Uma jornada com propósito (amostra)

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uma

jornada

com propósito como minha paixão pelo jornalismo infantojuvenil impacta o presente (e o futuro) da juventude brasileira

Stéphanie Habrich

Com reportagem, texto e edição de Débora Lublinski e Maria Carolina Cristianini



uma

jornada

com propósito

como minha paixão pelo jornalismo infantojuvenil impacta o presente (e o futuro) da juventude brasileira

Stéphanie Habrich

Com reportagem, texto e edição de Débora Lublinski e Maria Carolina Cristianini



Aos meus filhos, Luca, Matteo e Nico, que deram o sentido maior Ă minha vida



su m ár io prefácio

Um projeto notável

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introdução

Meu encontro com o Joca abertura

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1. Em busca de protagonismo 2. O que é uma carreira

de sucesso?

3. Jornalismo para jovens e crianças:

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da paixão a um novo negócio 4. Toca, Peteca, Joca e a busca

por uma varinha mágica 5. Liderança e propósito

no século 21

6. Histórias da sala de aula epílogo

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posfácio

A importância da imprensa deve ser debatida na escola

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236

239

240

agradecimentos

Universo Joca

fontes consultadas quem fez



prefácio introdução abertura

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p r e fác i o

u m p r o je to n otáv e l

O

s tempos de pandemia me fizeram participar de algumas lives. Numa delas, mais recente, eu ouvi a seguinte pergunta: o que você recomenda para jornalistas em começo de profissão? Ao pensar na resposta, pensei neste livro. Depois das funções básicas de sobrevivência (sugar, emitir sons, engatinhar, falar), as crianças evoluem exercendo três ações: perguntar, ler e escrever. Pois são as três funções que definem o jornalista profissional adulto. É como se a criança que um dia viraria o repórter se encantasse tanto com a primeira porta aberta para o conhecimento que ali mesmo decidisse, ainda que inconscientemente: “É isso! É isso que quero fazer o resto da vida”. Tenho filhas gêmeas de 7 anos. Elas estudaram numa escolinha de bairro até os 5 anos e agora estão num colégio conteudista-progressista, uma combinação que nos pareceu boa. Até minha mulher e eu decidirmos pela finalista, visitamos várias escolas, de diversas tendências. Uma de nossas inquietações, sobre a qual nem todas estavam preparadas para responder, era: o.k., já sabemos como vocês alfabetizam, agora queremos saber como vocês fazem a alfabetização midiática. Ou seja, nós, pais e professores, estamos muito preocupados com o aprendizado tradicional, chamemos assim, de nossas crianças. Estaremos tão preocupados como deveríamos com o aprendizado que elas deverão ter para navegar na internet com segurança? No entanto, muitas delas chegam à primeira escola com o domínio

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completo de aparelhos como celulares e tablets. Estamos ensinando nossos filhos a lidar com as redes sociais? Com o bullying virtual? Com o compartilhamento de informações pessoais? Penso que não. E eles só saberão lidar com isso se tiverem uma formação sólida — sólida não quer dizer maçante. Aí entra o Joca, de Stéphanie Habrich. Por ser uma das crianças do começo deste texto, que decidiu pelo jornalismo muito cedo, eu conheci o projeto de vida dela numa de nossas primeiras tentativas de fazer uma parceria (que ainda vai sair!). Três aspectos do jornal distribuído a milhares de crianças me atraíram de cara: o didatismo; o fato de ser um produto impresso, como são os cadernos, os livros, os diários com que as crianças convivem na escola, o que torna o consumo do Joca natural para elas; e a falta de viés do noticiário apresentado para os pequenos leitores. Eu conheci o produto final e me empolguei muito com ele. O leitor deste livro agora conhecerá o making-of deste produto final e da vida por trás dele. A de Stéphanie, um ser humano notável.

