pelas pessoas. A ideia de propor um átrio central parte do pressuposto de que em variadas posições do edifício, os usuários possam observar a movimentação e as atividades que acontecem simultaneamente em grande parte de seus espaços. As varandas de pé-direitos variados constituem um jogo de fachada de amplitude e constrangimento. Essas impressões são intencionalmente diversas, dependendo da função a qual determinado espaço se propõe.

corte bb

corte aa esc 1:1000

762.84


53 orientador: Angelo Bucci A casa de cultura, inserida no cruzamento do parque Linear Zelda Arns e da Avenida Sapopemba no centro do bairro, visa contribuir para a produção da cultura do bairro. Além disso, o objetivo do projeto é ser uma intervenção modelo, que contribui para uma estratégia espacial e paisagística mais abrangente do parque linear. Uma torre e um generoso novo espaço aberto publico, usado como espaço de produção da cultura são os dois protagonistas do projeto. A torre com estrutura dominante com planta aberta, mas eficiente tem uma escadaria externa que abre o terraço jardim para o público. O projeto explora a questão de como um projeto público pode ir além dos próprios limites do programa, respondendo ao relacionamento do homem com a natureza, e democratização da infraestrutura, espaço de lazer e cultura para a sociedade em São Paulo.


A

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B

54

Terraço

Implantação/pavimento tipo

Victória Sanches Angelo Bucci O projeto procura ativar o contato entre o pedestre, o artista e a cidade através do volume edificado e da alocação do programa da Casa de Cultura. A Via de Pedestres Arte, que antes acabava no limite do terreno devido a um muro, é estendida, definida e qualificada pelo volume construído, se tornando passagem em meio ao edifício e alcançando a Praça Morro do Chapéu. Externamente, a Casa de Cultura procura ajustar-se com humildade ao entorno, sendo completamente revestida de tijolo baiano em diferentes arranjos de fiada, de modo a sempre permitir iluminação e certa permeabilidade visual. A distribuição do programa de produção cultural procura colocar o pedestre em contato com a criação artística, e essa em contato com o ambiente urbano. Os andares descobertos usufruem da vista do Parque Edu Chaves ao pôr do Sol, de modo que o café é colocado no terraço.

Corte A

Corte B

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salão de leitura

salão de oficinas

vão livre café/loja

informaç.

salão de apresentações

55 Henrique Seckler Orientador: Antonio Carlos Barossi O partido do projeto surge da carência de áreas livres públicas na região. Criou-se três praças no lote: uma sob o vão livre; outra, no terraço, provendo tanto áreas de sombra quanto de plena insolação; a última, um pátio formado entre os dois blocos, servida por um café, com vista direta para o salão de leitura e sombreada por uma árvore. O programa foi dividido em dois blocos, diminuindo o gabarito, o que aumentan o contato visual com a cidade, além de causar maior assemelhamento com o entorno. Por fim, desenhou-se uma grande escada externa que conecta o térreo diretamente ao terraço, além de uma série de passarelas que interligam os dois edifícios.


56 Friederike Merkel orientador: Angelo Bucci A casa de cultura em São Mateus fica em uma rua movimentada com muitas lojas, restaurantes e botecos. Escolas, creches e uma igreja são muito perto. Neste barrio já está desenvolvendo uma vida cultural, e é por isso, deve ser criada uma infraestrutura que promova ainda mais a produção cultural.

O térreo deve ser o mais aberto possível, o que deve ser adequado para a estadia do quem que passa, mas também para performances. O é divido em dois níveis. Por um lado, o nível da rua e, por outro lado, o nível do campo de futebol da escola para facilitar o acesso à Casa de Cultura de ambos os lados. O prédio é acessado por rampas que levam ao redor dos salões. Das rampas você pode ver o que acontece na Casa de Cultura. Esta estrutura primária, bem como o piso superior são feitos de concreto. Por baixo é pendurada uma estrutura de madeira que forma a fachada, o acesso e espaços menores e permite um térreo sem colunas.


