Horpozim 32 anos

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índice

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PRESIDENTE

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TESTEMUNHOS

MUNICÍPIO DA PÓVOA

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31º ANIVERSÁRIO

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HOMENAGENS 32º ANIVERSÁRIO

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22 ÓRGÃOS SOCIAIS

JORNADAS TÉCNICAS

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PROTOCOLOS

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A HORPOZIM

SOPA D'A PÓVOA

Ficha técnica Propriedade: HORPOZIM - Associação Empresarial Hortícola Edição: Ilustrepágina Unip. Lda / MAIS/Semanário | Fotografia: Arquivo fotográfico HORPOZIM / MAIS/Semanário Impressão: Diário do Minho | Tiragem: 2.000 exemplares | Depósito Legal Nº 431375/19 | setembro 2019


32 ANOS

HORPOZIM ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL HORTÍCOLA

PRESIDENTE

HORPOZIM,

RENOVAÇÃO DE UM DESAFIO CONSTANTE

N

o passado mês de dezembro tomaram posse os órgãos sociais para o triénio 2020/2022, renovando toda a equipa o desafio de levar a cabo um trabalho que muitas vezes não é fácil, reiterando a missão da HORPOZIM de continuar a ser capazes de alavancar o setor. Os principais objetivos que a direção deseja atingir no corrente mandato é conseguir junto das autoridades melhores condições para desenvolver a nossa atividade, criar oportunidades de negócio para todos e ainda, muito mais do que a representação institucional, preocuparmo-nos em representar toda a fileira hortícola. Como Associação Empresarial ter a preocupação de, além daquilo que é a atividade empresarial por si só,

assumirmos responsabilidades sociais quer seja com os nossos assalariados quer seja com a própria sociedade. Assumimos também o papel de ir ao encontro do consumidor para estimular o consumo desmistificando informações erradas, colocadas a circular ao serviço de alguns lobbies instalados. Através da presença em Feiras, fazendo degustação de sopas e saladas, levamos até às donas de casa soluções alimentares fáceis e práticas de confecionar em detrimento do “fast food” e refeições pré confecionadas e aditivadas. Enquanto confrade honorário, a HORPOZIM participou contribuindo com os legumes para o maior arroz de Sardinha do mundo, recorde aferido pelo Guiness Book motivo de orgulho da comunidade poveira.

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Estamos localizados na maior bacia leiteira do País, e a economia circular ao nível do que são os efluentes pecuários é importante, e só a proximidade nos tem permitido manter a fertilidade dos solos. Alguns colegas implementaram técnicas hidropónicas, como recurso a problemas extremos no solo, mas os resultados demonstram que enquanto o tratarmos como um ecossistema vivo o tradicional continuará a prevalecer. Na nossa região há a tradição e conhecimento de produzir hortícolas que passa de pais para filhos, as areias que no passado foram enriquecidas com os sargaços, com o pilado e com as camas dos animais, transformando as areias estéreis em solo fértil adequado para a produção de hortícolas, precisa hoje de pessoas com sensibilidade no domínio da rizosfera. Nas décadas de 70 e 80 do século XX, a indústria química colocou inúmeros produtos à disposição do agricultor, estes produtos foram usados de forma intensiva, e rapidamente lixiviados através das areias para o aquífero, num tempo em que não havia saneamento básico, as águas subterrâneas ficaram poluídas. Hoje há elevada consciência, o horticultor faz parte da solução e não do problema. Os horticultores têm boas práticas, têm consciência ecológica, cumprem a legislação, usam as

doses corretas, respeitam os intervalos de segurança. Os agricultores fazem bem mas não têm tempo para estar a registar tudo, mas passa também por aí a necessária evolução. A introdução dos abelhões como agentes polinizadores nas culturas de frutos, veio revolucionar e virar a página na agricultura local, limitando o uso de químicos para não prejudicar o grande trabalho destes nossos aliados. Obrigou a uma especialização dos agricultores, hoje fazemos luta biológica através de largadas de auxiliares, pulverizamos com novos produtos como o Bacillus thuringiensis para as lagartas e B. subtilus para fungos, fazemos luta física como o uso do plástico em vez de aplicar herbicidas. Há soluções amigas do ambiente e amigas do produtor, pois ele é quem fica mais exposto aos químicos e por isso é o principal interessado em aderir a novas soluções. Por seu lado, os consumidores exigem cada vez mais, nomeadamente através das exigências dos supermercados através dos sistemas como Global GAP, cuja implementação e encaminhamento para certificação é assegurado pela Associação. Mas há uma outra necessidade: chamar mais jovens ao setor. Na UE a 28, num universo de 500 milhões de habitantes, o número de as pessoas afetas à agricultura, em geral, está a diminuir e só 6% têm menos de 35 anos.

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"OS HORTICULTORES TÊM BOAS PRÁTICAS, TÊM CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA, CUMPREM A LEGISLAÇÃO, USAM AS DOSES CORRETAS, RESPEITAM OS INTERVALOS DE SEGURANÇA"

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PRESIDENTE


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PRESIDENTE

Para uma região em que a Agricultura Familiar é uma realidade enraizada até na forma da passagem do acesso á terra, de pais para filhos e confrontados com a dicotomia Agricultura Biológica versus Agricultura Convencional, continuamos a acreditar no conhecimento cientifico, baseado na experimentação e conhecimento. Hoje há mais perigo na contaminação bacteriológica do que química, como aconteceu em 2011, a contaminação bacteriológica com Esterichea coli na Alemanha. O crescimento da população mundial continua e é preciso alimentar todos, tendo em conta a diminuição de terras aráveis e a crescente pressão urbana, pelo que enfrentámos um grande desafio no sentido de aumentar produtividades mediante áreas de cultivo mais diminutas. Há cerca de 10 anos a HORPOZIM lançou um projeto para criação de uma marca “D'A Póvoa”, elaborando um plano estratégico para a Horticultura local. Para além do reconhecimento dos consumidores, há necessidade de assegurar a implementação de procedimentos e criação de condições físicas para que o prestigio dos nossos produtos de excelência, correspondam também a uma plena segurança alimentar. Para isso eram necessários determinados requisitos nomeadamente a capacitação, registos, certificação, etc. que a própria legislação veio criar condições para tal. A chamada ao processo de todos os agentes económicos participantes na industria

"A HORPOZIM, ENQUANTO PORTA VOZ DESTA LABORIOSA INDÚSTRIA HORTÍCOLA, ASSEGURA QUE PARA ALÉM DE CULTIVARMOS ALIMENTOS, NÓS HORTICULTORES, PRODUZIMOS SAÚDE!"

