Estúdio Quatro vol. II / II FAUUSP 2018 _ aup 0162

Page 1

estĂşdio quatro II/II


Estúdio Quatro: Projeto de equipamento público social – Volume 2 Organização de Luiz Sakata et al. São Paulo : FAUUSP, 2019. 80 p. : il. ISBN: 978-85-8089-169-0


estúdio quatro II / II projeto de equipamento público social

organizadores:

Luiz Felipe Sakata Teo Butenas Santos Luiza Nadalutti Jaime Solares

são paulo fauusp 2018


agradecimentos

À Universidade de São Paulo e à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, pelos programas PAE e de monitoria da graduação, sem os quais não teria sido possível essa publicação. Aos professores da disciplina AUP0162, pelo incentivo e comprometimento ao desenvolvimento desta publicação. Aos alunos participantes, nos quais se fundamenta a finalidade de todo o trabalho. Ao José Tadeu de Azevedo Maia e André Luiz Ferreira, e demais funcionários da seção do LPG-FAUUSP, por viabilzarem a impressão e encadernamento desses volumes.


professores Prof. Dr. Alexandre Delijaicov Prof. Dr. Angelo Bucci Prof. Dr. Antonio Carlos Barossi Prof. Dr. Luciano Margotto Prof. Dr. Rodrigo Queiroz

monitores de graduação Luiz Felipe Sakata Luiza Nadalutti Teo Butenas Santos

estagiários PAE Jaime Solares

aup 0162


índice

estúdio quatro

06

números

07

monitoria

08

tabela de áreas

10

cultura de projeto de arquitetura pública

12

alexandre delijaicov

o estúdio em três atos

14

angelo bucci

o aprendizado na cidade e o estudante como dado do projeto

16

antonio carlos barossi

projetos

19

programa e forma

64

rodrigo queiroz

poética, uma lição luciano margotto

68



08

estúdio quatro

A cada quatro anos, o grupo de disciplinas de projeto se renova por inteiro, trazendo novos programas para as temáticas de infraestrutura urbana, habitação social e equipamento público – respectivamente, nas disciplinas de projeto 1, 2 e 3, e 4. A AUP0162, quarta e última disciplina de projeto de arquitetura obrigatória na FAUUSP, se incumbe de lidar com a questão do equipamento público, e há quatro anos tem como programa proposto a Casa de Cultura. É no intuito de celebrar o fechamento de um ciclo que esta publicação se apresenta, como um registro de memória e síntese desta experiência, sendo uma conclusão, não apenas de um semestre, mas de quatro anos de reflexão coletiva, como Escola de Arquitetura, com a Casa de Cultura. Este Estúdio não se define por seu sítio de trabalho ou pela novidade de seu programa, como em anos anteriores, mas sim por toda a bagagem acumulada, por alunos, monitores e professores nos últimos quatro anos, e que tem aqui seu ato final. Ele é, por definição, Estúdio Quatro.


005 professores 004 monitores 197 estudantes 033 intercambistas 034 terrenos 001 cidade 015 semanas de aula 003 seminĂĄrios 004 anos de reflexĂŁo 001 programa

nĂşmeros

09


O programa de monitoria de graduação das disciplinas de projeto tem por objetivo produzir uma ação positiva nas três partes que compõe um estúdio: alunos, professores, e nos próprios monitores. A primeira e mais óbvia função da monitoria é auxiliar os professores na atividade didática, organizando o estúdio, as entregas e apresentações e garantindo a comunicação e transmissão de informações entre todas as partes. A segunda, mais sutil, está em ajudar a criar um ambiente de conversa e cooperação. Encontrando-se na privilegiada posição intermediária, entre professores e alunos, os monitores servem ao mesmo tempo o papel de orientadores e colegas: alguém com maior experiência na atividade de projeto (por já terem passado por aquela disciplina e em geral, compilarem mais anos de experiência) com quem os alunos podem tirar duvidas, de quem receber recomendações, sugestões e indicações de referências, materiais e técnicas construtivas; mas também parceiros, que por se encontrarem também na situação de estudantes, compreendem as angústias e preocupações dos alunos e exercem a mediação na conversa com os professores.

010

monitoria de graduação

Este papel foi fundamental neste semestre de atividades, devido a alguns fatores excepcionais. A enorme quantidade de alunos matriculados e o tempo reduzido fizeram com que os atendimentos individuais com os professores tivessem que ser menos frequentes, portanto, a conversa com os monitores fora do horário de atendimento contribuiu não só para sanar duvidas mais urgentes, mas também para que os alunos chegassem mais preparados para conversar com o professor, já tendo suas propostas préviamente questionadas, debatidas e amadurecidas. Os resultados dessa estratégia pedagógica são do maior interesse. Por fim, a experiência também serviu ao aprendizado e crescimento dos monitores como profissionais de projeto, tanto pelo contato mais direto com os professores e a atividade didática - o estar do outro lado - quanto pelo desafio de analisar, compreender e identificar questões comuns e especificidades em cada um dos tantos projetos, distribuidos em 34 localidades distintas, distribuidas por toda a cidade. O olhar rápido e analítico, que busca em poucos minutos compreender uma proposta seguida da outra, algo tão corriqueiro aos nossos professores foi, para nós, um ganho enorme. Observar como um complexo programa cultural se desenvolve frente às mais variadas situações urbanas permite não só uma comparação de semelhantes, mas principalmente o florescer da diferença. Nesse sentido, a grande presença de intercambistas dos mais diferentes países, do Chile até a Suiça, contribuiu para que novos referenciais de projeto, novos métodos, narrativas e debates projetuais se desenrolassem no espaço do estúdio.


011


áreas cobertas 2610 salões 1080 apresentações 270 exposições 270 oficinas 270 leitura 270

acesso 324 marquise 045 saguão 225 loja 018 café 018 informações 018

administração 176 expediente 108 reuniões 036 copa 014 sanitários 018

serviços e apoio 081 depósitos 045 manutenção 027 depósito material limpeza 009

área de pessoal 086 12

tabela de áreas

estar 036 copa 014 vestiários 036

outros 864 sanitários públicos 144 depósito de resíduos 009 transformador 018 gerador 018 máquina elevador | caixa d`água 054 cobertura 036 área de circulação 585

áreas descobertas 426 no edíficio

090

terraço | mirante

090

no térreo 336 pátio de entrada 200 pátio carga e descarga 036 bicicletário 100 jardins | área permeável 15%


13


Pergunta: como projetar 96 edifícios públicos diferentes, em 96 terrenos, por 96 equipes de projetistas, para abrigarem o mesmo programa, de equipamento público, com mesma área construída e mesmo custo e prazo? Garantindo segurança, salubridade, conforto, beleza e facilidade de limpeza, manutenção e conservação. Considerando que o programa foi definido por política pública de Estado e constitui o Termo de Referência [TR] dos editais de licitação dos projetos dos 96 edifícios, elaborado por escritório público municipal de projetos. Objetivo: melhoria da qualidade dos projetos e obras públicas, dos edifícios públicos. Aprimoramento continuado da qualidade da cultura de projeto de arquitetura pública. Espiral virtuosa da cultura de projeto da arquitetura pública: planejar, projetar, orçar, construir, manter e avaliar. Programa: Casas de Cultura da Cidade de São Paulo. Rede de 96 Casas de Cultura, uma em cada distrito do município, para abrigarem a produção cultural e artística dos coletivos que venceram os editais, das secretarias municipal e estadual de cultura e do Ministério da Cultura. Estúdios para produção, por exemplo, de filmes, documentários, desenhos animados, aplicativos, jogos, quadrinhos, publicações impressas, livros, literatura, música, dança, teatro, produção de exposições, culinária, agricultura urbana, e tudo a ser inventado.

14

cultura de projeto de arquitetura pública alexandre delijaicov

Cada Casa de Cultura é formada por quatro salões (estúdios) para produção cultural e artística, um terraço na cobertura para produção artística e encontros dos coletivos culturais, e saguão de entrada no térreo, para encontro dos coletivos, com café e lojinha para vendas dos produtos culturais e artísticos, a partir dos conceitos e da cultura de economia solidária. Cada salão, terraço e saguão têm duas salas ao lado: uma para coordenador e monitores, e outra sala para depósito. Vestíbulo liga as três salas com sanitários e circulação vertical. Os salões e saguão têm pé-direito alto, mas não pé-direito duplo, de 4 metros de altura e 270 m2 de área útil, com largura e comprimento compatíveis para possível subdivisão em seis salas e um corredor. Todos os ambientes com janelas para garantir iluminação e ventilação naturais, inclusive depósitos, sanitários, escada de segurança e vestíbulos. Os salões serão utilizados simultaneamente e intensamente, por isso, para evitar conflitos devem ter isolamento acústico para não transmitir sons e vibrações para os outros salões. Lugar: 34 terrenos, em 34 distritos prioritários, dos 96 terrenos, nos 96 distritos do Município de São Paulo. Terrenos pequenos, cerca de 800m2, de esquina, atualmente postos de gasolina, lugares onde serão construídos os edifícios que abrigarão as Casas de Cultura. Terrenos planos horizontais, ou com terrapleno, que evitam custos de infraestrutura com movimento de terra e muros de arrimo. Escolhidos por estarem em esquinas animadas por vitrines, comércio e transporte público, constituem metaforicamente "as esquinas culturais".


As "esquinas de produção cultural" estão próximas, caminhando ou pedalando, dos equipamentos públicos municipais, estaduais e federais de educação, cultura, esportes, lazer, desenvolvimento social e saúde. Confluências de caminhos que estruturam os endereços da rede de equipamentos públicos municipais de cultura na escala urbana do distrito, subdistrito e bairro. Multiplicam os lugares de oportunidade de encontros e produção coletiva para o transformar-se, o devir, e transformar o lugar: espaço social. No lugar da cobertura do pátio das bombas de gasolina do posto, o perímetro do alinhamento com o passeio público das duas ruas que constituem a esquina é, potencialmente, a linha de organização do espaço intermediário (espaço de transição) entre o ambiente exterior da rua, da infraestrutura urbana, e o ambiente interior do edifício, do equipamento público. Marquise de acolhimento, que alarga a calçada, por um trecho coberto - stoa ou loggia, abrigo entre a rua e o saguão de entrada. Construção: infraestrutura urbana e equipamentos públicos em bairros densamente povoados. Os edifícios públicos que abrigarão o programa das Casas de Cultura serão edifícios verticais porque os terrenos de esquina são relativamente pequenos para abrigar o programa em um edifício horizontal. Questões: custo dos terrenos localizados em ruas com infraestrutura urbana; conquista de esquinas para implantação de equipamentos de cultura, capilares de redes de equipamentos; e a verticalização dos equipamentos públicos. Edifício vertical, máximo 7 pavimentos, incluindo o térreo e o teto-terraço, com área construída total, máxima, de 3.300m2. Aproximadamente 470m2 de área construída, máxima, por pavimento, considerando a área interna útil total e as áreas dos pilares, paredes, beirais, marquises, brises, ático e vestíbulos - espaços intermediários entre os ambientes servidos e os ambientes servidores. Vestíbulos entre as torres, prumadas, dos salões, sanitários e circulação vertical (elevadores e escada). Coordenação modular: o edifício público deve permitir apropriação e mudanças de uso, reformas, "flexibilidade espacial". Porém garantindo segurança, salubridade, conforto, beleza, racionalização da construção e facilidade de limpeza, manutenção e conservação. Deve ter coordenação modular entre os componentes dos diversos sistemas construtivos que constituem o prédio: sistema estrutural, sistema de cobertura, sistemas de paredes internas, externas, portas e janelas, sistemas de instalações hidráulicas e elétricas, etc. As desejáveis pontes de mão dupla entre as escolas públicas de arquitetura e os escritórios públicos de projeto, promovem saudável debate dialético, e contribuem para a melhoria da qualidade dos projetos e obras públicas - equipamentos e infraestruturas urbanas. Os três eixos da universidade pública: ensino, pesquisa e cultura e extensão universitária, fomentam a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação - de ferramentas, instrumentos, métodos e processos, por exemplo, para a cultura de projeto da arquitetura pública.

