Colaterais Vol. 1 - Reabilitação de espaços afetados por cirurgias urbanas

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COLATERAIS

OS EFEITOS DE CIRURGIAS URBANAS PARA FINS INFRAESTRUTURAIS - O CASO DO CATUMBI mariana albuquerque | dez.2011 ftfg: luiz fernando janot orientadora: fabiana izaga

fau-ufrj


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Introdução

Durante décadas, e ainda hoje, as ideias de progresso e prosperidade estavam diretamente relacionadas à imagem de modernidade. Já esse termo, mais precisamente, remetia a um certo volume de construção civil, com o objetivo de implementar ordem, objetividade, velocidade, e como resultado, a imagem dos novos tempos sobre à desordenada cidade tradicional. O bairro do Catumbi será o estudo de caso de possibilidades de intervenções visando não a reconstrução literal de um passado, mas alternativas de recuperação de espaços residuais resultantes de grandes infra estruturas urbanas. Estes grandes volumes construídos geraram extensas áreas mono-funcionais estagnadas, resultando em vazios fronteiriços que têm o seu efeito degradador espalhado por além dos seus limites, afetando a dinâmica de todo o bairro.

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No Catumbi vemos como sintomas desse efeito a grande sombra sob o Viaduto 31 de Março, as ruínas e cortes nas ruas que perderam suas ligações com o morro de Santa Teresa, a proliferação de favelas, e o isolamento do bairro gerado por barreiras, como o Sambódromo, dificultando sua continuidade, apesar da localização do bairro ser extremamente estratégica na cidade. Frente a esse quadro e a atual valorização do Centro , acarretando uma concentração de investimentos na Cidade Nova e sua expansão para a Região Portuária, como ficará o Catumbi? Observando a recente movimentação de investimentos particulares no bairro da Glória, que compartilha com o Catumbi a situação de ser um bairro periférico ao Centro, vemos a oportunidade desse bairro não ser mais só um suporte de circulação entre Centro e Zona Sul, mas uma nova área de procura na cidade, tanto habitacional, quanto comercial. Mais importante, além da valorização do território, é pensar: a) valorizar como? b) A valorização como ato sustentável e reparador , e não predatório.



2. Situação do Catumbi em relação à valorização da área central :

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Um dos estímulos para a realização deste projeto é a estratégica localização geográfica do Catumbi em relação às novas intervenções urbanas na cidade, na tentativa de fazer um paralelo com os novos investimentos nos bairros da Lapa e Glória, e também sua centralidade em relação a diferentes zonas da cidade, podendo se tornar um ótimo ponto nodal de mobilidade. O objetivo é a recuperação do bairro a partir de uma possível valorização do território. Segundo uma pesquisa da consultoria imobi liária internacional Cushman & Wakefield, o Rio de Janeiro possui o quarto metro quadrado comercial mais caro do mundo, ficando a frente de Nova York e São Paulo, sendo a Zona Sul carioca e o Centro as grandes zonas de valorização e procura, onde o metro quadrado ultrapassa R$100,00, tendo havido alta de cerca de 70% nos dois últimos anos, respectivamente. Apesar dos altos preços, a taxa de vacância nessas áreas é de um pouco menos de 2%. Assim, vemos ações articuladas entre poder do Estado e mercado imobiliário, como a expectativa em relação à nova Região Portuária, onde estão previstos arranha-céus de até 50 pavimentos. Ao mesmo

tempo, investimentos particulares no bairro da Glória e valorização do mercado imobiliário nos bairros da Lapa e Bairro de Fátima reforçam o transbordamento dessa valorização do Centro para os seu bairros imediatamente periféricos. O Catumbi se encontra nessa situação, da mesma forma como a Glória é uma continuação da Cinelândia, e a Lapa da Av. Chile, o Porto Olímpico como expansão do próprio centro financeiro e a Praça Mauá como novo pólo cultural, o Catumbi deve se relacionar com a Cidade Nova, que hoje deve finalmente receber todos os investimentos que sempre lhe foram previstos. Porém, essa correlação entre esses dois espaços já foi prevista desde a década de 1970, quando o Catumbi se tornava foco de especulação imobiliária, e suas quadras ocupadas por sobrados dariam lugar a novos condomínios, semelhantes à “Selva de Pedra”(Leblon), para atender a funcionários públicos. Esse tipo de ação predatória não é, na verdade, uma valorização do território, mas uma substituição de um tecido urbano por outro, o que é o oposto do objetivo desse projeto, que pretende acentuar o caráter peculiar do Catumbi.


