Jornal da UFOPA - Ano I - N.2

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UFOPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ Foto: Maria Lúcia Morais

Ano I, Nº 5 - Santarém - Pará, outubro de 2011

O primeiro prédio construído para a UFOPA Situado na entrada do Campus Tapajós, o prédio, que foi construído para abrigar o Centro de Formação Interdisciplinar, já está sendo utilizado pela comunidade acadêmica. Página 5

Ensino

Parceria

Entrevista

Parcerias com a USP e a Unicamp

Processo seletivo indígena em discussão

Seleção para Mestrado em Recursos Aquáticos Amazônicos

Além de firmar coorperação técnica com a USP, UFOPA participa de debate sobre a Amazônia na Unicamp.

Representantes das populações indígenas participaram do encontro, promovido pela Comissão de Elaboração do Processo Página 8

A inscrição para a seleção ao curso começa no dia 1º de novembro de 2011. Página 3

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UFOPA implanta Conselho Universitário Pro Tempore Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o princípio da gestão democrática, que assegura a existência de órgãos colegiados deliberativos, com a participação de segmentos da comunidade acadêmica, em instituições públicas de ensino superior do país, o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, oficializou, no dia 23 de agosto de 2011, a criação do Conselho Universitário Pro Tempore (Consun), que atuará, em caráter de transição, como órgão superior em funções normativas, deliberativas e de planejamento da nova universidade. De acordo com a Portaria nº 1.245, aprovada durante a reunião de criação do Consun, o Conselho Universitário Pro Tempore

da UFOPA deverá deliberar sobre a organização da estrutura institucional e da forma de funcionamento da universidade, observando o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. O Conselho também deverá ser responsável pela aprovação do estatuto da Universidade e das demais normas pertinentes, assim como deverá decidir sobre assuntos acadêmicos, administrativos e de gestão financeira, orçamentária, patrimonial e disciplinar, inclusive com a função de contribuir para a organização da área acadêmica e curricular da Universidade. Presidido pelo reitor, o Consun terá, em sua composição, membros da Administração

Comitê avalia ética em pesquisa Órgão vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (PROPPIT), o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFOPA é um colegiado interdisciplinar e independente, que visa a contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro dos padrões éticos. O CEP foi criado por meio da Portaria nº 1.263, de 12 de agosto de 2011, e entre seus nove integrantes estão biólogos, médicos, sociólogos, pedagogo e bacharel em direito. O Comitê tem por missão “salvaguardar os direitos e a dignidade dos sujeitos da pesquisa, contribuir para a qualidade da pesquisa e para a discussão do papel da pesquisa no desenvolvimento institucional e no desenvolvimento social da comunidade”. Outro objetivo é valorizar o pesquisador, que recebe o reconhecimento de que sua pesquisa é eticamente adequada. Ao contrário do que muita gente imagina, nem só as pesquisas na área da saúde, mas também as pesquisas desenvolvidas nas áreas das ciências humanas, envolvem seres humanos. “Estamos cumprindo uma exigência internacional, que prevê que toda pesquisa envolvendo seres humanos deve estar de acordo com requisitos éticos. Na universidade já temos em andamento diversas pesquisas envolvendo seres humanos e, a partir da implementação do comitê, todas as pesquisas desenvolvidas na UFOPA deverão passar pelo CEP”, ressalta a diretora de Pesquisa da UFOPA, Profa. Ediene Pena. O próximo passo será a eleição da diretoria e a aprovação do estatuto, que estará em consonância com as regras do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Ediene Pena informou ainda que, em breve, deverá ser criado outro comitê para regular as pesquisas com animais. Entre as atribuições do CEP estão as de revisar todos os protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos e decidir sobre decisões éticas pertinentes às Resoluções 196/96 e 251/97 do Conselho Nacional de Saúde; acompanhar os projetos em curso por meio dos relatórios anuais dos pesquisadores; desempenhar papel consultivo e educativo fomentando a reflexão em torno da ética na ciência, por meio da realização de seminários, palestras, jornadas, cursos e estudos de protocolos de pesquisas.

Expediente

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diretores de institutos, além de três representantes do corpo docente, três do discente e três do quadro de técnicos administrativos, escolhidos por seus pares através de eleições diretas e secretas. O processo eleitoral será normatizado por regimentos próprios de cada categoria e coordenado por comissões eleitorais distintas, constituídas por suas respectivas categorias. Através da Portaria nº 1250, de 3 de agosto de 2011, a servidora Alda Maria Lima Fernandes foi nomeada secretária geral do Consun, sendo responsável, a partir desta data, pela coordenação administrativa do Conselho.