15


As atividades, num estúdio de projetos, se desenvolvem através do diálogo, em dois formatos universais: orientações, individuais, e seminários de apresentação, entre o grupo. O resultado, por sua vez, ganha um círculo expandido de interlocução — no espaço da comunidade acadêmica, entre os diferentes estúdios, e no tempo, ao longo dos anos —, que se apoia em dois outros moldes: exposição e publicação. A dinâmica de trabalho está modulada no tempo — calendário de atividades — onde a programação de três seminários de apresentações corresponde a três eventos marco aos quais se fez corresponder três ênfases típicas do processo de projeto, a saber: partido, elaboração e fechamento. Busca-se, evidente, nomeá-las de modo a escapar da denominação consagrada para as fases de desenvolvimento de um projeto profissional — estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo — pois estas são definidas pelos momentos de interlocução com o conjunto de especialidades mobilizadas num projeto: engenharias, complementares, consultorias. E, como tais interlocutores não estão concretamente engajados no estúdio acadêmico, a adoção daqueles mesmos termos simula e, fora da interlocução, tende a confundir. As ênfases se sucedem como três atos no semestre — partido, elaboração e fechamento —com o sentido de fazer compreender como o tempo, andamento, opera na sucessão das fases, atmosferas, do processo propositivo. 16

o estúdio em três atos angelo bucci

O primeiro ato, partido, abre-se para a expansão do campo de possibilidades. Pois, para uma escolha rica, além de critérios claros, é crucial manter ao alcance diversos possíveis, que se apresentam no processo de desenho como esboços. Portanto sugere-se abrir mais do que focar, como numa deriva produtiva. É nessa fase que o arquiteto se renova, a cada projeto, ao formular hipóteses que lhe são, em alguma medida, inusitadas. A questão é um ‘o que’. A meta é o rigor de um conceito. Embora pareça pouco, o partido produz um desenho fundamental que, em seguida, será submetido a uma série de provas de permanência: de se fazer presente durante a elaboração do projeto e, por vezes, de ressurgir vivamente em outros contextos e projetos ao longo da vida do arquiteto. A representação gráfica que lhe corresponde é, normalmente, um croqui: suficientemente claro como ideia e, ao mesmo tempo, aberto o bastante para permitir diversas finalizações possíveis. Por isso, um mesmo partido pode se desdobrar em inúmeros projetos. Embora possa ser reproduzido como rápido esboço, esse croqui se produz por meticulosa elaboração. Ela marca posição sobre os critérios e escolhas. O partido almeja, sem dúvida, à síntese. Além disso, configura o método, validade, para o trabalho nas etapas subsequentes. Orienta o processo sem trancar alternativas e evita que o sujeito


se perca na miríade de temas pelos quais necessariamente terá que percorrer num caminho que, sem um propósito claro, seria labiríntico. Uma vez desenhado, o partido se imprime na memória e mantém ao alcance aquelas motivações iniciais mais profundas. Essa fase é arqué: ponto de partida, fundamento e causa do processo. A palavra que lhe corresponde, pertinência. Ao segundo ato, elaboração, corresponde um mergulho no código da linguagem arquitetônica com ênfase nos seus aspectos construtivos e estéticos. Essa fase é tectônica. Aqui, a questão que se impõe é um ‘como’. A sua resolução exige uma quebra, aquilo que era uno e íntegro, enquanto conceito na fase anterior, agora deve desmantelado em partes. Há uma busca, analítica, da essência possível a cada parte e o julgamento da sua razão de ser, construtiva, em relação ao todo. É uma fase de acúmulo, mas a cada quanto é preciso sacudir a prancha de desenho com desprendimento suficiente para deixar cair o que já não vem ao caso. Acúmulo criterioso. Sua palavra é consistência. O terceiro ato, fechamento, é de filtro rigoroso, estratégico e poético, para a montagem da sequência discursiva. Essa fase é desenho. Sua questão é um ‘por que’, que nesse ponto trata-se de uma pergunta a ser suficientemente respondida no projeto. A palavra que deve lhe corresponder — como uma meta — é beleza. Compreender essa dinâmica, inclusive suas oscilações típicas entre angústia e satisfação, é fundamental para que um arquiteto se reconheça no próprio trabalho e, assim, para que se imprima humanidade ao seu processo de projeto: o arquiteto como autor porque o sujeito daquilo que propõe. Assim, convenhamos, não há autoria possível na alienação, nem arquitetura que avance sob o dogma. A razão de existir da escola é justamente se opor a esses dois incapacitantes: a alienação e o dogma. Ela se empenha no engajamento crescente e na ruptura com a rigidez do saber cristalizado para libertar a potência propositiva dos fragmentos que o compõem. Assim, pela superação de uma coisa e outra, a fim avançar na elaboração da linguagem arquitetônica, na pertinência das formas possíveis ainda não configuradas. A meta é trabalhar na linha de fronteira e expandir limites. Claro, isso traz riscos inerentes e inclui no processo, tranquilamente, a possibilidade do erro. Precisamente daquela parcela de erro que cabe à experimentação, ao processo vivo de proposição arquitetônica. A atividade de um estúdio de projetos afinal celebra, na sua diversidade propositiva, a vida de cada um como indivíduo. O acervo que ele produz, cada um dos projetos que oferece a todos uma Casa de Cultura possível que ainda não estava no mundo, é um modo de compartilhar como viva celebração em sociedade.

17


Conforme a ementa da disciplina, o objetivo do curso é o “Aprendizado da teoria e da prática do Projeto de Arquitetura a partir da elaboração de projetos de edificações urbanas de relevância social e interesse público, com ênfase naquelas destinadas a abrigar equipamentos de uso público...aprofundando-se no estudo do programa e das transições espaciais da cidade e da edificação” Subentende-se aí que, a par dos conhecimentos da história e da tecnologia, aprende-se projetar projetando. Considerando que o projeto de arquitetura se realiza plenamente com a construção da obra e que é um processo de interlocução com diversos agentes que dele participam, é necessário para o aprendizado no âmbito acadêmico de uma simulação que dê conta da complexidade de relações que permeiam o projeto de arquitetura, visto que nem a obra será construída e nem há os interlocutores que dele fazem parte. Porém a complexidade do real é matéria prima básica da arquitetura e não comporta simulações. A indissociabilidade da arquitetura em relação ao homem e à história impõe a necessidade de que seu aprendizado seja pensado como parte do próprio processo de construção da cidade e nele inserido, e não como um jogo de simulações cuja formulação tenha origem exclusiva numa gramática do processo de projeto e na instrumentação de um ferramental específico.

18

O aprendizado na cidade e o estudante como dado do projeto antonio carlos barossi

Isso não significa, como pode parecer à primeira vista, que se trata de propor aos alunos trabalhos de projeto que sejam reais ou baseados em exigências de viabilidade real. Significa dizer que sejam quais forem esses projetos eles devem ser tratados como parte de uma produção maior que determina o papel da escola dentro do processo de construção do ambiente humano que é a cidade. É como se disséssemos que não havendo uma definição desse papel e qual sua relação direta com a graduação, não há aprendizado em arquitetura. Esse papel se dá através da inserção da universidade na sociedade, baseada no tripé ensino, pesquisa e cultura e extensão. Daí o objeto proposto para o projeto dos estudantes ser uma Casa de Cultura dentro de uma rede municipal de Casas de Cultura, nos termos estabelecidos por uma minuta de edital e por um levantamento de áreas elaborados no âmbito do Grupo de Pesquisa em Projeto de Arquitetura de Equipamentos Públicos da FAUUSP em colaboração com a Prefeitura de São Paulo sob a coordenação do prof. Dr. Alexandre Delijaicov. Assim, mais que um objeto de projeto, trata-se de um contexto de pesquisa que reúne alunos de graduação, de pós graduação, arquitetos e professores no qual, conforme descrito no site do grupo, além do vínculo com a produção da disciplina, o trabalho visa não só o aperfeiçoamento dos programas propostos para os alunos matriculados na disciplina do terceiro ano da FAU USP como também a continuidade da prática projetual como atividade de extensão vinculada à demandas reais da sociedade. A escolha dos locais de projeto, aliada ao programa que contempla não propriamente espaços para apresentar a produção cultural dos bairros, mas a infraestrutura para sua produção, teve um caráter emblemático e simbólico na perspectiva por uma mudança dos referenciais que constroem cidade.


As áreas a serem escolhidas pelos estudantes para o projeto foram levantadas pelo grupo de pesquisa entre as inúmeras e privilegiadas esquinas ocupadas por postos de gasolina. A proposta do trabalho se configura assim como a metáfora de um desejo: a busca pelo desenho de uma cidade mais humana, invertendo as prioridades que hoje regem a sua construção. Do automóvel e seu abastecimento para o homem e sua cultura. Há que se compatibilizar as complexas imposições da técnica, da realidade social, das determinantes institucionais e das forças políticas que acabam por induzir a configuração de uma rede de equipamentos dessa magnitude, com a perspectiva acadêmica e didática de um projeto realizado para o aprendizado dentro da escola e que deve contar com a liberdade necessária ao contexto acadêmico e universitário. Da mesma maneira, uma perspectiva de viabilidade concreta do projeto desenvolvido pelos alunos para a disciplina, como se ele pudesse ser realizado, pode reduzir tanto a potencialidade didática do trabalho ao colocar restrições circunstanciais ao projeto acadêmico, como a própria contribuição para o processo geral de pensar e mesmo de construir a cidade contemporânea através da pesquisa e da cultura e extensão ao limitar a contribuição individual de cada estudante a partir de sua vivência acadêmica pessoal. Considera-se que a contribuição dos resultados do trabalho didático está justamente na autonomia e na liberdade do estudante na elaboração do seu projeto, condição para que ele se coloque plenamente perante a questão a partir da sua visão, de sua sensibilidade, intuição e principalmente seus interesses em relação ao curso. Isso relativiza a exigência genérica da busca pela melhor solução para o problema do ponto de vista objetivo do programa, do lugar e do contexto na medida em que a melhor solução deve considerar que o estudante, com suas perspectivas, interesses e carências, é também parte do problema. É como se disséssemos que o estudante faz parte do programa do projeto, com seus interesses em relação ao trabalho tendo em vista o momento no seu processo de formação e das suas perspectivas futuras enquanto arquiteto: talvez a única referência concreta para o projeto já que todas as outras, embora baseadas na realidade, são hipotéticas. Com relação às soluções propostas vale destacar dois aspectos. O primeiro diz respeito a organização do programa já como projeto na definição de agrupamentos funcionais que se caracterizam como “unidades espaciais” que merecem expressão própria dentro da sintaxe do edifício a partir do realce das suas exigências espaciais e construtivas particulares. Por exemplo ao tirar partido do contraste entre opacidade e transparência em função das diferentes exigências de controle de luz e som dos salões; ou então ao invés de colocar junto à cada um dos quatro salões a sala administrativa de coordenação de suas atividades, agrupá-las junto à área administrativa do conjunto favorecendo o compartilhamento das atividades e da infraestrutura administrativa e criando um novo “grupo funcional” com maior potencial de diversificação de arranjo e uso e com uma diferente identidade construtiva e plástica para compor

19


o conjunto num contraponto com os salões. O mesmo em relação aos depósitos. O segundo diz respeito à valorização e expressividade das circulações. Por exemplo tirando partido do binário de circulações verticais (duas escadas e elevadores) - exigência das normas de segurança em função da lotação e da verticalidade exigida pela exiguidade dos terrenos em relação ao programa - multiplicando e diferenciando os percursos com a possibilidade da alternância entre elas; ou diferenciando-as num contraponto, sendo uma mais funcional para conectar e sair, outra mais bonita para fruir e encontrar; ou ainda expondo as circulações nas fachadas, dramatizando na cidade o vai e vem das pessoas pelo edifício que assim se torna extensão da rua, solução que poderia se constituir numa identidade formal e simbólica da rede de casas de Cultura da cidade de São Paulo.

20


projetos

21




24 Marco Felipe Parra Gómez orientador: Angelo Bucci Terreno. O terreno foi escolhido pela prioridade da área, além da existência de um parque na parte traseira do terreno, concedendo uma possibilidade de desenvolvimento (paisagem + infraestrutura) Proposta. A proposta é feita a partir de uma produção cultural, onde os salões devem ser os protago-nistas na “paisagem” do edifício projetado, portanto, propõe o desenvolvimento de uma grande “lâmpada/circo” levitação, que contém todo o programa de produção cultural, diferindo Drasti-camente das tipologias construtivas existentes; Oposição a este corpo leve e sensual é projetada uma “pedra”, que irá conter todo o programa de apoio e serviços exigidos pelo edifício, gerando assim um contrato de pesos e materiais entre ambos os corpos arquitetônicos.


