Portfolio Arquitetura | Luiz Sakata

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PORTFOLIO LUIZ FELIPE SAKATA, 2017-2020


LUIZ SAKATA https://www.issuu.com/luizsakata/docs/portfolio

FORMAÇÃO

luizfsakata@gmail.com

Graduação 2014 - 2021

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo FAUUSP | São Paulo_Brasil

Intercâmbio 2017 - 2018

Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto FAUP | Porto_Portugal

CONCURSOS E PREMIAÇÕES Abril 2018

Sapa Awards Portugal 2018: Farol Tejo

LISBOA, PORTUGAL

[1º LUGAR]

Setembro 2018

Anuária FAUP_Categoria Melhor Projeto 2018

PORTO, PORTUGAL

[Projeto Vencedor]

Março 2019

Architecture for Dogs_Japan House + FABLAB

SÃO PAULO, BRASIL

[Projeto Vencedor]

Abril 2019 Junho 2019

Bauhaus Campus_Projetar.org

[2º LUGAR]

RIO DE JANEIRO, BRASIL

Nova Embaixada da República Tcheca

[TOP 25 Mundo]

ADDIS ABABA, ETIÓPIA

Setembro 2019

Escola Rural no Haiti_Categoria Estudante

CABARET, HAITI

[Prêmio IAB 2019]

Outubro 2019

Beriev Housing (com Yuri Vital Arquitetos)

TULUM, MÉXICO

[Prêmio IAB 2019]

Dezembro 2019 Janeiro 2020 Fevereiro 2020 Julho 2020 Outubro 2020 Novembro 2020

Anexo Museu Casa Lacerda (com Figueroa.arq)

LAPA, PARANÁ

[1º LUGAR]

Concurso Teatro SESC Aracaju (com Yuri Vital Arquitetos)

[1º LUGAR]

Concurso Museu da Água SABESP (com Yuri Vital Arquitetos) SÃO PAULO, BRASIL

[3º LUGAR]

Concurso Nacional Parque da Cidade de Belém (Profissional)

BELÉM, PARÁ

[Menção Honrosa]

CBCA 2020

[1º LUGAR]

ALACERO (América Latina) 2020

[1º LUGAR]

EXPERIÊNCIA ACADÊMICA Julho 2017 Janeiro 2018 Maio 2018

Workshop MIT+FAUUSP: Inner City Affordable Housing Entrevista com Álvaro Siza

PROF. ANGELO BUCCI [FAUUSP]

ESCRITÓRIO ÁLVARO SIZA ARQUITECTOS [PORTO_PT]

Premiação Sapa Awards 2018

AUDITÓRIO DE SERRALVES [PORTO_PT]

Agosto 2018

Anuária FAUP 2018: Projeto Vencedor Cineclube Campanhã CATEGORIA “MELHORES PROJETOS” [FAUP]

Agosto 2018

Monitoria da Graduação FAUUSP: AUP0162 Projeto IV

Dezembro 2018

PROF. TUTOR: ANGELO BUCCI [FAUUSP]

Publicação “Estúdio Quatro”

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 2018

Estágio em FIGUEROA.ARQ

2019

Estágio em YURI VITAL ARQUITETOS

2020

Colaboração com JPG.ARQ

2020

Colaboração com REPÚBLICA.ARQ

2020

Colaboração com EL CROQUIS (via Estúdio Gustavo Utrabo)

2021

Colaboração com METRO ARQUITETOS

2021

Arquiteto em ESTÚDIO GUSTAVO UTRABO

SOFTWARES Autocad Sketchup Lumion Vray/ Corona Renderer Adobe 3DsMax Adobe Indesign Photoshop Illustrator Archicad

ISBN: 978-85-8089-168-3 [FAUUSP]


01 ARQUITETURA QUE NÃO TOCA O CHÃO [1º LUGAR] ORIENTADOR: LUCIANO MARGOTTO

CBCA 2020 | ALACERO 2020

2020

17 [MENÇÃO HONROSA ]

PARQUE CIDADE DE BELÉM

CONCURSO NACIONAL PROFISSIONAL GOVERNO ESTADUAL DO PARÁ

27 CINECLUBE CAMPANHÃ [PROJETO PREMIADO] ORIENTADOR: NUNO BRANDÃO COSTA

ANUÁRIA FAUP 2018

2017-2018

39 [FINALISTA INTERNACIONAL]

embaixada república tcheca ORIENTADOR: angelo bucci

2019

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BAUHAUS CAMPUS BRASIL [2º LUGAR] concurso internacional PROJETAR.ORG

2019

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[PROJETO PREMIADO]

escola rural no haiti prêmio melhores do ano iab 2019

2019

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CÃOGORRA [PROJETO PREMIADO] CONCURSO JAPAN HOUSE + FABLAB

2019


ARQUITETURA QUE NÃO TOCA O CHÃO [1ºLUGAR] EDIFÍCIO COPAN, SÃO PAULO (BR), 2020 CONCURSO CBCA 2020 E ALACERO 2020 ORIENTAÇÃO: LUCIANO MARGOTTO COAUTORIA: AUGUSTO LONGARINE

LOCAL São Paulo assume posição de destaque entre as maiores aglomerações urbanas do mundo desde a metade do século XX. A cidade paroquial transformou-se em cidade das oportunidades. O Centro, símbolo do progresso, verticalizou-se. Com o passar dos anos, apesar da grande infraestrutura instalada, perdeu sua relevância econômica, seus moradores e sua vitalidade. Paradoxalmente, a cidade continuou a expandir-se, ocupando várzeas, matas e rincões. A discussão do adensamento urbano é indispensável para a sustentabilidade da ocupação humana no planeta. O adensamento é inevitável: áreas adensadas otimizam infraestrutura urbana, promovem a diversidade de usos e reduzem o tempo dos deslocamentos, privilegiando modais mais sustentáveis. Embora áreas centrais comumente apresentam escassez de solo urbano, o Centro de São Paulo abriga inúmeras oportunidades de ocupação alternativas, de empenas cegas à coberturas ociosas. O reaproveitamento de áreas residuais, sem identidade, “não-lugares” do filósofo Marc Augé, é o mote deste projeto. A primeira resposta ao tema é o uso da cidade em sua plenitude, humanizando-a, aproveitando-se ao máximo de seu potencial aglutinador.

1

CONCEITO Escolheu-se, como local de implantação do edifício-modelo, duas empenas simetricamente alinhadas localizadas em uma das quadras mais adensadas de São Paulo. É também um dos locais de maior circulação de pessoas da metrópole, cercado por vias de caráter metropolitano e massivo sistema de transporte público. Este projeto buscou inaugurar a sustentabilidade não apenas na esfera do novo, do que há de ser construído, mas também do outrora já edificado. Por esse motivo, mais do que fornecer novos espaços de ocupação ao Centro já saturado, insere-se como equipamento otimizador urbano: uma horta vertical cujos insumos básicos para a produção provém do próprio edifício “hospedeiro”. O sistema prevê o recolhimento e tratamento das águas pluviais da cobertura para a irrigação do plantio, a compostagem do lixo orgânico doméstico para a produção de adubo e o processamento de parte dos efluentes condominiais para o fornecimento de biogás a todo o sistema. A produção é escoada pelo próprio edifício ao mercado vertical anexo à outra empena. Com o intuito de compartilhamento e democratização da infraestrutura urbana, propõe-se ainda que o edifício transforme-se em um percurso público entre o térreo da cidade e a cobertura do Edifício Copan, conhecida por abrigar um dos mirantes mais altos de São Paulo. Ao mesmo tempo, o percurso tem função educativa e conscientizadora: mais do que soluções pontuais de sustentabilidade, é imprescindível a difusão pública das mesmas.

1. Vazios urbanos: oportunidades


2. Ocupação das fachadas cegas

3. Adaptação ao pré-existente

4. Conexão entre edifícios

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EDIFÍCIO ITÁLIA

COPAN

PRAÇA DA REPÚBLICA

Mirante Café Tratamento de Água Tratamento de insumos (Biogás) Tratamento de insumos (Compostagem)

4 PONTOS DE ENGASTE HORIZONTAL entre a proposta e as lajes do edifício hospedeiro.

Horta Vertical Áreas de Estar Circulação Logística

TIRANTES METÁLICOS DIAGONAIS de forma redonda Ø38mm engastados às lajes do edifício hospedeiro;

Mercado Vertical Circulação Pública

PRAÇA ROOSEVELT

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2 VIGAS-MÃE VS 2000x515 apoiadas e engastadas no Núcleo Rígido do Edifício Copan; VIGA DE TRAVAMENTO Perfil VS1500x339;

4 PARES DE TIRANTES metálicos verticais de perfil tubular Ø38mm, conectados externamente às vigas de borda VS 400x32 por articuladores metálicos;

TIRANTES METÁLICOS DIAGONAIS de forma redonda Ø38mm engastados às lajes do edifício hospedeiro;

5 PONTOS DE ENGASTE HORIZONTAL entre a proposta e as lajes do edifício hospedeiro.

BIBLIOTECA MUNICIPAL MARIO DE ANDRADE

VIGA VAGÃO de altura estrutural h=1m dimensionada para vão de 17 metros entre os dois edifícios (h=5% a 6% do vão);

TRANSFERÊNCIA DE CARGAS

LEVEZA ESTRUTURAL

As cargas centrais gravitacionais transferem-se às Vigas-Mãe por meio dos 4 pares de Tirantes metálicos verticais centrais, sendo direcionadas ao núcleo rígido do edifício hospedeiro; Prevê-se a manutenção do diâmetro dos perfis tubulares (Ø38mm) ao longo da fachada e aumento gradativo da espessura dos perfis (de baixo para cima) conforme somatório das cargas atuantes.