que hoje sustenta a Horticultura local, acima de tudo pretende valorizar o produto Final! As melhores mudanças são aquelas que ninguém as vê mas que aconteceram de uma forma natural. É um processo que nos orgulhámos de fazer parte, em conjunto com os nossos associados, horticultores e empresários locais do sector, sabendo que para sobrevivermos num mercado global o segredo é a diferenciação pela qualidade! Fazendo uma introspeção da nossa realidade na ultima década, descobrimos a nossa capacidade de coabitar com harmonia no mesmo espaço físico onde está instalado um campo de Golf, Camping, caminhos de Santiago, Zona de Caça, Praias, etc, potenciando em conjunto a marca de origem coletiva “D'A Póvoa” de Varzim. Obviamente que estamos conscientes que outros contributos institucionais existiram para a atual realidade, e iniciativas facilitadoras do diálogo com o Associativismo local permitiu assumirmos um papel expoente da importância do setor na Região, as pontes criadas serão o garante da sustentabilidade no futuro. A HORPOZIM, enquanto porta voz desta laboriosa indústria Hortícola, assegura que para além de cultivarmos alimentos, nós horticultores, produzimos saúde! O Presidente da HORPOZIM Manuel António Silva

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PARABÉNS!

A

horticultura é, no nosso litoral (como a agropecuária, no interior), uma das principais atividades económicas do concelho. E uma e outra se impuseram como referências nacionais nos seus setores, afirmando a agricultura da Póvoa de Varzim como a mais competitiva (porque a mais qualificada) em todo o território nacional. O município, através do Pelouro das Atividades Económicas (e, para os assuntos que aqui quero abordar, também, e particularmente, através do Pelouro do Ambiente), tem dado ao setor a importância que ele merece, concretizando, ano após ano, os investimentos que, com os responsáveis daqueles setores económicos, consideramos estratégicos para a sua competitividade e para o seu crescimento. Na definição (e também, de algum modo, na implementação) destas políticas, a HORPOZIM (falo agora apenas do setor hortícola) tem sido parceiro privilegiado, porque é representativa, é credível, é responsável, é proactiva e – acrescento – porque tem consciência ambiental, num tempo em que esta é fundamental, a vários níveis, e desde logo para a cadeia alimentar, ou seja, para a segurança do consumidor. Na área de mais concentrada produção hortícola, a Câmara interveio fundamentalmente em 3 níveis: acessibilidades, criação de um ecocentro e criação de um parque de resíduos.

As acessibilidades, em área de reserva ecológica, têm de respeitar regulamentação específica, e respeitam-na – foram, aliás, como de imediato se comprovou, indutoras de maior respeito pelo meio, na medida em que à melhoria da rede de circulação correspondeu a imediata cessação de uma prática antiga: o despejo, na margem dos antigos e precários caminhos, de restos de produção e materiais correlativos. (E isto foi particularmente notado na frente litoral, junto ao passadiço entre o Campo de Futebol de Aguçadoura e o Campo de Golfe, na Estela – troço que, antes desta intervenção na rede viária, era local habitualmente conspurcado por despejos, e que, graças à nova visibilidade que entretanto adquiriu, passou a apresentar-se exemplarmente limpo, com todas as vantagens, em termos de imagem, uma vez que o referido passadiço é, além de percurso de caminhadas quotidianas para um grande, e crescente, número de poveiros, um lanço do caminho para Santiago, pela costa, também diariamente atravessado por muitos peregrinos, altamente sensíveis a questões de natureza ambiental). O ecocentro foi fundamental para que os tais produtos, que antes eram despejados ao longo dos esconsos caminhos existentes, pudessem ser depositados num local adequado, a partir do qual são encaminhados para reciclagem.

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E os resíduos verdes, por vezes abundantes (quer os da colheita, quer os sobrantes da produção anterior e não comercializados), encontram num parque específico o tratamento que, através da compostagem, os converterá em matéria orgânica, devolvendo-os à terra como fertilizantes naturais. Foi tudo isto que, em resultado do diálogo Município-HORPOZIM, se concretizou nos últimos tempos na área hortícola da Póvoa de Varzim, em territórios de Aguçadoura, Estela e Navais, com imediato reflexo na melhoria da imagem da horticultura. Quero salientar, e agradecer, a disponibilidade da HORPOZIM para cooperar, de forma relevante, em iniciativas do município, associando-se à nossa representação institucional, onde realiza iniciativas de promoção dos seus produtos, que muito justamente se orgulham de ser “da Póvoa”. É assim, cooperando, que queremos continuar. Porque só assim, todos juntos e puxando para o mesmo lado, temos a certeza do sucesso. Parabéns por este aniversário! E venha o próximo!

"É ASSIM, COOPERANDO, QUE QUEREMOS CONTINUAR. PORQUE SÓ ASSIM, TODOS JUNTOS E PUXANDO PARA O MESMO LADO, TEMOS A CERTEZA DO SUCESSO"

Póvoa de Varzim, Setembro de 2019 O Presidente da Câmara Municipal Aires Henrique do Couto Pereira

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TESTEMUNHO

DINAMISMO E RELEVÂNCIA DA INSTITUIÇÃO PARA O SETOR HORTÍCOLA

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Crédito Agrícola está desde a sua génese ligado ao setor primário e consequentemente à atividade agrícola. É com grande orgulho que somos um parceiro forte do setor e também da HORPOZIM. Ao longo do tempo temos disponibilizado instrumentos na área financeira e seguradora, através do protocolo existente entre as nossas duas Instituições. O protocolo centra-se em dois pilares do desenvolvimento das explorações hortícolas: acesso a condições preferenciais de financiamento e acesso à cobertura de riscos associados à prática agrícola, como, por exemplo, seguros de estufas, seguro de colheitas, seguro de acidentes de trabalho/acidentes pessoais, entre outros. Instrumentos disponibilizados

pelo Crédito Agrícola e Crédito Agrícola Seguros com o objetivo de otimizar a sustentabilidade das explorações hortícolas. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Póvoa de Varzim Vila do Conde e Esposende CRL centra a sua atividade no apoio financeiro e segurador, junto da sua área social. O nosso compromisso é apoiar a economia local fortalecendo o dinamismo característico das nossas gentes. Agradeço a parceria com a HORPOZIM e realço a sua importância para os nossos associados comuns. Felicito a HORPOZIM e todos os seus associados pelo dinamismo e relevância dessa Instituição para o setor hortícola. Feliz aniversário!