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

O projeto nasce da intenção de responder a alguns problemas constituintes do partido arquitetônico. Primeiramente um edifício que seja desenhado para a escala do lugar, tentando se aproximar ao máximo do gabarito dos edifícios que o circundam. Em segundo lugar deve se apropriar do grande declive presente no lote, propondo assim entradas para o edifício em dois níveis diferentes, assim como apresentar uma distribuição do programa em espaços flexíveis, podendo assim serem melhor aproveitados por seus usuários. O projeto se distribui em quatro pavimentos: térreo inferior (praça coberta e a área destinada a administração e aos funcionários), térreo superior (saguão de entrada e salão de exposição), primeiro pavimento (salão de oficinas e salão de apresentações) e terraço ( salão de leitura e praça descoberta).

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Amanda Bernacci orientador: Luciano Margotto

25

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSIO


salão de leitura

salão de oficinas

salão de apresentações

26 Maddalena Boscolo orientador: Angelo Bucci O projeto da Casa de Cultura localizada no distreto de Perus é proposto como um novo ponto de agregação e referência dentro do tecido urbano fragmentado presente. A ideia principal é criar dois volumes simples, reconhecíveis de fora, que estabelecessem uma relação física entre o que acontece dentro e fora e, ao mesmo tempo, gerem um espaço público protegido através da escavação e da realização de uma grande praça que gira em torno deles abaixo do nível da rua. O projeto desenvolve o tema da continuidade, não só através da fachada permeável que caracteriza o volume principal, mas também internamente através de uma sequência de espaços que são articulados em pisos que não tocam a fachada exceto em determinados pontos, garantindo continuidade vertical e horizontal e a realização direta e indireta de espaços que desenvolvem todo o programa.

salão de exposições


27


28 Paula Brazão Gerencer orientador: Alexandre Delijaicov O lote localizado no Distrito Cidade Ademar tem como particularidade suas grandes dimensões e a proximidade com diferentes pontos de interesse (córrego, grande área arborizada, escola pública e UBS) que apontam para uma possível praça de equipamentos públicos. Este estudo dialoga com esses espaços prevendo a futura integração com caminhos livres no térreo e diferentes tratamentos para cada uma das quatro fachadas. No contexto de obra pública replicável para os demais terrenos, este exercício pressupõe a racionalização da produção do equipamento. Assim, propõe-se uma estrutura enxuta em concreto pré-moldado na qual os espaços se organizam em três núcleos (circulação vertical, banheiros e complexo salão-coordenadoria-depósito) conectados por um sistema de espaços intermediários e que se repetem em cada um dos andares.


760.60

761.30

Av .B

761.10

el m 76

ira

1.

20

M

ar

í

n

762.90

Trans form

761.60

ador

762.60

DML

Recic

veis

la

Orgâ

cos

ni

Gerad or

761.70

762.50

1

5

10

10

30

IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE

100

Giovanna Ferraro Peres Orientador: Antônio Carlos Barossi A localização do projeo é no cruzamento entre a Av. Belmira Marín e a Av. Grande São Paulo. O local de sua implantação é muito movimentado e se liga a uma série de outros edifícios de uso público: uma escola, um parque e uma praça, a estação de trem grajaú. Pensando nisso, surgiu este projeto da casa de Cultura do grajaú , que através de seu térreo livre, permite a livre circulação do público em geral na sombra provocada pelo edifício, como uma continuidade da rua. Os materiais a serem utilizados são aço, concreto e vidro. Estruturalmente o edificio se trata de uma grande laje treliçada que cria um segundo térreo, e todos os outros andare se apoiam nela. As diferenças de pés direitos e as meias alturas foram um desafio a ser resolvido pela circulação vetical.Referências importantes para o projeto: Edifício do MASP (Lina Bo Bardi) Confederação Nacional dos Municípios (Mira Arquitetos) e Centro Botín (Renzo Piano).

1

5

10

29


30

primeiro

pavimento

andar

térreo

Beatriz Moraes de Andrade orientador: Antonio Carlos Barossi A escolha do terreno lozalizado na região Sul da cidade de São Paulo, justificase pela prioridade A do distrito Cidade Ademar para a implantação de equipamentos de cultura. A setorização do programa foi uma das diretrizes de projeto, dividindo a Casa de Cultura em dois blocos principais, separados por um eixo central de circulação: (1) administração e serviços, (2) grandes salões e salas de apoio. Além disso, optou-se pelo térreo de uso livre e a circulação horizontal aberta. A volumetria do edificio proporciona a organização e sobreposição de planos formando terraços.

circulação vertical mirrante terraço

bloco 2: salões e apoio bloco 1: administração e serviços

Com função estética e térmica, foi projetado um brise que envolve o bloco de salões do edifício. Dessa maneira cria-se uma identidade para a casa de cultura, tendo o brise como elemento visual marcante. corte longitudinal


antoine tchydemian-meyer orientador : Angelo Bucci

Estrutu Estrutura metalica simple – pilar/viga – leve e triangulada, o teto genérico de esquina abriga um dos raros lugares da cidade inteiramente ligado com o espaço publico. Diretamente conectado à estrada e aberto à chegada do veiculo, o posto desenha uma porção de chão espaçosa plain pé, iluminada 24 ho horas por dia e parcialmente abrigada do sol e da agua. Um buraco na pilha de barreiras, e no oscuro uma luz branca – quando o pé não passa. Atras da sua função, o posto de gasolina tem qualidades de localização , qualidades urbanas e arquitectônicas – a casa de cultura apresenta um programa de produção cultural – sustentavél na essência, qualitat qualitativo para o bairro – quando o projeto de arquitetura tem o meio de conciliar e construir, criando ligações pelo espaço isico.

31


770 770

770

775

32 Maria Chiara Catapano Angelo Bucci O edifício é composto por seis andares que são divididos em quatro espaços principais. De baixo para cima: a sala de apresentação está localizada no porão por razões de desempenho acústico. O térreo é projetado para ser uma praça coberta: esse espaço se estende até a praça de entrada que pode ser usada para eventos ou montagens. O piso superior é dedicado à leitura: neste também existe um acesso secundário, desde o jardim, que leva ao bar do edifício. Os três andares superiores são dedicados a laboratórios plásticos e de artes digitais e, finalmente, ao museu. Estes níveis são projetados para estar em contato visual uns com os outros, para dar uma idéia da continuidade do espaço. Quanto à fachada, o edifício possui um sistema de painéis interiores abertos e um brise-soleil contínuo, em metal perfurado, que ajuda a conferir uma certa permeabilidade a todo o edifício.

775


33 Isabela Cruz de Faria Orientador: Antonio Carlos Barossi O partido nasceu de uma vontade de valorizar a iluminação natural e os elementos da vegetação no interior do edifício. Para tanto, tal terreno foi escolhido por ter três faces livres, o que é interessante para aspectos de conforto ambiental. O vão central onde estão as escadas circulares permite uma comunicação constante entre o interior e o exterior e a vegetação contribui tanto com a manutenção de um microclima agradável quanto para o bem estar do usuário, trazendo elementos naturais ao interior do edifício. A estrutura, de concreto, usa as empenas que curcundam as prumadas hidráulica e de escada como dois grandes pilares que suportam, em cada andar, uma grande viga longitudinal que apoia vigas transversais, menores, conectadas a pilares redondos na frente do edifício. O painel de madeira acoplado à fachada tem como função primordial o controle da insolação, também contribuindo para o isolamento térmico e acústico.


34 Luiza Chiachiri orientador: Antônio Carlos Barossi O partido adotado foa a separação das edificações de acordo com o usuário. As áreas de produção e os sanitários ficam no bloco maior, de acesso público, e o bloco menor abriga a administração e serviços. A definição de cada salão foi baseada nos coletivos do distrito. A circulação horizontal é feita em passarelas metálicas, para quem está circulando não interferir nas atividades realizadas. Foram pensadas uma sala de computadores e um estúdio de gravação, para disponibilizar ferramentas apropriadas para a população, além da biblioteca voltada para o apoio à produção. A sala de leitura é isolada acusticamente, para evitar interferência entre as atividades lá realizadas e a biblioteca. Na fachada sul há um grafite feito por oficinas realizadas no próprio edifício. Essa arte deve ter caráter rotativo, mudando conforme a degradação, com trabalho de novas oficinas ou coletivos.


35 Luiz Gustavo Bertocchi Alves da Silva Luciano Margotto Formada por dois volumes e um pátio unidos por uma cobertura suspensa, a Casa de Cultura de Itaim Paulista localiza-se na Av. Marechal Tito, 4665, num lote de esquina de 15,6x60m de topografia pouco acidentada. Neste semestre, buscou-se estudar projetualmente possibilidades de arquitetura heterodoxa às tradicões canônicas da arquitetura brasileira. Este desejo se traduziu em uma estrutura híbrida de 2 núcleos de concreto armado, pilares de madeira laminada colada (Gluelam), lajes-painel de madeira laminada cruzada (CLT) e treliças metálicas orientadas sob a coordenação modular dimensional de unidade de 0,3m. A fachada constitui-se de painéis de policarbonato, metal e vidro que se alternam propiciando ritmo ao mesmo tempo que destaque à estrutura, ora “aparente”, ora ocultada. O objetivo foi alcançar uma arquitetura contemporânea.


762.49 Rampa

Desce

Rampa Desce

AV

EN

ID

A

YE

RV

36

Luis Diego Aguilar Campos Professor: Rodrigo Queiroz

A partir de um breve analisis do contexto imediato. Vendo que ainda a zona não tem muito predio de altura foi decidido fazer o projeto o mais baixo possível, para assim não competir e respeitar a linguagem do bairro. A partir de isso, são projetados dois salões por andar. No nivel do terreo estão incluídas as areas de recepção e o que seria a loja/cafe, que basicamente são os espaços destinados a receber todos os usuarios. Alem da recepção o nivel esta projetado para eventos tipo exposição, por isso mesmo se libera a area na maior parte, deixando um grão espaço publico. Nos seguintes andares estão projetados os salões e as areas administrativas, mas as segundas são separadas em outro predio unido por uma rampa e uma passarela, para não misturar atividades. Para aproveitar a longitud da rampa e a diferença de niveis que gera, a area administrativa é projetada em um nivel intermedio, ajudando também a separação entre o “administrativo” e o “cultural”.

AN

T

KI

SS

AJ

IK

IA

N


799.00

795.35

792.95

TERRAÇO

787.75

BIBLIOTECA

782.80

OFICINAS

777.85

APRESENTAÇÕES

772.90

SERV./ADM.

767.95

EXPOSIÇÕES

763.00

CORTE LONGITUDINAL BB

0 1

3

5

10 M

765.00 1

2 9.00

3

1

4

9.00

2

9m² 1. depósito (2.0 x 4.5 x 4.0)

9.00

3

9.00

9.00

4 9.00

salão tipo 270m² 2.(18.0 x 15.0 x 4.0) coordenação 18m² 3.(3.0 x 6.0 x 4.0)

rua bemavent ura

terreno: cidade ademar esquina av. yervant/rua bemaventura.

corte longitudinal bb

banheiro masc. 14m² 4.(4.0 x 3.5 x 3.0) banheiro fem. 14m² 5.(4.0 x 3.5 x 3.0) banheiro unissex 6m² 6.(3.0 x 2.0 x 3.0)

c d

c

Á́REA DO TERRENO: 1.395.18 m² ÁREA OCUPADA: 471.0 M²

b

A

5.

6.

A

2.

1.

3.

1.

4. 2.

15.60

4.

1. banheiro masc. 14m² (4.0 x 3.5 x 3.0) 2. banheiro fem. 14m² (4.0 x 3.5 x 3.0) 3. banheiro unissex 6m² (3.0 x 2.0 x 3.0) 4. saguão de entrada 234m² (18.0 x 15.0 x 4.0) 5. loja 27m² (4.5 x 6.0 x 4.0) 6. café 27m² (4.5 x 6.0 x 4.0)

763.00

15.60

3.

b

b

b

07

ALINHAMENTO AB: 30 m AC: 45 m DIVISA BD: 45 m CD: 33 m ANGULOS BA e BD: 97,34° CA e CD: 91,73° DB e DC: 86,18°

A

A

pág.

esc. 1:200

d

rua bemavent ura

projeto_04_aup0162 Patrick Alexander De Simone 9810747 orientador: Prof. Alexandre Delijaicov

6.

b

5.

b

b

A

d

762.49

762.84

av. yervant

37

CÓRRE

GO

ZAVUV

US

av. yervant

PAVIMENTO TIPO projeto_04_aup0162 Patrick Alexander De Simone 9810747 orientador: Prof. Alexandre Delijaicov

terreno: cidade ademar esquina av. yervant/rua bemaventura.

