Escritores e os projetos de emancipação

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Escritores e os projetos de emancipação Rita Chaves

A história da literatura no continente africano pode ser vista como um roteiro trilhado pela necessidade de articular diferenças e, não raro, harmonizar contrários. Protagonizada por indivíduos ou grupos que de algum modo estavam próximos das elites, a atividade literária se consolida acercando-se do desejo de exprimir sentimentos e projetos associados à imensa parcela de excluídos pelo poder colonial. Desejando se organizar como a voz dos marginalizados, os escritores africanos em sua imensa maioria, sobretudo a partir das primeiras décadas do século XX, empenhados nos processos de libertação que irrompem no continente, veem-se, ao mesmo tempo, integrados em movimentos de valorização de um patrimônio que, em muitos casos, chega ao continente pelas mãos do invasor. Ou seja, mesmo se corteja as linhas da tradição oral, a prática literária se atualiza na escrita, código cultural visto como superior no quadro de hierarquização que foi um pilar do sistema colonial. Se, por um lado, tal associação aos processos libertários e/ou emancipatórios condicionou os caminhos percorridos, por outro lado, os resultados do seu trabalho apontam para a capacidade de multiplicar procedimentos estéticos que exprimam a rica diversidade do universo que deveriam representar. Diante da complexa história vivida pelos africanos, não há dúvida de que os escritores dos

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países ocupados pelo colonialismo viram-se inapelavelmente situados num lugar de confronto, onde de cada lado alinhavam-se forças opostas, inscritas no espaço da contradição — esse grande signo, sob o qual se organizam os modos de ver, estar e pensar o mundo dominado pela condição colonial. Como expressão cultural, a literatura procurou incorporar os sinais que decorrem dessa relação; como atores privilegiados desse processo, os escritores procuraram, com uma extraordinária dose de lucidez, lidar com as antinomias geradas nesses contextos, assumindo a convicção de que o desconforto de estar entre dois mundos define-se como uma prática de vida que, convertida em linguagem, deveria levar o texto literário a projetar a força da situação da qual surge. Na expressão desses dois lados podemos identificar vários pares dilemáticos capazes de refletir o caráter inconciliável dos aspectos que compõem o quadro em questão. Podemos, assim, falar em passado e presente, em interno e externo, em consciência e alienação, em assimilação e raiz, em negro e branco, em oral e escrita, em campo e cidade, em colônia e metrópole, em tradição e modernidade. A lista seguiria ainda, se o essencial aqui não fosse abordar o lugar do escritor em contextos especialmente povoados pelas contradições e observar sua atuação no necessário processo de desorganizar esquemas fechados e abrir novas possibilidades de ver o homem e sua inserção na história. Ressaltando as singularidades que remarcam os diferentes processos, inclusive pelo descompasso temporal que distingue as histórias da África e da América, o contexto africano reencena, atenuando alguns fenômenos, acentuando outros, aquilo que se patenteou no universo cultural dos países do Novo Mundo e que facilmente se pode reconhecer no caso brasileiro. Referimo-nos aos vínculos estreitos que a nossa literatura estabelece com a realidade histórica do país, que na avaliação serena e categórica de Antonio Candido, constituiriam um traço demarcador da literatura europeia. Esse caráter vicário da atividade literária relaciona-se com a missão de promover o

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conhecimento e a apropriação do território que se torna medular em espaços marcados pela condição colonial. Sem deixar de reconhecer as especificidades dos variados processos literários, podemos observar que na maioria dos países africanos essa foi também uma marca. Em cenários distintos, a partir de procedimentos diversos, a atividade literária associou-se ao gesto de reinventar cada um dos países que a empresa colonial havia desenhado, o que significava participar vivamente da consolidação do sentimento nacionalista que seria a base das lutas pela independência. Em alguns espaços, ainda no século XIX, quando começavam a se formar as tendências que identificamos como nativistas, o papel da literatura já se anunciava. Nas primeiras décadas do século XX, o crescimento do nativismo seria, inclusive, responsável pelo aparecimento de obras escritas nas línguas nacionais. A efervescência cultural a que se assiste, sobretudo nos anos que sucederam a Segunda Guerra Mundial não foi acompanhada de uma produção literária em línguas africanas. A ruptura histórica que o colonialismo intensificara com as consequências das decisões tomadas na Conferência de Berlim décadas antes ganhava aí repercussões novas e profundas. Ao mesmo tempo em que a consciência reivindicatória se redimensionava, a formação das elites locais alimentavase de valores e instrumentos culturais mais afeitos ao universo dos invasores. Tal contradição, todavia, não apaga a energia do processo. Mesmo no idioma do colonizador, as obras refletiam o desejo de mudança e o compromisso com ideias libertárias. Essa proximidade, estabelecida desde muito cedo, entre a construção do projeto nacional e a formação do projeto literário fez com que muitas vezes os homens de letras adquirissem um papel de relevo no campo político. Os casos de Angola e do Senegal são belos exemplos. Agostinho Neto e Leopold Senghor, que presidiram seus países, valorizavam a literatura como instrumento de conscientização política e foram eles próprios poetas de relevo.