Avenida Luís Stamatis planta tipo

1:750

implantação

Rua Eugênia Bresser 1:750

Luc Thomas Messias Orientador: Angelo Bucci O terreno do projeto se encontra no bairro do Jaçanã, Zona Norte do município de São Paulo, quase na divisa de Guarulhos. O terreno faz a esquina da Avenida Luís Stamatis com a Rua Eugênia Bresser e tem uma metragem muito generosa para o programa sugerido, o que possibilita atender a totalidade das áreas exigidas e a criação de uma calçada ampla para a circulação de pedestres com de uma área pública livre na esquina. As principais referências arquitetônicas adotadas foram as escolas desenvolvidas pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), que além de serem projetos de alta qualidade, tem similaridades com o programa das casas de cultura, já que ambos são capilares de rede de um sistema de equipamentos públicos que devem presar pela praticidade de implantação e economia de recursos públicos.

corte

1:750

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58 Javier Comadrán Bagaria orientador: Luciano Margotto O projeto está locado no distrito de Perus, perto da estação do trem, no cruzamento entre o parque fluvial e a via verde previstos pela prefeitura nessa área. O parque, a via verde e a Casa de Cultura estão projetados como uma única unidade que trabalha conjuntamente para potenciar a mobilidade alternativa e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida dos vizinhos. O edifício tem uma estrutura principal de caixas de concreto suportadas em dois grandes pilares que são os núcleos de circulações e serviços. Nos interiores das caixas locam-se as atividades que precisam pouca ou nenhuma iluminação natural e, fora destas as que sim precisam. Este núcleo ‘duro’ é forrado numa grande rampa (com sua estrutura própria de pilares de aço) que atua como extensão do parque e chega até o último andar por onde podem circular bikes. A rampa também tem a função do controle climático.


59 Marina Rigolleto orientador: Angelo Bucci distrito capão redondo, subprefeitura campo limpo (sul II) área 1336,37m² [682,43m² + recuos] Estudar a arquitetura compreende habilidades que se desenvolvem na vivência dos mundos: tanto o exterior, cuja realidade se atesta pelo convívio social; quanto do interior, que se confirma em nossa própria habilidade subjetiva de questionar. O projeto desenvolvido no estúdio 4 tem como referência o texto da alegoria da caverna, da República de Platão. Para pensar a casa de cultura apoia-se na tensão entre os mundos, força que dá estrutura ao desenho arquitetônico. Sonhar, escrever, desenhar e vivenciar a arquitetura são, assim, universos que compõem a metodologia deste projeto, cujos desenhos são apresentados aqui em fase de desenvolvimento.


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Thiago Mituhima orientador: Ângelo Bucci O projeto se apresenta como três volumes: o da circulação vertical; áreas molhadas e coordenação; e os salões, principal espaço do projeto. Os volumes estão interligados por áreas de circulação abertas que se configuram como “praças” elevadas e criam diálogos com o entorno da edificação. A estrutura em lajes nervuradas permitem a melhor conciliação entre as soluções da locação dos pilares nos diferentes volumes. Sendo que estruturalmente, o volume da circulação vertical e o das áreas molhadas se configuram como uma unidade. O volume dos salões apresenta solução, em termos de locação dos pilares, diferente dos outros blocos.


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62 Yasmin Ali orientador: Angelo Bucci O LUGAR A opção pelo distrito de Perus justificase, principalmente, pela prioridade (A3). Entretanto, a viela lindeira à área de intevenção possiblita a criação de um espaço livre e qualificado integrando o projeto ao contexto urbano. O PARTIDO Dessa forma, definiu-se como partido do projeto suspender o edifício e reforçar o caráter coletivo do solo. O programa por quatro volumes que acomodam os salões de dança, exposições, leitura e oficinas, e um quinto de apoio, que abriga circulação, salas de coordenação, sanitários e depósitos