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TESTEMUNHO

SEGURANÇA ALIMENTAR 32 ANOS

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ELISABETE PIMENTA Engenheira Agrícola Mestre em Engenharia Agronómica

termo "Segurança Alimentar" começou a ser utilizado após o fim da Primeira Guerra Mundial. Com a traumática experiência da guerra, vivida sobretudo na Europa, tornou-se claro que um país poderia dominar o outro controlando o seu abastecimento de alimentos. A alimentação seria, assim, uma arma poderosa, principalmente se aplicada por uma grande potência num país que não tivesse a capacidade de produzir por conta própria e suficiente os seus alimentos. Portanto, esta questão adquiria um significado de segurança nacional para cada país, apontando para a necessidade de formação de stoks "estratégicos" de alimentos e fortalecendo a ideia de que a soberania de um país dependia de sua capacidade de auto-suficiência de alimentos. O aumento das exigências ao nível do consumidor e aparecimento de várias crises ao nível da produção

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de alimentos, com significativos impactos em termos económicos e na saúde pública, levaram à necessidade de se estabelecerem requisitos mínimos de higiene, diretamente relacionados com a segurança das matérias-primas produzidas e destinadas à alimentação humana em fresco, com especial destaque para os produtos hortofrutícolas frescos. Tornou-se necessário o estabelecimento de um conjunto de princípios higieno-sanitários a aplicar na produção primária deste tipo de produtos, que permitam reduzir, logo no início da cadeia, os riscos de contaminação com agentes químicos, microbiológicos e mesmo físicos. Desta forma, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) lançou um manual para ajuda dos produtores primários de vegetais (esclarecimento 1/2015), com o objetivo de sensibilizar os produtores dos procedimentos e práticas de higiene a adotarem.


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Ponto nº 3, salienta-se o Controlo de animais. Os animais domésticos são potenciais fontes de contaminação por poderem ser portadores ou vetores de vários agentes patogénicos, pelo que deve ser evitado o seu acesso às zonas de produção, manipulação e armazenagem dos alimentos. Recomenda-se impedir o acesso de animais domésticos ou de criação às áreas de cultivo durante as fases de produção e colheita, às zonas de armazenagem e manipulação ou às fontes de água para irrigação; Implementar um programa de controlo de pragas (roedores) em caso de armazenamento de produtos hortofrutícolas na exploração; Evitar pontos de atração para animais vadios. Qualquer produto suspeito de ter estado em contato direto com estes animais deve ser rejeitado. Ponto nº 4, Água. É necessário avaliar se água disponível se adequa à produção das frutas ou hortícolas em causa, tendo em consideração os seguintes aspetos: proveniência da água; método de irrigação; retenção/armazenagem da água; qualidade microbiológica e físico-química da água (análises); uso da água para outros fins que não a rega. O uso de água de má qualidade microbiológica pode constituir uma causa direta de contaminação das frutas e produtos hortícolas. A contaminação dos produtos depende do tempo de contacto e da carga microbiológica. Assim sendo, é também importante ter em conta o tipo de rega utilizado já que a rega por aspersão apresenta maior risco de contaminação do que, por exemplo, a rega gota-a-gota. Existem árvores de decisão a ter em conta na necessidade da realização de análises microbiológicas à água de irrigação.

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Entende-se por "produção primária", a produção, o cultivo e a colheita de vegetais e cogumelos; O armazenamento e manuseamento na própria exploração agrícola e o transporte dos vegetais e cogumelos dentro da própria exploração e da exploração até a um estabelecimento. Os produtores que se dedicam às atividades descritas devem cumprir, no âmbito da higiene e segurança alimentar, os requisitos constantes do Titulo I, Parte A, do Anexo I do Regulamento (CE) nº 852/2004. São vários os pontos a ter em consideração neste manual. No 1º ponto abordam-se os Perigos e fatores de risco em hortofrutícolas frescos (HFF). A produção primária destes produtos deve ter como finalidade a obtenção de qualidade e segurança. Para isso é necessário acautelar alguns perigos que podem existir durante o processo de cultivo, desig-

nadamente: perigos físicos (por ex. vidros, objetos metálicos, pedaços de madeira ou plástico, proveniente quer de caixas partidas quer de plástico de cobertura de solo ou fitas de rega), químicos (por ex. produtos fitofármacos – o não cumprimento do intervalo de segurança, dose excessiva ou derivas na aplicação, nitratos, metais pesados – chumbo e cádmio) e biológicos (de natureza microbiológica, designadamente bactérias, ou suas toxinas, fungos e vírus. As mais comuns a Salmonella spp. Escherichia coli). As contaminações microbiológicas ocorrem próximas da colheita (água de rega, inundações), na colheita (mãos dos trabalhadores) e pós-colheita (contaminação cruzada por água). No ponto nº 2 salienta-se a Higiene ambiental, em que o meio ambiente (solo, água e a própria cultura) constitui um reservatório de perigos microbiológicos e químicos que podem contaminar os hortofrutícolas cultivados. Por isso, é necessário garantir que a exploração agrícola está livre de qualquer risco que possa causar essa contaminação. O que se recomenda é avaliar a área de produção quanto ao uso anterior da área: criação de animais e áreas de depósito de lixo. Avaliar quanto à existência de fontes de contaminação vizinhas: explorações pecuárias, locais onde são armazenados fertilizantes orgânicos não tratados, zonas de compostagem, locais de acumulação de resíduos de atividades industriais e mineiras, efluentes domésticos, industriais ou pecuários, etc. E por último avaliar o potencial de contaminação da parcela agrícola por alagamento com águas superficiais poluídas (rios, lagos, canais, poços, etc.), ou águas provenientes de explorações pecuárias, locais de compostagem, ente outros.

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ELISABETE PIMENTA Engenheira Agrícola Mestre em Engenharia Agronómica

Ponto nº 5: Fertilizantes. A fertilização deve ser realizada de uma forma racional e de acordo com as verdadeiras necessidades da cultura, pelo que é fundamental efetuar análises de solo antes da instalação da cultura, de forma a determinar corretamente essas mesmas carências. Há uma grande diversidade de materiais de natureza orgânica provenientes das explorações agrícolas e pecuárias, nomeadamente efluentes pecuários (estrumes e chorumes), compostos, resíduos das culturas e ainda águas residuais e lamas de depuração. Os corretivos orgânicos também podem ser provenientes de indústrias agro-alimentares e florestais, bem como da compostagem dos resíduos sólidos urbanos e do tratamento dos esgotos domésticos ou urbanos. O uso de corretivos orgânicos (parcialmente tratados ou não tratados) constitui um fator de risco acrescido, uma vez que podem conter metais pesados ou microrganismos responsáveis por toxinfeções alimentares como Salmonella spp., Escherichia coli. Há uma série de recomendações a ter em linha de conta: Fazer registos das aplicações de fertilizantes; Gerir o uso de efluentes pecuários e outros fertilizantes orgânicos na produção de frutos e vegetais de forma a limitar o potencial de contaminação microbiana, química e física; os fertilizantes não devem ser usados se estiverem contaminados por microrganismos patogénicos, metais pesados ou outros químicos a níveis que possam afetar a segurança dos hortofrutícolas. Minimizar o contacto direto ou indireto entre os efluentes pecuários e outros fertilizantes orgânicos e os frutos e vegetais, especialmente próximo da altura da colheita; Situar as zonas de compostagem o mais afastado possível das áreas de