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Ainda que essa ligação entre os intelectuais e as lideranças políticas não se desse com a mesma intensidade em todo o continente, de um modo geral, a literatura incorporou uma espécie de missão, atribuindo-se o papel de recobrir as enormes fendas que o colonialismo havia plantado. Para os escritores a incomunicabilidade entre os vários segmentos que passaram a integrar um território comum revelava-se como um dos mais cruéis legados do sistema colonial, o que os levava a ver no exercício literário a possibilidade de intensificar um patrimônio comum que a história, mesmo à revelia, havia criado. A discriminação racial, a exploração desmedida e os processos de alienação cultural, marcos de uma experiência partilhada, convertiam-se em temas a serem tratados literariamente. O reforço dessa convergência seria uma estratégia importante para a libertação e movimentos político-culturais como o Pan-africanismo e a Negritude concebiam a literatura como uma aliada importante para a consecução de seus objetivos. O compromisso com a disseminação das ideias consideradas justas conferia à literatura um caráter de práxis, explicando-se dessa maneira a noção pedagógica que colocava no centro do debate o problema da comunicação como dado essencial em territórios dominados pela pluralidade linguística. Estabelecer pontes num espaço marcado pela divisão era um objetivo a ser perseguido e a questão da língua a ser adotada na produção dos textos precisava ser enfrentada com coragem, criatividade e pragmatismo. A decisão dividia escritores, gerando posições diferentes em função dos contextos e das idiossincrasias pessoais dos autores. Ainda hoje, quando as independências já somam décadas, essa não é uma questão pacífica. Porque vital na composição do universo sociocultural, esse debate a respeito do lugar das línguas europeias mobiliza inteligências de muitos países. Em alguns casos, a indignação dá o tom, como se nota na posição do queniano Ngugi wa Thiong´o (1987, p. 4-5):

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A escolha de uma língua, bem como o uso a que se destina é fundamental para a auto-afirmação dos povos em relação ao seu meio natural e social, na verdade, em relação ao universo inteiro, uma vez que a língua esteve sempre no centro das duas forças sociais em conflito na África do século XX. A contenda começou há cem anos atrás, quando em 1884 as potências capitalistas da Europa se sentaram em Berlim e retalharam o continente inteiro com uma multiplicidade de povos, culturas, línguas transformando-o em diferentes colônias [...] A divisão traçada em Berlim, sob a qual a África ainda hoje vive, foi, apesar das reivindicações de diplomatas que invocavam a bíblia, claramente econômica e política, mas também cultural. Berlim em 1884 concebeu a divisão da África nas diferentes línguas das potências européias. Os países africanos, como colônias e ainda hoje como neo-colônias, acabaram por ser definidos e por se definirem a si próprios por referência às línguas da Europa: países africanos de língua inglesa, de língua francesa ou de língua portuguesa.

Entretanto, é possível encontrar uma posição mais conciliadora, como a do nigeriano Chinua Achebe, um dos primeiros romancistas a optar pela língua do colonizador. Escreve em inglês o seu belíssimo Things fall apart, no qual aborda os sinais da desagregação dos valores tradicionais entre os ibos, o seu grupo étnico, situado no sudeste da Nigéria. Seu olhar crítico não envolvia com indignação a questão linguística. Encarava a aquisição da língua em princípio estrangeira dentro de um panorama que implicava outras aquisições associadas à construção da modernidade, como se pode depreender da afirmação abaixo: É claro que há zonas da África onde o colonialismo dividiu um pequeno grupo étnico entre duas ou mesmo três potências. Mas, de um modo geral, o colonialismo juntou muitos povos que até então vinham seguindo seus diferentes destinos e deu-lhes uma língua através da qual se poderiam falar entre si. Se não logrou proporcionar-lhes uma canção, pelo menos deu-lhes um idioma com que suspirar. Não há muitos países em África onde se possa

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abolir a língua das antigas potências coloniais mantendo ainda a facilidade de comunicação mútua. Portanto, aqueles escritores africanos que escolheram escrever em inglês, francês (ou português) não são oportunistas antipatrióticos que só espreitam a possibilidade de uma chance fora dos seus países. Eles são produto do mesmo processo que formou as novas Nações-Estado de África. (ACHEBE, 1975, p. 57, tradução nossa)