0 1

planta pavimento salão tipo

Patrick Alexander De Simone orientador: Alexandre Delijaicov

3

5

esc. 1:200

IMPLANTAÇÃO/ TÉRREO

10 M

pág.

02

projeto_04_aup0162 Patrick Alexander De Simone 9810747 orientador: Prof. Alexandre Delijaicov

terreno: cidade ademar esquina av. yervant/rua bemaventura.

3

5

10 M

pág.

esc. 1:200

planta térreo

LOCALIZAÇÃO: CIDADE ADEMAR

Apoiado sobre 8 pilares de concreto armado moldados no canteiro, de perfil retangular de 30cm x 60cm, distanciados de 9m na longitudinal e 15m na transversal, o prédio da Casa de Cultura se estrutura com um sistema de lajes, vigas e pilares de concreto armado. As vigas que vencem o maior vão de 15m tem um perfil retangular de 30cm x 60cm, enquanto o vão de 9m é vencido por vigas de 20cm x 40cm. A caixa de escada é junto da dos elevadores, moldada em concreto e serve como um grande pilar no vértice mais próximo da esquina da Av. Yervant com a Rua Bemaventura. A laje em todos os pavimentos é composta por placas de concreto pré-moldado de laje alveolar protendida, e os contra-pisos são todos de concreto, exceto o salão de apresentação, que tem um piso flutuante de madeira. Na cobertura, mimetiza-se o piso do MUBE, onde a água drenada é armazenada e reaproveitada.

0 1

01

799.00

795.35

792.95

787.75

782.80

777.85

772.90

767.95

763.00

projeto_04_aup0162 Patrick Alexander De Simone 9810747 orientador: Prof. Alexandre Delijaicov

terreno: cidade ademar esquina av. yervant/rua bemaventura.

COBERTURA

CORTE TRANSVERSAL DD

corte transversal dd

0 1

3

5

esc. 1:200

SALÃO APRESENTAÇÕES

DETALHE PISOS EM CORTE

10 M

pág.

09


38


Planta tipo

39

Poleth García Pérez Orientador: Carlos Antônio Barossi A casa de cultura deste projeto se localiza na subprefeitura de São Miguel. A escolha do terreno priorizou a localização que neste caso é privilegiada. O objetivo do projeto é que os ambientes se conectem uns aos outros através da interligação dos espaços comuns e das circulações do edificio de tal forma que o usuário tenha a sensação de estar em um lugar onde ele possa apreciar os ambientes através da sua localização. Um dos volumes contém os salões principais. No outro volume se encontram concentrados os serviços e a administração e uma das características marcantes do projeto é a área livre onde fica a lanchonete Ela tem o objetivo de dar um lugar comum que permita e a coexistência de todos os usuários. Além disso a planta de acesso permite conetar a rua com as instalações para atrair o usuário através de uma planta livre e flexível

CT

CT’


CASA DE CULTURA_AUP 162_ ANTONIO CARLOS BAROSS_RADIA TAZI SAOUD_FAU USP Meu projeto é construído em torno de uma rampa. Eu fui a esta forma arquitetônica por várias razões. Em primeiro lugar, esta forma parece-me fortemente ancorada no vocabulário arquitetônico brasileiro. O USP da FAU, o Pavilhão Parque Ibirapuera e a masp são exemplos concretos. Além das razões formais e estéticas, a escolha dessa figura é acompanhada por uma encenação e organização de circulações que me interessaram nas visões do programa da Casa da Cultura que nos é pedido desenvolver durante este semestre.

cafeteria loja

Terreo

PAVIMENTO 0.5

PAVIMENTO 1

Então eu trabalho e desenvolvo minha rampa para que ela organize os planos de cada andar, eu também quero que ela se torne o principal sistema circulatório do meu projeto e um lugar de troca e compartilhamento entre o público e os protagonistas de cada um dos negócios que fazem o projeto ao vivo. Permite multiplicar os pontos de vista sobre a paisagem circundante e quer ser visível do exterior para se tornar uma reparação no distrito. O segundo elemento importante do meu projeto é o modo como trato o RDC. Atrair o público é como abrir meu projeto para a cidade. Na minha opinião, o bairro em que o projeto está localizado é atraente, mas carece de espaços para pedestres. É por essa razão que desejo introduzir em meu projeto um lugar (figura urbana). Penso que a minha RDC é uma extensão da cidade, introduzindo mobiliário urbano, pontos de água, vegetação e bancas comerciais (loja, cafetaria ...). a parte construída do projeto, portanto, se desenvolve no nível do subsolo, bem como no nível superior.

40

Radia Tazi Saoud Orientador: Antonio Barossi

Oficinas Administracao

exposicao Leitura

Apresentaçao


41 Valentine Schneider Orientador : Antonio Barossi O site do projeto está localizado na regiao norte II da cidade de São Paulo na AvenidaComendador Fiorelli Peccicacco Tem uma situação interessante por sua topografia. O projeto se situa no cruzamento entre um rio e estradas principais. A casa de cultura criará um ponto de encontro para a cidade. O terreo promove uma livre circulacao horizontal com muito espacos de jardins. A circulacao se situa como a parte central do projeto de casa da cultura. Ele tem dois partes distintas que estao conectados por um ponte que esta totalmente aberto e que contem a circulacao vertical. A maior parte da casa de cultura, mais publica, contem os saloes et exposicoes. A otra parte, mais privada, contem os servicios e administra-


VÃNIA I ESCALA 1:500

URVÃNIA I ESCALA 1:500 PERFIL RUA TURVÃNIA I ESCALA 1:500

C1

PERFIL RUA TURVÃNIA I ESCALA 1:500

C1

C1

2

1

3

6

1

2

3

1

2

3

C1

6

6

4

4

4

1

2

3

6

11

42

ESCALA 1:500

4

PLANTA PAVIMENTO 1 I ESCALA 1:500

PLANTA PAVIMENTO TIPO I ESCALA 1:500 11

11

PLANTA PAVIMENTO 1 I ESCALA PLANTA PAVIMENTO TIPOPLANTA I ESCALA 1:500 PLANTA1:500 PAVIMENTO 1 I ESCALA 1:500 PAVIMENTO TIPO I ESCALA 1:5

Joana Curval Gomes da Costa orientador: António Carlos Barossi

O I ESCALA 1:500 TÉRREO I ESCALA 1:500 PLANTA

Terreno: O terreno foi escolhido com base al Gomes da Costa protagonismo que assume na paisagem e ntónio Carlos Barossi

no na relação que estabelece com as duas ruas e a val Gomes daCurval CostaGomes da Costa Joana da Carlos NossaBarossi Senhora da Conceição. António CarlosIgreja Barossi Orientador: António

i escolhido com, base no protagonismo tem na de Cultura Proposta: O projetoque“Casa Terreno TÉRREO I com ESCALA na relação quePLANTA estabelece as1:500 duas ruas e a Igreja Jaraguá” propõe um edifício com uma forte nhora da Conceiçao oi escolhido com, nona protagonismo queestabelecendo tem na O terreno foibase escolhido com, base no protagonismo que tem presença paisagem, um na na relação que estabelece com duas ruascom e a Igreja paisagem e na relação queas estabelece as duas ruas e a Igreja contacto direto com as duas ruas adjacentes. enhoradadaNossa Conceiçao Senhora da Conceiçao A libertação do térreo, Joana Curval Gomes da Costa a criação de uma asa de Cultura Jaraguá" propõe um edifício com uma Orientador: António Carlos Barossi praça elevada e de um terraço Proposta a na paisagem, estabelendo um contacto direto com ana cobertura têm como objetivo criar três novos espaços ícios mais próximos. A libertação do térreo, a criação Terreno Casa de Cultura Jaraguá" propõe um edifício com uma O projeto "Casa de Cultura propõe um edifício com uma a de acolhimento elevada eabertos de umJaraguá" terraço no piso da urbanos, à comunidade. Quanto nça na forte paisagem, estabelendo um contacto diretoum com a presença na três paisagem, estabelendo contacto direto com a m como objetivo criar novos espaços urbanos, O terreno foi escolhido com, base no protagonismo que tem na ao programa, a concentração das difíciosrua mais próximos. A libertação do térreo, a criação os edifícios mais próximos. A libertação do térreo,áreas a criação munidade.eQuanto ao programa, a concentração das paisagem eacolhimento naerelação que estabelece com as duas ruas da e a Igreja ça de de acolhimento elevada de um terraço no piso daterraço uma praça de elevada e de um no piso administrativas e o protagonismo dado aos strativas e o da protagonismo dado aos salões remete Nossa Senhora da Conceiçao êm como objetivo criar três novos espaços urbanos, cobertura têm objetivo três novos salões remete paracriar a divisão doespaços edifíciourbanos, em são do edifício em como dois volumes, atendendo às comunidade. ao programa, a concentração abertosQuanto à edifício. comunidade. Quanto ao programa,das a concentração das s dos utentes do dois volumes, traduzido na linguagem da Proposta nistrativas o protagonismoe dado aos salões dado remete árease administrativas o protagonismo aos salões remete fachada principal. visão para do edifício em dois volumes, atendendo às a divisão do edifício em dois volumes, atendendo às projeto dedo Cultura Jaraguá" propõe um edifício com uma es dosnecessidades utentesOdo edifício. dos"Casa utentes edifício. forte presença na paisagem, estabelendo um contacto direto com a rua e os edifícios mais próximos. A libertação do térreo, a criação de uma praça de acolhimento elevada e de um terraço no piso da

11

PLANTA PAVIMENTO 1 I ESCALA 1:500

PLANTA PAVIMENTO TIPO I E

CORTE LONGITUDINAL C1 I ESCALA 1:500

CORTE LONGITUDINAL C1 I ESCALA 1:500 CORTE LONGITUDINAL C1 I ESCALA 1:


corte aa 1:200

a

a

tipo 1:500

a

térreo 1:500

a

Pedro Henrique de Moura Simplício orientador: Antônio Carlos Barossi O projeto busca integrar a casa de cultura à praça Morro do Chapéu, situada logo a frente do terreno, ligando-as com uma rampa suave. O bloco mais próximo da avenida Jardim Japão, sustentado por oito pilares de concreto, abriga os quatro salões de pé direito duplo, cada um circundado internamente por mezaninos, enquanto o programa complementar (banheiros, depósitos e salas de coordenação) se distribui no volume ao lado, junto à circulação vertical. Sobre o saguão de entrada, parcialmente coberto pelo bloco dos salões, pode-se desfrutar de vista para a praça num terraço com cafeteria. O fechamento de cada salão foi diferenciado de acordo com as especificidades de acústica e iluminação de seus usos, marcando a fachada principal com faixas alternadas de transparência e opacidade. elevação 1:500

43


maquete estrutural escala 1:200

estudo do entorno escala 1:250

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

21 1

20 19

2

18

3

17

16

44

pavimento tipo escala 1:500

4

15

14

13

12

11

10

9

8

7

6 5

implantação escala 1:1000

Lara Nakazone Soares orientador: Alexandre Delijaicov O projeto da Casa de Cultura Jardim Helena é um exercício que se propõe o seguinte desafio arquitetônico: um edifício público compacto em estrutura de concreto préfabricado, cuja racionalização possibilite a replicabilidade do projeto em outros distritos do município. Sua configuração, embora de um edifício único, parte da ideia de dois blocos: o bloco servidor, no qual se concentram a prumada dos sanitários, caixa de escadas e elevadores; e o bloco servido, onde se localizam os salões. Dessa forma, o pavimento tipo se organiza em torno de uma tríade de espaços de transição, implícitos no programa: hall do salão (salão, sala de coordenação e depósito), hall da circulação vertical (2 elevadores e escada) e, por fim, o hall dos sanitários (sanitário unissex, sanitário unifamiliar e depósito de material de limpeza).

corte longitudinal escala 1:500


R OTA PEDRO R.

A V.