Sérgio Dávila Diretor de redação da Folha de S.Paulo

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introdução

m e u e nco n t r o c o m o J o ca

R

espirei aliviada. A velha e boa sensação de missão cumprida havia confortavelmente chegado. As palmas de praxe acabavam e o cerimonialista já chamava o público para o intervalo de 20 minutos. Mas logo fui atropelada por uma emoção desconhecida. Foram poucos segundos de costas para o auditório, com o simples propósito de devolver o microfone usado na apresentação. Quando me dei conta, um senhor já estava ao meu lado. O rosto dominado por olhos vermelhos e lacrimejantes abriu espaço para a voz embargada. – Que bonito o que você disse no fim. Que é muito melhor sempre fazer “por alguma coisa” e não “contra alguma coisa”. A frase não havia sido planejada, apesar dos meus muitos ensaios solitários para a palestra daquele 13 de novembro de 2018. Apenas saiu da minha boca quando terminei de contar uma das diversas histórias de impacto envolvendo jovens e crianças que leem o Joca. Era o 3º Seminário IBGE de Portas Abertas Para a Escola. Ali, no Rio de Janeiro, eu estava diante de uma plateia cheia de professores e colegas jornalistas de outros veículos. Missão: falar sobre o jornalismo infantojuvenil do Joca, projeto pelo qual me apaixonei em menos de uma hora, no meu primeiro encontro com a Stéphanie Habrich, nos últimos dias de junho daquele mesmo ano.

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Quando o 13 de novembro chegou, eu ocupava o cargo de editora-chefe do jornal há menos de quatro meses. O frio na barriga foi quase glacial diante da responsabilidade de representar o Joca, minha mais recente paixão, em um encontro chancelado pelo IBGE. O senhor continuou: – É lindo o que vocês fazem. Não conhecia o Joca, mas é disso que o Brasil precisa. Só pude reagir com um abraço naquele que, enfim, apresentou-se como professor. Um abraço antes que eu também fosse às lágrimas. Depois de sabe-se lá quantas horas de aula ao longo da trajetória profissional daquele professor, os olhos dele ainda se permitiam a surpresa e a emoção. Diante do que lhe parecia tão inusitado quanto incrível. Tão impactante e tão necessário. A paixão se transformou ali mesmo. Meu amor pelo Joca estava instalado. Convido você, leitor das primeiras páginas deste livro, a compartilhar esse sentimento por meio do sonho da Stéphanie. Seja bem-vindo à história dos primeiros de muitos anos de uma transformação em plena atividade: a construção de uma geração ciente de seu papel ativo na sociedade.

Maria Carolina Cristianini, editora-chefe do jornal Joca

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abertura

“a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, nelson mandela

C

ostumo dizer que empreender é solitário. É uma paixão que se sente, pelo menos no começo, sozinho. É convencer, convencer, convencer... Convencer todo mundo o tempo todo — e, muitas vezes, a você mesmo — de que vale seguir por determinado caminho. Um caminho de persistência e plena convicção, sem muito tempo nem espaço para sentir pena de si mesmo. É por isso que a trajetória de cada negócio diz muito sobre o próprio empreendedor. Empreender exige um mergulho profundo nas águas do autoconhecimento, e nem sempre é um passeio tranquilo. Quando decidi escrever este livro, meu desejo era compartilhar e, talvez, inspirar aqueles que querem trabalhar para um mundo melhor. Voltar no tempo e trazer à tona as minhas memórias pessoais. Contar a história da editora Magia de Ler, da Toca e da Peteca, revistas que ainda quero voltar a publicar, e do jornal Joca, que hoje impacta o dia a dia de tantas escolas e de milhares de jovens e crianças, com o objetivo de transformar a realidade, criando a cultura no Brasil para a importância da leitura de notícias desde a infância. Quando leio as palavras de cada professor, aluno, coordenador pedagógico, pai, mãe, jornalista e especialista em educação, reunidas nas próximas páginas, abasteço meu coração para seguir em frente. Meu maior estímulo para persistir é ter certeza de estar contribuindo para a educação e formação de uma nova geração no Brasil.

Stéphanie Habrich, fundadora e diretora executiva do jornal Joca

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