SANTO CRISTO

CIDADE NOVA

LAPA

GLÓRIA

FOCOS E DIRECIONAMENTO DE INVESTIMENTOS DENSIDADE POPULACIONAL


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PRAÇA MAUÁ 2,6 KM

PORTO OLÍMPICO 2 KM

SAARA 1,5 KM

SANTOS DUMONT 3 KM

HOTEL GLÓRIA 2,5 KM

DISTÂNCIAS para importantes pontos comerciais, culturais, turísticos e transporte na área Central. Em magenta, estações de metrô.


3. Análise da situação atual :

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3.1 - Histórico; os porquês da degradação do Catumbi

Durante a década de 1950 o Rio de Janeiro viveu o aumento da densidade populacional na Zona Sul, concentrando nela as camadas mais ricas da cidade, o que retirou grande parte das atividades de comércio de luxo, serviços e diversão da área central. Porém, esta continuou a abrigar uma das principais fontes de emprego da classe média carioca, como a administração pública. Como resultado dessa dinâmica espacial temos: uma concentração de renda e consequentemente de automóveis na Zona Sul, e a formação de um intenso fluxo em direção ao Centro, lembrando que ainda não existia tuneis diametrais, portanto a ligação Zona Sul-Zona Norte ainda passava necessariamente também pela área central.

adis, teve como consequência a destruição física de grande parte e simbolicamente integral do bairro do Catumbi. Quadras inteiras foram abaixo, e com elas toda a vida de comércio, habitações, esquinas, calçadas e relações, dentro do próprio bairro e mesmo nas suas bordas, como a com o bairro de Santa Teresa, dando lugar à série de viadutos.

A abertura do túnel Santa Barbara, concluída em 1963, foi o início da cirurgia urbana a qual o bairro viria sofrer. A partir desse momento, o bairro se tornava uma passagem que ligava Botafogo e Laranjeiras até a Av. Presidente Vargas, Zona Portuária e Av. Brasil. Essa ligação já era prevista desde o Plano Agache (1928).

O mau estado do bairro foi uma desculpa para a tentativa de implantação de grandes condomínios fechados, mas em 1981 foi demarcada a APA (Área de Proteção Ambiental) do Catumbi, o que nos deixa com uma outra questão – essa proteção de fato induz à recuperação do patrimônio? . Hoje um bom número de sobrados se transformou em ruínas ou em oficinas mecânicas. Aos poucos a subutilização e modificações informais só reforçam a imagem de estagnação do bairro.

Junto à implantação do Viaduto 31 de Março ( Linha Lilás ), a construção do Sambódromo na antiga Rua Marquês de Sapucaí também resultou nos mesmos cortes, e demolições, gerando vazios fronteiriços que impedem a comunicação do bairro com outros em diferentes direções. Aqui, o pensamento funcionalista chega ao extremo zoning, onde até o Carnaval, festa popular que tem como grande força Criou-se então um problema viário a ser a subversão de espaços da cidade para apropriação resolvido pelos governadores das décadas seguinte, pública espontânea, teria um território demarcado e o que resultou na série de viadutos e vias expres- exclusivo. sas fazendo a ponte Zona Sul-Centro, o que muitas vezes prejudicou bairros onde residia uma população A modificação da forma do bairro refletiu com menor poder aquisitivo, como é o caso do Ca- diretamente no seu conteúdo. A população do bairro tumbi. Durante o governo de Carlos Lacerda e, seus antes das demolições era de classe média, havia um posteriores, uma série de grandes linhas de ligação ativo comércio e um pequeno parque industrial que viária foi construída como: o túnel Rebouças, o el- absorvia a população residente. Após a demolição, evado sobre a rua Paulo de Frontin, conclusão da via o comércio decaiu, e famílias que não tiveram suas expressa do Aterro do Flamengo, Ponte Rio-Niterói, casas demolidas também deixaram o bairro. A partir continuação da Avenida Perimetral, alargamento da disso, boa parte dos sobrados passaram a não ter Praia de Copacabana, túnel Santa Barbara e a Linha mais as suas funções originais, se tornando estruLilás. turas subutilizadas e degradadas.

