Revista sme 2

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Revista SME | 1


Em foco

O educador que faz a diferença na vida dos alunos

Diretor Presidente Maurício Melo de Meneses Diretor Educacional Francisco Solano Portela Neto

Diretora dos Sistemas Mackenzie de Ensino e Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos - AEJA Débora Bueno Muniz Oliveira Coordenadora do Sistema Mackenzie de Ensino Mônica Huertas Cerqueira Coordenadora de Desenvolvimento de Projetos Especiais Arlene Goulart

Sistema Mackenzie em Revista Produção Gráfica - Marketing e Relacionamento Déspina Nogueira Revisora de Texto Alessandra Ribeiro Faria Apoio Operacional Edson Yukio Nakashima Projeto Gráfico e Diagramação Imagem Um Impressão Duograf Gráfica e Editora Ltda. Capa Adriano Aguina Imagem da Capa alphaspirit/Shutterstock.com Produção Instituto Presbiteriano Mackenzie Rua da Consolação, 896 – Consolação - São Paulo/SP - CEP 01302-907 Portal: sme.mackenzie.br E-mail: sme@mackenzie.br Todos os direitos reservados ao Mackenzie. Proibida a venda, distribuição, reprodução parcial ou total, inclusive de ilustrações e fotos.

2 | Revista SME

Escolas cristãs, comprometidas com a transmissão da verdade de forma coerente com a filosofia da fé cristã, consideram as pessoas como as Escrituras dizem que são: pecadoras com necessidade de direcionamento, tanto intelectual, como, especialmente, moral. Isso inclui nós mesmos e, também, criancinhas e adolescentes, ou seja, os seus alunos. Nessas escolas, os educadores, ao mesmo tempo em que não ignoram o fator pecado, também abrigam os alunos com a dignidade que as Escrituras conferem às pessoas. Eles são tratados e orientados como portadores da imagem de Deus, como criaturas especiais, colocados nesta terra com propósitos bem definidos, como nos ensina a Bíblia. Educadores com essa visão e que possuem competência acadêmica e técnica em suas áreas de atuação, fazem grande diferença na vida dos seus alunos. Eles são críticos a filosofias e métodos que não se fundamentam em realidades bíblicas, mas não é por isso que defendem métodos arcaicos e desinteressantes de ensino e aprendizado. Procuram estar sintonizados com os tempos e se esmeram na aplicação das mais modernas técnicas educacionais possíveis, dentro de um ensino criativo. Esses bons professores deixam a criança “descobrir” aquilo que necessita ser transmitido, e utilizam o conhecimento previamente assimilado como base e alicerce para novos entendimentos e para uma compreensão mais ampla da realidade. “Constroem”, assim, conjuntamente, o entendimento dos alunos. Professores que fazem a diferença na vida dos alunos aplicam o que sempre Prof. Solano Portela foi reconhecido como boa prática pedagógica, mas, com muita veemência, não é Diretor Educacional do abraçam construções filosóficas que fazem violência ao conceito judaico-cristão Instituto do que é o ser humano. Eles não se deixam enganar por formulações teóricas, Presbiteriano apresentadas como se fossem apenas mais algumas metodologias neutras, Mackenzie, esterilizadas e inocentes, aplicáveis nas situações de sala de aula e no contexto formado na área acadêmico, sem confrontá-las com os ensinamentos da Palavra de Deus. de Ciências Exatas, fez seu mestrado Esses educadores sempre se fizeram presentes no campo cristão. Em uma no Biblical carta dirigida aos prefeitos das cidades alemãs, o reformador Martinho Lutero Theological já expressava a importância da educação, que viria a nortear e caracterizar os Seminary, nos protestantes: “Em minha opinião”, escreve ele, “não há nenhuma outra ofensa visível Estados Unidos. que, aos olhos de Deus, seja um fardo tão pesado para o mundo e mereça castigo tão duro quanto a negligência na educação das crianças”.1 Como exemplo de um entrelaçamento entre fé cristã e a importância da Educação, temos as promessas extraídas dos pais, em Igrejas Presbiterianas, de que ensinarão os seus filhos a ler, para que possam compreender as verdades de Deus, reveladas em Sua Palavra, transmitidas por meio da linguagem escrita através das gerações. Escolas Cristãs procurarão avidamente ter e reter esses educadores que fazem a diferença. Elas terão coragem de desafiarem o status quo imprimindo excelência educacional com coerência teológica, mesmo que isso lhes custe muita luta e até eventual perda financeira. Pela graça de Deus assim fazendo, estaremos formando cidadãos verdadeiramente responsáveis e cristãos conscientes. Solano Portela Martinho Lutero, Carta aos Prefeitos e Conselheiros de Todas as Cidades da Alemanha em Prol de Escolas Cristãs, citado por Moacir Gadotti, História das Ideias Pedagógicas (S. Paulo: Ática, 1995), 71. 1

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Em foco

O educador que faz a diferença na vida dos alunos

Diretor Presidente Maurício Melo de Meneses Diretor Educacional Francisco Solano Portela Neto

Diretora dos Sistemas Mackenzie de Ensino e Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos - AEJA Débora Bueno Muniz Oliveira Coordenadora do Sistema Mackenzie de Ensino Mônica Huertas Cerqueira Coordenadora de Desenvolvimento de Projetos Especiais Arlene Goulart

Sistema Mackenzie em Revista Produção Gráfica - Marketing e Relacionamento Déspina Nogueira Revisora de Texto Alessandra Ribeiro Faria Apoio Operacional Edson Yukio Nakashima Projeto Gráfico e Diagramação Imagem Um Impressão Duograf Gráfica e Editora Ltda. Capa Adriano Aguina Imagem da Capa alphaspirit/Shutterstock.com Produção Instituto Presbiteriano Mackenzie Rua da Consolação, 896 – Consolação - São Paulo/SP - CEP 01302-907 Portal: sme.mackenzie.br E-mail: sme@mackenzie.br Todos os direitos reservados ao Mackenzie. Proibida a venda, distribuição, reprodução parcial ou total, inclusive de ilustrações e fotos.

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Escolas cristãs, comprometidas com a transmissão da verdade de forma coerente com a filosofia da fé cristã, consideram as pessoas como as Escrituras dizem que são: pecadoras com necessidade de direcionamento, tanto intelectual, como, especialmente, moral. Isso inclui nós mesmos e, também, criancinhas e adolescentes, ou seja, os seus alunos. Nessas escolas, os educadores, ao mesmo tempo em que não ignoram o fator pecado, também abrigam os alunos com a dignidade que as Escrituras conferem às pessoas. Eles são tratados e orientados como portadores da imagem de Deus, como criaturas especiais, colocados nesta terra com propósitos bem definidos, como nos ensina a Bíblia. Educadores com essa visão e que possuem competência acadêmica e técnica em suas áreas de atuação, fazem grande diferença na vida dos seus alunos. Eles são críticos a filosofias e métodos que não se fundamentam em realidades bíblicas, mas não é por isso que defendem métodos arcaicos e desinteressantes de ensino e aprendizado. Procuram estar sintonizados com os tempos e se esmeram na aplicação das mais modernas técnicas educacionais possíveis, dentro de um ensino criativo. Esses bons professores deixam a criança “descobrir” aquilo que necessita ser transmitido, e utilizam o conhecimento previamente assimilado como base e alicerce para novos entendimentos e para uma compreensão mais ampla da realidade. “Constroem”, assim, conjuntamente, o entendimento dos alunos. Professores que fazem a diferença na vida dos alunos aplicam o que sempre Prof. Solano Portela foi reconhecido como boa prática pedagógica, mas, com muita veemência, não é Diretor Educacional do abraçam construções filosóficas que fazem violência ao conceito judaico-cristão Instituto do que é o ser humano. Eles não se deixam enganar por formulações teóricas, Presbiteriano apresentadas como se fossem apenas mais algumas metodologias neutras, Mackenzie, esterilizadas e inocentes, aplicáveis nas situações de sala de aula e no contexto formado na área acadêmico, sem confrontá-las com os ensinamentos da Palavra de Deus. de Ciências Exatas, fez seu mestrado Esses educadores sempre se fizeram presentes no campo cristão. Em uma no Biblical carta dirigida aos prefeitos das cidades alemãs, o reformador Martinho Lutero Theological já expressava a importância da educação, que viria a nortear e caracterizar os Seminary, nos protestantes: “Em minha opinião”, escreve ele, “não há nenhuma outra ofensa visível Estados Unidos. que, aos olhos de Deus, seja um fardo tão pesado para o mundo e mereça castigo tão duro quanto a negligência na educação das crianças”.1 Como exemplo de um entrelaçamento entre fé cristã e a importância da Educação, temos as promessas extraídas dos pais, em Igrejas Presbiterianas, de que ensinarão os seus filhos a ler, para que possam compreender as verdades de Deus, reveladas em Sua Palavra, transmitidas por meio da linguagem escrita através das gerações. Escolas Cristãs procurarão avidamente ter e reter esses educadores que fazem a diferença. Elas terão coragem de desafiarem o status quo imprimindo excelência educacional com coerência teológica, mesmo que isso lhes custe muita luta e até eventual perda financeira. Pela graça de Deus assim fazendo, estaremos formando cidadãos verdadeiramente responsáveis e cristãos conscientes. Solano Portela Martinho Lutero, Carta aos Prefeitos e Conselheiros de Todas as Cidades da Alemanha em Prol de Escolas Cristãs, citado por Moacir Gadotti, História das Ideias Pedagógicas (S. Paulo: Ática, 1995), 71. 1

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Ponto de vista

ÉTICA: princípios norteadores para a educação integral do ser humano O senhor acredita que a sociedade atual está carente de ética, justiça e honestidade?