O projeto explora o aço em sua leveza: O peso de estruturas de concreto armado variam de 250kg/m² a 350kg/m² contra 30kg/m² a 80kg/m² de estruturas de aço. Diante da necessidade de minimização das cargas atuantes, a proposta, portanto, só pode ser construída em aço. As cargas permanentes atuantes na estrutura diminuem gradativamente em direção à fachada pela utilização de elementos estruturais e arquitetônicos de grande leveza: Guarda-corpos de aço inoxidável, pisos de gradil de aço galvanizado e fachada de membrana têxtil perfurada.

Os balanços laterais são suportados pelos tirantes metálicos diagonais engastados às lajes do edifício hospedeiro. A instalação de uma estrutura de tal porte deve ser precedida por uma análise estrutural do edifício hospedeiro, com possibilidade de reforço estrutural nos pilares e fundações próximos à fachada ocupada.

CARGAS DE VENTO As cargas de vento atuantes na estrutura são minimizadas pela abertura permanente das fachadas. Pela própria configuração arquitetônica da proposta, as cargas de ventos frontais são transferidas diretamente à fachada do edifício hospedeiro, enquanto as laterais são minimizadas pela pequena largura da própria planta. Prevê-se o enrijecimento estrutural das vigas engastadas ao edifício hospedeiro pelas cargas laterais de vento.

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ESTRUTURA A oportunidade de uma arquitetura aérea engastada em edifícios hospedeiros explora o aço em sua leveza. A estrutura de múltiplos andares, por não apoiar-se no solo, distribui todas as cargas resultantes ao edifício adjacente. A solução, portanto, previu reduzir ao máximo as cargas permanentes atuantes na estrutura, seja pela redução e otimização da área dos pavimentos como pela seleção dos componentes estruturais de melhor relação peso/carregamento. O conjunto compartilha do mesmo desenho funcional, cujas cargas diminuem em direção às bordas. No edifíciomercado, de menor carga permanente, tirantes laterais engastados no edifício hospedeiro sustentam as lajes, travadas horizontalmente por duas vigas centrais também engastadas. No edifício-horta, devido às maiores cargas permanentes, a solução estrutural acima é complementada por duas grandes “vigas-mãe” de aço VS2000x515 engastadas em um dos núcleos rígidos do edifício hospedeiro que, por meio de quatro pendurais, reforçam a estrutura. A transposição horizontal de 17 metros entre os edifícios, por sobre a Rua Araújo, é possibilitada pela utilização de vigas-vagão. Idealizado não como uma arquitetura pontual mas como sistema passível de replicação, em variados usos, o projeto encara o urbano não como problema, mas como solução de vida sustentável. Para isso, confia na versatilidade do aço como molde da cidade do século XXI.

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PLANTA TÉRREO

PLANTA MERCADO VERTICAL

Nível 0,00m

PLANTA TRANSPOSIÇÃO COBERTA

1º - 11º Piso Nível +3,20m - +35,20m

13º Piso Nível +41,60m

PLANTA TRANSPOSIÇÃO LOGÍSTICA

12º Piso Nível +38,40m

PLANTA TRANSPOSIÇÃO DESCOBERTA 14º Piso Nível +44,80m

PLANTA HORTA VERTICAL 16º - 17º Piso Nível +51,20m - +54,40m 19º - 24º Piso Nível +60,80m - +76,80m

PLANTA TÉRREO ELEVADO 18º Piso Nível +57,60m

PLANTA AUDITÓRIO 25º Piso Nível +80,00m

PLANTA MEZANINO 26º Piso Nível +83,20m

PLANTA TRATAMENTO DE INSUMOS 27º - 35º Piso Nível +86,40m - +112,00m

PLANTA DA COBERTURA | MIRANTE E CAFÉ 36º Piso Nível 115,20m

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CORTE AA

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CORTE BB

CORTE CC

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TRATAMENTO DE ÁGUA

Prevê-se o recolhimento das águas pluviais da cobertura para irrigação do plantio, complementada, nos meses de estiagem, pela filtragem das águas cinzas (provenientes dos chuveiros, lavatórios, pias de cozinha e máquinas de lavar roupa) provenientes do condomínio.

Parte dos efluentes condominiais seriam conduzidos aos biodigestores instalados, tanques completamente fechados que, ao impossibilitar a entrada de ar, aceleram a decomposição da matéria orgânica liberando biogás para geração de energia elétrica ao sistema.

GERAÇÃO DE BIOGÁS

Parte do lixo orgânico produzido diariamente no edifício hospedeiro seria direcionado para um conjunto de composteiras responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e pelo fornecimento de adubo para a horta vertical.

COMPOSTAGEM SECA

Espaços de estar, reuniões ou pequenas apresentações didáticas, aproveitandose do potencial educativo do edifício para a construção das cidades do futuro pelas próximas gerações.

AUDITÓRIO

Produção de hortaliças, legumes e frutas a partir dos insumos coletados do próprio edifício hospedeiro. O sistema conta com estantes pivotantes metálicas rotacionadas de acordo com o melhor ângulo solar, podendo ocupar um ou dois pavimentos.

HORTA VERTICAL

TÉRREO ELEVADO

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Espaços de estar e de contemplação da paisagem urbana cujos vazios programáticos dialogam com os pavimentos livres de brises do Edifício Copan.

Comércio livre dos alimentos orgânicos produzidos pela horta vertical, localizado estrategicamente no edifício menor, mais próximo do térreo urbano, em um dos locais mais movimentados de São Paulo.


EDIFÍCIO HORTA (COPAN) 15º - 36º Piso Nível +48,00m - +115,20m

EDIFÍCIO MERCADO 1º - 11º Piso Nível +3,20m - +35,20m

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MIRANTE COPAN

TRANSPOSIÇÃO ABERTA

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Guarda-corpo em aço inoxidável parafusado externamente à viga com articuladores; Viga de Borda Perfil VS 400x32, acabamento com pintura eletrostática branca; Esteira Rolante industrial transportadora em aço inox; Módulo prefabricado de concreto 1,4x0,95m, e=110mm, acabamento em concreto aparente; Cantoneira de abas iguais L64x6,4 para apoio dos módulos de concreto; Chapa de aço parafusada; Montante Viga Vagão h=0,6m; Cabo metálico Transversal Viga Vagão Ø20mm;

CORTE AMPLIADO EE

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Membrana têxtil perfurada retrátil; Tirante metálico diagonal de forma redonda Ø38mm;

Viga de Borda Perfil VS 400x32, acabamento com pintura eletrostática branca; 2 Chapas conectoras 9.5mm; Pino Conector

2 Tirantes metálicos verticais perfil tubular Ø38mm;

DETALHE LAJE-TIRANTE 15


Viga-mãe Perfil VS 2000x515;

2 Tirantes metálicos verticais perfil tubular Ø38mm;

Viga de Borda Perfil VS 400x32, acabamento com pintura eletrostática branca;

Tirante metálico diagonal de forma redonda Ø38mm; Guarda-corpo opaco em aço

Guarda-corpo em aço inoxidável parafusado externamente à viga com articuladores;

Espaço livre para a passagem de instalações técnicas;

ELEVAÇÃO 3

Viga-mãe Perfil VS 2000x515; Viga de travamento Perfil VS1500x339; Telha Translucida de Policarbonato; Viga de Borda Perfil W200x15, acabamento com pintura eletrostática branca; Canaleta central em chapa metálica zincada dobrada para recolhimento de águas pluviais; 2 Tirantes metálicos verticais perfil tubular Ø38mm; Tirante metálico diagonal de forma redonda Ø38mm;

Guarda-corpo em aço inoxidável parafusado externamente à viga com articuladores; Espaço livre para a passagem de instalações técnicas; Elevador hidráulico industrial; Monta Carga Logístico; Piso Gradil de Aço Galvanizado;

Jardim Vertical apoiado sobre tela metálica modular;

CORTE AMPLIADO FF

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CONCURSO PARQUE DA CIDADE DE BELÉM AEROCLUBE, PARÁ (BR), 2020 COAUTORIA: AUGUSTO LONGARINE E MATHEUS BORGES

ENLACE NATURAL

Embora abraçada pela maior floresta tropical do mundo e conhecida popularmente como “Cidade das Mangueiras”, Belém apresenta a menor porcentagem de cobertura vegetal entre as cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes (IBGE, 2010)1. O grande espraiamento horizontal registrado ao longo do século passado e a desertificação constante das áreas urbanas mais consolidadas são as causas mais latentes do problema. O novo Parque da Cidade deve ser pensado, portanto, não apenas a partir da sua implantação isolada como mero equipamento público, mas como parte do Sistema de Maciços Vegetais Urbanos da Região Metropolitana de Belém. Sob o ponto de vista turístico-ambiental e da rede de espaços livres públicos urbanos, o Parque da Cidade completará o chamado “Cinturão Verde de Belém”, que compreende atualmente o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, o Bosque Rodrigues Alves (Jardim Zoobotânico da Amazônia), o Parque Ecológico Municipal Gunnar Vingren e o Parque Ambiental, juntamente com os maciços preservados nos perímetros pertencentes às Forças Armadas2. Para tanto, é imprescindível que a implantação do parque leve em consideração seu entorno natural e urbano, promovendo a união estratégica dos maciços arbóreos existentes e, ao mesmo tempo, permitindo sua apropriação pública para os mais variados usos.