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produção e manipulação de frutas e hortícolas; Armazenar os fertilizantes orgânicos em locais afastados das áreas de higienização e embalamento dos produtos; Assegurar que os equipamentos de aplicação são corretamente limpos e desinfetados depois de cada aplicação. Ponto nº 6: Produtos fitofarmacêuticos. Os tratamentos fitossanitários reduzem a incidência dos inimigos das culturas (pragas, doenças e infestantes), mas a sua incorreta utilização pode causar efeitos adversos no ambiente e afetar a saúde do aplicador e dos consumidores, sendo de facto a principal causa de contaminação nos produtos hortofrutícolas. É assim necessário um controlo da sua utilização, desde a compra, garantindo que é o produto correto para o inimigo a combater ou efeito desejado, armazenamento, utilização e posterior recolha de embalagens e cumprimento do Intervalo de Segurança. Deste ponto, há a formação obrigatória ao abrigo da Lei nº 26/2013, que aborda todos os pontos desde a comercialização, transporte, aplicação e armazenamento. Ponto nº 7: Instalações e equipamentos. As instalações de apoio e, de um modo geral, de todo o equipamento necessário à produção de hortofrutícolas devem ser concebidos, usados e mantidos de forma a evitar a contaminação dos alimentos. Saliente-se que o armazenamento de produtos fitofarmacêuticos nas explorações agrícolas deve ser feito em condições de segurança e higiene e de acordo com os requisitos mínimos constantes na Lei n.º 26/2013, no seu Anexo I parte B, pois é fundamental garantir o bom estado dos produtos, a segurança do pessoal, das instalações e do meio ambiente. Recomenda-se que todos os equipamentos, utensílios e materiais


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mação. É obrigatório assegurar que o pessoal que vai manusear os géneros alimentícios está de boa saúde e recebe formação em matéria de riscos sanitários. Não menos importante, e último ponto, 10: Manutenção de registos. É obrigatório efetuar e manter: Registo da utilização de produtos fitossanitários e biocidas, se aplicável. Os resultados de quaisquer análises pertinentes efetuadas em amostras colhidas das plantas ou outras amostras que se possam revestir de importância para a saúde humana. Recomenda-se: Registar as aplicações de fertilizantes; Arquivar as análises realizadas aos produtos HFF, solos, água de irrigação, etc.; Arquivar os registos de formação de cada trabalhador. Mas para poder cumprir com estes requisitos, obter formação, informação, realizar análises de água, solo, resíduos, e interpretá-las, preencher cadernos de campo, tem sempre o apoio da HORPOZIM-Associação, o departamento técnico.

que entrem em contacto com os alimentos devem ser feitos de materiais não tóxicos. Deverão ser concebidos e fabricados de forma a assegurar que, sempre que aplicável, possam ser limpos, desinfetados e mantidos de forma a evitar a contaminação dos alimentos; Devem dispor de instalações sanitárias com condições higiénicas adequadas que assegurem a manutenção de um grau de higiene pessoal adequado. Ponto nº 8: Colheita, Armazenamento e Transporte. Se as operações de colheita armazenamento e transporte possuem riscos vários que se não forem acautelados podem pôr em causa todo o trabalho que conduziu à produção de alimentos seguros para consumo humano. Assim, os operadores das empresas do setor alimentar que produzam ou colham produtos vegetais devem tomar as medidas adequadas para assegurar, se necessário, a higiene da produção, do transporte e das condições de armazenagem dos produtos vegetais, e biolimpeza desses produtos. Ponto nº 9: Estado de saúde, higiene pessoal e for-

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ELDER LIMA LEITE Engenheiro Técnico Agrário

(Licenciado em História, var. Arqueologia pela F.L.U.P.)

- O urso que apareceu lá para o Gerez, a vespa asiática, as larvas e as lagartas mineiras, os tripes, as moscas da fruta, os humanus e muitos outros animais, algas, liquens. Migração, migrantes, globalização, aquecimento global, degelo, alterações climáticas, cabras e ovelhas sapadoras... De há uns tempos a esta parte, estes palavrões aparecem quotidianamente nos jornais e outros meios de comunicação e é ver os Zés da aldeia e da cidade a abrir a boca de espanto com tanta sabedoria. Vinha eu a magicar na abordagem a fazer no testemunho que me pediram para a revista da HORPOZIM, quando se ouve a notícia de mais um incêndio e o repórter a entrevistar um morador que se encontrava encostado a um muro, a fumar o seu Marlboro e que vai esbracejando e gritando: o governo não liga patavina, os bombeiros estão-se a marimbar, e nós coitados, fartamo-nos de trabalhar e no fim ainda vamos pagar os prejuízos. Olhe,

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está a ver aqueles eucaliptos além à esquerda e o pinhal? Aquilo é tudo meu, se o vento continuar assim, já estou safo, quem se tramou foi o Zé das Farofas, olhe está tudo negro, nem o castanheiro escapou. E o repórter a dar corda ao mariola: Então ouça lá, já chamaram os bombeiros, a guarda, alguém tomou alguma iniciativa? O outro acomoda-se melhor noutra laje da parede, deita a beata para o chão, acende outro cigarro e indignado, ordena ao repórter que diga lá no Jornal, na Rádio e na Televisão que isto é uma pouca vergonha, ninguém quer saber dos pobres trabalhadores. É só impostos, impostos, mas ajudas nada, essas são para os amigos... e depois vinham pedir para ceder uma nesga para melhorar os caminhos. Vão mas é trabalhar, malandros! 2 - Com vontade e toda a convicção, fechou o punho e arremessou-o com toda a força (que nesta altura não era muita, diga-se de passagem) contra a parede de neve que o


conservou meio morto, meio vivo, isto é, com o ritmo cardíaco quase sem ritmo, na caverna onde passou os últimos meses de maior carestia de alimentos e excesso de frio. Espreguiçou-se, olhou em redor e nem queria acreditar... Desfez um bocado de gelo na mão, esfregou os olhos e voltou a olhar. A paisagem era-lhe vagamente conhecida: a serra, com neve nos pontos mais altos, quedas de água a escorrer por ela abaixo, pequenas lagoas, e lá bem longe, um fiozinho mais escuro, cinzento a negro, subia para o céu rodopiando qual parafuso de Arquimedes e que lhe pareceu ser o fumo de alguma lareira de aldeia perdida naquele fim de mundo. Mas havia qualquer coisa que não encaixava no cenário de que se recordava levemente. De repente tudo se declarou, faltavam as árvores, em seu lugar, espetos pretos e nus, a mostrar que nem todos fazem a viagem de regresso. 3 - Na pequena aldeia, os humanus andavam preocupados, não com medo, pois eram homens valentes, viviam em precárias condições, sem eletricidade, sem estradas...(é ver-