Foto: Sfio Cracho/Shuttestock.com

Sim, apesar de que, pela graça de Deus, ainda restam traços destas virtudes em muitas pessoas e nas estruturas da nossa sociedade. Mas isto se deve à graça de Deus, derramada sem distinção sobre todos, para garantir condições mínimas de sobrevivência da nossa

4 | Revista SME

raça. O pecado afetou profundamente o coração humano e isso se reflete em suas relações sociais. Sim, há uma grande carência de ética, justiça e honestidade na atual sociedade. Existe um clamor para a correção dos males que afetam a sociedade? Sim, embora nem sempre pelos motivos corretos. Muitos querem justiça para serem

beneficiados; querem ética para serem bem tratados. São poucos os que desejam a verdade e o direito por amor à sociedade em geral. Essa situação pode ser corrigida com cidadãos confiáveis, responsáveis por suas escolhas e de conduta moral adequada ao bem estar individual e coletivo? Apenas em parte. A corrupção está por demais arraigada no coração humano, de forma que mesmo pessoas de bem estão sujeitas ao erro e ao engano. Na visão cristã de mundo, a nossa esperança está na restauração de todas as coisas por Deus, evento final da história humana, trazido a efeito pelo retorno de Jesus Cristo. Como as instituições sociais, principalmente, a família e a escola, responsáveis diretos pela educação e socialização da pessoa, podem garantir a

formação desses valores desejáveis? Promovendo a visão cristã de mundo, que inclui os seguintes pontos: criação, queda e redenção. O mundo foi criado por um Deus bom e santo (criação). O ser humano introduziu o pecado pela desobediência e com ele a morte e as desgraças (queda). Deus em Cristo inicia a redenção do mundo e do cosmo, aqui e agora (redenção). As implicações destas três verdades são tre­­­mendas para a construção de valores, pa­­­ra a defesa dos direitos humanos fundamen­tais e a preservação do meio ambiente. Que contribuição a escola cristã pode dar para garantir uma formação sólida indispensável ao pleno exercício da cidadania? Educando a partir desta visão entrelaçada ao conhecimento e às descobertas modernas.

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Lopes, Professor Visitante do Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper, do Mackenzie, Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia e Vicepresidente da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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Ponto de vista

ÉTICA: princípios norteadores para a educação integral do ser humano O senhor acredita que a sociedade atual está carente de ética, justiça e honestidade?

Foto: Sfio Cracho/Shuttestock.com

Sim, apesar de que, pela graça de Deus, ainda restam traços destas virtudes em muitas pessoas e nas estruturas da nossa sociedade. Mas isto se deve à graça de Deus, derramada sem distinção sobre todos, para garantir condições mínimas de sobrevivência da nossa

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raça. O pecado afetou profundamente o coração humano e isso se reflete em suas relações sociais. Sim, há uma grande carência de ética, justiça e honestidade na atual sociedade. Existe um clamor para a correção dos males que afetam a sociedade? Sim, embora nem sempre pelos motivos corretos. Muitos querem justiça para serem

beneficiados; querem ética para serem bem tratados. São poucos os que desejam a verdade e o direito por amor à sociedade em geral. Essa situação pode ser corrigida com cidadãos confiáveis, responsáveis por suas escolhas e de conduta moral adequada ao bem estar individual e coletivo? Apenas em parte. A corrupção está por demais arraigada no coração humano, de forma que mesmo pessoas de bem estão sujeitas ao erro e ao engano. Na visão cristã de mundo, a nossa esperança está na restauração de todas as coisas por Deus, evento final da história humana, trazido a efeito pelo retorno de Jesus Cristo. Como as instituições sociais, principalmente, a família e a escola, responsáveis diretos pela educação e socialização da pessoa, podem garantir a

formação desses valores desejáveis? Promovendo a visão cristã de mundo, que inclui os seguintes pontos: criação, queda e redenção. O mundo foi criado por um Deus bom e santo (criação). O ser humano introduziu o pecado pela desobediência e com ele a morte e as desgraças (queda). Deus em Cristo inicia a redenção do mundo e do cosmo, aqui e agora (redenção). As implicações destas três verdades são tre­­­mendas para a construção de valores, pa­­­ra a defesa dos direitos humanos fundamen­tais e a preservação do meio ambiente. Que contribuição a escola cristã pode dar para garantir uma formação sólida indispensável ao pleno exercício da cidadania? Educando a partir desta visão entrelaçada ao conhecimento e às descobertas modernas.

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Lopes, Professor Visitante do Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper, do Mackenzie, Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia e Vicepresidente da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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Panorama

O Brasil e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes Por Noemih Sá Oliveira

Noemih Sá Oliveira Formada em Letras e Pedagogia, pós graduada em escrita criativa, trabalha hoje com a produção de livros didáticos do Sistema Mackenzie de Ensino.

sua sigla em língua inglesa, PISA (Programme for International Students Asses­ sment), foi fundado em 1997. O primeiro exame do PISA foi realizado em 2000. As provas foram pensadas por órgãos educacionais de países parceiros do PISA1 que estavam comprometidos com pensar um exame, a ser aplicado para estudantes com 15 anos de idade, que respondessem a seguinte questão: “O que é importante que um cidadão saiba e faça?”2. A resposta encontrada para essa pergunta norteou a organização de questões centradas em saberes de leitura e escrita, desenvolvi­mento e operacionalização de pensamento matemático e saberes científicos. Além de o exame focar-se nos saberes dos campos da Linguagem, Matemática e Ciências, no entanto, há também a questão do fazer; a preocupação com o que se espera que um cidadão faça. Por essa razão, os sa-

O Brasil é um dos participantes do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, programa do qual participaram, também, mais de 60 países e/ou economias, segundo o último exame, em 2012. O Programa Internacional de Avalia­ ção de Estudantes, mais conhecido pela

drão (419 pontos), 119 pontos. Esses 119 pontos de diferença significam que os estudantes de lá estão avançados em quase três anos de escolarização matemática4 , em relação à média. Em relação ao Brasil, que obteve 391 pontos, a diferença seria aproximadamente de cinco anos. No gráfico, as demais pontuações do Brasil em relação às maiores e menores pontuações podem ser observadas. Acreditando que realmente temos um desafio de mudança de cultura educacional pela frente, vale lembrar a crença do sábio serfadita do século XII, Maimônedes, para quem o conhecimento de Deus tem muito a contribuir para o pensamento, o comportamento e os valores5. Nós, educadores cristãos, temos, portanto, uma preciosa e histórica contribuição para ofe­ recer às iniciativas a favor das necessárias melhorias de que a Educação do nosso país carece.

beres de linguagem verbal, matemática e científica são cobrados em questões que, mais do que o conhecimento, exigem do estudante habilidades e competências de articulação desses saberes. A missão do PISA é gerar para os países participantes um exame com critérios bem especificados e parâmetros comparativos claros3, de modo que seja possível ao país avaliar sua situação educacional e pensar estratégias para mantê-la ou melhorá-la. Em 2000, o Brasil ocupou o último lugar no ranking dos países participantes. De 2000 para 2012, a situação do Brasil melhorou um pouco. A diferença, contudo, entre pontuações do Brasil e a de países com melhores classificações, por vezes significa uma diferença de anos de educação escolar. Por exemplo, Shangai, o primeiro colocado em matemática em 2012, com 613 pontos, teve a mais do que os demais países com resultado pa-

1 OECD (2014), PISA 2012. Results: Creative Problem Solving: Students’ Skills in Tackling Real-Life Problems (Volume V). publishing: piSa, oecd. Available at: http://dx.doi.org/10.1787/9789264208070-en. 2 Idem. 3 Cf http://www.oecd.org/education/school/programmeforinternationalstudentassessmentpisa/33688135.pdf. Acesso em: Set. 2014. 4 OECD (2014), PISA 2012. Results in Focus: What 15-year-olds know and 42 what they can do with what they know. Publishing: PISA, OECD, p.4. Available at: http://www.oecd.org/pisa/keyfindings/pisa-2012-results-overview.pdf. 5 MAIMÔNEDES. Guia dos perplexos. São Paulo: Sefer, 2003.

O Brasil e o Pisa 700

Linguagem verbal

Linguagem matemática

Linguagem científica 600

600 546 557 552

556 549 563

543 558 548

556

613 575

570

580

500 396

400

375 334

396

375

375 334

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393

390 350

300

285

370

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390

311 322

314

386

405

384

410 391 405 368 373

331 330

200 100 0

Pisa 2000 Maior pontuação

Pisa 2000 Menor pontuação

Pisa 2000 Brasil

Pisa 2003 Maior pontuação

Pisa 2003 Menor pontuação

Pisa 2003 Brasil

Pisa 2006 Maior pontuação

Pisa 2006 Menor pontuação

Pisa 2006 Brasil

Pisa 2009 Maior pontuação

Pisa 2009 Menor pontuação

Pisa 2009 Brasil

Pisa 2012 Maior pontuação

Pisa 2012 Menor pontuação

Pisa 2012 Brasil

Fonte: OECD Pisa database, 2001/2003/2006/2009/2012.