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EIXOS DE OCUPAÇÃO

Dada a configuração longilínea do terreno, o zoneamento se deu - a exemplo das ocupações romanas primitivas - a partir da demarcação de dois eixos perpendiculares no centro geométrico da pista de pouso e decolagem ali instalada. A proposta prevê que a pista, por sua própria configuração geométrica e forte presença simbólica, se torne a cardus maximus do novo parque, elemento estruturador de todo o projeto. A exemplo da urbe romana, a pista convertida em grande esplanada se tornará o centro vivo do futuro parque, ágora belenense, local de encontro, lazer, manifestações populares e culturais.

DISTRIBUIÇÃO PROGRAMÁTICA Os programas de uso coberto dividem-se em Maciços e Pavilhões distribuídos ao longo dos eixos estruturantes do projeto. Além de contribuir para a legibilidade geral da proposta, servem a Esplanada e são servidos por ela. Vale considerar que a seleção e distribuição dos programas sugeridos na consulta pública foram analisadas criticamente pela equipe, gerando eventuais modificações e adições explicitadas neste memorial. MACIÇOS

Os maciços concentram-se nas extremidades da Esplanada e abrigam os programas cobertos e fechados que, devido ao clima equatorial quente e úmido de Belém, podem necessitar de resfriamento ativo para o pleno funcionamento. A localização destes edifícios cumpre dupla função: arrematar as cabeceiras da esplanada e permitir que seus programas principais sejam usufruídos pela cidade independentemente do parque, dada a proximidade com as portarias P1 e P2 e respectivos estacionamentos. Com o intuito de arrematar as cabeceiras sem promover uma barreira visual e sem diminuir a área de projeção da Esplanada, a cobertura dos Maciços ganha uso humano: é uma extensão caminhável do próprio piso, uma rampa de baixíssima inclinação que eleva os usuários a uma cota superior 9 metros acima do chão, onde uma visada 360° de todo o complexo é liberada. As cabeceiras tornam-se parte da experiência sensorial do Parque da Cidade, única no Brasil: integram-se ao circuito turístico belenense sem competir em essência com as demais atrações da cidade. Cada um dos maciços é ocupado por um programa principal e outros programas adjacentes. Os programas principais são aqueles onde o uso pode - e deve - ser independente do funcionamento do parque, ou seja, podem receber visitantes que não necessariamente usufruirão, naquele momento, do parque como um todo. São eles: Memorial da Aviação e Teatro-Auditório. Os programas principais contam com acesso direto e rápido das portarias P1 e P2 e respectivos estacionamentos e destacam-se dos programas adjacentes por meio de um foyer coberto que é, também, recepção dos visitantes em direção à Esplanada. Tal interlocução é possível dada a extensão da mesma para dentro do próprio Maciço, numa circulação única e desimpedida. Os programas adjacentes compreendem sanitários públicos, centro médico, guarda-volumes, administração, biblioteca pública, salas para cursos sociais profissionalizantes, de computação e espaços públicos para empreendedorismo criativo.

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T4

T3

T2

T1

M

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N

D P

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28

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L1

21

51 20 21

17

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L2

56

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33

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15 54 55 54 33 12

12

9 1

2

P

53

A

52 13

3

E 13 3 13

3 57

14

11 57 F

O

58

10

G

PLANTA TÉRREO Escala 1:1500 ENTORNO URBANO A B C D E F G

Avenida Senador Lemos (acesso direto Portaria P1) Avenida Doutor Freitas Avenida Brigadeiro Protasio (acesso direto Portaria P2) Avenida Júlio César (acesso direto Portaria P3) Praça Dorothy Stang Superintendência do Patrimônio da União (SPU) Canal da Pirajá

19

H I J K L M N O P

Conjunto Habitacional 14 BIS Hangar Convenções & Feiras da Amazônia Batalhão de Policiamento em Eventos (BPE) Complexo Fazendário de Belém Colégio Tenente Rego Barros Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) Elevado Daniel Berg Comércio Local (Hipermercado) Ponto de Ônibus existente

ACESSOS E SERVIÇOS 1 2 3 4 5 6 7

Portaria 1 - Visitantes Estacionamento Portaria 1 (236 vagas) Estacionamento Suporte/carros oficiais (54 vagas) Portaria 2 - Visitantes Estacionamento Portaria 2 (242 vagas) Portaria 3 - Visitantes Estacionamento Portaria 3 (130 vagas)

8 9 10 11 12 13 14 15 16

Estacionamento exclusivo para Ônibus fretados e de excursões Ponto de Ônibus proposto Portaria 4 - Serviços Centro de Logística, Manutenção e Operações Circulação Logística Equipamento(s) público(s) suporte(s) Torre de Controle do Aeroporto Esplanada de acesso Praça Coberta/Foyer

17 18 19 20 21 22 23

Esplanada (eixo de ocupação longitudinal) Maciço programático Admnistração do parque / Secretaria de Estado de Meio Ambiente Banheiros Públicos Vestiários Públicos Vestiários para Funcionários Caixa D’água


L

P 7 53 55

33

54

46 39

46

53

23

47

9 40

41

33

39 33

22 27

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27

26

20 21 51 59

9

16

C

K

4

54 25

22

56 54 15 33

31

55

12

5

53

J

I

H H

0

EIXO CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA 24 25 26 27 28 29 30

Espaço Gastronômico/Praça de Alimentação Auditório/Teatro Biblioteca pública Espaços cobertos para Empreendedorismo criativo Salas para cursos públicos Memorial da Aviação Galeria Aberta

31 Espaço Ecumênico 32 Pavilhão Multiuso EIXO LAZER E ESPORTE 33 34 35 36 37

Ciclovia Módulo Bicicletário Módulo PET Módulo Playground Módulo Academia

38 39 40 41 42 43 44 45 46

Módulo Mini-Campo Tirolesa Pista de Skate Espaço para Parkour Pavilhão Esportivo Espelho D’água para reacreação Arquibancada elevada Quadra Poliesportiva coberta Quadra Poliesportiva descoberta

47 48 49 50 51

50

Quadra Society descoberta Quadra de Tênis descoberta Quadra de Basquete descoberta Quadra de Vôlei descoberta Fonte Interativa

EIXO PAISAGÍSTICO E AMBIENTAL 52

Promenade Arbóreo (eixo transversal)

100

300m

53 54 55 56 57 58 59 60

Bosques Trilhas Piquenique/Quiosques/Redário Lago Ecoturismo Mirante Belém Palmeiral Mirantes 360°

20


M

N

8

6

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30

60

24

18

17

32

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1

2

52 13 E 13 3 13

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F

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58

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IMPLANTAÇÃO GERAL Escala 1:1500 ENTORNO URBANO A B C D E F G

Avenida Senador Lemos (acesso direto Portaria P1) Avenida Doutor Freitas Avenida Brigadeiro Protasio (acesso direto Portaria P2) Avenida Júlio César (acesso direto Portaria P3) Praça Dorothy Stang Superintendência do Patrimônio da União (SPU) Canal da Pirajá

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H I J K L M N O P

Conjunto Habitacional 14 BIS Hangar Convenções & Feiras da Amazônia Batalhão de Policiamento em Eventos (BPE) Complexo Fazendário de Belém Colégio Tenente Rego Barros Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) Elevado Daniel Berg Comércio Local (Hipermercado) Ponto de Ônibus existente

ACESSOS E SERVIÇOS 1 2 3 4 5 6 7

Portaria 1 - Visitantes Estacionamento Portaria 1 (236 vagas) Estacionamento Suporte/carros oficiais (54 vagas) Portaria 2 - Visitantes Estacionamento Portaria 2 (242 vagas) Portaria 3 - Visitantes Estacionamento Portaria 3 (130 vagas)