Integrantes do Comitê de Ética em Pesquisa da UFOPA Bruno Alberto Paracampo Miléo (bacharel em Direito) Delma Pessanha Neves (socióloga) Ronald David Henn (representante dos usuários) José Reinaldo Pacheco Peleja (biólogo) Kedson Alessandrini Lobo Neves (médico veterinário) Luís Reginaldo Ribeiro Rodrigues (biólogo) Nádia Valéria Berretta M. Alves (médica) Solange Helena Ximenes Rocha (pedagoga) Valda Maria Ramos Pimentel (representante dos usuários)

Universidade Federal do Oeste do Pará Reitor: José Seixas Lourenço | Vice-Reitor: Clodoaldo Alcino Andrade dos Santos | Pró-Reitor de Ensino de Graduação: José Antônio de Oliveira Aquino |Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica: Marcos Ximenes Ponte | Pró-Reitor de Planejamento Institucional: Aldo Gomes Queiroz | Pró-Reitora de Administração: Arlete Moraes Coordenadora de Comunicação: Maria Lúcia Morais | Jornalistas Responsáveis: Lenne Santos (DRT-PR 3413) e Maria Lúcia Morais (DRT-MG 6261) | Revisão: Júlio César da Assunção Pedrosa | Fotos: Lenne Santos, Luciana Leal, Maria Lúcia Morais, Antonio Scarpinetti| Diagramação: Luciana Leal Universidade Federal do Oeste do Pará - Campus Tapajós - Coordenação de Comunicação - R. Vera Paz, s/n - Salé - CEP 68135-110 - Santarém – Pará | Comentários, críticas e sugestões: comunicaufopa@gmail.com - (93) 2101-4922 | www.ufopa.edu.br | Twitter: @ufopa | Facebook: www.facebook.com/pages/Universidade-Federal-do-Oeste-do-Pará-UFOPA/


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Inscrição para seleção do Mestrado em Recursos Aquáticos Amazônicos começa em novembro O Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) inicia, a partir do dia 1º de novembro de 2011, as inscrições para o processo de seleção e admissão ao curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos (PPG-RACAM), que tem uma área de concentração - “Ciência e tecnologia das águas interiores amazônicas” - e duas linhas de pesquisas: “Limnologia amazônica” e “Conservação e biodiversidade de recursos aquáticos amazônicos”. São oferecidas 10 vagas, não havendo obrigatoriedade de preenchimento de sua totalidade. Podem inscrever-se graduados em Ciências Biológicas, Ecologia, Engenharia de Pesca, Engenharia de Aquicultura e áreas afins, em instituições reconhecidas pelo MEC. Será aceita também a inscrição de concluintes de curso de graduação, desde que haja a conclusão da graduação até a data de efetivação da matrícula. A inscrição será realizada até o dia 9 de dezembro de 2011, através do e-mail pgracam@gmail.com ou pessoalmente na Secretaria do ICTA, no Campus Tapajós da UFOPA. As provas de seleção serão aplicadas nas cidades de Santarém (PA), Belém (PA) e Manaus (AM). Mais informações no edital de seleção, disponível no endereço eletrônico www.ufopa.edu.br

Informática e Geotecnologia são temas de Simpósio A UFOPA, em parceria com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), realizará no período de 17 a 21 de outubro, no Campus Tapajós, a primeira edição do Simpósio de Informática e Geotecnologia de Santarém (SIGES), evento multidisciplinar que abordará a temática “ Tecnologia da Informação e Geotecnologia para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”. Com palestras, minicursos e apresentação de trabalhos científi

cos, o evento contará com a participação e cooperação de instituições reconhecidas por suas atuações no âmbito regional, nacional e internacional, como IFPA, IBAMA, IESPES, INPA, LBA,CEULS/ULBRA, FIT, dentre outras. Durante o evento serão discutidos t e m a s c o m o “A p l i c a ç õ e s d o Sensoriamento remoto na Amazônia”, “ Te c n o l o g i a s L i m p a s P a r a o Desenvolvimento Sustentável da A m a zô n i a ”, “ C o m p u ta ç ã o e m Nuvem”, “Sustentabilidade em TIC”,