Já a Linha Lilás, que foi executada no final da década de 1960 no Governo de Carlos Lacerda como uma das linhas policromáticas do Plano Doxi-


PLANAO PARA A CIDADE NOVA - só restaria a Ig de Nossa S. da Salette

MAPA DE DEMOLIÇÕES em vermelho as ocorridas nos anos 60/70 devido ao APA do Catumbi, sobrados no Estácio e Santa Teresa. Túnel Santa Barbara, Linha Lilás e Sambodromo; em amarelo a recente demolição da antiga fábrica da Brahma.


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3.2 - Marcas das ações passadas : Retrato atual

Hoje, vemos a mesma lógica se repetir no bairro, a implosão da fábrica da Bhrama após um obscuro destombamento do conjunto, dará lugar a uma expansão do Sambódromo e um edifício comercial de 18 pavimentos como um sinal dos tempos áureos a vir. O bairro do Catumbi possui atualmente uma população aproximadamente 12.500 habitantes (SENSO 2010), e o território de 53,95 ha. Dessa área, cerca de 20% é ocupada por favela, 10% por um cemitério e 11% é baixio do viaduto 31 de março. Ou seja, mais de 40% do território possui alguma barreira, física ou social.

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A atual configuração do bairro é consequência da grande operação realizada no bairro, no final da década de 1970. A implantação do viaduto gerou a demolição de aproximadamente 6 ha de área habitada. Além do vazio gerado nesse perímetro, que vaza a projeção do viaduto, teve como consequência interrupção da sua continuidade com o bairro de Santa Teresa, assim, o vale onde se situa o Catumbi ficou isolado em seu lado leste. Esse corte físico atinge diretamente o fluxo de pessoas e resultando também na quebra de relações sociais, comércio e serviços, e qualquer outra troca entre os bairros, gerando um grande vazio fronteiriço. Além da Via Lilás, a implantação do Sambódromo impõe a mesma lógica sobre o território: 6,6 ha de área habitada foram abaixo, dando lugar a um grande polígono que entra em atividade em até no máximo 7 dias no ano. A barreira do Sambódromo é a barreira norte do bairro do Catumbi, também cortando sua continuidade por essa direção. Conjuntamente, o cemitério a sudoeste e a subestação da Light formas duas outras grandes figuras fechadas, sendo também obstáculos para a comunicação do bairro com adjacentes. morro da coroa

morro de santa teresa


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9 8

3

5

2 4

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100 m

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100 m ÁREA TOTAL

1. Túnel Santa Barbara 2. Chaminé 3. Viaduto 31 de Março 4. Cemitério 5. Igreja N. S. Salette

6. Comunidade da Coroa 7. Terreno da Comlurb 8. Subestação Light 9. Antigo Presídio 10. Sambódromo

HABITAÇÃO FORMAL FAVELAS BAIXIO VIADUTO CEMITÉRIO


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GRÃOS URBANOS - observa-se a situação do bairro, envolto por áreas que contrastam bastante com o seu grão dominante, o que o toda frágil em relação ao entorno. No entanto, a área de sobrados próxima à Cidade Nova possui maior identidade e força pela maior área e uniformidade.


GRANDES POLÍGONOS associodos morfologicamente

SITUACÃO DE ISOLAMENTO e descontinuidade do Catumbi.


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NESSAS 3 RUAS VEMOS EXPLIÍCTAS AS CICATRIZES DO CATUMBI. AS MARCAS DAS ANTIGAS VIDAS TRANSFORMADAS EM RUÍNAS, E AO FUNDO O VIADUTO CORTA VIOLENTAMENTE O HORIZONTE.