63 Michela Mazzucchi orientador: Alexandre Delijaicov O projeto insere-se no bairro de Perus, no norte da cidade de São Paulo. O terreno escolhido tem a particularidade da presença de uma viela de pedestres, que no projeto visei inglobar na ideia de esquina cultural e de construção de um espaço urbano na medida das pessoas. Assim a implantação,com paredes livres, creia varias praças com diferentes caracteres, como salas de estar urbanas, as quais são juntas a rua de pedestre num unico sistema. O predio em si, que vai ser uma fabrica de cultura com 4 salões, de tamanho fedel ao programa (15m*18m*4m), foi pensado com cuidados construtivos (laje nervurada protendida), de conforto termo-acusticoluminoso dos usuarios, e também com um cuidado particular as questões de uso (e re-uso) da agua. Outro foco foi o utilizo da vegetação, nas fachadas como elemento de sombreamento, e na cobertura jardim.



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A certeza de que tudo muda é uma das poucas que temos na vida. E tudo muda graças à existência do tempo e de suas infinitas durações. Só seria possível um mundo sem mudanças se não existisse o tempo. Mas se não há tempo, não há vida. Mas haveria, por acaso, um mundo sem o tempo? Nada permanece absolutamente inerte ao tempo. Não existem dois dias iguais. Somos hoje o que não fomos ontem e seremos outro amanhã. A única certeza que temos é que seremos outro, um outro que também desconhecemos. Somos incapazes de prescrever de antemão nossas ações futuras. A vida é tudo, menos um projeto. O que seria um mundo sem a memória do passado no tempo presente e sem a incerteza do futuro? É claro que esse mundo não existe na realidade, pois a realidade, pelo menos no âmbito da arquitetura, se revela quando um pensamento deixa de ser “ideia” e passa a ser “coisa”, mas se é coisa, já está submetido ao tempo, sendo assim, está condenado a se transformar. O projeto é o desejo por uma realidade futura configurado na forma de um “presente eterno”, é a representação de uma situação imaginada, conduzida muito menos pela percepção isolada que o autor tem do lugar e muito mais pela sua memória, pela sua cultura, pela sua linguagem. A percepção de um “presente eterno” só se constitui pois o projeto é “ideia”, ainda não é “coisa”. O projeto é o instante em que a ideia se vê imune à ação do tempo, à realidade, justamente por ser, claro, ainda uma ideia. 66

programa e forma rodrigo queiroz

A célebre postulação de Paulo Mendes da Rocha, que define a “arquitetura como amparo para a imprevisibilidade da vida”, nos revela que, idealmente, o projeto deve ser movido por uma sabedoria capaz de incorporar o acaso, a indeterminação do futuro, ou seja, o tempo, como argumento fundamental, como motivo para o desenho dos espaços e da forma. É quase inevitável associar a postulação de Mendes da Rocha ao elogio aos “espaços sem nome” recorrentemente lembrados pelo Prof. Milton Braga em suas aulas, exemplificados pelo Salão Caramelo, o vão do MASP e a marquise que integra e confere coesão e unidade ao conjunto do Parque Ibirapuera. Tais projetos aclaram a potencial virtude de uma categoria peculiar de espaço que pode ser qualquer coisa justamente por não ser nada, por negar o programa arquitetônico como um pressuposto, mas também por compreender que a organização formal e espacial do programa inevitavelmente conformará lugares por vezes não contemplados pelo próprio programa. E, não à toa, serão justamente esses mesmos lugares que conferirão o caráter arquitetônico do projeto. Ouso incluir na lista tríplice do Prof. Milton Braga o Centro Cultural São Paulo. Chama atenção o uso imprevisto dos