UFOPA

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Circular U FOPA

? O Prof. Dr. Rodrigo da Silva, do Instituto de Engenharia e Geociências, é o mais novo membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC), instituição que desde 1916 contribui para o desenvolvimento científico do país e para a interação entre os cientistas brasileiros. A diplomação ocorreu no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no dia 22 de setembro, durante o seminário “Ciência na Amazônia”. Durante a cerimônia também foram diplomados os pesquisadores Ana Carla dos Santos Bruno, do Inpa; Carlos Gustavo Nunes da Silva, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Eduardo Freire Nakamura, da Fucapi; e Marcelo Cancela Lisboa Cohen, da Universidade F e d e r a l d o P a r á ( U F PA ) . ? Termina no dia 31 de outubro a inscrição da seleção para concessão de bolsas sanduíches de graduação no exterior. As bolsas são destinadas a alunos de graduação que estejam envolvidos em projetos de iniciação científica e tenham integralizado, no mínimo, 40% dos créditos previstos em seu curso. Os interessados devem comparecer à secretaria da PROPPIT, no Campus Tapajós, para efetuar a inscrição. A seleção ocorrerá de 1º a 4 de novembro e o resultado do processo está previsto para 7 de novembro. As bolsas serão concedidas a partir de março de 2012. ? A especialização em Manejo de

Florestas Tropicais, do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF), inicia suas atividades acadêmicas no dia 24 de outubro. Com duração de 13 meses em regime presencial, o curso é destinado a profissionais de instituições federais ou estaduais que exerçam atividades relacionadas à gestão, uso e/ou regulação de recursos naturais.


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Alunos do PPGRNA têm aula na Flona do Tapajós

Foto: Lenne Santos

A turma - formada por 17 alunos - conheceu a torre de meteorologia, onde estão instalados equipamentos, percorreu a pé parte da floresta e subiu na torre multiuso, com 40 metros de altura, onde são realizadas as observações do experimento. “Ver e sentir a informação de perto é muito mais interessante e o aprendizado é maior”, afirma a mestranda Aracely Liberal Lopez.

Professor do Instituto Federal Tecnológico do Pará (IFPA) em Santarém, o mestrando Anderson Ferreira acredita que a utilização dessa metodologia contribuirá para melhorar sua atuação em sala de aula. “Sair do padrão 'quadro negro e giz' é muito interessante. Aqui conhecemos como são coletados os dados que analisamos durante nossas aulas na UFOPA. Estamos aliando a teoria à prática, e isso para alunos de um curso técnico é muito mais atrativo. Vou adotar essa metodologia durante minhas aulas”. “Mostrar aos alunos como se faz coleta de dados, as dificuldades enfrentadas nesses processos, principalmente no que se refere à manutenção dos equipamentos, os cuidados que se deve ter com essas coletas para que os dados não sejam alterados – tudo isso foi o que quisemos mostrar aqui aos alunos. Afinal, parte dos dados coletados no Experimento LBA é utilizado nas aulas teóricas da disciplina Clima e Meio Ambiente, que é obrigatória do PPGRNA”, afirmou o Prof. Lola da Costa, responsável pela atividade.

Foto: Maria Lúcia Morais

Integrantes da turma 2011 do Programa de PósGraduação em Recursos Naturais da Amazônia (PPGRNA) da UFOPA participaram, em agosto, de uma aula prática na Floresta Nacional do Tapajós, como parte das atividades da disciplina “Clima e Meio Ambiente”, ministrada pelo Prof. Dr. Antonio Carlos Lola da Costa, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Os alunos conheceram de perto o LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia, situado no km 67 da BR-163, onde são coletadas informações sobre o clima da região destinadas a uma base de dados mundial.