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Panorama

O Brasil e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes Por Noemih Sá Oliveira

Noemih Sá Oliveira Formada em Letras e Pedagogia, pós graduada em escrita criativa, trabalha hoje com a produção de livros didáticos do Sistema Mackenzie de Ensino.

sua sigla em língua inglesa, PISA (Programme for International Students Asses­ sment), foi fundado em 1997. O primeiro exame do PISA foi realizado em 2000. As provas foram pensadas por órgãos educacionais de países parceiros do PISA1 que estavam comprometidos com pensar um exame, a ser aplicado para estudantes com 15 anos de idade, que respondessem a seguinte questão: “O que é importante que um cidadão saiba e faça?”2. A resposta encontrada para essa pergunta norteou a organização de questões centradas em saberes de leitura e escrita, desenvolvi­mento e operacionalização de pensamento matemático e saberes científicos. Além de o exame focar-se nos saberes dos campos da Linguagem, Matemática e Ciências, no entanto, há também a questão do fazer; a preocupação com o que se espera que um cidadão faça. Por essa razão, os sa-

O Brasil é um dos participantes do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, programa do qual participaram, também, mais de 60 países e/ou economias, segundo o último exame, em 2012. O Programa Internacional de Avalia­ ção de Estudantes, mais conhecido pela

drão (419 pontos), 119 pontos. Esses 119 pontos de diferença significam que os estudantes de lá estão avançados em quase três anos de escolarização matemática4 , em relação à média. Em relação ao Brasil, que obteve 391 pontos, a diferença seria aproximadamente de cinco anos. No gráfico, as demais pontuações do Brasil em relação às maiores e menores pontuações podem ser observadas. Acreditando que realmente temos um desafio de mudança de cultura educacional pela frente, vale lembrar a crença do sábio serfadita do século XII, Maimônedes, para quem o conhecimento de Deus tem muito a contribuir para o pensamento, o comportamento e os valores5. Nós, educadores cristãos, temos, portanto, uma preciosa e histórica contribuição para ofe­ recer às iniciativas a favor das necessárias melhorias de que a Educação do nosso país carece.

beres de linguagem verbal, matemática e científica são cobrados em questões que, mais do que o conhecimento, exigem do estudante habilidades e competências de articulação desses saberes. A missão do PISA é gerar para os países participantes um exame com critérios bem especificados e parâmetros comparativos claros3, de modo que seja possível ao país avaliar sua situação educacional e pensar estratégias para mantê-la ou melhorá-la. Em 2000, o Brasil ocupou o último lugar no ranking dos países participantes. De 2000 para 2012, a situação do Brasil melhorou um pouco. A diferença, contudo, entre pontuações do Brasil e a de países com melhores classificações, por vezes significa uma diferença de anos de educação escolar. Por exemplo, Shangai, o primeiro colocado em matemática em 2012, com 613 pontos, teve a mais do que os demais países com resultado pa-

1 OECD (2014), PISA 2012. Results: Creative Problem Solving: Students’ Skills in Tackling Real-Life Problems (Volume V). publishing: piSa, oecd. Available at: http://dx.doi.org/10.1787/9789264208070-en. 2 Idem. 3 Cf http://www.oecd.org/education/school/programmeforinternationalstudentassessmentpisa/33688135.pdf. Acesso em: Set. 2014. 4 OECD (2014), PISA 2012. Results in Focus: What 15-year-olds know and 42 what they can do with what they know. Publishing: PISA, OECD, p.4. Available at: http://www.oecd.org/pisa/keyfindings/pisa-2012-results-overview.pdf. 5 MAIMÔNEDES. Guia dos perplexos. São Paulo: Sefer, 2003.

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Linguagem verbal

Linguagem matemática

Linguagem científica 600

600 546 557 552

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Pisa 2000 Maior pontuação

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Pisa 2000 Brasil

Pisa 2003 Maior pontuação

Pisa 2003 Menor pontuação

Pisa 2003 Brasil

Pisa 2006 Maior pontuação

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Pisa 2006 Brasil

Pisa 2009 Maior pontuação

Pisa 2009 Menor pontuação

Pisa 2009 Brasil

Pisa 2012 Maior pontuação

Pisa 2012 Menor pontuação

Pisa 2012 Brasil

Fonte: OECD Pisa database, 2001/2003/2006/2009/2012.

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Foto: Flávio Régis

Por Marivone Lobo / Sérgio Pereira

Marivone Lobo é musicista, compositora e professora de música. Licenciada em música pela UNAERP e licenciada em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Está preparando um material didático sobre Música na Educação Básica a ser lançado em 2015.

Foto: Cristian Rizzi/Folhapress

As cantigas de roda, parlendas, jogos e outras atividades musicais revelam uma face importante das tradições populares que integram a identidade nacional. Além dessas atividades, ao usar músicas em sala de aula, conceitos como tempo e espaço estão sendo constantemente trabalhados, dando suporte para uma das disciplinas que fará parte do cotidiano curricular desses alunos no Ensino Fundamental I: a História. No entanto, muitas vezes, a Música e a História desempenham apenas papéis secundários no cotidiano escolar. Tome­

8 | Revista SME

mos como exemplo as obras ensinadas para as crianças em comemoração ao Dia do Índio. Ao invés de os professores utilizarem várias melodias e mostrarem parte das dezenas de ritmos e instrumentos dos povos indígenas brasileiros, apresentando os diversos matizes musicais existentes em nosso território, é comum apontarem poucos – ou nenhum – desses aspectos, ensinando uma ou duas músicas, por ve­ zes acompanhadas por instrumentos nada convencionais ao universo daquele povo (violão ou teclado, por exemplo), como se todos os indígenas pertencessem a uma tribo única e utilizassem a mesma música, com instrumentos utilizados no meio urbano. A cultura de um país é dádiva de Deus e, a partir das lentes da cosmovisão cristã, devemos ter uma atitude criteriosa para com o que escolhermos ensinar às crianças sobre nossa música, dança e história de nosso país. Além disso, é sabido que as crianças, mesmo sendo tão novas, se interessam por diversos assuntos como família, personagens de desenhos e filmes, animais, Predominam nas culturas indígenas brasileiras diversos instrumentos de sopro e percussão. Na imagem, temos um índio guarani tocando um instrumento típico de seu povo, na reserva Ocoí, em São Miguel do Iguaçu (PR), 2005.

fenômenos da natureza, entre outros temas, e os compreendem, a seu modo, de forma integrada. A História, mesmo não sendo uma disciplina exclusiva desse segmento de ensino, pode ser, portanto, estimulada ao informar (ou propor pesquisas de forma lúdica) quem é o povo indígena da música que estão ouvindo, a origem e o material dos instrumentos musicais utilizados entre outras curiosidades, despertando assim a imaginação e a capacidade da criança entender e valorizar, de forma gradual, quem são essas pessoas, músicas, lugares e tempo apresentados. Atividades de leitura também podem ser uma ótima ferramenta. Como em História, o documento escrito é uma das fontes mais abundantes, pode-se estimular o gosto desse aspecto da disciplina a partir da leitura de livros que contem lendas relacionadas a alguns dos povos indígenas, de preferência, livros ricos em imagens, de forma que as crianças também possam contar, a partir das ilustrações, o que estão percebendo e entendendo. Em suma, o professor de artes, ao abordar Música, pode relacioná-la com a disciplina História, mesmo nos anos iniciais da Educação Básica, tendo em mente que precisa: 1 - reconhecer e valorizar a manifestação da graça comum de Deus sobre a cultura; 2 - conhecer bem tanto as técnicas musicais como os assuntos escolhidos; 3 equilibrar sua abordagem de forma que nenhum desses campos saia prejudicado, e que essa aprendizagem aconteça de maneira significativa para seus alunos. Referências e sugestões de leitura BAVARESCO, Paulo Ricardo; FERREIRA, Andres. O ensino de história na Educação Infantil: um novo tempo. Unoesc & Ciência - ACHS, [S.l.], v. 4, n. 2, p. 207-214, nov. 2013. Disponível em: <http://editora.

unoesc.edu.br/index.php/achs/article/ view/3664>. Acesso em: set. 2014. Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. FONTERRADA, Marisa T. de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora Unesp/ Funarte, 2008. PORTELA NETO, Francisco Solano. O que estão ensinando aos nossos filhos? Uma avaliação crítica da pedagogia con­ temporânea apresentando a resposta da educação escolar cristã. São José dos Cam­­ pos: Fiel, 2012. TUGNY, Rosângela Pereira de; QUEI­ ROZ, Ruben Caixeta de (Orgs.). Músicas africanas e indígenas no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

Sérgio Pereira é músico, compositor, arranjador, professor de música, escritor de materiais didáticos e revisor pedagógico dos livros de História do Sistema Mackenzie de Ensino. Licenciado em História e mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Foto: bikeriderlondon/Shutterstock.com

Utilizando Música e História na Educação Infantil

Foto: Flávio Régis

Ideias e Inovações - Educação Infantil

Crianças participando de atividade musical em sala de aula.

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Foto: Flávio Régis

Por Marivone Lobo / Sérgio Pereira

Marivone Lobo é musicista, compositora e professora de música. Licenciada em música pela UNAERP e licenciada em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Está preparando um material didático sobre Música na Educação Básica a ser lançado em 2015.

Foto: Cristian Rizzi/Folhapress

As cantigas de roda, parlendas, jogos e outras atividades musicais revelam uma face importante das tradições populares que integram a identidade nacional. Além dessas atividades, ao usar músicas em sala de aula, conceitos como tempo e espaço estão sendo constantemente trabalhados, dando suporte para uma das disciplinas que fará parte do cotidiano curricular desses alunos no Ensino Fundamental I: a História. No entanto, muitas vezes, a Música e a História desempenham apenas papéis secundários no cotidiano escolar. Tome­

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mos como exemplo as obras ensinadas para as crianças em comemoração ao Dia do Índio. Ao invés de os professores utilizarem várias melodias e mostrarem parte das dezenas de ritmos e instrumentos dos povos indígenas brasileiros, apresentando os diversos matizes musicais existentes em nosso território, é comum apontarem poucos – ou nenhum – desses aspectos, ensinando uma ou duas músicas, por ve­ zes acompanhadas por instrumentos nada convencionais ao universo daquele povo (violão ou teclado, por exemplo), como se todos os indígenas pertencessem a uma tribo única e utilizassem a mesma música, com instrumentos utilizados no meio urbano. A cultura de um país é dádiva de Deus e, a partir das lentes da cosmovisão cristã, devemos ter uma atitude criteriosa para com o que escolhermos ensinar às crianças sobre nossa música, dança e história de nosso país. Além disso, é sabido que as crianças, mesmo sendo tão novas, se interessam por diversos assuntos como família, personagens de desenhos e filmes, animais, Predominam nas culturas indígenas brasileiras diversos instrumentos de sopro e percussão. Na imagem, temos um índio guarani tocando um instrumento típico de seu povo, na reserva Ocoí, em São Miguel do Iguaçu (PR), 2005.