dade, ainda). Os miúdos, 3 ou 4, não eram mais, saíam ainda de noite, saltando de pedra em pedra, rasgando as calças e as meias que se prendiam nos tojos. Pareciam cabritos monteses, chegavam à escola cansados, transpirados, sem vontade, mas com muita fome e muito sono. A aldeias estavam quase desertas de humanus, os jovens tinham debandado para o litoral e para as estranjas, procurando uma vida melhor, na sua terra não eram benquistos, os pequenos rurais foram escorraçados, juntamente com os seus rebanhos para fora da serra, deixou de se cortar o mato para as cortes do gado, os incêndios aproveitaram e os incendiários e seus mandantes ainda mais. De desequilíbrio em desequilíbrio, muitas espécies foram desaparecendo. Agora vêm os ditos palavrões atirados ao vento como bolas de sabão. A sociedade precisa de ser mais humanizada, diz-se; e eu pergunto se não é por o homem ter desprezado todos os outros viventes que isto deu no que deu. Parece-me que aqui está o erro original: o humanus

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é um ser extraordinário e inteligente que tem o seu lugar, mesmo de dirigente, mas por favor, tem que respeitar os outros seres, desumanizar um pouco este belo globo. Vejamos o que desejam os outros seres vivos. Não me venham com a treta de que as plantas e animais não falam. Falem ou não falem, elas sentem e manifestam-se. Acabemos com o falso respeito pela natureza, sempre a favor do homem... talvez ainda vamos a tempo. O alvoroço na aldeia deve-se ao barulho que no dia anterior veio do cimo da serra, parecia um trovão. Uns diziam que era o fim do mundo, outros que fora uma derrocada de neve, enfim, cada um viu as coisas à sua maneira. Por fim chegou uma abelha que tinha visto o evento e clarificou: Foi o urso, foi o urso pardo que chegou. Estive com ele no alto da serra onde ele me foi roubar um pouco de mel. Não há problema, chega para todos. Os meus avós sempre diziam que ele nos havia de prestar algum serviço em troca. Há dezenas e dezenas de anos que os verdadeiros ursos pardos tinham desaparecido do Nordeste Europeu ficando por cá uns poucos de humanus teimosos e diligentes, além de muitas espécies de vegetais e animais e alguns ursos falsos a mirar o trabalho digno de quem merece mais respeito. O regresso de um animal de grande porte talvez seja a BOA NOVA. O mundo anda à roda, até já tenho saudades da BATATA DA PÓVOA, eu que até sou mais arrozeiro. Um abraço e parabéns, a todos os que ajudaram a levantar essa obra chamada HORPOZIM. 13-09-2019

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"UM ABRAÇO E PARABÉNS, A TODOS OS QUE AJUDARAM A LEVANTAR ESSA OBRA CHAMADA HORPOZIM"

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JORNADAS TÉCNICAS

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AVER-O-MAR ACOLHEU JORNADAS TÉCNICAS DA HORPOZIM DE 2018

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10 de novembro do ano passado, a HORPOZIM levou a cabo as 11ªs Jornadas Técnicas de Horticultura, desta vez no Centro Ocupacional de Aver-o-Mar, antiga escola do Cruzeiro. À iniciativa da Associação Empresarial Hortícola corresponderam mais de 100 pessoas. As alterações no regime da Segurança Social, a condução de tratores e a sua segurança, os controlos nas explorações agrícolas e a agricultura na defesa do ambiente foram os temas das Jornadas. Sobre este último ponto, Manuel António Silva, presidente da HORPOZIM, lembrou, na altura, que o setor que representa "utiliza cerca de 75% do território do concelho" e que, por isso mesmo, "quer ter um papel importante no seu ordenamento e preservação, procedendo à limpeza das linhas de água, dos caminhos agrícolas e florestais, e à recolha dos resíduos deixados pela própria atividade". O facto daquela edição ter acontecido fora de Aguçadoura tem toda a razão de ser, explica o dirigente: “Há sempre a preocupação de ir ter com as pessoas e de respeitarmos os profissionais espalhados pelo concelho. Aliás, pretende-se que as Jornadas sejam itinerantes e passem pelas várias freguesias. No caso específico de Aver-o-Mar, nós temos vários fundadores que são de

Foram debatidos temas de relevo para os empresários agrícolas

cá, além de que é uma vila em que a horticultura tem grande importância". Na sessão de abertura das Jornadas, Lucinda Campos Amorim, vereadora da Câmara Municipal com responsabilidade da pasta da Agricultura e Pescas, começou precisamente por elogiar o espaço, lembrando que frequentou aquela escola como aluna e professora, e também porque "o mundo hortícola é de todo o concelho". A autarca destacou depois importância da concretização da marca D’ A Póvoa, um tema que o presidente da Câmara também referiu no encerramento. "O município estará sempre ao vosso lado. Iremos fazer tudo por

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"PRETENDE-SE QUE AS JORNADAS SEJAM ITINERANTES E PASSEM PELAS VÁRIAS FREGUESIAS"

Marca D’ A Póvoa e Mercadona na agenda dos horticultores

importante termos a nossa marca, referente a produtos de qualidade e com certificado de segurança. Tudo isso dá confiança aos mercados e faz com que tenhamos canais abertos de distribuição". Sobre a Mercadona, a mesma "vai introduzir um fator de competitividade acrescido naquilo que é o vosso comércio tradicional de entrega de produtos. Nada mais será igual porque se trata de uma central de distribuição que vai desde Madrid até ao norte de Espanha, é a maior rede de distribuição do país vizinho. E eles também viram potencial nesta zona, não foi por acaso que a escolheram para se instalarem. Não desperdicem esta oportunidade".

A abertura em Laúndos do Centro Logístico da Mercadona e a concretização da marca D’ A Póvoa foram dois temas lançados por Aires Pereira, no encerramento das 11ª Jornadas Técnicas. "Sinto um enorme orgulho, enquanto presidente de Câmara, quando falo dos produtos de Aguçadoura e da importância de nós avançarmos com a marca. Se não o fizermos, alguém o fará por nós, e depois vamo-nos queixar. Aliás, se vocês não fizerem, vou fazê-lo eu, embora eu gostasse que isto fosse com todos vós. A Póvoa não pode desperdiçar este ativo. Era

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tudo para conseguirmos levar o nome da marca D´A Póvoa o mais longe possível e fazer dela ainda mais motivo de orgulho para todos nós. Não é um processo fácil e não depende exclusivamente de nós, mas tenho a certeza de que a Câmara, juntamente com todos vocês, acabará por lá chegar".