Oficina qualifica pescadoras da bacia do Tapajós Pescadoras do município de Santarém participaram, em agosto, da 1ª Oficina de Beneficiamento do Pescado na Bacia do Tapajós. Promovida pela UFOPA, no Campus Tapajós, a atividade capacitou 30 aquicultoras filiadas à Associação de Mulheres Pescadoras, Agricultoras e Artesãs (Amupaa). A iniciativa tem como finalidade diversificar a renda destas trabalhadoras, a partir da socialização de processos e tecnologias voltados para o melhor aproveitamento do pescado regional. Financiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e pela Assessoria Especial de Gênero, Raça e Etnia (AEGRE), a oficina foi ministrada pelo pesquisador Nilson Carvalho, doutor em Tecnologia do Pescado, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). “Essa oficina é um primeiro encontro para que elas conheçam uma utilização diferente do pescado regional”, explica. “Durante dois dias, fizemos alguns produtos com peixes regionais, como picles, salsicha de aruanã, hamburguer de aracu, enfim, uma infinidade de coisas que podem ser feitas tanto de forma artesanal quanto industrial”. “A UFOPA está de parabéns por trazer esse curso para Santarém. Vamos ser multiplicadoras para outras associações que queiram aprender essas técnicas”, comemora Dorenilce Maria Rodrigues Galúcio, presidente da Amupaa. “Aprendemos a fazer várias coisas que não tínhamos nem ideia. O filé do charuto foi uma surpresa para nós, que já vendemos o charuto como tira-gosto na praia do Maracanã. São técnicas simples, que não levam muito produto, nada químico”. A atividade integra o projeto “Fortalecimento das Organizações Produtivas de Agroextrativistas e Pescadoras do Baixo Amazonas", que tem por objetivo promover o desenvolvimento local de organizações feministas rurais da Bacia do Tapajós. “A oficina visa à qualificação do trabalho feminino para o desenvolvimento rural da bacia do Tapajós”, explica a coordenadora do projeto, Profa. Patrícia Chaves de Oliveira, do Laboratório de Estudos de Ecossistemas Amazônicos, vinculado ao Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF).


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Novo prédio é utilizado pela comunidade acadêmica

Fotos: Luciana Leal

A UFOPA iniciou o segundo semestre letivo em casa nova. Situada na entrada do Campus Tapajós, a primeira edificação construída para atender às demandas da jovem universidade possui 20 salas de aula e dois auditórios, com capacidade para 600 pessoas. Construído para abrigar o Centro de Formação Interdisciplinar (CFI), o prédio já está sendo utilizado por diversos segmentos da comunidade acadêmica.

Prédio em 3 de junho de 2011

“É um dia muito especial para todos nós, não só pelo início do semestre letivo, como também por estarmos disponibilizando novas instalações, em fase final de conclusão, para nosso alunado”, afirmou o reitor da UFOPA, Prof. José Seixas Lourenço, durante a recepção aberta à comunidade, realizada no dia 22 de agosto, no

Prédio em 12 de julho de 2011

auditório do novo prédio. “Agora os alunos passarão pela Formação Interdisciplinar II, nos institutos temáticos da UFOPA, onde terão a oportunidade de iniciar, de fato, seus cursos, dentro do novo modelo acadêmico adotado pela universidade”. “Esse é o primeiro prédio realmente construído para essa instituição”,

afirmou o pró-reitor de Ensino de Graduação, Prof. José Oliveira Aquino, durante o encontro com os estudantes. “Ele é um indicativo de como a infraestrutura desta universidade está sendo planejada”. Neste segundo semestre, os alunos oriundos do Centro de Formação Interdisciplinar (CFI) – que cursaram o primeiro semestre letivo, denominado Formação Interdisciplinar I, no Amazônia Boulevard – passaram a estudar no novo prédio, nas salas situadas no andar superior. No andar térreo, foram disponibilizadas dez salas de aula para turmas dos alunos veteranos dos cursos de Biologia, Matemática, Física Ambiental e Sistemas de Informação, além dos discentes do Programa de PósGraduação em Recursos Naturais da Amazônia (PGRNA).

Recepção aberta à comunidade acadêmica marca retorno às atividades acadêmicas “Esses números são importantes porque mostram os avanços alcançados pela universidade em apenas um ano de existência”, afirmou o reitor. “Temos uma estrutura acadêmica sólida, baseada na interdisciplinaridade e na educação continuada, com uma diversidade significativa de cursos e corpo de servidores bem qualificado”. O reitor destacou o empenho da Administração Superior no sentido de consolidar a infraestrutura dos campi Rondon e Tapajós, em Santarém. “Estamos fazendo investimentos consideráveis, na ordem de 30 milhões de reais, para consolidar os dois campi Fotos: comunicação UFOPA