fenômenos da natureza, entre outros temas, e os compreendem, a seu modo, de forma integrada. A História, mesmo não sendo uma disciplina exclusiva desse segmento de ensino, pode ser, portanto, estimulada ao informar (ou propor pesquisas de forma lúdica) quem é o povo indígena da música que estão ouvindo, a origem e o material dos instrumentos musicais utilizados entre outras curiosidades, despertando assim a imaginação e a capacidade da criança entender e valorizar, de forma gradual, quem são essas pessoas, músicas, lugares e tempo apresentados. Atividades de leitura também podem ser uma ótima ferramenta. Como em História, o documento escrito é uma das fontes mais abundantes, pode-se estimular o gosto desse aspecto da disciplina a partir da leitura de livros que contem lendas relacionadas a alguns dos povos indígenas, de preferência, livros ricos em imagens, de forma que as crianças também possam contar, a partir das ilustrações, o que estão percebendo e entendendo. Em suma, o professor de artes, ao abordar Música, pode relacioná-la com a disciplina História, mesmo nos anos iniciais da Educação Básica, tendo em mente que precisa: 1 - reconhecer e valorizar a manifestação da graça comum de Deus sobre a cultura; 2 - conhecer bem tanto as técnicas musicais como os assuntos escolhidos; 3 equilibrar sua abordagem de forma que nenhum desses campos saia prejudicado, e que essa aprendizagem aconteça de maneira significativa para seus alunos. Referências e sugestões de leitura BAVARESCO, Paulo Ricardo; FERREIRA, Andres. O ensino de história na Educação Infantil: um novo tempo. Unoesc & Ciência - ACHS, [S.l.], v. 4, n. 2, p. 207-214, nov. 2013. Disponível em: <http://editora.

unoesc.edu.br/index.php/achs/article/ view/3664>. Acesso em: set. 2014. Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. FONTERRADA, Marisa T. de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora Unesp/ Funarte, 2008. PORTELA NETO, Francisco Solano. O que estão ensinando aos nossos filhos? Uma avaliação crítica da pedagogia con­ temporânea apresentando a resposta da educação escolar cristã. São José dos Cam­­ pos: Fiel, 2012. TUGNY, Rosângela Pereira de; QUEI­ ROZ, Ruben Caixeta de (Orgs.). Músicas africanas e indígenas no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

Sérgio Pereira é músico, compositor, arranjador, professor de música, escritor de materiais didáticos e revisor pedagógico dos livros de História do Sistema Mackenzie de Ensino. Licenciado em História e mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Foto: bikeriderlondon/Shutterstock.com

Utilizando Música e História na Educação Infantil

Foto: Flávio Régis

Ideias e Inovações - Educação Infantil

Crianças participando de atividade musical em sala de aula.

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Em destaque

Material didático produzido para o Ensino Médio Saber ser, fazer, conviver, conhecer e escolher com sabedoria Nome do livro: ENSINO MÉDIO Escolher com Sabedoria O material didático produzido para o Ensino Médio contribui para uma educação de excelência, transformadora, crítica, ética, com princípios sólidos e comprometida com a formação plena do aluno, a fim de que ele obtenha as condições necessárias para se adaptar a novas situações, fazer suas escolhas, estabelecer projetos de vida, prosseguir nos estudos e encarar os desafios do mercado de trabalho com o compromisso de servir a Deus e à sociedade de maneira participativa e responsável. Os livros abordam os conteúdos de forma a despertar o interesse do aluno e estimular a pesquisa, a investigação e o desenvolvimento de ideias próprias. Tam­­­bém incentivam o protagonismo do aluno na produção individual e cola­bo­ rativa do conhecimento, estimu­lando sua autonomia e seu compromisso no de­ sempenho acadêmico pessoal e coleti­vo. u Material de apoio escolar para o alu­no √ Livro didático para todos os com­po­ nentes curriculares do segmento – viabiliza o trabalho do professor no bimestre ou trimestre e está organizado por unidades e capítulos sequenciais, o que permite o avanço contínuo da ampliação de conhecimentos, tanto em extensão quanto em profundidade por meio de atividades que privilegiam a análise, a indução e a sistematização dos conteúdos.

10 | Revista SME

√ Livro didático para o aluno da 3ª série – composto para revisão e reforço de conteúdos essenciais, visando às provas oficiais de acesso às Universidades. √ Caderno de atividades – exercícios e questões no padrão Enem e vestibular, de diferentes tipos e graus de dificuldade e que possibilitam aplicação e fixação dos conteúdos e atividades que exploram as diferentes habilidades e formas de aprender. √ Atividades práticas para as aulas em am­bientes especiais e laboratórios. √ CD de áudio de Inglês e Espanhol.

u Diferenciais l Projeto gráfico inovador, contem­­­­­po­ râneo, atraente e motivador; interage com o conteúdo e favorece a aprendizagem; apresenta algumas carac­te­­­rísticas especí­ ficas que auxiliam alunos com alguns quadros de dificuldade de aprendizagem - tais como daltonismo, dislexia e o transtorno de déficit de atenção e hipe­ ratividade - a acessar o conteúdo do livro; explora a linguagem infográfica e traz ilustrações e imagens com estratégica utilização de cores. Os livros e o caderno de atividades de cada disciplina estão divi­ didos em dois volumes por série, para faci­ litar seu transporte e sua manipulação. l Uso de diagramas que reforçam o con­­teúdo trabalhado. l Discute os valores morais e sociais pertinentes e relevantes à construção da autonomia e formação integral do aluno. l Explora os diferentes recursos de texto, de imagem e da Web. l “Revisão, fixação e treinamento” e

Simulados (online), um banco de questões do ENEM e dos principais vestibulares de diferentes regiões brasileiras. l Projeto Pensando Enem, um mate­rial in­­­terativo online de apoio aos estudos com ênfase no preparo para a prova oficial do Enem, através do Portal do SME. u Material de apoio ao professor √ O Manual de orientação pedagógica aborda: l a mediação da aprendizagem inte­ grada à cosmovisão cristã; l o modelo cognitivo-interacionista; l a relevância dos conteúdos abor­ dados e sua aplicabilidade; l estratégias e recursos didáticos, ati­­ vi­­­dades complementares, tecnologias da informação e comunicação, filmes, si­tes, leituras e fontes de pesquisas com­ple­­­ mentares; l o quadro de conteúdos com objeti­ vos, competências e habilidades por série. √ Portal do SME – gestão de con­teúdos pedagógicos na internet. √ Assessoria pedagógica e capacitação do professor. Material para a 1ª série, disponível a partir de 2015

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Em destaque

Material didático produzido para o Ensino Médio Saber ser, fazer, conviver, conhecer e escolher com sabedoria Nome do livro: ENSINO MÉDIO Escolher com Sabedoria O material didático produzido para o Ensino Médio contribui para uma educação de excelência, transformadora, crítica, ética, com princípios sólidos e comprometida com a formação plena do aluno, a fim de que ele obtenha as condições necessárias para se adaptar a novas situações, fazer suas escolhas, estabelecer projetos de vida, prosseguir nos estudos e encarar os desafios do mercado de trabalho com o compromisso de servir a Deus e à sociedade de maneira participativa e responsável. Os livros abordam os conteúdos de forma a despertar o interesse do aluno e estimular a pesquisa, a investigação e o desenvolvimento de ideias próprias. Tam­­­bém incentivam o protagonismo do aluno na produção individual e cola­bo­ rativa do conhecimento, estimu­lando sua autonomia e seu compromisso no de­ sempenho acadêmico pessoal e coleti­vo. u Material de apoio escolar para o alu­no √ Livro didático para todos os com­po­ nentes curriculares do segmento – viabiliza o trabalho do professor no bimestre ou trimestre e está organizado por unidades e capítulos sequenciais, o que permite o avanço contínuo da ampliação de conhecimentos, tanto em extensão quanto em profundidade por meio de atividades que privilegiam a análise, a indução e a sistematização dos conteúdos.

10 | Revista SME

√ Livro didático para o aluno da 3ª série – composto para revisão e reforço de conteúdos essenciais, visando às provas oficiais de acesso às Universidades. √ Caderno de atividades – exercícios e questões no padrão Enem e vestibular, de diferentes tipos e graus de dificuldade e que possibilitam aplicação e fixação dos conteúdos e atividades que exploram as diferentes habilidades e formas de aprender. √ Atividades práticas para as aulas em am­bientes especiais e laboratórios. √ CD de áudio de Inglês e Espanhol.

u Diferenciais l Projeto gráfico inovador, contem­­­­­po­ râneo, atraente e motivador; interage com o conteúdo e favorece a aprendizagem; apresenta algumas carac­te­­­rísticas especí­ ficas que auxiliam alunos com alguns quadros de dificuldade de aprendizagem - tais como daltonismo, dislexia e o transtorno de déficit de atenção e hipe­ ratividade - a acessar o conteúdo do livro; explora a linguagem infográfica e traz ilustrações e imagens com estratégica utilização de cores. Os livros e o caderno de atividades de cada disciplina estão divi­ didos em dois volumes por série, para faci­ litar seu transporte e sua manipulação. l Uso de diagramas que reforçam o con­­teúdo trabalhado. l Discute os valores morais e sociais pertinentes e relevantes à construção da autonomia e formação integral do aluno. l Explora os diferentes recursos de texto, de imagem e da Web. l “Revisão, fixação e treinamento” e