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JORNADAS TÉCNICAS


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TESTEMUNHO

PATRÍCIA GONÇALVES Engenheira

Administradora da Gintegral e Executiva do Grupo Monte

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economia circular nasce inspirada na própria natureza, na qual nada é desper-

diçado. O mundo não dispõe de recursos ilimitados e a economia circular deve ser também uma prioridade na ação dos agricultores. O foco deverá ser fazer mais com menos, através de ganhos de produtividade e baixos consumos. A crescente consciência ambiental e a procura de alimentação saudável por parte dos consumidores são forças motrizes que impulsionam a transição para uma economia circular, com menor produção de resíduos e melhor aproveitamento de todos os produtos. As mudanças nos padrões de consumo forçarão a efectuar ajustes nos modelos de produção. Neste sentido a economia circular assume um significado especial para agricultura com a implemen-

A ECONOMIA CIRCULAR NA AGRICULTURA tação dos 7 R´s: Repensar, Recusar, Reduzir, Reparar, Reintegrar, Reciclar e Reutilizar. Na zona geográfica da Póvoa de Varzim já existem excelentes exemplos de economia circular no sector agrícola, em que são aproveitados todos os resíduos produzidos localmente e são transformados em fertilizantes para os solos. A título de exemplo, o aproveitamento das algas que o mar deita fora, permite a redução do consumo de adubos químicos que têm origem em recursos não renováveis. Hoje em dia diz-se que o uso de fertilizantes pode representar entre 25% e 30% dos investimentos de implantação e/ou manutenção de culturas. Desta forma, os produtos de qualidade e as técnicas adequadas para promover a nutrição vegetal são essenciais para o aumento da produtividade. Para garantir a sustentabilidade, um

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dos potenciadores desse aumento de produtividade poderá passar por utilizar “fertilizantes orgânicos” designados como correctivos orgânicos, trazendo ganhos económicos e ambientais. A sua utilização cumpre uma nobre função de fornecer matéria orgânica aos solos, repondo as perdas naturais do cultivo. Não menos importantes são os aspectos ambientais envolvidos na produção dos correctivos orgânicos. Na sua maioria, são produzidos a partir do tratamento dos resíduos sólidos de várias actividades, incluindo as actividades agro-pecuárias, agro-industriais e de saneamento básico (lamas de ETAR). No solo, a aplicação do correctivo orgânico melhora o arejamento e a sua capacidade de retenção da água e dos adubos. Relativamente às plantas, o corretivo orgânico promove um maior crescimento das raízes e reduz a ocorrência de doenças


porque incrementa o desenvolvimento de microrganismos benéficos. Por outro lado, fornece um conjunto de nutrientes que as plantas necessitam, de forma equilibrada, libertando-os lentamente ao longo de um largo período de tempo. Também a nível ambiental se podem referir vários benefícios provocados pela aplicação destes correctivos: redução da aplicação de adubos químicos, redução da contaminação das águas subterrâneas e

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superficiais devido ao aumento da capacidade de retenção do solo para os constituintes dos adubos, redução de herbicidas e pesticidas, bem como a prevenção da erosão do solo, uma vez que favorece a agregação das suas partículas constituintes e aumenta a infiltração da água, dado que combate a compactação nos solos. Perante o exposto, podemos afirmar que os correctivos orgânicos de elevada qualidade são um excelente modelo de economia circular, em que nada se perde, tudo se transforma através do enriquecimento dos solos com “fertilizantes” que já foram resíduos. Em resumo, para potenciar a economia circular na agricultura é importante incluir nas estratégias de produção agrícola, a gestão de todos recursos utilizados, não apenas de forma eficiente através da racionalização do consumo de água, rotatividade das culturas, valorização dos produtos não conformes por compostagem, a utilização de fertilizantes naturais, entre outros, mas também de forma inteligente com a partilha de meios e tecnologias entre agricultores, aumentando a taxa de ocupação dos recursos mecânicos a utilizar.

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TESTEMUNHO


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ÓRGÃOS SOCIAIS

MANUEL SILVA, NA TOMADA DE POSSE PARA UM MANDATO DE TRÊS ANOS "CONTINUAR A ALAVANCAR O SETOR"

N

o dia 10 de dezembro de 2018, na sede da HORPOZIM, realizou-se a tomada de posse dos órgãos sociais eleitos a 30 de novembro. O presidente Manuel António Silva lembrou que a abstenção desse sufrágio foi de 90%, o que podia representar desinteresse ou então querer dizer que "está tudo a correr bem", disse. "E eu acredito que está". Na cerimónia, que contou com a presença não só dos dirigentes empossados e suas famílias como também de empresários, autarcas e dirigentes associativos, Manuel

Silva elogiou todos os órgãos sociais que "têm que levar a cabo um trabalho que muitas vezes não é fácil". Reiterando a missão da HORPOZIM enquanto representante de toda a fileira hortícola, disse ter "a noção de que os olhos estão postos em nós" e que "queremos continuar a ser capazes de alavancar o setor". Em termos de desafios, falou das regras de contribuição para a Segurança Social que foram alteradas e a fiscalização da atividade que "está muito apertada". Mas há um outro essencial: chamar mais jovens ao setor. "Na União Europeia a 28 países, um universo de 500 milhões de habitantes, o número de pessoas afetas à agricultura, em geral, está a diminuir e só 6% tem menos de 35 anos", informou. Manuel Silva destacou por fim a formação dos horticultores e a certificação das explorações, e aponta para o futuro a confirmação da marca d´ A Póvoa.

"APONTA PARA O FUTURO A CONFIRMAÇÃO DA MARCA D'A PÓVOA"

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31º ANIVERSÁRIO

A MATURIDADE DO PRESENTE E OS DESAFIOS DO FUTURO NOS 31 ANOS DA HORPOZIM

À

s zero horas de 23 de setembro de 2018, foram cantados os parabéns à HORPOZIM. Foi o final de um jantar que começou no dia anterior no pavilhão multiusos de Aguçadoura na presença de cerca de 200 pessoas. Na altura, a HORPOZIM assinalava o seu 31º aniversário e vivia-se um novo ato eleitoral na associação, com o presidente Manuel Silva a apelar aos associados que apresentassem listas e projetos. A celebração dos 31 anos da HORPOZIM, sediada em Aguçadoura, foi perante dirigentes e seus familiares, associados, parceiros e representantes políticos. Ao cabo de três décadas, a HORPOZIM tornou-se numa associação empresarial hortícola "madura" e com "estrutura sólida", mas com desafios a contornar. Quem o disse foi