Durante o encontro com a comunidade acadêmica, realizado no dia 22 de agosto de 2011, o Pró-reitor de Ensino de Graduação, José Oliveira Aquino, fez menção especial aos alunos do Centro de Formação Interdisciplinar que obtiveram os melhores resultados na Formação Interdisciplinar 1: Jorge Kysnney Santos Kamassury, Jozinei Ferreira Lopes e Diny Silvane Teixeira e Silva, todos alunos que optaram pelo Instituto de Engenharia e Geociências (IEG). Também ficaram em primeiro lugar na classificação por institutos as alunas Diana Coelho de Amorim, do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF); Nayara Ramires Mota de Sousa, do Instituto de Ciências da Educação (ICED); Suelen Maria Costa Monteiro, do Instituto de Ciências da Sociedade (ICS); e Djanira Rodrigues Leão, do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA). O reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, fez uma apresentação sobre a situação atual da universidade, que já possui mais de seis mil alunos - incluindo os discentes de graduação e pós-graduação -, 228 técnicos administrativos e 223 professores (137 mestres e 82 doutores).

de Santarém”. Ele falou ainda sobre o desafio de consolidar a universidade nos municípios polos do Oeste do Pará, onde também serão construídos campi da UFOPA: Itaituba, Juruti, Oriximiná, Óbidos, Alenquer e Monte Alegre. “Desde o início essa é uma universidade que se propõe a ser multicâmpus. Nesse sentido, a gente se propõe, ao longo dos próximos dois anos, a consolidar os campi nos outros municípios do Oeste do Pará, onde já temos uma forte atuação por meio do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor)”.


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Formatura das turmas de Direito e Engenharia Florestal Aconteceu no dia 23 de setembro de 2011, no Auditório do Centro de Formação Interdisciplinar, Campus Tapajós, a cerimônia de formatura dos cursos de Bacharelado em Direito (Turma de 2006, com 34 alunos) e Bacharelado em Engenharia Florestal (Turma de 2007, com 22 alunos). A cerimônia de outorga de grau foi presidida pelo vice-reitor da UFOPA, Prof. Dr. Clodoaldo Alcino Andrade dos Santos, que também foi um dos professores homenageados pelos alunos da turma de Engenharia Florestal.

Turma de Direito

Turma de Engenharia Florestal

Universidade debate conflitos socioambientais do Brasil e da Colômbia Estudos do projeto LAR (Terra, Água, Direitos) que estão sendo executados em comunidades do Brasil, na região do Oeste do Pará, e da Colômbia foram apresentados durante a I Conferência Internacional de Conflitos Socioambientais e Direitos Humanos nas Bacias dos Rios Tapajós (Brasil) e Cauca (Colômbia), realizada em agosto na UFOPA. O evento contou com a participação da comunidade acadêmica e de representantes da Universidade Nacional da Colômbia (UNC), Universidade de Utrecht da Holanda, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da ONG Amigos de la Tierra (CENSAT), da Colômbia. Analisar os mecanismos de acesso à terra e os conflitos socioambientais, que atingem as comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas localizadas no entorno de Santarém, é o foco dos dois projetos desenvolvidos pela UFOPA por meio do Instituto de Ciências da Sociedade (ICS) e do Instituto de Ciências e Tecnologias da Águas (ICTA). “Além das pesquisas, prestamos assessoria às comunidades”, informou a Profa. Lidiane Leão, coordenadora do Programa de Direito e uma das organizadoras do evento. Caracterizar a qualidade da água dos 29 igarapés que possuem bacias nas áreas de cultivo de soja é o objetivo do estudo, realizado há pelo menos um ano pelo ICTA. “Queremos saber qual a porcentagem da área de uma bacia que pode ser usada sem acarretar danos à água dos igarapés”, explica o coordenador do estudo, Prof. Reinaldo Peleja.