8 9 10 11 12 13 14 15 16

Estacionamento exclusivo para Ônibus fretados e de excursões Ponto de Ônibus proposto Portaria 4 - Serviços Centro de Logística, Manutenção e Operações Circulação Logística Equipamento(s) público(s) suporte(s) Torre de Controle do Aeroporto Esplanada de acesso Praça Coberta/Foyer

17 18 19 20 21 22 23

Esplanada (eixo de ocupação longitudinal) Maciço programático Admnistração do parque / Secretaria de Estado de Meio Ambiente Banheiros Públicos Vestiários Públicos Vestiários para Funcionários Caixa D’água


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K 4 18

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EIXO CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA 24 25 26 27 28 29 30

Espaço Gastronômico/Praça de Alimentação Auditório/Teatro Biblioteca pública Espaços cobertos para Empreendedorismo criativo Salas para cursos públicos Memorial da Aviação Galeria Aberta

31 Espaço Ecumênico 32 Pavilhão Multiuso EIXO LAZER E ESPORTE 33 34 35 36 37

Ciclovia Módulo Bicicletário Módulo PET Módulo Playground Módulo Academia

38 39 40 41 42 43 44 45 46

Módulo Mini-Campo Tirolesa Pista de Skate Espaço para Parkour Pavilhão Esportivo Espelho D’água para reacreação Arquibancada elevada Quadra Poliesportiva coberta Quadra Poliesportiva descoberta

47 48 49 50 51

50

Quadra Society descoberta Quadra de Tênis descoberta Quadra de Basquete descoberta Quadra de Vôlei descoberta Fonte Interativa

EIXO PAISAGÍSTICO E AMBIENTAL 52

Promenade Arbóreo (eixo transversal)

100

300m

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Bosques Trilhas Piquenique/Quiosques/Redário Lago Ecoturismo Mirante Belém Palmeiral Mirantes 360°

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terraço jardim resfriamento ativo viga-vagão

parede de vidro dupla | colchão de a

espelho d’água (resfriamento passi

CORTE MACIÇO Escala 1:100

telha translúcida

quebra-sol em policarbonato viga-vagão

fundações em concreto armado apoio de transição metálico

CORTE PAVILHÃO ESPORTIVO Escala 1:100

clarabóia (efeito chaminé) cobertura em lona tensionada fechamento em policarbonato cabo de aço treliça metálica perfil tubular

lago (resfriamento passivo)

CORTE PAVILHÃO MULTIFUNCIONAL Escala 1:100

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25


RESTAURANTE

ESPLANADA

COBERTURAS MODULARES + FONTES PISCINA PÁTIO ARQUIBANCADA VERDE

QUADRAS

ESPLANADA

EVENTOS POPULARES

PÁTIO

PAVILHÃO ESPORTIVO

QUADRAS + RESTAURANTE

PASSARELA - MIRANTE VISTA DE BELÉM

PAVILHÃO MULTIFUNCIONAL FEIRA COBERTA

PAVILHÃO MULTIFUNCIONAL EVENTOS CULTURAIS

ESPLANADA FEIRA ABERTA

PAVILHÃO MULTIFUNCIONAL EVENTOS ESPORTIVOS

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CINECLUBE CAMPANHÃ CAMPANHÃ, PORTO (PT), 2017-2018 ORIENTAÇÃO: NUNO BRANDÃO COSTA PROJETO INDIVIDUAL

Localizado no bairro de Campanhã no Porto, o projeto situa-se intrincado em um quarteirão misto entre antigas indústrias e sobrados residenciais. O terreno escolhido possui grande potencial de utilização, visto que ele está próximo à estação de metrô e trem Campanhã, e liga a Avenida Pinto Bessa com um futuro parque proposto pela prefeitura, que existirá aos fundos do terreno. O equipamento cultural abre-se para a cidade com uma praça de chegada na cota da rua, composta por um grande espelho d’água e banco-calha. Uma escadaria direciona os usuários diretamente ao átrio de entrada, sala polivalente e café, um nível abaixo. Ainda há uma grande rampa que ajuda a ligar a praça superior com um espaço ajardinado aos fundos, onde há o cinema ao ar livre e a entrada ao parque.

1. Praça Superior

2. Rampa e Volum

nível da rua

conexão com parque ao

3. Volume Elevado

4. Auditório em ba

A ligação entre a avenida e o futuro parque foi a principal premissa de projeto, onde a rampa externa funciona como âncora do fluxo, acompanhada da fachada chanfrada da própria sala de cinema. O chanfro, lapidado em um volume regular quase monolítico, surge como uma grande janela, que revela ao exterior todas as tubulações do edifício localizadas abaixo da sala de cinema, enquanto ainda permite que os usuários do interior da biblioteca tenham uma visão exterior do fluxo de entrada do átrio de chegada.

27

A fachada por sua vez, dialoga com o caráter industrial do interior do quarteirão, uma vez que é totalmente composta por painéis de aço escovado que refletem nebulosamente o entorno residencial e industrial da região, reafirmando um aspecto de leveza ao grande volume em balanço.

térreo livre

janela chanfrada | átrio


O PARTIDO O edifício, levemente reflexivo, pousa sutilmente sobre o térreo escavado. Uma grande escadaria abre-se sob a sala de cinema chanfrada, que em balanço, flutua junto a rampa.

me

o fundo

alanço na fachada

o chegada coberto

linhas gerais implantação

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O PROGRAMA O Cineclube Campanhã consiste de um programa cultural voltado à aprendizagem e estudo de filmes e cinema em geral. Possui uma sala de cinema com 200 pessoas, biblioteca, estúdios de workshop, salas de aula e um grande salão polivalente para possíveis exposições. O volume da sala de cinema, chanfrado, está todo em balanço, criando um átrio coberto de chegada, e abrigando o café no térreo. A sala polivalente está disposta ao centro do edifício, e possui áreas de pé direito simples, duplo e triplo. A biblioteca é acessada através de uma passarela elevada acima da polivalente, que também pode ser usada como apoio para equipamentos e iluminação para apresentaçoes no salão abaixo. Todas as tubulações de água, ar condicionado e incêndio, além das treliças metálicas estão aparentes aos usuários.

+2 PRIVADO

ADMINISTRAÇÃO | SALAS DE AULA | SALA DO PESSOAL | ÁREA TÉCNICA

+1 SEMIPÚBLICO

SALA DE CINEMA | BIBLIOTECA | WORKSHOPS | FOYER

entrada do parque

0 , -1 PÚBLICO

SALA POLIVALENTE | CAFÉ | LOJA | CINEMA AO AR LIVRE | ESPLANADA

praça superior

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N modelo volumétrico de implantação

+ 80.00 + 80.00

+ 79.00

+ 71.00 + 71.00

+ 71.00 + 68.50

volume fachada lateral

volume fachada frontal

+80.70

+76.20

+71.00

+72.20

+68.50

corte longitudinal do auditório

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Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner

processo de implantação

Scanned by CamScanner

ACESSO AO PARQUE

+68.50

8

9

7

6

5

4

2 3 +68.50

PLANTA TÉRREO E -1 ÁREA PÚBLICA, JARDIM E POLIVALENTE

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1. PRAÇA SUPERIOR 2. ÁTRIO COBERTO 3. BILHETERIA 4. SALA POLIVALENTE 5. CAFÉ 6. LOJA 7. DEPÓSITO 8. CINEMA AO AR LIVRE 9. ÁREA DE MÁQUINAS

1 +71.00

N PLANTA PISO 0, -1 +68.50, +71.00 ESC 1:200


praça superior

O edifício descola-se do chão através de uma janela aberta acima do espelho d’água. Um pilar surge na fachada em negativo, funcionando como escoamento de água até o banco-calha, além de demarcar o volume chanfrado da sala de cinema, que está totalmente em balanço.

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17 11

17 12 15 14

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PLANTA +1 BIBLIOTECA, SALA DE CINEMA, WORKSHOPS 10. FOYER 11. SALA DE CINEMA 12. ÁREA DE MÁQUINAS 13. BIBLIOTECA 14. DEPÓSITO DE LIVROS 15. BALCÃO E SALA DA BIBLIOTECÁRIA 16. SALA DUPLA DE WORKSHOP

ESC 1:200

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PLANTA +2 SALAS DE AULA, ÁREA DO PESSOAL, CINEMA E RÉGIE ESC 1:200

17. SALA DE AULA 18. SECRETARIA 19. SALA DA DIREÇÃO 20.SALA DE REUNIÕES 21. SALA DO DIRETOR 22. DEPÓSITO 23. ÁREA TÉCNICA | SERVIDOR 24. SALA CONFERENCISTA

25. RÉGIE PROJETOR 26. AVAC 27. VESTIÁRIOS 28. ÁREA DO PESSOAL

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O BALANÇO De forma didática, a estrutura que mantém todo o bloco do cinema em balanço no lado exterior está aparente no interior da sala. As treliças metálicas e vigas, além das intalações de luz e ar-condicionado foram mantidos em meio aos difusores acústicos, tornando-se parte crucial do caráter moderno e industrial da sala.