Fabrício Tadeu de Carvalho orientador: Rodrigo Queiroz Casa de Cultura Parque São Lucas O projeto para um equipamento capilar de rede exige decisões construtivas e programáticas. É necessário considerar a viabilidade técnica e econômica para que o edifício seja construído em, no mínimo, 96 lotes de esquina no Município de São Paulo. De maneira que foram escolhidos o sistema pré-moldado de concreto para o volume servido, dos salões (imutável independente do lugar), e o concreto moldado in loco para o volume servidor, no qual o arranjo do depósito, coordenadoria, sanitários e cirulação podem variar. Na esquina na Avenida do Oratório com a Rua Padre Pedro Rota, a principal solução de projeto foi dialogar com as escalas de cada via. Na avenida, abre-se a entrada principal e protege-se os salões dos ruídos com o volume servidor. Na rua, estes se abrem para leste e oeste acima de uma fachada ativa de dinâmica local.

DO

O R ATÓ R I O

45


)6789&89&:;;6<7==

>7?9=7

!@;A96;

*B69@C9D6E;B&3F9C

!7@D

#CCEC6GBDE7&);DE7=

102)9,)0+/,-)^U

ELEVAÇÃO SUL 1:200

0+,0-)9,-72=,+/0-0>2,-

#

07,--2

'%#

!"#$"%&&%'%#

Oficinas

SEGUNDO ANDAR 1:500

76+75>0102

#5

25/+2-

)3)-0.6/+62-)3)9,*2-6/2

)!$%*)#+$

>AB>?

./012,-)3)45-6708)90.108)/,0/+28)76.,40 2,-)3)45-,5 s���a���s����fici�s 3)=6=>62/,70 Apresentaçao

46.6-/+0102 6-,A)9,),./+090

0 12,-

,./, H6+,/2+60 B,7+,/0+60 E22+9,.0102):;*2-612,E22+9,.0102)%*+,-,./012,E22+9,.0102)<,6/5+0 ������na�a��Oficinas ,946.JK E2*0 H,-*,.-0 2. 2-)I40/,+60>)9,)5-2K %>42;0+6F092)9,)-,7+,/0+60 H,*2-6/2)90-),;*2-6M2,H,*2-6/2)90-)%*+,-,./012,H,*2-6/2)90)>,6/5+0 ����si����as��ficinas .102) Oficina��a��an���n�a� H,*2-6/2)90)40.5/,.102 29,)40/,+60>)9,)>64*,N0 -

!"#!$%J#$&'(#")!$

F>H

CABDB ) 1R (GLƓFLR IB RST ) P,++012)3)&6+0./, [T Apresentaçao Exposiçoes Leitura +)) + +EEH RST K.%)/77/.%L,7/,0%/M6/75,0N RST ) ) !+010)9,),./+090 RTT RST ) ) !0/,2)9,)70+C0),)9,-70+C0 YZ 2%3+(&#4#5&/0/111 E>F ) ) \6767>,/0+62 WTT UV ) ) ]0+96.RRV WX WX WX CGH WTX WX %"$%(#$"%&% WX WX WX TERCEIRO )6789&89&:;;6<7== ANDAR 1:500 WX WX YZ WY8V *+295102)9,)0+/,-)^U [ U8V WX DC UV [ -0>2,[ [ [ [ RS) WX [ [ E22+9,.0702)3)-0.6/+62-)3)9,*2-6/2 D?A? YZ WY8V [ U8V YZ >GI WUU [ %946.6-/+0102 WX WX QUARTO ANDAR 1:500 [T YZ CORTE A-A’ 1:200 VU ?D?

Oficinas

descobrimos que não havia esperamos permitir que os tem várias carac- terísticas, é s abaixo, um estádio de futeindas para famílias e um pediferentes exposições, bem os são separados por andar, Exposiçoes E2*0 feitas pelo exterior e por um H,-*,.-0 preciar os diferentes pontos 2-)3)O,-/60+2-

-)!5=>6722)9,)+,-6952+4092+)3)&,96102 + 5+0 P,++012 &0@56.0-)92-),>,Q092+ 2/%1471<-,8,.%>?@

ao

Exposiçoes

+

+

Leitura

+

+

Administraçao

Terraço

+

+

PERDEIRA - CIDADE ADEMAR

Circulaçao

Rua Professor Correa - Rua Con. Antônio Pinto Seminario 2 - 05 / 11 / 2018

!"#$%&'(&)*+,#-.%&/0/111

>7?9=7

Administraçao *B69@C9D6E;B&3F9C

!@;A96;

!7@D

>AB>?

!"#!$%J#$&'(#")!$

$,-./0 %*+,-,./012,-)3)45-6708)90.108)/,0/+28)76.,40 ) :;*2-612,-)3)45-,5 ) )� Oficinas���a���s����fici�s <,6/5+0)3)=6=>62/,70 ) !1/00. ?&0+@56-,A)9,),./+090 ) B0C502 ) <2D0 ) E0F,/,+60 ) G.F2+4012,) !23454067,8,. :;*,96,./, ) H6+,/2+60 ) ) B,7+,/0+60 ) ) E22+9,.0102):;*2-612,) ) E22+9,.0102)%*+,-,./012,) ) E22+9,.0102)<,6/5+0 ) ) �) ������na�a��Oficinas )� ",5.62,) E2*0)I0946.JK ) ) ) E2*0 H,-*,.-0 ) ) B0.6/0+62) $/7948.0%:%!;.4. HL*2-6/2-)I40/,+60>)9,)5-2K ) %>42;0+6F092)9,)-,7+,/0+60 ) ) H,*2-6/2)90-),;*2-6M2,) ) ) ) H,*2-6/2)90-)%*+,-,./012,H,*2-6/2)90)>,6/5+0 ) ) �) ����si����as��ficinas )� &0.5/,.102) ) �) Oficina��a��an���n�a� )� H,*2-6/2)90)40.5/,.102 ) ) H,*2-6/29,)40/,+60>)9,)>64*,N0 ) !7/,%2/%;/00.,:-/0+ ) E2*0 ) E2*0 ) ) H,-*,.-0 ) ) ) B0.6/0+62-)3)O,-/60+2'<67.0 B0.6/+62-)!5=>672) H,*2-6/2)9,)+,-6952) ) P+0.-F2+4092+)3)&,96102 ) $,+092+ E2=,+/5+0 ) P,++012 ) ) &0@56.0-)92-),>,Q092+ ) ) !7/,0%1.=/76,0%2/%1471<-,8,.%>?@

CABDB RST RST RST RST E>F UV RRV WX WX WX CGH WTX WX WX WX WX WX WX YZ WY8V [ U8V WX DC UV [ [ [ [ [ RS) WX [ [ D?A? YZ WY8V [ U8V YZ >GI WUU [ WX WX [T YZ VU ?D?

) ) ) ) ) ) )

O projeto está localizado em uma área para revitalizar. De fato, indo ao site, descobrimos que não havia infraestrutura cultural por perto. Ao estabelecer uma nova casa de cultura, esperamos permitir que os usuários da vizinhança acessem facilmente um centro de produção. O site tem várias carac- terísticas, é primeiro pendendo rapidamente para ter um óti- mo panorama. Encontramos abaixo, um estádio de futebol muito animado dias de jogo. Nas proximidades, há um centro de boas-vindas para famílias e um pequeno parque. A inten- ção do projeto é, portanto, permitir visões sobre diferentes exposições, bem como uma tipologia bastante aleatória em resposta às favelas abaixo. Os usos são separados por andar, permitindo uma compreensão bastante fácil do edifício. As circulações serão feitas pelo exterior e por um núcleo central. As aberturas do lado de fora são as maiores possíveis para apreciar os diferentes pontos de vista.

#CCEC6GBDE7&);DE7=

0+,0-)9,-72=,+/076+75>0102

#

07,--2

!"#!$%&'(#")!$%*)#+$

#5

1R (GLƓFLR ) P,++012)3)&6+0./, K.%)/77/.%L,7/,0%/M6/75,0N ) !+010)9,),./+090 ) !0/,2)9,)70+C0),)9,-70 ) \6767>,/0+62 ) ]0+96.-

%"$%(#$"%&%

*+295102)9,)0+/,

-0>2,-

E22+9,.0702)3)-0.6/+62-

%946.6-/+010

25/+2-

2%3+(&#4#5&/0/111

Terraço

Oficinas Antonio Carlos BAROSSI IV +- ProjetoAdministraçao Grégoire BOINAY - 10954386.

Terraço

+

+

Circulaçao

)6789&89&:;;6<7==

>7?9=7

!@;A96;

*B69@C9D6E;B&3F9C

!7@D

#CCEC6GBDE7&);DE7=

Apresentaçao Apresentaçao

PORAO 1:500 A

Leitura

Apresentaçao

+

Exposiçoes

+

Leitura

+

Oficinas

+

Administraçao

+

Terraço

+

Circulaçao

Apresentaçao PLANTA BAIXA 1:500

A’

Exposiçoes

ELEVAÇÃO SUL 1:200

CORTE A-A’ 1:200

Oficinas

46 Exposiçoes Administraçao

Terraço

Leitura

200

Oficinas

BOINAY Grégoire BAROSSI Antonio Carlos O projeto está localizado em uma área para CORTE A-A’ 1:200 revitalizar. De fato, indo ao site, descobrimos que não havia infraestrutura cultural por perto. Ao estabelecer uma nova casa de cultura, esperamos permitir que os usuários da vizinhança acessem facilmente um centro de produção. O site tem várias características, é primeiro pendendo rapidamente para ter um óti- mo panorama. Encontramos abaixo, um estádio de futebol muito animado dias de jogo. Nas proximidades, há um centro de boas-vindas para famílias e um pequeno parque. A inten- ção do projeto é, portanto, permitir visões sobre diferentes exposições, bem como uma tipologia bastante aleatória em resposta às favelas abaixo. Os usos são separados por andar, permitindo uma ELEVAÇÃO SUL 1:200 compreensão bastante fácil do edifício. As circulações serão feitas pelo exterior e por um núcleo central. As aberturas do lado de fora são as maiores possíveis para apreciar os diferentes pontos de vista.

PRIMEIRO ANDAR 1:500

Leitura

ELEVAÇÃO SUL 1:200

SEGUNDO ANDAR 1:500

Oficinas

TERCEIRO ANDAR 1:500

Administraçao

QUARTO ANDAR 1:500

Terraço

Antonio Carlos BAROSSI - Projeto IV Grégoire BOINAY - 10954386.


Terraço descoberto

Salão de apresentações

Salão de oficinas Terraço coberto aberto Terraço verde Salão de leitura Administração

Salão de exposição Administração

Praças e saguão de entrada Loja e café Serviços

Corte - esc 1:500

Planta andar 2: Salão de Leitura - esc 1:1000

Perspectiva da rua - modelo 3D digital

Leticia Martins Cunha Antônio Carlos Barossi O projeto da Casa de Cultura se localiza em Sapopemba, bairro da zona leste do município de São Paulo, na Rua Luis Juliani com a Avenida Sampopemba, na qual está sendo construído o monotrilho da linha 15-Prata do metrô. O projeto teve como partido promover integração visual com o monotrilho e com a praça em frente (do outro lado da avenida). Dessa forma, virouse a fachada principal do edifício para a Avenida, com o uso de grandes painéis de vidro e varandas. Por ser uma fachada de orientação nordeste, optou-se por um vidro fosco duplo com uma camada de ar no meio (U glass) , avanços e recuos da estrutura e nichos utilizados como brises. O ponto forte do projeto são as escadas abertas que ligam os dois blocos do edifício (um de salões e outro de serviços e setor administrativo), que promove permeabilidade visual para quem está dentro e fora do prédio, além de possiilitar a extensão da praça para uma área mais reservada dentro do lote.

Planta térreo - esc 1:1000

47


48

Mariya Pichurina orientador: Antonio Carlos Barossi A OPÇÃO PELA IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE CULTURA LOCALIZADA NO BAIRRO VILA MARIA E JUSTIFICA-SE PELA PRIORIDADE C. A LOCALIZAÇÃO É NO CRUZAMENTO DE DUAS ESTRADAS GRANDES E ESTÁ PERTO DE TRANPORTE PUBLICO. POR ESSA RAZÃO A POSIÇÃO DE VILA MARIA É PARTICULARMENTE CONVENIENTE PARA A CRIAÇÃO DE CASA DE CULTURA. ELA SE CONSTITUEM COMO UM LUGAREl DE PRODUÇÃO PARA GRUPOS DE TEATRO, MÚSICA, DANÇA, ARTES PLÁSTICAS LITERATURA E AUDIOVISUAL, ENTRE OUTROS.ELA FUNCIONA COMO „ESQUINA CULTURAIS“ A CASA DE CULTURA TEM 4 andares plus uma sala na TerraÇa. No terreo ficam o recepÇao, a loja, cafe e um alto patio para lazer. no meio da casa fica a escada com o espaÇo livre, que se estende atÉ o telhado com uma janela. Na fachada tem as colunas em forma as brises.