Estamos, sem dúvida, diante de leituras efetivamente diferentes do problema. A interessante radicalidade de Ngugi wa Thiong´o, o formidável autor de Carcaça para cães, que não renunciou a sua posição, não encontra muitos seguidores. Parece deparar-se com a ineroxabilidade de um desenvolvimento histórico que deixou poucas saídas para a atividade literária, e não só. Muito complexa, a situação à volta das línguas nacionais no contexto do estado-nação como projeto hegemônico no continente envolve também problemas de equilíbrio e desequilíbrio no quadro interno dos países, como recorda Gregório Firmino (2001, p. 21) ao analisar a “questão linguística”: A visão idílica de que as línguas africanas promovem o igualitarismo e neutralizam as desigualdades foi refutada pelos resultados da investigação, que mostram que o uso de algumas dessas línguas produz efeitos negativos comparáveis aos que usualmente se associam às línguas ex-coloniais. Por exemplo, Goyvaerts (1995) argumenta que a expansão do Lingala, como língua franca no Zaire está inserida na dinâmica das relações de poder resultantes da dominação económica e simbólica dos estratos sociais ligados às elites políticas em Kinshasa.

Para Manuel Rui, escritor angolano contemporâneo, a própria escrita, base da atividade literária concebida pela Europa e preponderante no patrimônio cultural hegemônico, desembarca em grande parte do continente africano como uma força negativa. Em notável elaboração, ele alerta para a falácia do chamado “encontro de culturas” que está no eixo de certos discursos coloniais, incluindo a visão

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luso-tropicalista de Gilberto Freyre que foi tão bem acolhida pelo colonialismo lusitano a partir dos anos 1960. E ainda ecoa na nostalgia dos filhos e netos do império. Enfatizando a violência da relação, Manuel Rui denuncia uma espécie de convergência entre a escrita e o canhão. Imposta num contexto de dominação, a escrita, como um código que subalterniza e exclui, fica privada daquela aura humanizadora que nos habituamos a destacar: Quando chegaste, mais velhos contavam estórias. Tudo estava no seu lugar. A água. O som. A luz. Na nossa harmonia. O texto oral. [...] É certo que podias ter pedido para ouvir e ver as estórias que os mais velhos contavam quando chegaste! Mas não! Preferiste disparar os canhões. [...] Mais tarde viria a constatar que detinhas mais outra arma poderosa além do canhão: a escrita. E que também sistematicamente no texto que fazias escrito intentavas destruir o meu texto ouvido e visto. (RUI, 1996, p. 308)

A consciência do perigo que a escrita significa não se traduz, entretanto, numa recusa absoluta. Se a força da tradição oral constituía, indiscutivelmente, uma matriz dominante no patrimônio cultural do continente, no quadro das contradições a que aludimos no início desse texto, os referenciais da modernização que se inscrevem nos projetos das independências acabam por conduzir às trilhas da escrita como via preferencial para expressão dos sonhos e modelos sociais a conquistar. Isso não significou uma renúncia total ao repertório e/ou aos procedimentos associados à oralidade, mas impôs aos escritores caminhos que pudessem dar conta da complexidade das relações que os universos representados por esse par dilemático estabeleciam. Contra a feição desagregadora da escrita, tão bem captada por Manuel Rui, era preciso buscar formas que fizessem da atividade literária instrumento positivo nos movimentos de libertação. As matrizes da oralidade assomavam como um legado a ser evocado num

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movimento que tinha como motivo a recordação da mesclagem de mundos que os africanos precisavam gerir na criação dos novos estados. Sob esse aspecto, nos países ocupados por Portugal, sem ignorar a dimensão do problema, os escritores assumiram a escrita em língua portuguesa como um instrumento a ser utilizado a seu favor. A nacionalização da língua trazida com a invasão seria um dos pressupostos para a conquista maior. Esse movimento de nacionalização traduziu-se num esforço para atribuir ao idioma conotado com a metrópole marcas que o tornassem também um espaço de angolanidade, de caboverdianidade, de moçambicanidade. Mais uma vez, é possível recorrer ao processo brasileiro para compreender o que se passou noutras partes do império lusitano. Sensibilizados pelas experiências do nosso Romantismo e do nosso Modernismo em suas propostas de incorporação da dominância popular da língua veiculada no país, os escritores viram no afastamento das normas identificadas com o padrão lusíada muitas vantagens para a expressão da cultura que queriam afirmar. As transgressões trabalhadas pelos poetas modernistas funcionaram como um elemento de estímulo às transgressões a serem operadas em seus textos. Como se pode notar, embora a forma de ver o problema não seja a mesma, em Chinua Achebe e em Manuel Rui, ressaltam os traços do pragmatismo que levou os africanos a aceitarem as fronteiras geográficas delimitadas pela Conferência de Berlim. Mas da certeza de que essa é uma espécie de área minada, decorrem a preocupação com o problema e a sua permanência no imaginário dos mais fecundos escritores. E do enfrentamento dos dilemas que a relação guarda têm nascido páginas belíssimas dessa literatura. Como na história literária de tantos contextos, também no continente africano a literatura inicia-se pela produção poética. É a poesia com sua impetuosidade que se vai oferecer como espaço de convocação para uma nova leitura do mundo, que vai procurar em novos modos de representação preparar no plano da linguagem a ruptura que se sonhava no terreno da política. A marca de resis-