1. Sala de Cinema Sala para 200 lugares. Treliça metálica semiaparente, revestimento em difusores acústicos, AVAC aparente.

O NEGATIVO Tudo que está “escavado” abaixo da cota da praça superior (e da rua) adota-se o xisto negro de foz de côa como material. A aparência negra levemente reflexiva, contrasta com toda a estrutura metálica branca e exterior em aço escovado.

2. Sala Polivalente 700 m2 para exposições, salão iluminado naturalmente através de 5 grandes clarabóias, piso revestido com xisto negro, integração com café e loja, visuais para rampa/jardim e biblioteca.

3. Foyer Acesso direto polivalente/sala de cinema, integração com salas de workshop e banheiros, visual para o café no piso inferior.

4. Biblioteca Open space, grande janela direcionada a escadaria externa, visuais para a sala polivalente, estante de livros entre as treliças metálicas.

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Modelo físico das clarabóias

sketch clarabóias invertidas

Scanned by CamScanner

LUZ FOCAL Parte do conceito de deixar toda a estrutura aparente no interior do edifício, as clarabóias possuem um formato angulado internamente, invertidas, trazendo uma luz mais focal e dramática pra sala polivalente (remetendo à ideia de cinema e câmaras de luz também).

sala polivalente: mudança de iluminação natural conforme posição do sol

+80.70

+76.20

+71.00

+72.20

+68.50

corte longitudinal sala polivalente e biblioteca (à esquerda)

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+80.70

+76.20

+72.20

+68.50

+80.70

+76.20

+72.20 +71.00

+68.50

SALA DE CINEMA EM BALANÇO

Corte perspectivado da sala de cinema em balanço

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PILAR METÁLICO 50X50 - ESCOAMENTO ÁGUA À VISTA

CAMADA IMPERMEABILIZANTE e= 4mm BETÃO DE LIMPEZA BARREIRA DE UMIDADE CAMADA DRENANTE EM BRITA

BETÃO APARENTE MOLDADO IN LOCO Scanned by CamScanner LASTRO DE ARGAMASSA COM MALHASOL CQ30

BASE DE BRITA

SOLO COMPACTADO

DETALHE 1 TRANSIÇÃO PRAÇA-ESPELHO DE ÁGUA

TRELIÇA METÁLICA PERFIL H 50cm x 50cm PERFIL METÁLICO BRANCO SEÇÃO CIRCULAR 10cm diâmetro CHAPA AÇO ESCOVADO 8.50m x 2.10m e=2cm PLACA DE GESSO CARTONADO e=10cm MONTANTE METÁLICO PRETO PERFIL L PARAFUSADO 5cm x 5cm

CHAPA AÇO ESCOVADO 8.50m x 2.10m

e=2cm

JUNTA DE 1 cm

DETALHE CONSTRUTIVO FECHAMENTO EXTERNO

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EMBAIXADA DA REPÚBLICA TCHECA ADDIS ABABA, ETIÓPIA, 2019 EQUIPE: AUGUSTO LONGARINE E TEO BUTENAS Realizado em 2019, a Embaixada Tcheca na Etiópia foi um concurso promovido pelo Ministério das Relações Exteriores da República Tcheca em Addis Ababa (capital da União Africana). A embaixada conta com um programa muito diversificado, incluindo a residência oficial do embaixador tcheco, área de vistos, parte representativa oficial, escritórios, além de moradia para os funcionários tchecos e etíopes. Um eixo central rebaixado foi implantado, dividindo os jardins e garantindo privacidade e segurança entre as diferentes áreas.

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1. Praça Enterrada e Eixo Estrutural O eixo topográfico que divide o programa em quatro jardins, além de oferecer uma barreira natural e uma separação entre área social e privativa da embaixada, também conforma uma praça enterrada coberta, onde ocorre o desembarque rápido, seguro e controlado de carros oicias dos convidados diplomáticos do embaixador.

2. Cobertura Translúcida Uma grande cobertura flutua sobre os quatro blocos programáticas, configurando e unificando o conjunto, além de oferecer proteção contra intempéries naturais, mas também fornecendo luz natural para o interior.

3. Residência do Embaixador A residência do embaixador é dividida em duas partes: social, onde é realizado coquetéis e reuniões; e privativa, onde a família diplomática de fato vive. O conceito da casa consistiu em utilizarse de materiais locais, como pedras e gabião, concreto e madeira, sempre enquadrando grandes visuais da cidade de Adis Aababa, Monte Entoto ou para a densa vegetação do jardim interior

4. Áreas de Convivência A embaixada é servida de diversas áreas de lazer e convivência para o staff e o embaixador. Piscinas, quadras, jardins e decks e uma releitura moderna de um tukul (construção circular com uma fogueira ao cento, típica da Etiópia ) estão à disposição dos moradores.

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BAUHAUS CAMPUS BRASIL [2ºLUGAR] MAM-RJ, RIO DE JANEIRO, 2019 CONCURSO INTERNACIONAL BAUHAUS BRASIL_PROJETAR.ORG EQUIPE: AMANDA MOREIRA, DEBORA NOJIRI, LUCAS CUNHA, MARIANA GONÇALVES

Poucas são as coisas que resistem ao teste do tempo. A Bauhaus é uma escola que desde sua criação está em eterna reinvenção – em sua época áurea, cada alteração de direção resultava em grandes mudanças em seu perfil de ensino. Assim, a proposta foi pensada para sobreviver às contínuas transformações e reestruturações pelas quais o sistema de ensino da Bauhaus vai e precisa passar ao longo dos anos, através da elaboração de um partido que adapta o programa a funções e soluções específicas, mas que se mantém versátil e cria espaços plurifuncionais.

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Além disso, a nova sede da Bauhaus não se pretende como uma mimese do passado, mas sim como uma tentativa de conciliação do ideário moderno com a arquitetura contemporânea, respondendo também à paisagem singular do Rio de Janeiro. A implantação ao mesmo tempo que surge de uma composição de volumes, linhas e pontos que remete aos quadros de Kandinsky (ex-professor da Bauhaus), também é uma resposta ao contexto urbano na qual está inserida, oferecendo ao pedestre uma série de praças e espaços livres na paisagem singular do Rio de Janeiro, especialmente entre o MAM e o novo campus. O que emoldura e dá definição a esta rede de espaços livres são as marquises que conectam os edifícios.


O PARTIDO

Se propõe para a Bauhaus Campus Brasil uma arquitetura que alia a arte e a técnica, a industrialização e a singularidade, e um diálogo constante entre passado e futuro. E projetar é pensar o futuro, é planejar o imprevisível. Procuramos, portanto, trazer para este concurso um projeto que seja capaz de sobreviver ao teste do tempo; um projeto que seja, para citar Paulo Mendes da Rocha, capaz de “amparar a imprevisibilidade da vida”.

ESQUEMA DE FLUXOS

COMPOSIÇÃO DOS EDIFÍCIOS

IMPLANTAÇÃO

VISTAS PRINCIPAIS

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No geral, o projeto é composto por três edifícios principais - a escola lâmina, a biblioteca vertical e os blocos de habitação - além de um canteiro experimental anexo.

2

3 1

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habitação estudantil

lâmina estúdios

biblioteca vertical

canteiro experimental


1. Conexões Os campus foi projetado a partir de uma série de espaços livres conectados entre si. Marquises ligam a lâmina principal com a torre da biblioteca vertical e os prédios de apoio, habitação e serviços. Grandes jardins, espelhos de água e bosques interligam as áreas da universidade com o MAM.

2. Passarela A lâmina principal é conectada com a biblioteca vertical através de uma passarela translúcida proeminente do andar dos estúdios. As sombras dos transeuntes podem ser vistas do jardim, e as janelas proporcionam belas vistas para a lagoa e o Pão de Açúcar.

3. Biblioteca Vertical A biblioteca vertical funciona como um marco vertical na paisagem do Rio de Janeiro. Três empenas de concreto que não se tocam, formam o espaço triangular interno, com aberturas nos vértices direcionadas para pontos específicos da paisagem local: o MAM, o Pão de Açúcar e a lâmina da Bauhaus. No último pavimento ainda há um mirante público, um café e uma caixa d’agua que abastece todo o complexo.

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51


52


ESCOLA RURAL NO HAITI [PRÊMIO IAB 2019] CABARET, HAITI, 2019 CONCURSO INTERNACIONAL ONG TETO_ARCHSHARING.COM EQUIPE: PEDRO BRITO SANTANA, PEDRO PAULO TORGGLER

Devido à precariedade de recursos e o difícil acesso de voluntários à região rural de Cabaret, vilarejo situado a 5km da capital do Haiti, o projeto de uma escola de ensino fundamental é pensada de modo a otimizar o trabalho construtivo e melhorar a qualidade do ensino da região. O projeto da escola abrigará até 50 alunos em um primeiro momento e é separada em duas fases de construção. A proposta para a Escola Rural no Haiti se encontra entre o que é estático e o que é transitório. Ela transita entre a caverna, um espaço indeterminado que é estabelecido por seu uso circunstancial, e o ninho, que é projetado de acordo com o seu uso, onde as circunstâncias precisam ser programadas. A proposta é uma tentativa de estabelecer a descoberta lúdica das crianças como parte da construção e da própria arquitetura. Finalmente, o projeto é uma tentativa de servir como apoio. Uma vez que o abrigo além de proteger e oferecer a sombra como limite de espaço útil, também é um espaço dinâmico e transformador, que deve ser descoberto e apropriado no dia-a-dia das crianças.