espaços daquele edifício: os fechamentos em vidro com película reflexiva se tornaram espelhos para grupos de jovens ensaiarem suas coreografias; as precárias mesas no exterior, um espaço nitidamente residual, são disputadas como bancada de estudo pelos estudantes. O CCSP (e todos esses “espaços sem nome”) é tudo e nada ao mesmo tempo. E é justamente o fato de não sinalizar espacialmente para uma função utilitária definitiva o atributo que permite ao CCSP ser tudo, qualquer coisa. Não entendam essa breve reflexão como uma crítica ao programa ou como um elogio, como a ingênua defesa de uma arquitetura livre das contingências inerentes a uma necessidade prescritiva. O programa é o argumento que desencadeia o processo de elaboração de um projeto. É o necessário atendimento à função utilitária (programa) que faz da arquitetura ser o que é e não outra coisa, uma escultura ou um mero objeto de dimensões avantajadas. Contudo, parece que se há um dado do campo do projeto que está em crise, esse dado é próprio programa. O programa é um conjunto de informações que prescreve a função do edifício e, consequentemente, o modo como deverá ser utilizado. Na atualidade, todas as categorias do programa parecem se dissolver em um mundo onde a ideia de “uso” está cada vez mais particularizada e menos padronizada. Os programas tendem a ser cada vez menos “prescritivos” e cada vez mais “estratégicos”. O projeto, enquanto organização espacial e formal do programa, é capaz de indicar sua função, mas não necessariamente sua utilidade, seu uso efetivo. A diferença entre função e uso é um bom mote para a reflexão acerca da condição atual do programa no projeto e, consequentemente, na sociedade atual. A função de um edifício corresponde à finalidade para a qual o mesmo foi projetado e construído. Já o uso diz respeito muito mais ao modo como será ocupado. Ou seja, o uso diz respeito ao tempo, diz respeito ao real. Antes da ruptura promovida pela visão universalizante do projeto moderno, a relação entre solução formal e programa se confundia com a “tipologia” da edificação. Entende-se por tipologia um conjunto de configurações formais, espaciais e programáticas aprimoradas no tempo e destinadas às funções específicas, sendo as principais, a casa do rei (o palácio), a casa de Deus (a igreja) e a casa de cultura (o teatro e o museu). Na concepção tipológica da arquitetura, cada componente do programa possui um dimensionamento e uma configuração geométrica modelar, mas é a maneira como esses componentes se articulam entre si que acaba por definir sua fidelidade à tipologia de uma determinada função. A relação entre esses componentes resulta em configurações espaciais “tipo”, como o pátio interno, o peristilo de pilares no perímetro do volume ou a escadaria de acesso principal localizada no

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localizada no eixo de simetria da fachada. A tipologia seria a decantação no tempo de uma ordenação formal histórica do programa, ou seja, na arquitetura de matriz tipológica forma e programa estão intimamente ligados, são uma coisa só. Com a dissolução moderna da programática institucional, a tipologia histórica deu lugar ao partido arquitetônico. Enquanto procedimento, projetar é um ato de reincidência. Muitas vezes, o programa é apenas o argumento necessário para o autor aprimorar um mesmo partido formal já ensaiado em oportunidades anteriores com programas dos mais diversos. Projetar é reincidir até o momento em que a relevância deste procedimento e desta linguagem se esgota. Nesse instante, o autor só tem duas saídas: ou se reinventa e reelabora sua estratégia formal a partir de uma chave contrária ou mesmo derivada da estratégia anterior ou se tornará um maneirista de si mesmo, um arquiteto hábil em aperfeiçoar seus próprios clichês. Nessa segunda categoria, a reincidência começa a se confundir com a teimosia daquele que encontrou na suposta proficiência sobre um repertório conhecido sua zona de conforto. Invariavelmente, as obras primas (sejam elas na arquitetura, nas artes visuais ou em qualquer outra manifestação da sensibilidade do intelecto) não são aquelas que revelam um procedimento ou uma linguagem requentada, ao contrário, são justamente aquelas cujo frescor de novidade nos fazem ver o mundo de outra maneira a partir daquela experiência. 68