Bacharelado em Direito - 2006 Turma Profa. M.Sc. Lidiane Nascimento Leão Paraninfo: Prof. M.Sc. José Ronaldo Dias Campos Patrono: Prof. M.Sc. Antonio Éder John Sousa Coelho Orador: Alex Ferreira de Oliveira Juramentista: Wilder Kirliam Costa do Nascimento Formandos: 1.Alex Ferreira de Oliveira 2.Aline Figueiredo de Albuquerque 3.Ariane Bonadiman Angeli 4.Carlos Roberto Almeida da Silva 5.Celciane Malcher Pinto 6.Daniela Silva Salgado 7.Elvis Gonçalves Vieira 8.Flávio Fernando Nóvoa de Souza Lara 9.Florentina da Conceição Pereira Cruz 10.Francisco Moia Furtado 11.Jucineide Almeida Vieira 12.Juliana Minuzzi Niderauer 13.Katia Janice Busnello 14.Laurimárcio da Cruz Figueira 15.Leticia Aprigio Lima 16.Livia Mariane Carmo Bastos 17.Louise Caroline Figueira Batista 18.Luiz Carlos Miranda de Oliveira 19.Mábio da Silva Furtado 20.Maira da Silca Alho Mota 21.Marilia Queiroz do Carmo 22.Nadson Seixas de Sousa 23.Nathalia Gabrielli Mota Silva Santos 24.Paulo Ricardo de Andrade Aguiar 25.Pedro Renan Cajado Brasil 26.Rafaela Assia Lima 27.Raimundo Cleiton Ramos da Silva 28.Raimundo Nelson Santos de Sousa 29.Ramon da Silva Santos 30.Rodrigo Denis Nascimento De Sousa

31.Silvio Félix Gomes Fonseca 32.Tatiana Andrea Lobato 33.Tayanne Perpétua de Matos Macedo 34.Wilder Kirliam Costa do Nascimento

Engenharia Florestal - 2007 Turma Prof. Dr. Clodoaldo Alcino Andrade dos Santos Paraninfa: Prof. Dra. Lia de Oliveira Mello Patrono: Dep. Estadual Airton Faleiro Orador: Fernando Wallase Carvalho de Andrade Juramentista: Claúdia da Costa Cardoso Formandos: 1.Adriane dos Santos Betcel Vasconcelos 2.Alírio Tenório Furtado Neto 3.Allan Monteiro da Silva 4.Amanda Nunes Figueira 5.Andressa Andréia Sarrazin Farias 6.Antônio Willians P. Ferreira 7.Augusto César Meneses Sousa 8.Bruna Naiara Garcia 9.Cinthia Karen Maduro Couto 10.Claúdia da Costa Cardoso 11.Fernando Wallase Carvalho Andrade 12.Hérberto Ueno Seelig de Souza 13.Humberto Figueira Barbosa 14.Jéssica Lira Pereira 15.Kilsiane da Costa Corrêa 16.Lyvia Julienne Sousa Rêgo 17.Zara Gisele Correa Siqueira 18.Mariane Costa Vasconcelos 19.Odeilson Hilário Figueira 20.Paula Caroline Rocha de Araújo 21.Paula Pereira da Silva 22.Pedro Leôncio X. da Costa

Criminologia verde - Integrantes de comunidades que estão envolvidas em conflitos ambientais e lideranças ameaçadas de morte também apresentaram suas experiências durante o encontro. Adenilson Alves de Sousa, 21 anos, da etnia Borari, vive na comunidade Novo Lugar (Gleba Nova Olinda 1) às margens do Rio Maró, nas proximidades da divisa entre os municípios de Santarém e Juruti. A vida para ele é uma “constante tensão”. “Os madeireiros retiram madeira da nossa terra; eles têm plano de manejo, ou seja, autorização da secretaria de meio ambiente. A atividade não é ilegal, mas prejudica nossa comunidade, que vive da caça e da pesca”, lamenta. Para Tim Boekhout van Solinge, criminologista da Universidade de Utrecht (Holanda), a reclamação de Adenilson enquadra-se no que ele classifica de criminologia verde. “Na administração de conflitos não é suficiente diferenciar o que é legal do que é ilegal. As leis mudam com o passar do tempo. É necessário isolar as ações que causam danos, vitimas, ou seja, prejudicam tanto o meio ambiente quanto as pessoas. Esse é o campo de estudo da criminologia, um tema cada vez mais recorrente no mundo”. O projeto LAR é financiado pela Organização Nacional de Pesquisa Científica da Holanda (NWO), em conjunto com o Ministério das Relações Internacionais daquele país, por meio do programa especial de conflitos que envolvem recursos naturais. Os estudos que estão sendo realizados concomitantemente no Brasil e na Colômbia abordam três temas centrais: a monocultura, as hidrelétricas e a exploração mineral.