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fu


1

2

3

GRID ESTRUTURAL

EIXO CENTRAL

EIXO TRANSVERSAL

undações/vigas e pilaretes metálicos

1ª fase construção

2ª fase construção

Primeiramente as vigas são alocadas longitudinalmente em cinco colunas e os pilaretes metálicos instalados em um grid de 6 x 8m. Com os apoios prontos, logo instala-se a leve cobertura do primeiro pavilhão, que já abrigará os voluntários contra o sol escaldante e as chuvas tropicais da região. A partir desse momento, a construção pode continuar em um ritmo mais lento e controlado.

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eixo central

horta orgânica calha reuso água pluvial espelho d’água

campinho salão multiuso

anfiteatro | sala de leitura

pátio coberto salas de aula

2 x 48m² or 1 x 96m² or 4 x 24m²

playground

áreas de recreação

sala dos professores | cozinha

áreas molhadas

pátio coberto salas de aula

2 x 48m² or 1 x 96m² or 4 x 24m²

balanço e jardim vertical

cabo de aço

painel de exposição

banco | trave de esportes

tecido

rede

pilares metálicos multiuso pilarete metálico clarabóia

balanços

cobertura tensionada cabo de aço

viga metálica estrutura metálica painéis fachada dinâmica quadro negro móvel

banco | estante livros espelho d’água

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viga | fundação concreto

horta orgânica

calha reuso água plu


1. A sombra como limite Embaixo da cobertura volumes são construidos usando material e peças pré-fabricadas locais, como palha, cerâmica, tijolo e madeira. Tais volumes podem ser abertos, integrados e expandidos usando elementos flexivéis. Cortinas translúcidas no salão multiuso, quadros negros móveis que permitem expandir a sala de aula, e painéis de madeira colorida que retraem e rotacionam, permitem ventilação e visuais com o exterior. O mobiliário também foi desenhado de modo a instigar a curiosidade da criança para ser fléxivel e multifuncional, tais como os banquinhos que funcionam também como mesas ou estante de livros.

2. Eixos Cinco vigas de concreto se apoiam no chão e funcionam como a fundação que amarra toda a estrutura e os usos programáticos da escola. Essas vigas são eixos que organizam todo o projeto. Ora são bancos ou estantes de apoio às salas, ora são apenas uma demarcação no chão. Porém o que acontece entre os eixos é totalmente variável, e depende do uso e da ocupação dos próprios usuários. Dentro dos limites da cobertura, os pilaretes metálicos servem como elementos estruturais, sustentando tudo acima. Além dos limites do telhado, eles agem como infraestrutura e são a base para qualquer atividade temporária que possa acontecer, além de serem também a materialização dos eixos que organizam o espaço e os limites do exterior.

3. Espaços Polivalentes Além dos limites do teto, esses eixos não tem um uso específico, mas representam as inúmeras possibilidades do uso do espaço, e também a capacidade de crescer e expandir a construção posteriormente. Finalmente, a proposta é uma tentativa de servir como apoio. Uma vez que o abrigo além de proteger e oferecer a sombra como limite de espaço util, ele também é um espaço dinâmico e transformador, que deve ser descoberto no dia-a-dia das crianças.

4. Salas de Aula As salas de aula foram projetadas a partir da ideia de serem versatéis, lúdicas e ambientalmente confortaveis. O quadro negro é móvel e permite a compartimentação ou intergração entre 2 salas. Os painéis laterais são rotacionáveis e servem como brises contra luz solar, mas permitem ventilação natural cruzada. Uma claraboia e estantes modulares móveis que servem também como banquetas e mesas completam o espaço de ensino.

uvial viga | fundação concreto

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”CÃOGORRA” [PROJETO VENCEDOR] ARCHITECTURE FOR DOGS: JAPAN HOUSE + FABLAB, SÃO PAULO, 2019 ORIENTAÇÃO: LOURENÇO GIMENES EQUIPE: CAIO BERLANDE, JÚLIO ARRUDA, RODRIGO SILVA

A Prefeitura de São Paulo, em parceria com a JAPAN HOUSE São Paulo + FABLAB firmou o concurso “Novos olhares, novas escalas: seu design para casas de cães” que faz parte da exposição “Architecture for Dogs: Arquitetura para cães”, com trabalhos expostos de escritórios como MVRDV, Sou Fujimoto, SANAA, Toyo Ito, entre outros. O concurso teve por objetivo difundir ainda mais o uso de novas tecnologias digitais e oferecer um ambiente de prototipação e execução de ideias inseridos na Cultura Maker.

PROTÓTIPO PREMIADO NA JAPAN HOUSE SÃO PAULO 04 DE ABRIL DE 2019

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O CONCEITO Buscou-se criar um mobiliário urbano que conceda autonomia e diversão ao cachorro, e que o seu caminhar traga um dinamismo e movimento ao modelo, possibilitando dessa forma uma elevação no campo de visão do animal com o seu dono. Por meio do equilíbrio da estrutura que praticamente flutua de acordo com o caminhar do animal, o mobiliário se movimenta, e os fechamentos em acrílico polido permitem que os vultos e as sombras do cachorro sejam vistas do exterior. Cria-se algo lúdico, leve e translúcido, voltado à diversão do cachorro e seu respectivo dono.

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FAROL TEJO

[1ºLUGAR] BELÉM,

RIO TEJO, LISBOA, 2018

A ideia de implamtação do farol na praça veio a pontuar como elemento vertical as margensLISBOA do Rio Tejo, em meio a outros equipamentos culturais ali instalados, como o Museu dos Coches, o MAAT, a Central Tejo e o Monumento do Descobrimento.

SAPA AWARDS 2018

A região é conhecida pela FAROL passagem deTEJO muitos turistas e pedestres e, por isso, um farol/ A IDEIA DE IMPLANTAÇÃO DO FAROL NA PRAÇA VEIO A PONTUAR COMO ELEMENTO VERTICAL O RIO TEJO, EM MEIO A observatório de estrelas queOUTROS oferecesse a possibilidade de observar o Rio Tejo a 60m de altura EQUIPAMENTOS CULTURAIS COMO O MUSEU DOS COCHES, O MAAT, A CENTRAL TEJO E O MONUMENTO DO DESCOBRIMENTO. A REGIÃO É CONHECIDA PELA PASSAGEM DE MUITAS PESSOAS E TURISTAS, E POR ISSO, UM FAROL/ em 360 graus seria complementar aos outros equipamentos de caráter horizontal. OBSERVATÓRIO DE ESTRELAS QUE OFERECESSE A POSSIBILIDADE DE OBSERVAR O RIO TEJO POR CIMA, ASSIM COMO TODA A

EQUIPE: AMANDA MOREIRA

REGIÃO EM 360 GRAUS SERIA BEM VINDA. O FAROL É COMPOSTO POR UM NÚCLEO DE BETÃO ARMADO, CIRCUNDADO POR UMA ESCADA HELICOIDAL PERIMETRAL QUE PERMITE A VISTA PARA TODOS OS LADOS DA TORRE. O FECHAMENTO OCORRE COM PEÇAS DE QUEBRA-SOL DE ALUMÍNIO (INSPIRA DAS NO PRODUTO SFB 4550 BOW, FABRICADO PELA SAPA )NAS QUAIS ESTÃO ACOPLADOS PLACAS FOTOVOLTÁICAS DE CDS/CDTE. ASSIM COMO UMA ESTRUTURA DE PILARETES E ANÉIS EM ALUMÍNIO QUE TRAVAM TODOS OS ELEMENTOS DE FECHAMENTO COM A ESCADA E O NÚCLEO ESTRUTURAL NO MEIO. A INTEGRAÇÃO DOS QUEBRA-SÓIS COM OS PAINEIS SOLARES, QUE CAPTAM A LUZ SOLAR DURANTE O DIA, PERMITE A TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA SOLAR EM ENERGIA LUMINOSA A SER USADA PELO PRÓPRIO FAROL À NOITE. ELES PODEM SER AINDA FECHADOS POR COMPLETO, OU ROTACIONADOS EM ÂNGULOS DE 45 GRAUS PARA OS DOIS LADOS, CRIANDO UMA FACHADA VENTILADA E DINÂMICA PARA TODA A CIDADE.