No que tange ao programa, projetar como reincidência consiste em elaborar estratégias de adaptação do programa a um partido específico (organização formal da função), mas sem prescindir do reconhecimento das características utilitárias e espaciais dos seus componentes. Se observamos as estratégias projetuais da vertente construtiva, abstrato-geométrica, da arquitetura moderna, assim como dos seus desdobramentos no projeto moderno brasileiro, a partir da manipulação do programa, podemos perceber que os ambientes menores, compartimentados, repetidos e de uso regular tendem a não se agruparem em formas de contorno mais autoral, seja em planta, seja em corte. Por seu turno, o contorno irregular, em planta e em corte, inscreve programas abertos, com espaços amplos e com poucas divisões, como um salão de exposições ou um auditório. Essa compreensão moderna da natureza formal e espacial do programa se aplica, enquanto procedimento projetual, em duas variações principais: a separação das duas categorias do programa pelo corte e pela planta. Na separação do programa pelo corte, os ambientes menores e compartimentados encontram-se semienterrados, configurando uma laje suspensa, mas rente ao solo, um piso sobre o qual se eleva sobre pontos de apoio mínimos o elemento principal do projeto, o volume vazio e de contorno


invariavelmente autoral. Verifica-se esse procedimento em projetos exemplares como o Museu de Arte de Caracas (1954), de Niemeyer, e a primeira versão para sede do MACUSP (1975), de Paulo Mendes da Rocha. A mesma separação das duas categorias do programa pode se formalizar pela planta, com os ambientes menores e repetidos abrigados em uma lâmina ou torre que cumpre o papel de fundo e contraponto ao elemento principal, a forma mais esvaziada, localizado em primeiro plano. Projetos como a Sede do Partido Comunista Francês (1963) do próprio Oscar Niemeyer e o Paço Municipal de Santo André (1965), de Rino Levi são exemplos da separação do programa em volumes autônomos, mas que enquanto conjunto resultam em uma relação de equivalência e complementariedade por contraste e não por semelhança. Se por um lado, a organização “figura/fundo” do programa em planta possui um senso de composição quase acadêmico (para não dizer Beaux-Arts), a organização em corte, com as duas partes separadas pelo espaço do térreo (o semienterrado como uma saliência destacada do chão e o suspenso como uma forma que apenas toca a saliência) é, a meu ver, a estratégia formal que une as principais culturas projetuais modernas no Brasil: a escola carioca e o brutalismo paulista. Elaborado pelos estudantes da disciplina obrigatória AUP0162 Arquitetura – Projeto IV no segundo semestre de 2018, o projeto da Casa de Cultura se presta como exercício oportuno para a reflexão e o debate sobre o lugar do programa arquitetônico na constituição de um conjunto de estratégias projetuais e formais, algumas delas apontadas brevemente neste texto. A relação entre os espaços destinados às atividades de produção da Casa de Cultura e os espaços funcionais e administrativos é o argumento que deflagra as possibilidades que configuram o partido arquitetônico, assim como a forma. São infinitas as portas de entrada para a elaboração de um projeto. Contudo, no exemplo da Casa de Cultura, o devido entendimento da natureza espacial do programa parece ser o acesso capaz de nos fazer compreender com clareza, discutir e avaliar os elementos que constituem o projeto enquanto ideia, ou seja, nos permite aplicar um instrumental metodológico ao aparentemente intangível. Eis o paradoxo da arquitetura.

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Que mesmo em tempo mais sombrio temos o direito de esperar alguma iluminação, e que tal iluminação pode bem provir, menos das teorias e conceitos, e mais da luz incerta, bruxuleante e frequentemente fraca que alguns homens e mulheres, nas suas vidas e obras, farão brilhar em quase todas as circunstâncias e irradiarão pelo tempo que lhes foi dado na Terra. ¹ - Hannah Arendt Os tempos sombrios, importa lembrar Hannah Arendt, não são novos, assim como não constituem uma raridade na história. E se nosso país, ou mesmo a humanidade, torna a flertar com o autoritarismo, com as sombras, por assim dizer, vale refletir sobre alguma ideia de projeto, em especial aquela que se contrapõe ao destino. Quando Arendt deixa de depositar as expectativas de uma nova luz – de uma saída de emergência – advinda de teorias e conceitos, volta-se para a prática – práxis –, para a experiência cotidiana de homens e mulheres que, mesmo sendo possuidores de luz improvável, também construirão vidas e obras significativas. Se potentes ou não, tal avaliação caberia à posteridade e talvez até seja de importância secundária. 70