49

Fructus Céline Antonio Carlos Barossi O site está localizado ao norte de São Paulo em uma zona prioritária tipo A Eu escolhi este site porque ele precisa ser energizado. O terreno é vasto e sua topografia é interessante. Na verdade, está localizado no coração de um vale, Ele permite jogar em diferentes alturas e pontos de vista podem ser liberados. O projeto é baseado em uma rua interna dentro do projeto que dá um avanço visual. Um passeio se desenvolve em torno dos salões. Essa circulação externa dá diferentes pontos de vista aos usuários. Além disso, esta circulação permite o acesso a vários terraços acessíveis ao público.


50

PARDO ANDREWS Elisa BAROSSI Antonio Carlos O projeto Casa da Cultura está localizado no bairro de Perus, na zona norte de São Paulo. O distrito é uma área prioritária A para acomodar um espaço cultural. O projeto é composto em dois blocos que articulam por o vazio de um pátio. Os blocos ficam acima de um jardim aberto a todos onde os espaços públicos e privados se misturar, assim, cria entradas principais acessíveis por todas as áreas do terreo. Este espaço exterior também é expresso no resto do edifício com um terraço e um solário. Os saloes criativos são divididos entre os dois blocos e são adaptados de acordo com suas necessidades de interioridade e luz.


Vista do Vazio Central 1 Exposições 2 Reuniões 4 Sanitários 5 Leitura 6 Depósito 7 DML

Planta 2° pavimento escala gráfica

Júlio Herminio Bressan Martins orientador: Angelo Bucci O edifício foi concebido a partir da rampa de forma quadrada, que conforma um vazio central que organiza o conteúdo programático do edifício. Nesse sentido, foram projetados 3 blocos independentes que conctam-se pelas rampas e formam juntos um volume triangular - oportuno dado o formato do terreno. Cada bloco abriga um tipo de uso específico da Casa de Cultura: um é administrativo, outro abriga os salões e o último a biblioteca integrada ao café.

Implantação

Corte Longitudinal

O térreo é fluído e sugere um caminho entre a avenida principal e a marquise coberta no acesso secundário, oferecendo ainda espaços de estar, como a arquibancada. A ideia é que o visitante ou o transeunte possa ver da rua o que se passa no edifício e seja convidado a entrar, subindo as rampas e observando, de qualquer ponto do edifício, dada a transparência no pátio interno, o que se produz nas atividades culturais. Corte Transversal

51


6

21,5

5

3 2

4

1

7 3

5

0,0

6

2

4

1

13

21,5

21,5

21,5

8

12 -0.10

7

0,0

9

8

0,0

0,0

11 10

21,5 0,0

Quinto Pavimento - Biblioteca

52

1. Depósito 2. Sanitário 3. Sanitário PNE 4. Sanitário 5. Elevadores 6. Escada emergência 7. Salão de leitura

Implantação com térreo

Amanda de Medeiros Thiede orientador: Rodrigo Queiroz O projeto tem seu conceito em um grande retângulo, devido a forma do terreno, mas com a premissa de hora estar dentro e hora fora do edifício e, para tanto, cada andar possui sua laje única proporcionando diversidade em todos os ambientes e criando vazios na fachada e dentro do edifício. As escadas principais que hora estão dentro e hora fora do volume marcam a fachada e proporcionam identidade a volumetria. Este jogo de recuos, lajes abertas (permitindo visibilidade entre os andares) e escadas deslocadas proporcionam dinâmica e interação entre a pessoa e o edifício, proporcionando espaços agradáveis e que atraem pessoas. Para � nalizar a integração e dinâmica nos ambientes, há uma praça coberta nos últimos andares do edifício, contemplando a biblioteca da Casa de Cultura, proporcionando ainda mais identidade, dinâmica e integração ao local .

Pavimento Técnico

Descanso dos func.

Praça Descoberta

San. PNE

Salão de Exposições

San. PNE

Salão de Apresentações

Sala de Reuniões

Sala de Trabalho

Sala de Trabalho

Circ.

Descanso dos func.

Café/ Lounge

Copa

San. PNE

Salão de Ocinas

Circ.

San. PNE

San. PNE

San. PNE


tionalVersion

AVENIDA MATEO BEI 0 1

5

01

RUA DR. AURELIANO DA SILVA ARRUDA

5

53 Barbara Moura Mühle orientador: Luciano Margotto Localizada em São Mateus, zona leste de São Paulo, a Casa de Cultura tem além de seu programa específico, o objetivo de conectar os moradores e os equipamentos públicos municipais presentes nas proximidades. O térreo é livre e conecta a rua com o interior do quarteirão, e com a quadra de futebol existente. Através de rampas em torno de todo o edifício, buscou-se conectar e integrar cada pavimento, possibilitando aos usuários um passeio rico em momentos de encontro e olhares para as diversas atividades culturais acontecendo em cada andar. O edifício é composto por três blocos principais: servidor, serviços (pavimento inferior) e dos salões. Sendo este envolto por uma fachada de policarbonato translúcido, que assim como as rampas, é sustentada por tirantes que se apoiam nas vigas invertidas da cobertura.

+26,20

+20,00

+4,00

±0,00

-4,00

0 1

5


C-B

B`-A`

A-D

D`-C`

A` D` A

D

B

C

B` C`

54

Ana Flávia Piacentini orientador: Angelo Bucci O partido do projeto é mimetizar o processo de criação do artista, da construção do fazer arte no interior em ebulição e a finalização no exterior uno. Para consolidar o partido, escolhi seccionar o bloco monolítico e dissecá-lo, como se para evidenciar seu interior. Disso surgem 8 paredes “cegas” que contrastam com a pele de vidro do interior. A estrutura funciona como 4 torres individuais que se conectam de acordo com a necessidade de circulação dos salões. A proposta para a casa de cultura da Av. Nordestina - no distrito de Lajeado, é quebrar a monotomia dos salões e diferenciá-los no total de seus 270m². Os salões se dividem em 3 menores salões com pés direitos que variam de 3 a 6 metros, todos unidos por pontes e por uma torre de circulação que distribui os pavimentos de pé direito duplo e simples.


55 Mirella Marques de Oliveira orientador: Angelo Bucci O projeto parte da relação dos moradores do bairro Jardim Brasil com a Praça Morro do Chapéu e com o seu entorno, onde existe uma concentração de comércio local. Assim, a Casa de Cultura é entendida como uma extensão dessa pequena praça, oferecendo espaços de convivência. Essa relação de continuidade entre a praça e a Casa de Cultura se dá pela transparência da fachada voltada para a Praça Morro do Chapéu, garantindo a visibilidade entre quem está dentro e quem está fora do edifício. Além disso, o térreo elevado busca conectar a praça à Travessa das Artes (que está em um nível 2 metros a cima), ao mesmo tempo em que cria uma esplanada para o edifício, enfatizando a visão formada pela esquina de encontro da Av. Jardim Japão com a Praça Morro do Chapéu.


Circulação Vertical

Terraço

Salas de Apoio

Salões

Administração Loja, Café e Informações

56

Inserção Escala 1:2000

Saguão de Entrada

Planta Pavimento Tipo Escala 1:500

Luisa Lemes de Queirós Mattoso Orientador: Alexandre Delijaicov Localização: Distrito Vila Maria (Zona Norte) O saguão de entrada sob pilotis aliado ao café convida o pedestre a adentrar o edifício e possibilita o uso desse espaço fora dos horários de funcionamento. Os salões foram projetados como uma espécie de vitrine com o intuito de atrair os moradores do bairro e trazer visibilidade para a cultura no lugar. Além de proporcionar isso, suas janelas favorecem a iluminação natural e a relação interior-exterior. As salas de apoio (salas dos monitores e depóstios) estão localizadas imediatamente ao lado dos salões para melhor cumprir sua função e facilitar seu acesso. As janelas da escada tem o objetivo, além de possibilitar a iluminaçção natural, de trazer qualidade para um espaço importante do edifício: uma de suas esquinas.

Corte Transversal Escala 1:500


57 Lola Alimi orientador: Luciano Margotto Guaianazes, bairo este de São Paulo, foi escolhido para sua louca topografia e para o fato que là hà uma presencia de Nigerianos muito forte. Esta comunidade fugiram do Nigéria por causa do Boko Haram e não podem mais prática a sua própria cultura. O projeto tem a ambição de criar espaços de producão e exposicão que valoriza as culturas dos imigrantes. A identidade visual do projeto é uma mistura entre a cultura paulista (planos reguladores - concreto bruto) e nigeriana (planta explodida - arcos).


Pavimento tipo dos andares 2 e 4 1:1000

58

B

B’

A

A’

Pavimento tipo dos andares 1, 3 e 5 1:1000

Beatriz de Jesus Gonçalves Francisco orientador: Antônio Carlos Barossi O formato do prédio foi moldado a partir da sobreposição de dois diferentes modelos para os salões de atividades. Esta sobreposição dos pisos dos salões ajuda a espalhar os salões pelo edifício, de maneira que eles não fiquem obrigatoriamente um em cima do outro e com mesmo formato, fazendo com que o usuário percorra mais pelo edifício e possa fazer mais interações ao longo de seu percurso até seu destino final. Os pavimentos estabelecem relações entre eles por conta de seus altos pés direitos, que se intercalam pelo edifício. Assim, um visitante que está em determinado salão, consegue observar o salão do pavimento abaixo, pois seu andar eestá na metade do pé direito do andar de baixo. Além disso, a relação entre andares se mantém também através dos volumes na fachada sudoeste, em que o teto do volume do banheiro do pavimento de baixo se torna um terraço para o pavimento de cima.

Planta térreo e inserção 1:1250

Corte AA’ 1:1000

Corte BB’ 1:1000


a

59 Laís Matias Silva orientador: Angelo Bucci A Casa de Cultura Vila Medeiros situa-se na zona norte da região metropolitana de São Paulo, já nas proximidades do município de Guarulhos. O terreno destaca-se por dois elementos que marcam a sua relação com o entorno: a frente voltada para uma praça recuada de uma avenida de grande circulação e a transposição entre esta mesma avenida e uma pequena travessa de pedestres. O projeto busca articular esses elementos concebendo o edifício como instrumento de articulação das dinamicas existentes, através de uma torre principal de programas - singularizados através das entradas de ventilação e iluminação - e uma praça térrea de acolhimento.

pensar

executar

descansar

expor

corte a


770

765

60 Ladina Schöpf orientador: Angelo Bucci A casa de cultura está localizada numa área muito movimentada, onde falta lugar para socializar entre os moradores, tem pouca natureza acessível e que carece de presencia de cultura. O projeto funciona como um cristal aberto implantado no distrito, tornando a cultura mais presente através da transparência, ao mesmo tempo fortalecendo-a dentro do edifício com conexões visuais entre atividades. Para fomentar o intercambio de cultura se criam espaços de interação social combinando instalações de aprendizagem e produção com espaços sociais, incluindo balcões, uma praça pública e corredores ao ar livre A través da abertura do edifício no meio se oferece uma conexão visual à natureza.


Modelo físico Esc. 1:500

Implantação + Térreo 0 10

30 20

Modelo físico Esc. 1:250

Pavimento tipo 0 10

630

20 30

61

Monaliza Izidorio Pinheiro Orientador: Angelo Bucci O projeto para Casa de Cultura aqui proposto se localiza em uma esquina da Estrada de Itapecerica, dentro do distrito Capão Redondo, subprefeitura Campo Limpo, na zona do sul da cidade de São Paulo. O lote se destaca por sua localização em uma zona prioritária, além dos atuais usos, formato e presença de certa declividade.

+13,00

A proposta foi aproveitar as dimensões do terreno e a declividade presente para conseguir um gabarito médio, um subsolo para apresentações e um espaço que acompanha o relevo presente. A estrutura utilizada no projeto foi o esquema pilar, parede e laje de concreto. Desse modo, a ventilação e iluminação do edifício ocorrem no sentido leste-oeste. Grandes espaços livres, uma estrutura simples que acompanha o desenho do lote e a exploração da declividade existente são características que definem esse projeto.