O farol é composto por um núcleo rígido de concreto armado, circundado por uma escada helicoidal que sobre perimetralmente, permitindo a vista para todos os lados da paisagem durante o percurso. Os fechemantos ocorrem com brises de alumínio (inspirados no modelo SFB 4550 BOW), fabricado pela Sapa, nas quais estão acoplados placas fotovoltaicas de CDS/ CDTE.

MUSEU DOS COCHES

BOULEVARD

MAAT

CENTRAL TEJO

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CENTRAL TEJO

MUSEU DOS COCHES

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RIO TEJO

RIO TEJO FAROL TEJO O farol de alumínio a ser implantado no rio Tejo pontua a sua orla e compõe o cenário cultural de seu entorno. Seu fechamento de quebra-sol com placas fotovoltaicas o permitem ser , além de energeticamente sustentável, um marco no qual o público teria o poder de intervir em sua aparência e desfrutar de sua vista.

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27337

M


PAVIMENTO SUPERIOR - MIRANTE

Os brises podem ser rotacionados e fechados por completo, criando uma área de absorção maior durante o dia, ou rotacionados em 45 graus para os dois lados, criando assim uma fachada dinâmica e com ventilação natural cruzada no interior do farol.

PAVIMENTO INTERMEDIÁRIO

SEÇÃO BRISE FOTOVOLTAICO Com o desenvolvimento desse brise-fotovoltaico, propõe-se que toda a energia utilizada a noite para o farol seja captada e transforada inteiramente de forma natural durante o dia.

PAVIMENTOTÉRREO

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CERIMÔNIA PREMIAÇÃO 1º LUGAR AUDITÓRIO DE SERRALVES - PORTO 10/05/2018

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PRAÇA DAS ÁGUAS: SESC AUGUSTA+HABITAÇÃO PARQUE AUGUSTA-PRAÇA ROOSEVELT, SÃO PAULO, 2018-2019 PROJETO INDIVIDUAL

Localizado na esquina entre a Rua Caio Prado e Nestor Pestana, a Praça das Águas surge como proposta de integração entre espaços públicos já existentes na região, ligando o Parque Augusta e Praça Roosevelt com um novo equipamento cultural e habitacional. O SESC Augusta ali instaurado, ocupa o térreo e mais 2 pavimentos superiores, e propõe um percurso aos usuários através de passarelas metálicas soltas, que ligam os diversos volumes culturais, proporcionando diversas visuais com o entorno. No térreo, integrando o percurso de quem sai do Parque Augusta, há uma praça coberta por um volume de piscinas elevadas. Em suas empenas, é possível criar certo diálogo com o entorno, através do uso do cobogó e do concreto, tornandose um cinema ao ar livre à noite. A luz que vaza dos cobogós do salão polivalente ilumina a calçada da Rua Caio Prado, e permite integração visual entre as apresentações internas e o exterior. Rodeado por vários espelhos d’água, os volumes da bilbioteca, café e arquibancada aproveitam-se para trazer os usuários para perto da natureza. No piso superior, os volumes do auditório, bilheteria e salão polivalente são ligados através de uma única passarela metálica aberta visualmente à cidade. Acima, em um grande vão mirante, há uma quadra poliesportiva aberta, e ligação com as 2 piscinas do bloco independente. A habitação estudantil conta com 104 unidades de 28m² separadas em 13 pavimentos de 8 apartamentos cada, com varanda privativa e comunitária e passarelas soltas ligando o bloco de elevadores com o bloco principal. Na cobertura, ainda há lavanderias coletivas e um mirante público.

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1. Área e Orientação CA=6 + piscina

2. Separação volumes

3. Bloco Vertical Serviços

4. Conexões e Térreo

SESC + Habitação + Piscina

Definição das unidades habitacionais

Passarelas-viga e estrutura

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EIXO O SESC instala-se como um equipamento de transição entre o Parque Augusta e a Praça Roosevelt, criando um eixo cultural ao longo da Rua Gravataí, no centro de SP.

Praça Roosevelt

Parque Augusta

conceito estrutural

ÁGUA Parte importante do partido foi a criação de uma praça térrea que se integrasse ao Parque Augusta. Surge um grande volume elevado, apoiado por apenas 2 pilares que sustentam duas piscinas separadas por uma viga-passarela de 1,80m de altura, garantindo visuais para a cidade e Parque Augusta.

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7 4

5 3

1

esc. 1:400 N

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9 10

6

2

8

PLANTA TÉRREO CULTURAL SESC

PLANTA +1 ENTRETENIMENTO SESC

1. PRAÇA COBERTA 2. CINEMA AO AR LIVRE 3. RECEPÇÃO 4. BIBLIOTECA 5. CAFÉ 6. ACESSO SESC 7. ACESSO HABITAÇÃO

8. SALÃO POLIVALENTE 9. AUDITÓRIO 10. BILHETERIA | INFOS


13

14

16 15

11

12

PLANTA +2 ESPORTES SESC

PLANTA +3 A + 20 HABITAÇÃO ESTUDANTIL

11. PISCINA A 12. PISCINA B 13. QUADRA POLIESPORTIVA 14. VESTIÁRIOS

15. ESTÚDIO ESTUDANTIL 28m2 16. VARANDA COMUNITÁRIA

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4

3 1 2

habitação estudantil

quadra poliesportiva piscinas salão polivalente praça térrea

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superviga 1,80 m auditório biblioteca


1. Praça Térrea Abaixo do volume da polivalente e das piscinas, abre-se uma praça 1.5m abaixo do nível da rua, delimitada por um banco de concreto ao fundo, espelho d’água e um grande gramado. Podem-se realizar festas, feiras, exposições e cinema ao ar livre na praça.

2. Salão Polivalente Abaixo das piscinas, sala iluminada naturalmente através de cobogós laterias, treliça metálica aparente, piso em cimento queimado, integração com a paisagem externa, transparências para o exterior, difusores acústicos

3. Passarelas O bloco das piscinas e da sala polivalente interliga-se com o edício principal através de passarelas metálicas. Ao mesmo a superviga da piscina ajuda no travamento para a estabilidade global do do volume.

4. Auditório Acima da biblioteca, possui ligação através de passarelas com a sala polivalente. Espaço para 100 pessoas sentadas. Cadeiras móveis, difusores acústicos laterais, AVAC aparente, cobrimento em tela metálica pefurada, telão cinema 21:9

70


Habitação Estudantil O edifício possui 104 estúdios estudantis, que podem abrigar até quase 400 estudantes. Divididos em 13 pavimentos com 8 unidades habitacionais cada, os estúdios possuem 28m², com varanda coletiva e privativa, além de fechamento em toldos móveis.

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Estúdios Quarto e sala dividem o mesmo ambiente, com uma pequena cozinha e banheiro. Janelas altas na cozinha proporcionam ventilação natural cruzada. Há espaço e altura suficiente para colocação de uma beliche, permitindo a morada de 2 estudantes em cada estúdio, ou até mesmo 2 beliches, transformando a sala em quarto e abrigando 4 estudantes.

corte perspectivado do pavimento-tipo

pavimento tipo - estúdios habitação estudantil N esc. 1:200

Interiores Todas as unidades possuem uma varanda com bancada em concreto, com uma pequena jardineira. Portas de vidro de correr fazem a transição da varanda. Laje nervurada e instalações aparentes e armário embutido trazem mais versatilidade aos estudantes.

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viga-calha

detalhe estrutural volume das piscinas

detalhe estrutural volume das piscinas

piscina 380 m3 laje em concreto protendido impermeabilizado concreto de ajuste

rebatedores acústicos

tela metálica 5x5cm

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perfil metálico I 30x70


Parede Vegetal e Escoamento Parede verde na praça coberta do térreo, banco-espelho d’água em concreto armado, viga calha metálica aparente. Piso em ardósia cinza escura.

detalhe estrutural transição aço-concreto

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MUBE EM ESTUDO JARDINS, SÃO PAULO, 2017 ORIENTAÇÃO: MÔNICA JUNQUEIRA EQUIPE: ANA MELLO, CELINA HARUMI, JÚLIA PIMENTA

A maquete foi realizada como estudo e aprofundamento teórico sobre a obra do MuBE (Museu Brasileiro de Escultura) de Paulo Mendes da Rocha. Foram realizados diversos redesenhos e visitas para a elaboração do modelo volumétrico da base, sendo que a marquise de 30cm (esc 1:20) foi feita em argamassa armada com telas metálicas, e tempo de cura de aproximadamente 10 dias.

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exposição da maquete na FAUUSP (junho de 2017)

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SERPENTINE GALLERY EM ANÁLISE HYDE PARK, LONDRES, 2016 ORIENTAÇÃO: PAULO FONSECA EQUIPE: JANAINA LIMA, LETÍCIA CHAVES, PEDRO LANG, RAUL PLATA

A Serpentine Gallery de Siza e Souto de Moura, realizada em 2005 no Hyde Park (Londres), foi construída através de uma grelha de madeira, distorcida até criar uma forma curvilínea e dinâmica. A madeira acentua a relação entre o pavilhão e o parque urbano, e o fechamento em policarbonato permite que a luz natural entre durante o dia, enquanto à noite a luz artificial vaza para o jardim. A metáfora animal foi usada pelo próprio Siza, que descreveu a atitude do edifício como predadora:

“[...] um animal cujas pernas estão firmemente agarradas ao chão, mas cujo corpo está tenso por causa da fome, com as costas arqueadas e a pele esticada. Com a cabeça baixa e as patas presas, permanece enraizado no local, mas pronto a movimentar-se, como se a própria Serpentine pudesse ser consumida.”