poética, uma lição luciano margotto

Então a ênfase que se escolhe aqui é o fazer, e por corolário o fabricar. Na sequência vêm outras ações: experimentar, acertar, errar. Em um estúdio de projeto de arquitetura – como este sobre “Casas de Cultura” – fica-se bastante mais atento à formação ou fabricação das obras do que às próprias obras, que poderiam não ser apreciadas senão como ações. Daí que se chega a Poética, palavra que pode desencadear múltiplas interpretações. Para arquitetura, o sentido geral em que se emprega o termo é essencialmente o mesmo do verbo grego poiein do qual deriva, que significa fazer ou fabricar. Poética, portanto, pode ser entendida como construção de linguagens amparadas no campo do fazer. Para Paul Valery, Poética, ou melhor Poiética, é “tudo o que diz respeito a produção de obras; e uma ideia geral da ação humana completa, desde as suas raízes psíquicas e fisiológicas, até aos seus empreendimentos sobre a matéria ou sobre os indivíduos”. ² Com efeito, poética é assunto amplo e pode ser subdividida: “por um lado, o estudo da invenção e da composição, o papel do acaso, o da reflexão, o da imitação, o da cultura e do meio; por outro lado, o exame e a análise das técnicas, procedimentos, instrumentos, materiais, meios e auxiliares da ação”. ³ Nesse sentido, poética é essencial à arquitetura,


assim como a diversas áreas do trabalho, do ofício, ou do métier que envolve criação – poesia, música, escultura – e tem caráter programático e operativo, enquanto estética tem caráter filosófico e especulativo. Indo além, tudo que se relaciona com o estudo das sensações refere-se à Estésica, que assim se distingue claramente da poética, vale ressaltar. A Estética, por sua vez, só estaria completa com três grupos: primeiro, Estésica (das sensações); segundo, Poética (da produção); e terceiro, o cruzamento de ambos. No curto espaço deste texto, importa apenas a poética, caminho que, de certo modo, oferece e impõe alinguagem. É claro que a linguagem tem sua dinâmica particular e tende a lançar mão de recursos que produzem a si própria. A linguagem é um instrumento prático. Todavia, investigar poéticas não significa tratar de aparências, tampouco implica em riscos de dissolução da força dos conteúdos que as obras carregam, mesmo porque isso não seria possível. Apoiando-se na dimensão experimental e viva da linguagem, na ideia de que “não existe linguagem sem engano”, 4 é possível acompanhar o projeto de cada estudante como sendo uma tentativa de considerar todas as coisas (a cultura, o meio, o problema da invenção, as técnicas, o papel do acaso etc.). Aqui vale lembrar que “não há objeto tão delicado que não possa servir de eixo para a roda que gira este mundo”. 5 Nesse sentido, os trabalhos do estúdio são projetos experimentais, alguns resolvem muitas lições de arquitetura, outros se apoiam em determinada característica para iniciar a captura da construção de sutis coerências internas, costuras; são “leves”, não desejam ser modelos, tampouco manifestos. Cada um a seu modo, todos os projetos são íntegros, pois são plenos de encruzilhas de significação, sempre urdidas com muito diálogo. E é nesse compartilhar de experiências, nessa conversa fecunda, por assim dizer, que reside a alegria de um estúdio de arquitetura, e em especial esse que produz “Casas de Cultura”. Voltar a Hannah Arendt faz sentido pela atualidade de seu pensamento diante de novas ameaças, sendo oportuno lembrar que partilhar a alegria é absolutamente superior a partilhar o sofrimento. A alegria, não a tristeza, é loquaz, e o diálogo verdadeiramente humano difere da simples conversa, ou mesmo da discussão, por ser inteiramente permeado pelo prazer com a outra pessoa e o que diz. 6 Nesse sentido, os projetos são eloquentes. Também são lúcidos porque resolvem questões de sua produção. A impossibilidade de uma única abordagem confirma que o projeto é sempre um olhar, mesmo quando descortina o máximo de horizontes.