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Seixas Lourenço, reitor da UFOPA

Foto: Antonio Scarpinetti/Ascom Unicamp

Sobre uma foto que retrata a imensidão das matas amazônicas, a frase antecipa uma espécie de propaganda, não menos autêntica: “UFOPA - onde o laboratório é a floresta Amazônica”. Com este slogan, o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, deu início à apresentação de abertura do Fórum Permanente sobre a Amazônia e o desafio brasileiro do século 21, realizado no dia 6 de setembro de 2011, no Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas (SP). Promovido pela Unicamp, o Fórum discutiu questões prementes sobre a geração de conhecimentos para o desenvolvimento da Amazônia, em consonância com a sustentabilidade e a defesa do meio ambiente. A educação superior na região foi um dos temas discutidos no evento. “Apesar dos esforços, os índices educacionais e de desenvolvimento humano na Amazônia estão abaixo da média nacional”, reconheceu Seixas Lourenço, que participou do evento com o objetivo de “fortalecer a cooperação desta renomada instituição com a nossa jovem universidade do Pará”. O reitor da Unicamp, Fernando Ferreira Costa, também participou do evento, organizado pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), Pró-Reitoria de Graduação (PRG), Instituto de Geociências (IG) e Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam). Ele ressaltou que a “Amazônia brasileira é um desafio estratégico para o nosso país e seu desenvolvimento não pode prescindir da participação efetiva das universidades brasileiras. Posso dizer que a Unicamp já tem uma participação relevante em estudos relacionados à Amazônia”. Marcelo Knobel, da PRG, afirmou que “são impressionantes os desafios que têm que ser vencidos pela Universidade Federal, situada num lugar tão complexo como a Amazônia. Acho que temos muito para aprender e para colaborar também, seja no ponto de vista científico ou mesmo didático-pedagógico”. Paraense, o professor Bernardino Figueiredo, do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp e docente visitante da UFOPA, disse que o Fórum, “realizado pela primeira vez na Unicamp, toca em questões candentes como a Amazônia, a sua história e a Conferência Rio+20”. O evento, lembrou, irá reunir as opiniões de como a região deverá ser discutida e apresentada na Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a ser realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro.

Foto: Antonio Scarpinetti/Ascom Unicamp

Fórum discute geração de conhecimentos para desenvolvimento da Amazônia

Bernardino Figueiredo, professor da Unicamp

Universidades devem ampliar cooperação Durante sua visita à Unicamp, o reitor da UFOPA participou de um encontro com docentes, pesquisadores e representantes de diversas unidades no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam). Depois seguiu para uma reunião com o reitor da Unicamp, Fernando Costa, com a participação dos docentes Carlos Alfredo Joly, do Instituto de Biologia; Lauro Barata, professor aposentado do Instituto de Química, e Pedro Paulo Funari, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, atual coordenador do Centro de Estudos Avançados (CEAv). Sobre a reunião com pesquisadores e docentes da Unicamp, Seixas Lourenço comentou estar surpreso “ao ver que vários grupos já têm pesquisas realizadas na Amazônia, não necessariamente de uma maneira formal”. Segundo ele, o acordo de

cooperação, já em tramitação na Unicamp, deverá propiciar um maior apoio institucional. “Pretendemos envolver as fundações de amparo à pesquisa e agências de fomento, no sentido de juntar esforços para implementar uma cooperação nacional tendo como foco a Amazônia central”. Durante a reunião, vários docentes se colocaram à disposição para ajudar a consolidar a cooperação entre as duas universidades. Situada no coração da Amazônia, a UFOPA está chamando a atenção dos pesquisadores pela localização e também pela interdisciplinaridade. Já há casos de docentes da Unicamp que estão atuando na UFOPA como professores visitantes, como Lauro Barata, do Instituto de Química (IQ), e Bernardino Ribeiro de Figueiredo, licenciado do

Instituto de Geociências (IG). Mas a parceria da Unicamp com o estado do Pará é bem mais antiga, conforme lembra Carlos Alfredo Joly, atual diretor do Departamento de Políticas e Programas Temáticos do Ministério da Ciência e Tecnologia. “Nos anos 80 o curso de pós-graduação em Ecologia do IB da Unicamp já oferecia a disciplina de campo da Amazônia, na Serra dos Carajás, em uma parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi, na época dirigido pelo professor Seixas”. De acordo com Joly, também houve na ocasião a estruturação de uma série de pesquisas em cooperação com a Unicamp. “O professor Seixas está retomando esses contatos”, salientou. Fonte: Ascom Unicamp

UFOPA e USP celebram acordo de cooperação técnica A UFOPA e a Universidade de São Paulo (USP) firmaram acordo de cooperação técnica, científica, acadêmica e cultural para o desenvolvimento de ações de caráter de ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços em áreas de mútuo interesse. O documento foi assinado no dia 8 de setembro de 2011, em São Paulo (SP), pelo reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, e pelo Superintendente de Relações Institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa. De acordo com o documento, a cooperação visa “à conjugação de esforços no sentido de trocar informações técnicas e de desenvolver projetos, estudos e serviços técnicos de forma integrada, de acordo com a natureza e os objetivos formais das instituições signatárias”.