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entrevista realizada pessoalmente com Álvaro Siza em seu escritório (Porto, PT)

“Essa referência às formas animais, naturais, está implícita em toda a arquitetura, mesmo em relação à arte que se diz abstrata, essa ligação com o orgânico é irreprimível” Eduardo Souto de Moura

exposição na fauusp abril 2016

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A maquete foi realizada com o intuito de estudar os diversos níveis de complexidade estrutural envolvidos na concepção do pavilhão, de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura. Durante 1 mês, foram feitos estudos e modelos simplificados para analisar as formas estruturais, os tipos de encaixe entre as peças de madeira, e seu comportamento em relação ao vão. Como auxílio ao estudo, parte do grupo teve a oportunidade de se encontrar com Eduardo Souto de Moura, quando o mesmo veio ao Brasil em outubro de 2016, e posteriormente com Siza Vieira em janeiro de 2018 em Porto (Portugal), para discutir maiores detalhes.

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Foram 357 peças únicas, encaixadas e travadas entre si, criando suaves curvas reticuladas. O processo ainda consistiu em simulações inicais em modelos com esferas e cordas, para se perceber melhor o dinamismo das curvas.

Em uma fase final, forma modeladas digitalmente cada peça e encaixe, e mapeado sua posição exata no modelo. As peças foram cortadas por uma máquina a laser, processo semelhante à construção do pavilhão original pela ARUP, onde cada parte foi pré fabricada em máquinas CNC de três eixos, e transportadas posteriormente apenas para a montagem no local.

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BERIEV HOUSING [PRÊMIO IAB 2019] TULUM, MÉXICO, 2019 COM YURI VITAL ARQUITETOS COLABORADORES: MARIA ALICE FLORIANO, ANTONIO MOUTINHO

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Em meio às ruínas maias de Tulum, litoral do México, em uma clareira aberta ao redor da densa floresta nativa, surge um imponente conjunto de oito pequenas torres em concreto aparente, como que em uma alusão às construções brutas em pedra dos ancestrais ali instalados séculos atrás. O complexo foi projetado para abrigar grupos de até 24 pessoas que estarão imersas durante 15 dias em um curso de coaching mental. Cada torre possui três flats individuais e independentes, cujo acesso será uma incógnita à primeira vista. Isto porque o acesso não se dará de forma lógica-visual, mas sim através de diversas passarelas e escadas que se conectam entre si. Portanto, a própria arquitetura instiga desde o momento inicial, quando o usuário deve descobrir sozinho o devido caminho até seu alojamento.


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Em meio ao pátio central, oito piscinas em rampa escavam o térreo em concreto pigmentado rosa, onde o nível d’água pode variar segundo a vontade de cada usuário, criando espelhos d´água mais rasos ou tanques de água mais profundos.

A materialidade em concreto pigmentado rosa, indica tudo que está escavado abaixo da cota 0, sendo uma clara alusão à Luis Barragan, grande arquiteto mexicano e mestre no uso da cor na arquitetura. Cada piscina individual no estado puro estimula assim a introspecção e o estado mental imersivo do indivíduo. Quando o mesmo estiver pronto para interagir com o restante do grupo, a piscina pode transbordar, espalhando uma fina camada de água para todo o complexo. Logo, a experiência que antes era solitária, agora se dá de forma coletiva através do compartilhamento da água enquanto simbologia

O concreto e o metal tornam-se necessários neste conjunto, pois juntos unem a frieza da volumetria monolítica, muito limpa - onde as sensações são obtidas através da luz e sombra - com a sutileza da estrutura que toca a superfície em um singelo ponto de apoio. A água das piscinas, o concreto pigmentado rosa e a densa vegetação do entorno potencializam a atmosfera de isolamento que o indivíduo necessita para alcançar o ápice da imersão mental.

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PROFISSIONAIS

CONCURSO NACIONAL PARQUE DA CIDADE [MENÇÃO HONROSA] BELÉM, PARÁ, 2020

AUTORES: LUIZ SAKATA, AUGUSTO LONGARINE E MATHEUS BORGES

[1ºLUGAR] CONCURSO NACIONAL ANEXO MUSEU CASA LACERDA LAPA, PARANÁ, 2019 PROJETO: FIGUEROA.ARQ EQUIPE: MARIO FIGUEROA, LETICIA TAMISARI, MATHEUS BORGES, AUGUSTO LONGARINE E LUCAS DE ANDRADE

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WORKSHOPS

THE BRIDGE: MIT + FAUUSP BRÁS, SÃO PAULO, 2017

ORIENTADOR: ANGELO BUCCI, ADELE SANTOS, GABRIEL KOZLOWSKI

O projeto “The Bridge” parte do conceito de estabelecer um novo equipamento híbrido de caráter sociocultural no bairro do Brás. A linha do trem é um grande segregador urbano, e divide a bairro em dois. O projeto portanto, propõe-se a resolver tal condição, estabelecendo um edifício que conecta-se não só à estação de Metrô e CPTM do Brás, mas também estabelecer uma transposição por cima da linha do trem até o Museu da Imigração. Um poupatempo, galeria comercial, feira coberta, torres habitacionais e de escritório, além da requalificação das ruas do entorno são parte do masterplan pra região.

PAVILHÃO DO ARQUITETO FAUUSP, SÃO PAULO, 2015 EQUIPE: JANAINA LIMA, LETÍCIA CHAVES, RICARDO SAKURAI, CELINA HARUMI

Concurso realizado em 2015, com o intuito de projetar um pavilhão itinerante para arquitetos. As peças deveriam ser facilmente desmontavéis para transporte, além de obrigatoriamente fornecerem um abrigo para exposições e palestras sobre arquitetura. A ideia consistia de barras de diversos tamanhos fincadas ao chão, intertravadas por placas quadradas de diversas transparências, que poderiam ser movidas e rotacionadas pelos próprios usuários, criando novas aberturas ao entorno e deixando o pavilhão mais dinâmico dia a dia.

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MURO DE JACK ALEXANDERPLATZ, BERLIN, 2018 ORIENTADOR: MARCOS ACAYABA E MARTA BOGÉA

Realizado em 2018, o Muro de Jack foi um trabalho para a disciplina Arquitetura e Cinema, baseado no filme “O Quarto de Jack” do diretor Lenny Abrahamsonn (2015). Jack, o protagonista do filme, nasceu e viveu preso durante toda sua vida dentro de um pequeno quarto, iluminado unicamente por uma claraboia. Em analogia, Berlin passou por situação semelhante durante a Guerra Fria. Após a construção do muro, os dois lados viviam próximos, mas com realidades completamente diferentes. Portanto, o trabalho consistia no projeto de diversas intervenções no muro a serem feitas em 1987, com o intuito de estimular o contato entre o lado socialista e capitalista após 40 anos de isolamento. Então, através do estudo geométrico e físico do traçado dos 2 muros, foram propostas intervenções sutis, desde de fendas em áreas de rio, para o contato através das ondas causadas por usuários do outro lado, até microperfurações no muro que permitiriam que os dois lados se ouvissem, mas não se vissem nitidamente. Haveria ainda pontos de troca de objetos por uma caixa-mestre, ou desencontros de topografia em vales acentuados, que permitiriam a visão entre os dois lados, mas não o trespasse físico.

“Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.” PLATÃO, O Mito da Caverna

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MONITORIA

ESTÚDIO QUATRO FAUUSP, SÃO PAULO, 2018 TUTOR: ANGELO BUCCI MONITORIA GRADUAÇÃO | EXPOSIÇÃO FINAL | PUBLICAÇÃO

O Estúdio Quatro foi o quarto e último estúdio de projeto da FAUUSP, que seguiu o programa da Casa de Cultura. Os encontros entre professor e estudante eram às segundas e terças-feiras à tarde, e durante o semestre foram realizadas 2 exposições intermediárias do processo e uma final. Uma publicação com 2 volumes foi desenvolvida pelos monitores para reunir e perpetuar todos os projetos dos estudantes, além de textos dos professores e monitores, dados sobre o programa, informações sobre os 27 terrenos, e curiosidades sobre o estúdio. A disciplina contou com 197 estudantes, 33 intercambistas, distribuidos entre 5 professores e 4 monitores.

A exposição final foi realizada nos dias 10 e 11 de dezembro, e marcaram o final do semestre letivo. As mesas foram usadas na vertical como painéis expositivos, formando percursos dentro do estúdio.

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LUIZ SAKATA LUIZFSAKATA@GMAIL.COM


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