> JOSÉ BERNARDINO > VALENÇA > PEDRO MASCARENHAS


R. VALENÇA

R. PEDRO MASCARENHAS

R. JOSÉ BERNARDINO


4. Refêrecias

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“Em Berkeley, por exemplo, na esquina de Hearst com Euclid, há um drugstore e, do lado de fora, um sinal de trânsito [traffic light]. Na entrada do drugstore há uma estante [newsrack] onde os jornais do dia ficam expostos. Quando o sinal de trânsito está vermelho, as pessoas que aguardam para atravessar a rua ficam ali de pé, à toa [stand idly], bem ao lado do sinal. E já que não têm nada p’ra fazer, enquanto aguardam, aproveitam para dar uma olhadinha nos jornais expostos na estante, que podem ser visualizados do local onde elas estão em pé. Alguns lêem apenas as manchetes, mas outros aproveitam p’ra comprar um exemplar, enquanto esperam o sinal abrir.”

O texto de Christopher Alexander, A Cidade não é uma árvore, divide as cidades organizadas em árovres, que seriam as novas e planejandas - sistema monotético - e as cidades em semi-retícula - que possuem história, no sentido de existência de um sistema complexo relações complexas e invisíveis. A primeira está para a segunda como a estática está para a dinâmica. Alexander exalta a maior aceitação da população, em geral, para o sistema complexo, e a reluta quanto aos novos projetos, por parecem artificiais ao seu cotidiano e dinâmica local. Em paralelo Carlos Nelson frisa em Quando a Rua Vira Casa justamente essa complexidade do espaço público no Catumbi, inclusive a sua classificação como público propriamente, ou privado, existindo uma escala muito mais tênue para essa definição. O mesmo espaço para circulação de veículos se torna espaço de lazer, a casa se torna comérico ou serviço, o comércio uma extensão da casa ou da rua. Relações criadas a partir do encontro desses elementos e personagens. O objetivo desse projeto não é nostálgico ou tradicionalista, mas apreender a riqueza e o aproveitamento do espaço a partir desse tipo de sistema, extremamente negado pelo pensamento racionalista, o qual se impôs no Catumbi de forma destrutiva.

christopher alexander . a cidade não é uma árvore + carlos nelson f. dos santos . quando a rua vira casa


A sobreposição de camadas para gerar variáreis de encontros é um ponto em comum aos dois projetos, neles o projeto não se encerra no desenho do parque, mas são projetos abertos. Isso porque como se dará a real apropriação dos espaços que caracterizará o ambiente. Tshumi trabalha com superfície + folies + conexões, e Koolhaas com as listras horizontais (programáticas) + pontos “confetti” espalhados matematicamente conforme sua necessidade no parque + acessos e circulação + grandes elementos. Ambos criam estruturas para elementos sobreposposto ou porcongestão horizontal gerem o imprevisível, o espontâneo. Ou seja, são tentativas de sistemas politéticos, onde as relação acontecem em mais de um caminho. Outro ponto a destacar, mais especificamente em Tshumi, é o uso de uma estrutura de fácil reconhecimento em alguma das camadas, com Koolhaas as linhas e Tshumi as folies. As duas ações são de possível aplicação para a intervenção Catumbi, pensado suas costuras - listras - e pontos programáticos estruturadores - folies, sendo o contrário de um grande e único projeto .

parc de la villette rem koolhaas

bernard tshumi


atelier bow-wow

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made in tokyo Esse estudo feito pelo Atelier Bow-Wow se refere a um contexto de território congestionado, forçadamente condensado, da cidade de Tokyo, mas se aplica como verificação de possibilidades. Made in Tokyo foi um estudo sobre edifícios de não-arquitetos ou autores desconhecidos, construídos na cidade. Essas construções são os mais autênticos exemplos de ocupações híbridas, que surgiram da necessidade de espaço para diversos fins. O resultado disso são estruturas que se instalam em múltiplas condições - enterradas, sob vidutos, sobrepostas, etc - com choque de programas de maneira pouco convencional, resultando no ambiente complexo, e até exagerado de Tokyo.


espaços colaterais

baixios de viadutos Uma das propostas publicas no livro Espaços Colaterais, Baixio de Viadutos, analisa possibilidade de ocupação desse espacos ociosos provenientes de viadutos de Belo Horizonte. O trabalho subdivide a trama de viaduto em trecho e faz o estudo de programas a partir de uma realidade existente em cada um desses , isso, somando a uma pesquisa com usuários e sugestões da própria equipe. Deve-se destacar como referência a metodologia para formulação do programa, que abarcar a complexidade, não sendo simplesmente programas impostos.