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Pode-se ensinar alguns truques técnicos de arquitetura. Pode-se ensinar a enxergar com mais clareza. Mas isso pode não ser suficiente. A fórmula de qualquer façanha não é deixar os músculos fazerem tudo. Não é sequer a coragem que se tem. Não é sequer a destreza, ou seja, a habilidade de manejar as armas de que se dispõe. Há algo extra em qualquer façanha que talvez não seja possível ensinar. Acompanhar o projeto dessas “Casas de Cultura” foi isso: uma lição, um diálogo inteiramente permeado pelo prazer com a outra pessoa e a verdadeira escala da coisa nova que se está dizendo. Uma alegria.

ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 9. 1

Paul Valéry, “Poesia e pensamento abstrato”, in Discurso sobre a estética, poesia e pensamento abstrato. VALÉRY, Paul. Lisboa: Vega, 1995, p. 47. 2

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Paul Valéry, Op. cit., p. 47.

Italo Calvino, “As cidades e os símbolos 4”, in As cidades invisíveis. CALVINO, Italo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 48. 4

Walt Whitman, “Song of Myself / Canção de Mim Mesmo”, in Leaves of Grass / Folhas de Relva. WHITMAN, Walt. Edição bilíngue. São Paulo: Iluminuras, 2006, p. 127. 5

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ARENDT, Hannah. Op. cit., p. 23.


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exposição final

estúdio 4 fauusp 10 e 11 dezembro de 2018


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Ana Paula Mendes Silveira 38 Bernard Alexander Lemos Tjabbes 42 Carolina Oliveira Bley 24 Catherine Beatriz P. Calognomos 41 Claudia Carolina de Sousa Nonato 23 Cyntia Rosália Rabanal Llaudy 59 Douglas Santos 43 Elizabeth González Mella 35 Emma Johanna Wilisch 46 Francis Bernal Meseguer 45 Friederike Merkel 54 Guilherme Lacks Pereira Lima 40 Henrique Seckler 53 Isabella Ocampo Mosquera 25 Javier Benito Martinez 31 Javier Comadrán Bagaria 56 Jessi Sanchez 32 Joan Marti Morro Capllonch 48 Karina Yuki Kahogara 37 Kevin Aráujo Eguchi 33 Lilas Archaux 62 Luc Thomas Messias 55 Luiza Filier Conrado 47 79

índice remissivo

Margherita Chinaglia 28 Maria Flora Selma Buhlmann 36 Marina Rigolleto 57 Marlène Mateus Gonçalves 26 Michela Mazzucchi 61 Milena Buchwalder 39 Mirko Johannes Schutz 49 Rafael Letizio Sedeño Pinto 27 Sarah Finotti Rezek 22 Sebatian von Rosen 30 Sergio Zalamea 29 Severin Jann 51 Thiago Mituhima 58 Victória Sanches 52 Vitória de Mendonça 44 Vitória Hassuani 50 Yasmin Ali 60 Ygor Sena 34


Estúdio Quatro volume I/II Impressão: LPG FAU USP

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Tipologia: Roboto Condensed Número de Páginas: 80 Papel Capa Reciclato 90 g Papel Miolo: jornal 75 g Tiragem: 150 volumes Formato: 31 X 22.5 cm

Fotografias: Luiz Sakata

A diagramação dos projetos foi realizada pelos monitores de Graduação e Pós, a partir do material enviado pelos estudantes. O conteúdo das imagens e textos dos projetos é responsabilidade de seus respectivos autores. dezembro de 2018


alexandre delijaicov angelo bucci antonio barossi luciano margotto rodrigo queiroz

publicação aup 162 fauusp 2018


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