+2,00

0,00

Corte 0

10

30


CASA DA CULTURA BRASILEIRA CASA DA CULTURA BRASILEIRA DO M'BOI MIRIM CASA DA CULTURA BRASILEIRA DO M'BOI MIRIM DO M'BOI MIRIM CASA DA CULTURA BRASILEIRA CASA DA CULTURA DO M'BOI MIRIM CASA DA CULTURA BRASILEIRA CASA DA CULTURA BRASILEIRA M’BOI MIRIM DO aup M'BOI MIRIM M'BOI MIRIM 162 _ projeto 44, FélixDO Mascherpa,Projeto Professor Bucci CASA DEAngelo CULTURA

FELIX MASCHERPA 10638810 professor ANGELO BUCCI

LOCALIZAÇÃO

BAIRRO : JARDIM ANGELA

Duas coisas me chamam atenção nesse projeto. Primeiramente o fato que a Casa da Cultura vai ser o porta voz da cultura brasileira. Ela vai usar uma linguagem que se refere a isso. Escolhi a cestaria porque ela faz parte dos artesanatos mais antigos do pais e faz referencias aos povos indigenas. Alem disso, a cultura brasileira é uma mistura de varias culturas. Elas se cruzam como os fios da cestaria pra aparecer numa nova forma. Segundamente, o programa : é sobre criar um lugar de producção e propagação da cultura. O edificio deve ser generoso e extravertido, ele deve lutar contra essa ideia (infelizmente verdadeira) que a cultura levita acima do povo. Me lembra aquele graffite paulista mostrando uma menina tentando pegar livros voando alto no ceu. Ai a Casa da Cultura tem que convidar : - Chamar attenção (é o papel da linguagem visual forte) - Ser transparente. Por isso eu a soltei de colunas e criei visões profundas da rua para o interior. - Poder acolher uma vida publica : continuidade visual e spacial entre a cidade e o predio : chão continuo, sem barreiras e (em breve) mobiliario urbano. Eu transposei a cestaria numa estrutura forte que sigue a corte em semi niveis. Ela tambem solta o edificio de colunas .Um exo vertical a cruza. Essas peças permitem de controlar a luz e o flux de ar, e de fechar hermeticamente quando chover.

CORTE AA

PARTIDO

PERCURSO, FLEXIBILIDADE

TERRASSO

TERRASSO TERRASSO ESCRITURA

62

ARTE EXPOSICOES ACCESSO

TERRASSO TERRASSO ESCRITURA TERRASSO TERRASSO ARTE ESCRITURA EXPOSICOES TERRASSO ARTE TERRASSO ESCRITURA EXPOSICOES TERRASSO ARTE ACCESSO ESCRITURA EXPOSICOES TERRASSO ACCESSO ARTE TERRASSO EXPOSICOES ACCESSO MUSICA ESCRITURA ADMIN, APOIO, PESSOAL E OUTROS

REFERÊNCIAS

ARTE MUSICA ACCESSO EXPOSICOES MUSICA ACCESSO MUSICA

PROGRAMA MUSICA

MUSICA

REFERÊNCIA OU DIAGRAMA

LUZ

FOTO DA MAQUETE

ELEVAÇÃO

ADMIN, APOIO, ADMIN, ADMIN, PESSOAL APOIO, ADMIN, APOIO, PESSOAL ADMIN, E APOIO, OUTROS PESSOAL APOIO, EPESSOAL OUTROS PESSOAL E OUTROS E OUTROS E OUTROS

ESTRUTURA

IMPLANTAÇÃO 1:200

CORTE AA 1:200

CORTE BB 1:200

ELEVAÇÃO 1:200

PLANTA 2 PISO 1:200

CORTE BB PLANTA 3 PISO 1:200

CROQUIS DE PROCESSO

PLANTA : NIVEIS 1 & 2

CHUVA

AR

PLANTA : NIVEL DO CHÃO

PLANTA 4 PISO 1:200


Joan ViĂąas Orientador: Angelo Bucci

63


CORTE LONGITUDINAL ESC 1:5OO

64 INSERÇÃO Barbaara SulaBraga Braga Barbara Sula Orientador: Alexandre Delijaicov

ESC 1:2000

PLANTA TIPO ESC 1:500

O térreo da Casa de Cultura Mandaqui encontrase no nível da Avenida Santa Inês, convidando o pedestre a adentrar através do saguão, que se abre em direção a esquina do terreno. Já ao nível da rua Raul Dias há uma dinâmica proveniente das atividades do salão desse pavimento que, em menor escala, dinamiza o passeio, antes, quase inexistente. O prédio foi estruturado de forma a ter uma construção eficiente e que forneça acolhimento a comunidade. Portanto, a estrutura metálica empregada fornece rapidez na construção, além da integração de sistemas e tecnologias. O revestimento em blocos de cerâmica queimado traz um aspecto rústico e informal, típico em moradias, remetendo a bairros residenciais, dessa forma não se torna um enclave abrupto na paisagem. Na fachada, as grandes janelas permitem o fluxo de ar, luz e principalmente criam uma integração entre edifício e a rua, agindo como integradoras das atividades e a comunidade do bairro.

CORTE TRANSVERSAL ESC 1:5OO


COORDEN.

SALA DE ESTAR DOS FUNCIONÁRIOS

DEPÓSITO

VESTIÁRIO MASCULINO

COPA + DISPENSA

VESTIÁRIO FEMININO

CAFÉ

SALÃO DE APRESENTAÇÕES

1:750

65

Beatriz Ferreira Sacagni orientador: Rodrigo Cristiano Queiroz T.O.: 0,6 C.A.: 3,0 O edifício é composto por térreo mais quatro pavimentos em que o programa se dispõe da seguinte maneira: - pavimento térreo: permite acesso ao edifício e à Praça Interna da Casa de Cultura. - primeiro pavimento:instalações de caráter administrativo das atividades da Casa de Cultura. - segundo pavimento: instalações destinadas aos funcionários, além do Café e do Salão de Exposições. - terceiro pavimento: Sala de Oficinas. Este pavimento permite acesso ao terraço descoberto. - quarto pavimento: composto pela Sala de Leituras.

1:300


A certeza de que tudo muda é uma das poucas que temos na vida. E tudo muda graças à existência do tempo e de suas infinitas durações. Só seria possível um mundo sem mudanças se não existisse o tempo. Mas se não há tempo, não há vida. Mas haveria, por acaso, um mundo sem o tempo? Nada permanece absolutamente inerte ao tempo. Não existem dois dias iguais. Somos hoje o que não fomos ontem e seremos outro amanhã. A única certeza que temos é que seremos outro, um outro que também desconhecemos. Somos incapazes de prescrever de antemão nossas ações futuras. A vida é tudo, menos um projeto. O que seria um mundo sem a memória do passado no tempo presente e sem a incerteza do futuro? É claro que esse mundo não existe na realidade, pois a realidade, pelo menos no âmbito da arquitetura, se revela quando um pensamento deixa de ser “ideia” e passa a ser “coisa”, mas se é coisa, já está submetido ao tempo, sendo assim, está condenado a se transformar. O projeto é o desejo por uma realidade futura configurado na forma de um “presente eterno”, é a representação de uma situação imaginada, conduzida muito menos pela percepção isolada que o autor tem do lugar e muito mais pela sua memória, pela sua cultura, pela sua linguagem. A percepção de um “presente eterno” só se constitui pois o projeto é “ideia”, ainda não é “coisa”. O projeto é o instante em que a ideia se vê imune à ação do tempo, à realidade, justamente por ser, claro, ainda uma ideia. 66

programa e forma rodrigo queiroz

A célebre postulação de Paulo Mendes da Rocha, que define a “arquitetura como amparo para a imprevisibilidade da vida”, nos revela que, idealmente, o projeto deve ser movido por uma sabedoria capaz de incorporar o acaso, a indeterminação do futuro, ou seja, o tempo, como argumento fundamental, como motivo para o desenho dos espaços e da forma. É quase inevitável associar a postulação de Mendes da Rocha ao elogio aos “espaços sem nome” recorrentemente lembrados pelo Prof. Milton Braga em suas aulas, exemplificados pelo Salão Caramelo, o vão do MASP e a marquise que integra e confere coesão e unidade ao conjunto do Parque Ibirapuera. Tais projetos aclaram a potencial virtude de uma categoria peculiar de espaço que pode ser qualquer coisa justamente por não ser nada, por negar o programa arquitetônico como um pressuposto, mas também por compreender que a organização formal e espacial do programa inevitavelmente conformará lugares por vezes não contemplados pelo próprio programa. E, não à toa, serão justamente esses mesmos lugares que conferirão o caráter arquitetônico do projeto. Ouso incluir na lista tríplice do Prof. Milton Braga o Centro Cultural São Paulo. Chama atenção o uso imprevisto dos


espaços daquele edifício: os fechamentos em vidro com película reflexiva se tornaram espelhos para grupos de jovens ensaiarem suas coreografias; as precárias mesas no exterior, um espaço nitidamente residual, são disputadas como bancada de estudo pelos estudantes. O CCSP (e todos esses “espaços sem nome”) é tudo e nada ao mesmo tempo. E é justamente o fato de não sinalizar espacialmente para uma função utilitária definitiva o atributo que permite ao CCSP ser tudo, qualquer coisa. Não entendam essa breve reflexão como uma crítica ao programa ou como um elogio, como a ingênua defesa de uma arquitetura livre das contingências inerentes a uma necessidade prescritiva. O programa é o argumento que desencadeia o processo de elaboração de um projeto. É o necessário atendimento à função utilitária (programa) que faz da arquitetura ser o que é e não outra coisa, uma escultura ou um mero objeto de dimensões avantajadas. Contudo, parece que se há um dado do campo do projeto que está em crise, esse dado é próprio programa. O programa é um conjunto de informações que prescreve a função do edifício e, consequentemente, o modo como deverá ser utilizado. Na atualidade, todas as categorias do programa parecem se dissolver em um mundo onde a ideia de “uso” está cada vez mais particularizada e menos padronizada. Os programas tendem a ser cada vez menos “prescritivos” e cada vez mais “estratégicos”. O projeto, enquanto organização espacial e formal do programa, é capaz de indicar sua função, mas não necessariamente sua utilidade, seu uso efetivo. A diferença entre função e uso é um bom mote para a reflexão acerca da condição atual do programa no projeto e, consequentemente, na sociedade atual. A função de um edifício corresponde à finalidade para a qual o mesmo foi projetado e construído. Já o uso diz respeito muito mais ao modo como será ocupado. Ou seja, o uso diz respeito ao tempo, diz respeito ao real. Antes da ruptura promovida pela visão universalizante do projeto moderno, a relação entre solução formal e programa se confundia com a “tipologia” da edificação. Entende-se por tipologia um conjunto de configurações formais, espaciais e programáticas aprimoradas no tempo e destinadas às funções específicas, sendo as principais, a casa do rei (o palácio), a casa de Deus (a igreja) e a casa de cultura (o teatro e o museu). Na concepção tipológica da arquitetura, cada componente do programa possui um dimensionamento e uma configuração geométrica modelar, mas é a maneira como esses componentes se articulam entre si que acaba por definir sua fidelidade à tipologia de uma determinada função. A relação entre esses componentes resulta em configurações espaciais “tipo”, como o pátio interno, o peristilo de pilares no perímetro do volume ou a escadaria de acesso principal localizada no

67


localizada no eixo de simetria da fachada. A tipologia seria a decantação no tempo de uma ordenação formal histórica do programa, ou seja, na arquitetura de matriz tipológica forma e programa estão intimamente ligados, são uma coisa só. Com a dissolução moderna da programática institucional, a tipologia histórica deu lugar ao partido arquitetônico. Enquanto procedimento, projetar é um ato de reincidência. Muitas vezes, o programa é apenas o argumento necessário para o autor aprimorar um mesmo partido formal já ensaiado em oportunidades anteriores com programas dos mais diversos. Projetar é reincidir até o momento em que a relevância deste procedimento e desta linguagem se esgota. Nesse instante, o autor só tem duas saídas: ou se reinventa e reelabora sua estratégia formal a partir de uma chave contrária ou mesmo derivada da estratégia anterior ou se tornará um maneirista de si mesmo, um arquiteto hábil em aperfeiçoar seus próprios clichês. Nessa segunda categoria, a reincidência começa a se confundir com a teimosia daquele que encontrou na suposta proficiência sobre um repertório conhecido sua zona de conforto. Invariavelmente, as obras primas (sejam elas na arquitetura, nas artes visuais ou em qualquer outra manifestação da sensibilidade do intelecto) não são aquelas que revelam um procedimento ou uma linguagem requentada, ao contrário, são justamente aquelas cujo frescor de novidade nos fazem ver o mundo de outra maneira a partir daquela experiência. 68