5. Desenvolvimento das idéias projetuais 5.1 - Diagramas sequenciais

Nas próximas páginas será demonstrado não somente uma representação das prospostas projetuais, mas a real sequencia e meio para concepção. Ou seja, somados às informações de fotos e caminhadas pelo Catumbi, as análises a partir de diagramas, com base no arquivo de levantamento aerofotogramétrico e cortes urbanos esquemáticos, resultaram nas primeiras idéias de projeto.

Principais ações demonstadas: Tratamento das bordas do bairro Aproveitamento de áreas ociosas e repulsivas Transformação de estruturas em ruína Camadas sobrepostas = folies + estrutura + chão (rua e edifício)

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Resultados buscados: Novo sistema de fluxos, valorizando a questão do percurso, a partir da variedade de ambiências, possibilidades de caminhos e pontos geradores de encontro. Recuperação do bairro do Catumbi com um território com identidade própria. Subtituição do sistema monotético - organização em planta - das intervenções racionalistas por um sistema politético - organização em planta e corte - de sobreposição de camadas e geração de variáveis.



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SITUAÇÃO DE ISOLAMENTO DO BAIRRO, QUE NÃO ESTABELECE RELAÇÃO FORTE COM OUTROS ESPAÇOS, SE TORNANDO FRÁGIL.


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PROPOSTA DE ESPALHAMENTO DO BAIRRO, PARA QUE CONFORME JUNTO AO COJUNTO DE CASARIO DO ESTÁCIO, SANTA TERESA E A NOVA OCUPAÇÃO DO TERRENO DO ANTIGO PRESIDIO DA FREI CANCEA, UMA FIGURA DE FORÇA.


DESTAQUE DAS CONEXÕES POSSÍVEIS PELO CATUMBI. EM MAGENTA O TERRENO DA COMLURB, HOJE USADO PARA LIMPEZA DE CAMINHÕES., POSSUI EXCELENTE LOCALIZAÇÃO, TANTO PELA SITUAÇÃO DE ESQUINA, FRENTE PARA O SAMBODROMO, E FORTE PONTO PARA DISTRIBUIÇÃO DOS FLUXOS IDENTIFICADOS NO MAPA


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A ÁREA DIRETAMENTE AFETADA PELO VIADUTO + AS QUADRAS DAS RUAS PEDRO MASCARENHAS, VALENÇA E JOSE BERNARDINO + RUA DO CATUMBI + TERRENO DA COMLURB + ACESSO SUL DO SAMBODROMO DELIMITAM O PERÍMETRO DE INTERVENÇÃO A SER DESENVOLVIDO.

TERRENO DA COMLURB | ÁREA = 0.45 ha > se adotado como parâmetro a atual iat do Catumbi = 11.225 m² > se adotado como parâmetro a atual iat da Cidade Nova = 49.390 m².


O TERRENO DO ANTIGO PRESÍDIO APARECE COM UM SEGUNDO ESTÁGIO DA INTERVENÇÃO, QUE MESMO NÃO SENDO DESENVOLVIDO, A EXPECTATIVA SOBRE A NOVA OCUPAÇÃO E DENSIDADE JUSTIFICA E ACRESCENTA DADOS ÀS FORMULAÇÕES DAS PROPOSTAS.

TERRENO ANTIGO PRESÍDIO | ÁREA = 5.4 ha > se adotado como parâmetro a atual densidade do Catumbi = 1252 hab. > se adotado como parâmetro a atual densidade do Catete,por ex. = 1890 hab.