Simulados (online), um banco de questões do ENEM e dos principais vestibulares de diferentes regiões brasileiras. l Projeto Pensando Enem, um mate­rial in­­­terativo online de apoio aos estudos com ênfase no preparo para a prova oficial do Enem, através do Portal do SME. u Material de apoio ao professor √ O Manual de orientação pedagógica aborda: l a mediação da aprendizagem inte­ grada à cosmovisão cristã; l o modelo cognitivo-interacionista; l a relevância dos conteúdos abor­ dados e sua aplicabilidade; l estratégias e recursos didáticos, ati­­ vi­­­dades complementares, tecnologias da informação e comunicação, filmes, si­tes, leituras e fontes de pesquisas com­ple­­­ mentares; l o quadro de conteúdos com objeti­ vos, competências e habilidades por série. √ Portal do SME – gestão de con­teúdos pedagógicos na internet. √ Assessoria pedagógica e capacitação do professor. Material para a 1ª série, disponível a partir de 2015

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Para refletir

Educação: Importância e Limites Por Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa é Pastor presbiteriano, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação de Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

12 | Revista SME

A educação é um fenômeno “tipicamente humano”. Os animais podem ser adestrados, mas só o ser humano pode ser educado. A educação é fundamental para a construção e transformação social. O pro­­­­­­gresso está associado diretamente à edu­ cação. Contudo, ela é mais do que a trans­missão de informações; ela consiste, prin­­­cipalmente, na formação ética do homem. A educação moral visa formar homens com valores éticos que envolvam responsabilidades com Deus, consigo mesmo, com o seu próximo e com a sua pátria. Ela engloba o homem todo, considerando-o como ser religioso, racional, emotivo, livre e responsável. A genuína educação visa formar o homem para viver criativamente em sociedade, a fim de que ele possa assimilar, adaptar e transformar a cultura, por meio de um posicionamento racional, emocional e moral; ou seja, que o homem viva e atue em seu meio, com a integridade do seu ser. Isto só se torna possível se conse-

guirmos despertar em nossos alunos o amor e o comprometimento incondicional com a busca da verdade. Em outras palavras, compromisso com Deus e a Sua Palavra. Todavia, se a educação é extremamente relevante, devemos observar que ela não resolve todos os problemas sociais, morais e espirituais. A educação pode nos mostrar o certo e nos estimular a praticá-lo; contudo, entre o conhecimento do certo e a sua prática, há uma grande distância (Leia: Rm 7.1424). A doutrina da depravação total é um pressuposto fundamental à educação cristã. O filósofo grego Platão (427-347 a.C.), seguindo o conceito de seu mestre Sócrates (469-399 a.C.), entendia que o homem pratica o mal por ignorar o bem. O problema, para Platão, foi conseguir demonstrar a sua tese por meio do relacionamento com o seu “discípulo” de Siracusa, Dionísio, o Jovem. Este, cansado de suas lições, mandou Platão de volta para Atenas. Em outro período (361 a.C.), quando Platão, a seu pedido, elaborou uma nova Constituição para Siracusa o monarca, não se agradando da mesma, o aprisionou. Este é apenas um exemplo, entre diversos que a história registra, de homens que sabiam a verdade, porém seguiam caminhos opostos. Judas Iscariotes, por exemplo, teve consigo a companhia de 11 discípulos e o maior mestre de todos, Jesus Cristo, o Deus encarnado. No entanto, nunca se tornou de fato um discípulo de Cristo. Tendo um cargo de confiança, sendo responsável por cuidar dos donativos de pessoas generosas que queriam ajudar a Jesus, ele retirava para si sorrateiramente parte do que era depositado (Jo 12.6). Judas esteve com Cristo, conviveu e ouviu a Cristo, mas nunca se tornou seu discípulo. O mero ensino não torna ninguém cristão. Sem a regeneração – a ação transformadora e vitalizadora do Espírito – implantando

em nós um novo princípio de vida espiritual, não há vida. O Espírito é vida, sendo a fonte e o doador da vida: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2/Jo 6.63; 2Co 3.6; Gl 6.8). Por intermédio do Espírito somos recriados para que possamos responder com fé à Palavra reivindicatória de Deus (Jo 3.5,6,8/ Tt 3.5). A regeneração antecede a fé: antes, estávamos mortos, portanto, incapazes de atender as reivindicações de Cristo e de ver o glorioso Reino de Deus. É o Espírito Quem nos capacita a receber a graça, iniciando uma nova vida em nossos corações, na qual temos os nossos olhos abertos e os corações voltados para a Palavra de Deus. Antes, amávamos o pecado, agora, agrada-nos fazer a vontade de Deus (Sl 119.16,77,97105/1Jo 5.1-5). O Espírito infunde em nós uma nova disposição que nos conduz em direção à vontade de Deus em uma santa e prazerosa obediência. O novo nascimento não é um produto acabado. Antes, é o início de um novo caminho de vida modelado pelo Espírito por meio da Palavra. Reafirmamos a importância do ensino; todavia, enfatizamos que é o Espírito Santo Quem nos capacita a fazer a vontade de Deus, a seguir os Seus mandamentos. Estar convencido de uma verdade não capacita ninguém a praticá-la (Leia: Jo 15.5; Fp 2.13; 1Jo 5.3-5). Por outro lado, devemos também reconhecer que “Deus opera através de processos naturais de maneira sobrenatural”.1 Nós, como professores, somos os instrumentos naturais de Deus para uma obra que transcende nossa capacidade de compreensão: a transformação e edificação do homem. Deus, em Sua soberania, se dignou em nos

usar como Seus “instrumentos naturais” pa­­­­ra a transmissão da Sua Palavra sobrenatural, daí a ênfase divina no ensino da Palavra (Leia: Dt 6.6-9; Pv 22.6; Os 4.6; Mt 28.18-20/1Tm 4.1). O Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Para tanto, o homem precisa conhecer o Evangelho, ser instruído a respeito do seu teor, e compete à Igreja fazê-lo. À Igreja, cabe a responsabilidade intransferível de pregar o Evangelho a toda criatura. “A mais importante implicação da catolicidade da igreja, observa Kuiper, é seu solene dever de proclamar o evangelho de Jesus Cristo a todas as nações e tribos da terra”.2 Van Horn declara o seguinte: “O mestre cristão deveria descobrir o propósito do ensino: a formação do homem em sua personalidade independente servindo a Deus segundo Sua Palavra. Este propósito pode alcançar-se unicamente promovendo uma submissão obediente à Palavra de Deus tanto do mestre como do aluno. “O ensino, segundo a Bíblia, é simplesmente a satisfação de uma necessidade divinamente ordenada (a renovação do homem caído e redimido no que Deus queria que ele fosse), em uma maneira divinamente ordenada (o uso de métodos consequentes com a autoridade máxima, as Escrituras) ”.3 Colocando a questão em outros termos, afirmamos que o objetivo final da Educação Cristã é conduzir o povo de Deus a viver para glória dEle em todos os seus atos. Deste modo, podemos dizer que “o mais alto objetivo da educação deve ser, então, ajudar os seres humanos no desenvolvimento do conhecimento, habilidades e atitudes que contribuam para que eles possam glorificar e agradar melhor a Deus”. 4 Que Deus nos ajude neste santo propósito!

Lawrence O. Richards, Teologia da Educação Cristã, São Paulo: Vida Nova, 1980, p. 254. R.B. Kuiper, El Cuerpo Glorioso de Cristo, Grand Rapids, Michigan: SLC., 1985, p. 60. Leonard T. Van Horn, Enseñar, Enseñaza, Maestro: In: E.F. Harrison, ed. Diccionario de Teologia, Grand Rapids, Michigan: TELL., 1985, p. 191b. 4 John A. Hughes, Por que Educação Cristã e não Doutrinação Secular? In: John F. MacArthur, Jr. ed. ger. Pense Biblicamente! Recuperando a visão cristã do mundo, São Paulo: Hagnos, 2005, p. 376. 1

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Educação: Importância e Limites Por Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa é Pastor presbiteriano, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação de Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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A educação é um fenômeno “tipicamente humano”. Os animais podem ser adestrados, mas só o ser humano pode ser educado. A educação é fundamental para a construção e transformação social. O pro­­­­­­gresso está associado diretamente à edu­ cação. Contudo, ela é mais do que a trans­missão de informações; ela consiste, prin­­­cipalmente, na formação ética do homem. A educação moral visa formar homens com valores éticos que envolvam responsabilidades com Deus, consigo mesmo, com o seu próximo e com a sua pátria. Ela engloba o homem todo, considerando-o como ser religioso, racional, emotivo, livre e responsável. A genuína educação visa formar o homem para viver criativamente em sociedade, a fim de que ele possa assimilar, adaptar e transformar a cultura, por meio de um posicionamento racional, emocional e moral; ou seja, que o homem viva e atue em seu meio, com a integridade do seu ser. Isto só se torna possível se conse-

guirmos despertar em nossos alunos o amor e o comprometimento incondicional com a busca da verdade. Em outras palavras, compromisso com Deus e a Sua Palavra. Todavia, se a educação é extremamente relevante, devemos observar que ela não resolve todos os problemas sociais, morais e espirituais. A educação pode nos mostrar o certo e nos estimular a praticá-lo; contudo, entre o conhecimento do certo e a sua prática, há uma grande distância (Leia: Rm 7.1424). A doutrina da depravação total é um pressuposto fundamental à educação cristã. O filósofo grego Platão (427-347 a.C.), seguindo o conceito de seu mestre Sócrates (469-399 a.C.), entendia que o homem pratica o mal por ignorar o bem. O problema, para Platão, foi conseguir demonstrar a sua tese por meio do relacionamento com o seu “discípulo” de Siracusa, Dionísio, o Jovem. Este, cansado de suas lições, mandou Platão de volta para Atenas. Em outro período (361 a.C.), quando Platão, a seu pedido, elaborou uma nova Constituição para Siracusa o monarca, não se agradando da mesma, o aprisionou. Este é apenas um exemplo, entre diversos que a história registra, de homens que sabiam a verdade, porém seguiam caminhos opostos. Judas Iscariotes, por exemplo, teve consigo a companhia de 11 discípulos e o maior mestre de todos, Jesus Cristo, o Deus encarnado. No entanto, nunca se tornou de fato um discípulo de Cristo. Tendo um cargo de confiança, sendo responsável por cuidar dos donativos de pessoas generosas que queriam ajudar a Jesus, ele retirava para si sorrateiramente parte do que era depositado (Jo 12.6). Judas esteve com Cristo, conviveu e ouviu a Cristo, mas nunca se tornou seu discípulo. O mero ensino não torna ninguém cristão. Sem a regeneração – a ação transformadora e vitalizadora do Espírito – implantando