No que tange ao programa, projetar como reincidência consiste em elaborar estratégias de adaptação do programa a um partido específico (organização formal da função), mas sem prescindir do reconhecimento das características utilitárias e espaciais dos seus componentes. Se observamos as estratégias projetuais da vertente construtiva, abstrato-geométrica, da arquitetura moderna, assim como dos seus desdobramentos no projeto moderno brasileiro, a partir da manipulação do programa, podemos perceber que os ambientes menores, compartimentados, repetidos e de uso regular tendem a não se agruparem em formas de contorno mais autoral, seja em planta, seja em corte. Por seu turno, o contorno irregular, em planta e em corte, inscreve programas abertos, com espaços amplos e com poucas divisões, como um salão de exposições ou um auditório. Essa compreensão moderna da natureza formal e espacial do programa se aplica, enquanto procedimento projetual, em duas variações principais: a separação das duas categorias do programa pelo corte e pela planta. Na separação do programa pelo corte, os ambientes menores e compartimentados encontram-se semienterrados, configurando uma laje suspensa, mas rente ao solo, um piso sobre o qual se eleva sobre pontos de apoio mínimos o elemento principal do projeto, o volume vazio e de contorno


invariavelmente autoral. Verifica-se esse procedimento em projetos exemplares como o Museu de Arte de Caracas (1954), de Niemeyer, e a primeira versão para sede do MACUSP (1975), de Paulo Mendes da Rocha. A mesma separação das duas categorias do programa pode se formalizar pela planta, com os ambientes menores e repetidos abrigados em uma lâmina ou torre que cumpre o papel de fundo e contraponto ao elemento principal, a forma mais esvaziada, localizado em primeiro plano. Projetos como a Sede do Partido Comunista Francês (1963) do próprio Oscar Niemeyer e o Paço Municipal de Santo André (1965), de Rino Levi são exemplos da separação do programa em volumes autônomos, mas que enquanto conjunto resultam em uma relação de equivalência e complementariedade por contraste e não por semelhança. Se por um lado, a organização “figura/fundo” do programa em planta possui um senso de composição quase acadêmico (para não dizer Beaux-Arts), a organização em corte, com as duas partes separadas pelo espaço do térreo (o semienterrado como uma saliência destacada do chão e o suspenso como uma forma que apenas toca a saliência) é, a meu ver, a estratégia formal que une as principais culturas projetuais modernas no Brasil: a escola carioca e o brutalismo paulista. Elaborado pelos estudantes da disciplina obrigatória AUP0162 Arquitetura – Projeto IV no segundo semestre de 2018, o projeto da Casa de Cultura se presta como exercício oportuno para a reflexão e o debate sobre o lugar do programa arquitetônico na constituição de um conjunto de estratégias projetuais e formais, algumas delas apontadas brevemente neste texto. A relação entre os espaços destinados às atividades de produção da Casa de Cultura e os espaços funcionais e administrativos é o argumento que deflagra as possibilidades que configuram o partido arquitetônico, assim como a forma. São infinitas as portas de entrada para a elaboração de um projeto. Contudo, no exemplo da Casa de Cultura, o devido entendimento da natureza espacial do programa parece ser o acesso capaz de nos fazer compreender com clareza, discutir e avaliar os elementos que constituem o projeto enquanto ideia, ou seja, nos permite aplicar um instrumental metodológico ao aparentemente intangível. Eis o paradoxo da arquitetura.

69


Que mesmo em tempo mais sombrio temos o direito de esperar alguma iluminação, e que tal iluminação pode bem provir, menos das teorias e conceitos, e mais da luz incerta, bruxuleante e frequentemente fraca que alguns homens e mulheres, nas suas vidas e obras, farão brilhar em quase todas as circunstâncias e irradiarão pelo tempo que lhes foi dado na Terra. ¹ - Hannah Arendt Os tempos sombrios, importa lembrar Hannah Arendt, não são novos, assim como não constituem uma raridade na história. E se nosso país, ou mesmo a humanidade, torna a flertar com o autoritarismo, com as sombras, por assim dizer, vale refletir sobre alguma ideia de projeto, em especial aquela que se contrapõe ao destino. Quando Arendt deixa de depositar as expectativas de uma nova luz – de uma saída de emergência – advinda de teorias e conceitos, volta-se para a prática – práxis –, para a experiência cotidiana de homens e mulheres que, mesmo sendo possuidores de luz improvável, também construirão vidas e obras significativas. Se potentes ou não, tal avaliação caberia à posteridade e talvez até seja de importância secundária. 70

poética, uma lição luciano margotto

Então a ênfase que se escolhe aqui é o fazer, e por corolário o fabricar. Na sequência vêm outras ações: experimentar, acertar, errar. Em um estúdio de projeto de arquitetura – como este sobre “Casas de Cultura” – fica-se bastante mais atento à formação ou fabricação das obras do que às próprias obras, que poderiam não ser apreciadas senão como ações. Daí que se chega a Poética, palavra que pode desencadear múltiplas interpretações. Para arquitetura, o sentido geral em que se emprega o termo é essencialmente o mesmo do verbo grego poiein do qual deriva, que significa fazer ou fabricar. Poética, portanto, pode ser entendida como construção de linguagens amparadas no campo do fazer. Para Paul Valery, Poética, ou melhor Poiética, é “tudo o que diz respeito a produção de obras; e uma ideia geral da ação humana completa, desde as suas raízes psíquicas e fisiológicas, até aos seus empreendimentos sobre a matéria ou sobre os indivíduos”. ² Com efeito, poética é assunto amplo e pode ser subdividida: “por um lado, o estudo da invenção e da composição, o papel do acaso, o da reflexão, o da imitação, o da cultura e do meio; por outro lado, o exame e a análise das técnicas, procedimentos, instrumentos, materiais, meios e auxiliares da ação”. ³ Nesse sentido, poética é essencial à arquitetura,


assim como a diversas áreas do trabalho, do ofício, ou do métier que envolve criação – poesia, música, escultura – e tem caráter programático e operativo, enquanto estética tem caráter filosófico e especulativo. Indo além, tudo que se relaciona com o estudo das sensações refere-se à Estésica, que assim se distingue claramente da poética, vale ressaltar. A Estética, por sua vez, só estaria completa com três grupos: primeiro, Estésica (das sensações); segundo, Poética (da produção); e terceiro, o cruzamento de ambos. No curto espaço deste texto, importa apenas a poética, caminho que, de certo modo, oferece e impõe alinguagem. É claro que a linguagem tem sua dinâmica particular e tende a lançar mão de recursos que produzem a si própria. A linguagem é um instrumento prático. Todavia, investigar poéticas não significa tratar de aparências, tampouco implica em riscos de dissolução da força dos conteúdos que as obras carregam, mesmo porque isso não seria possível. Apoiando-se na dimensão experimental e viva da linguagem, na ideia de que “não existe linguagem sem engano”, 4 é possível acompanhar o projeto de cada estudante como sendo uma tentativa de considerar todas as coisas (a cultura, o meio, o problema da invenção, as técnicas, o papel do acaso etc.). Aqui vale lembrar que “não há objeto tão delicado que não possa servir de eixo para a roda que gira este mundo”. 5 Nesse sentido, os trabalhos do estúdio são projetos experimentais, alguns resolvem muitas lições de arquitetura, outros se apoiam em determinada característica para iniciar a captura da construção de sutis coerências internas, costuras; são “leves”, não desejam ser modelos, tampouco manifestos. Cada um a seu modo, todos os projetos são íntegros, pois são plenos de encruzilhas de significação, sempre urdidas com muito diálogo. E é nesse compartilhar de experiências, nessa conversa fecunda, por assim dizer, que reside a alegria de um estúdio de arquitetura, e em especial esse que produz “Casas de Cultura”. Voltar a Hannah Arendt faz sentido pela atualidade de seu pensamento diante de novas ameaças, sendo oportuno lembrar que partilhar a alegria é absolutamente superior a partilhar o sofrimento. A alegria, não a tristeza, é loquaz, e o diálogo verdadeiramente humano difere da simples conversa, ou mesmo da discussão, por ser inteiramente permeado pelo prazer com a outra pessoa e o que diz. 6 Nesse sentido, os projetos são eloquentes. Também são lúcidos porque resolvem questões de sua produção. A impossibilidade de uma única abordagem confirma que o projeto é sempre um olhar, mesmo quando descortina o máximo de horizontes.

71


Pode-se ensinar alguns truques técnicos de arquitetura. Pode-se ensinar a enxergar com mais clareza. Mas isso pode não ser suficiente. A fórmula de qualquer façanha não é deixar os músculos fazerem tudo. Não é sequer a coragem que se tem. Não é sequer a destreza, ou seja, a habilidade de manejar as armas de que se dispõe. Há algo extra em qualquer façanha que talvez não seja possível ensinar. Acompanhar o projeto dessas “Casas de Cultura” foi isso: uma lição, um diálogo inteiramente permeado pelo prazer com a outra pessoa e a verdadeira escala da coisa nova que se está dizendo. Uma alegria.

ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 9. 1

Paul Valéry, “Poesia e pensamento abstrato”, in Discurso sobre a estética, poesia e pensamento abstrato. VALÉRY, Paul. Lisboa: Vega, 1995, p. 47. 2

3

Paul Valéry, Op. cit., p. 47.

Italo Calvino, “As cidades e os símbolos 4”, in As cidades invisíveis. CALVINO, Italo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 48. 4

Walt Whitman, “Song of Myself / Canção de Mim Mesmo”, in Leaves of Grass / Folhas de Relva. WHITMAN, Walt. Edição bilíngue. São Paulo: Iluminuras, 2006, p. 127. 5

6

72

ARENDT, Hannah. Op. cit., p. 23.


73


75

exposição final

estúdio 4 fauusp 10 e 11 dezembro de 2018


76


77


78


Aline Dias Assoni 25 Amanda Bernacci 23 Amanda de Medeiros Thiede 50 Ana Flávia Piacentini 52 Antoine Tchydemilan Meyer 29 Barbara Moura Mühle 51 Barbara Sula Braga 62 Beatriz de Jesus Gonçalves Francisco 56 Beatriz Ferreira Sacagni 63 Beatriz Moraes de Andrade 28 Elisa Pardo Andrews 48 Fabrício Tadeu de Carvalho 43 Félix Mascherpa 60 Fructus Céline 47 Giovanna Ferraro Peres 27 Giulia Massenz 36 Grégoire Boinay 44 Isabela Cruz de Faria 31 Joana Curval Gomes da Costa 40 Joan Viñas 61 Júlio Herminio Bressan Martins 49 Ladina Schopf 58 Laís Matias Silva 57 79

índice remissivo

Lara Nakazone Soares 42 Letícia Martins Cunha 45 Lola Alimi 55 Luis Diego Aguilar Campos 34 Luisa Lemes de Queirós Mattoso 54 Luiz Gustavo Bertocchi Alves da Silva 33 Luiza Chiachiri 32 Maddalena Boscolo 24 Marco Felipe Parra Gómez 22 Maria Chiara Catapano 30 Mariya Pichurina 46 Mirella Marques de Oliveira 53 Monaliza Izidorio Pinheiro 59 Paula Brazão Gerencer 26 Patrick Alexander De Simone 35 Pedro Henrique de Moura Simplício 41 Poleth García Pérez 37 Radia Tazi Saoud 38 Valentine Schneider 39


Estúdio Quatro volume II/II Impressão: LPG FAU USP

80

Tipologia: Roboto Condensed Número de Páginas: 80 Papel Capa Reciclato 90 g Papel Miolo: jornal 75 g Tiragem: 150 volumes Formato: 31 X 22.5 cm

Fotografias: Luiz Sakata

A diagramação dos projetos foi realizada pelos monitores de Graduação e Pós, a partir do material enviado pelos estudantes. O conteúdo das imagens e textos dos projetos é responsabilidade de seus respectivos autores. dezembro de 2018


alexandre delijaicov angelo bucci antonio barossi luciano margotto rodrigo queiroz

publicação aup 162 fauusp 2018


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.