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tência que recobre o exercício poético vai pautar os caminhos trilhados pelos poetas que procuram articular compromisso com originalidade, ao mesmo tempo em que investem no diálogo do local com o que se fazia nos espaços metropolitanos, fundando, muitas vezes, novos sentidos para procedimentos consagrados fora de seu espaço. É como podemos ver, por exemplo, o recurso à metalinguagem que no contexto do ocidente se associa, com frequência, a uma escolha do alheamento como forma de resistência à opacidade do mundo sob a égide do capitalismo, nos contextos africanos tende a se articular com um compromisso pedagógico que se traduz no cultivo da interlocução. O surgimento e consolidação da prosa narrativa também se faz tendo como vetor temático a crítica ao colonialismo e a necessidade de mudança. Tanto no conto como no romance, vamos encontrar a crença na palavra literária como elemento capaz de suscitar a análise da situação social e promover a transformação. A denúncia das iniquidades sociais, a vontade de construção de identidades refratárias à alienação que o sistema colonial impusera, com diferentes estratégias em função da diversidade dos projetos imperiais, a condenação da discriminação racial e a aposta em outras formas de sociedade compunham uma espécie de repertório sob o qual refletiam os escritores na produção de seus textos. A força da apropriação no campo do simbólico integrada pela literatura colonial, de certo modo, acionou a decisão de responder criativamente ao fenômeno. Os escritores investem, então, na capacidade de compor imagens que instituíssem outras formas de representação do homem africano, reconfigurando seu perfil e corrigindo, sobretudo, o sentido de ausência que o discurso imperial disseminava. Contrapondo-se às narrativas em que o sujeito é prevalentemente o homem branco, quase sempre em confronto com a natureza majestosa e/ou ameaçadora, as literaturas africanas colocam em cena, como sujeito, o homem africano, retirando-o do lugar de elemento cênico a que estava relegado. Contra a sua animalização, reificação ou

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mesmo absenteísmo, os escritores vão produzir páginas emblemáticas da mudança, impondo novas geografias. Exemplo importante da transformação está na supremacia do espaço trabalhada pelos autores, que ao “mato” cantado e decantado pelos narradores das gestas coloniais, opõem como referência simbólica à cidade, focalizada também como arena de combate entre projetos identitários. O fenômeno da exclusão manifesto na configuração dos espaços periféricos será largamente tematizado. Mais que isso, o espaço se converte em estrutura significativa, como, nos territórios ocupados por Portugal, podemos reconhecer o exemplo da Luanda, de José Luandino Vieira. A velha capital angolana, focalizada sobretudo em seus musseques, ergue-se como base geradora das imagens de resistência, fato com repercussão indiscutível no trabalho dos escritores e, consequentemente, na formação do sistema literário nacional. É o que defende Tania Macêdo (2008, p. 122, grifo do autor), ao argumentar: Assim, por meio da representação literária do musseque como centro da cidade da escrita, assiste-se não apenas a uma escolha estética por parte dos produtores culturais, mas também à construção de um completo modelo ideológico, caracterizando uma ‘imagem do mundo’ própria, nacional.

Principalmente em função do trabalho que realizaram com o espaço, as personagens e a linguagem, Luandino Vieira e os autores angolanos associados à chamada Geração de Cultura podem ser vistos como alguns dos formidáveis exemplos da relação que os escritores africanos estabeleceram com os projetos identitários que integrariam a luta pela libertação de seus países. Procurando não descuidar da dimensão imaginativa que a literatura deve carregar e potencializar no leitor, empenhados na construção das novas nações com que procuraram dar fim ao sistema colonial, em sua grande maioria, os escritores do continente assumiram, sem hesitação, o compromisso de fazer da vida literária um espaço de resistência e reinvenção do tempo e do espaço africanos.

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