em nós um novo princípio de vida espiritual, não há vida. O Espírito é vida, sendo a fonte e o doador da vida: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2/Jo 6.63; 2Co 3.6; Gl 6.8). Por intermédio do Espírito somos recriados para que possamos responder com fé à Palavra reivindicatória de Deus (Jo 3.5,6,8/ Tt 3.5). A regeneração antecede a fé: antes, estávamos mortos, portanto, incapazes de atender as reivindicações de Cristo e de ver o glorioso Reino de Deus. É o Espírito Quem nos capacita a receber a graça, iniciando uma nova vida em nossos corações, na qual temos os nossos olhos abertos e os corações voltados para a Palavra de Deus. Antes, amávamos o pecado, agora, agrada-nos fazer a vontade de Deus (Sl 119.16,77,97105/1Jo 5.1-5). O Espírito infunde em nós uma nova disposição que nos conduz em direção à vontade de Deus em uma santa e prazerosa obediência. O novo nascimento não é um produto acabado. Antes, é o início de um novo caminho de vida modelado pelo Espírito por meio da Palavra. Reafirmamos a importância do ensino; todavia, enfatizamos que é o Espírito Santo Quem nos capacita a fazer a vontade de Deus, a seguir os Seus mandamentos. Estar convencido de uma verdade não capacita ninguém a praticá-la (Leia: Jo 15.5; Fp 2.13; 1Jo 5.3-5). Por outro lado, devemos também reconhecer que “Deus opera através de processos naturais de maneira sobrenatural”.1 Nós, como professores, somos os instrumentos naturais de Deus para uma obra que transcende nossa capacidade de compreensão: a transformação e edificação do homem. Deus, em Sua soberania, se dignou em nos

usar como Seus “instrumentos naturais” pa­­­­ra a transmissão da Sua Palavra sobrenatural, daí a ênfase divina no ensino da Palavra (Leia: Dt 6.6-9; Pv 22.6; Os 4.6; Mt 28.18-20/1Tm 4.1). O Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Para tanto, o homem precisa conhecer o Evangelho, ser instruído a respeito do seu teor, e compete à Igreja fazê-lo. À Igreja, cabe a responsabilidade intransferível de pregar o Evangelho a toda criatura. “A mais importante implicação da catolicidade da igreja, observa Kuiper, é seu solene dever de proclamar o evangelho de Jesus Cristo a todas as nações e tribos da terra”.2 Van Horn declara o seguinte: “O mestre cristão deveria descobrir o propósito do ensino: a formação do homem em sua personalidade independente servindo a Deus segundo Sua Palavra. Este propósito pode alcançar-se unicamente promovendo uma submissão obediente à Palavra de Deus tanto do mestre como do aluno. “O ensino, segundo a Bíblia, é simplesmente a satisfação de uma necessidade divinamente ordenada (a renovação do homem caído e redimido no que Deus queria que ele fosse), em uma maneira divinamente ordenada (o uso de métodos consequentes com a autoridade máxima, as Escrituras) ”.3 Colocando a questão em outros termos, afirmamos que o objetivo final da Educação Cristã é conduzir o povo de Deus a viver para glória dEle em todos os seus atos. Deste modo, podemos dizer que “o mais alto objetivo da educação deve ser, então, ajudar os seres humanos no desenvolvimento do conhecimento, habilidades e atitudes que contribuam para que eles possam glorificar e agradar melhor a Deus”. 4 Que Deus nos ajude neste santo propósito!

Lawrence O. Richards, Teologia da Educação Cristã, São Paulo: Vida Nova, 1980, p. 254. R.B. Kuiper, El Cuerpo Glorioso de Cristo, Grand Rapids, Michigan: SLC., 1985, p. 60. Leonard T. Van Horn, Enseñar, Enseñaza, Maestro: In: E.F. Harrison, ed. Diccionario de Teologia, Grand Rapids, Michigan: TELL., 1985, p. 191b. 4 John A. Hughes, Por que Educação Cristã e não Doutrinação Secular? In: John F. MacArthur, Jr. ed. ger. Pense Biblicamente! Recuperando a visão cristã do mundo, São Paulo: Hagnos, 2005, p. 376. 1

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Revista SME | 13


Olhares

Breve História da Educação Escolar Cristã Por Alderi Souza de Matos

Alderi Souza de Matos é Pastor presbiteriano, doutor em Teologia (Th.D.) pela Universidade de Boston, professor no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ), historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil e autor de livros e artigos sobre temas históricos.

Quando se fala em educação cristã no sentido amplo, dois aspectos estão incluídos. Um deles é a educação religiosa no âmbito da igreja, tendo como objetivo primário o estudo da Bíblia e o cultivo da vida espiritual no contexto da comunidade cristã. O outro aspecto é a educação escolar, ou seja, a formação intelectual nas diferentes áreas do conhecimento, porém, sob a inspiração de pressupostos e princípios cristãos. Ao longo dos séculos, o cris-

Escola Americana de São Paulo

14 | Revista SME

tianismo deu mais ênfase à primeira dessas preocupações. Na época do Antigo Testamento, a educação das crianças e jovens israelitas era essencialmente informal, no contexto da família e da vida comunitária. Após o cativeiro babilônico, com a ocorrência da dispersão dos judeus pelo mundo ou da, também chamada, Diáspora, surgiu uma instituição que possuía, entre outras, funções educacionais: a sinagoga. Ao despontar o cristianismo, não foi criada uma instituição correspondente. Para a formação acadêmica de seus filhos, os cristãos continuaram a utilizar o excelente sistema escolar greco-romano. Isso criava um sério problema, pois tal sistema era moldado por uma cosmovisão pagã. A partir do 2º e do 3º século, surgiu, no âmbito da igreja, a instituição do catecumenato, um recurso para treinar os candidatos ao batismo nos elementos básicos da fé cristã. Algumas dessas escolas ampliaram os seus currículos com o objetivo de oferecer a jovens promissores uma formação intelectual mais aprimorada. As escolas catequéticas de Alexandria, Antioquia, Cesareia e outras foram as primeiras escolas cristãs propriamente ditas. No fim do período antigo, com o crescente predomínio do cristianismo na Europa ocidental, surgiram escolas cristãs anexas às principais igrejas urbanas, chamadas escolas episcopais. Em regiões rurais, foram criados muitos centros educacionais ligados a uma influente e vigorosa instituição – o monasticismo. Algumas das mentes mais brilhantes da Idade Média cristã tiveram sua formação espiritual e intelectual nessas escolas monásticas.

Professores da Escola Americana.

Finalmente, após o início do segundo milênio da Era Cristã, começaram a se estruturar as notáveis instituições de ensino que foram as universidades, entre as quais as de Paris, Oxford e Bolonha. Nesse novo ambiente floresceu uma importante síntese entre teologia e filosofia, fé e razão, que ficou conhecida como escolasticismo. Os estudos básicos eram compostos pelo trivium (gramática, retórica, dialética) e o quadrivium (aritmética, geometria, música e astronomia). A influência cristã ainda era predominante, em um contexto de hegemonia da Igreja Católica Romana, mas já se manifestava uma tendência secularizante estimulada pelo Renascimento. Com o advento do protestantismo, a questão educacional adquiriu grande relevância. O novo movimento, centrado nas Escrituras, valorizou altamente a alfabetização, a educação e a criação de escolas para todas as crianças. Os reformadores escreveram amplamente sobre o assunto e criaram valiosas instituições de ensino, como a Academia de Genebra, inaugurada por João Calvino em 1559. O objetivo era preparar indivíduos para o serviço a Deus na igreja e na sociedade. Os países nos quais se implantou a Reforma, como Alemanha, Suíça, Holanda, Inglaterra e Escócia, experimentaram grande aprimoramento de seus sistemas educacionais. Nessas nações, os protestantes criaram não somente escolas de ensino primário e secundário, mas tam-

bém muitas universidades. Os calvinistas ingleses ou puritanos valorizavam o binômio “erudição e piedade”, levando seus ideais para o Novo Mundo, a América. No final do século XVII, a Nova Inglaterra se tornou uma das regiões mais avançadas do mundo em termos educacionais, sendo praticamente ausente o analfabetismo. Com o advento do Iluminismo, no século XVIII, intensificou-se a secularização no âmbito educacional. Nos Estados Unidos, ocorreu um progressivo declínio da influência cristã nas escolas públicas. Em resposta a isso, as igrejas criaram um grande número de escolas confessionais que tiveram diferentes graus de êxito na aplicação de princípios cristãos na educação. Essa situação se mantém até o presente: o predomínio de uma perspectiva secularista em grande parte da educação pública e particular, e o esforço das igrejas, nem sempre bem-sucedido, no sentido de educar a infância e a juventude dentro de uma

Mackenzie College.

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Olhares

Breve História da Educação Escolar Cristã Por Alderi Souza de Matos

Alderi Souza de Matos é Pastor presbiteriano, doutor em Teologia (Th.D.) pela Universidade de Boston, professor no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ), historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil e autor de livros e artigos sobre temas históricos.