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RECUPERAÇÃO DA RELAÇÃO CATUMBI-SANTA TERESA, A SÉRIE DE LIGAÇÕES, DE DIFERENTES TIPOS, PRETENDE COSTURAR O VALE E O MORRO NOVAMENTE. O OBJETIVO SERÁ ALCANÇADO PELA GERAÇÃO DE MOVIMENTO E APROPRIAÇÃO HOJE INUTILIZÁVEL DEVIDO ÀS PISTAS, E FACILITAÇÃO DOS FLUXOS DE PEDESTRES.


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OS PONTOS AZUIS SÃO POTENCIAIS LOCALIZAÇÕES DAS INTERVENÇÕES COM PROGRAMAS MAIS FORTES E ABRAGENTES, SE TORNANDO ESTRUTURADORES. PODE-SE CONSIDERAR UM OUTRA OUTRA CAMADA DO PROJETO, DE FOLIES, ESSAS SERIAM AS DE MAIOR RAIO DE ABRANGÊNCIA


AS FOLIES SÃO MULTIPLICADAS, EM DIFERENTES ESCALAS DE ABRANGÊNCIA, TANTO PARA O CATUMBI COM PARA SANTA TERESA, PARA CONFORMAR UNIDADE E CONTINUIDADE À TODA A ÁREA DE NTERVENÇÃO.


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UMA NOVA CAMADA SUBDIVIDE A ÁREA EM TRECHOS ESTRUTURAIS HORIZONTAIS CRIANDO RELAÇÕES ENTRE OS DOIS LADOS DO VIADUTO

TRECHOS trecho 01 = comlurb + sambodromo + descida paula matos trecho 02 = josé bernardino-valença-p. mascarenhas + ladeira do viana trecho 03 = Largo do Catumbi (praça restante) + Chaminé + ponto de ônibus + clínica da família + creche (antigos campos de futebol) trecho 04 = passagem subterrânea existente + condomínio


AS SUGESTÕES DE PROGRAMAS PARA AS FOLIES SERÃO FEITAS A PARTIR DAS VARIAÇÕES DE AMBIÊNCIAS AO LONGO DO PERCURSO SOB O VIADUTO

TRECHOS 1 + 2 (parte): galeria comercial, oficina de produção para Carnaval, academia, mercado, UPA (ou similar), etc.

TRECHOS 1 + 2 (parte): estrutura de suporte para práticas de esporte, bicicletarios, projeções,

TRECHOS 2 (parte) + 3 + 4 (parte) : Shopping, cinema, galeria de arte, boate, academia.

TRECHOS 1+ 2 (parte) + 3 + 4 (parte) : mercado, eventos espontâneos (feira, festa, instalações), academia.


5.2 - Cortes Esquemáticos : Atuais e Propostos

Situação autual do Sambodromo

Proposta de retirada das grades e utilização para pedestres e veículos, voltando s ser de fato uma rua. Ligação até a Pres. Vargas.

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Mudança de largura do Sambodromo, espaço a ser utilizado para lazer.

Situação autual do Terreno da Comlurb

Proposta para nova ocupação do terreno: liberação do térreo + ligação subterrânea + edifício híbrido com atividades públicos e particulares


Situação autual do Sambodromo

Proposta apropriação de ruínas para novos usos e acesso à nova estrutura de conexão + possibilidades de uso do subsolo sob o viaduto

Situação autual - interseção trechos 3 e 4

Proposta de nova conexão


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1. TRANSFERÊNCIA E CONCENTRAÇÃO DOS PONTOS DE ÔNIBUS NO ATUAL TERRENO DA COMLURB

2. LIBERAÇÃO DO TÉRREO E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO HÍBRIDO NO TERRENO


3. NOVA LIGAÇÃO COM SANTA TERESA E ABERTURA DO SAMBODROMO COMO E EQUIPAMENTO PÚBLICO.

4. UTILIZAÇÃO DA MARQUÊS DE SAPUCAÍ NOVAMENTE COMO RUA, CONECTANDO O CATUMBI À AV. PRESIDENTE VARGAS.


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COLATERAIS

OS EFEITOS DE CIRURGIAS URBANAS PARA FINS INFRAESTRUTURAIS - O CASO DO CATUMBI mariana albuquerque | dez.2011 ftfg: luiz fernando janot orientadora: fabiana izaga


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