Manuel António Silva. "Temos hoje uma maturidade e uma base sólida ao nível das infraestruturas e equipa de trabalho", começou por referir. "No entanto deparamo-nos com uma realidade que é transversal a toda a agricultura e que engloba a dificuldade de sobrevivência, o endividamento por parte de alguns empresários, e o envelhecimento da classe, com muitas pessoas a irem para a reforma sem que haja reposição adequada em termos de juventude". Este último ponto é particularmente "preocupante", apesar de "haverem jovens que vão ganhando dimensão" e de "o desenvolvimento da indústria à volta da horticultura local permitir pensar que conseguiremos sobreviver". Sobre esta falta de renovação etária, Manuel António Silva afirmou que ela advém do "desencorajamento criado por um tipo de discurso que vai passando de geração em geração e que diz que o trabalho é árduo e o rendimento baixo". Pelo contrário, a imagem que se deve passar para os jovens é de "esperança, modernidade e com muito para dar". Outros obstáculos mais recentes são a burocratização do setor. Atualmente no setor também há mais exigências ao nível da formação. "Hoje em dia quem quiser operar uma máquina agrícola tem que estar devidamente habilitado, entre muitos outros exemplos. Há alguns anos, as pessoas com menos literacia vinham traba-

Os sócios com 25 anos (ao centro) Maciel Rosa, José Fontes e José Moreira

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celhos: Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende. Presta vários serviços, incluindo serviços contabilísticos a mais de 400 empresas e empresários”.

"Legumes da Póvoa são marca de elite" Os festejos do aniversário atraíram autarcas e governantes, atentos à relevância estratégica do setor hortícola para a região e o país. Nos discursos, Carla Barros, deputada poveira na Assembleia da República, enalteceu o setor da horticultura na Póvoa de Varzim e concelhos vizinhos, que tem como base do crescimento as exportações e tem todas as condições para ser próspero.

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lhar para a agricultura, mas hoje já é preciso pessoas formadas, informadas e com capacidades ao nível empresarial". Feito o diagnóstico, há que pensar nas soluções. E elas devem ser apresentadas sob a forma de listas candidatas aos órgãos sociais da HORPOZIM nas elei-

ções, nesse caso as de novembro, entretanto realizadas e que reconduziram a atual equipa diretiva. Sobre essas eleições, Manuel António Silva, presidente nos últimos dois mandatos, sublinhou que "sou dirigente associativo há 14 anos e já desempenhei várias funções nos órgãos sociais. Gostava que houvesse, da parte dos associados, alguma mobilização e que para o ato eleitoral pudessem propor ideias e perspetivas diferentes. Não queremos monopolizar os órgãos sociais, queremos é agregar a horticultura local. A HORPOZIM é a única estrutura associativa da região não comercial que defende a horticultura local e os interesses dos seus. produtores. Possui 800 associados inscritos cuja proveniência incide maioritariamente sobre três con-

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E constatou: "Os legumes da Póvoa são vistos pelas grandes superfícies como uma marca de elite e um produto gourmet. Tenho orgulho em ser poveira e em perceber que, quando no parlamento se fala em horticultura, fala-se nos produtores da minha região". Por sua vez Andrea Silva, vereadora da Câmara Municipal, enalteceu que a HORPOZIM está muito ligada à identidade do concelho e que a associação tem cumprido a sua missão de "potenciar e valorizar o setor hortícola local e servir os interesses dos produtores. É um exemplo no país de dinamismo e cooperação". Por fim, Manuel Cardoso, nesse momento como Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Norte, personalizou o histórico da HORPOZIM num "presidente que

se empenha com tanto sacrifício pela associação e pela causa da horticultura".

Manuel Dias - Associado Benemérito Manuel Dias, antigo presidente da HORPOZIM, foi ao palco do pavilhão nesta festa de aniversário para ser homenageado como Sócio Benemérito. No agradecimento, o ex. dirigente da associação proferiu: "Sou eu esta noite o homenageado, mas eu aqui tenho que incluir todos os meus colegas de direção, assembleia geral, conselho fiscal, da altura, e restantes associados, que contribuíram para uma HORPOZIM com contas regularizadas e em dia".

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Manuel Dias

Ainda durante a festa de aniversário os dirigentes da HORPOZIM distinguiram 3 sócios que completaram 25 anos de filiação. O emblema da associação e um diploma foi entregue a cada um deles.


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PROTOCOLOS

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HOMENAGENS 32.º ANIVERSÁRIO

PROPOSTA DE HOMENAGENS A SEREM EFETIVAS NO 32.º ANIVERSÁRIO Atribuição de Estatuto de Associado Benemérito

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e acordo com os estatutos da HORPOZIM, Associação Empresarial Hortícola, no artigo Sétimo ponto 2: - Por proposta da Direção, a submeter à Assembleia Geral, podem ser eleitos como sócios beneméritos as pessoas singulares ou coletivas e entidades equiparadas que, pelo seu contributo em atuação, trabalho ou valores, tenham concorrido de forma relevante para a eficiência, prestígio ou projeção e defesa dos interesses da Associação. Desta forma, vem a Direção propor à Assembleia Geral, a atribuição deste reconhecimento com estatuto de Benemérito a Manuel Costa Flores, associado nº56 e

Manuel Fernandes Gomes Junqueira associado nº235. São de momento os mais antigos diretores desenvolvendo a atividade nos vários órgãos sociais com “atos de verdadeiro bairrismo Horpozínico”, contribuindo para a coesão do grupo associativo muitas vezes em prejuízo próprio. Manuel Costa Flores foi eleito pela primeira vez em 1996 como membro do Conselho Fiscal, onde se manteve até ao ato eleitoral do ano 2010. Aí transitou para vice-presidente da Direção e nas eleições de 2012 passou a ocupar o lugar de vice-presidente da Assembleia Geral, lugar que ocupa até aos dias de hoje. Por conse-

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Manuel Costa Flores

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Manuel Fernandes Gomes Junqueira

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guinte perfaz 24 anos de atividade diretiva. Manuel Fernandes Gomes Junqueira está no ativo desde 1996, ano em que ocupou o lugar de vogal da direção até 2000, quando transitou para o cargo de vice-presidente até 2010. Nas eleições desse ano passou para vice-presidente da Assembleia Geral, cargo que ocupou até 2012. Desde 2012 e até aos dias de hoje ocupa lugar de presidente do Conselho Fiscal. Assim perfaz 24 anos de atividade diretiva. A aprovação desta proposta fará justiça a estes dois homens exemplo, com o reconhecimento merecido.

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HOMENAGENS 32.º ANIVERSÁRIO


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HOMENAGENS 32.º ANIVERSÁRIO

Atribuição de reconhecimento aos associados com 25 anos de sócio efetivo

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e acordo com os estatutos da HORPOZIM, Associação Empresarial Hortícola, no disposto no artigo Sexto, ponto 5, “serão considerados sócios efetivos desde que não tenham as quotizações em atraso há mais de um ano” vem a direção propor e submeter à Assembleia Geral, a aprovação do reconhecimento aos associados que cumprindo o artigo referido, reúnem as condições de serem distinguidos no jantar de aniversário e desta forma engrandecer a instituição e assim serem diferenciados e um exemplo para os restantes.