Quando se fala em educação cristã no sentido amplo, dois aspectos estão incluídos. Um deles é a educação religiosa no âmbito da igreja, tendo como objetivo primário o estudo da Bíblia e o cultivo da vida espiritual no contexto da comunidade cristã. O outro aspecto é a educação escolar, ou seja, a formação intelectual nas diferentes áreas do conhecimento, porém, sob a inspiração de pressupostos e princípios cristãos. Ao longo dos séculos, o cris-

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tianismo deu mais ênfase à primeira dessas preocupações. Na época do Antigo Testamento, a educação das crianças e jovens israelitas era essencialmente informal, no contexto da família e da vida comunitária. Após o cativeiro babilônico, com a ocorrência da dispersão dos judeus pelo mundo ou da, também chamada, Diáspora, surgiu uma instituição que possuía, entre outras, funções educacionais: a sinagoga. Ao despontar o cristianismo, não foi criada uma instituição correspondente. Para a formação acadêmica de seus filhos, os cristãos continuaram a utilizar o excelente sistema escolar greco-romano. Isso criava um sério problema, pois tal sistema era moldado por uma cosmovisão pagã. A partir do 2º e do 3º século, surgiu, no âmbito da igreja, a instituição do catecumenato, um recurso para treinar os candidatos ao batismo nos elementos básicos da fé cristã. Algumas dessas escolas ampliaram os seus currículos com o objetivo de oferecer a jovens promissores uma formação intelectual mais aprimorada. As escolas catequéticas de Alexandria, Antioquia, Cesareia e outras foram as primeiras escolas cristãs propriamente ditas. No fim do período antigo, com o crescente predomínio do cristianismo na Europa ocidental, surgiram escolas cristãs anexas às principais igrejas urbanas, chamadas escolas episcopais. Em regiões rurais, foram criados muitos centros educacionais ligados a uma influente e vigorosa instituição – o monasticismo. Algumas das mentes mais brilhantes da Idade Média cristã tiveram sua formação espiritual e intelectual nessas escolas monásticas.

Professores da Escola Americana.

Finalmente, após o início do segundo milênio da Era Cristã, começaram a se estruturar as notáveis instituições de ensino que foram as universidades, entre as quais as de Paris, Oxford e Bolonha. Nesse novo ambiente floresceu uma importante síntese entre teologia e filosofia, fé e razão, que ficou conhecida como escolasticismo. Os estudos básicos eram compostos pelo trivium (gramática, retórica, dialética) e o quadrivium (aritmética, geometria, música e astronomia). A influência cristã ainda era predominante, em um contexto de hegemonia da Igreja Católica Romana, mas já se manifestava uma tendência secularizante estimulada pelo Renascimento. Com o advento do protestantismo, a questão educacional adquiriu grande relevância. O novo movimento, centrado nas Escrituras, valorizou altamente a alfabetização, a educação e a criação de escolas para todas as crianças. Os reformadores escreveram amplamente sobre o assunto e criaram valiosas instituições de ensino, como a Academia de Genebra, inaugurada por João Calvino em 1559. O objetivo era preparar indivíduos para o serviço a Deus na igreja e na sociedade. Os países nos quais se implantou a Reforma, como Alemanha, Suíça, Holanda, Inglaterra e Escócia, experimentaram grande aprimoramento de seus sistemas educacionais. Nessas nações, os protestantes criaram não somente escolas de ensino primário e secundário, mas tam-

bém muitas universidades. Os calvinistas ingleses ou puritanos valorizavam o binômio “erudição e piedade”, levando seus ideais para o Novo Mundo, a América. No final do século XVII, a Nova Inglaterra se tornou uma das regiões mais avançadas do mundo em termos educacionais, sendo praticamente ausente o analfabetismo. Com o advento do Iluminismo, no século XVIII, intensificou-se a secularização no âmbito educacional. Nos Estados Unidos, ocorreu um progressivo declínio da influência cristã nas escolas públicas. Em resposta a isso, as igrejas criaram um grande número de escolas confessionais que tiveram diferentes graus de êxito na aplicação de princípios cristãos na educação. Essa situação se mantém até o presente: o predomínio de uma perspectiva secularista em grande parte da educação pública e particular, e o esforço das igrejas, nem sempre bem-sucedido, no sentido de educar a infância e a juventude dentro de uma

Mackenzie College.

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Olhares

atmosfera e de uma cosmovisão cristã. Desde o século XIX, o Brasil foi alvo do trabalho missionário protestante norteamericano. Os presbiterianos foram especialmente ativos no âmbito da educação, tendo implantado muitas escolas ao redor do país. A maior delas veio a ser a Escola Americana de São Paulo (1870), depois transformada em Mackenzie College. A

partir de 1961, com a doação do patrimônio da instituição à Igreja Presbiteriana do Brasil, o Mackenzie gradualmente adquiriu uma nítida feição confessional. Isso resultou na elaboração do Sistema Mackenzie de Ensino, que há uma década beneficia grande número de escolas e estudantes com ricos materiais didáticos alicerçados nos valores bíblicos e reformados.

Ricas Histórias de Escolas Cristãs no Brasil Escola Presbiteriana Erasmo Braga... Ontem e Hoje A Escola Presbiteriana Erasmo Braga é uma entidade de confissão evangéli­ca mantida pela Igreja Presbiteriana do Bra­sil. Foi fundada em 6 de abril de 1939 por missio­ nários de Missão Leste do Brasil. Devido às constantes mudanças na direção no período de 1996 a 1999, a escola passou por momentos delicados, chegando quase à falência. No final do ano de 1999, com a chegada da nova diretora, Ester Duarte Gomes, iniciou-se o processo de restauração, consolidando seu crescimento e investindo tanto na área física como na qualificação de profissionais. A escola, hoje, com 75 anos, encontra-se com 1060 alunos matriculados da Educação Infantil ao 9º ano. Possui um ensino pautado na cosmovisão cristã e vários

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projetos em desenvolvimento. A aquisição do material didático do Sistema Mackenzie de Ensino em nossa escola fez toda a diferença, pois veio ao encontro de nossas necessidades. Os livros são preparados por professores titulados, como forma de assegurar a qualidade de ensino dos estudantes. Além de apresentarem conteúdos ricos e apropriados para o ensino, o diferencial dos livros é que também trazem embasamento teórico para a compreensão da visão de mundo do aluno, por meio da integração bíblica. A escola tem entendido o “Ide” de Cristo, semeando a sua palavra nos corações e atingindo não só o nosso aluno como também a sua família. O SME tem sido um dos caminhos para alcançarmos esse propósito. Sabemos que Deus tem agido de maneira sobrenatural em nosso meio. Além dos trabalhos que realizamos para a formação do aluno, cremos que cada semente plantada nos corações ao seu próprio tempo irá germinar. Por isso, nos dedicamos para que a nossa semeadura seja agradável e forte. Acreditamos que podemos gerar muitas árvores com frutos saudáveis, pensando em um futuro me­lhor. Deus, em sua infinita graça, tem olha­do por nós e nos abençoado. Léia Quiles Melhado Arcas Diretora

IPES - Uma História de Fé e Trabalho O IPES, como é conhecida a nossa escola, acaba de completar um quarto de século a serviço da sociedade tangaraense e de toda a região. Em 1988, o Rev. Marcos Rodrigues Isidoro dos Anjos propôs ao Conselho da IP de Tangará da Serra (MT), onde era pastor há dois anos, a criação de uma escola para servir a cidade com educação nos moldes das grandes escolas presbiterianas do Brasil. Assim, no final daquele ano, uma comissão presidida pelo Rev. Marcos apresentou o seu rela­ tório ao Conselho recomendando a cria­ ção da escola, o que aconteceu no dia 27 de dezembro. O referido pastor foi nomeado o seu primeiro diretor, a Profa. Altamir Porto a primeira coordenadora pe­dagógica e a Sra. Gláucia dos Anjos secretária e auxiliar da primeira professora, Nelma Antonietti. De lá para cá foram 25 anos de muitas realizações e árduo trabalho de toda a equipe para a aquisição do patrimônio, construção do prédio com mais de 2.000 m², quadra coberta, piscina, campo de futebol de grama, parque infantil com grama sintética e brinquedos em fibra, e praça de alimentação, com área total de 8.100 m² na segunda avenida mais importante da cidade. Atualmente a escola atende alunos da Educação Infantil completa, Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano, Ensino Médio e Cursinhos PréVestibulares com 675 alunos na unidade de Tangará da Serra, bem como uma filial em Sapezal, a 240 quilômetros, com mais 243 alunos. A escola tem como diretor o Rev. Marcos dos Anjos, seu fundador, com apoio da Profa. Altamir Porto, que faz parte do Conselho Administrativo, e da Profa. Luimar Lopes Torres de Souza, vicediretora. A Profa. Gláucia dos Anjos, que foi membro da comissão de fundação, é a secretária acadêmica da escola e

supervisiona a unidade filial com o diretor e a secretária financeira. A escola tem como mantenedora a IP de Tangará da Serra, que a administra por meio de uma Assembleia Geral composta de sete membros e presidida atualmente pelo Presb. Dr. Celso Borges de Moura. O IPES se prepara para prestar ser­ viços de Educação Superior à Distância, a partir de 2015, mediante convênio com a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Conta hoje com 73 funcionários em Tan­­­­­ gará da Serra e outros 37 em Sape­zal. Utiliza o material do Sistema Mac­ ken­ zie de Ensino nas duas unidades, da Educação Infantil até o 5º ano do En­ sino Fundamental, o que lhe dá maior fundamentação em sua filosofia de ensino. A escola se preocupa com a excelência no ensino, por meio de profissionais sele­ cionados e capacitados, além de ter forte marca confessional cristã em todos os seus serviços e no relacionamento com alunos, pais, colaboradores e a sociedade. Somos gratos ao Senhor por este empre­ endimento da nossa amada igreja em solo mato-grossense e brasileiro. Marcos R. I. dos Anjos Diretor

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atmosfera e de uma cosmovisão cristã. Desde o século XIX, o Brasil foi alvo do trabalho missionário protestante norteamericano. Os presbiterianos foram especialmente ativos no âmbito da educação, tendo implantado muitas escolas ao redor do país. A maior delas veio a ser a Escola Americana de São Paulo (1870), depois transformada em Mackenzie College. A

partir de 1961, com a doação do patrimônio da instituição à Igreja Presbiteriana do Brasil, o Mackenzie gradualmente adquiriu uma nítida feição confessional. Isso resultou na elaboração do Sistema Mackenzie de Ensino, que há uma década beneficia grande número de escolas e estudantes com ricos materiais didáticos alicerçados nos valores bíblicos e reformados.