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Encontro define as regras do processo seletivo indígena “Estamos hoje aqui buscando parceria com a universidade, devido às dificuldades que os alunos indígenas enfrentam para se manter na cidade”, afirmou o cacique da aldeia Muratuba, Hipólito Silva, representante dos povos Tupinambá da Resex Tapajós-Arapiuns, durante o Encontro Preparatório do Processo Seletivo Especial para Indígenas 2012 da UFOPA, realizado nos dias 26 e 27 de setembro, em Santarém (PA). Promovido pela Comissão de Elaboração do Processo Seletivo Indígena, o evento teve por objetivo planejar o processo seletivo e definir as diretrizes que nortearão a elaboração do edital de seleção, a partir do diálogo democrático com estudantes, lideranças e membros de comunidades indígenas. “Queremos sair daqui com uma solução para o processo seletivo indígena. Nós, do Tapajós-Arapiuns, também estamos aqui para lutar por uma escola diferenciada na nossa aldeia”, afirmou Hipólito Silva, que também é membro do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns (CITA). “Queremos um posto de educação superior na nossa aldeia, com curso modular e intervalar, devido à dificuldade dos alunos se manterem na cidade”. Para o pró-reitor de Ensino de Graduação da UFOPA, Prof. José Oliveira Aquino, o encontro com os representantes e lideranças indígenas é essencial para nortear a política educacional de ação afirmativa da universidade. “Com a contribuição das comunidades indígenas, estamos iniciando um processo inovador, não apenas de acesso à universidade, mas principalmente para a permanência dos alunos. A universidade precisa desse retorno da comunidade para sua construção democrática”, afirma Aquino. Com relação à reivindicação de cursos de graduação nas aldeias, o pró-reitor explicou que a universidade já está analisando algumas possibilidades que serão discutidas nos próximos encontros. “Também queremos atuar dessa forma”. Na abertura do encontro, a profa.

Foto: Maria Lúcia Morais

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Hipólito Silva, cacique da aldeia Muratuba

Luciana Carvalho, da Comissão de Elaboração do Processo Seletivo Indígena, fez uma retrospectiva dos processos seletivos realizados nos anos de 2010 e 2011, ainda sob a tutela da Universidade Federal do Pará (UFPA). “Espero que tenhamos um número bem maior de indígenas inscritos e aprovados no processo seletivo de 2012”, afirmou a antropóloga durante os esclarecimentos à comunidade indígena. “Apesar dos atropelos, tivemos uma boa surpresa, pois metade dos alunos indígenas que i n g re s s a ra m e ste a n o n a U FO PA conseguiram se classificar, em primeira opção, em institutos concorridos”. Luciana Carvalho também explicou sobre a escolha das quatro temáticas debatidas nos grupos de trabalho: Acesso e Permanência; Ensino Superior na UFOPA; Aldeia, Cidade e Universidade; Projeto e Pertencimento. “Os temas dos GTs refletem as dificuldades

que enfrentamos no edital passado”. Comissão - Constituída para atuar no p l a n e j a m e n t o, c o o r d e n a ç ã o, atendimento, avaliação e seleção do processo seletivo indígena 2012, a Comissão de Elaboração do Processo Seletivo Indígena da UFOPA é composta pelos professores Myrian Sá Leitão Barbosa (presidente), Carla Ramos (vice-presidente), Luciana Gonçalves de Carvalho, Bruno A l b e r t o Pa ra c a m p o M i l é o e Aguinaldo Rodrigues Gomes; e pelos técnicos administrativos Ângela Rocha dos Santos e Haroldo César Sousa de Andrade, da PROEN. “A criação dessa comissão é uma experiência inovadora. A nossa meta não é apenas o processo seletivo, mas também o acompanhamento do aluno indígena dentro da instituição”, explica o Prof. José Oliveira Aquino.


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