Os associados recebem o emblema da associação e um diploma

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PROTOCOLOS

protocolo

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com mj vendeiro O protocolo celebrado tem por base o conhecimento e garantia de qualidade de duas grandes insígnias (BP e Repsol) e são apresentadas da seguinte forma: abastecimentos através de cartão frota numa ampla rede de postos de abastecimento ou abastecimentos em instalações próprias.

1. ABASTECIMENTOS ATRAVÉS DE CARTÃO FROTA

2. ABASTECIMENTOS EM INSTALAÇÕES PRÓPRIAS

A parceria celebrada entre a M.J.Vendeiro e a BP permite a apresentação do cartão frota BP Plus como uma escolha de referência em Portugal e na Europa. É compatível com qualquer tipo de frota e dá aos associados a liberdade de aceder a uma vasta gama de serviços que permite endereçar todas as necessidades na estrada, podendo ser utilizado em cerca de 400 postos em território nacional e cerca de 18.000 postos em território europeu. Com o cartão BP Plus é o cliente que decide quais os produtos que podem ser adquiridos sempre com a máxima segurança, graças ao código confidencial (PIN) que o defende em caso de perda ou furto. Utiliza um avançado sistema de segurança online que verifica centralmente cada compra efetuada por cada cartão com o registo de padrões de consumo. Os serviços online do cartão BP Plus proporcionam uma perspetiva geral e clara de todos os dados do cartão e respetivas transações, 24 horas por dia. O benefício do pagamento diferido permite ainda a gestão de tesouraria de forma mais conveniente.

Relativamente ao abastecimento em instalações próprias, propomos que os vossos associados tenham acesso a uma linha de gasóleos diferenciados da Repsol, disponível apenas através de distribuidores autorizados como a M.J.Vendeiro. É composta por produtos tecnologicamente avançados, com fórmulas exclusivas e aditivadas, com propriedades que superam as mais altas exigências dos fabricantes de automóveis, alfaias agrícolas ou caldeiras. Esta linha de gasóleos diferenciados apresenta diferenças face aos simples, nomeadamente: Proteção contra a corrosão e melhoria do arranque a frio; Mantém o sistema de injeção e circuito de alimentação limpos; Contém um sistema desativador de metais, provocando menos vibrações do motor e melhores prestações durante a condução; Poupança de custos uma vez que permite que o motor se mantenha durante mais tempo com as prestações de 0 km. Instalação própria Desconto

Cartão frota Desconto (1)

70 €/m3

Faturação (2)

Mensal

Prazo de pagamento

15 dias

Forma de pagamento

Débito direto - desconto acrescido de 5€/m3 se adotado o débito direto

Garantia bancária

Não aplicável. Apenas sujeito a aprovação de plafond de crédito

(3)

110 €/m3 para encomendas inferiores a 1 m3 120 €/m3 para encomendas iguais ou superiores a 1 m3

Faturação (4)

Diária

Prazo de pagamento

30 dias

Forma de pagamento

Débito direto - desconto acrescido de 5€/m3 se adotado o débito direto

Garantia bancária

Não aplicável. Apenas sujeito a aprovação de plafond de crédito

(3) Para consumos anuais superiores a 12m3 será aplicado um desconto adicional a analisar casuisticamente. Desconto com IVA incluído à taxa legal em vigor. Este desconto incidirá sobre a tabela de preços de referência que esteja em vigor no momento da encomenda. Regra geral, a tabela é atualizada semanalmente. (4) A fatura contém todos os detalhes dos abastecimentos efetuados.

1m3 = 1000L (1) Desconto com IVA incluído à taxa legal em vigor. Será calculado sobre o preço de referência BP, exceto nos casos em que o preço de bomba seja inferior ao preço de referência BP menos o desconto. Neste caso será sempre aplicado o preço de bomba, isto é, o mais baixo dos dois preços finais. (2) A fatura contém todos os detalhes dos abastecimentos efetuados.

Para mais informação e usufruir deste protocolo dirija-se aos serviços da HORPOZIM.

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SOPA D’A PÓVOA

sopa d’a póvoa

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RECEITA (6 PESSOAS)

• 120 gr. de batata branca • 120 gr. de cenoura • 120 gr. de nabo • 120 gr. de cebola • 120 gr. de alho francês • 120 gr. de courgette • 100 gr. de rama de nabo • 10 gr. de alho • 400 gr. de feijão vermelho já cozido • 6 gr. de sal • 3 colheres de sopa de azeite • 1 colher de sopa de salsa picada • 1, 5 l de água

UMA DÚZIA DE RAZÕES PARA COMER SOPA 1. É de fácil digestão 2. É saciante 3. É reguladora do apetite 4. Disponibiliza uma grande riqueza de vitaminas e minerais 5. É rica em fibras 6. Fornece muitas substâncias antioxidantes e protetoras 7. Não gera substâncias carcinogénicas 8. Geralmente apresenta um baixo valor calórico 9. Previne a obesidade 10. É importante para o bom funcionamento intestinal 11. É regulador dos níveis de colesterol 12. Equilibras dietas desequilibradas

• Lavar os legumes e laminar. • Colocar os legumes de textura dura numa panela com a agua fria, o sal e uma colher de sopa de azeite. • Levar a panela ao lume brando e deixar ferver lento durante 30 minutos. • Adicionar a rama dos nabos e deixar ferver mais 10 minutos. • De seguida juntar o feijão e quando levantar fervura, apagar o lume e adicionar a salsa picada e o restante azeite. BOM APETITE...

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A HORPOZIM

objetivos • Promover o esclarecimento dos associados; • Fomentar o desenvolvimento hortícola na região através da formação profissional; • Colaborar com as entidades na definição das políticas setoriais; • Estruturar e desenvolver ferramentas de trabalho comuns para os empresários e toda a cadeia hortícola da região; • Gerir o produto comercialmente defendendo os interesses dos associados desde a produção à comercialização até ao consumidor.

serviços • Contabilidade fiscal; • Aconselhamento Técnico; • Elaboração e acompanhamento de projetos agrícolas; • Formação profissional; • Implementação de sistemas de segurança alimentar (HACCP) e Certificação Global G.A.P.

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Sede da HORPOZIM

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"A HORPOZIM, ENQUANTO PORTA VOZ DESTA LABORIOSA INDÚSTRIA HORTÍCOLA, ASSEGURA QUE PARA ALÉM DE CULTIVARMOS ALIMENTOS, NÓS HORTICULTORES, PRODUZIMOS SAÚDE!" Setembro 2019 O Presidente da HORPOZIM Manuel António Silva

HORPOZIM - Associação Empresarial Hortícola Rua do Fieiro, 213, 4495-042 Aguçadoura

horpozim@gmail.com

www.horpozim.pt


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