Ricas Histórias de Escolas Cristãs no Brasil Escola Presbiteriana Erasmo Braga... Ontem e Hoje A Escola Presbiteriana Erasmo Braga é uma entidade de confissão evangéli­ca mantida pela Igreja Presbiteriana do Bra­sil. Foi fundada em 6 de abril de 1939 por missio­ nários de Missão Leste do Brasil. Devido às constantes mudanças na direção no período de 1996 a 1999, a escola passou por momentos delicados, chegando quase à falência. No final do ano de 1999, com a chegada da nova diretora, Ester Duarte Gomes, iniciou-se o processo de restauração, consolidando seu crescimento e investindo tanto na área física como na qualificação de profissionais. A escola, hoje, com 75 anos, encontra-se com 1060 alunos matriculados da Educação Infantil ao 9º ano. Possui um ensino pautado na cosmovisão cristã e vários

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projetos em desenvolvimento. A aquisição do material didático do Sistema Mackenzie de Ensino em nossa escola fez toda a diferença, pois veio ao encontro de nossas necessidades. Os livros são preparados por professores titulados, como forma de assegurar a qualidade de ensino dos estudantes. Além de apresentarem conteúdos ricos e apropriados para o ensino, o diferencial dos livros é que também trazem embasamento teórico para a compreensão da visão de mundo do aluno, por meio da integração bíblica. A escola tem entendido o “Ide” de Cristo, semeando a sua palavra nos corações e atingindo não só o nosso aluno como também a sua família. O SME tem sido um dos caminhos para alcançarmos esse propósito. Sabemos que Deus tem agido de maneira sobrenatural em nosso meio. Além dos trabalhos que realizamos para a formação do aluno, cremos que cada semente plantada nos corações ao seu próprio tempo irá germinar. Por isso, nos dedicamos para que a nossa semeadura seja agradável e forte. Acreditamos que podemos gerar muitas árvores com frutos saudáveis, pensando em um futuro me­lhor. Deus, em sua infinita graça, tem olha­do por nós e nos abençoado. Léia Quiles Melhado Arcas Diretora

IPES - Uma História de Fé e Trabalho O IPES, como é conhecida a nossa escola, acaba de completar um quarto de século a serviço da sociedade tangaraense e de toda a região. Em 1988, o Rev. Marcos Rodrigues Isidoro dos Anjos propôs ao Conselho da IP de Tangará da Serra (MT), onde era pastor há dois anos, a criação de uma escola para servir a cidade com educação nos moldes das grandes escolas presbiterianas do Brasil. Assim, no final daquele ano, uma comissão presidida pelo Rev. Marcos apresentou o seu rela­ tório ao Conselho recomendando a cria­ ção da escola, o que aconteceu no dia 27 de dezembro. O referido pastor foi nomeado o seu primeiro diretor, a Profa. Altamir Porto a primeira coordenadora pe­dagógica e a Sra. Gláucia dos Anjos secretária e auxiliar da primeira professora, Nelma Antonietti. De lá para cá foram 25 anos de muitas realizações e árduo trabalho de toda a equipe para a aquisição do patrimônio, construção do prédio com mais de 2.000 m², quadra coberta, piscina, campo de futebol de grama, parque infantil com grama sintética e brinquedos em fibra, e praça de alimentação, com área total de 8.100 m² na segunda avenida mais importante da cidade. Atualmente a escola atende alunos da Educação Infantil completa, Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano, Ensino Médio e Cursinhos PréVestibulares com 675 alunos na unidade de Tangará da Serra, bem como uma filial em Sapezal, a 240 quilômetros, com mais 243 alunos. A escola tem como diretor o Rev. Marcos dos Anjos, seu fundador, com apoio da Profa. Altamir Porto, que faz parte do Conselho Administrativo, e da Profa. Luimar Lopes Torres de Souza, vicediretora. A Profa. Gláucia dos Anjos, que foi membro da comissão de fundação, é a secretária acadêmica da escola e

supervisiona a unidade filial com o diretor e a secretária financeira. A escola tem como mantenedora a IP de Tangará da Serra, que a administra por meio de uma Assembleia Geral composta de sete membros e presidida atualmente pelo Presb. Dr. Celso Borges de Moura. O IPES se prepara para prestar ser­ viços de Educação Superior à Distância, a partir de 2015, mediante convênio com a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Conta hoje com 73 funcionários em Tan­­­­­ gará da Serra e outros 37 em Sape­zal. Utiliza o material do Sistema Mac­ ken­ zie de Ensino nas duas unidades, da Educação Infantil até o 5º ano do En­ sino Fundamental, o que lhe dá maior fundamentação em sua filosofia de ensino. A escola se preocupa com a excelência no ensino, por meio de profissionais sele­ cionados e capacitados, além de ter forte marca confessional cristã em todos os seus serviços e no relacionamento com alunos, pais, colaboradores e a sociedade. Somos gratos ao Senhor por este empre­ endimento da nossa amada igreja em solo mato-grossense e brasileiro. Marcos R. I. dos Anjos Diretor

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Percepção

Educador: vocação, paixão e propósito “É preciso acrescentar à inspiração a informação, à vocação a profissão, à imaginação o sentido do real” (Émile Planchard)

A tarefa de educar é sublime, prazerosa e das mais importantes, pois nos permite não apenas ensinar, como também aprender! E quando se trata de educadores cristãos, temos ainda a acrescentar que é chamado e vocação! Somos chamados a fazer o trabalho, somos vocacionados para isso. Deus, a cada um, “dá diferentes dons, segundo a graça que nos é concedida” (Romanos 12.6) e devemos glorificá-lo com tudo que temos, que somos e fazemos. Devemos também ter paixão pelo que fazemos, colocar nosso coração no exercício de nossa função. Ao realizar nossa tarefa, devemos fazê-lo intensamente, da melhor forma possível, pois a Bíblia nos orienta a: “tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” (colossenses 3.17). Débora Muniz “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um Oliveira possui caminho mais excelente”. (I Coríntios 12.31). licenciatura Christopher Day, em seu livro A paixão pelo ensino, diz que “ser apaixonado em Letras e pelo ensino não é unicamente demonstrar entusiasmo, mas também exercer Pedagogia; sua atividade de uma forma inteligente, baseando-se em princípios e valores”. pós-graduação em Educação. Que valores e princípios serão mais caros a um educador cristão, que É Diretora dos os valores e princípios bíblicos? Eles são o motivo da nossa paixão pela Sistemas educação. Nosso compromisso e nossa razão de ensinar! Mackenzie de Finalmente, ao exercer nossa profissão devemos fazê-lo com propósito. Ensino e AEJA É necessário que tenhamos bem claros nossos objetivos, a saber: promover a excelência acadêmica; contribuir para que os alunos desenvolvam seu potencial individual; encorajá-los a desenvolverem o espírito de cooperação, de solidariedade, de respeito próprio e respeito ao próximo; mas, sobretudo, ajudá-los a desenvolverem uma visão de mundo informada e transformada pelas verdades bíblicas. Desta forma, estaremos cumprindo o que nos recomendam as Escrituras: “(...) torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” e “Não te faças negligente para com o dom que há em ti”. (I Timoteo 4. 12 e 14). Que Deus nos capacite, nos oriente e nos sustente, fazendo “prosperar o trabalho de nossas mãos”! Débora B. M. Oliveira 18 | Revista SME

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Educador: vocação, paixão e propósito “É preciso acrescentar à inspiração a informação, à vocação a profissão, à imaginação o sentido do real” (Émile Planchard)

A tarefa de educar é sublime, prazerosa e das mais importantes, pois nos permite não apenas ensinar, como também aprender! E quando se trata de educadores cristãos, temos ainda a acrescentar que é chamado e vocação! Somos chamados a fazer o trabalho, somos vocacionados para isso. Deus, a cada um, “dá diferentes dons, segundo a graça que nos é concedida” (Romanos 12.6) e devemos glorificá-lo com tudo que temos, que somos e fazemos. Devemos também ter paixão pelo que fazemos, colocar nosso coração no exercício de nossa função. Ao realizar nossa tarefa, devemos fazê-lo intensamente, da melhor forma possível, pois a Bíblia nos orienta a: “tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” (colossenses 3.17). Débora Muniz “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um Oliveira possui caminho mais excelente”. (I Coríntios 12.31). licenciatura Christopher Day, em seu livro A paixão pelo ensino, diz que “ser apaixonado em Letras e pelo ensino não é unicamente demonstrar entusiasmo, mas também exercer Pedagogia; sua atividade de uma forma inteligente, baseando-se em princípios e valores”. pós-graduação em Educação. Que valores e princípios serão mais caros a um educador cristão, que É Diretora dos os valores e princípios bíblicos? Eles são o motivo da nossa paixão pela Sistemas educação. Nosso compromisso e nossa razão de ensinar! Mackenzie de Finalmente, ao exercer nossa profissão devemos fazê-lo com propósito. Ensino e AEJA É necessário que tenhamos bem claros nossos objetivos, a saber: promover a excelência acadêmica; contribuir para que os alunos desenvolvam seu potencial individual; encorajá-los a desenvolverem o espírito de cooperação, de solidariedade, de respeito próprio e respeito ao próximo; mas, sobretudo, ajudá-los a desenvolverem uma visão de mundo informada e transformada pelas verdades bíblicas. Desta forma, estaremos cumprindo o que nos recomendam as Escrituras: “(...) torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” e “Não te faças negligente para com o dom que há em ti”. (I Timoteo 4. 12 e 14). Que Deus nos capacite, nos oriente e nos sustente, fazendo “prosperar o trabalho de nossas mãos”! Débora B. M. Oliveira 18 | Revista SME

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